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Autos do Processo nº …
DOS FATOS
A Autora relata que realizou uma compra na Ótica Fundos de Garrafa, cujo valor inicial era de R$
748,60 (setecentos e quarenta e oito reais e sessenta centavos), sendo que tal valor foi parcelado em 5
vezes, 4 parcelas no valor de R$ 149,00 (cento e quarenta e nove reais), e a última parcela no valor de
R$ 152,60 (cento e cinquenta e dois reais e sessenta centavos).
Afirma ter pagado algumas parcelas em atraso, motivo pelo qual a autora procurou a requerida com o
intuito de renegociar a dívida e adimplir o débito em questão. A quarta parcela do acordo ficou com o
vencimento para o dia 01/08/2019, e Joana somente conseguiu realizar o pagamento no dia
13/11/2019, e seu nome já havia sido inserido no cadastro de maus pagadores no dia 22/09/2019.
Devido ao atraso, o valor foi acrescido de juros, pagando a autora o valor de R$ 175,89 (cento e
oitenta e cinco reais e oitenta e nove centavos).
Alega que mesmo após o adimplemento total da dívida, após realizar consulta no sstema de maus
pagadores no dia 13 de agosto de 2020, ainda constava seu nome junto ao mesmo, em razão da
parcela do mês de 01/08/2019, que já foi devidamente paga, conforme relatório de débitos entregues a
Joana pelo funcionário da Ótica.
DAS PRELIMINARES
Antes de adentrar no mérito, mister se faz apontar algumas defesas em sede preliminar.
O valor pedido na inicial não confere com nenhuma obrigação da parte, uma vez que
nenhum dando fora causado, não tendo nenhum fato gerador de responsabilidade a ser
discutido.
DO MÉRITO
A parte autora move tal ação querendo reparação de dano moral, e m decorrência do
incidente narrado nesta peça, o promovente experimentou situação constrangedora, sendo
suficiente a ensejar danos morais, notadamente porque ela já efetuou o pagamento da dívida,
mesmo com atraso, pagando o juro proposto pela empresa e até o presente momento e mesmo
tendo enveredado esforços para que o dano não ocorresse, a autora permanece com seu nome
no sistema de maus pagadores por conta de um débito já quitado e precisa que seja retirado
para continuar sua vida.
A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral puro não
mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos jurisprudencial
garantem sua tutela legal.
Com base nos fundamentos acima, percebe-se, de pleito, que a conduta não ensejou a
caracterização dos pressupostos que balizam o dano moral. Ou seja, o entendimento é que
houve, na verdade, um aborrecimento não estando este sedimentado no instituto dano moral,
que representa a ofensa aos direitos de personalidade.
DOS PEDIDOS
[CIDADE], [DATA].
[NOME DO ADVOGADO]