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PEÇA 1 - PRÁTICA TRIBUTÁRIA

PROF DANIEL MORETI

Gabriella Monteiro Andrade Dória RA:817122897


Karina Ferreira da Silva RA: 817126145
Nayara Olinda Cavalcante RA: 817124805

São Paulo, 03 de setembro de 2021


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA
COMARCA DE FLORESTA

JOSÉ , nacionalidade, estado civil, profissão, com endereço na ,


endereço eletrônico , vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no art. 19 do Código de Processo Civil, propor a presente AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA,
COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, em face do
Município de Floresta, com endereço para citação na ,
com base nas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:

1. Breve resumo dos fatos

O Requerente é legitimo proprietário de um imóvel localizado na área rural do


Município de Floresta.

Ocorre que em XX.XX.XXXX o Requerido enviou uma notificação de lançamento


tributário de IPTU para o autor.

No entanto, é possível verificar que a área não é integrante da zona de expansão


urbana e não há qualquer benfeitoria realizada pelo Poder Público no local, configurando não se
tratar de área passível de tributação de IPTU.

Por expressa disposição constitucional o IPTU só pode ser lançado sobre imóveis
situadas na zona urbana do município (art. 156, I da CF).

2. Das razões de direito

O fato jurídico-tributário pertinente ao imposto sobre a propriedade predial e territorial


urbana (IPTU) é que é voltado para propriedades localizadas na zona urbana do Município, ou
seja, ele é cobrado anualmente de todos os proprietários de casas, prédios ou estabelecimentos
comerciais nas cidades, conforme o artigo 156, I da Constituição Federal

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

Esse imposto também é regulado pelo Código Tributário Nacional que define o seu
fato gerador, assim como conceitua o que seja zona urbana e a de expansão urbana para fins de
lançamento tributário, nos seguintes termos:

“Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por
natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do
Município.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II – abastecimento de água;

III – sistema de esgotos sanitários;

IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,


constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior.”

Desse modo, de acordo com os crtérios estabelecidos, não é possível caracterizar o


imóvel do requerente como sendo passível de de tributação pelo IPTU, uma vez que não compõe
os requisitos exigidos.

3. Da tutela provisória

De acordo com o art. 300 do CPC § 2º , pode ser concedida a tutela de urgência
após justificativa prévia, vejamos:

§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação


prévia.
Dessa forma, deve ser concedida a tutela de urgência, a fim de determinar o
Requerido de constituir créditos tributários relativos ao IPTU do imóvel não integrante área de
expansão, evitando a exigibilibade, possível lançamento e inscrição em dívida ativa.

4. Dos pedidos

Em face de todo o exposto, o Requerente requer:

a) A concessão de tutela de urgência (artigo 300 CPC), com a suspensão dos


lançamentos e da obrigatoriedade dos pagamentos do IPTU.
b) A citação do requerido para que, querendo, conteste e acompanhe os termos da
presente ação, sob pena de confesso;
c) A total procedência da presente, a fim de declarar a inexistência de relação
jurídica tributária e por consequência a anulação do Imposto Predial Territorial
Urbano – IPTU;
d) A condenação do Requerido no pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios e demais cominações legais, conforme artigo 85, parágrafo 2º do
Código de Processo Civil 2015;
e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos que,
desde já, requer o deferimento.

Atribui-se à causa, para efeitos meramente fiscais, o valor de R$ 1.000,00 (hum mil
reais).

Termos em que, pede deferimento!

Floresta, 03 de setembro de 2021

Assinatura advogado

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