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Processo nº...
CAIO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do RG nº ..., inscrito no CPF/MF nº ...,
residente e domiciliado na ..., Nº, bairro ..., Cidade ..., Estado ..., cujo endereço eletrônico é
...@ ..., neste ato representado por seu advogado e bastante procurador, conforme mandato
anexo, com endereço profissional para receber todas as informações processuais na ..., nº ...,
bairro ..., cidade ..., estado de ..., CEP ..., cujo endereço eletrônico é ...@ ... vem,
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 16 da Lei n º 6.830/80, e
artigo 914 e s.s. do CPC, opor os presentes
Em face da Fazenda Nacional, pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ sob o
nº....., endereço eletrônico ...., estabelecida...., na pessoa de seu representante legal, nos
termos do artigo 75, inciso I do CPC, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
O Embargante, anteriormente empregado de uma pessoa jurídica, foi dispensado sem receber
devidamente suas verbas trabalhistas. Insatisfeito, ele ingressou com uma ação judicial
buscando o pagamento desses valores e, adicionalmente, pleiteou danos morais. A decisão
final, após trânsito em julgado, concedeu favoravelmente aos pedidos de Caio, condenando a
pessoa jurídica X ao pagamento de quantias referentes a férias proporcionais não gozadas,
terço constitucional correspondente, e danos morais.
DA TEMPESTIVIDADE
De acordo com os documentos anexados, a intimação ocorreu no dia .... (há 10 dias), sendo,
portanto, tempestiva, conforme estipulado pelo art. 16, par. 1 da Lei 6.830/80, que estabelece
o prazo de 30 dias a partir da intimação da penhora para a apresentação de oposição.
DO DIREITO
Caio, um empregado dispensado sem o devido pagamento das verbas trabalhistas, iniciou uma
ação judicial buscando a devida compensação pelos valores pertinentes e pleiteando a quantia
que não lhe foi repassada. Em resposta a isso, a Fazenda Nacional intentou uma execução
fiscal visando a cobrança de imposto sobre a renda da pessoa física (PF), utilizando-se dos
valores recebidos referentes às férias proporcionais não gozadas e ao respectivo terço
constitucional. Contudo, cabe ressaltar que, conforme determinado pela Súmula 386 do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), tal indenização é isenta de imposto sobre a renda, pois
possui natureza indenizatória.
Além disso, no que tange à cobrança do imposto sobre a renda da pessoa física, a Súmula 498
do STJ estabelece que não incide tal tributo sobre os valores pagos a título de indenização por
danos morais, dada a natureza jurídica indenizatória destinada a reparar a lesão emocional
sofrida.
Prosseguindo, observa-se o pedido de penhora do único imóvel de Caio, onde ele reside com
sua família. É importante frisar que este imóvel não está sujeito a qualquer tipo de dívida civil,
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, conforme estipulado pelo artigo 1º da
Lei nº 8.009/90, tornando a residência da família impenhorável.
Conforme disposto no artigo 919, parágrafo 1º do Código de Processo Civil (CPC), o autor tem
a prerrogativa de requerer o efeito suspensivo, com o intuito de interromper o andamento da
execução fiscal até o julgamento da ação atualmente proposta. Ressalta-se que a concessão
desse efeito suspensivo está condicionada ao preenchimento dos requisitos da tutela de
urgência. No âmbito desta ação em questão, há a presunção do direito, conforme estabelecido
no artigo 300 do CPC.
DOS PEDIDOS
e) Faz reserva para comprovar por todos os meios de prova admitidos em direito e para juntar
outros documentos pertinentes ao caso.
Local e data
Advogado, OAB nº