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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Turma: CPIII A 12023


Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO
Sessão: 06 - Dia 30/03/2023 - 08:00 às 09:50
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA

06 Tema: Impostos Estaduais V ITD e IPVA - Competência, legislação e incidência.

1ª QUESTÃO:
Em processo de separação em que figuram JOÃO e MARIA, o varão decide "abrir mão" de sua parte
na meação para que todos os bens fiquem na propriedade do cônjuge virago.
No entanto, após o retorno dos autos das Fazendas Estaduais e Municipais, MARIA é surpreendida
com a decisão do juiz, que a mandou pagar os tributos de transmissão relativo aos imóveis objeto da
liberalidade do ex-marido.
Responda fundamentadamente:
a) se MARIA deve realmente recolher tais valores;
b) em caso positivo, quais tributos podem ser cobrados;
c) sobre que valor devem incidir os tributos.

RESPOSTA:
0071178-43.2019.8.19.0000 - MANDADO DE SEGURANÇA

Des(a). MAURO PEREIRA MARTINS - Julgamento: 20/07/2020 - DÉCIMA TERCEIRA


CÂMARA CÍVEL

PARTILHA DE BENS

DIVÓRCIO CONSENSUAL

DIFERENÇA DE QUINHÕES

COMPENSAÇÃO FINANCEIRA

INCIDÊNCIA DO I.T.B.I.

TRIBUTO DE COMPETÊNCIA MUNICIPAL

SEGURANÇA CONCEDIDA

MANDADO DE SEGURANÇA. PRETENSÃO MANDAMENTAL CONSISTENTE NO


RECONHECIMENTO AO NÃO PAGAMENTO DE IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO
CAUSA MORTIS E POR DOAÇÃO DE QUAISQUER BENS E DIREITOS (ITCMD), EM RAZÃO
DE PARTILHA DE BENS DECORRENTE DE DIVÓRCIO CONSENSUAL. CONCESSÃO DA
SEGURANÇA. 1. A jurisprudência desta Corte (súmula n° 66) é firme no sentido de que, "em
partilha de bens decorrente da separação consensual, em que haja diferença de quinhões sem indício
de reposição, compensação pecuniária ou qualquer onerosidade, incidirá o imposto estadual de
transmissão sobre doações". 2. Nessa perspectiva, haverá fato gerador apto a incidência do citado
tributo quando a partilha dos bens não ocorrer em conformidade com a meação, ou seja, na divisão
patrimonial um dos cônjuges for beneficiado com uma parte maior da massa de bens do que a que
efetivamente lhe cabia, entendendo-se que o montante excedente se deu por meio de doação, entre os
cônjuges, a justificar a incidência do ITCMD. 3. Por outro lado, se há compensação financeira
efetuada pelas partes em virtude da diferença de quinhões adquiridos, o imposto incidente é o ITBI,
de competência do respectivo ente Municipal, uma vez que houve transmissão onerosa. 4. No caso
concreto, os documentos acostados aos autos demonstram que, por ocasião da partilha, houve
compensação financeira em razão de quinhão maior recebido pela impetrante, o que não configura o

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fato gerador do ITCMD (doação), mas sim do imposto sobre transmissão de bens imóveis de
competência municipal (ITBI), tributo este já quitado pela impetrante. SEGURANÇA CONCEDIDA.

Ementário: 25/2020 - N. 9 - 21/10/2020

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2ª QUESTÃO:
Determinada sociedade empresarial, sediada no Estado de Minas Gerais, efetuou licenciamento de
alguns de seus veículos no Estado de Goiás, e foi surpreendida pelos dois entes citados, que a
notificaram acerca da cobrança do IPVA referente a tais veículos.

A contribuinte pretende o pagamento do imposto no Estado de Goiás, pela menor carga tributária,
mas o Estado de Minas Gerais defende a tributação com base na Lei Estadual 14.937/2003, cujo art.
1º, parágrafo único, dispõe que "o IPVA incide também sobre a propriedade de veículo automotor
dispensado de registro, matrícula ou licenciamento no órgão próprio, desde que seu proprietário seja
domiciliado no Estado".

Dessa forma, a sociedade propõe a devida demanda consignatória, a fim de efetuar o correto
pagamento do tributo.

Responda, fundamentadamente, qual ente tem a devida capacidade tributária para o caso narrado.

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RESPOSTA:
RE 1016605, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO; Redator(a) do acórdão: Min. ALEXANDRE DE
MORAES

Repercussão Geral - Mérito

Órgão julgador: Tribunal Pleno

Julgamento: 16/09/2020; Publicação: 16/12/2020

Ementa

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 708. CONSTITUCIONAL.


TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA).
RECOLHIMENTO EM ESTADO DIVERSO DAQUELE QUE O CONTRIBUINTE MANTÉM
SUA SEDE OU DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Cuida-se, na origem, de ação
por meio da qual empresa proprietária de veículos automotores busca declaração judicial de que não
está sujeita à cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos

Automotores (IPVA) por parte do Estado em que se encontra domiciliada, mas sim pelo Estado em
que licenciados os veículos. 2. O Estado de Minas Gerais, no qual a empresa tem sua sede, defende a
tributação com base na Lei Estadual 14.937/2003, cujo art. 1º, parágrafo único, dispõe que "o IPVA
incide também sobre a propriedade de veículo automotor dispensado de registro, matrícula ou
licenciamento no órgão próprio, desde que seu proprietário seja domiciliado no Estado". 3. Embora o
IPVA esteja previsto em nosso ordenamento jurídico desde a Emenda 27/1985 à Constituição de
1967, ainda não foi editada a lei complementar estabelecendo suas normas gerais, conforme
determina o art. 146, III, da CF/88. Assim, os Estados poderão editar as leis necessárias à aplicação
do tributo, conforme estabelecido pelo art. 24, § 3º, da Carta, bem como pelo art. 34, § 3º, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. 4. A presente lide retrata uma das hipóteses de
"guerra fiscal" entre entes federativos, configurando-se a conhecida situação em que um Estado busca
aumentar sua receita por meio da oferta de uma vantagem econômica para o contribuinte domiciliado
ou sediado em outro. 5. A imposição do IPVA supõe que o veículo automotor circule no Estado em
que licenciado. Não por acaso, o inc. III do art. 158 da Constituição de 1988 atribui cinquenta por
cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores
aos Municípios em que licenciados os automóveis. 6. Portanto, o art. 1º, parágrafo único da Lei
Mineira 14.937/2003 encontra-se em sintonia com a Constituição, sendo válida a cobrança do IPVA
pelo Estado de Minas Gerais relativamente aos veículos cujos proprietários se encontram nele
sediados. 7. Tese para fins de repercussão geral: "A Constituição autoriza a cobrança do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) somente pelo Estado em que o contribuinte
mantém sua sede ou domicílio tributário." 8. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

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Turma: CPIII A 12023


Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO
Sessão: 07 - Dia 30/03/2023 - 10:10 às 12:00
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA

07 Tema: Impostos Municipais I IPTU 1. Legislação de regência. Artigos 52 a 86 da Lei Municipal


691/84 (Código Tributário Municipal); 2. Fato Gerador e Base de Cálculo. Artigos 32 e 33 do
CTN; 3. Contribuinte. Artigo 34 do CTN. Locatário; 4. Alíquotas. Progressividade. Emenda
Constitucional nº 29/2000.

1ª QUESTÃO:
ULTRALEVE ESCOLA DE PILOTAGEM E ASSESSORIA AERONÁUTICA LTDA impetra um
Mandado de Segurança contra ato do Secretário Municipal de Administração Tributária, na vara de
fazenda pública competente, pretendendo a suspensão da exigibilidade do crédito tributário do IPTU
relativo ao imóvel situado na Av. ABCD nº 3, pertencente à União, no qual explora atividade ligada à
aviação. Alega que tal imóvel foi lhe dado através de contrato de concessão de uso com a
INFRAERO, motivo pelo qual não cabe à impetrante o recolhimento do tributo. Analise,
fundamentadamente, se deve ser deferido o writ.

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RESPOSTA:
Recentemente, o STF decidiu sobre o tema:

INFORMATIVO Nº 861
TÍTULO
IPTU e imóvel de ente público cedido a empresa privada - 3
PROCESSO

RE DIREITO CONSTITUCIONAL - PRECATÓRIOS - 601720

ARTIGO
Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de
direito privado, devedora do tributo. Esse é o entendimento do Plenário, que, em conclusão de
julgamento e por maioria, deu provimento a recurso extraordinário em que se discutia a incidência do
Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) sobre imóvel de propriedade de ente público - no caso, a
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) - concedido a empresa privada
exploradora de atividade econômica com fins lucrativos - v. Informativos 813 e 860. O Colegiado
pontuou que a imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, "a" (1), da Constituição Federal (CF) não
foi concebida com o propósito de permitir que empresa privada atue livremente no desenvolvimento
de atividade econômica e usufrua de vantagem advinda da utilização de bem público. Asseverou que
a referida previsão decorre da necessidade de observar-se, no contexto federativo, o respeito mútuo e
a autonomia dos entes. Não cabe estendê-la para evitar a tributação de particulares que atuam no
regime da livre concorrência. Nesse contexto, salientou que, uma vez verificada atividade econômica,
nem mesmo as pessoas jurídicas de direito público gozam da imunidade (CF, art. 150, § 3º) (2).
Assentou que o IPTU representa relevante custo operacional, comum a todos que exercem a atividade
econômica da recorrida. Afastar tal ônus de empresa que atua no setor econômico, a partir de
extensão indevida da imunidade recíproca, implica desrespeito ao princípio da livre concorrência (CF,
art. 170, IV) (3), por conferir ao particular uma vantagem inexistente para os concorrentes. Ademais,
ressaltou que a hipótese de incidência do IPTU não se limita à propriedade do imóvel, pois inclui o
domínio útil e a posse do bem. O mesmo entendimento vale para o contribuinte do tributo, que não se
restringe ao proprietário do imóvel, mas alcança tanto o titular do domínio útil quanto o possuidor a
qualquer título. Nesse sentido, o Colegiado ponderou que não há falar em ausência de legitimidade da
empresa ora recorrida para figurar em polo passivo da relação jurídica tributária. Vencidos os
ministros Edson Fachin e Celso de Mello, que negavam provimento ao recurso. Para eles, a) a
liberdade de conformação legislativa do Poder Executivo municipal estaria adstrita à posse, que, "per
se", pode conduzir à propriedade; b) o particular concessionário de uso de bem público não poderia
ser eleito, por força de lei municipal, para figurar como sujeito passivo de obrigação tributária
referente ao IPTU, porque a sua posse, nesse caso, seria desdobrada; e c) o imóvel qualificado como
bem público federal remanesceria imune aos tributos fundiários municipais, ainda que destinado à
exploração comercial. (1). CF/1988: "Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)VI - instituir
impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;" (2). CF/1988: "Art. 150. (...) § 3º -
As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo

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anteriornão se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de


atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel." (3). CF/1988: "Art. 170. A ordem
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...)
IV - livre concorrência;" RE 601720/RJ, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco
Aurélio, julgamento em 19.4.2017. (RE-601720)

2ª QUESTÃO:
FULANO adquire um imóvel na modalidade alienação fiduciária de bem imóvel, em que o
pagamento se dá em parcelas mensais, muitas vezes alcançando décadas para a quitação do valor
total. Dessa forma, FULANO é o devedor fiduciante e a instituição financeira que lhe emprestou o
dinheiro é o credor fiduciário, restando o imóvel gravado como garantia ao pagamento da dívida.
No contrato em tela, a intenção do devedor fiduciante, ao oferecer o imóvel como garantia ao contrato
de alienação fiduciária, não é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a propriedade plena
do bem, diversamente do que ocorre na compra e venda, mas apenas garantir o adimplemento do
contrato de financiamento a que se vincula, objetivando que, mediante o pagamento integral da
dívida, a propriedade plena do bem seja restituída ao seu patrimônio, quando então a sua propriedade
será plena. No caso de não pagamento, a lei que regulamenta essa negociação permite que o credor
obtenha o imóvel de forma rápida, segura e efetiva, garantindo assim a normal circulação de bens no
mercado.
Dessa forma, responda, fundamentadamente, se a municipalidade pode eleger o credor fiduciário
como sujeito passivo do IPTU.

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RESPOSTA:
AREsp 1.796.224-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Turma, por unanimidade, julgado em
16/11/2021.

DESTAQUE
O credor fiduciário, antes da consolidação da propriedade e da imissão na posse no imóvel objeto da
alienação fiduciária, não pode ser considerado sujeito passivo do IPTU, uma vez que não se enquadra
em nenhuma das hipóteses previstas no art. 34 do CTN.

INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR


Inicialmente, anote-se que, de acordo com o art. 25 da Lei n. 9.514/1997, a propriedade conferida ao
credor fiduciário é resolúvel. Além disso, nos termos dos arts. 1.231 e 1.367 do Código Civil, essa
não é plena e nunca o será.
Com efeito, "a intenção do devedor fiduciante, ao oferecer o imóvel como garantia ao contrato de
alienação fiduciária, não é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a propriedade plena do
bem, diversamente do que ocorre na compra e venda, mas apenas garantir o adimplemento do
contrato de financiamento a que se vincula, objetivando que, mediante o pagamento integral da
dívida, a propriedade plena do bem seja restituída ao seu patrimônio" (REsp 1.726.733/SP, Rel.
Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, DJe 16/10/2020).
Vê-se, pois, que a propriedade conferida ao credor fiduciário é despida dos poderes de
domínio/propriedade (uso, gozo e disposição), sendo a posse indireta por ele exercida desprovida de
ânimo de domínio, considerando-se a inexistência do elemento volitivo: a vontade de ter o bem como
se seu fosse.
Observe-se que, na eventual hipótese de consolidação da propriedade no nome do credor fiduciário
(art. 26, §§, da Lei n. 9.514/1997), a lei determina a obrigatoriedade de este promover a alienação do
bem (art. 27 da Lei 9.514/1997 e art. 1.364 do CC/2002), não sendo possível a manutenção da sua
propriedade sobre o bem mesmo nas hipóteses de inadimplemento do contrato pelo devedor
fiduciante (art. 1.365 do Código Civil).
De mesma forma, o credor fiduciário também não é detentor do domínio útil sobre o imóvel, tendo
em vista que esse reserva-se ao devedor fiduciante (arts. 1.361, § 2°, e 1.363 do CC/2002).
Nesse contexto, ganha relevância a previsão feita nos arts. 27, § 8°, da Lei 9.514/1997 e 1.368-B,
parágrafo único, do CC/2002, quando declaram que sobre o credor fiduciante recaem todos os
encargos (especial atenção dada aos tributos) incidentes sobre o bem apenas com a consolidação da
propriedade e após a imissão da posse.
Em relação aos créditos de IPTU, o entendimento desta Corte superior se consolidou no sentido de
que consideram-se contribuintes do referido imposto o proprietário do imóvel, o titular do seu
domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.

Esta é a orientação adotada no julgamento do Recurso Especial repetitivo 1.111.202/SP, quando se


definiu que o próprio Município pode, por meio de lei local, escolher no rol do art. 34 do CTN aquele
que constará como sujeito passivo da exação.
No entanto, a jurisprudência desta Corte superior, interpretando o art. 34 do CTN, também reconhece
não ser possível a sujeição passiva do IPTU ao proprietário despido dos poderes de propriedade,
daquele que não detém o domínio útil sobre o imóvel ou do possuidor sem ânimo de domínio, no que
se insere o c

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redor fiduciário.

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