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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DA CAPITAL REGIONAL DA BARRA DA TIJUCA– RJ.

ANDERSON DA SILVA MONTANHEIRO, brasileiro, casado,


advogado, portador da cédula de identidade nº 144.021,
expedido pela OAB/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº
025.054.247-13, residente na Rua: Escritor Elie Wiesel, nº
85, Bloco 02 AP 101 – Recreio dos Bandeirantes -RJ, CEP:
22.790-672,Vem em causa própria a presença de V. Exa.,
propor a presente vem perante V. Exa., com fulcro nos arts.
5º, XXXII e art. 170, V da CRFB; art. 6º, IV, art. 39, II e
VIII, art. 81 e 83 do Código de Defesa do Consumidor (Lei
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990), propor a presente:

AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em face de CONSUL ((WHIRLPOOL S.A.) inscrita no CNPJ sob o nº


59.105.999/0001-86 podendo ser citada no endereço Avenida das
Nações Unidas, nº 12.995, Andares: 21, 27, 31 e 32, Brooklin
Novo, São Paulo – SP, CEP: 04578-000, pelas seguintes
argumentações de fato e de direito adiante expendidas:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

INICIALMENTE requer a concessão do benefício


da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, por ser pobre e não ter condições
de arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do sustento próprio ou de sua
família, pelo que, faz juntada da presente declaração na
forma da lei 1060/50.

I – DO NÃO INTERESSE DA REALIZAÇÃO DA AUDIENCIA DE


CONCILIAÇÃO E TEM INTERESSE DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE.

Considerando o disposto nos Atos Conjuntos 4, 6 e 7/2020


do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, vem
informar que NÃO TEM INTERESSE NA REALIZAÇÃO DE AUDIENCIA,
visto que todas as provas já estão apresentadas nos anexos
da petição inicial, Isto posto, requer o JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE, conforme artigo 355, I e II, CPC.
DOS FATOS

O Autor em 2020 realizou a compra de uma MÁQUINA DE LAVAR,


FABRICADA pela RÉ, onde foi ofertado pelo valor de R$
1.199,00 (hum mil, cento e noventa e nove reais, conforme
comprovante em anexo.

Ocorre que no dia seguinte a compra, ao LIGAR o produto em


sua residência, o Autor constatou que a mesma apresentava
DIVERSOS RUÍDOS e DESLIGAVA EM POUCO TEMPO DE
FUNCIONAMENTO,NÃO fazendo a FUNÇÃO PRINCIPAL, que é de
ENXAGAR(BATER) as ROUPAS, fato esses que CONDENAM O
DESFRUTO DO PRODUTO, tornando-se assim imprestável para o
fim ao qual se destina.

Mediante a tal fato, a Autora entrou em contato com a LOJA


que foi efetuada a compra Ré através do telefone gerando o
PROTOCOLO DE NUMERAÇÃO 20201970325946 onde foi informada
pela PREPOSTA MARCIA que a mesma NÃO HAVIA O PRODUTO para a
TROCA e que o AUTOR deveria entrar em contato com o
FABRICANTE ora Ré.

Tentando solucionar o referido problema de maneira


pacífica, o Autor entrou em contato novamente gerando o
PROTOCOLO DE NUMERAÇÃO 2080134920 , onde foi realizada a
SOLICITAÇÃO DE TROCA e ainda fora informado que a COLETA
SERIA REALIZADA EM 15 DIAS e logo após a avaliação do
produto seria feito o envio de um novo em até 10 dias
úteis, FATO ESSE QUE NÃO OCORREU ATÉ A PRESENTE DATA.

Fica claro o TOTAL DESCASO da empresa Ré uma vez que se


nega a efetuar a troca do produto defeituoso ferindo
diretamente o código de defesa do consumidor.

POR FIM A RÉ (FABRICANTE) INFORMOU QUE NÃO POSSUI A MÁQUINA


PARA TROCA E NEM PECA PARA REPARO, POR SE TRATAR DE PRODUTO
ANTIGO QUE NÃO FABRICA MAIS E QUE NADA PODERIA FAZER.

Como nada foi resolvido, o Autor ENVIOU EMAIL, conversou no


WHATSAPP da RÉ, firmou novo contato através da Central de
Atendimento, o qual foi registrado através do protocolo n.º
20201978543210, onde o Demandante instruiu o Autor a mais
uma vez aguardar o prazo de 5 dias para que fosse realizado
a TROCA,FATO ESSE QUE NOVAMENTE NÃO OCORREU.
DA CONDUTA PROVENIENTE DO SENTIMENTO DE

INFERIORIDADE, RIDICULARIZAÇÃO E VERGONHA

Apesar de completamente evidenciado nos fatos


supracitados, é de extrema importância apontar o quanto a
conduta da Ré é totalmente DESPREZÍVEL com os clientes.

Tal conduta faz-se causadora dos sentimentos de


INFERIORIDADE, RIDICULARIZAÇÃO E VERGONHA, como é o caso do
Autor, que se sente diminuído pelo fato de NÃO ter o
PRODUTO DEFEITUOSO TROCADO.

SOBRE O PRAZO PRESCRICIONAL

Sobre o prazo prescricional, o Código Civil de


2002, define que uma ação indenizatória pelos danos moral
e material seja de três anos. Mas, se o dano decorrer de
uma relação de consumo, a vítima tem PRAZO DE ATÉ 5 ANOS
para mover uma ação, conforme estabelece o Código de
Defesa do Consumidor.

DA RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO MORAL

Não obstante ao constrangimento ilegítimo, as


reiteradas tentativas de resolver a necessidade da Autora
ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do
cotidiano, uma vez que a mesma, se viu obrigada a
movimentar a máquina judiciária, para que fosse possível
sanar o contratempo que afetou diretamente a moral da
Autora, causado única e exclusivamente pela Ré.
DO DANO MORAL PRESUMIDO/ IN RE IPSA

Além do sofrimento experimentado pelo indivíduo, vez que o


mesmo se processa no âmago, na alma da pessoa, de se
considerar que o alegado dano moral prescinde de prova oral
porque o sofrimento, a angústia e a dor impingidas à autora
são notórias e efetivas, reservados ao recôndito da alma,
ao íntimo da pessoa, Tanto que, na seara doutrinária,
denomina-se dano in reipsa, que se presume pelo simples
fato de acontecer.
DOS PEDIDOS
Desta forma, é a presente para requerer:

1. A citação da Ré, no endereço acima mencionado, na


pessoa de seus representantes legais para comparecerem
a audiência de conciliação a ser designada por V.
Exa., podendo ser convolada em AIJ, sob pena de
confissão e revelia;

2. A inversão de ônus da prova em favor da parte Autora,


nos termos do art. 6°., VIII, Lei 8078/90;

3. Seja a Ré, condenada, a proceder com a TROCA do


produto acima descrito, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas, sob pena de multa diária no valor de R$
200,00 (duzentos reais em caso de descumprimento.

4. Caso não seja possível o envio do produto do mesmo


modelo, seja então a Ré condenada a proceder com a
devolução do valor pago pela Autora, devidamente
corrigido e acrescido de juros legais, desde a data do
desembolso, até o efetivo pagamento;

5. Que seja o RÉU CONDENADO, pelo DANO MORAL, decorrente


o DESVIO PRODUTIVO E A PERDA DO TEMPO ÚTIL.

6. Que NÃO SEJA APLICADO o SUPOSTO MERO ABORRECIMENTO, OU


MERO DISSABOR, uma vez que OBJETO DA LIDE, EXTRAPOLA A
ESFERA DOS ABORRECIMENTOS aceitáveis do cotidiano.
7. Que seja CONDENADA, pelo DANO MORAL, decorrente DO
SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, RIDICULARIZAÇÃO E
VERGONHA, GERADO PELA CONDUTA DIMINUIDORA DA RÉ, QUE
ATINGE DIRETAMENTE A MORAL DO AUTOR.

8. SEJA PROCEDENTE O DANO MORAL PRESUMIDO/ IN RE IPSA.

9. Seja considerada a RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO


MORAL

10. Segue requerendo, a condenação da Ré para


indenizar a parte Autora com a quantia de 20 (vinte)
salários mínimos a título de danos morais, em razão
dos fatos articulados acima, norteando-se o d.
magistrado pelo principio da razoabilidade bem como o
pelo caráter PUNITIVO, PEDAGÓGICO e COMPENSATÓRIO eis
que a Autora se encontra em estado hipossuficiente
perante a Ré, bem como considerando a elevada
capacidade econômica e o regime ditatorial que esta
exerce perante os usuários de seus serviços, conforme
entendimento recente do STJ, o qual estabeleceu
parâmetros para a uniformização dos valores de danos
morais (REsp. 1105974/ BA RECURSO ESPECIAL 2008/
0260489-7);
Protesta por todos os meios de prova em
direito admitidas, tais como documentais, testemunhas que
serão arroladas posteriormente e depoimento pessoal do
representante legal da Ré, sob pena de confissão.

Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00 (Vinte


mil reais).
Nestes Termos.
Requer deferimento.
Rio de Janeiro– RJ, 01 de Fevereiro de 2023.

Anderson da Silva Montanheiro

OAB/RJ – 144.021

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