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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................ 10
4 METODOLOGIA ................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 57
APÊNDICES .......................................................................................... 60
Apêndice A ............................................................................................ 61
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 45
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RESUMO
Essa ACP ajuda várias pessoas que não conseguiram o benefício devido
a renda familiar a ter o benefício, antes dessa Ação, se algum membro do grupo
tivesse um salário minimo, o requerente só receberia se o grupo familiar tivesse
cinco pessoas.
Vale lembrar que essa Ação só vale para quem reside no Estado de
Minas Gerais.
INTRODUÇÃO
renda familiar per capta. Ocorre que tal fato se torna arbitrário e injusto, haja vista
a negativa da concessão do benefício em questão muitas vezes em razão de
ínfima diferença, não raramente no valor de R$ 1,00 (um real) a mais.
1 ASSISTÊNCIA SOCIAL
2 BENEFÍCIO
LOAS
Além disso, por óbvio, as tarefas pertinentes aos cuidados especiais que
essas pessoas demandam sobrecarregam demasiadamente os familiares. Por
conta disso, muitas vezes membros da família ficam impedidos até mesmo de
trabalhar em razão da enorme responsabilidade, dos cuidados e atenções que
essas pessoas tão vulneráveis necessitam. O resultado é a exigência da
presença constante de membro da família membro da família (geralmente a mãe)
diuturnamente ao lado da pessoa deficiente.
Vale dizer que o Decreto 7617/11 apenas reproduziu o art. 4º, VI, do
Decreto 6214, de 26.09.07, que tinha a mesma redação, apenas sem o seguro-
desemprego.
No caso, não foi o que ocorreu com o art. 19 do Decreto 1744/95, (que se
prorroga no tempo por meio dos Decretos 6214/07 e Decreto 7617/11), pois a
referida exclusão (por meio da inclusão do BPC para efeitos de composição da
renda familiar) não refletiu com fidelidade o espírito do texto legal (LOAS) na sua
regulamentação, muito menos se harmonizou com a Constituição, violando-a.
Os requisitos citados estão previstos nos art. 20, §3º da própria lei do
LOAS, vejamos:
A carência também não é exigida, pois não há contribuições por parte dos
portadores de deficiência, seja ela qual for.
DA ACP
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Agora em Minas Gerais o BPC irá ajudar mais pessoas porque não mais
irá computar no cálculo as rendas de beneficio assistencial e de beneficio
previdenciário no valor de até um salário mínimo. Já está valendo é só ir ao INSS
e requerer.
Uma das mais relevantes ações em favor das pessoas com deficiência
em situação de vulnerabilidade e risco social foi introduzida na CF 88, no art. 203,
V, ou seja, a garantia de receber um salário mínimo, nos seguintes termos:
Não foi por outra essa razão que a sentença (MAI/2004) da Ação Civil
Pública nº 2004.38.03.003762-5, muito bem fundamentada, condenou o INSS e a
União a não computarem na renda familiar do idoso ou portador de necessidades
especiais, para fins de concessão do benefício assistencial previsto na Lei
Orgânica da Assistência Social (Loas - Lei 8.742/93), o valor de qualquer
benefício previdenciário ou assistencial igual a um salário mínimo (acesso ao
inteiro teor da sentença em
www.mp.mg.gov.br/portal/public/interno/arquivo/id/7083).
“Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e
às exigências do bem comum.”
Tão grave quanto, o Decreto 7617/11 também anula outros dois princípios
da LOAS, plasmados no art. 4º, III e IV, nos seguintes termos:
Não é por outra razão que a Lei 10.741, de 01.10.03 (Estatuto do Idoso)
ressaltou a necessidade de se excluir o BPC concedido aos idosos, do calculo da
renda familiar, no art. 34, parágrafo único, com a seguinte redação:
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não
possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua
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Dessa forma, por estar por demais explicitada no referido Parágrafo único
a exclusão do BPC recebido por idoso, no que tange à sua impossibilidade de
fazer parte da renda familiar (embora de explicidade desnecessária em razão de
sua redundância, por força do texto da Constituição e da LOAS), o Decreto
7617/11 reproduziu em seu art. 19, parágrafo único, a referida ressalva, conforme
se lê em
Para melhor avaliar os efeitos do teor do art. 1º, VI, do Decreto 7617/11,
eis a situação hipotética de uma família com cinco membros, cuja renda familiar é
de R$ 678,00 (um salário mínimo). A renda per capita dessa família será de R$
136,60, de forma que se um de seus membros for portador de deficiência, terá
direito a receber um BPC no valor de R$ 678,00.
"A cláusula da reserva do possível – que não pode ser invocada, pelo
Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a
implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição – encontra
insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que
representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do
postulado da essencial dignidade da pessoa humana. (...) A noção de ‘mínimo
existencial’, que resulta, por implicitude, de determinados preceitos
constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III), compreende um complexo de
prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições
adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo
ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do
Estado, viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como o
direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescente, o
direito à saúde, o direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à
alimentação e o direito à segurança. Declaração Universal dos Direitos da Pessoa
Humana, de 1948 (Artigo XXV)." (ARE 639.337-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 23-8-2011, Segunda Turma, DJE de 15-9-2011.)
Ante o texto literal da Lei, sempre se afirmou que não bastaria apenas a
impossibilidade de exercer a atividade laborativa, mas também para a vida
independente. Ambas as condições tinham que estar presentes, para que a
pessoa fizesse jus ao benefício.
Textos relacionados
CONCLUSÃO
Não é mais possível que em pleno Século XXI, direitos e garantias ainda
se constituam em meras obras de arte e poesias, em plena Carta Constitucional.
1 INTRODUÇÃO
Todavia, não se pode olvidar que a CF/88 elege, como valor da Ordem
Social, o primado do trabalho e inclui entre os fundamentos do Estado, os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV, da CF/88). Diante disso, a
atuação do Estado é subsidiária, depois de esgotadas as condições de
manutenção própria do indivíduo pelo seu trabalho ou de amparo pela sua
família, e se aperfeiçoa por meio de benefícios previdenciários (Previdência
Social – arts. 201/202, CF/88), se este houver contribuído à Seguridade Social e
preenchido os requisitos da legislação previdenciária, ou por meio de prestações
assistenciais, independentemente de contribuição (Assistência Social – arts.
203/204, CF/88), se necessitado (se encontrar em estado de miserabilidade).
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2.1.1 Família
Família, para efeito do cálculo da renda per capita, não é aquele previsto
no Código Civil, mas sim o previsto na LOAS (art. 20, § 1º), que na sua redação
original referia como sendo: “a unidade mononuclear, vivendo sob o mesmo teto,
cuja economia é mantida pela contribuição de seus integrantes”. Posteriormente,
a Lei nº 9.720/1998 redefiniu esse conceito para “o conjunto das pessoas
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elencadas no art. 16 da Lei nº 8.213/1991, desde que vivam sob o mesmo teto”.
Por fim, a Lei nº 12.435, de 07-07-2011 (Lei do Sistema Único de Assistência
Social) alterou o conceito pela terceira vez:
Art. 20 [...]
2.1.3 Hipossuficiência
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Todavia, cada vez mais vemos decisões afirmando que o art. 20, § 3º da
LOAS não constitui condição sine qua non para a concessão do benefício,
podendo, no caso concreto, o magistrado avaliar o estado de miserabilidade por
outros meios legais de prova.
LOAS [...] Assim, no cálculo da renda familiar per capita deve ser excluído o valor
auferido por pessoa idosa a título de benefício assistencial ou benefício
previdenciário de renda mínima, este último por aplicação analógica do parágrafo
único do art. 34 da Lei 10.741/2003) (STJ, REsp 892305, Relator(a) Ministro
Paulo Galloti, DJ de 16-02-2007) [grifamos].
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não
possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua
família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário mínimo, nos termos da
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
a) Família A: temos dois idosos sem renda vivendo sob o mesmo teto.
Um recebe o benefício. O outro idoso o requer;
Ora, diz o art. 195, § 5º, da CF/88 diz que nenhum benefício ou serviço da
Seguridade Social poderá ser criado, estendido ou majorado sem a
correspondente fonte de custeio total (princípio da fonte prévia de custeio total).
Como se pode ver, no caso, há uma extensão clara sem prévia fonte de custeio,
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
miséria, cujas famílias não possam auxiliá-los sem o prejuízo próprio – realidade
esta, infelizmente, ainda muito comum no nosso país. Os critérios para a sua
concessão definidos na LOAS são muito questionados em inúmeras demandas e,
consequentemente, verificamos jurisprudência em todos os sentidos, seja quanto
à interpretação do critério de renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo, seja
quanto ao conceito de deficiência.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 21ª ed.
São Paulo: Malheiros, 2002.
Notas
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. Ed. Atlas S.A, 18ª
ed., São Paulo, 2002;
ANEXOS
http://www.previdencia.gov.br/noticias/categoria/loas/