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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Curso de Direito

SEGURADO ESPECIAL: A PROVA DA ATIVIDADE RURAL

JADIANE SANTANA DOS SANTOS

São Luís
2018.2
JADIANE SANTANA DOS SANTOS

SEGURADO ESPECIAL: A PROVA DA ATIVIDADE RURAL

Artigo Científico Jurídico apresentado à Faculdade


Estácio de São Luís, Curso de bacharelado em Direito,
como requisito parcial para a conclusão da disciplina
TCC em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e
Direito Previdenciário.

ORIENTADOR (A): PROF. (A). CLAUDIA ABBASS


CORREA DIAS

São Luís
Campus Estácio São Luís
2018.2
RESUMO

Este artigo apresenta uma análise crítica acerca do segurado especial, desde o
seu conceito e características, em seus mais diversos aspectos, a partir de sua introdução
na legislação brasileira com o programa PRORURAL, passando pela evolução da
categoria dentro do sistema previdenciário brasileiro e pela constitucionalização do
tema com o advento da Carta Magna de 1988. Além disso, será abordado no presente
trabalho a forma de contribuição do segurado especial, a efetividade desta contribuição
e qual a relação entre a ausência desta contribuição e a prova da atividade rural,
destrinchando com base na legislação e na jurisprudência o que é considerado prova de
atividade rural, nos meios judiciais e administrativos.

Palavras-chave: segurado especial – contribuição – prova da atividade rural.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 5
2 HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 6
2.1 INCLUSÃO DO SEGURADO ESPECIAL 7
3 – SEGURADO ESPECIAL 8
3.1 – CONCEITO E CARACTERÍSTICAS 8
3.2 – HIPÓTESES QUE NÃO DESCARACTERIZAM A CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL 10
3.3 – DA CONTRIBUIÇÃO 10
4 O EFETIVO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL 11
4.1 DA ATIVIDADE RURAL 11
4.2 – O INÍCIO DE PROVA MATERIAL 12
5. CONCLUSÃO 15
REFERÊNCIAS
5

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a legislação previdenciária, o segurado especial é o produtor, o


parceiro, o meeiro, os posseiros, os ribeirinhos, o índio, o pescador artesanal, dentre outros,
que exerçam atividades regime de economia familiar ou de forma individual, ainda que com a
ajuda de seu conjugue, filhos ou terceiros, desde que em grupo familiar.
A forma de contribuição destes segurados é peculiar, sendo chamada de modo sui
generis, só contribuindo quando comercializa o excedente da sua produção. Assim, não há
obrigatoriedade de contribuição mensal, o que por sua vez acaba dificultando os meios de
prova acerca da qualidade de segurado para fins de concessão de benefícios previdenciários.
Entretanto, no dia a dia os segurados especiais passam por grandes dificuldades
para comprovar a sua qualidade de segurado e assim ter acesso aos benefícios previdenciários.
Isso se dá em razão da não efetividade do sistema de contribuição ao qual é vinculado o
segurado especial.
Em face da não efetividade da contribuição, os trabalhadores rurais precisam
comprovar o real exercício de atividade rural, o que acaba dando margem para muitas fraudes
no sistema previdenciário, tendo em vista que muitos são os casos em que o indivíduo que não
exerce o labor rural acaba sendo beneficiado enquanto que aquele que de fato é trabalhador
rural, por não conseguir provar o exercício , acaba tendo o requerimento do benefício
indeferido.
Foi pensando neste aspecto peculiar do segurado especial e da sua evolução no
direito constitucional e previdenciário que surgiu o presente trabalho, que tem como objetivo
geral a análise do conceito de segurado especial e a prova da atividade rural. Tal objetivo
surgiu da problemática de como o segurado pode comprovar o exercício rural e assim ter
acesso aos benefícios previdenciários?
Nesse aspecto, no primeiro capítulo deste artigo será abordado o histórico da
previdência social no mundo e no Brasil. No segundo capítulo o conceito do segurado
especial e suas características serão abordados. O terceiro e o quarto capítulo versam sobre a
forma peculiar de contribuição do trabalhador rural e como se dá o efetivo exercício do
trabalho rural. O último capítulo fala sobre o inicio de prova material, abordando diversos
entendimentos legislativos e jurisprudenciais.
O método de abordagem utilizado no presente artigo científico é qualitativo, e a
metodologia é a dedutiva, onde através de uma fundamentação genérica busca-se chegar a
uma dedução particular, através pesquisas bibliográficas e explorativas em artigos, livros,
6

através da legislação constitucional e previdenciária, assim como entendimentos


jurisprudenciais vigente até o presente momento.

2 HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

O nascimento da previdência social se dá juntamente com os direitos sociais, uma


vez que é uma prestação positiva a ser ofertada pelo Estado. Como marco inicial da
previdência na história mundial tem-se a edição da Lei dos Seguros Sociais, na Alemanha, em
1883. Porém, em termos constitucionais pode-se destacar tanto a Constituição Alemã (1919),
como a Constituição do México (1917) como as primeiras a preverem a proteção
previdenciária aos trabalhadores.
A previdência social faz parte da seguridade social, assim como a saúde e a
assistência social. Entretanto, nem sempre ela esteve prevista no ordenamento jurídico
brasileiro, tendo surgido com a constituição de 1891, através da instituição de um benefício
previdenciário semelhante a aposentadoria por invalidez de hoje, porém que não necessitava
de contribuição e que era destinada apenas para os servidores públicos que se tornaram
inválidos a serviço da nação
Porém, de acordo com a doutrina majoritária, o marco inicial da previdência
social foi a Lei Eloy Chaves (1923). Essa lei determinou a criação das caixas de
aposentadorias e pensões para a classe dos ferroviários. Existem algumas críticas como a
fixação do surgimento do direito previdenciário a partir do Decreto – lei 4.682, tendo em vista
que as caixas dos ferroviários eram administradas por empresas privadas e não pelo Estado,
tendo a previdência pública iniciado em 1933 com a criação do Instituto de Previdência dos
Marítimos (decreto 22.872).
Em 1967 nasceu o INSP – INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL, que culminou com a unificação da previdência brasileira, unindo todos os institutos
até então existentes. Porém, é importante ressaltar que nessa fase a previdência era puramente
urbana. Os trabalhadores rurais foram incluídos apenas em 1971, e os empregados domésticos
no ano de 1972.
Foi apenas com a Carta Magna de 1988 que surgiu o termo seguridade social,
englobando a assistência, a previdência e a saúde. Já o INSS foi criado por meio da Lei
8.029/90, mediante a fusão do INPS e IAPAS.
7

2.1 INCLUSÃO DO SEGURADO ESPECIAL

O Estatuto do Trabalhador Rural ( Lei n° 4.214/1963) trouxe a previsão de


inúmeros direitos trabalhistas aos trabalhadores rurais, porém , no que tange a previdência
social, estes trabalhadores só foram incluídos no sistema em 1971, através da criação do
PRORURAL (Programa de assistência ao trabalhador rural), sendo regulamentado pelo
Decreto n° 69.919/72.
A partir da criação do Estatuto o sistema previdenciário brasileiro passou a ser
dualista, tendo em vista que havia uma Previdência Social voltada para trabalhadores urbanos
com benefícios e valores distintos da Previdência Social dos trabalhadores rurais.
A classe dos trabalhadores rurais para fins previdenciários foi dividida em: pessoa
física que presta serviços de natureza rural diretamente a um empregador e o produtor e/ou
proprietário que trabalhe na atividade rural individualmente ou em regime de economia
familiar.
Os benefícios previstos para os trabalhadores rurais eram a aposentadoria por
velhice, aposentadoria por invalidez, pensão e auxílio funeral. Sendo que a maioria destes
benefícios correspondiam a uma prestação mensal equivalente a 50% do salário mínimo da
época, com exceção da pensão que era equivalente a 30%. Somente em 1987 foram
acrescentados ao PRORURAL os benefícios de auxílio-doença e auxílio reclusão, ambos no
valor equivalente a 50% do salário mínimo.
Os pescadores sem vínculo empregatício só foram incluídos no Estatuto em 1972,
e os garimpeiros em 1975. Em 1979 os dirigentes sindicais rurais foram incluídos como
beneficiários do PRORURAL, desde que antes do exercício dos cargos, estes já fossem
trabalhadores rurais.
A partir da promulgação da CF/88 houve a integralização dos trabalhadores rurais
ao sistema previdenciário, com base no princípio fundamental da igualdade que no âmbito
previdenciário é subdividido nos princípios da uniformidade e equivalência dos benefícios e
serviços às populações urbanas e rurais (Art. 194, parágrafo único, inciso II).
Um dos avanços mais significativos para os segurados especiais foi a garantia
constitucional de que nenhum benefício poderia ser inferior ao salário-mínimo e a redução de
5 anos no requisito etário para o acesso a aposentadoria por idade.
8

A Emenda Constitucional n° 20/98 excluiu o garimpeiro enquanto segurado


especial. Já aquele que exerce atividade rural, porém de forma eventual foi enquadrado como
contribuinte individual.

3 – SEGURADO ESPECIAL
3.1 – CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

O conceito de segurado especial se encontra na Constituição, no Art. 195, §8,


CF/98, in verbis:
Art. 195, § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em
regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.

De acordo com o referido dispositivo, não só o lavrador pode ser considerado


segurado especial, como também o pescador artesanal. Também se tem o meeiro, parceiro e
arrendatários podendo ser enquadrados nessa filiação.
No aspecto infraconstitucional, o conceito de segurado especial está previsto nas
leis n° 8.212/91 e 8213/91 e também reproduz os conceitos trazidos pelo art. 195 da
Constituição, porém de forma mais detalhada, como por exemplo tem como característica
essencial a atividade rural exercida de forma individual ou em regime de economia familiar.
Segundo o regulamento da previdência social, em seu art.9°, regime de economia
familiar é a atividade onde o trabalho é exercido pelos membros do grupo família, sendo
indispensável para a própria subsistência. Deve ser desenvolvido com dependência e
colaboração e sem a utilização de funcionários permanentes.
Assim, na ótica do regime de economia familiar, o cônjuge ou companheiro e
filhos, deverão comprovar o trabalho rural e assim poderão ser considerados segurados
especiais.
A utilização de empregados permanentes acarreta a perda da qualidade de
segurado. De acordo com o art.11, § 7° da Lei 8.213/911, a contratação de mão de obra de
terceiro pode se dá pelo prazo determinado de 120 pessoas/dia no ano civil.

1
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: § 7o O grupo familiar poderá utilizar-
se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão
de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo
equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção
de auxílio-doença.
9

Em geral o segurado especial é o pequeno trabalhador rural ou pescador. No caso


do produtor rural que explore atividade agrícola ou pecuária, deverá ser levado em
consideração o prédio rústico onde a atividade é exercida, pois deve ter o limite de 4 módulos
fiscais.
A medida de módulo fiscal varia de acordo com a região do Brasil onde se
encontra o imóvel. Esses dados são fixados pelo INCRA. Todavia, a limitação da área só se
aplica para o tempo rurícola após 23/06/2008, data da vigência da Lei 11.718/2008. Assim,
um imóvel com um maior número de módulos fiscais não descaracterizava a qualidade de
segurado especial (Súmula 30, da TNU, já cancelada).2
Todavia, o STJ vem se manifestando no sentido de não considerar apenas o
tamanho da área para a descaracterização da qualidade de segurado especial:
RECURSO ESPECIAL Nº 1.369.260 - SC (2013/0044083-3) RELATOR:
MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO RECORRENTE: LEONINA DE
ASSUNÇÃO RIBEIRO ADVOGADOS: JOSÉ EMÍLIO BOGONI E OUTRO (S) -
SC004151 RODRIGO LUÍS BROLEZE - SC011143 RECORRIDO: INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL ADVOGADO: PROCURADORIA-GERAL
FEDERAL - PGF - PR000000F DECISÃO PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REGIME DE ECONOMIA
FAMILIAR. REQUISITOS. PROPRIEDADE RURAL EXTENSA. O TAMANHO
DA PROPRIEDADE, POR SI SÓ, NÃO DESCARACTERIZA O REGIME DE
ECONOMIA FAMILIAR. PRESENÇA DE TRABALHADORES
ASSALARIADOS. CONDIÇÃO DE SEGURADA ESPECIAL
DESCARACTERIZADA. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO. 13. De fato, a jurisprudência do STJ entende que o tamanho da
propriedade, por si só, não descaracteriza a condição de segurado especial, caso
esteja comprovado o regime de economia familiar, bem como os demais
requisitos para a concessão da aposentadoria por idade rural (STJ - REsp:
1369260 SC 2013/0044083-3, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, Data de Publicação: DJ 17/03/2017)

Desse modo, se tiverem presentes outras características peculiares do trabalho


rural exercido sob o regime de economia familiar, o segurado poderá ser enquadrado na
categoria especial mesmo que o tamanho de sua propriedade seja maior que 4 módulos fiscais.
Porém, de acordo com os ensinamentos do Professor Frederico Amado (2018, p.
207), caso se trate de atividade rural agroextrativista, o enquadramento do indivíduo enquanto
segurado especial não depende da área.
Já o pescador artesanal é aquele que individualmente, ou em regime de economia
familiar faz da pesca a sua procissão habitual. Se utilizar embarcação, a mesma deve de
pequeno porte (arqueação bruta igual ou menor que 20 – Decreto 8.424/2015). Caso a
embarcação seja de médio ou grande porte, o pescador será contribuinte individual.
2
Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a qualificação
de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia
familiar.
10

A atividade de pesca, nos termos da legislação ambiental não se restringe apenas


aos peixes, alcançando todos os animais e vegetais aquáticos. Outro ponto a ser destacado é
que no caso do pescador, se o mesmo tiver uma esposa que não trabalhe diretamente com a
pesa, mas com a limpeza, ou conserto da embarcação, esta será considerada segurada especial.
O índio também pode ser enquadrado como segurado especial, com base no art.
14 do Estatuto do Índio:
Art. 14. Não haverá discriminação entre trabalhadores indígenas e os demais
trabalhadores, aplicando-se-lhes todos os direitos e garantias das leis trabalhistas e
de previdência social.

Segundo o dispositivo legal deve ser aplicado o princípio da isonomia entre os


trabalhadores indígenas e os trabalhadores não indígenas, de forma que deve ser aplicado aos
indígenas todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Assim, a depender da forma de
qualificação e do trabalho exercido pelo indígena, este poderá ser enquadrado enquanto
segurado especial.
Tal enquadramento é realizado pela FUNAI, na forma do artigo 62, § 2°, II, “I”,
3
do RPS e o INSS deve reconhecer administrativamente. Nesse caso tem-se o índio artesão
que utiliza matéria prima oriunda do extrativismo vegetal, independente do local.

3.2 – HIPÓTESES QUE NÃO DESCARACTERIZAM A CONDIÇÃO DE SEGURADO


ESPECIAL

O segurado especial poderá realizar a outorga de até metade de seu prédio rústico,
sem que isso caracterize a perda da qualidade de segurado. Porém, ele deve continuar a
exercer a atividade rural para a subsistência, assim como o outorgado.
Além disso, o segurado especial pode desenvolver atividade turística. Todavia,
tem o limite de 120 dias por ano. Caso ultrapasse esse limite, cessará a sua filiação enquanto
segurado especial.
O segurado pode participar de plano previdenciário privado específico da sua
categoria, ser beneficiário de industrialização artesanal, participar de sociedade empresária,

3
Art. 62. A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição na forma do art. 60, observado o disposto no art. 19
e, no que couber, as peculiaridades do segurado de que tratam as alíneas j e l do inciso V do caput do art. 9º e do art. 11, é
feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses
documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar as datas de início e término e, quando se tratar de
trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
(...) § 2º Servem para a prova prevista neste artigo os documentos seguintes: l) certidão fornecida pela Fundação Nacional do
Índio - FUNAI, certificando a condição do índio como trabalhador rural, desde que homologada pelo INSS. (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008).
11

como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade


limitada de objeto ou âmbito agrícola.
Pode ser desenvolvida a atividade urbana até 120 dias por ano, sem a necessidade
de investigar o motivo do desenvolvimento da atividade, assim como pode ser exercido o
mandato de vereador do município onde a atividade é desenvolvida, conforme o art. 11, § 13,
da Lei 8213/914, assim como ser dirigente de cooperativa rural.
É permitida também a atividade artesanal, desde que não configure como
atividade principal. A atividade artística também é permitida, porém o valor percebido por ela
deve ser menor que um salário mínimo.

3.3 – DA CONTRIBUIÇÃO

O segurado especial contribui de forma diferenciada, na forma do art. 195, §8°, da


Constituição Federal que diz que:
O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rural e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade mediante a
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão
e jus aos benefícios nos termos da lei.

Nesse sentido, a contribuição não é feita mensalmente, como fazem os outros


segurados, sendo realizada com base nas vendas da produção rural. Logo, se não houver
venda, não haverá contribuição, porém, sua proteção diante da previdência é assegurada.
A alíquota da contribuição do segurado especial era de 2,1% sobre a receita
proveniente da comercialização de sua produção. Porém, a alíquota total da contribuição foi
reduzida para 1,3% pela Lei 13.606/18, sendo 1,2% sobre a receita bruta proveniente da
comercialização da sua produção e 0,1% para financiamento das prestações por acidente de
trabalho.
Nesse sentido, os segurados especiais não contribuem como base no salário de
contribuição como os outros tipos de segurado, e sim com base na comercialização de seu

4
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: § 7o O grupo familiar poderá utilizar-
se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão
de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo
equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção
de auxílio-doença. (...) § 9o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento,
exceto se decorrente de:V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de
dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da
Lei.
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produto. Existe ainda uma contribuição social geral de 0,2% para o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR), todavia, esta contribuição não é previdenciária.
A responsabilidade pelo recolhimento desta contribuição não é do trabalhador
rural e sim do adquirente da produção, exceto se a comercialização foi no exterior. Esta deve
ser recolhida até o dia 20 do mês subsequente ao da competência, ou no dia útil
imediatamente anterior no caso de não haver expediente bancário.
Contudo, se durante o ano o grupo familiar do trabalhador rural não tiver obtido
renda com a comercialização de seus produtos ou serviços, deveram proceder ao INSS para
comunicar o ocorrido.
É importante ressaltar que o segurado especial pode contribuir enquanto
contribuinte individual sem perder a qualidade de segurado especial. Tal disposição se dá na
forma do artigo 25, §1°, da Lei 8.212/91 5, e assegura ao trabalhador rural a possibilidade de
receber um benefício com valor acima de um salário mínimo, ou ter acesso ao benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição.
Com efeito, caso o segurado labore por até 120 dias/ano em outra atividade que
não seja rural, ou no caso de exercício de mandato de vereador, deverá contribuir como se
estivesse enquadrado na categoria correspondente ao tipo da atividade exercida.

4 O EFETIVO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL


4.1 DA ATIVIDADE RURAL

Nos termos do art. 39, da Lei 8.213/91, os segurados especiais têm direito aos
benefícios previdenciários desde que comprovem a atividade rural. Assim, entende-se que a
lei equipara o período de carência ao tempo de atividade rural.
Nesse sentido, mesmo que o segurado especial não tenha vertido contribuições ao
INSS, basta comprovar o efetivo exercício da atividade rural para preencher o requisito de
carência dos benefícios.
Contudo, o benefício pleiteado não será concedido se o trabalho exercido pelo
segurado, mesmo que de forma descontínua, não obedecer ao critério temporal indicado na
legislação enquanto condição para a concessão do benefício.

5
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art.
22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada
à Seguridade Social, é de: (...) § 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no
caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei.
13

De acordo com o art. 48, §3° da lei 8213/916, para a concessão de aposentadoria
por idade é possível que se utilize no cálculo do tempo de carência tanto tempos urbanos
quanto rurais, porém, a última atividade exercida deve ser rural.
A qualidade de segurado especial deverá ser provada mediante início de prova
material contemporânea à carência do benefício pleiteado, podendo ser complementada por
prova testemunhal.
De acordo com o entendimento do STJ acerca da matéria, a prova exclusivamente
testemunhal não basta para a comprovação da atividade agrícola:
Súmula n. 149/STJ - A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação
da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.

Entretanto, considerando a dificuldade de provar a atividade rural, o STJ também


decidiu que a apresentação de prova material somente sobre parte do lapso temporal não viola
a súmula.

4.2 – O INÍCIO DE PROVA MATERIAL

A Lei dos Benefícios, no art. 106, traz a previsão de alguns documentos que são
considerados como “prova plena”, e por isso não carecem de complementação prova testemunhal, são,
portanto, considerados início de prova material, são eles:
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita,
alternativamente, por meio de:
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou,
quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada
pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar;
V – bloco de notas do produtor rural;
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei n o
8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com
indicação do nome do segurado como vendedor;
VII – documentos fiscais relativos à entrega de produção rural à cooperativa
agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como
vendedor ou consignante;
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social
decorrentes da comercialização da produção;
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente
da comercialização de produção rural; ou

6
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.(...) § 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o
deste artigo que não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados
períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.
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X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo INCRA.

Contudo, de acordo com o entendimento do STJ no julgamento do Agravo


Regimental em Recurso Especial, o rol previsto no art. 106 é meramente exemplificativo,
conforme segue:
O rol de documentos hábeis à comprovação do exercício de atividade rural, inscrito
no art. 106, parágrafo único da Lei 8.213/91, é meramente exemplificativo, e não
taxativo, sendo admissíveis, portanto, outros documentos além dos previstos no
mencionado dispositivo. No que pertine à carência, o trabalhador rural tem direito ao
benefício da aposentadoria previdenciária, desde que comprovados os requisitos de
idade e de atividade rural. Não é exigível o período de carência de contribuições, ex
vi do artigo 26, III, c/c o artigo 143 da Lei 8.213/91. Recurso desprovido.
(AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. PROVA MATERIAL. INÍCIO. PROVA TESTEMUNHAL.
CARÊNCIA. ART. 143, 26 III LEI 8.213/91)

Nesse sentido, se o trabalhador rural apresentar um dos documentos previsto pelo


art. 106, da lei 8.213/91, este será uma prova plena do exercício da atividade rural, enquanto
que se o documento não estiver previsto no referido dispositivo, este será início de prova
material, necessitando ser corroborado por prova testemunhal.
Contudo, o que costumeiramente acontece é o indeferimento do pedido na via
administrativa, uma vez que a análise da Autarquia previdenciária é puramente documental.
Para ter a corroboração mediante prova testemunhal é necessário que o segurado ingresse com
uma demanda judicial.
A Instrução Normativa do INSS (77/2015), em seu art.54, traz uma série de
documentos que são considerados início de prova material, desde que conste a profissão ou
outro dado que evidencie a atividade rural e seja contemporâneo ao fato nele declarado,
vejamos:
Art. 54. Considera-se início de prova material, para fins de comprovação da
atividade rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que neles conste a
profissão ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da atividade rurícola e
seja contemporâneo ao fato nele declarado, observado o disposto no art. 111:
I - certidão de casamento civil ou religioso;
II - certidão de união estável;
III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
IV - certidão de tutela ou de curatela;
V - procuração;
VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;
VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou boletim
escolar do trabalhador ou dos filhos;
IX - ficha de associado em cooperativa;
15

X - comprovante de participação como beneficiário, em programas governamentais


para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos Municípios;
XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa
de assistência técnica e extensão rural;
XII - escritura pública de imóvel;
XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa;
XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como
testemunha, autor ou réu;
XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde ou do
programa dos agentes comunitários de saúde;
XVI - carteira de vacinação;
XVII - título de propriedade de imóvel rural;
XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;
XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;
XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de
trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou outras
entidades congêneres;
XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à
associação de pescadores, produtores rurais ou a outras entidades congêneres;
XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública;
XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em
batismo, crisma, casamento ou em outros sacramentos;
XXIV - registro em documentos de associações de produtores rurais, comunitárias,
recreativas, desportivas ou religiosas;

Logo, diversos são os documentos que podem ser utilizados como início de prova
material, mas, deve constar nestes documentos a profissão de lavrador, pescados ou afins, ou
então características e descrições que evidenciem o exercício da atividade rural.
Além do supracitado artigo, a portaria 170/07 do INSS 7diz que caso o segurado
não possua nenhum dos documentos listados, o mesmo pode apresentar elementos que
constituam início de prova material, sendo processada uma justificação administrativa
(recurso utilizado para suprir a fala ou insuficiência de documentos).
Apesar de a legislação dar abrangência aos meios de prova da atividade rurícola, a
Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais restringe a possibilidade,
pois enquanto o Parecer 3.136/03 da Consultoria Jurídica permite a utilização de documentos
anteriores ao período que se pretende comprovar, a TNU afirma que o início de prova
material deve ser contemporâneo. Nesses termos são as súmulas n. 14 e n. 34 da TNU:
Súmula n. 14/TNU – Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige
que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência
do benefício.
Súmula n. 34/TNU – Para fins de comprovação de tempo de labor rural, o início de
prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar.

Logo, o segurado não precisaria comprovar o tempo completo de trabalho rural,


mas os documentos apresentados deverão ser contemporâneos a esse interstício por ele
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Art. 5º Caso o segurado não possua nenhum dos documentos referidos nos arts. 2º e 3º, incisos I a VIII, mas possa
apresentar elementos que constituam início de prova material, será processada justificação administrativa, observado o
disposto nos arts. 142 a 151 do Regulamento da Previdência Social.
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alegado, através de certidões de casamento e de nascimento, por exemplo, mas sempre com a
corroboração de prova testemunhal.
Além disso, segundo entendimento da TNU, o início de prova material não
precisa referir-se exatamente à pessoa do segurado, podendo se relacionar à terceiro, membro
ou não do grupo familiar, através de certidão do Incra, guia de recolhimento do ITR em nome
de um dos pais, documentos comprobatórios de posse de imóvel rural, dentre outras.
Entretanto, corriqueiramente deverão ser corroborados por provas testemunhais.
Entretanto, a Turma Nacional de Uniformização já se posicionou no sentido de
que alguns documentos não caracterizam início de prova material, tais como a declaração de
sindicato de trabalhadores rurais que não estiverem homologadas pelo INSS ou Ministério
Público, declarações fornecidas por parceiro rural, certidão do INCRA com data posterior ao
óbito do pai, dentre outros.
A desconsideração desses documentos como caracterizadores de início de prova
material se dá em virtude no grande número de fraudes presentes nas concessões de benefício
previdenciários aos segurados especiais, uma vez que alguns sindicatos fornecem declarações
a pessoas que não são trabalhadoras rurais, mediante ao pagamento de taxas mensais.
Diante do exposto, percebe-se que a jurisprudência tem ciência da dificuldade que
é a produção de provas materiais da atividade rural, Assim, os tribunais promovem grandes
discussões acerca o rol de documentos que podem ser reconhecidos enquanto início de prova,
eis alguns documentos que já tiveram sua eficácia reconhecida via precedente e
posteriormente passaram a fazer parte de regulamentos do INSS: documentos eleitorais (STJ,
AgRg no REsp 939191, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ 07.04.2008, p. 1), requerimento
de matrícula, ficha de aluno, declaração de escola ou da Secretaria Municipal de saúde
informando que o segurado ou seu responsável é agricultor ou reside na zona rural e/ou
colégio localizado rural (TRF5, AC 492213/PB, Rel. Des. Fed. José Maria Lucena, DJ
26/11/2010, p. 310; TRF5, AC527243/PB, Rel. Des. Fed. Francisco Barros Dias, DJ-e
15/09/2011, p. 237), Recebimento anterior de benefício como segurado especial ou como
dependente de um (TRF5, APELREEX 0001170-20.2010.4.05.8200/PB, Rel. Des. Geraldo
Apoliano, DJ 17/10/2012).
Destarte, mesmo os documentos públicos como certidões de casamento ou de
casamento, são passíveis de fraude, por isso a importância da prova testemunhal no processo
judicial como forma de complementar o conjunto probatório dos autos.
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5. CONCLUSÃO

Apesar da legislação previdenciária ter evoluído consideravelmente no que tange


ao segurado especial, é necessário observar que este ainda se encontra em posição inferior aos
demais segurados. Isso se dá principalmente em decorrência da ausência de contribuições ao
sistema previdenciário, o que acaba por vulnerabilizar os trabalhadores rurais.
A ausência da contribuição de fato, faz com que o sistema previdenciário
brasileiro seja alvo de muitas fraudes, o que prejudica a classe como um todo, pois torna-se
difícil diferir aqueles que realmente são trabalhadores rurais daqueles que não são.
É cabível destacar, contudo que não se pode afirmar que os trabalhadores rurais
não contribuem, e sim que o sistema contributivo é diferenciado. Ademais, observa-se que a
fiscalização das contribuições previdenciárias é precária, uma vez que, em regra, a mesma
deveria ser recolhida das empresas que adquirem a produção.
Se por um lado o segurado tem mais facilidade para comprovar a atividade rural,
por outro, o Poder Judiciário tem criado sua própria interpretação, muitas vezes usurpando um
papel que não é seu, o de legislar.
Entretanto, é cabível ponderar que a constitucionalização do segurado especial por
si só já traz grandes avanços à luz da seguridade social, visto que inclusão dos trabalhadores
rurais no sistema previdenciário foi tardia.
Porém, é necessário que o legislador faça uma melhor análise dos diplomas legais
que versam sobre o segurado especial e a prova da atividade rural, como forma de facilitar a
inserção daqueles de realmente o são, tornando o diploma previdenciário mais uniforme
principalmente no que tange as provas que podem ser utilizadas para comprovar o exercício
da atividade rural, de forma que a jurisprudência não atuará mais de forma atípica , visando
também a redução do número de fraudes no sistema previdenciário.
É importante também que a forma de contribuição do segurado especial seja mais
efetiva, de forma que o próprio Estado realize não só uma fiscalização efetiva, mas que
também permita o acesso e dinamização do direito previdenciário aos trabalhadores rurais.
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REFERÊNCIAS

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Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 08 ago. 2018
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1988.Disponível em:
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BRASIL. Decreto Lei 3048, de 06 de maio de 1999. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm. Acesso em 15 de setembro.2018.
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BERWANGER, Jane Lucia Wihelm. Segurado Especial: novas teses e
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