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Ziraldo Martins Vieira – OAB-GO nº 15.

366
Diego Antônio Martins – OAB-GO nº 20.429/A
Miriane Rodrigues Pereira – OAB-GO nº 29.198
Ziraldo Martins Vieira Filho – OAB-GO nº 35.290
Bruno Coutinho Destro – OAB-MT nº 21.302

EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO


TRABALHO DE CUIABÁ-MT.
RT nº. : 0000238-41.2017.5.23.0007
Reclamante : Elmiro Lopo da Frota
Reclamada : MRV Engenharia e Participações S.A,
Ação Reclamatoria Trabalhista

KLEYTON DA SILVA TRIGUEIRO, já qualificado


nos autos supra citado, via de seus procuradores e advogados que esta
subscrevem, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência para apresentar

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
Apresentada pela Reclamada MRV ENGENHARIA
E PARTICIPAÇÕES S.A, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

PRELIMINAR
DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS.

A Reclamada alega que o Reclamante recebia em


média R$ 1.023,65 (um mil vinte tres reais e sessenta cinco centavos) de
comissões pelas vendas dos imoveis da Reclamada. Ora Excelência, como
explanado na inicial, o Reclamante laborou em regime extraordinário de horas
extras e de forma habitual, como será melhor esclarecido na intrução processual,
o que conforme a súmula 347 do TST, integra o salário e consequentemente tem
seus reflexos nas demais verbas trabalhistas, algo que não é nem citado na
contestação da Reclamada, uma vez que cabe a mesma, conforme a Súmula 338
do TST, provar o controle de frequência do Reclamante. Logo fica sendo
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estipulado uma média salarial mensal de R$ 3.351,22 (três mil trezentos e


cinquenta um reais e vinte dois centavos), com as horas extras e seus reflexos

O entendimento do nosso Egrégio Tribunal segue no


mesmo sentido:

HORAS EXTRAS/REFLEXOS E INTERVALO


INTRAJORNADA/REFLEXOS. ÔNUS. SÚMULA 338/TST. Considerando
que a empresa demandada, apesar de contar com mais de 10 empregados, não
fez prova do controle de frequência do autor, presume-se verdadeira a
narrativa inicial quanto às horas de trabalho e ao intervalo intrajornada, à luz
da súmula n. 338. Consequentemente, não merece reparos a sentença que
condenou a demandada a pagar horas extras/reflexos acima da 8ª hora diária e
da 44ª hora semanal e intervalo intrajornada/reflexos, sem considerar o
acordo individual de compensação de horas destacado pela ré, sobretudo
porque, neste caso, a jornada prevalecente não prevê qualquer possibilidade de
compensação. Apelo ao qual se nega provimento.1

VERBAS RESCISÓRIAS. INTEGRAÇÃO DAS HORAS


EXTRAS E DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIFERENÇAS
DEVIDAS. O adicional de insalubridade e as horas extras habituais integram
a remuneração do empregado para todos os fins, nos termos das Súmulas 139
e 347 do TST. Provado nos autos que o pagamento das verbas rescisórias não
observou integralmente a repercussão das horas extras e do adicional de
insalubridade percebidos durante o contrato de trabalho, mantém-se a sentença
que determinou o pagamento das diferenças sobre as verbas decorrentes da
rescisão. Recurso ao qual se nega provimento. HORAS EXTRAS. PAGAMENTO
EM DESCONFORMIDADE COM A DURAÇÃO DO LABOR REALIZADO.
DIFERENÇAS DEVIDAS. Os horários de entrada e saída registrados nos
cartões de ponto devem ser considerados para pagamento das horas extras.
Provado que a quitação da referida verba foi realizada em desconformidade
com os registros de entrada e saída constantes nos controles de ponto, impõe-se
manter a sentença que condenou a Ré ao pagamento de diferenças das horas
extraordinárias. Nega-se provimento ao Recurso. MULTA PELO
DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA CONVENCIONAL. OCORRÊNCIA. As
cláusulas convencionais que estipulam multa pelo não cumprimento das
obrigações constantes no instrumento coletivo devem ser observadas na
hipótese de seu descumprimento. Reconhecido nos autos que a Ré descumpriu
cláusula da CCT 2010/2011, impõe-se manter a decisão de primeiro grau que

1
(TRT-23 - RO: 598201102623005 MT 00598.2011.026.23.00-5, Relator: DESEMBARGADORA BEATRIZ
THEODORO, Data de Julgamento: 22/08/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: 23/08/2012)
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determinou o pagamento da multa convencional. Recurso Ordinário ao qual se


nega provimento.2

MÉRITO
DA REALIDADE DOS FATOS – DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO.

Ao contrário do que alega a Reclamada, o Reclamante


prestou serviços a Reclamada de forma contínua, onerosa e sob a subordinação
da Reclamada.
O Reclamante é pessoa física, laborava todos os dias,
de segunda a sexta e também aos sábados, de forma subordinada à Reclamada e
recebendo remuneração mensal, onde inclusive era obrigado a cumprir horário,
metas e utilizar uniforme da empresa. Assim, concluímos que a relação entre o
Reclamante e a Reclamada era de autêntica relação empregatícia.

Apesar da tentativa da Reclamada de tentar


desqualificar a relação empregatícia, não há outra situação entre as partes senão
a de um autêntico contrato de trabalho, onde esteve presentes todos os requisitos
do artigo 3° da CLT.

Conforme as provas anexadas a inicial é possível


verificar que durante todo o tempo que o Reclamante prestou serviços para a
Reclamada, foi mediante subordinação, onde precisava além de se apresentar
uniformizado, cumprir horário determinado pela Reclamada e se manter na loja
e nos plantoes quando determinado pela Reclamada e não tinha liberalidade para
negociar outros imóveis que não pertencesse à Reclamada, trabalhando
EXCLUSIVAMENTE e somente para a Reclamada.

Ressalte-se que o Reclamante cumpria horário e era


fiscalizado pela Reclamada, e caso não cumprisse era pontuado (advertencia).

Destarte, não resta dúvidas quanto ao vínculo


empregatício, razão pela qual impugna-se todas as alegações da Reclamada em
sentido contrário.

2
(TRT-23 - RO: 1011201105623007 MT 01011.2011.056.23.00-7, Relator: DESEMBARGADORA MARIA
BERENICE, Data de Julgamento: 04/07/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: 05/07/2012)
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Ademais, nossa legislação é ascente neste sentido,


vejamos:
Vínculo de Emprego. Corretor de Imóveis. Construtora e
Incorporadora. Venda de Empreendimentos. A regulamentação da profissão de
corretor de imóveis e sua natureza liberal não impede o reconhecimento da
relação de emprego quando preenchidos os requisitos previstos nos art. 2º e 3ª
da CLT. No caso dos autos, a reclamante prestou serviços em prol de empresas
do mesmo grupo econômico (Cyrela e Seller) que notoriamente são conhecidas
pela comercializaç9ão de empreendimentos imobiliários, revelando
terceirização de atividade primordial e submissão da trabalhadora à estrutura
organizacional empresarial (subordinação estrutural). A prova dos autos
evidencia o total controle empresarial sobre a direção e implantação do
sistema organizacional das vendas, mediante a edição de regras que estipulam
proibições, penalizações, escalas, rodízios e formação de equipes com controle
gerencial, afastando qualquer autonomia na intermediação da venda pelo
corretor que atua como verdadeiro empregado. Vínculo de emprego
reconhecido.3

Resta claro a relação de emprego entre o Reclamante e


a Reclamada, do qual pugna pela total procedencia da presente ação em seus
ulteriores termos.

Impugna-se tambem o valor salarial alegado pela


Reclamada e a sua respectiva planilha, uma vez que o Reclamante laborou todo
esse periodo em horario extraordinário, cabendo assim os seus reflexos, sendo
estipulado uma média mensal de R$ 3.351,22 (três mil trezentos e cinquenta
um reais e vinte dois centavos)

DA SUPOSTA AUSÊNCIA DA SUBORDINAÇÃO JURÍDICA E DA


PESSOALIDADE

Impugna-se também o pedido de ausência de


subordinação e pessoalidade, haja vista todos os meios probatórios juntados a
inicial, bem como inúmeros e-mails enviados da Reclamada para o Reclamante,
demonstram outra coisa.

Pois bem, analisando os respectivos e-mail, dos quais


foram encaminhados ao Reclamante (mirolopof@hotmail.com) de forma direta
3
“TRT2/SP Nº 0002544-72.2012.5.02.0029 - 9ª TURMA – DES. RELATORA VILMA MAZZEI CAPATTO - RECURSO
ORDINÁRIO DA 29ª VT DE SÃO PAULO – PUBLICADO EM 17/06/2014 no DO Eletrônico”
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ou indireta e aos demais “corretores” da Reclamata pelos seus superiores, tais


como: Gerente de Vendas (vanelise.detone@MRV.com.br), Gerente Comercial
(alisson.souza@MRV.com.br), Gestor Executivo de Vendas Tacílio de Sá
(tacilio.sa@MRV.com.br) Coodenação de Vendas (Valdete Proença –
valdete.amorim@MRV.com.br), dentre outras, ou seja, todos os e-mail foram
enviados pelos proprios funcionários da Reclamada, todos com a extensão, onde
a propria MRV diz que lhe pertence @MRV.com.br. Os email encaminhados
pela Facil Consultoria eram apenas repassando as normas e ordens da
Reclamada.

Ademais Excelencia, a alegação de que o Reclamante


não recebia e-mail da Reclamada exigindo utilização de uniformes, cobrando
metas, e impondo regras é descabida, haja vista que todos os e-mail eram
repassados a todos os corretores por intermédio do seu gerente de vendas ou
coordenador de vendas, o teor dos e-mails eram os mesmos, como se poder ver
no email abaixo:

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Portanto fica evidenciado que o Reclamante recebia e-mails da Reclamada,


caracterizando sua subordinação e não eventualidade, ficando, mais uma vez
provado o vinculo empregaticio entre as partes.

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A presente demanda não esta somente engessada aos e-


mail, haja vista, que há provas materiais já carreada aos autos, bem como provas
testemunhais a serem produzidas em audiencia de instrução, que corroborará
ainda mais para vosso sentenciamento.

DO CONTRATO X PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE

Impugna-se o contrato apresentado pela Reclamada,


haja vista que seu único objetivo foi camuflar a relação empregatícia, simulando
uma relação contratual que jamais ocorreu.

Assim, em homenagem ao princípio da primazia da


realidade, vale mais o que de fato ocorreu do que o que está registrado nos
documentos. Vejamos entendimento de nossa Eg. Corte:

“VÍNCULO DE EMPREGO. CARACTERIZAÇÃO.


O art. 3º da CLT, ao definir a figura do empregado, estabelece os
requisitos necessários para a caracterização do vínculo de emprego
(pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade).
Demonstrada a presença destes requisitos essenciais, resta
caracterizada a relação de emprego, a qual deve ser reconhecida,
sobrepondo-se, em razão do princípio da primazia da realidade, ao
vínculo formalmente estabelecido como representante comercial.”4

Destarte, a verdade dos fatos deve prevalecer sobre a


prova documental, que tambem é robusta e corrobora para a elucidação da
realidade e comprova o vinculo empregaticio existente entre as partes.

Logo Excelencia, fica provado pelas provas


documentais e será ratificado pela prova testemunhal durante a instrução
processual que o Reclamante começou a laborar para a Reclamada na data
contida na inicial e ratificada pela Reclamada.

DA SUBORDINAÇÃO

4
(TRT18, RO - 0011773-19.2014.5.18.0004, Rel. DANIEL VIANA JUNIOR, TRIBUNAL PLENO, 08/08/2015).
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Durante todo o tempo que o Reclamante prestou


serviços para a Reclamada, foi mediante subordinação, atendendo todas as
ordens, horarios, a seus superiores e regras da Reclamada.

“EMENTA: CORRETOR DE IMÓVEIS. RELAÇÃO


DE EMPREGO. REQUISITOS LEGAIS. CONFIGURAÇÃO.
Embora o corretor de imóveis, a princípio, seja considerado um
trabalhador autônomo, há que se analisar os fatos em observância ao
princípio da primazia da realidade. Assim, se no caso concreto restar
evidenciado o preenchimento dos requisitos do art. 3º da CLT, deve
ser reconhecido o vínculo de emprego deste profissional com as
empresas reclamadas. Recursos patronais improvidos.”5

Não resta dúvida de que o Reclamante exerceu suas


atividades de maneira totalmente subordinada, o que se demonstrará ainda
através das provas testemunhais.

DO SALÁRIO

O Reclamante percebia percentagem sobre a venda dos


imóveis, sendo certo que os depósitos eram feitos em sua conta corrente, durante
todo o pacto laboral, conforme bem demonstrado de documentos, que
demonstram a transferência bancaria efetuara pela Reclamada na conta do
Reclamante.

A Reclamanda alega que o Reclamado deveria


combinar os percentuais recebidos com os prórprios comprados, isso não é
verdade, uma vez que os valores eram estípulados pela própria MRV, pagando
inclusive, menos que o piso definido pelo CRECI, como já provado em
documentos anexos a inicial e posteriormente poderá ser ratificado pela prova
testemunhal.

Impugna-se a planilha ora apresentada pela Reclamda,


haja vista que o sistema é administrado pela propria Reclamada e todos os

5
. (TRT18, RO - 0010002-85.2014.5.18.0010, Rel. LUCIANO SANTANA CRISPIM, 2ª TURMA, 08/05/2015).
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lançamentos e baixas são lançados pela propria MRV, onde facilmente poderá
alterar qualquer dado sem que haja o consentimento expresso do Reclamante.

DATA DO CREDENCIAMENTO

O Reclamante foi contratado pela Reclamada para


promover as vendas somente de seus imóveis construídos, razão pela qual
exercia a função de corretor EXCLUSIVO da Reclamada, devendo cumprir os
horarios, utilizar uniforme, cracha, comparecer em reuniões e regras da empresa
que era repassadas pelos Gerente de Loja, Gerente Comercial e Coordenadores
Regionais.

O Reclamante começou a laborar para a Reclamada no


dia 28/03/2012, e dispensado pela Reclamada no dia 01/07/2015, conforme
ratificado pela Reclamada.

Ao contrário do alegado pela Reclamada, o


Reclamante não pediu dispensa; e sim foi impedido pela mesma de ter acesso
aos imóveis que deveriam ser vendidos, inclusive com cliente agendados, que
fora impossibilitado de continuar o atendimento em razão do bloqueio, posto
que foi negado seu acesso ao sistema da Reclamada, razão pela qual não pode
mais realizar seu serviço, situação esta, que se enquadra plenamente como
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA pelo EMPREGADOR/Reclamada.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Ainda, impugna-se a alegação de que não é devido as


verbas rescisórias, sob a alegação de que não houve vínculo empregatício, haja
vista que, através dos documentos e das testemunhas restará demonstrado que a
relação entre as parte foi de emprego, devendo assim a Reclamada quitar todas
as verbas rescisórias.

DAS HORAS EXTRAS

Durante todo o pacto laboral o Reclamante trabalhou


em regime extraordinário, conforme se verifica dos documentos acostados aos

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autos e das testemunhas durante a instrução processual, assim resta impugnada a


alegação de que o Reclamante não laborava sob horas extras.

Impugna-se tambem a alegação da Reclamada de que o


Reclamante tinha diversas atividades durante o seu periodo de labor, uma vez
que se faltasse ao labor, sem uma justificativa, era advertido e poderia receber
"gancho"

DO FGTS E DA MULTA

Durante todo o período trabalhado a Reclamada, jamais


efetuou depósitos fundiários, razão pela qual deve ser condenada a arcar com os
depósitos devidos de forma integral.

Impugna-se também o pedido de indeferimento do


pagamento da multa dos 40% , vez que a Reclamada deu causa ao fim do
contrato imotivadamente.

DO SEGURO DESEMPREGO

Tendo sido dispensado o Reclamante sem justa causa


faz jus ao recebimento do seguro desemprego, devendo a Reclamada fornecer as
guias ou indenizar o Reclamante no equivalente devido.

MULTA DO 467 E 477

No que tange a multa do artigo 467 da CLT os


Tribunais possuem o entendimento que contestação meramente formal,
desconstituída de fundamento jurídico e não abalizada por provas, não serve à
caracterização da controvérsia necessária ao impedimento da aplicação da multa
referida no artigo 467 da CLT, como se vê dos autos, a Reclamada não fez prova
de quitação das verbas trabalhistas e tampouco fundamentou a controvérsia,
razão pela qual devida a aplicação da multa estipulada no presente artigo.

Também é devida a multa do artigo 477 da CLT, tendo


em vista que ainda não foi realizado o acerto rescisório do Reclamante, restando
mais do que caracterizada a mora no pagamento das verbas rescisórias.

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DA CTPS DO RECLAMANTE

Afirma a Reclamada que o Reclamante nunca foi


empregado da empresa, todavia, conforme já esclarecido o mesmo sempre
vivenciou uma verdadeira relação empregatícia. Devendo a mesma ser anotada,
conforme os termos da inicial.

DO DANO MORAL

Impugna-se a alegação de que não é devido dano moral


ao Reclamante. Ora! O Reclamante sofreu constrangimentos por não ter sua
CTPS anotada, e ainda, por ser direito do mesmo, haja vista que sempre tratou o
mesmo como seu subordinado, onde o mesmo tinha que cumprir as regras,
metas, utilizar uniformes, chegar no horario pontoalmente e era remunerado para
tanto, o que caracteriza como relação empregaticia, sendo então obrigada a
Reclamada a realizar as anotações na CTPS sob pena de cometer ato ilicito, o
que ficou mais que caracterizado.

Sem a devida anotação o Reclamante viveu todos os


dias amargando o medo de seu futuro incerto, haja vista que mesmo trabalhando
para a Reclamada era tratado como um ninguém para a empresa.

QUANTO A PRESCRIÇÃO BIENAL

Impugna-se veemente o pedido de prescrição bienal


aludido pela Reclamada, uma vez que contradiz determinação expressa do artigo
11, I da CLT e artigo 7, XXIX da C.F, uma vez que o contrato de trabalho foi
encerrado no dia 01/07/2015, não perfazendo assim, o prazo de dois anos para
que ocorra e prescrição bienal.

DO PEDIDO

Assim, data vênia, não trouxe a contestação qualquer


matéria de prova ou de direito que pudesse, efetivamente, alterar quaisquer dos
termos do pedido, ensejando o decreto de procedência da reclamatória na forma
e limites constantes da peça exordial.

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Nestes termos,
Pede deferimento.

Cuiabá-MT, 14 de abril de 2017.

Ziraldo Martins Vieira Miriane Rodrigues Pereira


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