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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE AUGUSTINÓPOLIS/TO.

PEDIDO PARA MAJORAÇÃO DE DANO MORAL

A parte autora,já qualificada nos autos da ação em epígrafe, que move em face
de TELEFÔNICA BRASIL S.A - VIVO, não se conformando, data vênia, com a respeitável
sentença proferida, por seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, interpor o tempestivo RECURSO INOMINADO, para a Egrégia
Turma Recursal desse Juizado.

Nestes termos, Pede deferimento.

Augustinópolis/TO, data do protocolo.

Joaice Araújo Morais


OAB/TO n° 6.413
RAZÕES DE RECURSO INOMINADO

COLENDA TURMA,

NOBRES JULGADORES!

SÍNTESE PROCESSUAL

A recorrente propôs a presente ação em face do Recorrido pleiteando a


declaração da inexistência de débito com indenização por danos morais em razão de
cobranças indevidas.
DA JUSTIÇA GRATUITA

Recorrente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurados


pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015.

Infere-se dos artigos supracitados que qualquer uma das partes no processo
pode usufruir do benefício da justiça gratuita. Logo, o Recorrente faz jus ao benefício,
haja vista não ter condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo de sua
manutenção, e de sua família.

Mister frisar, ainda, que em conformidade com o art. 99, § 1º, do novo
CPC/2015, o pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado por petição simples e
durante o curso do processo, tendo em vista a possibilidade de se requerer em qualquer
tempo e grau de jurisdição os benefícios da justiça gratuita, ante a alteração do status
econômico.

Ainda sobre a gratuidade a que tem direito, o novo Código Instrumentalista


dispõe em seu art. 99, § 3º, que “presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural”. Assim, à pessoa natural basta a mera
alegação de insuficiência de recursos, sendo desnecessária, num primeiro momento, a
produção de provas da hipossuficiência financeira.

Assim, ex positis, pois, requer-se os benefícios da assistência judiciária gratuita

DA REFORMA DA R. SENTENÇA EM PARTE/MAJORAÇÃO DO DANO:


O referido recurso tem o objetivo de reforça o entendimento adotado e
pacificado pela turma recursal do Estado do Tocantins referente ao valor do dano moral.

Vejamos:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DANO MORAL PRESUMIDO.
VALOR DEVIDAMENTE ARBITRADO. RECURSO CONHECIDO
E NÃO PROVIDO. 1- Consoante entendimento firmado no âmbito do STJ,
a inscrição indevida em cadastro restritivo de crédito, bem como o protesto
indevido, por dívida que não existe ou não restou comprovada é ilegal e enseja
a reparação por dano moral. 2- Dano puro ou \"in re ipsa\" configurado, o
qual não depende da existência de reflexos patrimoniais nem da prova dos
incômodos sofridos. 3- Danos morais fixados na sentença em R$ 10.000,00
(dez mil reais), importância que denota uma valoração justa para ambas as
partes e em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
razão pela qual não merece reparo. 4- Apelação conhecida e não provida. (AP
0017295-67.2016.827.0000, Rel. Juíza convocada CÉLIA RÉGIS, 1ª Turma, 1ª
Câmara Cível, julgado em 14/12/2016).

EMENTA: RECURSO CÍVEL. CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO


INDEVIDA NOS CADASTROS DE INADIMPLENTES. DANO
MORAL IN RE IPSA . JURISPRUDÊNCIA. VALOR
INDENIZATÓRIO NÃO EXCESSIVO. SENTENÇA MANTIDA. 1. A
recorrente foi condenada ao pagamento no importe de R$ 8.000,00 (oito mil
reais), a título de indenização por danos morais por inserção do nome da
recorrida nos cadastros de inadimplentes por débito quitada. 2. Segundo a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a inscrição indevida em
cadastros de inadimplentes constitui dano in re ipsa, dispensada, assim, a
comprovação do efetivo prejuízo (STJ -AgRg no AREsp 129409/RS, julgado
em 03/09/2015). 3. O valor indenizatório fixado em R$ 8.000,00 (oito mil
reais) não merece diminuição, pois arbitrado em quantia semelhante àquelas
determinadas por esta Turma em casos idênticos 4. Recurso conhecido, mas
não provido, mantendo-se a sentença pelos próprios fundamentos. 5. O
recorrente pagará custas e honorários. Quanto aos honorários, observando o
grau de zelo profissional, o local da prestação do serviço, a natureza e
importância da causa, bem como o trabalho realizado pelos advogados e o
tempo exigido para o serviço dispensado, com parâmetro na baliza do art. 55,
segunda parte, da Lei nº 9.099/95, fixa-se à razão de 15% (quinze por cento)
sobre o valor da condenação. Unânime. Acompanharam o relator os Juízes Gil
de Araújo Corrêa e Pedro Nelson de Miranda Coutinho - Membros. 6. Súmula
do Julgamento que serve como acórdão (art. 46, segunda parte, da Lei
9.099/95). (RI 0020539-49.2016.827.9200, Rel. Juiz MARCO ANTÔNIO
SILVA CASTRO, 2ª Turma Recursal, julgado em 27/04/2017).

Nobre julgador está pacificado por essa turma recursal o entendimento em que
no caso de negativação indevida em cadastro de inadimplentes, o valor razoável gira em
torno de R$ 5.000,00, conforme julgados em anexo.
DOS REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer seja recebido e processado, na forma da lei e para os


fins de direito para que, ao final, seja dado PROVIMENTO ao presente recurso, para
reformar parcialmente a r. sentença, somente para:

Concedido os benefícios da justiça gratuita por não ter condições de arcar com
as custas sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua família;

Que seja Majorado o DANO MORAL PARA O VALOR DE R$ 10.000,00


(dez mil reais), com atualização monetária desde o evento danoso, conforme súmula 54
STJ, tendo em vista que AS TURMAS RECURSAIS DO ESTADO DO TOCANTINS
tem adotado este entendimento.

Nestes termos, Pede deferimento.

Augustinópolis/TO, data do protocolo.

Joaice Araújo Morais


OAB/TO n° 6.413

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