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VOTO- E M E N T A
2. A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em síntese, que não foi
a responsável pela causação do acidente automobilístico que envolveu as partes, que as
provas não foram devidamente analisadas pelo juízo a quo, reiterando o julgamento pela
procedência do pedido contraposto, pelos danos por ela sofridos.
3. Trata-se de ação na qual a parte autora alega ter sofrido danos materiais
decorrentes de colisão de seu veículo com o veículo conduzido pelo réu, pugnando pelo
ressarcimento dos danos demonstrados nos autos. Junta para tanto termo de ocorrência
lavrado pela autarquia de trânsito, e orçamentos acerca dos prejuízos causados.
4. Em que pese o quanto exposto pelo réu, a sentença impugnada merece ser
mantida. Com efeito, as provas adunadas corroboram com a tese autoral, bem como a
instrução, no bojo da qual foram colhidos os depoimentos das partes, sobressaindo do
contexto probatório ter sido a parte ré a causadora do acidente.
7. Pois bem, as provas dos autos não foram suficientes para desconstituir tal
presunção, na medida em que a parte autora colaciona o termo de ocorrência lavrado
pela repartição de trânsito, e em audiência de instrução e julgamento houve o depoimento
de ambas as partes, cada uma delas sustentando a sua versão dos fatos, reiterando o
que já havia sido afirmado em sede exordial. Não houve a produção de prova
testemunhal.
8. Neste contexto, as provas coligidas aos autos reforçam a tese da parte autora, sendo
mister a manutenção da sentença no que tange à imputação da culpa ao réu, que
portanto deverá ressarcir a parte autora pelos prejuízos materiais causados.
9. Os danos materiais restaram comprovados nos autos, bem como fora apresentado
orçamento indicativo, tendo a sentença condenatória sido lastreada pelo mesmo para
efeito de mensuração dos danos , nada havendo que reparar.
10. Logo, a sentença fustigada é incensurável, e por isso merece confirmação pelos seus
próprios fundamentos. Em assim sendo, servirá de acórdão a súmula do julgamento,
conforme determinação expressa do art. 46, da lei n°. 9099/95, segunda parte:“O
julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com indicação suficiente do
processo sucinta e dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos seus próprios fundamentos,
a súmula do julgamento servirá de acórdão”.
ACÓRDÃO