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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO - REGIONAL DO MEIER

ADELINA TERESA PIZZINO DE LUCA, brasileira,


casada, funcionária pública aposentada, portadora da carteira de identidade
nº 05.652.209-7, expedida pelo IFP/RJ, inscrita no CPF sob o nº
698.328.387-20, com endereço na Av. Dom Helder Câmara, 6.001, Bl 07,
apto 307, Pilares, CEP 20.771-002, Rio de Janeiro, vem, perante Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

em face de AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S.A,


pessoa jurídica de direito privado, com estabelecimento na Av. das
Américas, nº 4.200, Bl. 03, Ed. São Paulo, Barra da Tijuca, CEP 22.640-
907, Rio de Janeiro, e BANCO SANTANDER, Agência Pilares, pessoa
jurídica de direito privado, com estabelecimento na Av. Dom Helder
Câmara, nº 5.080, loja 4301, piso F – Expansão Norte Shopping, Pilares,
CEP 20.771-004, Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos que passa a
expor :

DOS FATOS

Fatos em anexo.
DOS FUNDAMENTOS

Como é notório, trata-se de uma relação de consumo, uma vez que a


AUTORA é consumidora, pelo fato de ter adquirido o serviço na qualidade
de destinatário final, nos termos do artigo 2º do CDC e as RÉS,
fornecedoras, consoante o artigo 3° do mesmo diploma legal.
Constata-se que o caso em tela versa sobre falha na prestação de
serviço. Os artigos 4° e 6°, IV também foram violados, uma vez que as RÉS
está em flagrante desrespeito aos princípios que norteiam o Código de
Defesa do Consumidor.
Insta salientar que o comportamento das RÉS não foi o esperado
pelos ditames da Lei 8.078/90 em especial seu artigo 4°, sendo vergonhoso
que até agora os envolvidos que poderiam ter dado um fim neste litígio
tenham que ser convocados perante o Poder Judiciário na esperança de se
alcançar justiça e equidade.
A falta de transparência percebe-se na medida em que contato após
contato, não houve nenhuma resposta ou solução, os procedimentos
administrativos adotados são, no mínimo, secretos, se não inexistentes
pondo em absurda desvantagem o consumidor.
A AUTORA por repetidas vezes entrou em contato com a 1ª RÉ em
função do erro da 2ª RÉ, sem lograr êxito de receber respostas que
condizem com uma empresa que respeita o consumidor.
A responsabilidade civil nas relações de consumo é OBJETIVA,
desse modo, basta apenas a existência do dano e do nexo causal.
Com clareza, as RÉS forneceram à AUTORA um serviço defeituoso,
causando-lhe aborrecimentos em razão das diversas dificuldades de
solucionar o problema simples.
O Código de Defesa do Consumidor prevê ainda, em seu art. 6º, VI,
como direito básico do consumidor, a prevenção e a efetiva reparação pelos
danos morais sofridos.
Cumpre esclarecer que a indenização que ora se pleiteia não tem
cunho meramente compensatório, mas principalmente punitivo, nos exatos
termos do que vem sendo adotado por nossos Colendos Tribunais, como
forma de coibir tamanho desrespeito à pessoa prejudicada.
É de se observar que a jurisprudência tem evoluído bastante neste
sentido, atuando o legislador e a justiça pelo estabelecimento de um efetivo
equilíbrio entre contratantes. Corroborando este entendimento, o ilustre
Mestre e Desembargador SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA esclarece
com a clareza que lhe é peculiar que “a indenização tem que se revestir de
um caráter pedagógico e profilático, sendo de tal monta que iniba o ofensor
de repetir seu comportamento”. (3ª Câmara Cível – Apelação n.º 3.187).
Nesse caso, é indubitável que a AUTORA deve obter a restituição do
valor que pagou pela fatura do plano de saúde na 2ª RÉ, bem como deve ser
indenizada na forma do art.6º, todos do Código de Defesa do Consumidor.

DO PEDIDO

Diante dos fatos expostos, a AUTORA requer a V. Exa.:

1. A citação das RÉS, na pessoa de seu representante


legal, para comparecer à audiência de conciliação a ser
designada e, querendo, oferecer sua contestação
oportunamente, sob pena de serem considerados
verdadeiros os fatos alegados;

2. Seja concedida a inversão do ônus da prova,


com fulcro no art.6º, inciso VIII do CDC;

3. Que seja julgado PROCEDENTE o pedido de


indenização por DANOS MATERIAIS para que as
RÉS restituam o valor pago, já em dobro, de R$
2.044,50 (dois mil e quarenta e quatro reais e cinquenta
centavos), na forma do art. 42, parágrafo único, do
CDC;

4. Caso não seja esse o entendimento de V. Exa,


que seja julgado PROCEDENTE o pedido de
indenização por DANOS MATERIAIS no valor de R$
1.022,25 (mil e vinte e dois reais e vinte e cinco
centavos) devidamente corrigido até a data do efetivo
pagamento;

4. que seja julgado PROCEDENTE o pedido


para CONDENAR a RÉ na importância equivalente a
R$ 11.515,50 (onze mil e quinhentos e quinze reais e
cinquenta centavos) a título de danos morais causados à
AUTORA, corrigidos e com incidência dos juros legais,
até seu efetivo pagamento.
DAS PROVAS

Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas


pertinentes à solução da demanda, documental presente e superveniente,
testemunhal e depoimento pessoal do representante legal das RÉS,
reiterando-se o benefício da inversão do ônus acima apontado.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 13.560,00

N. Termos
P. Deferimento

Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2013.

ADELINA TERESA PIZZINO DE LUCA

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