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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVIL DA COMARCA DE


SÃO VICENTE/SP

AFONSO [sobrenome], Nacionalidade, estado civil,


profissão, inscrito no CPF sob o n°, portadora da cédula de identidade RG n°,
domiciliada e residente nesta comarca, Estado de são Paulo, na rua _. No _
bairro __, CEP __, [endereço eletrônico], vem respeitosamente perante Vossa
Excelência por intermédio de seu advogado infra-assinado, com a procuração
(cópia anexa- 01), ajuizar:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTENCIA DE DÉBITO C/C PEDIDO DE


TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS

Com fulcro nos artigos art. 14 e art. 84, §3º, CDC, e


art. 300 e §§ 1º, 2º e 3º, NCPC, pelo Procedimento Comum (art. 318), em face
de VIVO, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob N°___, endereço
eletrônico:___, com sede à Av.___ N°__,São Paulo/SP, Representada por seu
Diretor: [nome completo], nacionalidade, estado civil, profissional da área de
__, , inscrito no CPF sob o n°, portador da cédula de identidade RG n°,
Endereço__, com base no estatuto social ata da última assembleia que elegeu
a diretoria, pelos fatos e fundamentos jurídicos aduzidos.

1. DOS FATOS:
O autor firmou com a ré um contrato de prestação de
serviços de telefonia, no valor de xxx, caracterizando então uma relação de
consumo, (conforme cópia anexa 02)

Contudo, foi comunicado pela ré de que sua fatura do


mês de janeiro de 2022 estava vencida e constava em aberto, e se ele não
cumprisse com o pagamento seria aplicado a pena de ter o seu nome lançado
nos cadastros de inadimplentes.

Ora, resta claro e evidente que foi um grande


inequívoco da ré, pois o autor já havia quitado a fatura daquele mês e possui o
comprovante do pagamento da fatura supostamente em aberto, (conforme
cópia anexa 03)

Toda via, Para que não tivesse o seu nome no


cadastro de inadimplentes, o autor colaborou enviando o comprovante de
pagamento para a empresa VIVO, a fim de dirimir o problema, (conforme cópia
anexa 04)

Dias depois, ao tentar concretizar a compra de um


computador mediante financiamento, viu frustrado o negócio, ante a
informação de que o crédito lhe fora negado, uma vez que seu nome estava
inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa VIVO, em virtude de
débito vencido em janeiro de 2022, no valor de R$ 850,00.

Pasme, o autor detentor da boa fé cumpriu além do


que o simples pagamento, além de ter efetuado o pagamento da determinada
fatura, também enviou o comprovante para a ré, para que não sofresse tal
constrangimento.

O constrangimento do autor na loja caracteriza dano moral, que deve ser


indenizado.

2. DO DIREITO
A ré quer apenas o enriquecimento sem causa, pois
está atribuindo cobrança indevida em face do autor, razão pela qual ofende o
princípio da equivalência contratual, princípio este instituído nas relações
jurídicas de consumo, com base no artigo 4º, inciso III, e artigo 6º, inciso II do
CDC.

Urge ressaltar a prerrogativa contida no artigo 19º,


inciso I, do NCPC.

É evidente que a relação entre o autor e a ré é


totalmente regulamentada pela lei 8.078/90, devendo assim ser respeitado os
dispositivos que estabelecem direitos e deveres para ambas as partes.

Logo como existe uma falha da segurança do serviço


prestado pela empresa-ré, o fornecedor de serviços responde
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos, em razão da cobrança de dívida já paga e inserção indevida de seu
nome no cadastro de inadimplentes.

A cobrança de dívida já paga e a inclusão indevida de


seu nome nos cadastros de inadimplentes justifica pedido de tutela provisória
de urgência, para o fim de excluir o nome do autor dos cadastros de
inadimplentes, com fundamento no artigo 300 e parágrafos 1º, 2º e 3º, e no
artigo 84, § 3º, da Lei nº 8.078/90;

2.1. DOS DANOS MORAIS

Vale salientar que as consequências danosas,


atingiram sua honra, reputação e bom nome, causando-lhe constrangimento
que caracteriza dano moral, que deve ser indenizado, com fundamento no
artigo 5º, V, X e XXXII da CF 88 e ainda, artigos 11, 12, 186 e 927 do CC ou 6º,
inciso VI, do CDC.
3. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o autor requer de Vossa


Excelência:

a) A concessão de tutela provisória de urgência para o


fim de excluir o nome do autor dos cadastros de inadimplentes;

b) Realização da audiência de conciliação e mediação;

c) A citação da ré, conforme o artigo 246, inciso I, do


Código de Processo Civil, para a apresentação de defesa, no prazo legal, sob
pena de sofrer os efeitos da revelia.

d) A do pedido para o fim de condenar a ré ao


pagamento das seguintes quantias, acrescidas de juros de mora, devidos
desde o evento lesivo, e correção monetária, a partir dos respectivos
desembolsos:

I- R$ 850,00 (oitocentos e cinquenta reais), referente


à inexistência do debito;

II- R$ 10.000,00 (dez mil reais), correspondente aos


danos morais;

e) A condenação da ré ao pagamento das


custas e honorários advocatícios, estes a serem arbitrados em sentença,
conforme artigos 86, parágrafo único do Código de Processo Civil;

f) Protesta provar o alegado por todos os meios


em direito admitidos, seja pelo depoimento pessoal das partes, juntada de
novos documentos, oitiva de testemunhas, perícia e outras provas que se
fizerem necessárias.
Dá-se a causa o valor de R$ 10.850,00 (dez mil
oitocentos e cinquenta reais), referente à soma de todos os pedidos, conforme
artigo 292, incisos V e VI do Novo Código de Processo Civil.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Local e Data.

[Nome e assinatura do Advogado]

[N°. de inscrição na OAB/ CONSELHO


SECCIONAL]

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