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AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA ....... VARA CÍVEL DA


COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Alves de Oliveira 034053117634, inscrita no CNPJ sob


o nº 18.269.565/0001-34, com sede à Rua Saint Roman, nº 200, Copacabana,
Rio de Janeiro/RJ, CEP 22.071-060, presentada por seu titular, Sérgio Alves
de Oliveira, brasileiro, casado, vigia, portador da cédula de identidade nº
10606684-8, inscrito no CPF sob o nº 043.053.117-63, residente e
domiciliado à Rua Saint Roman, nº 200, Copacabana, Rio de Janeiro/RJ,
CEP 22.071-060, vem, por seu advogada legalmente constituída , nos termos
da procuração em anexo, requerendo, desde já, para o atendimento do Artigo
77, inciso V C/C Artigo 272 § 2º, ambos do CPC, requer que as publicações
e/ou intimações através da imprensa oficial ou Portal Eletrônico sejam
realizadas em nome da Dra. Rosana Tostes Machado, inscrita na OAB/RJ
110.710, endereço eletrônico rosana.safi@estacio.br para o endereço
profissional sito à Rua Raul Pompéia, 231, 4º andar, Copacabana – Rio de
Janeiro - Núcleo de Prática Jurídica - NPJ, diante desse Douto Juízo, , propor:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO C/C


INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de BRADESCO DENTAL, operada por ODONTOPREV S.A.,


inscrita no CNPJ sob o nº 58.119.199/0001-51, com sede à Avenida Marcos
Penteado de Ulhoa Rodrigues, nº 939, 14º andar, conjunto 1401, edifício
Jatobá, Tamboré, Barueri/SP, CEP 06.460-040 e de SOMA CORRETORA
DE SEGUROS LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº 16.729.517/0001-56, com
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sede à Avenida Rio Branco, nº 114, sala 302, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP
20.040-001, pelos fatos e fundamentos que a seguir passa a aduzir:

I) DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Autor da presente demanda não possui capacidade financeira


para suportar os custos e despesas do processo, conforme afirmação de
hipossuficiência em anexo. fazendo jus, portanto, à gratuidade de justiça
disposta no Artigo 98 do CPC.

Requer, portanto, ante a impossibilidade de arcar com custas e


emolumentos, seja concedida a gratuidade de justiça.

II) DOS FATOS E FUNDAMENTOS

1) DO VALOR DO CONTRATO CELEBRADO

O Autora celebrou com as a Ré Odontoprev S.A., por


intermédio de Soma Corretora de Seguros LTDA, contrato de seguro saúde
em grupo para 4 (quatro) vidas, no valor de R$ 1.460,82 (mil quatrocentos e
sessenta reais e oitenta e dois centavos).

2) DA FATURA COM VALOR A MAIOR

Quando da chegada da primeira fatura, foi percebido


que,o valor da fatura estava diferente do valor que havia sido contratado por
força da inclusão, em sua fatura d o lançamento de 4 (quatro) coberturas de
plano de assistência odontológica, as quais não haviam sido contratadas. A
fatura que então chegou para a Autora foi no valor de R$ 1.555,50 (mil e
quinhentos e cinqüenta e cinco reais e cinqüenta centavos), ou seja, R$ 94,68
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(noventa e quatro reais e sessenta e oito centavos) a mais na fatura, havendo


sido feito, portanto cobrança a maior. E assim ocorreu pelos meses de março,
abril, maio e junho do ano de 2018.

3) DA CONTRATAÇÃO IRREGULAR E
MEDIANTE FRAUDE DO PLANO DE ASSISTÊNCIA
ODONTOLÓGICA

Ao perceber a diferença de valores, a Autora foi analisar


detalhadamente a fatura e percebeu a cobrança indevida e que se referia ao
Plano de Assistência Odontológica que o Autor não havia contratado.

Solicitou, portanto, à corretora que havia feito o plano de


saúde que lhe enviasse cópia do contrato de Assistência Odontológica, o que
lhe foi enviado e de plano foi percebido que a assinatura aposta no campo
destinado ao Contratante não era a própria do Autor, bem como foi percebido
de imediato que o carimbo da empresa, embora fosse de idêntico CNPJ e
endereço, trata-se de outro nome de empresário. Consta o nome empresarial
JOSE LUIZ TOMAZ DE CARVALHO, onde deveria constar o nome
empresarial SERGIO ALVES DE OLIVEIRA 04305311763.

Ante o exposto, resta evidente, portanto, a fraude na


contratação e, por esse motivo, o contrato é nulo de pleno direito, não tendo,
sequer, entrado no plano da existência, pois o Autor jamais expressou a sua
vontade em contratar.

4) DO PEDIDO DE CANCELAMENTO E
RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS

Assim que o Autor se deu conta da contratação irregular


do Plano de Assistência Odontológica, enviou comunicação à Ré, datada de
23 de maio de 2018, relatando o ocorrido, que foi recebida e pelo funcionário
da Saúde Bradesco que apôs a sua assinatura e carimbo, recebendo nº de
protocolo 00571120180523015958. No mesmo documento solicita, ainda, o
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reembolso dos valores pagos indevidamente, informando seus dados


bancários para que fosse feito o crédito.

Contudo, apesar de toda a boa fé do Autor, cumprindo


rigorosamente os procedimentos exigidos pela Ré, nada lhe foi restituído.

III) DA CONFUGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE


CONSUMO

O Código de Defesa do Consumidor - CDC, determina que a


pessoa jurídica que desenvolve atividades de comercialização de serviços é
qualificada como Fornecedor e que a pessoa física, destinatária final de tais
serviços é qualificada como Consumidor.

Diante disso, na forma do expressa nos Artigos 2º e 3º do CDC,


configura-se, portanto, a relação de consumo entre o Autor e as Rés,
devendo, no que couber, ser aplicado o Código Consumerista.

IV) DO DANO MATERIAL

O Autor efetuou pagamentos de faturas em valores superiores


aos que foram estabelecidos no contrato e, na forma preconizada no Artigo
6º, inciso VI do CDC, é direito básico do consumidor a reparação dos danos
patrimoniais sofridos.

Portanto, as Rés deverão restituir o Autor no valor pago a maior


nas faturas dos meses de março, abril, maio e junho de 2018, totalizando o
valor de R$ 378,72 (trezentos e setenta e oito reais e setenta e dois
centavos) atualizados monetariamente e com juros de mora desde a data do
efetivo desembolso feito pelo Autor.
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V) DO DANO MORAL

Evidente, diante de todo o exposto, o transtorno causado pelas


Rés ao Autor e tal abalo.

O Artigo 6º, inciso IV do CDC preceitua como direito básico


do consumidor a efetiva reparação pelos dano morais sofridos e, por ter
sofrido, além da cobrança de valores indevidos, teve o Autor a sua assinatura
e carimbo apostos de forma fraudulenta, que não exprimia a sua vontade,
usando de artifício ardil e malicioso a Ré, a fim de obter vantagem
econômica indevida.

Nessa esteira, podemos afirmar que o Autor se sentiu enganado,


lesado, traído pela Ré, ao ver a sua assinatura e seu carimbo apostos de forma
fraudulenta, no contrato, devendo, portanto, ser reparado de tal lesão à sua
moral;

A indenização por dano moral, além de seu caráter reparatório


para quem sofre, possui caráter punitivo-pedagógico para as empresas não
voltem a praticar condutas tão vis como essa.

VI) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante de todo o exposto, vem, respeitosamente, diante desse


Douto Juízo, requerer:

a) a concessão da gratuidade de justiça nos exatos termos


do Artigo 98 do CPC, haja vista o Autor não ter condições de suportar as
despesas do processo sem prejuízo de seu sustento, conforme Declaração de
Hipossuficiência em anexo;

b) a citação das Rés, nas pessoas de seus representantes


legais, para que compareçam em audiência a ser designada por esse Douto
Juízo, e para que, querendo, apresentem suas defesas, sob pena de confissão
e revelia, na forma disposta no Artigo 344 do CPC;
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c) seja julgado procedente o pedido para declara a


nulidade do contrato supostamente celebrado entre o Autor e a Ré, haja vista
a forma fraudulenta que viciou o negócio de forma insanável, conforme
fundamentação supra;

d) seja julgado procedente o pedido para condenar a Ré a


indenizar o Autor pelos danos materiais causados no valor de R$ R$ 378,72
(trezentos e setenta e oito reais e setenta e dois centavos), atualizados
monetariamente e acrescidos de juros de mora contados da data de cada
desembolso;

e) seja julgado procedente o pedido para condenar a Ré a


indenizar o Autor pelos danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), haja vista todo o abalo psíquico sofrido e todo o sofrimento
experimentado; e

f) por fim, seja condenada a Ré ao pagamento de custas


processuais e honorários de advogado no percentual de 20% (vinte por cento)
do valor da condenação ou sobre o valor atualizado da causa, conforme
disposto no Artigo 85 do CPC.

VII) DAS PROVAS

Protesta pela ampla produção de provas, nos limites do admitido


pelo direito, e, em especial, a produção de prova pericial e o depoimento
pessoal do representante legal da Ré.

VIII) VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa para todos os efeitos legais o valor de R$


10.378,72 (dez mil e trezentos e setenta e oito reais e setenta e dois
centavos).
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Termos em que, pede e espera deferimento.

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2018.

ROSANA TOSTES MACHADO

OAB/RJ 110.710

ABRAM FELDMAN

OAB/RJ - 212.210-E

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