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AO JUIZO DA ...

VARA DA FAZENDA PÚBLICA FEDERAL DA SUBEÇÃO DO


MUNICÍPIO ..., SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO...

Roberto, nacionalidade, estado civil, produtor rural, RG nº..., e CPF nº...,


residente e domiciliado à Rua nº..., Bairro nº, Cidade..., Estado..., Cep..., endereço
eletrônico, por seu advogado que esta subscreve(procuração anexa), com escritório
profissional sediado à Rua nº..., Bairro..., Cidade ..., Estado.., Cep..., vem à
presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 164, III, do CTN, propor AÇÃO DE
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO FISCAL, em face da União, pessoa jurídica de
Direito Público, CNPJ nº..., sede à Rua nº... e o Município..., pessoa jurídica de
Direito Público, CNPJ..., sede à Rua nº..., motivo pelo qual o faz observando as
seguintes razões de fato e de direito que passa a expor.

I. Síntese Fática
Roberto é proprietário de uma unidade Imobiliária rural no município
pontinhos. Ocorre que na data de 30 de janeiro de 2022 foi notificado da existência
de um lançamento fiscal de IPTU cobrado pelo respectivo município que em suas
alegações argumentou que a zona onde o imóvel de Roberto se localizava passou a
ser suprida por rede de esgotamento sanitário e de iluminação pública. Ocorre que
Roberto é produtor rural, de modo que desenvolve sobre a respectiva erra atividade
econômica decorrente da exploração agropastoril conforme vasta documentação
apresentada, bem como registro na previdência social.
Sendo assim, não restou alternativas ao autor, senão propor a presente ação
de consignação em pagamento, na forma do art 164, III, CTN E ART 539, CPC

II. Do Cabimento – Art. 164, III, § 1, CTN e Art. 539, CPC:


A ação merecerá ser julgada procedente tendo em vista que de exigência, por mais
de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato
gerador de acordo com o art164, III, CTN, assim como o requerente é devedo e
requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida de
acordo com o art. 539, §1º, CPC.

III. Da Incidência do ITR – Art. 1º, Lei, nº 9393/96 e Art.15. DL, 57/66)
O ITR incide sobre a propriedade, a posse a qualquer título (inclusive usufruto) ou
domínio útil de imóvel rural no dia 1º de janeiro de cada ano, sendo devido pela
pessoa natural ou jurídica que detenha tal condição sobre o imóvel rural, e por e
tanto de acordo com o art 1º da lei n° 9393/96 Os débitos dos contribuintes, relativos
ao Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural (ITR), Taxas de Serviços Cadastrais
e respectivas multas, não liquidadas em cada exercício, serão inscritos como dívida
ativa, acrescidos da multa de 20% (vinte por cento), sendo assim indicando ser
procedente o pedido autoral, e ainda no art 15, da lei 57/66 especifica que cobrança
do Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural, institui normas sobre arrecadação
da Dívida Ativa correspondente, e dá outras providências.

IV. Da não incidência do IPTU – Art. 32, parágrafo primeiro, CTN e Art.15,
DL 57/66.
O imóvel em questão apesar de ser agradicado com as melhorias de rede de esgoto
e iluminação pública, é de fato utilizado para agricultura familiar, ou seja não
cabendo ter a incidência do IPTU, conforme exposto no ART 32, §1º do CTN, O
imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem
imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na
zona urbana do Município.e art 15, da lei 57/66 cobrança do imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural, institui normas sobre arrecadação da Dívida Ativa
correspondente, e dá outras providências.

V. Tutela Provisória de Urgência – Art. 300, CPC e Art. 151, II e IV, CTN e
539 do CPC.
O Código de processo civil, em seu artigo 300, autoriza a concessão da tutela
provisória de urgência antecipada, quando presentes o fumus boni juris e o
periculum in mora. Demonstra-se a probabilidade e direito do requerente, tendo em
vista que foi notificado o crédito tributário, logo, há a perda por parte do requerente
tendo em vista que o ITR tem um custo menor.
O risco de dano é evidente, em virtude que a exigibilidade do tributo ocasionará ao
requerente a inscrição em dívida ativa e, por conseguinte, a injusta execução dos
bens.
Pelo exposto fático e de direito, dever ser concedida a tutela de urgência para que
haja a suspensão dos créditos tributários - IPTU, concernentes ao exercicio de 2022.

VI. Dos Pedidos.

Diante do exposto, requer:

a) A concessão dos efeitos da tutela de urgência no sentido de suspender o crédito


tributário, uma vez que já realizado o depósito respectivo, na forma do art. 300 e
art.539, parágrafo 1º, CPC e art. 15, II e V, CTN
b) A procedência da presente ação para declarar a incidência do ITR e afastar a
incidência do IPTU, sendo o valor do depósito utilizado para pagar a obrigação
após a sua conversão em renda e consequente extinção do crédito tributário na
forma do art. 156, VI e VIII, CTN;
c) Requer a condenação da Fazenda Pública a devolução do valor pago a mais em
razão do imóvel caracterizar-se ITR e não IPTU;
d) Protesto provar por todos os meus admitidos em direito;
e) Dá-se a causa o valor de R$ 2.800,00.

Nestes termos, pede deferimento

Local e Data

Advogado e OAB

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