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CSA

IMPORTANCIA E BENEFICIOS DA AUDITORIA INTERNA PARA A


EXCELENCIA DA GESTAO EMPRESARIAL

Genimar Vieira GROSSO (IC – genimar.grosso@oi.com.br)¹, Samira Novaes


ALCON (IC)¹, Alcon Novaes ALCON (IC)¹, Anderson da Silva AMARAL (IC)¹,
Ronald Tavares Costa SIVA (IC)¹ e Sibele Leandra Penna SILVA (PQ)²

1. Curso de Pós-Graduação Contabilidade Decisorial; 2. Curso de Ciências


Contábeis; 3. Professora.
Faculdade de Minas – FAMINAS – 36880-000 – Muriaé-MG

Palavras-Chave: Auditoria Interna, Controle Interno, Gestão Empresarial.

APRESENTAÇÃO: Este trabalho não pretende esgotar o tema, mas tão


somente chamar a atenção para a crescente importância da Auditoria Interna,
motivada pela percepção das profundas transformações que o competitivo
mundo globalizado vem promovendo. A nova forma de competição do mercado
global exige que as empresas estejam comprometidas com a excelência da
qualidade, ou seja, o contínuo e completo aperfeiçoamento de seus produtos,
processos, serviços e colaboradores. Identificar e adaptar-se a tais
transformações para alcançar os resultados com eficácia ao menor custo
possível, tornou-se o objetivo da alta administração de toda empresa. Contudo,
o processo para obter este sucesso depende das informações que são
colhidas, processadas, armazenadas e fornecidas para orientarem as decisões
e rotinas. A qualidade e a confiabilidade desses dados influem decisivamente
no êxito dos negócios e isto está causando um momento de reflexão nas
tradicionais organizações, onde o que está em jogo é a sua sobrevivência. Por
essa importância vital, fica visível a necessidade da Auditoria Interna e sua
utilidade para a garantia das informações, confeccionadas de forma fidedigna e
tempestivas para a tomada de decisão, consolidando-se numa consultoria
permanente, fomentando a produção de utilidades requeridas pelo plano
estratégico na proteção do patrimônio da empresa e na absorção de melhores
resultados. A proposta do artigo é demonstrar, através de suporte bibliográfico,
de que a importância da Auditoria Interna para as empresas não se limita a
função punitiva ou preventiva de evitar práticas fraudulentas ou decorrentes de
erro, mas sendo considerada arcabouço orientativo importante e benéfico para
a gestão empresarial. DESENVOLVIMENTO: Segundo Conselho Federal de
Contabilidade [1], Auditoria Interna “constitui o conjunto de procedimentos
técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos
controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e
operacionais da Entidade”. Logo, pode-se conceituar Auditoria Interna como
um controle macro gerencial que funciona por meio de medição e avaliação da
eficiência e eficácia de todos os controles organizacionais. Deve ser entendida
como uma ferramenta de assessoramento à administração quanto ao
desempenho das atribuições definidas para cada área da empresa, mediante
as diretrizes, políticas e objetivos por aquela determinados. Essa atividade tem
sua ótica voltada para o que o controle interno representa à organização, de
forma a possibilitar o desenvolvimento harmônico, seguro e adequado de todas
as ações. Os sistemas de controle interno não se limitam às áreas contábil e
financeira, mas englobam, sinergicamente, os planos da organização e todos
os métodos usados para proteger seus ativos, verificando a exatidão e
fidedignidade de suas informações contábeis, financeiras, administrativas,
operacionais e promover a eficiência e eficácia operacional, bem como
estimular a observância de normas e diretrizes da administração. O Conselho
Federal de Contabilidade determina que “o planejamento do trabalho de
Auditoria Interna compreende os exames preliminares da Entidade, para definir
a amplitude do trabalho a ser realizado de acordo com as diretivas
estabelecidas pela administração, considerando-se todos os fatores relevantes
na execução dos trabalhos”. Entende-se, então, que a estrutura da Auditoria
Interna está relacionada diretamente com o tamanho da entidade em que vai
atuar e com os objetivos definidos pela administração para suas atividades,
sendo imprescindível sua autonomia e credibilidade para poder revisar e avaliar
políticas e planos, procedimentos, normas, operações e registros, de maneira a
contar com a absoluta confiança e apoio dos auditados, do corpo gerencial e
da alta administração. Recomenda-se que os profissionais que executarão a
Auditoria Interna estejam subordinados ao nível mais elevado possível dentro
da organização, pois isso refletirá diretamente sobre a qualidade do trabalho
executado e sobre os resultados que este propiciará à empresa, uma vez que
“o auditor interno, não obstante sua posição funcional, deve preservar sua
autonomia profissional”, segundo NBC P 3 do CFC. Outra razão para esta linha
de vinculação é que, estando os auditores internos vinculados a um diretor ou
gerente, isso poderá afetar a credibilidade do seu trabalho, na medida em que
possa ser visto pelas demais diretorias e gerencias como um membro daquela
verificando transações das outras. Não obstante, os exames da Auditoria
Interna têm, dentre outros, o escopo de “assessorar a administração na
prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, de maneira
reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações dos mesmos detectados
no decorrer de seu trabalho”, conforme orientações da NBC T 12 do CFC.
Ainda segundo o CFC, NBC T 12, “devem ser efetuados com bases em testes
de observância que visam a obtenção de uma razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da
entidade e por meio de testes substantivos, que visam à obtenção de evidência
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas
de informações da entidade. Estes testes permitem ao auditor interno obter
provas suficientes, denominadas de evidencias, para fundamentar suas
conclusões e recomendações, de tamanho e periodicidade apropriados que
devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis”. Salienta-se que a
escassez dos recursos, a vulnerabilidade dos negócios e o desenvolvimento a
tecnologia da informação fazem com que surjam novas demandas de
controles, exigindo dos gestores e dos auxiliares a adoção de novas
ferramentas de gestão e padrões comportamentais, visando à adequação da
organização aos novos desafios. É nesse contexto que a Auditoria Interna
torna-se imprescindível para o desenvolvimento e sucesso dos negócios. Esta
atividade possibilita não somente a detecção e a prevenção de fraudes e erros,
mas a medição de padrões, a comparação de metas, a avaliação de
desempenho e a fiscalização de eventos, com o intuito de corrigir informações,
comparar resultados, adaptar situações novas, detectar desvios ou
anormalidades e simplificar rotinas. Esse monitoramento é necessário, posto
que, apesar dos avanços operacionais, gerenciais e tecnológicos, o elemento
humano apresenta fraquezas funcionais e morais, intencionais ou não, que
podem comprometer a perenidade da organização. Atualmente as companhias
estão expandindo cada dia mais suas atividades diversificando e aumentando
sua capacidade de produção, contratando funcionários e inaugurando filiais,
despertando assim preocupações no sentido de controlar e obter informações
confiáveis de pessoas independentes aquelas que as executam. Para tanto, a
administração passa a necessitar de uma ferramenta que lhes afirme que os
controles internos e as rotinas de trabalhos estão sendo habilmente executados
com eficiência e que os dados merecem confiança, pois devem espelhar a
realidade econômica e financeira da empresa.. Visando resguardar seus
interesses, as empresas têm necessidade de implantarem uma Auditoria
Interna, que tem por finalidade fornecer aos administradores, em todos os
níveis, informações confiáveis que os auxiliem na tomada de decisões. As
ações da Auditoria Interna estendem-se por todos os serviços, programas de
operações e controles existentes na empresa. Para que essa avaliação seja
efetuada com sucesso, os auditores internos necessitam de um apoio
constante ao mais alto nível da empresa para que se obtenha um desempenho
satisfatório de suas responsabilidade com abrangência e independência.
Verifica-se que ao implantar os serviços de Auditoria Interna, serão agregados
benefícios consideráveis às empresas, como, sob o aspecto administrativo,
contribuir para redução de ineficiência, negligência, incapacidade e
improbidade de empregados e administradores; sob o aspecto patrimonial
possibilitando melhor controle dos bens, direitos e obrigações que constituem o
patrimônio; sob o aspecto fiscal sendo fator de mais rigoroso cumprimento das
obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra multas e o proprietário
contra penalidades decorrentes da lei de sonegação de impostos; sob o
aspecto técnico contribuindo para mais adequada utilização das contas, maior
eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das informações e garantia de
que a escrituração e as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo
com princípios e normas de contabilidade; sob o aspecto financeiro
resguardando crédito de terceiros (fornecedores e financiadores) contra
possíveis fraudes e dilapidações do patrimônio, permitindo maior controle dos
recursos para fazer face a esses compromissos; sob o aspecto econômico
assegurando maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados, na defesa
do interesse dos investidores e titulares do patrimônio; sob o aspecto ético
examinando a moralidade do ato praticado, pois o registro poderá estar
tecnicamente elaborado e o fato legalmente comprovado, porém, o ato da
administração poderá ser moralmente indefensável, cabendo a auditoria
apontá-lo para julgamento dos titulares do patrimônio ou de seus credores.
Para a administração da empresa, a Auditoria Interna contribui fiscalizando a
eficiência dos controles internos, assegurando maior correção dos registros
contábeis, opinando sobre a adequação das demonstrações contábeis,
dificultando desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de
despesas, possibilitando apuração de omissões no registro das receitas e na
realização oportuna de débitos, proporcionando a obtenção de melhores
informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira, e
apontando possíveis falhas na estrutura e no fluxo organizacional da empresa
e nos controles internos. As entidades devem ser preventivas e não reativas.
Prevenção nem sempre é possível, mas minimização pode ser encontrada
desde que todos os envolvidos na determinação de políticas, práticas e
procedimentos estejam cientes e empenhados em acreditar nesse caminho. A
Auditoria Interna é uma atividade profissional que exige independência prática,
visualização panorâmica e objetividade ao analisar uma empresa, e
apresentação de soluções para os problemas detectados nessa entidade. É
latente que haja investimento no seu produto através de uma interpretação
factual, uso de boa técnica, clareza e redação adequada para que o mesmo
tenha qualidade e seja bem sucedida. Desta forma, o relevante papel da
Auditoria Interna para a melhoria de uma empresa será reconhecido, e o
interesse em mantê-la será permanente. Para se disseminar uma percepção
mais clara de seus benefícios, será preciso buscar meios de quantificar o valor
proporcionado pela função e balizar a atuação da área na consecução das
estratégias de negócio nas organizações. Na medida em que os benefícios
originados a partir dos trabalhos se tornarem mais evidentes, será possível ter
uma visão mais clara do retorno sobre o investimento na função de Auditoria
Interna. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Vivemos um momento, em nível mundial,
em que o foco, nas relações comerciais, industriais, de serviços, enfim, em
todas as atividades ou transações realizadas, está pautado na “excelência da
qualidade”, ou seja, na melhoria continua e na satisfação total. O crescimento
constante das empresas, quer em tamanho quer em diversificação da sua
atividade econômica, exige o controle total de suas atividades, logo, precisam
assegurar-se, continuamente, de que os processos desenvolvidos estejam em
conformidade com suas metas e sendo executadas eficazmente. Neste cenário
a Auditoria Interna é uma ferramenta de segurança indispensável às empresas
e por falta de conhecimento ou mesmo por não conhecer a relação entre custo/
benefício da implantação da auditoria numa empresa, muitas vezes faz com
que o administrador relegue a Auditoria Interna a segundo plano. Para além
dos tradicionais objetivos empresariais de detecção de fraudes e erros, ou de
otimização de lucros e de respostas imediatas às necessidades dos mercados
em constante mutação em que se inserem, as empresas deparam-se com
novas situações, que conduzem a uma forte motivação, relativamente a
preocupações com a eficácia e eficiência de seus recursos. Atualmente, a
Auditoria Interna constitui uma função de apoio à gestão e além de importante,
tornou-se imprescindível para a gestão empresarial. AGRADECIMENTOS: À
FAMINAS pelo apoio concedido.

BIBLIOGRAFIA:
[1] Conselho Federal de Contabilidade NBC tT 12 Disponível em:
<htpp://www.mp.sc.gov.br/legisla/especial/decsalamanca.htm>. Acesso em: 28
de setembro de 2004.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um moderno Curso e Completo. 5.


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PAULA, Maria Goreth Miranda Almeida. Auditoria interna. São Paulo : Atlas,
1999.
WILLIAM, A. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1994.

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– it – 03 fraude e erro. Dispõe sobre o item 11.1.4 da NBC T 11 - Normas de
Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis(*), proporcionando
esclarecimentos adicionais sobre a responsabilidade do auditor nas fraudes e
erros, nos trabalhos de auditoria. Disponível em :
<http://www.cfc.org.br/resolucoes/nbct11.it3.htm>. Acessoem: 27 ago. 2001.

(SÁ 2000) SÁ, Antonio Lopes de. Curso de Auditoria. 9 ed. São Paulo: Atlas,
2000.
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FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23ª Ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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LUDÍCIBUS, Sérgio. Curso de contabilidade para não contadores. 3ª Ed.


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MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1995.

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MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 8ª Ed. São Paulo: Atlas,


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MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 1991.


SÁ, Antonio. Lopes. Curso de auditoria. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 1989.

ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e aplicações. 3.ed., São Paulo, Atlas,


1998.

JUND, Sergio. Auditoria: conceitos, normas técnicas e procedimentos.


5.ed., Rio de Janeiro, Impetus, 2003.

AUDITORIA INTERNA NO BRASIL 1997 www.deloitte.com.br


NOVAS CONTRIBUIÇOES DA ANUDITORIA INTERNA Pricewaterhouse
Coopers pwc.com/br

Área do Conhecimento (CNPq): 6.00.00.00-7 – Ciências Sociais Aplicadas

Consequentemente, a vinculação do auditor interno diretamente ao Presidente


ou Conselho de Administração, ou à Diretoria como Colegiado, passa a ser
condição fundamental para a aceitação da Auditoria Interna como um real
instrumento de controle e assessoria útil para a empresa.
Será executada por profissionais A função básica da Auditoria Interna, de
assegurar o sistema de controle interno eficaz, não desobriga os executivos
das responsabilidades de verificação e controle nos seus respectivos setores..
As funções de chefia e supervisão de uma Auditoria Interna são privativas do
Contador, bem como as atividades relacionadas à competência profissional dos
mesmos (Resolução CFC nº 560-83). O auditor.Poderá, todavia, contar com a
colaboração de outros profissionais, especialmente quando se tratar de
trabalhos em áreas que requerem especializações e que não podem ser
realizadas pelo Contador. O auditor interno, por ser funcionário da empresa,
não raras vezes tem sua autonomia questionada. Somente com um
posicionamento profissional diretamente ligado a conceitos éticos, ele poderá
consolidar sua condição de autonomia para executar suas atividades.
Faz-se mister que o auditor interno, no desempenho de suas atividades,
imprima qualidade excepcional aos seus relacionamentos profissionais,
atuando como consultor, isto é, esclarecendo dúvidas à medida que elas
surgem, identificando a origem dos problemas detectados e discutindo
prontamente a solução com seu auditado, sempre agindo com lisura,
paciência, educação, respeito, criatividade e senso crítico. A adoção deste
posicionamento tornará o auditor interno um profissional mais respeitado,
consolidando sua credibilidade junto à organização.
A prevenção de riscos de erros e fraudes compreende as medidas tomadas
pela administração por meio de um sistema contábil adequado e um controle
interno eficaz, a fim de desencorajar sua perpetração e limitar sua possibilidade
de ocorrência. A adoção de controles que previnam a ocorrência de fraudes
contra o patrimônio, ou permitam detectá-las quando ocorrem, é
responsabilidade tanto gerencial quanto diretiva. A constatação da existência
de fraudes contra o patrimônio é responsabilidade da administração, mediante
a estrutura de controle por ela determinada.
Baseado nestes pressupostos,. Mas, para que isso ocorra a auditoria
interna necessita:
1. Ter acesso irrestrito ao universo da empresa;
2. Fazer exames regulares dos segmentos da empresa para averiguação da
efetividade do cumprimento das suas funções de planejamento, contabilização,
custódia e controle;
3. Reportar prontamente ao pessoal que precisa ser informado sobre os
resultados dos exames praticados pela auditoria e
4. Corrigir condições apontadas como deficientes até que se atinja disposição
satisfatória.

Se o auditor interno tivesse a responsabilidade específica de descobrir todas as


fraudes, teria de ampliar seu trabalho a tal ponto que seu custo poderia vir a se
tornar proibitivo. Assim mesmo, ele não poderia garantir que todos os tipos de
fraude teriam sido descobertos, ou que nenhuma outra existisse, porque as
transações não-contabilizadas, as fraudes em custeio e as falsificações não
seriam necessariamente descobertas.
O erro decorre de atos involuntários de omissão, desatenção,
desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração dos registros
contábeis e demonstrações contábeis, bem como da deficiência no
cumprimento dos controles internos.
Para que esta autonomia e independência possam ser consideradas
adequadas, torna-se necessário que a auditoria interna se reporte ao conselho
da Direção ou a Diretoria Máxima da empresa, de modo a poder realmente
escapar das ingerências e pressões, bem como manter a liberdade de agir
sobre todas as áreas da organização, sem restrições. Por outro lado, uma
subordinação a grau menor pode criar situações, impossibilitando a execução
de seus trabalhos de forma independente.
a escolha do tema se deu pela importância de demonstrar os benefícios da
auditoria contábil A proteção que a auditoria oferece à riqueza patrimonial
apresenta os seguintes aspectos:
· Sob o aspecto administrativo: contribui para redução de ineficiência,
negligência, incapacidade e improbidade de empregados e administradores.
· Sob o aspecto patrimonial: possibilita melhor controle dos bens, direitos e
obrigações que constituem o patrimônio.
· Sob o aspecto fiscal: é fator de mais rigoroso cumprimento das obrigações
fiscais, resguardando o patrimônio contra multas e o proprietário contra
penalidades decorrentes da lei de sonegação de impostos.
· Sob o aspecto técnico: contribui para mais adequada utilização das contas,
maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das informações e
garantia de que a escrituração e as demonstrações contábeis foram elaboradas
de acordo com princípios e normas de contabilidade.
· Sob o aspecto financeiro: resguarda crédito de terceiros (fornecedores e
financiadores) contra possíveis fraudes e dilapidações do patrimônio,
permitindo maior controle dos recursos para fazer face a esses compromissos.
· Sob o aspecto econômico: assegura maior exatidão dos custos e veracidade
dos resultados, na defesa do interesse dos investidores e titulares do
patrimônio.
· Sob o aspecto ético: examina a moralidade do ato praticado, pois o registro
poderá estar tecnicamente elaborado e o fato legalmente comprovado, porém,
o ato da administração poderá ser moralmente indefensável, cabendo a
auditoria apontá-lo para julgamento dos titulares do patrimônio ou de seus
credores.
Para a administração da empresa a auditoria oferece as seguintes vantagens:
· Fiscaliza a eficiência dos controles internos;
· Assegura maior correção dos registros contábeis;
· Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis;
· Dificulta desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas;
· Possibilita apuração de omissões no registro das receitas, na realização
oportuna de débitos;
· Contribui para obtenção de melhores informações sobre a real situação
econômica, patrimonial e financeira das empresas;
· Aponta falha na organização administrativa da empresa e nos controles
internos.

Os auditores internos, por estarem totalmente envolvidos, em suas empresas,


com esses programas, têm a obrigação moral de trazerem para o seio de suas
atividades os mesmos conceitos

A Auditoria interna ainda tem um grande desafio a vencer em temas como


objetividade, comunicação, mensuração dos resultados e conhecimento das
particularidades da empresa e do seu segmento de negócio.

Principais benefícios da auditoria interna


 Identificar os riscos de negócio e propor alternativas para gerenciá-los
 Garantir maior eficiência dos processos internos
 Promover uma maior conscientização dos executivos sobre a
importância do gerenciamento de riscos e controles internos
 Favorecer a aderência às normas internas e às regulamentações do
mercado
 Dar suporte à estrutura de governança corporativa da empresa
 Minimizar a ocorrência de fraudes
 Auxiliar a organização na execução de suas estratégias de negócio
 Reduzir os custos
 Oferecer vantagem competitiva às atividades da organização
 Otimizar as receitas

Em relação às vantagens proporcionadas pelas atividades de auditoria interna


às empresas, destaca-se a capacidade dessa função em identificar riscos de
negócio e garantir maior eficiência nos processos internos o trabalho da
auditoria interna e um bom gerenciamento de riscos podem contribuir para a
redução de custos e a otimização de receitas.

Cabe à Auditoria Interna convencer ao mais alto escalão da Entidade que pode
auxiliá-la no crescimento dos negócios ao identificar os problemas e sugerir
correções.
:. Dentre outros pode-secitar a correta análise do controle interno, a
adequação quanto à realidade das demonstrações contábeis, a real situação
econômica e financeira, a proteção do patrimônio, a fiscalização das
transações ocorridas, a credibilidade das demonstrações contábeis, a proteção
aos interesses dos sócios administradores, acionistas, investidores e
financiadores, possibilitando o aumento dos lucros e a capitalização dos
recursos. Para a empresa proteger os seus ativos, verificar a exatidão
operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas
estabelecidas, ela necessita ter um bom controle interno que compreende no
plano da organização e todos os métodos e medidas coordenadas.
Normalmente, o exame dos controles internos tem sido uma das fases mais
importantes na realização da auditoria, pois, dependendo da sua avaliação, é
que o auditor fixará a profundidade e a amplitude da investigação a ser
empreendida e relacionar possíveis falhas detectadas com as respectivas
recomendações para impedi-las. Contudo, esses controles estão presentes na
organização ininterruptamente, devendo ser reavaliados e aprimorados sempre
que necessário e não serem evidenciados apenas nos processos de auditoria.
Portanto, devem ser de responsabilidade da administração a criação e a
manutenção do controle interno.
a implementação de controles internos não é a garantia da inexistência de
fraudes. Embora existam inúmeros sistemas de controles internos eficazes, o
risco de falhas lhes são intrínsecos, pois tais controles envolvem
comportamentos humanos e podem não funcionar como planejado. Com efeito,
qualquer sistema de controle interno se torna ineficaz quando há conluios entre
colaboradores ou quando são cometidos pela alta administração. Estes últimos,
em muitas situações, podem burlar o sistema ou corromper subordinados para
que falseiem ou ocultem informações. Todavia, a ausência de controles
internos promove um contexto bastante atrativo e vulnerável aos delitos
organizacionais.
Portanto, uma atitude proativa da administração continua sendo recomendável,
não devendo esperar a realização de auditorias para a possível detecção de
desvios internos, mesmo porque não cabe ao auditor a responsabilidade pela
prevenção de erros ou fraudes, e sim, a avaliação do risco para sua ocorrência,
através de uma avaliação crítica de todo o sistema de controle interno.
Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas de controle e no
plano de organização, o auditor preocupa-se também com a manutenção
desses sistemas para que as inconformidades sejam minimizadas,
apresentando sugestões para impedir eventuais desvios ou fraudes, que serão
avaliadas e, possivelmente, implementadas na organização.
As principais estratégias utilizadas pelos auditores para identificar e
dimensionar as fraudes contra as organizações são: análise comparativa,
conciliação de saldos, comprovações e inspeções documentais, inspeções
físicas, confirmação com terceiros, indagações a agentes internos e externos
(funcionários, clientes, fornecedores etc) e observação da conformidade dos
procedimentos internos. Cabe, pois, ao profissional da auditoria o preparo para
selecionar e utilizar a técnica e os procedimentos adequados para cada tipo de
fraude ou situações que indiquem a sua ocorrência.

Ao buscar estimular a discussão sobre as conexões dos conceitos de controle


interno, o trabalho estará contribuindo para que os empresários e gerentes
possam analisar as visões administrativas em relação ao controle interno.
Dessa forma, procura superar a imagem de aversão do empresário e gestor em
relação aos controles internos. Tal percepção esconde e limita as melhores
vantagens que os controles possam trazer às empresas e seus negócios. Em
última análise, procura colher argumentos que favoreçam os inúmeros contatos
que ocorrem diariamente entre Contadores e Empreendedores com vistas a
promover a economia nacional.

. e impulsionadas ao cumprimento de seus objetivos, procuram sua


continuidade através do crescimento e da diversificação das atividades que
asseguram ao empresário ou ao investidor a constituição de um patrimônio e o
retorno necessário a suas expectativas.

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