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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO __ JUÍZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DE RIO BRANCO/AC

MARLUCE, brasileira, união estável, merendeira, portadora do RG n°__,


expedido pelo __, inscrita sob o CPF n° __, residente e domiciliada na Rua __,
n°__, bairro__, CEP__, e-mail__, telefone__, vem, respeitosamente, a presença
de V. Exª, através de seu advogado infra-assinado, conforme procuração às fls.
__, propor a presente

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALOR C/C INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS

Em face de BRAZILLITE GÁS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita


sob o CNPJ n° __, com sede na Rua __, n° __, bairro __, CEP __, e-mail __,
pelos pressupostos fáticos e jurídicos que passa a expor.

- DOS FATOS

A Autora é cliente da Ré há 05 (cinco) anos, utilizando os serviços de gás


encanado, sob o medidor n° 458595 e código do cliente 969123, conforme
faturas em anexo.

Ocorre que nos meses de julho, agosto e setembro de 2020, a Autora foi
cobrada por serviços de seguro em suas faturas, frise-se, serviços que não
contratara.

Em cada fatura, viera cobrando o valor de R$ 20,00 (vinte) reais,


totalizando o valor de R$ 60,00 (sessenta) reais, conforme pode se vislumbrar
dos documentos em anexo.

Ato contínuo, 15/09/2020, a Autora realizou reclamação junta á Ré,


canalizando sob o protocolo nº 202012985983, na esperança de reaver tais
valores, porém, sem sucesso.
A Ré assumiu a responsabilidade e cancelou em definitivo tais serviços
cobrados indevidamente a Autora, porém, até a presente data não realizou a
devolução dos valores cobrados indevidamente.

– DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato gerador do direito


mencionado ou a quem lhe nega, fazendo nascer um fato modificativo, conforme
disciplina o artigo 373, incisos I e II, do Código de Processo Civil – Lei 13.105/15.

O Código de Defesa do Consumidor, representando uma atualização do


direito vigente e procurando amenizar a diferença de forças existentes entre
polos processuais onde se tem num ponto, o consumidor, como figura vulnerável
e noutro, o fornecedor, como detentor dos meios de prova que são muitas vezes
buscados pelo primeiro, e às quais este não possui acesso, adotou teoria
moderna onde se admite a inversão do ônus da prova justamente em face desta
problemática.

Havendo uma relação em que está caracterizada a vulnerabilidade entre


as partes, como de fato há, este deve ser agraciado com as normas atinentes à
Lei 8.078/90, principalmente no que tange aos direitos básicos do consumidor, e
a letra da Lei é clara. Destarte, deverá ser invertida o ônus da prova.

– DOS VALORES COBRADOS INDEVIDAMENTE

Conforme os fatos, a Ré cobrou valores indevidamente da autora,


somando-se o importe de R$ 60,00 (sessenta reais).

Dispõe o artigo 42, do Código de Defesa do Consumidor:

“O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do


indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido
de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável”.

Destarte, requer a condenação da Ré a devolver os valores que foram


cobrados indevidamente da Autora, no importe de R$ 60,00 (sessenta reais) de
forma dobrada, acrescidas de correção monetária e juros legais.
– DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer deste M.M Juízo:

a) A citação da Ré na pessoa de seu representante legal, no endereço


supramencionado, para responder a presente demanda;

b) A condenação da reclamada a devolver os valores que foram cobrados


indevidamente, da Autora no importe de R$ 60,00 (sessenta reais) de
forma dobrada, acrescidas de correção monetária e juros legais;

c) A condenação da requerida ao pagamento de indenização, no importe


de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais pelos
transtornos causados pela Ré;

d) A condenação da requerida aos pagamentos das custas processuais


e honorários advocatícios;

- DAS PROVAS

Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas,


especialmente documental e testemunhal, bem como a inversão de seu ônus
dada a hipossuficiência da requerente, sendo aplicado o CDC;

- DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 5.060,00 (cinco mil reais)

Nestes termos,
Pede deferimento

Rio Branco, 07 de junho de 2021

Advogado
OAB n°__/__ (sigla do estado)

OBJETIVAS:
1) B 2) B 3) C 4) B 5) D

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