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PROCESSO Nº 0004869-17.2020.8.19.0061
GRERJ Nº 52331609991-16
RECURSO INOMINADO
Pugnando pelo seu recebimento em seu regular efeito, com posterior remessa ao
Egrégio Tribunal de Tribunal de Rio de Janeiro.
Nestes termos
E.Deferimento
Teresópolis/R.J., 16 de setembro de 2020.
COLENDA CÂMARA
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
ÍNCLITOS JULGADORES!
RESUMO DA DEMANDA
A sentença de 1º grau deve ser reformada, para que se garanta efetiva justiça no
processo em análise.
O argumento central da sentença refere-se ao fato da Recorrente ter sofrido danos em
esfera moral e material, por decorrência da inclusão de seu nome, em cadastros
negativos de crédito, além de protesto.
A culpa pelo desfazimento do negócio jurídico celebrado entre as partes é exclusivo das
recorridas, que tinha em consciência o seu dever de realizar a entrega em tempo hábil ao
recorrente para que pudesse refrigera-la e as colocasse em condições de venda a seus
clientes.
Insta esclarecer, que a recorrida é empresa séria, do ramo de entretenimento na cidade
de Teresópolis, notoriamente conhecida por seus frequentadores pelas atrações
oferecidas, além de extenso cardápio de petiscos e bebidas de qualidade, restando neste
fatídico feriado, não outra opção, que o não funcionamento da casa nos dias de carnaval
por falta dos produtos que as recorridas tinham por dever lega, entrega-las no prazo
avençado.
DA DECISAO ATACADA –
“Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados no Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a
ação ou a defesa.”
Portanto, o que se alegou deve ser provado, salvo nos casos previstos no artigo 334 do
referido diploma legal, tais como fatos notórios ou fatos afirmados por uma parte e
confessado pela parte contrária.
O Código ainda nos ensina que o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato
constitutivo de seu direito artigo 333, I.
Há que se levar em conta a opinião de Vicente Grecco Filho, que tem posicionamento
semelhante ao afirmar, com méritos, que:
“O autor, para obter resultado favorável, deve afirmar certos fatos e consequentemente
prová-los, sob pena de perder a demanda; o réu tem interesse em contra prová-los, mas
não o ônus, que se limita aos fatos que se precisa afirmar impedir a consequência
jurídica pretendida pelo autor.”
Também se faz necessário observar a opinião de Marcus Vinícius Rios Gonçalves que
afirma:
“Em regra, compete àquele que formula uma alegação o ônus de prová-la. A prova de
um fato, em princípio, compete a quem alegou. Como ao autor cabe alegar os fatos
constitutivos de seu direito, será seu o ônus de prova-los.”