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DE ____________
Processo nº ________
DIEGO _____, brasileiro, casado, analista de tecnologia, inscrito no RG sob o nº _____ e no CPF sob o nº
_____, residente e domiciliado à Rua _______, cidade de São Paulo, estado de São Paulo, vêm, respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, por meio do seu advogado, infra assinado, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
em face de decisão que indeferiu a cobrança de alugueis retroativos a citação em Ação de Rescisão Contratual
cumulada com danos morais e materiais em face de HOT BEACH ______, Sociedade Empresária Limitada,
inscrita no CNPJ sob o n.º _____, com sede na ______ Cidade de Olímpia, estado de São Paulo
Requer, desde já o recebimento no efeito suspensivo, com a imediata intimação do recorrido para, querendo
oferecer as contrarazões e, ato contínuo, sejam os autos com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de
Justiça do estado de São Paulo para os fins aqui ajuizados.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
LUCIANA ______
OAB/SP
RAZÕES RECURSAIS
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CAMARÂ,
EMÉRITOS DESEMBARGADORES
DA TEMPESTIVIDADE
Nos termos dos artigos 219, 224 e 1003 §3º do CPC o prazo para interpor o presente recurso é de 15
dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário Oficial na data de 20/05/2021,
considerando ainda que houve suspensão dos prazos em virtude de feriado, tem-se por tempestivo o presente
recurso, devendo ser acolhido.
DO PREPARO
Trata-se de Ação de Rescisão Contratual, c.c pedido de tutela de urgência, devolução de quantias
pagas e indenização de danos morais e materiais.
Os AUTORES em 2015 celebraram Contrato Particular de Promessa de Compra e Venda de
Unidade Imobiliária no regime de multipropriedade onde adquiriu uma fração da unidade autônoma 222,
localizada no empreendimento "Hotel Beach Suítes Olímpia" com promessa de entrega para 29/10/2018.
Assinaram também o "Contrato Inscrição e Associação ao Programa RCI Weeks", que disponibilizava
a utilização por duas semanas de qualquer hotel da rede "RCI" sem custo durante o período das obras.
Ocorre que até a presente data o empreendimento NÃO FOI ENTREGUE e nem tão pouco os
AUTORES conseguiram usufruir da “hospedagem gratuita” do Programa acima descrito.
DO MÉRITO
Conforme descrito na sentença, o nobre julgador entendeu que não foi devidamente comprovado os
dados causados, conforme abaixo colacionado:
Outro aspecto deplorável dessa empresa é o seu modus operandi para convencer suas vítimas a fechar o
negócio: abordar visitantes de parques aquáticos da região de Olímpia, oferecendo mundos e fundos, tudo
regado a muita propaganda enganosa, brindes e convites a jantares.
Foi nesse cenário que os APELANTES celebraram os contratos, dentre eles o Contrato Inscrição
e Associação ao Programa RCI Weeks (doc. 02), onde garantia que poderiam utilizar por duas semanas
qualquer hotel da rede RCI sem custo durante o período de obras, desde que adimplentes.
Com isso, os APELANTES estiveram adimplentes por anos, quando resolveram viajar em férias
com a família, pois possuem dois filhos menores de 07 anos, foram LITERALMENTE impedidos de usufruir
do contratado.
Desta feita, tiveram que desembolsar do seu próprio bolso a hospedagem em outros hotéis durante
os períodos de férias, cujo o montante total foi de R$ 7.311,43 (doc 04), razão pela qual faz jus a APELADA
ressarci tal custo, uma vez que não cumpriu com o contratado, pois simplesmente NÃO EXISTE o tal programa,
SERVE APENAS PARA LUBRIDIAR e ENGANAR!!!!
Diante disto, estabelece o ordenamento através do Código Civil Brasileiro, o direito de reparação de
que cometeu ato ilícito, conforme transcrito:
Vale lembrar, que a responsabilidade da empresa é objetiva, dispensando a prova de culpa em sua
conduta, tal responsabilidade decorre do exercício de sua atividade empresarial.
No tocante aos Danos Morais, o valor requerido de R$ 10.000,00 faz juz aos APELANTES, uma
vez que o atraso injustificado na entrega de imóvel enseja o pagamento de danos extrapatrimoniais, na medida em
que tal fato caracteriza dano moral presumível.
Ademais, a situação narrada demonstra claramente a postura demasiadamente abusiva e de má-fé que
a empresa trata seus clientes, tendo os APELANTES despendido tempo, além de ter empreendido esforços
buscando solução amigável para o litígio.
É notório o dever de indenizar, haja vista que a questão é mais que um mero dissabor, destacando-se
que a indenização dos danos puramente morais deve representar punição forte e efetiva, bem como, remédio para
desestimular a prática dessa conduta, determinando, não só a APELADA, mas principalmente a outras empresas,
a refletirem antes de causarem prejuízo a outrem
Cabe ressaltar, que tal entendimento é pacifico no d. Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme
segue:
Tal prática é inadmissível, uma vez que foi comprovado nos autos todos os custos e prejuízos que os
APELADOS sofreram, bem como o sofrimento que tiveram para resolver a demanda de forma amigável.
DOS PEDIDOS
De todo o exposto requer que seja o presente Recurso de Apelação recebido, processado e provido,
para que seja reformada em parte a respeitável sentença recorrida para que seja:
i) condenação ao pagamento relativo a danos materiais de valor de R$ 7.311,43 (sete mil, trezentos
e treze reais e quarenta e três reais) devidamente corrigido desde a citação;
ii) condenação ao pagamento relativo a danos morais de valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
devidamente corrigido desde a citação;
iii) que seja condenado os APELADOS ao pagamento de sucumbência no valor total da ação, incluindo
Danos Morais e Materiais, eximindo aos APELANTES qualquer tipo de pagamento.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 07 de junho de 2020.
LUCIANA____
OAB/SP nº _____