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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

DA COMARCA DE CIDADE/UF

NOME DO CLIENTE, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CPF/MF nº


0000000, com Documento de Identidade de nº 000000, residente e domiciliado na
Rua TAL, nº 00000, bairro TAL, CEP: 000000, CIDADE/UF, vem respeitosamente
perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de EMPRESA XXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ


nº XXXXX, com sede na Rua TAL, nº 00000, bairro TAL, CEP: 000000, CIDADE/UF,
pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer:

1. DA JUSTIÇA GRATUITA
Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o autor declara para os
devidos fins e sob as penas da lei, ser pobre, não tendo no momento como arcar
com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.

2. DOS FATOS
Em DIA/MÊS/ANO, o autor foi informado que foi contemplado pelo consórcio
TAL em uma motocicleta. Ao se dirigir para a concessionária TAL para efetuar a
retirada do bem contemplado, o autor foi surpreendido com a informação da
NEGATIVAÇÃO de seu nome junto ao SERASA e que, pelo fato de estar
negativado, não seria possível a retirada do bem contemplado.
Surpreso com a notícia e convicto de não possuir qualquer dívida que
justificasse tal restrição de crédito, o AUTOR dirigiu-se até o CDL de TAL, para
retirar um extrato que indicasse seu nome no cadastro. (extrato em anexo)
Quando retirou o extrato, verificando de que se tratava, não entendeu o
porquê de seu nome constar no referido cadastro, haja vista que este apontamento
refere-se a uma antiga linha telefônica que já pertenceu ao AUTOR, E FOI
DEVIDAMENTE SOLICITADO O CANCELAMENTO NO ANO DE “TAL” (DOZE
ANOS ATRÁS), não existindo motivos para o nome do AUTOR constar em nenhum
cadastro de restrição.
O atualizado extrato em anexo demonstra que o nome do AUTOR
permanece negativado, mesmo após 12 ANOS DA DÍVIDA TEREM PASSADOS E
00 MESES E 00 DIAS que efetuou NOVAMENTE o pagamento da dívida.
A conduta da ré causou ao autor imenso constrangimento moral e o impediu
de receber a motocicleta para a qual foi contemplado através do consórcio XXX,
conforme extrato anexo, só vindo a retirar o bem após a Ré retirar a inscrição de seu
nome do SERASA, mediante contato do Autor, documento anexo.
Em razão de tal conduta, busca o autor a reparação pelos danos morais
sofridos.

3. DO DIREITO
A relação de consumo existente entre as partes é evidente, e, assim sendo,
devem ser aplicadas as regras do Código de Defesa do Consumidor, em especial a
inversão do ônus da prova, art. 6º, VIII.
Ademais, a conduta da Ré, como narrado, foi prejudicial ao Autor, uma vez
que fez passar por mau pagador e o impediu de adquirir um bem. Além do mais, ficou
por anos com crédito negativado sem saber.
Estando presentes todos os requisitos para a configuração do dano moral,
quais sejam, a conduta ilícita da Ré, o nexo causal e o dano causado, que no caso é
presumido, deve haver a reparação do dano, arts. 186 e 927 do CC.
A Constituição Federal trata como direito fundamental o direito à indenização
por dano moral, conforme o art. 5º, V e X. No Código Civil também encontra-se
amparo legal, nos arts. 186, 927 e 953.
Existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do
indivíduo, sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes,
causando-lhe mal-estar. A reparação do dano em tais casos, reside no pagamento de
uma soma pecuniária, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua
dor íntima, compensa os dissabores sofridos pela vítima, em virtude da ação ilícita do
agente causador.
A personalidade do indivíduo é bem imaterial do mesmo e as ofensas a esses
bens imateriais redundam em dano extrapatrimonial, suscetível de reparação. As
ofensas a esses bens causam sempre em seu titular, aflições, desgostos e mágoas
que interferem grandemente no comportamento do indivíduo.
Todo mal infligido ao estado ideal das pessoas, resultando mal-estar,
desgostos, aflições, interrompendo seu equilíbrio psíquico, constitui causa suficiente
para a obrigação de reparar o dano moral. A indenização pecuniária em razão de dano
moral atenua, em parte, as consequências do prejuízo sofrido, superando o déficit
acarretado pelo dano.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS. DÍVIDA QUITADA. INSCRIÇÃO INDEVIDA NA SERASA E
SPC. DANO MORAL PRESUMIDO. DEVER DE INDENIZAR.
QUANTUM MANTIDO. ADEQUAÇÃO DE OFÍCIO. APLICAÇÃO DA
SÚMULA 54 DO STJ. SENTENÇA MANTIDA. LITIGÂNCIA DE MÁ-
FÉ CARACTERIZADA. CONDENAÇÃO DE OFÍCIO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. (TJ-SC - AC: 724764 SC
2008.072476-4, Relator: Edson Ubaldo, Data de Julgamento:
26/11/2009, Primeira Câmara de Direito Civil, Data de Publicação:
Apelação Cível n. , da Capital)

Assim, in casu, considerando o caráter dúplice da reparação, e para que


esta venha a atingir os seus verdadeiros fins legais, e levando ainda em
consideração a função estatal de restabelecimento do equilíbrio do meio social,
abalado pela repercussão do evento danoso, o AUTOR pretende requerer a
condenação da empresa RÉ, no valor de R$ 0000 (REAIS), correspondentes aos
danos morais, como medida proporcional ao dano causado, tendo em vista, tratar-se
de suposta dívida já prescrita conforme Art. 205 do CC.

******** JURISPRUDÊNCIA DO SEU ESTADO COM O QUANTUM DE


DANO MORAL******

4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, querer:
1- Os benefícios da Justiça Gratuita;
2- A citação da empresa requerida para, querendo, apresentar contestação,
advertindo-a da pena de revelia e consequentemente confissão pela ausência;
3- O depoimento pessoal do representante legal da RÉ, sob pena de
confissão, seja para o caso de não comparecimento, seja para em comparecendo se
negue a depor;
4- Seja a demandada condenada ao pagamento de indenização por danos
morais no valor de R$ 0000 (REAIS) por inclusão indevida do nome do Autor em
órgão de proteção ao crédito e cobrança de dívida já prescrita e paga;
5- Condenação da empresa RÉ ao pagamento dos honorários advocatícios
no importe de 20% (vinte por cento);
Protesta-se, ainda, pela produção de todo o gênero de provas admitidas em
direito, especialmente a testemunhal e a pericial, que desde já se requer.
Dá-se a causa o valor de R$ 0000 (REAIS)

Pede Deferimento.

CIDADE, 00, MÊS, ANO


ADVOGADO
OAB Nº

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