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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA CÍVEL DA COMARCA


DE ...
Processo nº ...

..., já qualificada nos autos da AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO COM INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Vem, respeitosamente, por seu procurador infra-
assinado, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.010, § 1º do Código
de Processo Civil propor CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO, onde se requer
que após a juntada aos autos, estes sejam remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça deste
Estado.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB...

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE


JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº ...

AÇÃO: Ação de Revisão contratual c/c Indenização por Danos Materiais e Morais
PROCESSO DE ORIGEM: ... Vara Cível da Comarca ...
APELANTES: ...
APELADOS: ...

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA.

I. DOS FATOS
Os apelantes propuseram a Ação de Revisão Contratual c/c Indenização por Danos
Materiais e Morais, contra a empresa que este recurso interpõe.
No dia 07 de dezembro de 2011, as partes firmaram um instrumento particular de compra
e venda com a empresa ....
Todavia, houve atraso de 08 (oito) meses na entrega do imóvel, sendo o imóvel entregue
somente em 30 de agosto de 2013, o que de fato, não condiz com o que fora acordado entre
as partes, já que a entrega do imóvel deveria ser realizada no mês de dezembro, em 2012.
Desse modo, os apelantes apresentaram a ação pleiteando o pagamento dos aluguéis que
estes já haviam depositado, além da restituição, bem como ao valor cobrado em dobro
referente à comissão imobiliária e indenização por danos morais.
A empresa ..., em contestação aos apelantes afirma que, não há de se falar em
responsabilidade solidária com a empresa ..., pois a primeira somente realizou a venda do
terreno onde seria construído o imóvel.
No contexto fático, é importante lembrar que em sede de primeiro grau, um dos pedidos foi
julgado improcedente, sob o fundamento que a comissão imobiliária não era, de fato,
devida. Além disso, afirmou o não cabimento do pedido de danos materiais, já que os
apelantes estavam cientes dos novos prazos para a entrega do imóvel, por fim, julgou
improcedente o pedido de dano moral, condenando a apelante ao pagamento das custas e
honorários advocatícios.
Nesse sentido, os apelantes interpuseram o recurso de apelação, a fim de que a decisão seja
totalmente reformada, e que os pedidos sejam revisados e concedidos.
II. DO CABIMENTO DO RECURSO
No que tange ao cabimento do recurso das CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, esta deverá
ser aceita, uma vez que acompanha em anexo a guia de preparo, e encontra-se interposta
tempestivamente, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, como prevê o artigo 1.010, § 1º do
Código de Processo Civil.
III. DA MORA NA ENTREGA DO IMÓVEL
A respeito dos contratos firmados entre as partes, sabe-se que os apelantes assinaram dois
contratos de compra e venda, sendo que um deles tem a previsão da data da entrega do
imóvel, o qual seria entregue no mês de dezembro de 2012, que observando as datas
contratuais, verifica-se que esta entrega se daria 01 (um) ano após a assinatura do referido
contrato.
Também fora realizado o contrato de financiamento entre os apelantes e o banco CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, através do programa de financiamento MINHA CASA MINHA
VIDA que tal banco dispõe.
Todavia, uma vez assinado este contrato, houve a chamada novação, prevista no artigo 360
do Código Civil, isto é, ocorreram novas condições de prazos, ficando estabelecido o prazo
de 24 (vinte e quatro) meses para a execução deste, apesar de às partes e o objeto principal
serem os mesmos.
Desse modo, podemos afirmar que por parte dos apelantes houve a chamada EXCEÇÃO DE
CONTRATO NÃO CUMPRIDO, previsto no artigo 476 do Código Civil.
Isso significa que, nos contratos bilaterais, NENHUM dos contratantes, ANTES de cumprida
sua obrigação, pode exigir o cumprimento do outro, logo, a exceção de contrato não
cumprindo, ocorreu em decorrência da culpa dos apelantes, uma vez que estiveram em
mora, e que por fim acabou ensejando o atraso da entrega do imóvel financiado.
Assim, requer seja MANTIDA EM SUA TOTALIDADE a presente decisão em comento, não
sendo eficaz e correta a sua modificação.
IV. DA COMISSÃO IMOBILIÁRIA
Os apelantes em seu recurso à referida sentença, pleiteiam pela restituição em dobro
quanto à comissão imobiliária.
Todavia, não há de se falar em restituição em dobro. Em sentença, tal pedido foi indeferido,
uma vez que é clara a falta de respaldos jurídicos e legais para esta pretensão.
Além disso, o pagamento fora realizado a terceiro conhecido como ..., o qual não é parte do
referido processo.
Assim, requer seja MANTIDA EM SUA TOTALIDADE a presente decisão em comento, não
sendo eficaz e correta a sua modificação.
V. DO DANO MORAL E MATERIAL
Quanto ao DANO MATERIAL, os apelantes pleitearam pelo pagamento dos aluguéis
referentes ao período de dezembro de 2012 a agosto de 2013, pedido este que fora
INDEFERIDO pelo juízo de primeiro grau como consta na sentença.
Cumpre ainda ressaltar que a sentença também declarou que, o prazo de 24 (vinte e
quatro) meses dado no processo pelos apelantes como prorrogação não ocorreu.
Quanto ao DANO MORAL, em razão do atraso na entrega do imóvel como alegam os
apelantes, este também deve ser INDEFERIDO, já que o atraso ocorreu por culpa
exclusiva dos mesmos, na época mantiveram-se em mora quanto ao contrato de
financiamento realizado com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
Assim, requer seja MANTIDA EM SUA TOTALIDADE a presente decisão em comento, não
sendo eficaz e correta a sua modificação, e claro, o NÃO CABIMENTO DO PEDIDO DE
DANOS MORAIS E MATERIAIS.
VI. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer NÃO SEJA CONHECIDO e IMPROVIDO o Recurso de Apelação
interposto, MANTENDO-SE, por conseguinte, a DECISÃO RECORRIDA NOS SEUS EXATOS
TERMOS.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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