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__________________________________________________________
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE MESQUITA – RJ.

ANDERSON DA SILVA MONTANHEIRO, brasileiro,


casado, advogado, portador da cédula de identidade nº
144.021, expedido pela OAB/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº
025.054.247-13, residente na Rua: Vila São Paulo, nº 12 -
Centro - Mesquita, CEP: 26.580-140, vem, em causa própria a
presença de V. Exa., propor a presente

AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS


C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em face de CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA LTDA, inscrito no


Cnpj nº 45.543.915/0001-81, com sede em Av. Dom Hélder
Câmara, 5474 - Cachambi, Rio de Janeiro - RJ, 20771-004,
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

INICIALMENTE requer a concessão do benefício


da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, por ser pobre e não ter condições
de arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do sustento próprio ou de sua
família, pelo que, faz juntada da presente declaração na
forma da lei 1060/50.

I – DO NÃO INTERESSE DA REALIZAÇÃO DA AUDIENCIA DE


CONCILIAÇÃO E NO INTERESSE DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE, Isto posto, requer o JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE,
conforme artigo 355, I e II, CPC.
DOS FATOS

A primeira observação a ser feita, é o fato do Autor ter


realizado a compra de uma IMPRESSORA para seu ESCRITÓRIO DE
ADVOCACIA, no dia 25 de Agosto do corrente ano, na RÉ,
sendo ofertada pelo valor de R$ 1.464,55 (Hum mil
quatrocentos e sessenta e quatro reais e cinquenta e cinco
centavos), com TAXA DE ENTREGA.

Ocorre que ao chegar ao seu escritório, no momento em que o


Autor foi utilizar o produto, REPAROU QUE O MESMO NÃO
FUNCIONAVA CORRETAMENTE, uma vez que a FOLHA AGUARRA na
HORA DA IMPRESSÃO tornando-se assim, um produto
imprescindível ao meio que se destinava.

Logo, completamente decepcionado com o fato de seu produto


novo adquirido NÃO FUNCIONAR, o mesmo entrou em contato com
a RÉ, via telefone, onde através do protocolo de
Nº202270139650, onde a atendente LUCIA, informou que NÃO
HAVIA MAIS O PRODUTO EM ESTOQUE DISPONIVEL PARA A TROCA e
que lhe daria CRÉDITOS para OUTRA COMPRA, fato esse que NÃO
INTERESSA AO AUTOR.

Entretanto, no dia seguinte ao entrar em contato novamente


do protocolo de Nº202280134930, a PREPOSTA ANDRESSA,
informou que dentro de 5 dias seria realizada a COLETA DO
PRODUTO e estaria ESTORNANDO o VALOR PAGO em seu CARTÃO DE
CRÉDITO, fato esse que NÃO OCORREU.

Logo, completamente inconformado com a situação,


necessitando utilizar do produto adquirido, o Autor voltou
a contatar a Ré através do protocolo de Nº202294013520,
onde a preposta PATRICIA, informou um novo prazo de 3 dias,
para que a COLETA E ESTORNO, FATO ESSE QUE NOVAMENTE NÃO
OCORREU.

INSTA SALIENTAR QUE APESAR DE TODAS AS TRATATIVAS DO AUTOR


EM REALIZAR A TROCA DO PRODUTO JUNTO A RÉ FORAM
INFRUTIFERAS, NÃO TENDO SIDO REALIZADO A COLETA E TROCA DO
PRODUTO DEFEITUOSO ATÉ A PRESENTE DATA.

O Autor tentou entrou em contato INÚMERAS VEZES COM A LOJA,


DE FORMA QUE POR ÚLTIMO INFORMOU QUE TAL PRODUTO NÃO
FABRICA MAIS E NEM POSSUI PEÇA PARA REPOSIÇÃO.

Protocolos: 202287573060, 2022120459650,

A RÉ PROMETE PRAZOS FANTASIOSO, DE DIVERSOS DIAS, SENDO


TODOS ELES DESCUMPRIDOS, OU SEJA, ATÉ A PRESENTE DATA NÃO
FOI COLETADO O PRODUTO E NEM ESTORNADO O VALOR PAGO, TENDO
A RÉ SE MANTENDO INERTES ATÉ ENTÃO.

DA RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO MORAL

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova


que junta no presente processo, a empresa Ré deixou de
cumprir com sua obrigação primária de cautela e prudência
na atividade, causando constrangimentos indevidos ao Autor.

Não obstante ao constrangimento ilegítimo, as


reiteradas tentativas de resolver a necessidade do Autor
ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do
cotidiano, uma vez que foi obrigado a buscar informações e
ferramentas para resolver um problema causado pela empresa
contratada para lhe dar uma solução.
DO DANO MORAL PRESUMIDO
/ IN RE IPSA

Além do sofrimento experimentado pelo indivíduo, vez que o


mesmo se processa no âmago, na alma da pessoa, de se
considerar que o alegado dano moral prescinde de prova oral
porque o sofrimento, a angústia e a dor impingidas à autora
são notórias e efetivas, reservados ao recôndito da alma,
ao íntimo da pessoa, Tanto que, na seara doutrinária,
denomina-se dano in re ipsa, que se presume pelo simples
fato de acontecer.

DOS DANOS PELO DESVIO PRODUTIVO

Conforme disposto nos fatos iniciais, o Consumidor teve que


desperdiçar seu tempo útil para solucionar problemas que foram causados pela
empresa Ré que não demonstrou qualquer intenção na solução do
problema, obrigando o ingresso da presente ação de forma que este desgaste
fica perfeitamente demonstrado por meio dos fatos narrados até aqui.

Este transtorno involuntário é o que a doutrina denomina de


DANO PELA PERDA DO TEMPO ÚTIL, pois afeta diretamente a rotina do
consumidor gerando um desvio produtivo involuntário, que obviamente causam
angústia e stress.
Humberto Theodoro Júnior leciona de forma simples e didática
sobre o tema, aplicando-se perfeitamente ao presente caso:
"Entretanto, casos há em que a conduta desidiosa do
fornecedor provoca injusta perda de tempo do
consumidor, para solucionar problema de vício do
produto ou serviço. (...) O fornecedor, desta forma, desvia
o consumidor de suas atividades para "resolver um
problema criado" exclusivamente por aquele. Essa
circunstância, por si só, configura dano indenizável no
campo do dano moral, na medida em que ofende a
dignidade da pessoa humana e outros princípios
modernos da teoria contratual, tais como a boa-fé
objetiva e a função social: (...) É de se convir que o tempo
configura bem jurídico valioso, reconhecido e protegido
pelo ordenamento jurídico, razão pela qual, "a conduta
que irrazoavelmente o viole produzirá uma nova espécie
de dano existencial, qual seja, dano temporal"
justificando a indenização. Esse tempo perdido, destarte,
quando viole um "padrão de razoabilidade
suficientemente assentado na sociedade", não pode ser
enquadrado noção de mero aborrecimento ou dissabor."
(THEODORO JÚNIOR, Humberto. Direitos do
Consumidor. 9ª ed. Editora Forense, 2017. Versão ebook,
pos. 4016)
Bruno Miragem, no mesmo sentido destaca:
"Por outro lado, vem se admitindo crescentemente, a
partir de provocação doutrinária, a concessão
de indenização pelo dano decorrente do sacrifício do
tempo do consumidor em razão de determinado
descumprimento contratual, como ocorre em relação à
necessidade de sucessivos e infrutíferos contatos com o
serviço de atendimento do fornecedor, e outras
providências necessárias à reclamação de vícios no
produto ou na prestação de serviços." (MIRAGEM,
Bruno. Curso de Direito do Consumidor - Editora RT,
2016. versão e-book, 3.2.3.4.1)
Nesse sentido:
"Então, a perda injusta e intolerável do tempo útil do
consumidor provocada por desídia, despreparo,
desatenção ou má-fé (abuso de direito) do fornecedor de
produtos ou serviços deve ser entendida como dano
temporal (modalidade de dano moral) e a conduta que o
provoca classificada como ato ilícito. Cumpre reiterar
que o ato ilícito deve ser colmatado pela usurpação do
tempo livre, enquanto violação a direito da
personalidade, pelo afastamento do dever de segurança
que deve permear as relações de consumo, pela
inobservância da boa-fé objetiva e seus deveres anexos,
pelo abuso da função social do contrato (seja na fase pré-
contratual, contratual ou pós-contratual) e, em último
grau, pelo desrespeito ao princípio da dignidade da
pessoa humana." (GASPAR, Alan Monteiro.
Responsabilidade civil pela perda indevida do tempo útil
do consumidor. Revista Síntese: Direito Civil e Processual
Civil, n. 104, nov-dez/2016, p. 62)
O STJ, nessa linha de entendimento já reconheceu o direito do
consumidor à indenização pelo desvio produtivo diante do desperdício do
tempo do consumidor para solucionar um problema gerado pelo fornecedor,
afastando a idéia do mero aborrecimento, in verbis:

"Adoção, no caso, da teoria do Desvio Produtivo do


Consumidor, tendo em vista que a autora foi privada
de tempo relevante para dedicar-se ao exercício de
atividades que melhor lhe aprouvesse, submetendo-se,
em função do episódio em cotejo, a intermináveis
percalços para a solução de problemas oriundos de má
prestação do serviço bancário. Danos morais indenizáveis
configurados. (...) Com efeito, tem-se como absolutamente
injustificável a conduta da instituição financeira em
insistir na cobrança de encargos fundamentadamente
impugnados pela consumidora, notório, portanto, o dano
moral por ela suportado, cuja demonstração evidencia-se
pelo fato de ter sido submetida, por longo período [por
mais de três anos, desde o início da cobrança e até a
prolação da sentença], a verdadeiro calvário para obter o
estorno alvitrado, cumprindo prestigiar no caso a teoria do
Desvio Produtivo do Consumidor, por meio da qual
sustenta Marcos Dessaune que todo tempo desperdiçado
pelo consumidor para a solução de problemas gerados por
maus fornecedores constitui dano indenizável, ao perfilhar
o entendimento de que a "missão subjacente dos
fornecedores é - ou deveria ser - dar ao consumidor, por
intermédio de produtos e serviços de qualidade, condições
para que ele possa empregar seu tempo e suas
competências nas atividades de sua preferência.
Especialmente no Brasil é notório que incontáveis
profissionais, empre sas e o próprio Estado, em vez de
atender ao cidadão consumidor em observância à sua
missão, acabam fornecendo-lhe cotidianamente produtos e
serviços defeituosos, ou exercendo práticas abusivas no
mercado, contrariando a lei. Para evitar maiores prejuízos,
o consumidor se vê então compelido a desperdiçar o seu
valioso tempo e a desviar as suas custosas competências -
de atividades como o trabalho, o estudo, o descanso, o
lazer - para tentar resolver esses problemas de consumo,
que o fornecedor tem o dever de não causar. Tais situações
corriqueiras, curiosamente, ainda não haviam merecido a
devida atenção do Direito brasileiro. Trata-se de fatos
nocivos que não se enquadram nos conceitos tradicionais
de 'dano material', de 'perda de uma chance' e de 'dano
moral' indenizáveis. Tampouco podem eles (os fatos
nocivos) ser juridicamente banalizados como 'meros
dissabores ou percalços' na vida do consumidor, como
vêm entendendo muitos juristas e tribunais."
[2http://revistavisaoj uridica.uol. com.br/advogados-leis-j
urisprudencia/71/desvio-produto-doconsumidor-tese-do-
advogado-marcos -ddessaune-255346-1. asp] .(...).
(AREsp 1.260.458/SP - Ministro Marco Aurélio Bellizze)
A jurisprudência, no mesmo sentido, ancora o posicionamento de
que o desvio produtivo ocasionado pela desídia de uma empresa deve ser
indenizada, conforme predomina a jurisprudência:
RELAÇÃO DE CONSUMO - DIVERGÊNCIA DO
PRODUTO ENTREGUE - OBRIGAÇÃO DE FAZER
CONSISTENTE NA ENTREGA DO PRODUTO
EFETIVAMENTE ANUNCIADO PELA RÉ E
ADQUIRIDO PELO CONSUMIDOR - INDENIZAÇÃO
POR DANO MORAL - RECONHECIMENTO. (...)
Caracterizados restaram os danos morais alegados pelo
Recorrido diante do "desvio produtivo do
consumidor", que se configura quando este, diante de
uma situação de mau atendimento, é obrigado a
desperdiçar o seu tempo útil e desviar-se de seus
afazeres à resolução do problema, e que gera o direito
à reparação civil. E o quantum arbitrado (R$ 3.000,00),
em razão disso, longe está de afrontar o princípio da
razoabilidade, mormente pelo completo descaso da Ré, a
qual insiste em protrair a solução do problema gerado ao
consumidor. 3. Recurso conhecido e não provido.
Sentença mantida por seus próprios fundamentos, ex vi do
art. 46 da Lei nº 9.099/95. Sucumbente, arcará a parte
recorrente com os honorários advocatícios da parte
contrária, que são fixados em 20% do valor da condenação
a título de indenização por danos morais. (TJSP; Recurso
Inominado 0003780-72.2017.8.26.0156; Relator (a):
Renato Siqueira De Pretto; Órgão Julgador: 1ª Turma
Cível e Criminal; Foro de Jundiaí - 4ª. Vara Cível; Data do
Julgamento: 12/03/2018; Data de Registro: 12/03/2018,
#45807235)
APELAÇÃO - AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
CONSUMIDOR DEMANDANTE INDEVIDAMENTE
COBRADO, POR DÉBITO REGULARMENTE
SATISFEITO - Completo descaso para com as
reclamações do autor - Situação em que há de se
considerar as angústias e aflições experimentadas pelo
autor, a perda de tempo e o desgaste com as inúmeras
idas e vindas para solucionar a questão - Hipótese em
que tem aplicabilidade a chamada teoria do desvio
produtivo do consumidor - Inequívoco, com efeito, o
sofrimento íntimo experimentado pelo autor, que foge aos
padrões da normalidade e que apresenta dimensão tal a
justificar proteção jurídica - Indenização que se arbitra na
quantia de R$ 5.000,00, à luz da técnica do desestímulo.
(...) (TJSP; Apelação 1027480-84.2016.8.26.0224; Relator
(a): Ricardo Pessoa de Mello Belli; Órgão Julgador: 19ª
Câmara de Direito Privado; Foro de Guarulhos - 8ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 05/03/2018; Data de Registro:
13/03/2018, #25807235)
RELAÇÃO DE CONSUMO - VÍCIO OCULTO NO
PRODUTO(SOFÁ) - OBSERVÂNCIA DO CRITÉRIO
DA VIDA ÚTIL DO BEM DURÁVEL -DESVIO
PRODUTIVO DO CONSUMO - INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS -
RECONHECIMENTO. 1. (...) Caracterizados restaram,
ainda, os danos morais asseverados pelo Recorrido
diante do "desvio produtivo do consumidor", que se
configura quando este, diante de uma situação de mau
atendimento, é obrigado a desperdiçar o seu tempo
útil e desviar-se de seus afazeres, e que gera o direito à
reparação civil. E o quantum arbitrado (R$ 2.000,00), em
razão disso, longe está de afrontar o princípio da
razoabilidade, mormente pelo completo descaso da Ré,
loja de envergadura nacional, para com o seu cliente. 3.
Recurso conhecido e não provido. Sentença mantida por
seus próprios fundamentos, ex vi do art. 46 da Lei nº
9.099/95. Sucumbente, arcará a parte Recorrente com os
honorários advocatícios da parte contrária, que são fixados
em 20% do valor total da condenação. (TJSP; Recurso
Inominado 1000711-15.2017.8.26.0156; Relator
(a): Renato Siqueira De Pretto; Órgão Julgador: 1ª Turma
Cível e Criminal; Foro de Ribeirão Preto - 2ª. Vara Cível;
Data do Julgamento: 05/02/2018; Data de Registro:
05/02/2018, #15807235).
Trata-se de notório desvio produtivo caracterizado pela perda do
tempo que lhe seria útil ao descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba
sendo destinado na solução de problemas de causas alheias à sua
responsabilidade e vontade.

A perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da prestação


do serviço não constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro
impacto negativo em sua vida, devendo ser INDENIZADO

DOS PEDIDOS

Desta forma, é a presente para requerer:

* .Requer, diante da pandemia de Covid-19 e, em respeito ao


art. 355, I e II do CPC, informa que não tem interesse na
audiência de conciliação, requerendo para tanto, o
julgamento antecipado da lide;

1. A citação das Rés, no endereço acima mencionado, na


pessoa de seus representantes legais para comparecerem
a audiência de conciliação a ser designada por V.
Exa., podendo ser convolada em AIJ, sob pena de
confissão e revelia;

2. A inversão de ônus da prova em favor da parte Autora,


nos termos do art. 6°., VIII, Lei 8078/90;
3. 3 .Que seja julgado procedente o pedido, para PROCEDER
COM a TROCA DO PRODUTO DO AUTOR, sob pena de Multa
Diária de R$ 500,00 (quinhentos reais) Diário.

4. Caso a Ré NÃO EFETUE A TROCA DO PRODUTO, que seja


CONDENADA AO PAGAMENTO DO VALOR PAGO PELO AUTOR R$
1.464,55 (Hum mil quatrocentos e sessenta e quatro
reais e cinquenta e cinco centavos), CONFORME CONSTA
EM NOTA FISCAL no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
sob pena de multa diária no valor de R$ 200,00
(duzentos reais em caso de descumprimento;

5. SEJA PROCEDENTE O DANO MORAL PRESUMIDO/ IN RE IPSA.

6. Que seja CONDENADA, pelo DANO MORAL, decorrente o


DESVIO PRODUTIVO E A PERDA DO TEMPO ÚTIL.

7. Que NÃO SEJA APLICADA o SUPOSTO MERO ABORRECIMENTO, uma


vez que OBJETO DA LIDE, ULTRAPASSA A ESFERA DOS
ABORRECIMENTOS aceitáveis do cotidiano.

8. Seja considerada a VULNERABILIDADE do CONSUMIDOR.

9. Segue requerendo, a condenação da Ré para indenizar a


parte Autora com a quantia de 20 (vinte) salários
mínimos a título de danos morais, em razão dos fatos
articulados acima, norteando-se o d. magistrado pelo
principio da razoabilidade bem como o pelo caráter
PUNITIVO, PEDAGÓGICO e COMPENSATÓRIO eis que o Autor
se encontra em estado hipossuficiente perante a Ré,
bem como considerando a elevada capacidade econômica e
o regime ditatorial que esta exerce perante os
usuários de seus serviços, conforme entendimento
recente do STJ, o qual estabeleceu parâmetros para a
uniformização dos valores de danos morais (REsp.
1105974/ BA RECURSO ESPECIAL 2008/ 0260489-7);

Protesta por todos os meios de prova em


direito admitidas, tais como documentais, testemunhas que
serão arroladas posteriormente e depoimento pessoal do
representante legal da Ré, sob pena de confissão.

Dá-se a causa o valor de R$ 25.000,00 (vinte


e cinco mil reais).

Nestes Termos.

Requer deferimento.

Rio de Janeiro – RJ, 19 de Setembro de 2022.

ANDERSON DA SILVA MONTANHEIRO


OAB/RJ – 144.021

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