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RECURSO INOMINADO,
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o que faz fulcrado no art. 41 e seguintes da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº. 9.099/95), em
virtude dos argumentos fáticos e de direito expostas nas RAZÕES ora acostadas.
Beltrano de Tal
Advogado – OAB/PR 112233
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RAZÕES DO RECURSO INOMINADO
DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO
II – RAZÕES DO RECURSO
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A pretensão recursal enquadra-se nas exceções que permitem a
interferência desta Turma Recursal, uma vez que o valor arbitrado pelo Juiz processante, a título
de indenização por dano moral, fora irrisório.
Nesse sentido:
CÓDIGO CIVIL
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É consabido que a moral é um dos atribudos da personalidade, tanto
assim que Cristiano Chaves de Farias e Nélson Rosenvald professam que:
“Parece mais razoá vel, assim, caracterizar o dano moral pelos seus pró prios
elementos; portanto, ‘como a privaçã o ou diminuiçã o daqueles bens que têm um
valor precípuo na vida do homem e que sã o a paz, a tranquilidade de espírito, a
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liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e demais
sagrados afetos’; classificando-se, desse modo, em dano que afeta a ‘parte social do
patrimô nio moral’ (honra, reputaçã o etc) e dano que molesta a ‘parte afetiva do
patrimô nio moral’ (dor, tristeza, saudade etc); dano moral que provoca direta ou
indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante etc) e dano moral puro (dor,
tristeza etc.). “ (CAHALI, Yussef Said. Dano moral.
moral. 4ª Ed. Sã o Paulo: RT, 2011, pp.
20-21)
“Quando se cuida de reparar o dano moral, o fulcro do conceito ressarcitó rio acha-
se deslocado para a convergência de duas forças: `caráter punitivo` para que o
causador do dano, pelo fato da condenaçã o, se veja castigado pela ofensa que
praticou; e o `caráter compensatório` para a vítima, que receberá uma soma que
lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido. “ (PEREIRA, Caio
Má rio da Silva (atualizador Gustavo Tepedino). Responsabilidade Civil.
Civil. 10ª Ed. Rio
de Janeiro: GZ Ed, 2012, p. 78)
(destacamos)
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“Nã o existe uma previsã o na lei sobre a quantia a ser ficada ou arbitrada. No
entanto, consolidaram-se alguns critérios.
Domina a teoria do duplo cará ter da repaçã o, que se estabelece na finalidade da
digna compensaçã o pelo mal sofrido e de uma correta puniçã o do causador do ato.
Devem preponderar, ainda, as situaõ es especiais que envolvem o caso, e assim a
gravidade do dano, a intensidade da culpa, a posiçã o social das partes, a condiçã o
econô mica dos envolvidos, a vida pregressa da pessoa que tem o título protestado
ou o nome negativado. “ (RIZZARDO, Arnaldo. Responsabilidade Civil.
Civil. 4ª Ed. Rio de
Janeiro, Forense, 2009, p. 261)
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O valor, pois, definido pelo acórdão recorrido é ínfimo e merece a
revisão, mediante provimento deste recurso para majorar o valor da condenação para R$
10.000,00 (dez mi reais).
III – EM CONCLUSÃO
Fulano de Tal
Advogado – OAB/BA 0000
3 – EM CONCLUSÃO
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Nestas condições, espera-se que esta Egrégia
Turma Recursal reedite mais uma de suas brilhantes atuações, para, em
considerando tudo o mais que dos autos consta, conheça das presentes razões
recursais, dando provimento a este recurso inominado e, reformando a
sentença guerreada, julgando improcedente o pedido de indenização.
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Beltrano de Tal
Advogado – OAB/PR 112233
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