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Edição
Câmara Municipal de Lisboa
Presidente
Fernando Medina
Vereador do Urbanismo e Espaço Público
Manuel Salgado
Título
Lisboa: o Desenho da Rua
Subtítulo
Manual de espaço público
Coordenação Executiva
Jorge Bonito Santos
Assessoria Técnica
João Carlos Marrana
Pedro Trindade Ferreira
Coordenação Editorial
Departamento de Espaço Público
Colaboração
Direção Municipal de Projetos e Obras; Direção
Municipal da Estrutura Verde, Ambiente e
Energia; Direção Municipal de Mobilidade e
Transportes; Unidade de Coordenação Territorial;
Direção Municipal de Higiene Urbana; Divisão de
Monitorização; Regimento de Sapadores Bombeiros;
Polícia Municipal
Design Gráfico
Silva Designers
Imagens
Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa,
Fernando Guerra, Galeria de Arte Urbana,
Instituto da Mobilidade e dos Transportes,
Jorge Jordão, João Marrana, Jorge Bonito,
José Vicente, Karl Jilg, LARUS, Manuel Salgado,
Mário Alves, Parque EXPO, Pedro Serranito
Impressão
Capa: Aos Papéis
Miolo: Novagráfica do Cartaxo
ISBN
978-972-8403-46-1
Depósito Legal
439218/18
Departamento de Espaço Público
Direção Municipal de Urbanismo
www.cm-lisboa.pt
A rua é de todos, todos têm a sua rua.
Segundo as Nações Unidas (2007), uma “Cidade
Segura” é uma “Cidade Justa”, e tal só é possível
se as pessoas forem o elemento central do
desenho urbano, traduzindo-se então esta ordem
de prioridades na qualidade do espaço público.
1
introdução
Fernando Medina
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
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introdução
5
introdução
segregada, menos coesa e cada vez menos amigável para uma população
cada vez mais idosa.
Manuel Salgado
Vereador do Urbanismo e Espaço Público
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introdução
Introdução
Conteúdos
Uma visão estratégica para a Mobilidade
estrutura do Manual
a enquadramento
b Porquê um Manual?
C objetivos
d Princípios
e Componentes
7
introdução
6 arborização
3 Infraestruturas 6.1 objeTivos
no subsolo
6.2 PrinCíPios
inTrodUção
6.3 esPéCies arbóreas e as Condições
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no da Cidade de Lisboa
SubSolo
6.4 esPéCies arbóreas e esPaço PúbLiCo
3.2 infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de
6.5 esPéCies arbóreas e diMensões
redes de CoMUniCações eLeTróniCas
dos arrUaMenTos
6.8 CaLdeiras
6.9 fLoreiras
8
introdução
7.3 ParqUíMeTros
7.6 ParkLeTs
7.7 esPLanadas
7.10 banCas
7.11 qUiosqUes
7.12 saniTários
7.17 eCoPonTos
7.18 vidrões
7.19 PaPeLeiras
7.20 hidranTes
7.21 aCessos
9
introdução
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introdução
11
introdução
12
introdução
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introdução
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introdução
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introdução
Lisboa – biCa
16
introdução
Lisboa – biCa
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introdução
Lisboa – baixa
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introdução
19
introdução
Lisboa – baixa
20
introdução
21
introdução
C.1 C.2
C objectivos objectivos
Objetivos gerais específicos
● Tornar as ruas mais seguras e ● Fornecer um quadro de referên-
inclusivas; cia para as decisões de projeto e
obra;
● Melhorar as condições de aces-
sibilidade aos transportes públicos ● Estabelecer um processo claro e
e aos equipamentos. consistente de projeto e respectiva
apreciação e revisão;
● Garantir boas condições de
mobilidade e fluidez de pessoas e ● Servir como um guião para
tráfego, essenciais à economia da todas as intervenções no espaço
cidade; público da Cidade de Lisboa.
● Aumentar a permeabilidade
do solo e a arborização no espaço
público, contribuir para a melhoria
do ambiente urbano e atenuar os
efeitos das alterações climáticas;
22
introdução
d.1 d.2
D Princípios de Princípios gerais
Princípios intervenção de desenho
no espaço público
Contexto e Carácter do Lugar
● Abordagem em rede, numa
ótica de continuidade e interligação O espaço público urbano deverá ser
entre os vários lugares; um lugar dotado de uma identidade
própria. Todas as intervenções no
● Abordagem integrada e sus- espaço público deverão contribuir
tentável, tendo em conta a escala para a promoção do carácter do
local e as escalas da cidade; lugar e para a melhoria da paisa-
gem urbana. Cada intervenção de-
● Abordagem interdisciplinar, em verá respeitar o valor patrimonial,
face da multiplicidade e disparida- histórico e simbólico do lugar em
de de variáveis presentes e nomea- causa, e as soluções funcionais e
damente articular todos os interve- construtivas de projeto deverão ser
nientes no projeto e na gestão do ajustadas à sua forma e topografia.
espaço público.
Continuidade e Legibilidade
23
introdução
O desenho do espaço público deve e o uso da bicicleta também como permeáveis e promovendo a reten-
contribuir para dar legibilidade ^`a modo de combater o sedentarismo ção momentânea das águas, numa
hierarquia dos espaços urbanos, e a obesidade. perspectiva de defesa do edificado,
bem como assumir a estruturação quer confinante quer localizado a
de espaços urbanos menos consoli- jusante.
dados ou de carácter fragmentado. sustentabilidade e Melhoria
ambiental
Para isso, será necessário ter economia de recursos
presente que o espaço público O desenho do espaço público
compreende diferentes tipos de deverá ser concebido por forma a O desenho do espaço público
espaços – usos e formas – que, em adotar soluções duradouras que deverá, sempre que possível, optar
conjunto, estruturam todo o espaço tenham um impacto positivo no por soluções já testadas adotan-
urbano da cidade; devendo adotar- combate às alterações climáticas, do soluções ajustadas em função
-se de uma gama de soluções de à proteção do meio ambiente, e à das necessidades e dos custos de
projeto e de materiais capazes promoção dos recursos – materiais manutenção.
de assegurar a construção de e mão-de-obra – e da economia
uma rede urbana, dotada de uma locais. A sustentabilidade social de- Sendo os elementos que compõem
imagem global e de uma coerência corrente da possibilidade de acesso o espaço público sujeitos a uma
formal e funcional que possibilite a será fonte geradora da sustentabi- utilização intensa e forte desgaste,
sua clara e fácil leitura e uma boa lidade económica. deverão ser utilizadas soluções de
apreensão e compreensão por par- grande durabilidade e com baixos
te de todos os seus utilizadores. O desenho do espaço público deve- custos de manutenção.
rá adotar soluções construtivas que
contribuam para reduzir o ruído,
Mobilidade e acessibilidade diminuir as vibrações, aumentar
a permeabilidade do solo e para
O espaço público deverá ser ade- melhorar as condições de regula-
quado à circulação de peões e de ção térmica do espaço urbano da
todos os meios de transporte cidade, reduzindo a ilha de calor.
– públicos e privados –, conside-
rando a partilha racional do espaço Deverá igualmente contribuir para a
pelos vários modos de locomoção, adaptação e amenização às altera-
garantido a necessária fluidez a ções climáticas, diminuindo o efeito
todas as formas de deslocação. De- da ilha de calor, aumentando os
verá ser incentivada a marcha a pé sumidouros de CO2 e os espaços
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introdução
adaptabilidade e flexibilidade
d.3
Princípios O espaço público deverá assumir-
-se como um palco para as mais
específicos diversas atividades que nele pos-
de desenho sam vir a ocorrer. Deverão ser ado-
tadas soluções que permitam uma
utilização versátil e a alteração
qualidade temporária dos seus usos, nomea-
damente a reconfiguração rápida e
Na intervenção no espaço público
fácil em função dessas alterações
deverão ser adotadas soluções de
das formas de uso.
desenho construtivas e materiais
de construção comprovadamente
adequados aos objectivos e aos
diversidade
princípios estabelecidos neste
Manual, e que permitam assegurar
Embora o espaço público constitua
uma elevada qualidade na resposta
uma rede urbana, dotada de coe-
às necessidades dos utilizadores.
rência formal e funcional, deverá
existir a capacidade de adequar
cada uma das intervenções às
Segurança necessidades e expectativas locais,
oferecendo uma variedade de
O espaço público deverá possibi-
opções capazes de responder às
litar a todos a sua utilização e o
necessidades de uma população
seu usufruto em total segurança,
diversificada.
nomeadamente no que se refere a
condições de circulação, de orienta-
ção, de visibilidade, de iluminação
Conservação e Manutenção
e de proteção. Deverão ser sempre
adotadas soluções de projeto que
Para as intervenções no espaço
potenciem a redução da velocidade
público deverão ser utilizados ma-
de circulação no meio urbano e não
teriais de reconhecida qualidade e
deverão existir áreas que possam
soluções construtivas devidamente
constituir um entrave à plena
testadas, por forma a assegurar
utilização do espaço público ou que
uma maior longevidade e uma me-
possam transmitir alguma sensa-
lhor resposta às diversas solicita-
ção de insegurança.
ções a que está sujeito.
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introdução
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introdução
27
introdução
uma rede contínua e coerente que Neste âmbito, o conceito de mobi- No projeto dos espaços de cir-
abrange toda a área urbanizada e lidade condicionada tem uma im- culação pedonal, impõe-se uma
que deve estar articulada com as portância fundamental, obrigando conceção de acessibilidade mais
atividades e funções urbanas rea- o projeto a definir respostas para abrangente na qual o peão media-
lizadas tanto no solo público como todos, incluindo “o conjunto das namente habilitado é substituído
no solo privado. pessoas com necessidades espe- por um outro peão com necessi-
ciais” de que “fazem parte pessoas dades especiais, para o qual se
No projeto dos espaços de circula- com mobilidade condicionada, isto desenham as soluções a adotar e
ção pedonal existem necessidades é, pessoas em cadeiras de rodas, que são capazes de satisfazer as
especiais que importa considerar pessoas incapazes de andar ou necessidades de todos os peões.
e que decorrem da condição e da que não conseguem percorrer
capacidade dos peões, a qual pode grandes distâncias, pessoas com Os espaços de circulação pedonal
variar significativamente em fun- dificuldades sensoriais, tais como não podem ser entendidos apenas
ção da idade, de eventuais insufi- as pessoas com deficiência visual como os passeios que comple-
ciências ou incapacidades físicas, ou auditiva, e ainda aquelas que, mentam as faixas de rodagem ou,
e também do tipo de desempenho em virtude do seu percurso de vida, como muitas vezes acontece, como
- como o carregamento de pesos se apresentam transitoriamente o espaço sobrante depois de con-
ou a condução de um carrinho de condicionadas, como as grávidas, cebidos os espaços de circulação
bebé. as crianças e os idosos.”. rodoviária de um arrumamento.
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introdução
Pelo contrário, os espaços públi- por isso, como boa prática, que a
cos reservados aos peões devem, ● locais de paragem temporária sua colocação seja concentrada
de viaturas para entrada e saída de
desde logo, ser caracterizados numa única faixa para implantação
passageiros;
e programados no quadro dos de infraestruturas, libertando assim
objetivos de planeamento defini- a restante área do passeio de
● paragens de transportes públicos.
dos anteriormente à elaboração quaisquer obstáculos.
dos projetos de espaço público, e o Na rede de percursos pedonais
desenho dos espaços de circulação Caso não sejam possível cumprir
acessíveis devem ser incluídos:
pedonal deverá sempre entender estas disposições em todos os
o peão como o utente primordial percursos pedonais acessíveis, deve
● os passeios;
da cidade e procurar as melhores existir pelo menos um percurso
e mais aprazíveis soluções para a ● as escadas, as escadas em pedonal acessível que as satisfaça,
sua deslocação em meio urbano. rampa e as rampas; garantindo os critérios definidos
e assegurando que as distâncias
As prioridades que neste Manual ● as passadeiras de peões; de percurso, medidas segundo o
se atribuem a peões e veículos não trajeto real no terreno, não são
ignoram a importância de uns e de ● outros espaços de circulação e superiores ao dobro da distância
outros na vida urbana mas, acima permanência de peões. percorrida pelo trajeto mais direto.
de tudo, procuram compatibilizar
do melhor modo a sua presença si- Os percursos pedonais acessíveis Ao nível do espaço público da
multânea nas diferentes situações. devem ter em todo o seu desen- cidade de Lisboa, este princípio é
volvimento um canal de circula- aplicável, incondicionalmente, a to-
ção contínuo e desimpedido de dos os novos arruamentos; contu-
Conceito de percurso pedonal obstruções com uma largura não do, no que refere aos arruamentos
acessível inferior a 1,20m, medida ao nível já existentes, terá forçosamente
do pavimento, com as seguintes de se admitir, sob fundamenta-
O conceito de percurso pedonal caraterísticas: ção decorrente das características
acessível corresponde, no âmbito morfológicas da Cidade de Lisboa e
dos espaços de circulação pedonal ● desenho com forma e geo- com carácter excecional, que esta
e de circulação partilhada, ao espa- metria que permitam minorar o largura possa ser reduzida até um
ço-canal destinado exclusivamente esforço empreendido na circulação, valor mínimo de 0,90m, sempre
a assegurar as condições para uma assegurar as melhores condições integrada em passeio com largura
adequada mobilidade pedonal. de conforto e segurança, e garan- mínima de 1,20m, salvaguardando-
tir uma correta drenagem da sua -se assim a circulação de pessoas
Todas as áreas urbanizadas devem superfície; em cadeiras de rodas.
ser servidas por uma rede de
percursos pedonais acessíveis que ● pavimento com estabilidade e A colocação de obstáculos e a
proporcionem acesso seguro e resistência adequados a todos os abertura de valas na via pública
confortável de todas as pessoas, tipos de circulação pedonal, incluin- é condicionada, sobretudo em
nomeadamente daquelas com mo- do circulação assistida de peões - passadeiras e passagens de peões,
bilidade condicionada, a todos os cadeira de rodas, próteses, cães de devendo ser rigorosamente con-
pontos relevantes da sua estrutura assistência, carrinhos de bebé. trolada a duração da mesma bem
ativa, tais como: como as condições de sinalização
Devem incluir-se nas obstruções e de proteção contra quedas, sem
● edifícios; a acautelar a iluminação pública, prejuízo da aplicação das normas
a sinalização vertical, luminosa e em vigor para a ocupação da via
● equipamentos colectivos; informativa, as árvores, as caldei- pública e da legislação em matéria
ras e as floreiras sobrelevadas, o de acessibilidade para pessoas com
● espaços públicos de recreio e mobiliário e equipamento urbano, e mobilidade condicionada e elimina-
lazer; todos os outros elementos que pos- ção de barreiras arquitetónicas.
sam bloquear ou prejudicar a circu-
● espaços de estacionamento de lação das pessoas. Recomenda-se
viaturas;
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introdução
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introdução
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introdução
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introdução
2.º níveL
Assegura a distribuição inter e
intrasetores; suporta as ligações à
rede estruturante da cidade; supor-
ta a coleta e distribuição do tráfego
dos sectores urbanos.
3.º níveL
Assegura a distribuição de proximi-
dade; suporta a coleta e distribui-
ção do tráfego dos setores urbanos;
suporta o encaminhamento dos
fluxos de tráfego para as vias de
nível superior.
rede de Proximidade
4.º níveL
Assegura a distribuição no bairro;
suporta a coleta e distribuição do
tráfego de bairro; suporta o acesso
local; é constituída pelas vias estru-
turantes de cada bairro.
5.º níveL
Assegura a protecção e incentivo
do modo pedonal; suporta o acesso
local; garante o acesso rodoviário
ao edificado.
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introdução
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introdução
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introdução
No caso dos espaços de estacio- A definição e localização destes arruamentos consolidados – que
namento para bicicletas admite- lugares decorre: em Lisboa constituem a maioria
-se que a sua localização possa das situações -, deverão os projec-
também ser feita no passeio, desde ● de solicitação ao Município tos de espaços público prever que
que tal não perturbe a fluidez da pelas pessoas com mobilidade con- as faixas de estacionamento pos-
circulação pedonal, nomeadamente dicionada, obedecendo aos critérios sam, com as devidas regras, vir a
junto à entrada dos principais equi- estabelecidos; acomodar a instalação de espécies
pamentos públicos – escolas, bi- arbóreas.
bliotecas, hospitais, polidesportivos, ● da programação estabelecida
interfaces de transportes públicos -; para os projectos de espaço públi- rede CiCLáveL
em qualquer das situações, estará co, a qual deverá sempre assegurar No mesmo sentido, para efeitos
sempre associada aos espaços de a plena acessibilidade aos equi- de constituição ou ampliação da
estacionamento para bicicletas a pamentos e aos espaços públicos rede ciclável, os projectos poderão
instalação do necessário dispositivo existentes na envolvente. estabelecer a reconversão, com
de suporte para bicicletas. custos significativamente inferiores
A programação do número de lu- à nova construção, das faixas de
gares reservados para veículos em estacionamento existentes em vias,
Lugares para cargas e que um dos ocupantes seja uma faixas ou pistas cicláveis, se se
descargas pessoa com mobilidade condicio- verificar um decréscimo acentuado
nada deve ter como referência os da procura de estacionamento, se
Na programação dos espaços de seguintes parâmetros: forem asseguradas alternativas de
estacionamento em áreas com estacionamento ou se tal opção for
maior concentração de atividades ● um lugar em espaços de esta- de manifesto interesse público.
de comércio e serviços, deve- cionamento com uma capacidade
rá atender-se à necessidade de não superior a 10 lugares; UTiLização PedonaL / ParkLeTs
reserva de lugares especificamente A programação dos espaços de
destinados às operações pontuais ● dois lugares em espaços de estacionamento deve também ter
de logística para carga e descarga estacionamento com uma capaci- em consideração a possibilidade
de mercadorias. dade compreendida entre 11 e 25 da sua apropriação, permanente ou
lugares; temporária, pelas pessoas, no âm-
Estes lugares têm característi- bito de programas de regeneração
cas posicionais e dimensionais ● três lugares em espaços de urbana ou de animação do espaço
idênticas aos lugares destinados estacionamento com uma capaci- público.
a estacionamento – excepto nas dade compreendida entre 26 e 100
situações em que seja necessária a lugares; Esta reversão da utilização destes
paragem e manobra de veículos de espaços poderá ter:
maiores dimensões –, podendo a ● quatro lugares em espaços de
estacionamento com uma capa- ● um carácter permanente,
sua identificação ser feita comple-
cidade compreendida entre 101 e através de intervenções pontuais
mentarmente através de sinaliza-
500 lugares; de adaptação dos pavimentos
ção vertical, a qual deverá também
estabelecer, se aplicável, o horário e nivelamento com os passeios
● um lugar por cada 100 lugares existentes;
no qual as operações de carga/ em espaços de estacionamento
descarga são permitidas. com uma capacidade superior a ● um carácter temporário, asso-
500 lugares. ciado a períodos específicos - fins
Lugares para pessoas com de semana, estações do ano,
mobilidade condicionada festividades, eventos específicos -,
reversibilidade dos espaços de fazendo uso de estruturas ligeiras,
estacionamento designadas parklets, que deverão
Na programação do estacionamen-
to deve também ser considerada garantir o prolongamento nivelado
aLinhaMenTos arbóreos dos espaços pedonais e as adequa-
a necessidade de implantação Tendo presente o objetivo de im-
de estacionamento destinado a das condições de conforto e segu-
plantação de novos eixos e alinha- rança, designadamente, ao nível
veículos em que um dos ocupantes mentos arbóreos nos diversos tra-
seja uma pessoa com mobilidade da sua fácil instalação e posterior
çados urbanos definidos no Plano remoção.
condicionada. Director Municipal, assim como as
limitações de espaço existentes nos
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introdução
Lisboa – rossio
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introdução
Lisboa – aLfaMa
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1
Geometria
Critérios-base para as opções de diferenciação entre os espaços
de circulação pedonal e os espaços de circulação rodoviária
1
As teorias funcionalistas no estacionamento que se ofereçam, a
urbanismo, com relevo para a procura será sempre maior. Apesar
influência da Carta de Atenas, e o de todas as modernas técnicas de
crescimento exponencial do parque gestão da via pública, as cidades
automóvel – cada família aspirava estão congestionadas.
a ter um ou mais carros - levaram
a um penoso, e por vezes violento, A partir dos anos 70 do século pas-
processo de adaptação das cidades sado, desencadeia-se na Europa um
ao automóvel. movimento para a “reconquista” do
espaço público pelo peão. Barcelona
Espaços que anteriormente eram foi, nos anos 1980, o esteio desse
partilhados pelos peões, pelos movimento.
Geometria transportes públicos e pelos mais
diversos veículos de tração animal, Os malefícios para a saúde pública
foram progressivamente apropria- decorrentes das emissões de CO2 e
dos pelos automóveis particulares. de partículas com origem nos moto-
res de explosão, o ruído provocado
Segregaram-se as faixas de cir- pelo tráfego automóvel e a sinis-
culação porque a velocidade dos tralidade, a par do reconhecimento
automóveis tornava-os perigo- da importância da marcha a pé e
sos, diminuíram-se passeios para do uso da bicicleta no combate ao
reservar espaço ao estacionamen- sedentarismo e à obesidade, vieram
to, rasgaram-se tecidos urbanos, reforçar a necessidade de alterações
construíram-se viadutos, túneis e profundas na mobilidade urbana.
vias rápidas urbanas para tornar
as deslocações mais rápidas e o Ganhar espaço para os peões, para
trânsito mais fluído. os ciclistas e para o transporte pú-
blico, bem como regular a circulação
A cidade moderna foi desenhada automóvel, reduzindo emissões e
para o seu novo “dono” – o auto- velocidade de circulação, através da
móvel - e a cidade antiga muitas recalibragem das vias e da utiliza-
vezes resistiu mal a esta alteração. ção de novos materiais de pavimen-
Em muitos casos, as ruas, largos tação, é uma exigência das interven-
e praças transformaram-se em ções no espaço público da cidade.
depósitos de automóveis e, no caso
de Lisboa, a densa rede de eléc- Nesta perspectiva a optimização do
tricos foi sacrificada à circulação espaço público através da geome-
automóvel. tria dos traçados viários, ganha uma
nova acuidade.
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GEOMETRIA
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GEOMETRIA
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
Lisboa – baixa
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
5
1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
esPaço viTaL
6
GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
A visão é um dos sentidos mais A extensão das deslocações é Este conceito permite determinar a
importantes de ter em considera- igualmente um aspeto importante maior ou menor qualidade do ser-
ção, dado ser a principal fonte de a ter em consideração no desenho viço existente / a propor, quer para
informação para a grande maioria do espaço público. Na prática é peões em movimento quer para
dos utilizadores do espaço público. considerada uma extensão máxima peões que estejam simplesmente
A visão humana é definida por três de 1.500 metros associada a tráfe- parados, sendo considerados distin-
campos: go pedonal profissional (deslocação tos parâmetros de caracterização
casa-trabalho) e de 800m para por grupo, de acordo com a clas-
● campo de visão periférico, com percursos até às paragens de auto- sificação constante do Manual de
um ângulo de aproximadamente carros, sendo que relativamente a Planeamento das Acessibilidades e
190°, possibilita a deteção de mo- esta atividade particular a distância da Gestão iária (2008).
vimentos inesperados embora não média a considerar poderá ser de
permita distinção de detalhes; 400 m, correspondente a 5 minutos Para além destes parâmetros, e na
a caminhar (velocidade média de inexistência de dados mais concre-
● campo de visão primário, com circulação pedonal de aproximada- tos e fidedignos provenientes de
um ângulo de aproximadamente mente 1,40 m/s). Os valores apre- medições / projeções de tráfego
120 , permite uma maior perceção, sentados são referentes a pessoas pedonal, podem ser considerados
em particular de objetos desvaneci- sem qualquer limitação física e/ os seguintes valores de referência
dos e em movimento, e a distinção ou psicológica. Para uma popu- respeitantes a circulação em hora
de objetos facilmente reconhecí- lação idosa e/ou com mobilidade de ponta:
veis; reduzida, a extensão de circulação
recomendada, sem pausas durante nível de serviço volumes
● parte central do campo de vi- o percurso, difere substancialmente de tráfego
são, é o único que permite que uma das acima identificadas, nomeada- pedonal
pessoa tenha uma perceção nítida mente: pe es / hora
dos objetos (detalhe e cor). A – Muito Reduzido < 150
B – Reduzido 150 – 250
Conforme já referido, para além de Mobilidade reduzida extensão
recomendada C – Médio 250 – 500
ser um dos sentidos que ficam en- sem pausas D – Elevado 500 – 1000
fraquecidos com a idade, existe um
Pessoas em cadeira de E – Muito Elevado > 1000
crescente número de pessoas com rodas
150 m
deficiência visual (definição que
Pessoas em ambulatório 100 m
engloba pessoas com baixa visão e
pessoas cegas sem criar distinção), Pessoas de bengala / níveis de serviço Para Peões
50 m
muletas eM MoviMenTo.
que dificultam a sua perceção e
circulação no espaço público, e que Pessoas com deficiência
150 m
visual O número de utilizadores a cir-
deverão ser tidas em consideração
na interpretação e aplicação dos cular num determinado percurso,
dados acima indicados. Há no entanto que ter em conside- durante um determinado período
ração a existência de fatores que de tempo, é um fator importante a
contribuem para a necessária redu- ter em consideração, uma vez que
ção destes valores, nomeadamente contribui quer para o adequado
arruamentos de declive acentuado, dimensionamento do percurso, quer
rampas e escadarias no espaço para a sua estruturação tendo em
público, existência de obstáculos à consideração o tipo de utilização
circulação e estado de conservação identificado. A definição do nível de
dos pavimentos. conforto / qualidade do serviço para
peões em movimento, depende dos
seguintes parâmetros de referência:
● Taxa de saturação;
7
1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
8
GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
esPaço MíniMo Para dUas Pessoas esPaço MíniMo Para dUas Pessoas CoM esPaço adeqUado Para dUas Pessoas
se CrUzareM MobiLidade CondiCionada se CrUzareM se CrUzareM
10
GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
11
1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
enfiaMenTo
Entende-se por enfiamento da
passadeira de peões uma faixa que
tem a mesma largura e a mesma
direção da marca rodoviária que
indica o local por onde os peões
devem efectuar o atravessamento,
e que se prolonga desde o lancil
adjacente à passadeira de peões
da seguinte forma:
No enfiamento da passagem de
peões não deve ser implantado
nenhum obstáculo, com a excepção
de pilaretes que sejam considera-
dos indispensáveis para prevenir a
circulação ou estacionamento de
área de ProTeção no Passeio
veículos sobre o passeio.
14
GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
sejam detetáveis com uma bengala (no mínimo 5,00m) e uma largura
a 30cm de altura do piso, não te- correspondente à largura bruta do
nham partes salientes do suporte, e passeio, quando esta for inferior a
possuam um contraste visual - cla- 5,00m.
ro/ escuro - com o piso adjacente.
Neste espaço, só devem ser loca-
PeríMeTro de visibiLidade no lizados equipamentos que sejam
Passeio indispensáveis para a regulação
Entende-se por perímetro de visibili- do tráfego, (sinalização luminosa e
dade no passeio um espaço retan- vertical), que reforcem a proteção e
gular demarcado em planta, com os segurança dos peões (pilaretes ou
lados definidos pelo lancil, pelo plano guarda-corpos), e outros que pela
marginal do percurso pedonal, (fa- sua função contribuam para uma
chada, muro ou canteiro) e pela late- melhoria na circulação pedonal
ral da passadeira de peões (coincide (papeleiras).
com o limite da marca rodoviária de
atravessamento pedonal). Os estacionamentos para bicicletas
e motociclos podem igualmente
Esta área tem como objetivo asse- ocupar parcialmente estes espaços
gurar a adequada visibilidade entre (ver ponto 1.5 - Espaços de Esta-
peão e automóvel, procurando desta cionamento), dado não comprome-
forma minimizar possíveis acidentes. terem a visibilidade entre peão e
automobilista quando do processo
Este espaço rectangular deverá de atravessamento.
ter um comprimento de 7,50m
visibiLidade no Passeio
15
1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
estar encostada ao lancil em todo o mentos pedonais for maior ou igual Quando aplicada em refúgios
seu comprimento; que 0,50m. para peões, a faixa de alerta deve
manter a largura de 0,80m e ser
● se o lancil for total ou par- uanto às suas dimensões, a faixa aplicada da seguinte forma:
cialmente curvo na largura da de alerta deve:
passadeira, a faixa de alerta deve ● Quando a largura total do refú-
acompanhar a sua geometria e ● no seu lado maior, ter a dimen- gio for maior ou igual que 1,50m e
estar encostada ao lancil em todo o são necessária para abranger toda inferior a 3,00m, deve ser aplicado
seu comprimento. a largura da marca rodoviária; piso pitonado em toda a extensão
do refúgio;
● Nos casos em que se verifique ● no seu lado menor, medir
proximidade entre passagens de 0,80m; ● Quando a largura total do refú-
peões em zonas de lancil curvo, a gio for maior ou igual a 3,00m de-
faixa de alerta deve acompanhar o ● nos seus pontos intermédios, verão ser aplicadas faixas de alerta
desenvolvimento do lancil deven- ter uma medida não constante, se com a largura recomendada.
do ser interrompida sempre que dessa forma se ajustar melhor à
o intervalo entre a interseção do geometria do passeio e se forem
alinhamento interior dos atravessa- respeitados os valores mínimos.
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
gUia de enCaMinhaMenTo
A guia de encaminhamento tem
como funções permitir que peões
com deficiência visual detectem a
existência de passadeira(s) na en-
volvente imediata, e orientá-los no
seu processo de atravessamento.
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
● se a criação do rampeamento
lateral for desnecessária -conside-
rando a posição do canal pedonal
-, ou inviável – por falta de espaço
no passeio -, ou desproporcionada
- prolongar-se por uma extensão
superior a 2,00m;
rebaixaMenTo ParCiaL CoM ressaLTo verTiCaL
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da - por escorregamento ou trope- tre passadeiras de peões. Para esse Se o espaço resultante da inter-
ção - tão pequeno quanto possível; efeito deverão ser salvaguardados seção do atravessamento com o
os seguintes aspectos: separador ou ilha não tiver profun-
● ao condutor, condições optimi- didade suficiente para instalar um
zadas para o bom avistamento da ● só deve ser designado e tratado refúgio para peões, deve assumir-
marca rodoviária e, em caso de como refúgio para peões um espaço -se a inexistência de condições de
imprevisto, para travagem. que cumpra as dimensões mínimas refúgio e assegurar-se a conti-
de profundidade; nuidade da passagem de peões
Para estes efeitos, o revestimento nesse espaço, cumprindo todos os
da faixa de rodagem na área ocu- ● se o espaço não cumprir as di- necessários requisitos:
pada pela marca rodoviária deve mensões mínimas de profundidade
cumprir estes requisitos: deve assumir-se a inexistência de ● prolongamento da marca rodo-
condições de refúgio e proceder-se viária;
● ser regular; em conformidade.
● não haver mudança de direção
● assegurar o bom contraste das O refúgio para peões deve ser ao longo do atravessamento;
marcas rodoviárias. sempre assegurado se no atraves-
samento da via se verificar pelo ● se existir semáforo, cálculo do
● Garantir boa aderência; menos uma das seguintes situações: tempo de verde para o peão com
base na extensão total da passa-
A largura da passadeira de peões, ● travessia de quatro ou mais vias gem de peões;
assinalada pela marca rodoviária, é de trânsito, se a via tiver um sentido;
medida na perpendicular ao eixo da ● piso idêntico ao da passagem
passagem deve: ● travessia de três ou mais vias de de peões e à mesma cota;
trânsito, se a via tiver dois sentidos;
● de uma forma geral, ter a ● não haver nenhum tipo de obstá-
dimensão recomendada de 4,00m, ● mudança de direção entre pas- culo no interior do atravessamento.
podendo ser inferior a esse valor sadeiras de peões consecutivas na
em casos particulares (reduzido interseção do atravessamento com No interior do refúgio para peões,
fluxo pedonal ou restrições físicas um separador ou ilha. o percurso que liga as passadeiras
decorrentes da forma urbana exis- de peões deve cumprir todos os
tente), até um minimo de 3,00m. O refúgio para peões pode ser seguintes requisitos:
aplicado em faixas de rodagem com
● pode ser superior a 4,00m, se menor número de vias de trânsito, ● estar à mesma cota que a faixa
no local existir elevado volume de como medida de acalmia de tráfego. de rodagem, livre de ressaltos e
tráfego pedonal ou maior conveni- rebaixamentos, se a distância entre
ência para a segurança rodoviária. O refúgio para peões pode provocar, passadeiras for inferior a 5,00m.
de forma pontual, o estreitamento
Em arruamentos muito largos, da faixa de rodagem na zona de ● no enfiamento de cada uma
nomeadamente quando apresen- atravessamento ou o desvio do eixo das passadeiras, ter uma largura
tem três ou mais vias de trânsi- das vias de trânsito. livre igual ou superior à da marca
to, deverão ser salvaguardados rodoviária;
espaços de refúgio que possibilitem A profundidade do refúgio para
ao peão realizar de forma faseada peões, medida na direção de cada ● se houver mudança de direção
o atravessamento da via, percorrer passadeira de peões e em toda a entre passagens, ter uma largura
em cada fase uma distância mais respetiva largura, deve ser igual ou livre igual ou superior a 1,50m na
reduzida, gerir em cada fase o superior a: parte que não se localiza sobre
conflito com apenas um sentido de nenhum dos enfiamentos de cada
trânsito, e encontrar refúgio seguro ● 1,50m, de uma forma geral; uma das passadeiras;
entre fases consecutivas.
● 2,10m, se no percurso de ligação ● ser delimitado por guarda-cor-
Deve evitar-se que o peão seja entre as passagens houver mudan- pos nos pontos em que houver uma
induzido em erro por um espaço ças de direção abruptas; mudança abrupta de direção, de
que não proporciona as condições forma a evitar a entrada involuntá-
de segurança necessárias para ● 2,20m, se o refúgio também ria do peão na faixa de rodagem.
aguardar pela fase seguinte de servir uma ciclovia, ou se o tráfego
atravessamento ou para circular en- pedonal for especialmente intenso.
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
Se os lugares de estacionamento
não estiverem delimitados em re-
corte no passeio, o passeio deve ser
ampliado na direção do atravessa-
mento e numa largura que abranja
a marca rodoviária de passagem
para peões e todo o intervalo entre
o limite lateral desta marca e o
topo da zona de estacionamento.
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
As escadarias devem ser constituí- As escadarias na via pública devem ● ter corrimãos de ambos os
das por degraus que cumpram uma possuir patamares superior e infe- lados e um duplo corrimão central,
das seguintes relações dimensio- rior com uma faixa de aproximação no caso de a sua largura ser supe-
nais: constituída por um material de rior a 6,00m.
revestimento de textura diferente
altura comprimento e cor contrastante com o restante Em casos particulares, dever-se-á
espelho cobertor piso. considerar a instalação de corrimãos
0,10m 0,40m a 0,45m em desníveis inferiores a 0,40m,
0,125m 0,35m a 0,40m É recomendável que a faixa de ainda que apenas de um dos lados.
0,15m 0,30m a 0,35m
aproximação, a colocar em ambos
os sentidos da escadaria, tenha Sempre que justificável, as escada-
Caso não seja possível garantir a uma largura, na direção do per- rias deverão contemplar a insta-
aplicação das relações dimensio- curso, não inferior a 0,80m, e que lação de uma calha auxiliar para
nais acima referidas, deverá ser fique afastada 0,50m do primeiro bicicletas, implantada em linha com
tida em consideração a seguinte degrau. o corrimão, de forma a não consti-
tuir obstáculo à circulação pedonal.
Lisboa – Chiado
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
esCadas
esCadas – CorriMãos
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esCadarias eM raMPa
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raMPas
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GEOMETRIA 1.1 esPaços de CirCULação PedonaL
Lisboa - oLaias
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1.1 esPaços de CirCULação PedonaL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Primeira solução
a considerar
Redução de volumes de tráfego motorizado
Redução da velocidade de circulação motorizada
Tratamento das interseções e gestão de tráfego
Redistribuição do espaço afeto à circulação motorizada
Implementação de pistas cicláveis
Conversão dos passeios em espaços partilhados entre peões e ciclistas
Última solução
a considerar
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Raios de curvatura
Dimensões (c x l) Interior Exterior
Bicicleta convencional 1,80 m x 0,65 m 0,90 m 1,70 m
Bicicleta com atrelado 2,20–2,75 m x 0,85 m 1,50 m 2,70 m
Bicicleta de carga 2,00–2,30 m x 0,90 m 1,50 m 2,50 m
Bicicleta tandem 2,10–2,50 m x 0,75 m 2,25 m 3,20 m
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Velocidade
de Circulação
A velocidade de circulação ciclável
varia em função de diversos fato-
res, nomeadamente:
DESVIOS nA CIRCULAÇÃO
● motivo da deslocação (trabalho,
recreio e lazer, compras);
● características da infraestrutura
(tipo de percurso, transições, passa-
gens, condições do pavimento).
48
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Para a desaceleração, apesar de A relação entre a variação do A altura de referência para a visão
esta depender de um conjunto campo de visão periférica com do ciclista é de 1,40 m / 1,50 m,
diverso de fatores (tempo de rea- a velocidade (Ferrari e Giannini, estando o objeto sobre o qual o seu
ção do utilizador – 2,5 segundos; 1997), determina que à medida olhar se fixa à cota de pavimento.
estado de conservação da bicicleta; que a velocidade de circulação
estado de conservação do pavi- aumenta o campo de visão pe-
mento; declive e sentido de circula- riférico restringe-se, ou seja, um motivo e Extensão das
ção – ascendente ou descendente, utilizador de bicicleta que circule Deslocações
entre outros), deve ser considerada a 22,0 m/h apresenta um campo
uma distância de travagem de 1,5 de visão periférico com um ângulo O motivo e extensão das deslo-
m/s a 2,6 m/s, caso se trate, respe- de aproximadamente 120 , menos cações são aspetos igualmente
tivamente, de uma travagem suave 70 que o campo de visão de um importantes a ter em consideração
e controlada ou de emergência. observador fixo. no desenho e dimensionamento de
percursos cicláveis.
Em casos particulares, como Por outro lado, a distância de aco-
determinação do tempo de atra- modamento, espaço entre o obser- Entre os principais motivos para a
vessamento e limpeza das passa- vador e o ponto sobre o qual o seu utilização da bicicleta verifica-se a
gens cicláveis semaforizadas não olhar normalmente se fixa, aumen- deslocação para o trabalho, para
associadas a passagens pedonais, ta à medida que a velocidade de compras e serviços (realização de
este valor deverá ser ajustado. circulação sobe. Esta distância de tarefas simples; reuniões de tra-
acomodamento é correspondente à balho / negócios ), atividades de
A velocidade de circulação ciclável distância de visibilidade de para- recreio e lazer (visitas sociais; passe-
depende ainda das condições de gem e é determinada com base na ar; pratica de desporto; motivos de
circulação, ou seja, se esta é livre relação entre a velocidade de circu- saúde ) e deslocações para a es-
(espaços cicláveis amplos, segre- lação, a inclinação do terreno (posi- cola (estudantes e também pais que
gados ou partilhados, com reduzido tiva se ascendente e/ou negativa se ocasionalmente os acompanham).
volume de tráfego), condicionada descendente) o tempo de reação, e
(desvios obrigatórios resultantes o coeficiente de atrito do pavimen- uanto à extensão das desloca-
de obras; circulação em zonas de to. No caso de percursos cicláveis ções, é importante ter sempre em
circulação e/ou estadia de peões; bidirecionais o cálculo da distância consideração que a bicicleta é
presença de outros utilizadores de visibilidade de paragem a uma sobretudo procurada para desloca-
nos percursos cicláveis – pessoas a zona de passagem pedonal, deve ções de curta distância - viagens
caminhar, pessoas em patins, tro- ser determinado tendo por base não superiores a 5 km, sendo
tinetas ou s ate) ou congestionada uma inclinação de terreno descen- especialmente usada para deslo-
(percursos com elevado volume de dente (gravidade negativa). cações até 2,5 km -, o que traduz
tráfego e largura reduzida face à
utilização).
Visibilidade
120
Conforme já referido no ponto 1.1
Espaços de Circulação Pedonal,
a visão é um dos sentidos mais 90
Campo de visão periférico (graus)
49
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Lisboa - MarqU s de PoMbaL - bandas CroMáTiCas dUPLas bandas CroMáTiCas siMPLes M20
50
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
nível de Serviço
O nível de serviço é um critério de
projeto que procura relacionar a
qualidade da experiência de cir-
culação por parte dos utilizadores
com as características físicas, a
natureza do percurso, a velocidade
praticada e o volume de tráfego
ciclável verificado/previsto num de-
terminado percurso e num determi-
nado momento, devendo ser dada
particular atenção aos seguintes
fatores:
51
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Volume de tráfego
Percurso partilhado Percurso segregado
nível de Serviço Pedonal (peões / hora) Ciclável (velocípedes / hora) Ciclável (velocípedes / hora)
A – Muito Reduzido < 150 < 70 >100
B – Reduzido 150 – 250 70 – 150 100 – 300
C – Médio 250 – 500 150 – 300 300 – 1000
D – Elevado 500 – 1000 300 – 500 1000 – 1500
E – Muito Elevado > 1000 > 500 > 1500
52
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Percursos
cicláveis
Os percursos cicláveis, juntamen-
te com passagens, intersecções
e outros espaços cicláveis, são
componentes dos espaços de
circulação ciclável que asseguram
as ligações origem / destino para
cada viagem, podendo ao longo do
trajeto assumir diferentes tipolo-
gias e dimensões, em função quer
da hierarquia da rede, do volume
de tráfego existente / previsto, do
espaço físico disponível para a sua
implementação e dos custos asso-
ciados à sua implementação, entre
outros fatores.
53
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
e também de zonas partilhadas gem vários problemas (manobras garantir a segurança e conforto dos
(vias partilhadas e zonas de coexis- frequentes, estacionamento em utilizadores de bicicleta quando em
tência) desde que sejam salvaguar- segunda fila, abertura das portas ), circulação. Quando tal não aconte-
dadas as necessárias condições podendo ser necessário implemen- ça, de forma a restaurar esse equi-
de segurança, nomeadamente a tar um percurso ciclável segregado; líbrio poderá ser necessário ajustar
redução da velocidade do tráfego os requisitos funcionais da solução,
motorizado. Em muitas situações ● dimensão do arruamento - se o rever o desenho, e/ou orientar o
é possível e preferível optar-se por espaço rodoviário é reduzido, não comportamento dos utilizadores.
soluções de acalmia de tráfego que permite criar uma separação visual
promovam a redução do volume e ou física, sendo necessário encon-
velocidade de circulação dos veí- trar uma solução de partilha; Tipo de con itos
culos motorizados. A probabilidade
de ocorrência de acidentes com ● frequência de intersecções - o A maioria dos conflitos que en-
ferimentos graves ou fatais para excesso de intersecções, ou de volvem velocípedes, resultam de
utentes mais vulneráveis como os entradas e saídas, pode por em colisões com veículos motorizados
utilizadores de bicicleta é propor- causa as soluções segregadas (ver ainda que se verifiquem outros
cional ao aumento da velocidade intersecções – tipologia de inter- tipos de acidentes, resultantes de
de circulação dos veículos motori- secções). embate com peões ou decorrentes
zados, em particular a partir dos 30 de soluções de desenho menos
m/h. Outro fator crítico a ter ainda em adequadas. uanto aos conflitos
atenção, é o das mudanças de via, com veículos motorizados, desta-
Para além do volume e velocidade relacionado com a capacidade de cam-se os seguintes:
de circulação do tráfego moto- perceção, leitura e antecipação de
rizado existem outros aspetos a possíveis conflitos. Nestes casos, ● Na transição pontual de faixa
considerar, nomeadamente: as soluções de desenho devem ou pista ciclável para a faixa de
evitar a troca de lado por parte rodagem. Situação decorrente da
● as características do tráfego - dos velocípedes, em particular em presença de obstáculos à circula-
presença de autocarros ou veículos percursos partilhados com veículos ção, como carros indevidamente
pesados, a necessidade de introdu- motorizados, uma vez que estas parados ou estacionados, que obri-
zir uma separação (visual ou física) podem originar colisões que, apesar gam o utilizador a entrar na faixa
aumenta; de a baixa velocidade, terão maio- de rodagem para poder continuar
res repercussões nos utilizadores o seu percurso. Outra situação
● orografia/ relevo - para desní- de bicicleta que nos automobilistas. prende-se com a insuficiente largu-
veis superiores a 3% é desejável Quando tal não for possível, essa ra dos percursos que pode motivar
prever uma separação na subida, troca deve ser sinalizada de forma alguns utilizadores a entrar na
uma vez que a velocidade do utili- legível, ficando clara para ambos os faixa de rodagem para ultrapassar
zador de bicicleta diminui e o risco utilizadores. velocípedes que circulem a veloci-
de oscilação é maior; dade inferior;
A relação entre função, utilização e
● estacionamento - na envolvente desenho dos percursos deve estar ● Na transição de percursos
de estacionamento automóvel sur- em perfeito equilíbrio de forma a cicláveis para a faixa de rodagem.
100
Situação associada ao final de um
determinado tipo de percurso que
Risco de morte de utilizadores vulneráveis
54
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
● A tipologia e localização de
elementos urbanos (balizadores,
árvores, papeleiras ) que possam
comprometer a circulação e/ou
provocar estrangulamentos desne-
cessários;
● A utilização de pavimentos e
materiais (pinturas em termoplás-
tico, tampas metálicas, sumidouros
) que não garantam boa aderên-
cia, contribuindo assim para quedas tAmPA mEtÁLICA DE SUmIDOURO DESADEqUADA PARA PERCURSOS CICLÁVEIS
em particular com condições
climáticas adversas e quando em
curva em zonas de velocidade de
circulação ciclável elevada;
55
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
neWhaM - zona de esTaCionaMenTo ConTígUa a PerCUrso CiCLáveL Londres - CaMden - deLiMiTação de PerCUrso CiCLáveL CoM reCUrso
SEm fAIxA DE PROtEÇÃO A ELEmEntOS URBAnOS
56
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
tipologia de percursos
Os tipos de percursos cicláveis são
definidos de acordo com o grau
de separação dos outros tipos de
tráfego, em particular do tráfego
rodoviário, sendo este um assunto
capital a ter em consideração no
desenho de percursos cicláveis,
contíguos e ao nível da faixa de
rodagem.
● ia banalizada / partilhada;
● Faixa ciclável;
Londres - Transição de PerCUrsos CiCLáveis
● Pista ciclável.
● ona de coexistência.
57
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
58
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Em casos particulares poderão ser via ParTiLhada 30 biCi - LargUra reCoMendada Para vias de CirCULação
considerados valores ligeiramente
diferentes, desde que devidamente
justificados.
VIAS PARtILhADAS
COm tRAnSPORtE PúBLICO
bUs biCi
São casos particulares em que a
circulação de bicicletas se faz nas
vias ‘bus’, juntamente com auto-
carros, táxis, e ocasionalmente com
motociclos.
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Largura da via
Recomendada mínima
Velocidade de circulação não superior a 30 3,20 m 0,40 m 3,25 m **
m/h
elocidade de circulação superior a 30 m/h 3,25 m +1,50 m 3,25 m + 1,00 m
largura da faixa bus com sobrelargura / largura da faixa bus sem sobrelargura.
via ParTiLhada bUs biCi - LargUra reCoMendada Para vias de CirCULação zona de CoexisT nCia na aLeManha
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
criação de percursos totalmente implementar, e apenas em arrua- usualmente, perante uma maior
separados do tráfego pedonal. mentos em que os passeios sejam concentração de peões os utiliza-
largos e se verifique pouco volume dores de bicicletas alteram o seu
Assim, entende-se necessário es- de tráfego pedonal. comportamento, reduzindo a ve-
tabelecer alguns critérios a consi- locidade de circulação e chegando
derar na implementação deste tipo No caso de ruas pedonais, espaços mesmo a desmontar e circular com
de percursos cicláveis, tendo sido onde a circulação de veículos mo- a bicicleta ao seu lado, o que pode
identificadas as seguintes situações torizados não é autorizada (salvo comprometer o conforto e tempo
onde tal partilha pode ocorrer: curtos períodos do dia e apenas de deslocação.
para apoio ao comércio local e/ou
● Passeios e ruas pedonais; a residentes - cargas e descargas), ● Com separação: Nestes casos,
deve ser dada especial atenção a ainda que estando localizados à
● Outros espaços pedonais. esta relação entre espaço disponí- mesma cota, o canal reservado à
vel e volume de tráfego pedonal, circulação de peões é parcialmente
Independentemente da sua de- dado serem espaços com elevada separado do canal reservado à cir-
finição, modo de implementação concentração de pessoas, ainda culação de velocípedes tratando-se
e critérios de dimensionamento, que variável em função do dia, da de uma separação visual, recorren-
deverão ser salvaguardados os hora e de eventuais actividades do para tal a diferentes materiais
seguintes princípios: que aí se realizem. e pintura de pavimento. Quando
justificável, poder-se-á recorrer a
● A prioridade de circulação deve Assim, são apresentados dois tipos elementos fixos para assegurar a
ser dada ao utilizador mais vulne- de separação entre tráfego pedonal referida separação (canteiros, flo-
rável, neste caso o peão; e ciclável a utilizar: reiras, guardas ). Deve ser devida-
mente sinalizado através de sinal de
● Quando necessário, prever ● Sem separação: Caso particu- obrigação D7f. Uma das vantagens
medidas de acalmia de velocidade lar, em que peões e velocípedes associadas a este tipo de separa-
para velocípedes; partilham um percurso que lhes é ção é que comunica melhor qual o
especialmente destinado. Este per- espaço a ocupar por cada um dos
● Os espaços reservados para curso deve ser limitado a uma área utilizadores, minimizando assim a
ambos os utilizadores devem estar restrita e com reduzida extensão. ocorrência de conflitos e facilitando
devidamente sinalizados. Visa sobretudo facilitar o acesso a circulação para ambos os modos.
a escolas e equipamentos locais,
PASSEIOS E RUAS PEDOnAIS
assegurar pequenas transições OUtROS ESPAÇOS PEDOnAIS
A partilha de espaços reservados
entre percursos cicláveis e garantir Considera uma generalidade de es-
ao peão com velocípedes é, das
a conectividade da rede ciclável, paços de circulação e permanência
situações identificadas, aquela que
quando tal não seja possível atra- de peões na via pública, que não se
apresenta maior nível perigosidade
vés de outro tipo de percursos. enquadram em nenhuma das tipo-
e que deve, sempre que possível,
logias apresentadas anteriormente,
ser evitada. Deve ser devidamente sinaliza- como parques, jardins, praças,
do através de sinal de obrigação largos e frentes ribeirinhas.
No entanto, em circunstâncias
D7e. Uma vantagem associada a
particulares, este tipo de solução
esta solução é o facto de permitir A determinação e adequabilidade
poderá ser considerado, nomea-
maior liberdade de movimentos a do tipo de partilha entre circula-
damente quando nenhuma das
ambos os utilizadores, sendo que, ção ciclável e pedonal, depende de
restantes soluções for possível de
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
que possível e quando aplicável, sença pontual poderá ser aceite No entanto, considerando que o de-
devem ser salvaguardadas as uma distância de segurança à via senho e implementação de cada per-
seguintes distâncias de segurança ciclável, com apenas 0,30 m. curso constituirá um caso particular,
a eventuais elementos urbanos os valores apresentados servem so-
contíguos a percursos cicláveis. Quando contíguas a margens de bretudo para orientação, no sentido
rios, ribeiras, lagos ou linhas de de contribuir para que os percursos
No caso de postes de sinaliza- água deverá ser salvaguardada cicláveis a criar sejam ajustados à
ção luminosa, sinalização vertical uma faixa de protecção com uma sua função e garantam a circulação
e iluminação pública, apesar de largura recomendada de 0,80 m, de velocípedes convencionais e não
terem alturas superiores a 0,90 m, podendo quando justificável ser convencionais, sem comprometer o
entende-se que dada a sua pre- não inferior a 0,50 m. nível de serviço da rede.
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
● Em termos de dimensionamento
e sinalização, devem ser assegura-
dos os critérios apresentados para
as faixas cicláveis convencionais,
recomendando-se no entanto o via banaLizada CoM ConTra-senTido
reforço da sinalização através da
utilização de sinalização vertical
Lisboa - faixa CiCLáveL eM ConTra senTido
(ver Cap. 5 Sinalização).
71
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Pista Ciclável
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Dimensão
recomendada mínima
faixa de rodagem – vias com velocidade superior a 50 m/h. 2,50 m 2,00 m
faixa de rodagem – vias com velocidade não superior a 50 m/h. 0,70 m 0,50 m
Ao estacionamento (longitudinal / oblíquo / transversal). 0,70 m 0,50 m
A margens de rios, ribeiras, lagos ou linhas de água. 0,70 m 0,50 m
Dimensão
Elementos com altura não superior a 0,15 m, como lancis e canais de drenagem. 0,20 m
Elementos com altura não inferior a 0,15 m e não superior a 0,90 m, como bancos, papeleiras, pilaretes, guarda- 0,30 m
-corpos, bicicletários, hidrantes, armários técnicos, vegetação de pequeno porte.
Elementos com altura superior a 0,90 m, como sinalização vertical e luminosa automática de trânsito e iluminação 0,30 m – 0,60 m
pública.
Elementos com altura superior a 0,90 m, como parquímetros, abrigos, quiosques, sanitários públicos, mupi’s, e árvores 0,60 m
(pequeno, médio e grande porte).
Elementos construídos (muros e fachadas, sem e com porta de acesso). 0,90 m - 1,20 m
78
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
80
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
81
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
40
Assim, podemos identificar os
seguintes factores que influenciam
a escolha do tipo de percursos
30
estabilidade cicláveis a implementar, nomeada-
moderada boa
Raio de curvatura
mente:
elocidade ( m/h)
20
● Espaço disponível;
● Velocidade de circulação;
10
● Volume de tráfego;
● Custo de implementação.
0 5 10 15 20 25
Raio (m)
O espaço disponível para a imple-
DESEnhO DE RAIOS DE CURVAtURA Em fUnÇÃO DA VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO
mentação de percursos cicláveis é
um fator chave em todo o proces-
so, que pode condicionar quer o
tipo de percurso a utilizar, quer o
seu adequado dimensionamento.
dar quer a direccionalidade quer a Assim, poder-se-á revelar necessá-
● Separar, sempre que possível e legibilidade.
justificado, o tráfego ciclável dos rio proceder à redução do número
restantes modos, aumentando a de vias de trânsito, supressão de
Embora exista um conjunto de lugares de estacionamento, redu-
segurança e conforto de utilização princípios de projeto e de regras
de todos os modos, em particular ção da velocidade de circulação
genéricas que são aplicáveis às so- e, em casos muito particulares e
do ciclável; luções a implementar, deve-se ter desde que devidamente justifica-
em consideração que a sua lógica dos, reduzir o espaço reservado à
● Garantir que o espaço disponibi- de aplicação integrada poderá ser
lizado para o percurso é adequado, circulação pedonal ou mesmo parti-
diferente, dependendo da hierar- lhá-lo com velocípedes recorrendo
considerando quer a sua função,
quia da rede, ciclável e rodoviária, e para tal à necessária sinalização.
quer o volume de tráfego existente
da intensidade de tráfego existente Alerta-se que no desenho e imple-
/ previsto;
e/ou prevista. mentação de percursos cicláveis
● Possibilitar, sempre que possível, o espaço disponibilizado para os
ultrapassagens e circulação lado-a- mesmos não deve simplesmente
-lado, tornando a deslocação mais Escolha de Percursos corresponder ao espaço sobrante
agradável e apelativa, mas também Cicláveis depois de satisfeitas as necessi-
mais segura, em virtude de se dispo- dades dos restantes utilizadores
nibilizar maior largura de percurso; O desenho de vias e percursos (rodoviário e pedonal). Este espaço
cicláveis deve procurar garantir que deve ser pensado e concretiza-
● Garantir a direccionalidade dos os utilizadores do espaço público do juntamente com os restantes
percursos de forma a reduzir a sejam alertados para potenciais modos, de forma evitar soluções
distância e tempo de viagem; conflitos entre eles, devendo ser desadequadas de circulação que
tida em consideração a seguinte possam comprometer a segurança,
● Minimizar a necessidade de regra: Os percursos cicláveis devem o conforto e a direccionalidade de
transições entre diferentes tipos de ser partilhados sempre que possível circulação, não apenas dos utiliza-
percursos de modo a salvaguar- e separados quando necessário. dores de bicicletas mas também
82
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
dos restantes utilizadores do es- Outro fator a considerar refere-se O custo associado à implemen-
paço público. Nos casos em que o ao volume de tráfego existente e/ tação é outro fator importante a
espaço disponível seja insuficiente ou previsto, em particular rodo- ter em consideração, independen-
para de forma adequada assegurar viário e ciclável. Em arruamentos temente de se tratar de um novo
a circulação ciclável, considera- com reduzido volume de tráfego, percurso ou da requalificação de
-se preferível não prever qualquer nomeadamente em vias de pro- um caminho já existente, devendo-
percurso e, eventualmente, ajustar ximidade e vias locais, a solução -se privilegiar soluções flexíveis, de
o desenho da rede de forma a que mais adequada é a de partilhar a fácil e rápida implementação e com
o mesmo se possa materializar em circulação ciclável com a circulação reduzido custo construtivo. Inva-
outro arruamento. rodoviária (vias banalizadas/par- riavelmente, as soluções técnicas
tilhadas) ou de separar, ainda que mais adequadas revelam-se tam-
A velocidade de circulação rodoviá- apenas visualmente, através da bém as soluções mais económicas.
ria é também um fator importante implementação de faixas cicláveis. Independentemente das soluções
a considerar na escolha do tipo de Com volumes de tráfego rodoviário apresentadas, cada caso deve ser
percurso ciclável a implementar. elevados a muito elevados devem- analisado de forma singular, tendo
Em arruamentos com velocidade de -se privilegiar soluções que asse- em consideração as diferentes
circulação automóvel não superior gurem a separação entre estes dois particularidade que o definem bem
a 30 m/h, em que a diferença de modos de circulação. como o seu papel e importância na
velocidade entre os dois modos rede ciclável (mas também rodovi-
é bastante reduzida, a circulação Nos casos em que os espaços ária e pedonal), de forma a poder
ciclável é possível e desejável em cicláveis sejam partilhados com determinar a solução que melhor
partilha com o tráfego rodoviá- espaços pedonais, ainda que con- se adequa a esse caso em particu-
rio. No entanto, à medida que a forme já referido estes sejam casos lar.
velocidade de circulação rodoviária particulares que não devem ser pri-
aumenta, ampliando assim o dife- meira opção, deve ser considerado
rencial entre os dois modos, devem o local de implantação do percurso,
ser consideradas soluções que pri- relacionando-o com os volumes de
vilegiem a sua separação, seja esta tráfego pedonal e ciclável existen-
simplesmente visual (faixa ciclável) tes / previstos, de forma a determi-
ou física (pista ciclável). O mesmo nar qual a solução de partilha mais
principio deve ser considerado quer adequada, sem ou com separação
para transporte individual, quer (ver Tipologia de percursos – via
para transporte público (ver Tipo- banalizada / partilhada – com trá-
logia de percursos – via banaliza- fego pedonal).
da / partilhada – com transporte
público).
hierarquia Viária Local .t.r. 1.500 (veíc./dia) 30 m/h Partilhada (30 Bici) (Coexistência)
1.500 .t.r. 3.000 (veíc./dia) 30 m/h Faixa Ciclável (Contra Fluxo)
Partilhada (30 Bici) (Coexistência)
Faixa Ciclável (Contra Fluxo)
3.000 .t.r. 8.000 (veíc./dia) 50 m/h Faixa Ciclável (Convencional)
Pista Ciclável ( .t.r. 5.000) (unidireccio-
nal) (bidirecional)
Distribuidora 3.000 .t.r. 8.000 (veíc./dia) 50 m/h Faixa Ciclável (Elevada)
8.000 .t.r. 10.000 (veíc./dia) 50 m/h Faixa Ciclável (Elevada a meia altura)
.t.r. 10.000 (veíc./dia) 50 m/h Pista Ciclável (unidireccional)
(bidirecional)
Estruturante .t.r. 10.000 (veíc./dia) 50 m/h Pista Ciclável (unidireccional)
(bidirecional)
DEtERmInAÇÃO DO tIPO DE PERCURSO CICLÁVEL Em fUnÇÃO DO VOLUmE DE tRÁfEgO RODOVIÁRIO E DA hIERARqUIA VIÁRIA.
83
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
84
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
ao tipo de tráfego, ou seja, para separação de uma corrente de velocípedes de modo garantir que
além dos conflitos com o tráfego tráfego em duas ou mais correntes a inserção é feita de forma segu-
rodoviário, é necessário ter atenção (viragens à esquerda ou direita). Os ra. Os acidentes mais comuns são
aos movimentos dos peões quer no acidentes mais comuns associados quer o embate da frente do veículo
atravessamento de vias de trânsito, a este tipo de manobra resultam de motorizado na lateral do velocí-
quer de percursos cicláveis. mudanças de direcção feitas pelos pede, quer o embate da frente
automobilistas, embatendo nos da bicicleta na lateral de veículos
Assim, cruzamentos com quatro velocípedes que pretendem seguir motorizados, dependendo a peri-
ramos terão um maior numero em frente, independentemente de gosidade do embate do ângulo de
de conflitos do que um entronca- estes circularem em faixa ou pista convergência e da velocidade de
mento com apenas três ramos. ciclável e em via partilhada (“ângu- circulação de ambos os utilizado-
Nas interseções, em particular em lo morto”). Outro tipo de acidente res. Este tipo de ocorrências pode
interseções não semaforizadas possível, resulta do embate do acontecer em vias partilhadas,
(prioritárias), identificam-se con- automóvel na traseira do velocí- faixas ou pistas cicláveis. Deve ser
flitos resultantes de manobras de pede no momento de mudança de dada especial atenção aos casos
divergência, convergência, entrecru- direcção por parte deste último. em que as pistas cicláveis são
zamento e atravessamento, entre bidireccionais (ver princípios de
veículos motorizados e/ou velocí- As manobras de convergência intervenção – regulação).
pedes, para os quais deve ser tida são também manobras simples
em consideração a natureza e tipo, mas com um nível de perigosida- As manobras de entrecruzamen-
quer da faixa de rodagem, quer do de superior ao das manobras de to correspondem a movimentos
percurso ciclável. divergência. Nestes casos, todos os de transição horizontal e que são
condutores que pretendam entrar usualmente associados à desloca-
As manobras de divergência são numa via prioritária devem avaliar ção de velocípedes de uma faixa ou
manobras simples, de pequena os intervalos de tempo disponibili- pista ciclável para a via, (partilhada
perigosidade, caracterizadas pela zados entre veículos motorizados e ou não) e vice-versa, ao entrecru-
85
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
zamento com veículos motorizados o atravessamento conflitua com triz de nós a adotar na intersecção
quando o velocípede se procura várias correntes de tráfego, em que dos diferentes arruamentos que a
posicionar no cruzamento para o embate mais comum é do tipo integram, sendo identificados os
viragem à esquerda, e ao entrecru- frente automóvel com a lateral do seguintes tipos de intersecções:
zamento com automobilistas que velocípede, independentemente de
querem virar à direita (ver zonas este circular em via partilhada, faixa ● vias residenciais – vias residen-
de viragem – faixas de viragem). ou pista ciclável. O nível de perigosi- ciais (níveis 4 / 5 – níveis 4 / 5);
Neste tipo de manobras o tipo de dade aumenta consoante o número,
acidentes mais comum resulta do sentidos de circulação e largura de ● vias distribuidoras – vias resi-
embate lateral ou de frente do percursos cicláveis a atravessar. denciais (níveis 2 / 3 – níveis 4 / 5);
automóvel na lateral do velocípede.
O seu nível de perigosidade aumen- ● vias distribuidoras – vias distri-
buidoras (níveis 2 / 3 – níveis 2 / 3);
ta de acordo com a visibilidade e tipologia de interseções
velocidade de circulação.
Explica-se a sua função, tipo de
Considerando a relação próxima
As manobras de atravessamento regulação a considerar, o tipo de
que existe entre os espaços de
correspondem ao movimento de percurso, passagem ciclável e
circulação ciclável e os espaços de
“ida em frente” num cruzamento, espaços de manobra mais ajusta-
circulação rodoviária, a tipologia de
em particular em cruzamentos dos, bem como medidas adicionais
intersecções a apresentar tem por
em “X”. Estas são o tipo de mano- a considerar (acalmia de tráfego e
base a hierarquia da rede rodoviá-
bras mais perigosas, uma vez que apoio à circulação de bicicletas).
ria da cidade, em particular a ma-
86
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Distribuidoras Residencial
Estruturante Principal Secundária Proximidade Local
(nível 1) (nível 2) (nível 3) (nível 4) (nível 5)
Estruturante Regulação (RT - Hierarquia da via)
(nível 1) Passagens Desniveladas (superiores ou inferiores)
Distribuidoras Principal Regulação Regulação Regulação
(nível 2) (SLAT, Rotundas) (SLAT, Rotundas) (SLAT, SV, MR, RT
Passagens nive- Passagens nive- / sem viragens à
ladas ladas esquerda)
(isoladas ou confi- (isoladas ou confi- Passagens nive-
nantes) nantes) ladas
Passagens Desni- (isoladas ou confi-
veladas nantes)
(superiores ou
inferiores)
Secundária Regulação Regulação Regulação
(nível 3) (SLAT, Rotundas) (SLAT, SV, MR, (SLAT, SV, MR, RT
Passagens nive- Rotundas) / sem viragens à
ladas Passagens nive- esquerda)
(isoladas ou confi- ladas Passagens nive-
nantes) (isoladas ou confi- ladas
nantes) (isoladas ou confi-
nantes)
Residenciais Proximidade Regulação Regulação
(nível 4) (SLAT, SV, MR, RT, (S , MR, RT)
Rotundas) Passagens nive-
Passagens nive- ladas
ladas (isoladas ou confi-
(isoladas ou confi- nantes)
nantes)
Local
(nível 5)
87
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
As intersecções referentes à rede inferior nas vias de nível 5 (30 m/h). decorre, para além da natureza da
estruturante (1º nível) não foram A solução de desenho urbano deve própria interseção e dos volumes
explicadas dado serem casos par- procurar dissuadir a circulação a de tráfego considerados como refe-
ticulares, em que invariavelmente velocidades superiores às indica- rência, das tipologias de percursos
o atravessamento ciclável é, ou das, recorrendo para tal, e quando cicláveis existentes. Nos casos em
deve ser, resolvido com recurso a justificado, à aplicação pontual de que a circulação de bicicletas ocor-
passagens desniveladas, superiores medidas de acalmia, seja através da ra em convivência com o tráfego
ou inferiores. alteração dos alinhamentos verti- rodoviário (vias partilhadas / bana-
cais ou horizontais, ou de medidas lizadas), não se justifica a aplicação
São também tratados os princípios combinadas, e, quando possível, de de qualquer tipo de passagem que
e critérios de desenho a ter em medidas de apoio à circulação de facilite o atravessamento de velo-
consideração no desenho de per- bicicletas (redução da largura das cípedes nas interseções uma vez
cursos cicláveis “intersetados” por vias, redução dos raios de curvatura que estes partilham dos mesmos
vias para acesso de veículos moto- em cruzamentos ) e/ou da imple- direitos e responsabilidades dos
rizados a edifícios, lotes e parcelas, mentação de zonas 30 ou de coexis- automobilistas.
públicas ou privadas. tência (ver 1.3 espaços de circulação
rodoviária – acalmia de tráfego). No entanto, quando se verifique
a existência de faixas ou pistas
Vias residenciais – Vias residen- Por norma, o tráfego que circula cicláveis, associadas em particular
ciais (níveis 4 / 5 – níveis 4 / 5) nas vias de distribuição local (nível a vias distribuidoras locais, o atra-
4) detém prioridade de passagem vessamento nos cruzamentos deve
Interseção entre vias com muito sobre o tráfego existente nas vias ser resolvido recorrendo preferen-
reduzido e reduzido volume de trá- de acesso local. A regulação deve cialmente a passagens cicláveis
fego rodoviário ( t 300 v/h) e ci- ser feita de forma a assegurar este niveladas, isoladas ou confinantes,
clável ( t 300 v/h), que procuram principio, recorrendo para tal a de forma a dar direito de passagem
garantir quer o escoamento, quer sinalização vertical, marcas rodo- aos velocípedes (ver passagens
o acesso rodoviário ao edificado e viárias e/ou aplicação da regra de cicláveis e interseções – critérios e
comércio local, e reunir condições “prioridade à direita”, sempre que soluções tipo).
que favoreçam a circulação dos justificável. Em casos particulares
utilizadores mais vulneráveis. poderá ser considerado o recurso a
mini rotundas. Vias distribuidoras – Vias
A velocidade de circulação está residenciais (níveis 2 / 3 – níveis
limitada a 50 m/h nas distribui- O tipo de passagem a considerar 4 / 5)
doras locais (nível 4), devendo ser para a interseção entre estas vias,
Interseção entre vias que assegu-
ram o encaminhamento do trá-
fego para vias de nível superior e
garantem a distribuição do tráfego
rodoviário aos percursos intermé-
dios e de proximidade, e vias que
procuram garantir quer o escoa-
mento, quer o acesso rodoviário ao
edificado e comércio local, favore-
cendo a circulação dos utilizadores
vulneráveis.
88
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
89
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
PeríMeTro de visibiLidade.
90
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
minimizar ou anular este tipo ponto 1.3 Espaços de circulação viagens de bicicleta. Assim, no
de conflitos, recorrendo, quando rodoviária – acalmia de tráfego); desenho de cruzamentos e inter-
possível, a soluções de desenho seções que integrem percursos
mais simples, com menor núme- evitar ou minimizar a implan- cicláveis, deve-se procurar:
ro interseções, ou a soluções de tação de elementos urbanos que
atravessamento desniveladas não sejam necessários à regu- dar prioridade de passagem
(ver espaços cicláveis – passa- lação e gestão do tráfego nas aos velocípedes, sempre que
gens - desniveladas); zonas de cruzamento, nomeada- possível e justificável (ver me-
mente bancas, quiosques, pai- didas de apoio à circulação de
garantir boa visibilidade entre néis publicitários, árvores, entre bicicletas);
utilizadores, ao nível quer da outros, de modo a não compro-
visibilidade de circulação, quer meter a visibilidade e obrigar os quando tal não for possível ou
da visibilidade de atravessamen- utilizadores a desviar a atenção justificável, minimizar o tempo
to (ver caracterização do tráfego do tráfego rodoviário. Caso não de paragem dos utilizadores de
ciclável - visibilidade); seja possível evitar a instalação bicicleta através da implantação
destes elementos, os mesmos de zonas de refúgio (ver espa-
ajustar a localização dos atra- devem ficar a uma distância não ços cicláveis - outros espaços
vessamentos cicláveis de forma inferior a 12,50 m da interseção. cicláveis);
a salvaguardar a distância de
segurança ao tráfego rodoviário ● coerência minimizar a necessidade de
de viragem, sem comprometer paragem, em particular em cru-
a direccionalidade e conforto de De forma a garantir a coerência dos zamentos de vias distribuidoras,
circulação ciclável (ver Espaços percursos e interseções, garantin- recorrendo sempre que possível,
cicláveis – Passagens cicláveis - do a sua continuidade e adequada a passagens desniveladas (ver
Niveladas), nem obrigar o peão legibilidade por parte dos restantes espaços cicláveis - passagens);
desviar-se do seu percurso na- utilizadores, deve-se procurar:
tural para proceder ao atraves- garantir o alinhamento dos
samento (ver ponto 1.1 Espaços recorrer a soluções tipo, ainda percursos na zona de atravessa-
de circulação pedonal – Espaços que em número reduzido, aplicá- mento;
pedonais – Passagens para pe- veis de acordo com a hierarquia
ões - Niveladas); rodoviária e ciclável, dando assim promover a não redução da
aos utilizadores uma melhor velocidade média de circulação
prever, sempre que possível noção do tipo de cruzamento que ciclável através do adequado
e justificável, zonas de mano- vão encontrar e do comporta- dimensionamento dos percursos
bra e “espaços de evasão” para mento que cada um deve adotar; (raios de curvatura, larguras de
velocípedes; percurso e passagens - ver espa-
recorrer igualmente a soluções ços cicláveis - percursos).
evitar a existência de “pontos tipo ao nível da identificação, sina-
cegos”, através da criação de lização e aplicação de regras, que ● conforto
zonas avançadas para bicicletas, sejam homogéneas e possibilitem
antecipando o ciclo de verde assim uma fácil identificação do Garantir o conforto de circulação é
para utilizadores de bicicletas, tipo e natureza da interseção; outro aspeto a ter em consideração
e, sempre que possível, invia- uma vez que o mesmo contribui
bilizando viragens à direita do sempre que possível, recorrer igualmente para a melhoria da
tráfego rodoviário, em particular a soluções semelhantes para circulação em particular no que
para veículos pesados (ver es- situações semelhantes, devendo se refere à sua agradabilidade e
paços cicláveis - outros espaços ser salvaguardado que cada caso confiança. Assim, no que a este
cicláveis e medidas de apoio à é uma caso e como tal deve ser conceito diz respeito, o desenho
circulação de bicicletas); devidamente analisado e avaliado de cruzamentos e interseções que
antes de se chegar a uma solução. integrem percursos cicláveis, deve-
reduzir a velocidade de circu- -se procurar:
lação do tráfego rodoviário nos ● direccionalidade
pontos de conflito para valores garantir a homogeneidade,
não superiores a 30 m/h, recor- A direccionalidade dos percur- uniformidade e conservação dos
rendo para tal, quando necessá- sos contribui para a melhoria da pavimentos nos pontos de inter-
rio, a medidas de acalmia (ver circulação e tem uma influencia seção, nomeadamente entre vias
direta na duração e distância das distribuidoras e vias locais;
91
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
● adequabilidade do atravessa-
mento à envolvente urbana;
zona de enTrada e saída Para viaTUras jUnTo a aTravessaMenTos CiCLáveis ● custo da solução a implementar
(construção, gestão e manutenção).
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
AtRAVESSAmEntO UnIDIRECCIOnAL
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
tipologia
● Isoladas;
● Confinantes;
● Partilhadas.
● Aumenta a previsibilidade de
movimento dos utilizadores de
bicicleta;
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1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
100
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
-se os casos em que o utilizador de Em arruamentos muito largos e de estas recorrerem ou não a zonas
bicicleta desmonte e caminhe com com elevado fluxo de tráfego rodo- de refúgio, estes atravessamentos
a bicicleta ao seu lado. Trata-se de viário, podem ser salvaguardados podem ser regulados da seguinte
uma solução que pode reduzir a espaços de refúgio que possibilitem forma:
segurança e conforto de atraves- aos utilizadores bicicleta realizar de
samento de ambos os utilizadores, forma faseada o atravessamento ● Por sinalização luminosa auto-
devendo por isso ser utilizada da faixa de rodagem (ver Outros mática de trânsito;
apenas em situações muito par- Espaços Cicláveis – onas Refúgio).
ticulares, nomeadamente quando ● Por marcas rodoviárias e/ou
o volume de tráfego pedonal e sinalização vertical.
ciclável seja muito reduzido, mas Regulação
sobretudo quando se verifique não A regulação feita com recurso a si-
ser possível aplicar nenhuma das Independentemente da tipologia de nalização luminosa é uma solução
tipologias acima apresentadas. passagem ciclável a considerar e mais facilitadora do tráfego ciclável
101
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
102
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
uma vez que de forma ‘ativa’ per- oportunidade de passagem, estan- ainda ser respeitada uma distância
mite a estes utilizadores “parar” o do em muitos casos dependentes de 1m até à faixa de alerta (míni-
tráfego rodoviário, seja por ativa- da boa vontade dos automobilistas mo de 0,50m).
ção automática – sincronizada ou para esse efeito, independentemen-
não - ou por pedido, dando-lhes te de estes, por lei, deverem reduzir Em casos particulares, quando
assim uma vantagem competiti- a sua velocidade e, se necessário, o volume de tráfego pedonal for
va sobre os automóveis, quer ao parar para deixar passar os velo- muito elevado e/ou se pretenda dar
nível da direccionalidade, quer do cípedes que já tenham iniciado o prioridade à circulação pedonal, o
tempo de deslocação. Trata-se de atravessamento. Por esse motivo, é percurso ciclável ao intersectar a
uma solução que deve ser utilizada uma solução que deve ser conside- lateral do enfiamento do percurso
sobretudo em vias distribuidoras rada sobretudo em vias de redu- pedonal pode ser interrompido,
ou onde se verifique um elevado zido volume de tráfego rodoviário sendo identificado recorrendo a
volume de tráfego rodoviário e/ou e ciclável, particularmente vias de discos metálicos de pavimento para
ciclável (ver ponto 5.3. Sinais lumi- proximidade e locais. sinalização de atravessamento ci-
nosos – Circulação ciclável). Nestes clável, numa extensão não superior
casos, o automobilista, mesmo que Nos casos em que se verifique o a 10,0 m (ver ponto 5.2. Marcas ro-
a sinalização lhe permita avançar, cruzamento de percursos cicláveis doviárias – Marcas diversas e guias.
deve deixar passar os velocípedes com percursos pedonais, as passa-
que já tenham iniciado a travessia. deiras de peões devem atravessar Independentemente da solução a
a faixa ou a pista, sobrepondo-se considerar, o cruzamento entre pe-
A regulação feita com recurso a com pintura à mesma (ver ponto ões e velocípedes deve ser resolvi-
marcas rodoviárias e/ou sinalização 5.2. Marcas rodoviárias – Marcas do de forma a minimizar possíveis
vertical é uma solução que procura transversais). uando o percurso conflitos, salvaguardando assim a
reduzir a velocidade de circulação ciclável esteja implantado à cota segurança dos utilizadores durante
do tráfego rodoviário, alertando os do passeio, ainda que esta não seja o atravessamento.
automobilistas para a existência de uma solução adequada, deve ser
uma zona de atravessamento ciclá- salvaguardada a aplicação de piso
vel, sensibilizando-os a abrandar ou tátil na zona de atravessamento
parar para dar passagem aos ve- do percurso ciclável de forma a
locípedes. Trata-se de uma solução permitir o atravessamento seguro
“passiva” pois os utilizadores de dos peões, em particular dos que
bicicleta têm de aguardar por uma apresentam deficiência visual. Deve
103
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
104
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
vencer um desnível não superior Nos casos em que a circulação No segundo caso, recomenda-se
a 6,00 m no atravessamento de rodoviária é rebaixada, permitindo que a largura não seja inferior a
faixas de rodagem, e não superior que a passagem ciclável seja feita 4,50 m, quando a circulação for
a 8,00 m no atravessamento de à cota de arruamento, devem ser partilhada, e não inferior a 6,60 m
linhas integradas na rede ferroviá- respeitadas as recomendações quando separada (0,90 m 2,40 m
ria pesada. referentes ao dimensionamento e 2,40 m 0,90 m).
tipologia de percursos cicláveis.
Nos casos em que uma passagem Em ambas, as larguras devem
é desenhada exclusivamente para Deve ainda ser dada especial também ser ajustadas em função
circulação de velocípedes, deve ter atenção à altura do parapeito das do volume de tráfego pedonal e
uma largura ajustada aos sentidos passagens superiores, devendo ciclável existente / previsto, e tendo
de circulação e ao volume de tráfe- ser considerada uma altura não em atenção a existência de mudan-
go existente / previsto, não deven- inferior a 1,50 m, sendo no entanto ças de direção e/ou necessidade de
do no entanto ser considerada uma recomendável que se proceda a criação de zonas para manobras de
largura inferior a 3,50 m. uma avaliação de risco de modo a bicicleta.
determinar a altura mais ajustada.
Quando uma passagem superior é Nos casos em que a circulação
desenhada de modo a permitir a rodoviária é sobrelevada, permi-
circulação de velocípedes e peões, Passagens inferiores tindo que a passagem ciclável seja
recomenda-se que a sua largura feita à cota de arruamento, devem
seja não inferior a 4,00 m, quando Estas passagens devem ter uma ser respeitadas as recomendações
a circulação for partilhada, e não altura livre não inferior a 3,00 m. referentes aos percursos cicláveis,
inferior a 5,80 m quando separada À semelhança da solução anterior, nomeadamente quanto às suas
(0,50 m 2,40 m 2,40 m 0,50 estas passagens podem ser dese- componentes, critérios de dimen-
m). nhadas a pensar exclusivamente sionamento e tipologia do percurso.
na circulação de velocípedes ou de
Em ambas as soluções estas largu- modo a permitir também a circula-
ras devem ser ajustadas em função ção de peões. Acessibilidade
do volume de tráfego pedonal e
ciclável existente / previsto, e tendo No primeiro caso, deve ter uma Independentemente do tipo de tra-
em atenção a existência de mudan- largura ajustada aos sentidos de vessia desnivelada a utilizar, deve
ças de direção e/ou necessidade de circulação e ao volume de tráfego ainda ser dada particular atenção à
criação de zonas para manobras de existente / previsto, não devendo forma de vencer os desníveis iden-
bicicleta. no entanto ser considerada uma tificados, nomeadamente através
largura inferior a 3,50 m. de:
esToCoLMo - zona hisTóriCa -idenTifiCação de PerCUrso seviLha - rUa PedonaL -idenTifiCação de PerCUrso Ci-
CICLÁVEL COm RECURSO A DISCOS mEtÁLICOS DE PAVImEntO. CLÁVEL COm RECURSO A DISCOS mEtÁLICOS DE PAVImEntO.
105
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
utilizadores quer uma dimensão de uma largura útil não inferior a 1,00
● Rampas; patamar que possibilite, se neces- m (medida entre a face da folha da
sário, a realização de manobras por porta quando aberta e o batente ou
● Ascensores;
parte dos velocípedes. guarnição do lado oposto).
● Escadas com calha para bicicle-
Caso se considere preferível vencer Nos casos em que os desníveis das
tas.
os desníveis recorrendo a ascenso- passagens superiores e inferiores
Nas situações em que o desní- res, deverão ser tidos em conside- tenham de ser vencidos recorrendo
vel seja “vencido” com recurso a ração os seguintes aspetos: a escadas, deverão ser tidos em
rampas dever-se-á ter em conside- consideração os seguintes aspetos:
ração se esta passagem, inferior ou ● Os patamares diante das portas
dos ascensores devem ter dimen- ● A dimensão e disposição dos
superior, será desenhada exclu-
sões que permitam inscrever zonas degraus deve respeitar as reco-
sivamente para atravessamento
de manobra para uma bicicleta, mendações consideradas no ponto
de velocípedes ou se considera
com uma rotação de pelo menos 1.1 Espaços de Circulação Pedonal
também o atravessamento de
180 (1,65 m), possuir uma inclina- – Espaços pedonais – desníveis nos
peões (independentemente de este
ção não superior a 2% em qual- espaços pedonais – escadas;
ser separado ou partilhado). No pri-
quer direção e estar desobstruídos
meiro caso dever-se-á, sempre que
de degraus ou outros obstáculos ● Deve ser sempre considerada a
possível, garantir que a inclinação
que possam impedir ou dificultar instalação de um ascensor, pre-
das rampas não seja superior a 5%.
a manobra de entrada e saída de ferencialmente, dimensionado de
No entanto, quando tal não seja
velocípedes; modo a permitir o transporte de
possível, poder-se-á prever rampas
bicicletas, de forma a garantir a
com uma inclinação não superior a
● Possuir cabinas com dimensões mobilidade e acessibilidade univer-
10%, com patamares a cada 20,00
interiores, medidas entre os painéis sal;
m, devendo estes ser dimensiona-
da estrutura da cabina, não infe-
dos de modo a permitir viragens
riores a 1,2 m de largura por 2,3 ● Contemplar a instalação de
de 90° ou 180°, a velocípedes de calhas para bicicletas, instaladas
m de profundidade, podendo esta
diferentes usos e com diferentes de forma a que não constituam um
dimensão ser ajustada em função
dimensões (ver tema referente ao obstáculo à circulação pedonal.
do número de utilizadores existente
espaço vital). No segundo caso,
/ previsto;
quando a passagem seja construí- Estas calhas, em metal ou betão,
da a pensar na circulação partilha- devem ter superfícies abrasivas,
● Assegurar uma precisão de
da de velocípedes e peões, deverão paragem relativamente ao nível do uma largura não inferior a 0,10 m
ser respeitadas as recomendações piso dos patamares não superior / 0,12 m e altura de 0,05 m e estar
constantes no ponto 1.1 Espaços de a ±0,02 m, e ter um espaço entre localizadas a pelo menos 0,20 m
Circulação Pedonal – Espaços pedo- os patamares e o piso das cabinas de um dos limites da escada (pare-
nais – desníveis nos espaços pedo- não superior a 0,035 m; de, muro, corrimão).
nais – rampas, devendo ser salva-
guardada quer uma largura mais ● Garantir que as suas portas De forma a que os peões com
ajustada à circulação de ambos os sejam automatizadas e tenham mobilidade reduzida não tenham a
106
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
107
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
108
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
informação mais concreta, serem deter um impacto negativo na velo- semaforizadas ou não;
considerados os seguintes valores cidade média de circulação ciclável
para arruamentos com uma ou (tempo de espera associado ao ● em faixas de rodagem que in-
duas vias por sentido de circulação: atravessamento), podendo assim cluam percursos cicláveis, nomea-
promover a passagem fora da zona damente faixas e pistas cicláveis;
● t 800 (veículos / hora) – A formalizada para esse efeito.
implantação de passagens nivela- ● zonas de entrada e saída de
das é adequada; Quanto às passagens niveladas não veículos motorizados.
reguladas por sinalização luminosa,
● 800 t 1.600 (veículos / entende-se que a sua aplicação Quando o volume de tráfego for
hora) – A implantação de passa- deve ser prevista apenas em vias reduzido ou intermédio entende-
gens niveladas é adequada se feita de acesso local e em vias distribui- -se que a utilização de passagens
a dois momentos (introdução de doras locais desde que o volume de cicláveis confinantes às passagens
zonas de refúgio); tráfego rodoviário seja não superior pedonais é adequada, devendo ser
a 9.000 veículos dia nos dois senti- privilegiada a solução que salva-
● 1.600 t 2.000 (veículos dos de circulação (aproximadamen- guarda a separação entre ambas
/ hora) – A implantação de pas- te 900 veículos / hora de ponta). as passagens de forma a minimizar
sagens niveladas é moderada a possíveis conflitos entre peões e
desadequada; Em relação à rede ferroviária utilizadores de bicicleta durante o
ligeira, apesar de ser uma solução atravessamento.
● t 2.000 (veículos / hora) – A aplicável, entende-se que a mesma
implantação de passagens nivela- não é recomendável dado compro- Em casos particulares, nomeada-
das é desadequada. meter a segurança dos utilizadores mente em zonas e vias em que o
de bicicleta. espaço físico é diminuto, o volume
Em relação às passagens nivela- de tráfego é muito reduzido, e
das, verifica-se que estas podem Relativamente à tipologia das pas- quando não seja possível aplicar
ou não ser reguladas por sinaliza- sagens cicláveis de nível a consi- nenhuma das outras tipologias,
ção luminosa, sendo recomendada derar, esta deve ser determinada, poder-se-á considerar a utilização
a sua utilização quando se trate do preferencialmente, em função do de um atravessamento partilhado.
atravessamento de vias integradas tipo e volume de tráfego existente /
nas redes distribuidoras, quando previsto para os diferentes modos. Quanto às passagens desniveladas,
justificado em vias de proximidade, superiores ou inferiores, considera-
e nos percursos ferroviários ligeiros. Entende-se que a utilização de pas- -se que estas devem ser considera-
sagens cicláveis isoladas deve ser das sempre que se queira garantir o
Quanto à rede ferroviária pesada, privilegiada sempre que se verifi- atravessamento de vias estruturan-
apesar de ser possível que o seu quem volumes de tráfego elevados tes e de caminhos de ferro integra-
atravessamento seja feito de nível e muito elevados, em particular dos na rede ferroviária pesada.
ainda que regulado por sinaliza- para os modos ciclável e pedonal.
ção luminosa, como acontece em Esta solução é usualmente aplicada Considera-se ainda aplicável prever
alguns pontos da cidade, não se re- em: passagens cicláveis desnivela-
comenda tal solução em virtude de das em vias distribuidoras gerais,
esta oferecer alguma insegurança e ● cruzamentos ou interseções privilegiando-se soluções em que
109
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
TiPo de PassageM de níveL a Considerar Tendo Por base o TiPo e voLUMe de Tráfego.
110
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
Outros espaços
cicláveis
Assim, estas transições, devem ser
zonas de transição pensadas e desenhadas de for-
ma a garantir a continuidade dos
Este subcapítulo integra espaços de Ao longo da circulação, os utiliza- percursos, bem como a segurança
circulação e manobra para velocí- dores de bicicletas serão invariavel- e conforto dos utilizadores, evi-
pedes, que não se enquadram em mente forçados a fazer diferentes tando transições desconfortáveis
nenhuma das tipologias apresenta- tipos de transições, seja entre a que possam originar conflitos e/ou
das anteriormente e que procuram faixa de rodagem e percursos ci- perda de dinâmica e velocidade de
dar resposta a problemas concretos cláveis, seja entre diferentes níveis, circulação. Destacam-se os seguin-
relacionados sobretudo com a se- nomeadamente da cota de faixa de tes tipos:
gurança e conforto dos utilizadores rodagem para percursos cicláveis
de bicicleta. localizados a cotas intermédias ● verticais;
ou à cota do passeio. Este tipo de
Zonas avançadas e zonas de
transições verificar-se-ão sobretu- ● horizontais;
viragem para bicicletas são, entre
do nas seguintes situações:
outros, espaços onde se procura ● combinadas.
privilegiar outros fatores que não
● entre diferentes tipologias de
somente a circulação, mas sobretu- percursos cicláveis
do a manobrabilidade, capacidade
de “negociação” de circulação com ● em zonas de viragem;
o tráfego rodoviário e, sempre que
possível, o priorizar ou dar vantagem ● em paragens de transportes
de passagem aos velocípedes em coletivos;
interseções, semaforizadas ou não.
● na ligação entre percursos im-
Assim, os critérios a considerar na plantados a diferentes níveis;
construção destes espaços serão
necessariamente diferentes dos con- ● em vias, cruzamento ou passa-
siderados para o traçado dos per- deiras sobrelevadas;
cursos cicláveis independentemente
da sua tipologia, seja ao nível do ● no acesso a edifícios, zonas
seu desenho e materiais a utilizar, comerciais, de serviços e a equipa-
devendo ser dada especial atenção mentos coletivos.
às situações em que os utilizadores
estejam mais expostos e vulnerá-
veis aos diferentes tipos de tráfego,
inclusivamente pedonal e ciclável.
111
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
112
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
transições horizontais
113
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Independentemente do tipo de
soluções verificado ou a aplicar,
de forma a garantir que estas são
desenhadas e construídas de forma
adequada, as transições devem
considerar os seguintes critérios:
114
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
AtRAVESSAmEntO UnIDIRECCIOnAL
115
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
116
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
carros, sem que esteja salvaguar- considerados valores ligeiramen- zona avançada. No caso de faixas
dada a necessária distância de te superiores. A sua largura deve de rodagem com mais de uma via
segurança, ou mesmo pelo passeio, ser ajustada à largura da(s) via(s) por sentido de trânsito, em que a
de forma a se aproximarem da de trânsito. As zonas avançadas zona avançada inclua ambas as
zona avançada. devem ficar recuadas em relação vias, este pictograma poderá ser
à passagem pedonal em 1,00 m, replicado. As faixas de aproximação
Em arruamentos com faixas de ro- valor correspondente à lateral do devem igualmente ser sinalizadas
dagem com duas ou mais vias por enfiamento da área de proteção à através de pintura integral na cor
sentido de circulação, estas zonas passadeira. Este recuo, para além verde (RAL 6029) e corresponden-
avançadas para bicicletas poderão de salvaguardar o adequado afas- tes marcas rodoviárias (ver ponto
ser aplicadas apenas na via mais tamento entre peões e velocípedes 5.2 Marcas rodoviárias).
à direita, independentemente do e possibilitar que o utilizador de bi-
tipo de percurso ciclável em que se cicleta tenha boa visibilidade sobre
encontram integradas. o semáforo, garante a adequada zonas de Viragem
fluidez do tráfego rodoviário.
Quanto ao seu dimensionamento, A viragem a um ou dois momentos,
as zonas avançadas apresentam Quanto à sua marcação, estas zo- é uma prática comum em ambien-
uma extensão que é variável em nas devem ser sinalizadas através te urbano, correntemente feita de
função do volume de tráfego ciclá- de pintura integral na cor verde modo informal, em que o processo
vel existente / previsto, entenden- (RAL 6029) e aplicação de picto- de atravessamento está dependen-
do-se que um intervalo de 3,50 m grama de cor branca (RAL 9016), te da boa vontade dos automobi-
a 5,00 m de extensão é apropriado, com 1,60 m de largura por 2,50 m listas e da destreza e perceção dos
podendo, em casos particulares, ser de comprimento, centrado com a
117
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
118
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
119
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
120
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
em percursos com intermédio a ta, mas que não deve ser inferior a
muito elevado volume de tráfego 10,0 m.
ciclável), à qual acresce a largura da
faixa de proteção (0,70 m). A largura das faixas deve ser igual
à largura do percurso ciclável exis-
Na segunda solução, é dada a tente a montante devendo, quando
oportunidade ao velocípede de se possível e justificável, ser aumenta-
posicionar adequadamente no cru- da de forma a melhorar a capaci-
zamento de modo a seguir em fren- dade de acumulação e manobra
te, sendo o automobilista “forçado” junto da interseção ( 0,50 m).
a cruzar a faixa ciclável de modo a
ganhar posição para virar à direita. A solução de desenho deverá con- berLin – faixa de virageM
siderar a mudança de direção para
Esta transição deve ser possível ajustar essa nova largura.
apenas numa extensão reduzida
(10,0m a 15,0m) de modo a que o Este será ainda obrigado a negociar
automobilista reduza a sua veloci- a viragem com o velocípede caso
dade de circulação quando da tran- o sinal luminoso abra em simultâ-
sição, à qual acresce uma zona de neo para ambos, sendo no entanto
espera, ajustada à acumulação de recomendável que nestes casos, a
veículos motorizados verificada para fase para o utilizador de bicicleta
a interseção em hora de ponta, mas seja antecipada em relação à fase
que não deve ser inferior a 10,0 m. para o automobilista e forma a que
o velocípede ganhe vantagem com-
A largura da faixa deve ser igual à petitiva quando da circulação.
largura do percurso ciclável exis-
tente a montante. Independentemente de seguirem WashingTon – faixa de virageM
em frente ou virarem à direita na
A prioridade de passagem deve interseção, a prioridade de pas-
ser dada ao velocípede uma vez sagem deve ser dada aos velo-
que este se apresenta pela direita, cípedes, uma vez que estes se
salvo exista sinalização a informar apresentam sempre pela direita
o contrário. (salvo exista sinalização a informar
o contrário).
A terceira solução, corresponde à
implementação de uma dupla faixa De forma a garantir a adequada
de viragem, localizada entre as vias visibilidade dos percursos e de pos-
de trânsito para veículos motoriza- síveis pontos de conflito, as faixas
dos, em que é dada a oportunidade de viragem devem ser identificadas
ao velocípede de se posicionar mais através de pintura integral na cor
próximo da interseção de forma a verde (RAL 6029), aplicação de pic-
seguir em frente ou virar à direita. tograma de bicicleta com sentido CaMbridge – faixa de virageM
121
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
122
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
123
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
Londres – redUção PonTUaL da LargUra da via. Londres – zona exCLUsiva de CirCULação PedonaL e CiCLáveL
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GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Lisboa - enTreCaMPos
126
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
127
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
120
Estes são alguns dos factores que
influenciam o tempo de percepção e
reacção dos condutores, ou seja, o
90
Campo de visão periférico (graus)
128
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
18,75 m – –
Automóveis pesados de
passageiros articulados.
129
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
130
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
de estacionamento) e os espaços
Critérios de pedonais e cicláveis.
dimensionamento.
Assim, conforme atrás referido,
O conhecimento do espaço neces- os critérios de dimensionamento
sário para os veículos efectuarem apresentados incidem sobre as
as manobras a uma velocidade dimensões dos veículos ligeiros
segura e de forma a não compro- (passageiros e mercadorias) deten-
meterem a circulação dos res- tores de maior representatividade
tantes utilizadores é de extrema no parque automóvel local, e dos
importância no desenho de um diferentes autocarros, quer de
espaço público que se pretende transporte público quer de turismo
cada vez mais seguro equilibrado que circulam na cidade de Lisboa
na sua relação entre espaço rodo- (veículos pesados).
viário (onde se incluem as zonas
UTiLiTário
CLasse b
faMiLiar CoMPaCTo
CLasse C
131
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
132
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
vLCi - níveL 1
CoMbaTe a inC ndios
veíCULo Urbano de
vUCi - níveL 2
veíCULo esCada
ve - níveL 3
CoMbaTe a inC ndios
veíCULo esPeCiaL de
veCi - níveL 3
133
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
134
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Cenários urbanos construídos com vias de tr nsito com 3,25 m de largura, interseç es desenhadas
com curvas de raio simples de 6,00 m e separador central com 7,00 m de largura
135
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
SUV / Monovolume
4,70 m 2,10 m 1,90 m 1,65 m – 5,35 m
(Classes G / H)
Ligeiro de mercadorias
6,00 m 2,40 m 2,00 m 2,80 m – 6,70 m
(Furgão - standard)
Veículo escada
9,75 m 2,50 m – 3,85 m 10,30 m 15,50 m
(VE - nível 3)
(As dimensões apresentadas correspondem a valores aproximados, uma vez que detêm valores mínimos ligeiramente superiores aos da maioria dos veículos das suas classes).
136
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
138
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
rede estruturante
1º nível
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
141
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
rede de Proximidade
4º nível
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
urbanos, enquanto que as vias O grupo ‘características físicas’ obtido através da razão entre o
de proximidade e de acesso local determina o número de sentidos e comprimento do troço de estrada
visam sobretudo garantir a acessi- tipo de separação física existente/ e o valor médio do tempo gasto a
bilidade à escala do bairro. As con- necessária bem como o número e percorrer esse troço por todos os
dições de escoamento de tráfego largura das vias essencial tendo em veículos que circulam em ambos os
em vias integradas nos primeiros vista a circulação viária. sentidos.
três níveis da rede viária da cidade
variam desde condições muito O grupo ‘atributos operacionais’ Em casos particulares, poderá ser
semelhantes às das vias rápidas determina a velocidade regulamen- necessário dimensionar as infraes-
urbanas, ou seja escoamento sem tada e volume de tráfego ajustado truturas rodoviárias considerando
interrupções, até condições de es- em função dos grupos anteriores. características físicas e atributos
coamento próximas das vias locais, Independentemente da velocida- operacionais diferentes dos expos-
resultante de interrupções provoca- de regulamentada, é a velocidade tos, desde que devidamente funda-
das pela existência de intersecções média do percurso que reflecte mentado e validado pelos serviços
reguladas por sinais luminosos. a mobilidade da infraestrutura técnicos da Câmara.
rodoviária, sendo este parâmetro
148
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
As manobras de entrecruzamen-
to correspondem a movimentos
de transição horizontal e que são
usualmente associados à mudança
de vias de trânsito, sendo também
típica em nós de ligação de vias de
hierarquia superior.
As manobras de atravessamento
correspondem ao movimento de
‘ida em frente’ numa interseção.
Estes são o tipo de manobras mais
perigosas, uma vez que o atra-
vessamento conflitua com várias
correntes de tráfego, em que o em-
bate mais comum é do tipo frente
– lateral usualmente com ângulos
próximos dos 90 .
No atravessamento o condutor
deve avaliar os intervalos de tempo
As manobras de divergência são Nestes casos, todos os condutores disponibilizados pelas correntes
manobras simples, de pequena que pretendam entrar numa via principais e avançar quando con-
perigosidade, caracterizadas pela prioritária devem avaliar os inter- siderar que tal pode ser feito em
separação de uma corrente de valos de tempo disponibilizados segurança.
tráfego em duas ou mais correntes de modo garantir que a inserção é
(viragens à esquerda ou direita). feita de forma segura. Facilitar a manobra de atraves-
samento passa sobretudo pela
Os acidentes mais comuns associa- Os acidentes mais comuns são criação de separadores centrais
dos a este tipo de manobra resul- quer o embate da frente do veículo nas vias prioritárias, com dimen-
tam de mudanças de direção abrup- motorizado na lateral de outro sões adequadas, que permitam aos
tas feitas pelos automobilistas, que veículo, quer o embate da frente veículos não prioritários efetuar o
podem resultar no embate de um de um veículo na lateral de outros atravessamento de forma faseada.
automóvel na traseira do de outro veículos motorizados.
veículo no momento de mudança de uando o fluxo de atravessamento
direção por parte deste último. O nível de perigosidade do embate for significativo, bem como o núme-
depende do ângulo de convergência ro de vias a atravessar, as demoras
As manobras de convergência são e da velocidade de circulação de podem tornar-se longas, devendo
também manobras simples mas ambos os utilizadores. nestes casos, por razões de segu-
com um nível de perigosidade supe- rança e capacidade, ponderar-se a
rior ao das manobras de divergência. adoção de outras soluções.
159
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Tipologia de interseç es
Considerando a natureza das vias
existentes na cidade de Lisboa, po-
demos identificar os seguintes tipos
de interseções
● Interseções desalinhadas.
160
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
vias não permite a criação de um De registar ainda outras soluções Explica-se a sua função, tipo de
interseção em ‘X’. menos comuns, nomeadamente regulação a considerar, o tipo de
intersecções com mais de 4 ramos. percurso e espaços de manobra
Este tipo de interseção é vantajoso Estas, pela sua complexidade ge- mais ajustados, bem como me-
do ponto de vista da segurança na ométrica resultam habitualmente didas adicionais a considerar no
medida em que permite diminuir e em soluções de pouca legibilidade, apoio à circulação de utilizadores
distribuir os pontos de conflito. o que dificulta o seu entendimento mais vulneráveis.
161
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
162
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
163
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
dos maiores volumes de tráfego Os volumes de tráfego nestas O tipo de passagem a considerar
rodoviário a percursos intermédios interseções são usualmente muito para a interseção entre estas vias,
e de proximidade. intensos ( t 1.000 v/h), podendo decorre, para além da natureza da
verificar-se também níveis eleva- própria interseção e dos volumes
A prioridade de passagem deve res- dos (800 v/h t 1.000 v/h). de tráfego considerados como
peitar a hierarquia viária, devendo a referência, das tipologias veículos
regulação recorrer preferencialmen- A solução de desenho urbano deve que a circular (veículos pesados
te à construção de interseções des- procurar dissuadir a circulação a de mercadorias, passageiros e/ou
niveladas (superiores ou inferiores), velocidades superiores às regu- veículos de socorro).
que possibilitem ligações com vias lamentares (80 a 120 km/h nas
do mesmo nível adjacentes. vias de nível 1 e 50 a 80 km/h Perante a presença e necessida-
nas de nível 2), recorrendo quando de de circulação de utilizadores
Nos casos em que as ligações entre justificado à aplicação pontual de vulneráveis a passagem neste tipo
vias deste níveis sejam “de mão” medidas de acalmia, devidamente de vias deve ser resolvido recor-
poder-se-á recorrer a interseções ajustadas à hierarquia das vias rendo à construção de passagens
niveladas desde que devidamente (nível 1 ou 2/3), seja através da desniveladas, superiores (prefe-
reguladas (sinalização luminosa, alteração de alinhamentos verticais rencialmente rebaixando a faixa
sinalização vertical e marcas rodo- (bandas cromáticas) ou horizontais de rodagem e mantendo de nível
viárias). (redução de raios de curvatura ), a circulação pedonal e ciclável) ou
ou de medidas adicionais (sistemas inferiores.
de controlo de velocidade …).
distribuidoras residencial
estruturante Principal secundária Proximidade Local
nível 1 nível 2 nível 3 nível 4 nível 5
estruturante Passagens Desniveladas (superiores ou inferiores)
nível 1 Passagens niveladas (entradas e saídas de mão)
distribuidoras Principal Regulação Regulação Regulação
nível 2 (SLAT, Rotundas) (SLAT, Rotundas) (SLAT, SV, MR, RT
Passagens nive- / sem viragens à
ladas esquerda)
(entradas e saídas
de mão)
Passagens Desni-
veladas
(superiores ou
inferiores)
secundária Regulação Regulação Regulação
nível 3 (SLAT, Rotundas) (SLAT, SV, MR, (SLAT, SV, MR, RT
Rotundas) / sem viragens à
esquerda)
residenciais Proximidade Regulação Regulação
nível 4 (SLAT, SV, MR, RT, (SV, MR, RT,
Rotundas) Mini-rotundas)
Local
nível 5
SLAT - Sinalização luminosa automática de trânsito; SV - Sinalização vertical; MR - Marcas Rodoviárias; RT - Regras de trânsito
164
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
165
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
minimizar / inviabilizar incómodos Esta regulação pode ser conseguida muito reduzido a reduzido volume
resultantes de veículos estacio- das seguintes formas: de tráfego (Vt < 300 v/h), onde a
nados ou parados em locais não velocidade de circulação viária é
apropriados para o efeito (paragens ● sem sinalização luminosa (prio- não superior a 30 km/h e as vias,
em 2 fila). ritária); quando possível, devem ser parti-
lhadas entre utilizadores.
● com sinalização luminosa;
regulação Deve ser tida em consideração a
● com rotundas ou mini-rotundas. redação do código da estrada (Lei
É importante ter igualmente em n.º 72/2013), que refere que nos
consideração alguns critérios no A regulação prioritária, ou sem cruzamentos e entroncamentos,
desenho de interseções que inclu- sinalização luminosa, compreende onde, entenda-se, não exista sina-
am diferentes modos de circulação, dois tipos de solução: lização a informar do contrário, os
sendo para tal relevante perceber o condutores devem ceder passagem
tipo e as necessidades, preferências ● ‘prioridade de passagem’; aos veículos que se lhes apresen-
e expectativas dos automobilistas. tem pela direita.
● sinalização não luminosa.
O impacto que o desenho das inter- Na segunda solução, sinalização
No primeiro caso, a prioridade de
seções detêm no tempo de deslo- não luminosa, a prioridade de pas-
passagem é dada aos utilizado-
cação é um aspeto a observar, uma sagem é dada aos utilizadores que
res que circulam pela direita. Este
vez que qualquer acréscimo ao circulam nas vias de nível superior,
deve ser considerado apenas em
tempo de deslocação pode compro- nomeadamente vias distribuidoras,
interseções existentes em zonas
meter a fluidez do tráfego originan- sendo a circulação regulada por
dominantemente residenciais, de
do engarrafamentos. É portanto sinalização vertical e/ou marcas
baixa ou média densidade, com
necessário dar particular atenção
aos critérios referentes à capacida-
de e regulação das interseções.
Na determinação da ‘capacidade’
dos cruzamentos e entroncamen-
tos deve, sempre que possível e
desejável, ser dada prioridade de
circulação aos utilizadores mais
vulneráveis e não ao tráfego rodo-
viário. Assim, as interseções devem
ser desenhadas tendo em conside-
ração os diferentes volumes de trá-
fego (rodoviário, ciclável e pedonal),
de modo a garantir a segurança e
fluidez de circulação de todos os
utilizadores.
166
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
● adequabilidade do atravessa-
mento à envolvente urbana;
167
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
168
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
desenho
Independentemente da solução de
desenho considerada, é importante
adotar soluções adaptadas às con-
dições locais e às características
da procura de tráfego, sem criar
soluções invulgares e de difícil le-
gibilidade e compreensão por parte
dos utilizadores.
desCrição
Vias que permitem aos veículos
que se pretendem inserir ou aban-
donar uma determinada corrente
prioritária, acelerar ou abrandar
nessas vias de forma a evitar gerar
perturbações significativas na cor-
rente principal, sendo a sua utiliza- Lisboa – avenida Cidade de Praga – via de desaCeLeração
ção tanto mais importante quanto
maior for a velocidade de base e
os volumes de tráfego na estrada
principal.
objeTivos
Minimizar as perturbações origina-
das numa via por movimentos de
entrada e saída de veículos prove-
nientes de outras vias.
LoCaLização
Esta medida deve ser preferencial-
mente implantada em vias de 1.ºe
2. º nível da hierarquia viária da
cidade, podendo em casos particu-
lares ser justificada a sua aplicação
em vias de nível 3. Lisboa – avenida Cidade de Praga – via de aCeLeração
169
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
170
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
171
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
172
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
173
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
desCrição
Solução que adequa o desenho de
interseções em função do volu-
me de tráfego e da tipologia de
veículos em circulação, facilitando
a fluidez do tráfego rodoviário,
sem comprometer a segurança
dos restantes utilizadores (peões e
utilizadores de bicicletas).
objeTivos
Garantir a fluidez e facilitar a circu-
lação rodoviária, em particular de
veículos de socorro;
Orientar movimentos;
Minimizar zonas de conflito; Lisboa – rUa do arCo do Cego – inTerseção desenhada CoM LeqUe de inserção
174
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
175
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
176
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
177
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
178
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
zonas de Moderação de
Circulação autom vel
As zonas de moderação de circula-
ção automóvel resultam da com-
patibilização dos comportamentos
dos diferentes modos de transpor-
te, motorizados e não-motorizados,
de forma a garantir a partilha
segura e confortável do espaço
público.
179
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
180
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
181
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
182
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
zona de CoexisT nCia – esPaço CanaL não inferior a 10,00 M esPaço CanaL não inferior a 5,50 M e não sUPerior a 10,00 M
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
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GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
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1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
aLMada
avenida doM nUno áLvares Pereira
188
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
ConfigUração
No caso de vias distribuidoras de
locais é aconselhável um desvio na
trajectória com uma proporção de
1,00 m por 8,00 m (1:8) de modo
a que as medidas tenham o efeito
pretendido.
189
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
PaviMenTos
O revestimento deve ser adequado
ao tipo de tráfego e cargas a que
irá estar sujeita. Para aumentar
a visibilidade desta medida de
acalmia e contribuir para a mudan-
ça de comportamento dos condu-
tores, nas zonas de deflexão pode
utilizar-se um revestimento de cor
ou textura diferente do existente na
faixa de rodagem.
sinaLização
É recomendável o recurso a sina-
lização horizontal e vertical com
o intuito de alertar os condutores
da inflexão existente no espaço de
circulação rodoviário.
infraesTrUTUras
A introdução desta medida de acal-
mia não pode piorar o sistema de
drenagem existente na via e deve
adequar-se o mesmo caso seja
necessário.
190
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
estrangulamento da via
desCrição
Redução da largura das vias de
circulação através do alargamento
dos passeios, da construção de
bolsas para estacionamento ou
canteiros para vegetação, e da
construção de separadores no cen-
tro da faixa de rodagem.
objeCTivos
LoCaLização
Esta medida não deve ser implan-
tada em vias de 1.º, 2.ºe 3.º nível
da hierarquia viária da cidade devi-
do à provável redução na fluidez e
volumes de tráfego rodoviário.
191
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
ConfigUração
Os pontos de estrangulamento
devem ser desenhados de forma a
garantir que:
192
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Serão admitidas outras soluções um revestimento de cor ou textura Deve ser colocada sinalização ver-
cuja eficácia e adequabilidade ao diferente do existente na faixa de tical com indicação de passagem
fim em vista estejam devidamente rodagem, desde que seja respeita- estreita (A4).
fundamentadas quer por ensaios, da a adequada sinalização.
quer por estudos ou por situações Quando o estrangulamento tenha
reais. Se no curto prazo for tecnicamen- uma largura não inferior a 3,00 m
te ou financeiramente difícil ou e seja implantado em ruas com
Deve ser salvaguardada a acessibi- impossível realizar o estrangula- duas vias e dois sentidos de circu-
lidade e mobilidade de veículos de mento com recurso a ‘obra física’, a lação, deverá ser colocada sina-
emergência, em particular veículos mesma pode ser concretizada atra- lização vertical com indicação de
de emergência médica e de comba- vés de pintura na via como marca passagem estreita (A4) e indicação
te a incêndios. rodoviária e implantação de balizas de que condutor tem prioridade de
flexíveis retroreflectoras. passagem nos estreitamentos (B6).
Deve igualmente ser salvaguarda-
da a circulação de velocípedes em Quando aplicadas em zonas de infraesTrUTUras
particular em ruas onde existam passadeira deverão ser respeitadas A introdução desta medida de
faixas em contrafluxo. as recomendações apresentadas no acalmia não deve comprometer
subcapítulo 1.1 – Espaços de circu- o sistema de drenagem existente
PaviMenTos lação pedonal, na secção referente na via, devendo ser previstas as
O revestimento das zonas de es- a passadeiras de peões. devidas adaptações das infraes-
trangulamento deve ser adequado truturas existentes sempre que
ao tipo de tráfego e cargas a que sinaLização necessário.
irá estar sujeita. Deve proibir-se a ultrapassagem no
mínimo 15,00m antes, depois e du- Em casos particulares poderá pre-
Para aumentar a visibilidade desta rante a zona de estrangulamento, ver-se a instalação de sumidouros
medida de acalmia e contribuir recorrendo à marca rodoviária M1 ou canaletes de drenagem de modo
para a mudança de comportamen- com largura de 20cm, na separa- a evitar a acumulação de água em
to dos condutores, pode utilizar-se ção das vias de trânsito. recantos’ e pontos baixos.
193
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
194
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
195
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
196
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
197
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
sobrelevação da via
desCrição
Elevação do pavimento da faixa de
rodagem até à altura do passeio,
de modo a forçar o condutor a
reduzir a velocidade de circulação
para subir a rampa e passar pela
plataforma sobrelevada.
objeTivos
LoCaLização
Esta medida não deve ser implan-
tada:
198
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
ConfigUração
A sobrelevação da via deve ser
constituída por:
● plataforma sobrelevada;
● rampas.
199
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
200
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
PaviMenTos infraesTrUTUras
O revestimento da plataforma Drenagem:
sobrelevada e das rampas deve
ser adequado ao tipo de tráfego e ● a introdução desta medida de
cargas a que irá estar sujeita. acalmia não pode piorar o sistema
de drenagem existente na via e
Para aumentar a visibilidade desta deve adequar-se o mesmo caso
medida de acalmia e contribuir seja necessário;
para a mudança de comportamen-
to dos condutores, pode utilizar-se ● deve evitar-se acumulação de
um revestimento de cor ou textura água nos pontos baixos, através
diferente do existente na faixa de da introdução de sumidouros ou
rodagem. canalete de drenagem;
201
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
sobrelevação de passadeira
desCrição
Elevação do pavimento da faixa de
rodagem até à altura do passeio,
conjugada com uma passagem de
peões.
objeTivos
LoCaLização
Esta medida não deve ser implan-
tada:
aCaLMia de Tráfego
sobreLevação de Passadeira
202
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
ConfigUração
A sobrelevação da via com passa-
gem de peões é constituída por:
● plataforma sobrelevada;
● rampas.
aCaLMia de Tráfego
sobreLevação de Passadeira
203
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
As rampas devem ser perpendi- ou textura bem diferenciada, que As rampas devem ser sinalizadas
culares ao eixo da via onde estão permita ao peão detetar a exis- com marcas transversais idênticas,
contidas e reunir as seguintes tência da passagem de peões, a constituída cada uma delas por fi-
características: sua largura e a direção de atra- las de quadrados de 50cm de lado,
vessamento. alternando a cor branca com a do
● comprimento, medido na dire- pavimento, de forma a produzir um
ção do eixo da via, igual ou superior O piso tátil deve conjugar a faixa efeito xadrez.
a 50cm; de alerta, a guia de encaminha-
mento e a moldura de contraste. infraesTrUTUras
● uma inclinação entre 6% a Drenagem:
12%. A inclinação das rampas é o sinaLização
principal indicador de desconforto, A plataforma sobrelevada deve ● a introdução desta medida de
quanto maior for a inclinação me- conter a passagem de peões defi- acalmia não pode piorar o sistema
nor será a velocidade. nida através das seguintes marcas de drenagem existente na via e
rodoviárias: deve adequar-se o mesmo caso
Deve igualmente existir uma área seja necessário;
de protecção, livre de obstáculos ● marca rodoviária M11;
que possam prejudicar o avista- ● deve evitar-se acumulação de
mento do peão pelos condutores. ● a marca rodoviária M11 deve água nos pontos baixos, através da
ser constituída por barras longitu- introdução de sumidouros;
PaviMenTos dinais paralelas ao eixo da via, com
O revestimento da plataforma largura de 50cm, alternadas por ● os sumidouros devem ser colo-
sobrelevada e das rampas deve ser intervalos regulares com a mesma cados junto aos lancis, de ambos
adequado ao tráfego automóvel e medida; os lados da faixa de rodagem,
seguro e confortável para o peão. a montante da sobrelevação no
O início das rampas deve distar sentido do escoamento superficial
Para aumentar a visibilidade desta 50cm do fim da marca rodoviária da via;
medida de acalmia e contribuir M11.
para a mudança de comportamen- ● caso seja necessário devem ser
to dos condutores, pode utilizar-se Deve introduzir-se uma linha de previstas as devidas adaptações
um revestimento de cor ou textura paragem com as seguintes carac- das infraestruturas existentes –
diferente do existente na faixa de terísticas: nomeadamente, alteamento de
rodagem. tampas e/ ou alteração do revesti-
● marca rodoviária M8, constituí- mento das tampas de acordo com
Na zona do passeio adjacente à da por barra transversal ao eixo da o material utilizado.
passagem de peões deve existir faixa de rodagem, com largura de
um tipo de revestimento espe- 50cm;
cífico e inconfundível, designado
piso tátil, com cor contrastante e/ ● a marca rodoviária M8 deve
distar 50 cm do final das rampas.
204
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
ConfigUração
sobrelevação de cruzamento ● em locais onde a inclinação lon- A sobrelevação da via deve ser
gitudinal da via é igual ou superior constituída por:
desCrição
a 8%;
Elevação do pavimento do cruza- ● plataforma sobrelevada;
mento ou entroncamento até à ● em locais sem iluminação públi-
ca; ● rampas.
altura do passeio, de modo a forçar
o condutor a reduzir a velocidade
● em locais com pouca visibilidade, A sobrelevação das vias deve ocu-
de circulação para subir a rampa e
por exemplo em curvas; par todo o cruzamento ou entron-
passar pela plataforma sobrelevada.
camento, em particular se existirem
● em vias onde circulem veículos percursos cicláveis;
objeTivos
integrados na rede ferroviária ligeira.
● Reduzir as velocidades de circu- A plataforma sobrelevada deve
Em vias de 3.º nível a implantação reunir as seguintes características:
lação.
desta medida deve ter em conta os
volumes de tráfego rodoviário, as ● comprimento, medido na dire-
● Facilitar a circulação ciclável,
velocidades de circulação, os fluxos ção do eixo da via, deve ser entre
nomeadamente manobras de
pedonais e o registo de atropela- 4,00m a 8,00m;
viragem, em particular em vias
mentos.
partilhadas (vias onde as bicicletas
partilham o espaço rodoviário com ● caso a via seja utilizada com
Caso sejam introduzidas sobreleva- regularidade por autocarros, o
os veículos motorizados).
ções sucessivas, estas não devem comprimento, medido na direção
distar entre si menos de 30,00m, do eixo da via, deve ser superior a
● Desencorajar o tráfego de atra-
perdendo-se o efeito de conjunto se 6,00m;
vessamento.
distarem mais de 150,00m.
LoCaLização ● altura, medida relativamente ao
O espaçamento entre as sobreleva- plano da faixa de rodagem, entre
Esta medida não deve ser implan-
ções depende da velocidade que se 5cm a 12cm.
tada:
pretende induzir; isto é, quanto me-
nor for a distância entre as sobrele- As rampas devem ser perpendi-
● em vias de 1.º e 2.º nível;
vações menor será a velocidade de culares ao eixo da via onde estão
● em vias de 4.º e 5.º nível que circulação. contidas e reunir as seguintes
façam a ligação entre as entradas características:
dos Hospitais e as vias de nível
superior;
MiLTon ke nes -
sobreLevação de CrUzaMenTo
205
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
206
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
207
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Passeio contínuo
desCrição
A continuidade do passeio consiste
na interrupção da faixa de rodagem
pelo passeio, e implica a circulação
dos veículos por travessia pontual
do espaço do peão.
A adopção da continuidade do
passeio implica, em coerência, o
seguinte:
● homogeneidade visual do
espaço do peão, não se materiali-
zando no passeio nenhuma marca
rodoviária;
208
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
objeTivos
LoCaLização
Esta medida não deve ser implan-
tada:
ConfigUração
O passeio contínuo é constituída
por:
● plataforma continua;
209
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
210
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Lombas redutoras de
velocidade Lrv’s
desCrição
Seção elevada do pavimento da
faixa de rodagem e construída em
quase toda a largura, com carácter
preferencialmente não temporário,
dimensionada em função da veloci-
dade pretendida, de modo a causar
desconforto crescente nos ocupan-
tes do veículos com o aumento da
velocidade.
objeCTivos
LoCaLização
Esta medida não deve ser implan-
tada:
211
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Lisboa - avenida áLvares CabraL – LoMba CUrTa seqUenCiaL desenhada Para LiMiTação de veLoCidade a 30 kM/h
212
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Lomba curta
desenhada para limitação de velocidade a 30 km/h
Lomba curta
desenhada para limitação de velocidade a 20 km/h
Lomba alongada
(curva circular)
Lomba alongada
(curva parabólica)
213
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Lomba curta
perfil transversal
Lomba alongada
perfil transversal
214
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Para aumentar a visibilidade desta Deve também ser colocada a ● em casos particulares poderá
medida de acalmia e contribuir sinalização vertical de sinal de prever-se a instalação de sumi-
para a mudança de comportamen- lomba (A2a) com painel adicional douros ou canaletes de drenagem
to dos condutores, pode utilizar-se modelo 1 indicando a distância de modo a evitar a acumulação
um revestimento de cor ou textura a que se encontra a primeira de água nos pontos baixos. Estes
diferente do existente na faixa de lomba. devem ser colocados junto aos
rodagem, desde que seja garantida lancis, de ambos os lados da faixa
a necessária sinalização. No caso de uma sucessão de de rodagem, a montante da sobre-
lombas, deve ser adicionado o levação no sentido do escoamento
painel modelo 2, indicador da ex- superficial da via.
Lisboa - avenida eng. dUarTe PaCheCo – LoMba CUrTa seqUenCiaL desenhada Para LiMiTação de veLoCidade a 20 kM/h
215
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
Lisboa - av. dUarTe PaCheCo - LoMbas CUrTas rasgadas Para PassageM de TransPorTes PúbLiCos
216
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Esta medida pode ser implemen- Estas linhas são executadas em PaviMenTos
tada em todos os níveis da rede conjuntos de uma unidade, no mo- Pintura a tinta termoplástica
viária da cidade, não sendo usual delo simples, ou de duas unidades, antiderrapante na cor branca, RAL
a sua aplicação em vias de nível no modelo duplo, com uma largura 9016 com altura não superior a 6
5 uma vez que existem medidas de 50 cm. Quando duplas estas milímetros, aplicada, usualmente,
de acalmia mais eficazes a aplicar linhas de 50 cm devem ser parale- sobre tapete betuminoso.
neste nível viário. las, afastadas 30 cm uma da outra.
Para aumentar a visibilidade desta
medida de acalmia e contribuir
para a mudança de comportamento
217
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
218
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Medidas adicionais
As medidas adicionais de acalmia
de tráfego correspondem a medi-
das que pelas suas características
técnicas ainda que não introduzam
alterações na geometria da rua po-
dem ser utilizadas, quer de forma
isolada quer combinada com as
medidas acima referidas, uma vez
que apresentam resultados promis-
sores na redução da velocidade de
circulação. Destacam-se as seguin-
tes medidas:
● sistemas semaforizados de
controlo de velocidade;
● condicionamento da entrada
numa rua ou zona.
219
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
220
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
221
1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária GEOMETRIA
alteração gincana M M R M M
alinhamentos
horizontais estrangulamento via M M M M M
estreitamento
M R M M M
interseç es
redução raios
M R M M M
curvatura
sobrelevação
E M E E E
cruzamento
Passeio contínuo E M E E E
Lombas redutoras E M M E E
bandas cromáticas M R R R R
sLaT controlo de
M M M E R
veloc.
elementos urbanos R R R R R
Cores e textura
R R M R R
pavimento
elementos galgáveis. M R M R R
fecho de rua E E E E E
Condicionamento de
E E E E R
acesso
222
GEOMETRIA 1.3. Espaços dE CirCulação rodoviária
Largura mínima das vias (m) 3,25 3,00 3,00 3,00 3,00
alteração Gincana - - ● ● ●
alinhamentos
horizontais Estrangulamento via - - ● ● ●
Estreitamento interseções - ● ● ● ●
Sobrelevação cruzamento - - ● ● ●
Passeio contínuo - - - ●
Lombas redutoras - - ● ● ●
Bandas cromáticas ● ● ● ●
Elementos urbanos ● ● ● ● ●
Elementos galgáveis. - - ● ● ●
Fecho de rua - - - - ●
Condicionamento de acesso - - - - ●
223
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
Lisboa – baixa
224
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
225
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
226
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
227
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
228
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
229
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
ESTACIONAMENTO DE MOTOCICLOS
230
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
231
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
232
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
233
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
234
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
Oblíquo | 45º
diMensões do LUgar
2,30m a 2.50m de largura
sem barreira física que
impeça o avanço dos veículos
sobre os passeios, faixa de
estacionamento com 4,20m
de profundidade
com barreira física que
impeça o avanço dos veículos
sobre os passeios, faixa de
estacionamento com 4,50m
de profundidade
Casos ParTiCULares
Quando contíguos a percursos
cicláveis (faixa ciclável ou via
partilhada) recomenda-se que
esta tipologia de parqueamen-
to seja redesenhada de modo
a assegurar que o acesso ao
estacionamento seja feito em
marcha atrás e não de frente
(estacionamento oblíquo inver-
tido).
235
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
236
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
237
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
Oblíquo | 60º
diMensões do LUgar
2,30m a 2.50m de largura
sem barreira física que
impeça o avanço dos veículos
sobre os passeios, faixa de
estacionamento com 4,20m
de profundidade
com barreira física que
impeça o avanço dos veículos
sobre os passeios, faixa de
estacionamento com 4,50m
de profundidade
Casos ParTiCULares
Quando contíguos a percursos
cicláveis (faixa ciclável ou via
partilhada) recomenda-se que
esta tipologia de parqueamento
seja redesenhada de modo a as-
segurar que o acesso ao estacio-
namento seja feito em marcha
atrás e não de frente (estaciona-
mento oblíquo invertido).
238
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
239
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
240
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
Transversal | 90º
diMensões do LUgar
2,30m a 2.50m de largura
sem barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,50m de profundidade
com barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 5,00m de profundidade
Casos ParTiCULares
Quando contíguos a percursos
cicláveis (faixa ciclável ou via parti-
lhada) recomenda-se que o acesso
ao estacionamento seja feito em
marcha atrás e não de frente (esta-
cionamento transversal invertido).
241
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
Mobilidade Condicionada
Os lugares de estacionamento
reservados ao estacionamento de
veículos ligeiros em que um dos
ocupantes seja uma pessoa com
mobilidade condicionada, devem
ser preferencialmente oblíquos
ou transversais e apresentar as
seguintes características;
242
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
243
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM GEOMETRIA
244
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO E PARAGEM
245
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
Londres - WesTMinsTer
246
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
lado da faixa de rodagem, deve: ● Volume de tráfego elevado; A paragem em plena via pode ser
obtida mediante preenchimento de
● Facilitar a acostagem do auto- ● Frequência de autocarros ele- recorte ou via própria pré-existentes.
carro nas portas de entrada e saída vada;
(i.e., integral); O recorte ou a via própria não de-
● Paragem servida por mais de vem prejudicar o percurso pedonal
● Minimizar o intervalo horizontal duas carreiras. no passeio, o qual deve possuir a
entre os pisos do autocarro e da seguinte largura livre:
paragem; A experiência demonstra que a
paragem em recorte fomenta a ● Em novos arruamentos, 1,50m
● Facilitar a reinserção do auto- prática de velocidades elevadas, ou superior;
carro na corrente de tráfego; dificulta a reinserção do autocarro
na corrente de tráfego, dificulta ● Em passeios adjacentes a vias
● Desencorajar o estacionamento a acostagem, fomenta o estacio- já existentes, de 2.º ou 3.º nível,
abusivo na faixa de acostagem. namento ilegal, tornando a acos- 1,50m ou superior;
tagem mais difícil ou impossível,
A paragem deve seguir um dos consome espaço pedonal, dificulta ● Em passeios adjacentes a vias
seguintes tipos: a instalação de abrigos (por falta já existentes, de 4.º nível, 1,20m ou
de espaço no passeio) e torna a superior;
● Paragem em plena via mudança de paragens mais onero-
sa e difícil. ● Nas restantes situações, 1,50m
● Paragem em recorte ou superior.
Estas desvantagens prejudicam a
● Paragem em via própria segurança rodoviária, a velocidade Nota: aplica-se a hierarquia viária
comercial dos autocarros e a aces- definida pelo PDM.
247
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
● Efectuar os embarques e
desembarques com o autocarro
imobilizado na via de trânsito,
mesmo que isso implique (caso da
via única) interrupção do restante
tráfego rodoviário.
● Se houver condicionantes de
grande escala (por ex., árvores ou
candeeiros de iluminação pública),
o comprimento referido no ponto
anterior pode ser reduzido para 10
metros.
248
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
ParageM eM reCorTe
A paragem em recorte deve permi-
tir ao autocarro:
● Efectuar os embarques e
desembarques com o autocarro
parado no recorte.
249
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
● Efectuar os embarques e
desembarques com o autocarro
parado na via própria;
250
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
● A minimização do Impacto na
fluidez do tráfego rodoviário. Relação com o Estacionamento
iMPLanTação
disTÂnCia MíniMa enTre Paragens
251
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
252
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
253
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
254
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
255
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
256
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
257
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
reLação da rede CiCLáveL CoM ParageM de TP eM via ParTiLhada reLação da rede CiCLáveL CoM ParageM de TP eM faixa CiCLáveL
258
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
reLação da rede CiCLáveL CoM ParageM de TP eM faixa CiCLáveL reLação da rede CiCLáveL CoM ParageM de TP eM PisTa CiCLáveL
259
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
260
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
Componentes funcionais
● Ponto de paragem;
● Faixa de acostagem;
● Lancil;
● Abrigo;
● Informação ao passageiro
faixa de aCosTageM
261
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
262
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
263
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
264
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
● Estrutura autónoma;
● Montras e janelas.
265
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
área Coberta Espaço Livre para o Passageiro ● Pela frente do abrigo, se hou-
ver largura livre entre o abrigo e o
O abrigo deve proporcionar uma A implantação do abrigo sobre a lancil;
área coberta, para movimentação ZED deve salvaguardar, dentro da
e estadia de passageiros, igual área coberta, todos os seguintes ● Nos restantes casos, pela lateral
do abrigo.
ou superior a 12,00m2, devendo espaços livres para manobra e
tomar-se por referência a área livre estadia do passageiro:
Deve existir pelo menos uma zona
(i.e., sem obstáculos, com excepção
de rotação dentro da área coberta,
do assento) localizada dentro dos ● Entrada e saída do abrigo;
com a seguinte geometria:
limites laterais do abrigo.
● Zona de rotação no abrigo;
● Diâmetro livre de 1,50m;
A área coberta do abrigo deve pro-
longar-se o suficiente para abran- ● Zona de permanência no abrigo.
● Altura livre de 2,40m.
ger os movimentos de entrada e
saída das duas primeiras portas do A entrada e saída do abrigo devem
A zona de rotação pode sobrepor-se
autocarro., sem prejuízo da faixa de ser constituídas pelas ligações mais
à faixa de protecção do autocarro.
proteção do autocarro. directas entre o percurso pedonal
no passeio e os pontos em que está
Deve existir pelo menos uma zona
Em toda a área coberta destinada prevista a abertura das portas de
de permanência dentro da área
ao movimento ou estadia de pas- entrada e de saída do autocarro,
coberta, com a seguinte geometria:
sageiros, deve assegurar-se uma considerando dois movimentos:
altura livre de 2,40m. ● Comprimento livre de 1,30m;
● Para a entrada, o movimento
Os lados com plano transparen- passeio – abrigo – autocarro;
● Largura livre de 0,80m;
te (por ex., envidraçado) devem
possuir duas marcas de segurança ● Para a saída, o movimento au- ● Visível pelo motorista do auto-
que as tornem bem visíveis, com as tocarro – abrigo – passeio. carro na aproximação à paragem;
seguintes características:
Em toda a extensão das ligações
● Posicionada de forma a não se
● Opacas (i.e., sem transparência); de entrada e saída deve assegurar- sobrepor à entrada e saída do abrigo.
-se:
● Cor clara (recomenda-se ama- O espaço livre da zona de perma-
relo ou laranja vivo); ● Largura livre igual ou superior a nência pode não estar demarcado.
90cm;
● Posição horizontal;
● Zona de rotação onde o mo- Mobiliário e informação ao
● Percorrer toda a largura do vimento implique mudança de
passageiro
plano transparente; direção.
O abrigo deve estar equipado, pelo
● Traço de espessura igual ou As zonas de entrada e saída podem
menos, com o seguinte mobiliário:
superior a 30mm; sobrepor-se à faixa de protecção
do autocarro.
● Assento;
● A uma altura do piso de 30cm
(marca inferior) e 1,20m (marca Deve prever-se a entrada no abrigo
● Papeleira;
superior). por uma das seguintes formas:
● Pilaretes;
Deve estar assegurada a ilumi- ● Pela frente do abrigo, se houver
nação de toda a área coberta no largura livre entre o abrigo e o ● Chapa identificadora.
período noturno, com um nível de lancil;
iluminância igual ou superior a 140 O assento deve possuir as seguin-
lux, medido a 1,00m de altura do ● Nos restantes casos, pela lateral tes características:
piso. ou pela parte posterior do abrigo.
● Plano de nível (inclinação 0%);
Deve prever-se a saída do abrigo
por uma das seguintes formas: ● Altura ao piso compreendida
entre 30cm e 40cm;
266
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
● Capacidade de 50 litros.
Os pilaretes, preferencialmente,
não devem ser localizados sobre a
ZED. Os pilaretes implantados no
troço de passeio adjacente à faixa
de acostagem (com excepção da
ZED) devem possuir as seguintes
características:
267
1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS GEOMETRIA
268
GEOMETRIA 1.5 TRANSPORTES PÚBLICOS
269
1.6 PENDENTES E DRENAGEM GEOMETRIA
270
GEOMETRIA 1.6 PENDENTES E DRENAGEM
271
1.6 PENDENTES E DRENAGEM GEOMETRIA
272
GEOMETRIA 1.6 PENDENTES E DRENAGEM
Nesse sentido, de forma a ga- maior aderência têm menor coefi- elementos devem ser localizados
rantir a adequada drenagem dos ciente de escorrência superficial e de forma a não prejudicar ou con-
percursos cicláveis, deve ser dada aumentam a pulverização de água dicionar manobras frequentes dos
particular importância aos seguin- (ver cap.2 - Materiais); ciclistas. Os sumidouros, apesar
tes aspectos: de dispostos longitudinalmente
● Sinalização - A espessura de ao sentido da via, devem ter as
● Pendentes - As pendentes algumas marcas rodoviárias pode suas grelhas dispostas de modo a
transversias nos percursos cicláveis comprometer a adequada es- ficarem perpendiculares ao sentido
devem ter uma inclinação de 2,5 corrência superficial, provocando da via. As grelhas dos sumidou-
(minimo de 1,25 ) podendo drenar acumulação de água no percurso. ros devem ter uma largura que
para um ou ambos os lados de Nesse sentido deve ser assegurado impossibilite a passagem de uma
acordo com a tipologia do percur- que após a sua conclusão a superfi- esfera rígida com diâmetro superior
so. Em curva a drenagem deve ser cie do percurso ciclável, incluindo a 0,02m e devem estar nivelados
feita preferencialmente para o lado as necessárias marcas rodoviária, com o pavimento ( /- 5mm), evi-
com raio mais curto, ou seja, uma fique nivelado ( /- 2mm). tando assim que nos casos em que
curva à direita deve drenar para estejam dispostas no sentido de
a direita e uma curva à esquerda ● Tampas e Sumidouros - Pre- circulação, não seja possivel uma
deve drenar para a esquerda; ferencialmente, as tampas das bicicleta ficar com a roda dianteira
infraestruturas de subsolo e de presa, causando perda de controlo
● Pavimento - devem ser utili- esgoto, bem como os sumidouros da direção.
zados materiais mais suaves de devem ficar localizados fora dos
forma a garantir uma melhor es- percursos cicláveis, dado serem
corrência superficial sem compro- feitas com materiais que garantem
meter a segurança. materias mais pouco atrito. uando integrados
rugosos apesar de proporcionarem nestes espaços cicláveis, estes
273
1.6 PENDENTES E DRENAGEM GEOMETRIA
274
GEOMETRIA 1.6 PENDENTES E DRENAGEM
A sua colocação não deverá com- No acesso de veículos aos edificios tar e condicionar a velocidade de
prometer a continuidade do percur- e lotes (entradas especiais), de na- circulação dos veículos (espaço
so acessível, circunscrevendo-se, tureza pública ou privada, as mu- canal estreito, lancis rampeados e
sempre que possível ao canal de danças de nível devem ser sempre pendentes mais acentuadas, zona
infraestruturas, devendo a entrada asseguradas no interior do lote. de transição no interior dos lotes/
ser, preferencialmente, perpendicu- edificios...);
lar aos edifícios. Em casos particulares em que tal
não seja possível, poderá ser utili- ● utilização de materiais de pa-
uando não seja possível asse- zado o canal de infraestruturas em vimento diferentes dos utilizados
gurar a entrada nos edifícios da toda a sua extensão para resolver na faixa de rodagem, recomen-
forma prevista no ponto anterior e o desnível existente, recomendan- dando-se que seja privilegiada a
não seja possível realizar as obras do-se que a sua inclinação não utilização/manutenção do mesmo
de adaptação necessárias no inte- exceda os 33 . Acima desse valor material existente em toda a exten-
rior dos lotes ou parcelas, o nivela- deverão ser preferencialmente são do passeio que serve a entrada
mento do passeio deverá realizar- utilizados elementos ligeiros e especial, devendo a sua solução
-se a toda a largura do percurso amovíveis. construtiva ser ajustada a esta
acessível, e a concordância com o função.
ponto mais baixo deverá realizar-se Nos casos em que os veículos
na maior extensão possível para motorizados para acederem /saírem
suavização da pendente final. dos edifícios têm que atravessar
espaços de circulação pedonal, onde
A inclinação dos pisos e dos seus a prioridade de circulação é exclusi-
revestimentos deve ser inferior a vamente do peão, devem ser salva-
5 na direção do percurso, com guardados os seguintes aspectos:
exceção das rampas (ver ponto
1.1 espaços de circulação pedonal ● as entradas especiais devem
- rampas). ser desenhadas de forma a orien-
275
2
Materiais
Princípios base de intervenção
2.1 Pavimentos
2.2 Remates de pavimentos
2.3 Reabilitação e conservação de pavimentos
Materiais
2
gem urbana. tiva para as novas gerações, pelo
que é atualmente difícil mobilizar
Em Lisboa, as calçadas de calcário os meios necessários para, siste-
branco e de basalto são utilizadas maticamente, reparar os passeios
há séculos em passeios e faixas da Cidade de Lisboa.
de rodagem. E, no caso particular
das calçadas de calcário branco, a Hoje, grande parte das calçadas
introdução de desenhos decorativos da Cidade estão danificadas e são
– a calçada artística – tornou-se perigosas para populações mais
uma marca identitária de Lisboa, envelhecidas e com maior dificul-
reproduzida noutros locais do mun- dade em se locomover.
do onde os portugueses estiveram
Materiais presentes. Encontrar novos materiais e novas
soluções construtivas, que conci-
Porém, ao longo do último meio sé- liem a segurança e o conforto dos
culo, com o aumento da circulação peões com a identidade da paisa-
automóvel, a calçada de basalto gem lisboeta, é um desafio para
começou a ser revestida por tapete a reabilitação das ruas nas zonas
betuminoso (para a tornar mais antigas da cidade e para a constru-
regular) e os passeios em calcário ção de novos arruamentos.
degradaram-se.
Os materiais dos pavimentos
O peso dos rodados dos automó- devem ser escolhidos em função
veis mal estacionados em cima dos de objetivos de uso, acessibilidade,
passeios, o desgaste superficial, e, durabilidade e manutenção, e ter
em muitos casos, o desenvolvimen- presente as características físicas
to das raízes das árvores deforma- e patrimoniais da área de interven-
ram-nos, tornando-os acidentados ção e da sua envolvente.
e escorregadios.
Todos os materiais a utilizar devem
ser conformes às exigências de
qualidade previstas na legislação
portuguesa e europeia, no que se
refere à sua certificação e homolo-
gação, e adequados às exigências
beTUMinoso sobre CUbo de basaLTo de segurança, ruído e conforto para
bairro dos atores todos os seus utilizadores – peões
ou condutores.
CaLçada arTísTiCa – MiradoUro de são Pedro de aLCÂnTara novos MaTeriais de PaviMenTos – Largo do inTendenTe
1
Materiais materiais
2
Materiais Materiais
CaLçada MisTa – 25
CaLçada MisTa – 33
CaLçada MisTa – 50
3
2.1 PaViMeNtos materiais
4
Materiais 2.1 PaViMeNtos
5
2.1 PaViMeNtos materiais
CaLçada arTísTiCa
6
Materiais 2.1 PaViMeNtos
Lajeado de Lioz
7
2.1 PaViMeNtos materiais
8
Materiais 2.1 PaViMeNtos
9
2.1 PaViMeNtos materiais
escadas em outros
Passeios Passadeiras escadas rampas
rampa espaços
Granito ● ● ● ● ● ●
Mista ● ● ● ● ●
Portuguesa ● ●
Lajeados Lioz ● ●
Vidraço ● ●
Granito ● ● ● ● ●
Grés ● ● ● ● ●
Betão ● ● ● ● ● ●
blocos Granito ● ● ● ● ●
Betão ● ● ● ● ●
Betuminoso (Quente) ●
Betuminoso (Frio) ● ● ● ●
Resinas ● ● ● ●
Granito
Mista
Portuguesa
Lajeados Lioz ● ●
Vidraço ● ●
Granito ● ●
Grés ● ●
Betão ● ●
blocos Granito ● ● ●
Betão ● ● ●
Betuminoso (Quente) ● ●
Betuminoso (Frio) ● ●
Resinas ● ●
10
Materiais 2.1 PaViMeNtos
Mista ● ●
Lajeados Lioz
Vidraço
Granito ● ●
Grés
Betão
blocos Granito ● ●
Betão ● ●
Betuminoso (Quente) ●
Betuminoso (Frio)
Resinas ●
Lajeados Calcário ● ● ●
Granito ● ● ●
Grés ● ● ●
Betão ● ● ●
blocos Granito ● ● ● ●
Betão ● ● ● ●
11
2.1 PaViMeNtos materiais
i 5 5 i 8 i 8
Pedonal
Ciclável
Rodoviária
Estacionamento
Pedonal
Ciclável
Rodoviária
Estacionamento
Pedonal
Ciclável
Rodoviária
Estacionamento
descontínuos Calçadas Vidraço ● ● ●
Granito ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Mista ● ● ● ● ● ●
Portuguesa ●
Lajeados Vidraço ● ●
Lioz ●
Granito ● ● ● ● ● ●
Grés ● ● ● ● ● ●
Betão ● ● ● ● ● ●
blocos Granito ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Betão ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Contínuos “in situ” Betão ● ● ● ● ● ● ●
Betuminoso ● ● ● ● ● ● ● ● ●
(Quente)
Betuminoso ● ● ● ● ● ●
(Frio)
Resinas ● ● ● ● ● ●
12
Materiais 2.1 PaViMeNtos
13
2.1 PaViMeNtos materiais
14
Materiais 2.1 PaViMeNtos
15
2.1 PaViMeNtos materiais
16
Materiais 2.1 PaViMeNtos
17
2.1 PaViMeNtos materiais
18
Materiais 2.1 PaViMeNtos
descrição execução
Calçada
portuguesa / A calçada portuguesa mais típica
resulta do calcetamento com pe-
Á semelhança do que aconte-
ce com a calçada de vidraço, na
artística dras de formato geralmente irregu- execução da calçada artística, por
lar de calcário branco e negro. regra considera-se uma caixa com
uma profundidade aproximada de
As cores mais tradicionais são 0,24m para zonas de utilização
o preto e o branco, embora se- exclusivamente pedonal.
jam também utilizados o bege-
-acastanhado e o rosa-alaranjado As juntas entre as pedras não
ou avermelhado. O contraste de poderão, depois de executado o
tonalidades destas pedras permite assentamento, ter uma profundida-
formar os padrões decorativos que de superior entre 0,003m e 0,005m
deram origem à designação de em relação à face superior dos
Calçada Artística. blocos e deverão ter uma abertura
máxima entre 0,003m e os 0,005
A sua dimensão apresenta os se- m preenchidas com pó de pedra
guinte valores: calcária.
19
2.1 PaViMeNtos materiais
20
Materiais 2.1 PaViMeNtos
Lisboa - aLvaLade
21
2.1 PaViMeNtos materiais
22
Materiais 2.1 PaViMeNtos
Lisboa - areeiro
23
2.1 PaViMeNtos materiais
24
Materiais 2.1 PaViMeNtos
25
2.1 PaViMeNtos materiais
LajeTa PiTonada
LajeTa esTriada
26
Materiais 2.1 PaViMeNtos
litam a identificação de zonas de com espessura mínima de 0,20m No fabrico das lajetas de betão
passagem de peões, mudanças de nos espaços de circulação pedonal colorido pode ser utilizado cimento
nível no pavimentos e limites de e de 0,30m nos espaços de circula- cinzento, indicado para cores mais
plataforma, entre outras. Apesar da ção rodoviária e estacionamentos escuras, sendo que para cores mais
possibilidade de adicionar cor à la- (aplicada em 2 subcamadas devi- claras se recomenda a utilização de
jeta, a cor preferencial de utilização damente compactadas). cimento branco.
é o cinza escuro, caso a moldura de
contraste seja feita com materiais Nas zonas pedonais sujeitas pontu- Nas peças de betão desativado,
de tonalidade clara, ou na cor bran- almente ao tráfego de veículos (en- deverá ser prevista a aplicação de
ca, caso a moldura de contraste tradas especiais), deverá ser previs- um desativante de superfície bem
seja feita com materiais de tonali- ta uma camada de assentamento como um hidrófugo com proprieda-
dade escura. em mistura de cimento e areia do des “anti-grafitti”.
rio, lavada ao traço 1:3 (volume)
Estes pavimentos deverão ser com espessura de 0,03 m. Deverão
dimensionados, considerando o ainda ser consideradas uma cama-
seu uso e função. A sua espessura da base em betão uma espessura
deverá ser determinada de acordo mínima de 0,15 m, armada infe-
com a resistência mecânica preten- riormente com rede eletro soldada
dida, no entanto, considera-se que em malha quadrada e uma camada
uma lajeta em betão nunca deverá de sub-base em agregado britado,
ter uma espessura inferior a 6cm natural ou reciclado de granulome-
para uma utilização exclusivamen- tria extensa com espessura mínima
te pedonal e inferior a 10cm para de 0,15 m.
uma utilização rodoviária.
As camadas de suporte do pavi-
mento deverão ser devidamente
execução compactadas de modo a evitar
a ocorrência de abatimentos, em
Na execução destes pavimentos, particular resultantes da existência
por regra considera-se uma caixa de vazios.
com uma profundidade aproximada
de 0,24m para zonas de utilização De salientar que as peças devem
exclusivamente pedonal; e para as apresentar dimensões semelhantes
zonas de circulação automóvel, a de forma a assegurar um bom en-
profundidade da caixa aumenta caixe e uma resistência final ajus-
para os 0,34m. tada ao tipo de utilização prevista.
27
2.1 PaViMeNtos materiais
28
Materiais 2.1 PaViMeNtos
29
2.1 PaViMeNtos materiais
Lisboa - MonsanTo
30
Materiais 2.1 PaViMeNtos
31
2.1 PaViMeNtos materiais
32
Materiais 2.1 PaViMeNtos
33
2.1 PaViMeNtos materiais
Lisboa - aMoreiras
34
Materiais 2.1 PaViMeNtos
do a segurança da circulação com tável com performances compro- A dimensão destas camadas pode-
chuva e com pavimento molhado, vadas. A sua aplicação é em tudo rá variar, consoante a sua hierar-
reduzindo também o ruído de igual à de qualquer mistura betu- quia na rede rodoviária municipal.
circulação. Este tipo de misturas é minosa a quente sendo os cuidados
geralmente aplicado em estradas e a ter na sua aplicação ligeiramente A execução do tapete betuminoso
auto-estradas destinadas a tráfe- superiores aos das misturas con- deverá, sempre que tal se justi-
gos relativamente elevados. vencionais (equipamento e ferra- ficar, prever a junção de aditivos
mentas devem estar devidamente que permitam a realização de um
Em Portugal, o Micro-Betão Betu- limpos). pavimento com capacidade de
minoso Rugoso é aplicado em es- diminuição do ruído provocado pela
pessuras de 2,5 a 3,5 cm e o Betão Como principais propriedades des- passagem dos veículos.
Betuminoso Rugoso em espessuras taca-se a sua elevada resistência
um pouco superiores. ao calor e aos raios ultra violetas,
os seus elevados valores de resis- acabamento
tência mecânica, vasta gama de
betão betuminoso com alto cores possíveis e a diversidade de Os tratamentos superficiais não
conteúdo de agregado grosso acabamentos mediante a granulo- aumentam a capacidade estrutu-
britado sMa stone Mastic metria dos agregados utilizados. ral do pavimento, tendo apenas
asphalt como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características
Esta mistura betuminosa apresenta execução superficiais como textura e imper-
uma elevada resistência à defor- meabilização.
mação permanente em rodovias de Nos pavimentos resultantes de
pesado tráfego que resulta de uma misturas betuminosas a quente As misturas betuminosas a quente
alta taxa de agregados graúdos. devem ser consideradas as seguin- podem ter como acabamento de
Não existem limites para o uso do tes camadas: superfície os seguintes materiais:
SMA. Este tipo de revestimento é
resistente às condições adversas ● Camada de desgaste em betão ● Argamassas sintéticas, como as
de clima, desde o mais quente e betuminoso de tipologia análo- argamassas acrílicas (slurry’s) e os
húmido até as mais baixas tempe- ga à existente e com espessura betumes sintéticos resinosos com
raturas. Como principais vantagens de 0,04/0,05 m. Não se admite a agregados finos.
podemos identificar a sua alta utilização de inertes de natureza
resistência à deformação perma- calcária à exceção do fíler e do ● Tintas termoplásticas, utilizadas
nente; elevada resistência à fadiga; agregado fino; sobretudo em sinalização horizon-
maior vida útil; elevada resistência tal.
a derrapagens; redução de ruído; e ● Rega de colagem com emulsão
aplicação em camadas delgadas. betuminosa; Para além destes, em casos parti-
culares, poder-se-á ainda conside-
● Camada de ligação/ base em rar acabamentos por ranhuragem;
betão betuminoso Colorido mistura betuminosa a quente do por escovagem; por denudagem
tipo AC20 base ligante (MB) (Ma- química; ou por incrustação de
No espaço público, a sua utilização cadame Betuminoso Fuso A com gravilhas.
tem sido sobretudo associada à betume 35/50) com espessura de
segurança rodoviária, sendo estas 0,16 m (aplicada em 2 subcama-
misturas sobretudo aplicadas em das e com rega de colagem).
cruzamentos, corredores de bus,
passagens de peões, entre outras; ● Rega de colagem com emulsão
e à valorização da imagem urbana, betuminosa;
sendo verificadas aplicações em
espaços de circulação pedonal e ● Camada de sub-base em
ciclável. agregado britado de granulometria
extensa (ABGE) tratado com 3%
As misturas betuminosas a quen- de cimento / m3 de mistura com
te coloridas, são misturas onde o espessura mínima de 0,30 m (apli-
betume convencional é substituído cada em 2 subcamadas).
por um ligante sintético pigmen-
35
2.1 PaViMeNtos materiais
36
Materiais 2.1 PaViMeNtos
acabamento
Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
ral do pavimento, tendo apenas
como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características
superficiais como textura e imper-
meabilização.
37
2.1 PaViMeNtos materiais
38
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
39
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
40
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
41
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
Lajetas em Vidraço ●
Cubos em Vidraço ●
Lancil em Lioz ●
Lajetas em Lioz ● ●
Lancil em Granito ● ●
Cubos de Granito ● ●
Blocos de Granito ● ●
Lajetas em Granito ● ●
betão Lancil ● ●
Lajetas ●
Blocos ●
“in situ” ●
Aço inox ● ●
42
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
secção Tipo /
Largura
13cm 30cm 13cm 13cm 13cm 8cm 40cm
25cm
40cm
43
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
44
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
45
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
46
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
47
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
descrição execução
Cubos em vidraço
Os lancis em cubo são compostos As guias em cubos de vidraço, de-
por peças em boas condições, no- vem apresentar juntas de abertura
vas ou reutilizadas, cuja dimensão máxima de 0,005m preenchidas
pode variar consoante a transição com argamassa fluída de cimento
entre as diferentes funções e usos e areia fina, de esboço, lavada ao
que se pretendem sinalizar, sendo traço 1:2. O assentamento deverá
no entanto usualmente utilizados ser feito com argamassa hidráulica
para o efeito cubos de 5 a 7 cm de cimento e areia de rio lavada ao
nos espaços pedonais e de 11 a traço 1:3 (volume).
13 cm na transição de espaços de
estacionamento e espaços de circu- A fundação deve ter uma de largu-
lação rodoviária. ra não inferior a 0,30 m, excedendo
a largura das pedras e a espessura
Poderão eventualmente ser consi- do pavimento, em no mínimo 0,10
deradas e aceites outras peças de m e 0,20 m, em betão C16/20 (ci-
maior dimensão, desde que apre- mento: areia: brita ao traço 1:2:4.
sentem um acabamento superficial
que atribua ao material caracterís- De salientar que as peças devem
ticas antiderrapantes. apresentar dimensões semelhantes
de forma a assegurar um bom en-
caixe e uma resistência final ajus-
tada ao tipo de utilização prevista.
48
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
49
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
Lisboa - rossio
50
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
51
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
52
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
54
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
aLMada - PragaL
56
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
areado oU jaCTeado
acabamento Acabamento que confere mais
rugosidade que o serrado. Essa
Os tratamentos superficiais não rugosidade é-lhe conferida através
aumentam a capacidade estrutu- de um jato de areia a alta pressão
ral do pavimento, tendo apenas direcionado para a face da pedra
como objetivo fornecer-lhe uma até a mesma ficar com a superfície
maior qualidade nas características mais irregular.
superficiais como textura e imper-
meabilização. bUjardado
É o mais rugoso dos acabamentos
Nesse sentido, os cubos em vidraço industriais sendo por isso o que
deverão ter um acabamento ade- permite a superfície mais agressiva
quado à função que desempenham de todas. A chapa entra num tapete
nunca devendo apresentar superfí- para a máquina e uma série de bu-
cies polidas. jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
Á semelhança do que acontece com sendo necessário regular a inten-
a calçada de granito, quando se sidade dos movimentos e a espes-
pretende utilizar o cubo de granito sura tem obrigatoriamente que ser
como lancil, os acabamentos super- igual ou superior a 2,0cm.
ficiais preferencialmente utilizados
são:
serrado
Acabamento em que a chapa é
unicamente cortada com as dimen-
sões pretendidas e é lavada com
máquina de pressão para retirar o
pó e vestígios abrasivos durante a
operação. Este acabamento apre-
senta uma superfície ligeiramente
rugosa.
57
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
descrição acabamento
blocos de granito
Os lancis em blocos de granito Os tratamentos superficiais não
são compostos por peças em boas aumentam a capacidade estrutu-
condições, novas ou reutilizadas, ral do pavimento, tendo apenas
cuja dimensão pode variar conso- como objetivo fornecer-lhe uma
ante a transição entre as diferentes maior qualidade nas características
funções e usos que se pretendem superficiais como textura e imper-
sinalizar, em particular em guias e meabilização.
contra-guias.
Nesse sentido, os cubos em vidraço
São usualmente utilizados blocos deverão ter um acabamento ade-
de granito com uma dimensão de quado à função que desempenham
20cm de comprimento por 10 a nunca devendo apresentar superfí-
12cm de largura e 10 a 12cm de cies polidas.
altura. Poderão eventualmente
ser consideradas e aceites outras Á semelhança do que acontece com
peças de maior dimensão, desde a calçada de granito, quando se
que apresentem um acabamento pretende utilizar blocos de granito
superficial que atribua ao material como lancil, os acabamento super-
características antiderrapantes ficiais preferencialmente utilizados
e garanta uma espessura que são:
garanta a resistência das peças à
ação do tráfego pedonal ou viário serrado
intenso. Acabamento em que a chapa é
unicamente cortada com as dimen-
sões pretendidas e é lavada com
execução máquina de pressão para retirar o
pó e vestígios abrasivos durante a
Os lancis em blocos de granito, de- operação. Este acabamento apre-
vem apresentar juntas de abertura senta uma superfície ligeiramente
máxima de 0,005m preenchidas rugosa.
com argamassa fluída de cimento
e areia fina, de esboço, lavada ao areado oU jaCTeado
traço 1:2. O assentamento deverá Acabamento que confere mais
ser feito com argamassa hidráulica rugosidade que o serrado. Essa
de cimento e areia de rio lavada ao rugosidade é-lhe conferida através
traço 1:3 (volume). de um jato de areia a alta pressão
direcionado para a face da pedra
A fundação de lancil, de largura até a mesma ficar com a superfície
não inferior a 0,30m, excedendo a mais irregular.
largura do lancil e a espessura do
pavimento, em no mínimo 0,10m e bUjardado
0,20m, em betão C16/20 (cimento: É o mais rugoso dos acabamentos
areia: brita ao traço 1:2:4. industriais sendo por isso o que
permite a superfície mais agressiva
De salientar que as peças devem de todas. A chapa entra num tapete
apresentar dimensões semelhantes para a máquina e uma série de bu-
de forma a assegurar um bom en- jardas vão picando o material. Pode
caixe e uma resistência final ajus- aplicar-se a todo o tipo de pedras
tada ao tipo de utilização prevista. sendo necessário regular a inten-
sidade dos movimentos e a espes-
Todos os materiais utilizados serão sura tem obrigatoriamente que ser
aplicados limpos, isentos de terras igual ou superior a 2,0cm.
e detritos.
58
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
59
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
60
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
Lisboa - aMoreiras
62
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
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Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
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Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
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2.2 reMates de PaViMeNto materiais
68
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
69
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
descrição execução
Perfil
em aço corten Os perfis em aço corten (aço
patinável), deverão ser compostos
Os lancis em chapa corten deverão
ser fixos em fundação corrida de
por peças em boas condições cuja betão C16/20 (cimento: areia: brita
dimensão pode variar consoante as ao traço 1:2:4), de largura não infe-
diferentes funções e usos que se rior a 0,15 m, excedendo a largura
pretendem sinalizar. do perfil e a espessura do pavimen-
to em pelo menos 0,10 m.
São utilizados como lancis mas
sobretudo como guias no remate e
transição de pavimentos. acabamento
Uma de suas principais caracterís- Nestes perfis, e conforme referi-
ticas do aço patinável, é que sob do anteriormente, o acabamento
certas condições ambientais de preferencial será o acabamento
exposição aos agentes corrosivos, próprio do material, nomeadamen-
este tipo de aço pode desenvol- te uma película de óxido de cor
ver uma película de óxido de cor avermelhada que atua reduzindo a
avermelhada aderente e proteto- velocidade do ataque dos agentes
ra, chamada de pátina, que atua corrosivos presentes no meio am-
reduzindo a velocidade do ataque biente. Neste caso, os elementos de
dos agentes corrosivos presentes ligação (chapas, parafusos, soldas,
no meio ambiente. …) deverão possuir composição quí-
mica semelhante à do aço corten.
Na aplicação deste material são
utilizadas chapas de aço, de altura Em atmosferas muito agressivas,
variável, ajustada à função do per- poder-se-á recorrer a pintura, sen-
fil, sendo invariavelmente disposta do aconselhável a preparação da
a cutelo, com uma espessura que superfície a pintar. Neste caso, os
varia entre os 5 e 10mm. O compri- elementos de ligação (chapas, pa-
mento das peças é também variá- rafusos, soldas, …) deverão possuir
vel, não devendo a sua dimensão igual acabamento.
ser inferior a 1,00m.
Sempre que possível as peças
A dimensão dos perfis metálicos numa direcção única serão consti-
poderá ser estabelecida em con- tuídas por uma única chapa. Quan-
formidade com os lancis do mes- do tal não for possível deverão ser
mo tipo já existentes nos espaços feitas junções em remate perfeito,
públicos contíguos. em termos de alinhamento plani-
métrico e cotas de coroamento.
70
Materiais 2.2 reMates de PaViMeNto
71
2.2 reMates de PaViMeNto materiais
descrição execução
Perfil em chapa
metálica Os perfis em chapa metalizada a
frio, deverão ser compostos por
Os lancis em chapa metálica deve-
rão ser fixos em fundação corrida
peças em boas condições cuja de betão C16/20 (cimento: areia:
dimensão pode variar consoante as brita ao traço 1:2:4), de largura
diferentes funções e usos que se não inferior a 0,15 m, excedendo a
pretendem sinalizar. largura do perfil e a espessura do
pavimento em pelo menos 0,10 m.
Estes perfis devem ser utilizados
exclusivamente como guias no
remate de pavimentos, devendo acabamento
o seu topo ficar nivelado com o
pavimento. Para este tipo de perfil metálico, e
conforme referido anteriormente,
Na utilização deste material são o acabamento preferencial será
utilizadas chapas de altura variável, a metalização a frio, conseguida
ajustada à função do perfil, sendo através da aplicação de um forte
invariavelmente disposta a cutelo, jato de ar que faz pulverizar o me-
com uma espessura que varia entre tal fundido e este, ao bater contra
os 5 e 10mm. O comprimento das a superfície, é esfriado de tal forma
peças é também variável, não de- que o revestimento não aquece em
vendo a sua dimensão ser inferior demasia a peça, evitando altera-
a 1,00m. ções morfológicas de sua estrutura.
Os elementos de ligação (chapas,
A dimensão dos lancis metálicos parafusos, soldas, …) deverão ser
poderá ser estabelecida em con- alvo de igual acabamento.
formidade com os lancis do mes-
mo tipo já existentes nos espaços Sempre que possível as peças
públicos contíguos. numa direcção única serão consti-
tuídas por uma única chapa. Quan-
do tal não for possível deverão ser
feitas junções em remate perfeito,
em termos de alinhamento plani-
métrico e cotas de coroamento.
72
Materiais 2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos
Ao longo da sua vida útil os pavi- É por isso frequente que necessi-
mentos em espaço público estão tem de intervenções de conserva-
sujeitos à ação do intenso tráfego, ção ou reabilitação, mesmo antes
2.3 seja de natureza pedonal, ciclá-
vel ou rodoviário, e das condições
de atingirem o período de vida para
o qual foram projetados e constru-
Reabilitação climáticas. ídos.
73
2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos materiais
74
Materiais 2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos
Uma das estratégias para garantir com mais de uma faixa por sentido
um desenvolvimento sustentável é nas quais as degradações mais
reutilização a reciclagem que reutiliza os ma- evidentes são na faixa onde circula
teriais existentes em alternativa ao mais tráfego pesado;
uso constante de novos materiais e
ainda à consequente colocação em ● Colocação de uma camada de
depósito dos materiais não reutili- reforço sobre um pavimento não
záveis. deteriorado com vista a um au-
mento do período da sua vida útil;
A reciclagem assume particular
destaque para a manutenção e ● Diminuição dos problemas
reabilitação das estruturas viárias causados à normal circulação do
ao diminuir os custos, minimizar os tráfego por não se tornar neces-
tempos de intervenção e optimizar sário fechar a estrada à circulação
características físicas e funcionais nas faixas adjacentes durante as
dos pavimentos a reabilitar. operações construtivas;
● Possibilidade de reabilitação
estrutural de uma só via da estrada
que se torna importante em vias
75
2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos materiais
76
Materiais 2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos
77
2.3 reabiLiTação e Conservação de PaviMenTos materiais
78
3
Infraestruturas
no subsolo
3.1 Implantação de infraestruturas no subsolo
3.2 Infraestruturas aptas ao alojamento de redes
de comunicações eletrónicas
infraestruturas no subsolo
3
nam, por vezes, a sua apropriação,
condicionando a sua futura função
O espaço público pode ser en- e utilização.
tendido como o espaço coletivo
A constituição deste “sistema de
que estrutura uma infinidade de
raízes” urbano é bastante mais
unidades autónomas existentes na
complexa do que aparenta, não
cidade – as parcelas. Esse espaço
sendo a sua dimensão, complexi-
colectivo, elemento de ligação do
dade e eficiência percetíveis nem
tecido urbano, tem como uma das
entendíveis pelos cidadãos que dela
suas principais componentes a rede
usufruem.
de infraestruturas em subsolo.
Lisboa – rossio
1
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
● do Regulamento Municipal de
Infraestruturas em Espaço Público;
2
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
3
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
4
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
5
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
6
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
7
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
Implantação das
infraestruturas de
subsolo nos passeios
8
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
Em passeios de largura
superior a 2,00m
9
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
10
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
11
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
PaviMenTos eM CaLçada para peões, independentemente da efetuada de modo que a sua repa-
Todas as áreas intervencionadas extensão da vala, os limites/ juntas ração ou substituição se possa efe-
terão uma extensão mínima de de reconstrução do revestimento tuar sem necessidade de abertura
2,00m. serão exteriores e paralelos, a toda de vala, a menos que a entidade
a área da marca rodoviária de responsável pela infraestrutura em
Todas as áreas intervencionadas acordo com o indicado. questão submeta, à consideração
terão a largura mínima de 0,50m da CML e previamente ao início da
para cada lado da vala. Nas travessias das faixas de intervenção, justificação técnica em
rodagem e das áreas de estacio- contrário.
Em qualquer intervenção com aber- namento de veículos, a instalação
tura de vala em zona de passagem das infraestruturas de subsolo será
12
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
Pavimentos tipo em
valas
Os pavimentos tipo seguintes são
apenas para aplicação em valas.
13
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
zonas de estacionamento
de veículos Ligeiros
1
Cubos de pedra natural, reutilizados da obra ou
novos, idênticos aos existentes, limpos, isentos
de terras e não polidos, com aresta mínima de 0,10m
e estereotomia análoga à existente, salvo se forem
dadas outras indicações pela CML nas condições de
licença. Estereotomia análoga à existente, caso não
seja estabelecida outra pela CML nas condições de
licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,005m preenchi-
das com pó de pedra.
3
Camada de assentamento em mistura de pó de
pedra com 3% de cimento/m3 mistura – traço
1:30 (volume) com espessura de 0,04m.
4
Camada de base em agregado britado, natural
ou reciclado de granulometria extensa com es- áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
pessura mínima de 0,30m (aplicada em subcamadas) zonas de esTaCionaMenTo de veíCULos Ligeiros – CUbos de Pedra
naTUraL
ou igual à existente se esta for superior.
1
Blocos de betão, reutilizados da obra ou no-
vos, limpos e isentos de terras, com camada
de revestimento/ acabamento superior, geometria
em planta e estereotomia análogos aos existen-
tes e de espessura não inferior a 0,08m, salvo se
forem dadas outras indicações pela CML nas con-
dições de licença. Os novos blocos de betão, além
das características definidas na parte escrita deste
regulamento, terão Carga de Rotura = 450 N/mm
(mín.) declarada.
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m pre-
enchidas com areia de esboço, lavada.
3
Camada de assentamento em mistura de
areia grossa, do rio, lavada, com 3% de
cimento/m3 de mistura – traço 1:30 (volume) com
espessura de 0,03m.
4
Camada de base em agregado britado,
natural ou reciclado de granulometria ex-
tensa com espessura mínima de 0,30m (aplicada
em subcamadas) ou igual à existente se esta for
superior. áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
zonas de esTaCionaMenTo de veíCULos Ligeiros – CUbos de Pedra
naTUraL
14
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
PaviMenTos eM beTUMinoso
1
Betão betuminoso com espessura de 0,05m.
2
Rega de colagem em emulsão betuminosa catió-
nica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1-
-mod) com taxa de aplicação de 0,8 Kg/m2.
3
Camada de base em agregado britado, natural ou
reciclado de granulometria extensa com espes-
sura mínima de 0,30m (aplicada em subcamadas) ou
igual à existente se superior.
4
Camada de base em agregado britado, natural ou
zonas exclusivamente pedonais reciclado de granulometria extensa com espessura
mínima de 0,20m (aplicada em subcamadas) ou igual à
PaviMenTos eM Pedra naTUraL de aresTa aTé 7CM existente se superior.
1
Pedras, reutilizadas da obra ou novas, idênticas às
existentes, limpas, isentas de terras, não polidas
e estereotomia análoga à existente, salvo se forem
dadas outras indicações pela CML nas condições de
licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m preen-
chidas com pó de pedra calcária limpo, isento de
terras, em geral. Em faixa de 1,00m na vertical de bei-
rais ou quando a calçada existente circundante à área
de intervenção tiver as juntas com mistura de cimento,
com juntas de abertura máxima de 0,005m e preenchi-
das com mistura de cimento e areia fina do rio lavada
ao traço 1:2 (volume).
3
Camada de assentamento em mistura de pó de
pedra com 3% de cimento/m3 de mistura – tra-
ço 1:30 (volume) com espessura de 0,04m, em geral.
Em faixa de 1,00m na vertical de beirais ou quando a
calçada existente circundante à área de intervenção
tiver as juntas com cimento, camada de assentamento áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
em mistura de cimento e areia grossa do rio lavada ao zonas exCLisivaMenTe Pedonais – CUbos de Pedra naTUraL de ares-
Ta aTé 7CM
traço 1:3 (volume) com espessura de 0,04m.
15
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
1
Blocos de betão, reutilizados da obra ou
novos, limpos, isentos de terras com camada
de revestimento/ acabamento superior, geometria
em planta e estereotomia análogos aos existen-
tes, de espessura não inferior a 0,06m, salvo se
forem dadas outras indicações pela CML nas con-
dições de licença. Os novos blocos de betão, além
das características definidas na parte escrita
deste regulamento, terão Carga de Rotura = 390
N/mm (mín.) declarada.
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m pre-
enchidas com areia fina, de esboço, lavada.
3
Camada de assentamento em mistura de
areia grossa, do rio, lavada, com 3% de
cimento/m3 de mistura – traço 1:30 (volume) com
espessura de 0,03m.
4
Camada de base em agregado britado,
natural ou reciclado de granulometria
extensa com espessura mínima de 0,20m
(aplicada em subcamadas) ou igual à existente áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
zonas exCLisivaMenTe Pedonais – bLoCos de beTão
se superior.
5
Camada de sub-base em agregado britado, na-
zonas pedonais sujeitas a tráfego de veículos tural ou reciclado, de granulometria extensa com
[entradas de garagem] espessura mínima de 0,15m ou igual à existente se
superior.
PaviMenTos eM CUbos de Pedra naTUraL de aresTa
10/10CM oU 9/11CM Abertura ao trânsito, no mínimo, 3 dias após a conclu-
1
Cubos de pedra natural, reutilizados da obra ou são do pavimento.
novos, idênticos aos existentes limpos, isentos
de terras e não polidos, com aresta mínima de 0,10m
e estereotomia análoga à existente, salvo se forem
dadas outras indicações pela CML nas condições de
licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,008m preenchi-
das com mistura de cimento e areia, do rio, lavada
ao traço 1:2 (volume).
3
Camada de assentamento em mistura de cimento
e areia grossa do rio lavada ao traço 1:3 (volume)
com espessura de 0,04m.
4
Camada de base em betão pobre cilindrado com
espessura mínima de 0,15m, armada inferiormente
com 6 rede eletrossoldada em malha quadrada com áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes – zonas Pedonais
arames de aço A500 de diâmetro 3,8mm e 0,15m de sUjeiTas a Tráfego de veíCULos enTradas de garageM – CUbos de
Pedra naTUraL
afastamento.
16
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
PaviMenTos eM Pedra naTUraL de aresTa aTé 7CM Abertura ao trânsito, no mínimo, 3 dias após a conclu-
1
Pedras, reutilizadas da obra ou novas, idênticas às são do pavimento.
existentes, limpas, isentas de terras e não polidas e
estereotomia análoga à existente, salvo se forem dadas
outras indicações pela CML nas condições de licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m (pedra de
aresta 3/5 cm) ou 0,005m (pedra de aresta 5/7
cm) preenchidas com mistura de cimento e areia, do
rio, lavada ao traço 1:2 (volume).
3
Camada de assentamento em mistura de cimento
e areia grossa, do rio, lavada ao traço 1:3 (volu-
me) com espessura de 0,04m.
4
Camada de base em betão pobre cilindrado com
espessura mínima de 0,15m, armada inferior-
mente com 6 rede eletrossoldada em malha quadrada
com arames de aço A500 de diâmetro 3,8mm e 0,15m
de afastamento.
5
Camada de sub-base em agregado britado, na- áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes – zonas Pedonais
tural ou reciclado de granulometria extensa com eM áreas hisTóriCas sUjeiTas a Tráfego de veíCULos Ligeiros en-
espessura mínima de 0,15m ou igual à existente se Tradas de garageM – CUbos de Pedra naTUraL de aresTa aTé 7CM
superior. eM CaLçada CoM MoTivos
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m preen-
chidas com mistura de cimento e areia fina, de
esboço, lavada, ao traço 1:2 (volume).
3
Camada de assentamento em mistura de cimento
e areia grossa, do rio, lavada, ao traço 1:3 (volu-
me) com espessura de 0,03m.
4
Camada de base em betão pobre cilindrado com
espessura mínima de 0,15m, armada inferior-
mente com 6 rede eletrossoldada em malha quadrada
com arames de aço A500 de diâmetro 3,8mm e 0,15m
de afastamento.
áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes – zonas Pe-
5
Camada de sub-base em agregado britado, na- donais sUjeiTas a Tráfego de veíCULos enTradas de garageM –
bLoCos de beTão
tural ou reciclado, de granulometria extensa com
17
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
2
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,6Kg/m2.
3
Camada de ligação/ base em mistura betuminosa
a quente do tipo AC20 base ligante (MB) (Maca-
dame Betuminoso Fuso A) com espessura de 0,17m/
0,16m (aplicada em 2 subcamadas).
4
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,8Kg/m2.
áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes – vias/fiLas da
5
Camada de sub-base em agregado britado de rede rodoviária de 2.º níveL rede de disTribUição PrinCiPaL –
beTUMinosos
granulometria extensa tratado com 3% de cimen-
1
Camada de desgaste em betão betuminoso de
tipologia análoga à existente e com espessura de
0,04m/ 0,05m, salvo se forem dadas outras indicações
pela CML nas condições de licença.
2
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,6Kg/m2.
3
Camada de ligação/ base em mistura betuminosa
a quente do tipo AC20 base ligante (MB) (Maca-
dame Betuminoso Fuso A) com espessura de 0,12m/
0,13m (aplicada em 2 subcamadas).
4
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,8Kg/m2.
áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
5
Camada de sub-base em agregado britado de vias/fiLas da rede rodoviária de 3.º e 4.º níveL rede de disTribUi-
granulometria extensa tratado com 3% de ção seCUndária
cimento/m3 de mistura (60 Kg/m3 de mistura) com es- e de disTribUição LoCaL/rede de ProxiMidade – beTUMinosos
18
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
4
Camada de sub-base em agregado britado de
vias/ filas da rede rodoviária de 4.º nível | rede granulometria extensa com espessura mínima de
de Proximidade 0,30m (aplicada em subcamadas) ou igual à existente
se superior.
PaviMenTos eM CUbos de Pedra naTUraL de aresTa
10CM, 11/12CM oU 12/13CM
1
Cubos de pedra natural, reutilizados da obra ou
novos, idênticos aos existentes, limpos, isentos
de terras e não polidos, com aresta mínima de 0,10m
limpos e estereotomia análoga à existente, salvo se
forem dadas outras indicações pela CML nas condições
de licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,005m preenchi-
das com pó de pedra. Quando a calçada existente
circundante à área de intervenção tiver as juntas pre-
enchidas com mistura de cimento serão executadas de
modo análogo às existentes.
3
Camada de assentamento em mistura de pó de
pedra com 3% de cimento/m3 de mistura – traço
1:30 (volume) com espessura de 0,04m. Quando a cal-
çada existente circundante à área de intervenção tiver áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
a camada de assentamento executada com mistura de vias/fiLas da rede rodoviária de 4.º níveL rede de disTribUição
LoCaL/rede de ProxiMidade – CUbos de Pedra naTUraL
cimento será executada de modo análogo à existente.
PaviMenTos eM beTUMinoso
1
Camada de desgaste em betão betuminoso de
tipologia análoga à existente e com espessura de
0,04m /0,05m, salvo se forem dadas outras indicações
pela CML nas condições de licença.
2
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,6Kg/m2.
3
Camada de ligação/ base em mistura betuminosa
a quente do tipo AC20 base ligante (MB) (Maca-
dame Betuminoso Fuso A) com espessura de 0,07m/
0,06m.
4
Rega de colagem com emulsão betuminosa cati-
ónica rápida modificada do tipo C 60 BP 4 (ECR1–
mod) com taxa de aplicação de 0,8Kg/m2.
5
Camada de sub-base em agregado britado de
granulometria extensa tratado com 3% de cimen- áreas de inTervenção nos PaviMenTos exisTenTes
to/m3 de mistura (60 Kg/m3 de mistura) com espessu- vias/fiLas da rede rodoviária de 5.º níveL rede de aCesso LoCaL –
ra mínima de 0,20m ou igual à existente se superior. beTUMinosos
19
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
1
Cubos de pedra natural, reutilizados da obra ou
novos, idênticos aos existentes, limpos, isentos
de terras e não polidos, com aresta mínima de 0,10m
limpos e estereotomia análoga à existente, salvo se
forem dadas outras indicações pela CML nas condições
de licença.
2
Juntas de abertura máxima de 0,005m preenchi-
das com pó de pedra.
3
Camada de assentamento em mistura de pó de
pedra com 3% de cimento/m3 de mistura – traço
1:30 (volume) com espessura de 0,04m.
4
Camada de sub-base em agregado britado de
granulometria extensa com espessura mínima de
0,20m ou igual à existente se superior.
1
Blocos de betão, reutilizados da obra ou novos,
limpos e isentos de terras, com camada de reves-
timento/ acabamento superior, geometria em planta e
estereotomia análogos aos existentes, de espessura
não inferior a 0,08m, salvo se forem dadas outras
indicações pela CML nas condições de licença. Os novos
blocos de betão terão Carga de Rotura = 450 N/mm
(mín.) declarada.
2
Juntas de abertura máxima de 0,003m preenchi-
das com areia fina, de esboço, lavada.
3
Camada de assentamento em mistura de areia
grossa, do rio, lavada, com 3% de cimento/m3
de mistura – traço 1:30 (volume) com espessura de
0,03m.
4
Camada de sub-base em agregado britado de
granulometria extensa com espessura mínima de
0,20m ou igual à existente se superior.
20
infraestruturas no subsolo 3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo
vala tipo
As manchas de maus solos serão
substituídas até ao fundo da vala;
na faixa de rodagem ou estaciona-
mento no mínimo até à profundida-
de mínima de 1,20m mesmo que a
cota do fundo da vala seja superior.
21
3.1 iMPLanTação de infraesTrUTUras no sUbsoLo infraestruturas no subsolo
Lancil tipo
Os novos elementos de lancil de
pedra natural serão fornecidos
com secção e resistência à flexão
declarada para as quais a carga de
rotura será adequada para as dife-
rentes classes de utilização confor-
me a norma NP EN 1343. Em alter-
nativa, serão fornecidos com carga
de rotura declarada adequada para
as diferentes classes de utilização
conforme a mesma norma.
22
infraestruturas no subsolo 3.2. infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de redes de CoMUniCações eLeCTróniCas
23
3.2. infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de redes de CoMUniCações eLeCTróniCas infraestruturas no subsolo
24
infraestruturas no subsolo 3.2. infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de redes de CoMUniCações eLeCTróniCas
1
Multitubo de PEAD de diâme-
tro nominal 40 mm.
Obras em fachadas de
edifícios
As obras de conservação, alteração,
ampliação ou reabilitação de edi-
fícios que incidam sobre as facha-
das incluem, obrigatoriamente, a
remoção de cabos, equipamentos
ou quaisquer elementos das redes
de comunicações eletrónicas que
Lisboa – areeiro
estejam apostas sobre as mesmas
e à vista, caso existam, por forma a
dar cumprimento ao Manual de In-
fraestruturas de Telecomunicações
em Edifícios (ITED) e ao RMUEL.
Acesso a
infraestruturas
aptas ao alojamento
de comunicações
eletrónicas propriedade
do Município de Lisboa
A reserva de espaço em condutas
e outras infraestruturas existen-
tes no espaço público é efetuada
em função do respetivo limite de
capacidade.
25
3.2. infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de redes de CoMUniCações eLeCTróniCas infraestruturas no subsolo
26
infraestruturas no subsolo 3.2. infraesTrUTUras aPTas ao aLojaMenTo de redes de CoMUniCações eLeCTróniCas
27
4
Iluminação
Pública
4.1 Princípios gerais
4.2 Recomendações para a elaboração do projecto
4.3 Recomendações para a execução da obra
iluminação pública 4
4
tacar o “Plan Lumière” da cidade
francesa de Lyon que é atualmente
A iluminação pública constitui um uma referência mundial em termos
importante elemento de valoriza- de paisagem urbana noturna.
ção do espaço urbano nas suas
Entende-se como iluminação públi-
múltiplas vertentes, entre elas
ca todo o tipo de iluminação que se
a perceção e o uso da cidade; é
destina a satisfazer as necessida-
graças à iluminação pública que o
des de funcionamento e utilização
tempo da vida da cidade pode ser
do espaço público ou dos espaços
fluido e contínuo, tendo deixado de
privados com uso público de acesso
ser condicionado pelas horas de sol
livre. A iluminação pública é, na Ci-
e passou a depender daquilo que
Iluminação todos nós queiramos nela fazer.
dade de Lisboa, da responsabilida-
de do Município, estando a gestão
Pública A iluminação pública é por isso um da rede de abastecimento atribuída
à respetiva concessionária.
bem essencial à qualidade de vida
e à fruição do espaço público em
Tratando-se de um serviço público
condições de segurança – pedonal
que encerra em si uma reserva
e viária –, constituindo ainda um
significativa de eficiência, cabe ao
factor de valorização estética de
Município ter um papel interventivo,
edifícios, monumentos e bairros,
quer em termos da qualidade da
influenciando significativamente a
iluminação quer ao nível energéti-
leitura da cidade.
1
inTrodUção iluminação pública
2
iluminação pública 4.1 PrinCíPios gerais
3
4.1 PrinCíPios gerais iluminação pública
Apontar, de forma integrada e não mente integrado, deverá considerar incluindo todos os seus componen-
intrusiva, os principais percursos e a implantação dos equipamentos tes, sejam de reconhecida qualidade,
destinos. de iluminação pública de forma devidamente testado e certificado,
articulada e compatibilizada com o de forma a assegurar uma maior
Possibilitar o destaque de pontos e arvoredo, sinalética, ventilações, ar- longevidade, uma melhor resposta
elementos de interesse, sem pre- mários, caixas e quadros técnicos de às solicitações a que estão sujeitos e
juízo da sua envolvente, garantido infraestruturas - à superfície ou no uma optimização funcional, garan-
uma melhor legibilidade e expres- subsolo-, e restantes peças de mobi- tindo uma fácil e pouco onerosa
são no tecido urbano, valorizando a liário urbano. Com o mesmo objetivo, manutenção.
sua leitura sem esbater ou defor- admite-se a utilização de iluminação
mar a sua volumetria. pública através de braços de suporte Garantir a uniformidade de equi-
fixos nas fachadas dos edifícios pamentos de iluminação pública a
Garantir que a iluminação pública confinantes com o espaço público ou aplicar, e dos seus diversos compo-
tenha a intensidade adequada e através de luminárias suspensas por nentes, com vista a uma eficiente
que não seja intrusiva para o espa- cabos sobre a via pública, de modo manutenção.
ço privado. a garantir a existência e continuida-
de do percurso acessível liberto de Utilizar equipamentos de iluminação
quaisquer obstáculos. pública equivalentes aos já utilizados
na cidade de Lisboa e que, compro-
integração e Garantir que os equipamentos vadamente, sejam adequados ao
de iluminação pública a instalar uso previsto e às intenções de pro-
manutenção dos constituem um elemento neutro jeto, por forma a facilitar a logística
equipamentos ou dissimulado, podendo servir de inerente às operações de manuten-
suporte ou integrar-se com outro ção e substituição.
Garantir que a implantação dos equipamento ou mobiliário urbano
equipamentos de iluminação pública presente, sempre que tal seja possí- Sempre que as intervenções incidam
não constitui obstáculo ao uso do vel ou justificável, contribuindo para sobre áreas onde existe equipamento
espaço público, nem à sua versa- a diminuição da ocupação do espaço de iluminação pública que se revista
tilidade. Para isso e estando a sua público por equipamento disperso. de interesse histórico ou referencial a
implantação condicionada ao res- opção de projeto deverá ser condu-
petivo traçado da rede, bem como Utilizar equipamentos de iluminação cente à sua conservação e adaptação
à área a iluminar e correspondentes pública coerentes com a envolvente, técnica, recorrendo à instalação de
efeitos luminotécnicos pretendidos quer em relação ao equipamento já componentes com melhor eficiência
e exigíveis, a mesma deverá cons- existente quer em relação ao edifica- energética e, se necessário, à sua
tituir um regulador ou condutor da do e mobiliário urbano em presença. eventual redistribuição espacial, em
implantação dos outros equipamen- consonância com os objetivos do
tos, pelo que o projeto, preferencial- Garantir que os equipamentos de ilu- projeto e com as regras e critérios
minação pública previstos no projeto, conceptuais presentes neste Manual.
4
iluminação pública 4.1 PrinCíPios gerais
5
4.1 PrinCíPios gerais iluminação pública
6
iluminação pública 4.2 reCoMendações Para a eLaboração do ProjeTo
7
4.2 reCoMendações Para a eLaboração do ProjeTo iluminação pública
8
iluminação pública 4.2 reCoMendações Para a eLaboração do ProjeTo
9
4.2 reCoMendações Para a eLaboração do ProjeTo iluminação pública
10
iluminação pública 4.3 reCoMendações Para a exeCUção da obra
Ligação dos
requisitos equipamentos
4.3 rede de alimentação
realização da obra
Recomendações No final da obra a empresa instala-
dora deverá providenciar todos os
Os serviços municipais responsá-
para a veis pela Iluminação Pública e a
concessionária deverão ser infor-
meios técnicos e humanos para a
realização da vistoria final da obra,
execução mados antes do início da obra para
o devido acompanhamento;
com a presença de um técnico dos
serviços municipais responsáveis
da obra O equipamento e a marcação da
pela iluminação pública, tendo em
conta a necessidade de efetuar os
sua localização no terreno têm ensaios, medições e verificações.
obrigatoriamente de ser validados
pelos serviços municipais responsá- No final da obra, para efeitos
veis pela iluminação pública, antes de ligação dos equipamentos à
da sua instalação; rede de alimentação e receção
das infraestruturas, deverão ser
Em caso de intervenções que impli- apresentados e entregues todos os
quem retirada de equipamento de elementos previstos no Regulamen-
iluminação pública existente, o ma- to de Infraestruturas em Espaço
terial retirado deverá ser entregue Público, nomeadamente as telas
em depósito municipal ou em outro finais e as plantas de cadastro em
local a indicar pelos serviços muni- suporte digital, utilizando para o
cipais responsáveis pela iluminação efeito a plataforma electrónica
pública; destinada ao registo e coordenação
das intervenções no espaço público
A realização de qualquer obra de - LX Subsolo -, e ainda os seguintes
construção, ampliação, remode- documentos:
lação ou reparação da rede de
iluminação pública deverá cumprir ● registo das medições de terra,
todas as disposições regulamen- autenticado pelo técnico responsá-
tares aplicáveis constantes do vel pela execução da instalação;
Regulamento de Infraestruturas em
Espaço Público. ● auto de entrega do equipamen-
to de iluminação pública;
11
5
Sinalização
5.1 Sinais verticais
5.2 Marcas rodoviárias
5.3 Sinais luminosos
5.4 Sinalização temporária de obra
5.5 Sinalização informativa direcional
sinalização
Nos locais da via pública que pos- A sinalização informativa tem por
sam oferecer perigo para o trânsito objectivo orientar quem se desloca
ou em que este esteja sujeito a e pretende atingir um local ou des-
precauções ou restrições especiais tino, orientando a circulação para
5
e sempre que se mostre aconselhá- determinados percursos na comple-
vel ou necessário dar aos utentes xa rede de caminhos alternativos.
quaisquer indicações úteis, devem
ser utilizados os respetivos sinais Sem sinalética seria mais difícil e
de trânsito. perigoso deslocarmo-nos na cidade.
Porém, o excesso de sinais e de
A sinalização do trânsito compre- informação torna a mensagem
ende os sinais verticais, as marcas confusa e o excesso de suportes
rodoviárias, os sinais luminosos – verticais provoca o congestionamen-
Sinalização Luminosa Automática to dos passeios, com obstáculos que
de Trânsito (SLAT) –, a sinalização dificultam a circulação dos peões.
temporária, os sinais dos agentes
Sinalização reguladores do trânsito e os sinais
dos condutores.
Num cuidado desenho de rua,
deve-se:
1
sinaLização sinalização
2
sinalização 5.1 sinais verTiCais
3
5.1 sinais verTiCais sinalização
4
sinalização 5.1 sinais verTiCais
5
5.1 sinais verTiCais sinalização
Má PráTiCa – a eviTar
sinaL CoM CaraCTerísTiCas, diMensões e CoLoCação, inadeqUadas a siTUações de ÂMbiTo Urbano
Em alternativa, e igualmente com restantes elementos e, se necessá- A altura dos sinais acima do solo
o objectivo de libertar espaço no rio, convenientemente protegidos, conta-se entre o bordo inferior do
passeio quando o mesmo é estreito por forma a garantir a segurança sinal e o ponto mais alto do pavi-
ou inexistente, deverá ser equacio- dos utentes. mento, devendo, salvo casos excep-
nada, caso a caso, a possibilidade cionais de absoluta impossibilidade,
e/ ou a vantagem de utilizar postes Sempre que possível deverá manter-se uma altura uniforme dos
colocados junto às fachadas dos procurar-se, dentro dos limites sinais que, em caso algum, poderá
edifícios – suporte em bandeira – estabelecidos no Regulamento de ser inferior a 2,40m.
ou a fixação do sinal diretamente à Sinalização do Trânsito, proceder à
fachada. concentração de vários sinais num Sempre que possível, deverá
único poste ou à utilização de um privilegiar-se a utilização de sinais
Quando se trate de sinais coloca- outro poste já existente – equipa- verticais com características – for-
dos sobre a via, devem os mon- mento de iluminação pública ou ma, dimensão e conteúdo – mais
tantes ou pilares ser implantados sinal luminoso – para colocação do adequadas ao meio urbano.
devidamente alinhados com os sinal ou sinais.
6
sinalização 5.1 sinais verTiCais
TrÂnsiTo de
senTido úniCo
CoM ConTrafLUxo
7
5.1 sinais verTiCais sinalização
8
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
9
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
10
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
M4 M5 M6 M6a
M1 – Linha branCa ConTínUa LbC
– eixo de faixa de rodageM L 20CM
M1 – Linha branCa ConTínUa LbC
– seParação vias de TrÂnsiTo L 12CM
M2 – Linha branCa TraCejada LbT
– seParação vias de TrÂnsiTo
M3 – Linha branCa MisTa LbM
M4 – Linha branCa TraCejada de aviso LbTa
M5 – Linha branCa dUPLa TraCejada LbTd
– senTido reversíveL
M6 – Linha branCa TraCejada
de abrandaMenTo LbTg
M6a – Linha branCa TraCejada
de aCeLeração LbTg
M7 – Linha branCa ConTínUa LbC – deLiMi-
Tadora de Corredores de CirCULação
M7a – Linha branCa TraCejada LbT – deLi-
MiTadora de Corredores de CirCULação
11
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
Marcas
transversais
As marcas rodoviárias transversais,
apostas no sentido da largura das
faixas de rodagem e que podem
ser complementadas por símbolos
ou outras inscrições, são as seguin-
tes:
12
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
13
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
M11 M11
M11 M11
14
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
15
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
16
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
17
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
84 3 5 0
126 5 7 2
168 7 9 4
M16a M16b
210 9 11 6
252 11 13 8
MarCas orienTadoras – seTas ModeLo Para
esPaçaMenTo das seTas de desvio PinTUra no PaviMenTo
18
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
19
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
M17b M17b
20
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
● Marca Rodoviária alusiva a sinal Nível 3 – veículo escada (VE) - A17 A29
A17 - saída de ciclistas: indicação da c 9.75m x l 2.50m x a 3.85m;
proximidade de um local frequen-
temente utilizado por ciclistas que Nível 2 – veículo urbano de
pretendem entrar na via pública ou combate a incêndios (VUCI) –
atravessá-la; c 6.90m x l 2.43m x a 3.30m;
21
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
22
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
23
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
PLaCa de beTão
PLaCa de beTão CoM PiCTograMa de PLaCa de beTão PLaCa de beTão PLaCa de beTão
CoM PiCTograMa de esTaCionaMenTo CoM PiCTograMa de CoM PiCTograMa de CoM PiCTograMa de
esTaCionaMenTo Para residenTes. veíCULo rsb níveL veíCULo rsb níveL veíCULo rsb níveL
Pago. a aPLiCar eM a aPLiCar eM esTa- 1 . a aPLiCar eM 2 . a aPLiCar eM 3 . a aPLiCar eM
esTaCionaMenTos CionaMenTos CoM esTaCionaMenTos esTaCionaMenTos esTaCionaMenTos
CoM PaviMenTo eM PaviMenTo eM CUbo CoM PaviMenTo eM CoM PaviMenTo eM CoM PaviMenTo eM
CUbo 1200 x 1200 1200 x 1200 x 80 CUbo 1200 x 1200 CUbo 1200 x 1200 CUbo 1200 x 1200
x 80 MM raL 9016. MM raL 9016. x 80 MM raL 9016. x 80 MM raL 9016. x 80 MM raL 9016.
disCos eM Pedra oU Pré MoLdado de beTão- disCos eM Pedra oU Pré MoLdado de beTão-
disCos eM ChaPa inox CoM PiCTograMa CoM PiCTograMa de biCiCLeTa. a aPLiCar eM CoM PiCTograMa de biCiCLeTa. a aPLiCar eM
de biCiCLeTa. a aPLiCar eM PaviMenTos eM PaviMenTos eM CUbo Ø 400 x 80 MM esP. . PaviMenTos eM CUbo Ø 400 x 400 x 80 MM
CaLçada Ø 200 MM . Cor naTUraL Cor naTUraL esP. . Cor naTUraL
24
sinalização 5.2. MarCas rodoviárias
25
5.2. MarCas rodoviárias sinalização
26
sinalização 5.3. sinais LUMinosos
27
5.3. sinais LUMinosos sinalização
28
sinalização 5.3. sinais LUMinosos
29
5.3. sinais LUMinosos sinalização
30
sinalização 5.3. sinais LUMinosos
aLeManha – MUniqUe
hoLanda – aMsTerdão
31
5.3. sinais LUMinosos sinalização
● Em cruzamentos cuja geometria Caso as passadeiras de peões Poderá existir sinalização luminosa
possa comprometer ou dificultar a estejam dotadas de dispositivos específica para ciclistas em parti-
circulação de veículos pesados de semafóricos de controlo da circula- cular nos cruzamentos com pistas
transporte de pessoas ou carga. ção, devem satisfazer as seguintes cicláveis.
condições:
O afastamento das colunas da Em algumas situações, a sinali-
sinalização luminosa deverá ser de ● nos semáforos que sinalizam a zação luminosa específica para
60 cm medidos da vertical do limite travessia de peões de acionamento ciclistas poderá ter funcionamentos
da faixa de rodagem ao eixo da manual, o dispositivo de aciona- e/ ou temporizações distintos da
referida coluna. mento deve estar localizado a uma sinalização luminosa para o tráfego
altura do piso compreendida entre automóvel – por exemplo: abertura
Caso se verifique necessário que na 0,80m e 1,20m; mais cedo, à semelhança do que
mesma rua as colunas de SLAT e sucede com alguns semáforos BUS,
os suportes de sinalização vertical ● o sinal verde de travessia de intermitência em semáforos apenas
tenham de ter afastamentos dis- peões deve estar aberto o tempo com travessia de peões, intermitên-
tintos, dever-se-à aproveitar altera- suficiente para permitir a travessia, cia nas viragens à direita.
ções de geometria para promover a uma velocidade de 0,8m/s, de
tal mudança, conforme indicado no
esquema apresentado no ponto 5.1.
32
sinalização 5.4. sinaLização TeMPorária de obra
Princípios gerais
Circulação de pe es
A sinalização temporária destina-se
a prevenir os utentes da existência Sempre que exista um obstáculo
de obras ou obstáculos ocasionais ocasional ou uma zona de obras
na via pública e a transmitir as que pela sua natureza possa con-
obrigações, restrições ou proibições dicionar o trânsito de peões deve
especiais que temporariamente existir e ser devidamente sinaliza-
lhes são impostas. Esta sinalização da, através do sinal D7b, uma pista
não pode constituir, ela própria, um obrigatória para peões, cuja largura
obstáculo à circulação, nomeada- mínima deve corresponder a 0,65m
mente pedonal, na via pública. para cada 30 peões por minuto.
33
5.5. sinaLização inforMaTiva direCionaL sinalização
34
sinalização 5.5. sinaLização inforMaTiva direCionaL
35
5.5. sinaLização inforMaTiva direCionaL sinalização
36
sinalização 5.5. sinaLização inforMaTiva direCionaL
37
6
Arborização
6.1 Objetivos
6.2 Princípios
6.3 Espécies arbóreas e as condições da Cidade de Lisboa
6.4 Espécies arbóreas e espaço público
6.5 Espécies arbóreas e dimensões dos arruamentos
6.6 Características físicas das árvores a utilizar
6.7 Transplante e abate de árvores
6.8 Caldeiras
6.9 Floreiras
6.10 Coberturas ajardinadas
arborização
6
árvore nos arruamentos não é fre-
quente, com a excepção de alguns A presença das árvores no interior
largos e praças. Aí a árvore surge das nossas cidades é uma antiga
sempre como um elemento singu- tradição que não só tem vindo a
lar, identificador do lugar e refe- ser respeitada como tem vindo a
rência no espaço urbano e, quando ser desenvolvida enquanto ele-
a dimensão o permite, a natureza mento indispensável da paisagem
está presente no interior dos quar- urbana.
teirões, quase sempre através de
pequenas hortas e árvores de fruto. A vegetação é um dos elementos
que mais contribui para a caracteri-
A tradição das árvores de alinha- zação da paisagem urbana, desem-
Arborização mento desponta em Lisboa, com
os traçados iluministas de Ressa-
penhando um importante papel no
espaço público devido à sua capaci-
no Garcia, em espaços singulares dade de configurar o espaço.
como a Avenida da Liberdade,
o Aterro da Boavista e o Campo A presença de elementos e de es-
Santana, na Lisboa romântica do truturas naturais contribuem para
século XIX, de facto, a tradição das o carácter do espaço público e da
árvores de alinhamento foi iniciada paisagem urbana. A presença das
nas alamedas dos jardins que aos árvores tráz consigo uma variedade
poucos foram sendo transpostas inumerável de volumes, formas,
para o desenho urbano. cores, texturas e cheiros que se
insinuam nos elementos urbanos,
Na cidade moderna, primeiro com transformando-os e complemen-
o edifício isolado e mais tarde com tando-os. No entanto, o papel da
1
ARBORIZAÇÃO arborização
árvore na cidade transcende, larga- considerar, aquando da sua elabo- cultural –, permanência – continui-
mente, o impacto visual e decorati- ração, o quadro e as necessidades dade ao longo do ano –, duração,
vo que lhe é intrínseco. climatéricas do lugar, nomeada- dinâmica da paisagem, economia,
mente a temperatura, a humidade, pedagogia, pesquisa e inovação.
Salvaguardadas eventuais situa- a radiação, a sombra, o vento e a
ções negativas, associadas a algu- poluição atmosférica. A responsabilidade nos proces-
mas espécies arbóreas, a arboriza- sos de planeamento e gestão da
ção em meio urbano tem reflexos A configuração, o porte e a den- arborização deve ser assumida, de
positivos em questões relacionadas sidade das plantações originam forma partilhada, pelo Município e
com a saúde pública, drenagem diferentes níveis de permeabilidade, pelas Juntas de Freguesia.
pluvial e alterações climáticas. física e visual, no espaço público,
pelo que as opções de escolha de- Mais inforMações
A utilização de arborização nas verão sempre considerar o resulta-
ruas da cidade potencia a redução do final do ponto de vista estético, ● Plano Regional de Ordenamento
da radiação solar direta sobre as de conforto e de segurança. Florestal da Área Metropolitana de
fachadas dos edifícios e demais Lisboa (PROF-AML), 2006
superfícies, a redução da reflexão, A arborização das ruas com árvores
o aumento da humidade relativa, o de alinhamento permite a existên- ● Plano Diretor Municipal de
efeito guarda-vento e uma me- cia de uma estrutura verde contí- Lisboa
lhor regulação térmica do espaço nua que se articula com as restan-
urbano. tes estruturas verdes existentes na ● Regulamento Municipal de
cidade, criando corredores verdes Proteção de Espécimens Arbóreos e
A árvore é um ser vivo complexo, estruturantes fundamentais para Arbustivos
composto por um sistema aé- a climatização e harmonização da
reo, tronco, ramos e folhas e um ecologia do meio urbano, sendo ● Projeto de Regulamento Munici-
sistema subterrâneo igualmente um dos principais componentes na pal do Arvoredo de Lisboa
hierarquizado de raízes e radículas. melhoria da qualidade do ambiente
O sistema radicular tende a ocupar urbano – ar, climatização, ruído, va- ● Projeto de Plano do Arvoredo de
uma área semelhante ou superior Lisboa
lorização patrimonial, identificação
à projeção da copa, interagindo no social – mas também um elemento
espaço urbano com as bases dos ● Projeto Biodiversidade Lisboa
cultural essencial.
2010-2020
pavimentos contíguos. As raízes
necessitam tanto de aceder à hu- Uma estratégia de arborização
midade como as folhas ao carbono, para a cidade de Lisboa abordará
sem os quais as árvores não conse- necessariamente conceitos como
guem sobreviver. Neste sentido, a diversidade – estética, ecológica,
implantação das árvores no espaço
público pavimentado deve ter em
igual conta o desenvolvimento
aéreo e o desenvolvimento subter-
râneo, explorando novas formas de
materialização dos pavimentos e
das suas bases.
2
arborização 6.1 objeTivos
● minimizar os inconvenientes
causados pelas árvores no espaço
urbano;
3
6.2 PrinCíPios arborização
4
arborização 6.2 PrinCíPios
5
6.3 esPéCies arbóreas e as Condições da Cidade de Lisboa arborização
CerqUinho freixo
6
arborização 6.3 esPéCies arbóreas e as Condições da Cidade de Lisboa
OlAIA Cerejeira
7
6.4 esPéCies arbóreas e esPaço PúbLiCo arborização
zaMbUjeiro LoUreiro
8
arborização 6.5 esPéCies arbóreas e diMensões dos arrUaMenTos
9
6.5 esPéCies arbóreas e diMensões dos arrUaMenTos arborização
10
arborização 6.5 esPéCies arbóreas e diMensões dos arrUaMenTos
árvores de grande porte ● Ulmeiro [Ulmus “Sapporo Au- ● Cipreste [Cupressus sempervi-
tumn Gold”] rens]
Espécies que no seu estado adulto
tenham diâmetro de copa supe-
PerenifóLias ● Magnólia [ a n lia randi ra]
rior a 6,00m e altura superior a
● Casuarina [Casuarina equiseti- ● Amargoseira [Melia azedarach]
12,00m, das quais se destacam:
folia]
● Metrosídero ou árvore de fogo
CadUCifóLias no inverno
● Cedro [Cedrus atlântica] [Metrosideros excelsa]
● Bordo [Acer pseudoplatanus]
● Cipreste português [Cupressus ● Pinheiro das canárias [Pinus
lusitânica] canariensis]
● Acéroubordocomum[Acernegund]
● Alfarrobeira [Ceratonia síliqua] ● Pinheiro manso [Pinus pinea]
● Castanheiro-da-índia [Aesculus
hippocastanum]
● Liquidambar [Liquidambar
ra i ua]
11
6.5 esPéCies arbóreas e diMensões dos arrUaMenTos arborização
12
arborização 6.5 esPéCies arbóreas e diMensões dos arrUaMenTos
13
6.6 CaraCTerísTiCas físiCas das árvores a UTiLizar arborização
14
arborização 6.6 CaraCTerísTiCas físiCas das árvores a UTiLizar
enxerTia
As árvores enxertadas devem apre- Coníferas revestidas da base Contentor
sentar o enxerto na base do fuste
com a ligação da porta enxerto No caso das árvores revestidas da Volume mínimo de 50litros.
acima do colo da raiz. base devem apresentar a flecha
intacta. As ramificações laterais O envasamento deve ter ocorrido
devem apresentar-se com vigor num período superior a um ano e
folhosas revestidas da base proporcional entre si. As restantes inferior a dois. Não deve ter raízes
características exigidas anterior- espiraladas.
No caso das árvores revestidas da mente deverão ser consideradas.
base devem apresentar a flecha Deve ser suficientemente rígido
intacta. As ramificações laterais para manter a forma do torrão.
devem apresentar-se com vigor Parte subterr nea
proporcional entre si. As restantes A planta deverá estar no centro do
características exigidas anterior- contentor.
mente deverão ser consideradas. folhosas
Não deve ter raízes à saída do
dreno.
O diâmetro do torrão deve ser
Coníferas com fuste elevado igual ou superior a 3x o perímetro
do fuste medido a 1,00m do colo,
CaraCTerísTiCas MorfoLógiCas e a altura é igual ou superior ao
exTernas diâmetro x0,7.
A estrutura principal da copa deve
apresentar-se equilibrada quanto Os torrões devem estar acondicio-
ao número de pernadas e à sua nados com serapilheira envolvida
disposição à volta do eixo, apre- por malha de arame degradável.
sentando os ângulos de inserção
correspondentes às características A terra que forma o torrão deve ter
de cada espécie. estrutura franca argilosa.
15
6.7 TransPLanTe e abaTe de árvores arborização
16
arborização 6.8 CaLdeiras
Características implantação
17
6.8 CaLdeiras arborização
CaLdeiras
18
arborização 6.9 fLoreiras
19
6.9 fLoreiras arborização
fLoreiras afasTadas
das faChadas
O comprimento mínimo admiti-
do para as floreiras a utilizar no
espaço público é de 1,00m (prefe-
rencialmente 1,20m) e a largura
mínima de 0,40m.
implantação
Mais informaç es
● Projecto de Regulamento de
Ocupação do Espaço Público com
Mobiliário Urbano (Dezembro de
2006)
fLoreiras
20
arborização 6.10 CoberTUras ajardinadas e Paredes verdes
Na construção de parques de
estacionamento subterrâneos ou ● redução do volume das águas
pluviais a escoar – capacidade de
de túneis rodoviários, cuja cober-
armazenamento de água no solo,
6.10 tura se integre no domínio público
municipal ou constitua um espaço
posteriormente utilizada pelas
plantas;
Coberturas do domínio privado de uso público
de acesso livre, deve, na área do
● melhoria da qualidade do ar –
ajardinadas e parque ou do túnel não seja cons-
truída sob a faixa de rodagem, ser
captura de poeiras e aumento da
humidade atmosférica através da
paredes verdes tomada a opção pela utilização de
uma cobertura ajardinada, uma vez
evapotranspiração;
que a mesma apresenta vantagens
● biorremediação – participação,
do ponto de vista urbano e am- ainda que limitada, na despoluição
biental quando comparada com a dos solos por metais;
utilização de uma cobertura inerte:
● captação de CO2.
● redução da temperatura – efeito
bolha de calor – e da amplitude A utilização de paredes verdes
térmica; apresenta igualmente vantagens
do ponto de vista ambiental, no-
● mitigação dos picos de cheias –, meadamente no que se refere à
capacidade de retenção de água no melhoria das condições térmicas do
solo, retardando a sua entrada na edifício, melhoria da qualidade do
rede pluvial ; ar e à redução do efeito bolha de
calor.
Lisboa – LaPa
21
6.10 CoberTUras ajardinadas e Paredes verdes arborização
Lisboa - aLCÂnTara
22
7 Mobiliário e
Equipamento Urbano
Princípios gerais de implantação do mobiliário urbano
Para que a rua se torne no espaço várias ações que nele se desenvol-
de encontro e socialização há que vem e deverão estar perfeitamen-
torná-la atrativa, acolhedora, segu- te integrados no espaço público,
ra e confortável, mobilá-la. proporcionando conforto, utilidade,
7
informação, segurança, proteção e
Foi no Séc. XIX, em França, quando apoio às diversas necessidades dos
se desenharam os grandes “bou- seus utilizadores.
levard” como espaços de ar livre
onde as pessoas se encontravam,
eram vistas e se davam a ver, que Princípios gerais
a rua começou a ser concebida de implantação
como o “salão”, em que todos se
encontram e convivem. É então que
do mobiliário urbano
surge o tema do “embelezamen- A instalação de mobiliário urbano
to” das ruas, praças e jardins da e equipamento deve pautar-se
cidade. por exigências de salvaguarda dos
Mobiliário Iluminações públicas, arvoredo,
equilíbrios ambiental e estético, da
segurança e fluidez do trânsito de
Urbano jogos de água, bancos e mesas,
obras de arte e quiosques, ga-
viaturas e peões, e dos legítimos
interesses de terceiros.
nharam então protagonismo e
passaram a ser peças essenciais A implantação de elementos de
no desenho do espaço público da mobiliário urbano e equipamento
cidade. deve ser efetuada em locais que
não impeçam, nem dificultem a
O mobiliário urbano e os equi-
visibilidade de sinais de trânsito ou
pamentos existentes no espaço
o correto uso de outros elementos
público servem de suporte às
já existentes.
1
mobiliário urbano
Má PráTiCa Má PráTiCa
iMPLanTação desregrada de objeTos iMPLanTação CoM redUção signifiCaTiva da zona Livre de CirCULação
2
mobiliário urbano
3
mobiliário urbano
4
mobiliário urbano 7.1 abrigos e Paragens de TransPorTes PúbLiCos
descrição Implantação
5
7.1 abrigos e Paragens de TransPorTes PúbLiCos mobiliário urbano
7.1
Abrigos
e paragens
de transportes
públicos
iMPLanTação de abrigo CoM CoberTUra sTandarT iMPLanTação de abrigo CoM CoberTUra redUzida
6
mobiliário urbano 7.2 sUPorTes Para esTaCionaMenTo de biCiCLeTas
7
7.2 sUPorTes Para esTaCionaMenTo de biCiCLeTas mobiliário urbano
Implantação
A implantação dos suportes a
utilizar nos estacionamentos de
bicicletas deve obedecer às seguin- Corte BB
8
mobiliário urbano 7.3 ParqUíMeTros
descrição Implantação
9
7.3 ParqUíMeTros mobiliário urbano
10
mobiliário urbano 7.4 PiLareTes e gUarda CorPos
11
7.4 PiLareTes e gUarda CorPos mobiliário urbano
● preservem a resistência a even- ● a sua implantação nunca deve ● se forem colocados pilare-
tuais impactos; colocar em causa a existência do tes sobre a faixa de alerta, estes
percurso acessível com uma dimen- devem ser implantados de forma
● tenham uma altura mínima são mínima de 1,20m. simétrica relativamente ao eixo
relativamente ao pavimento en- da passadeira de peões, com um
volvente de 0,30m e um volume Nos espaços de circulação parti- afastamento de 0,80m para cada
detetável por bengala. lhada: lado desse eixo, e a partir daí para
fora a intervalos regulares, com
A utilização de pilaretes retráteis só ● os pilaretes devem ser dispos- um afastamento igual ou menor a
é permitida nas seguintes situa- tos ao longo dos percursos pedo- 1,60m;
ções: nais, salvaguardando sempre uma
distância superior a 0,30m à faixa ● se for necessário colocar mais
● nas zonas de acesso automóvel dedicada aos percursos acessíveis; de um pilarete, o conjunto deve ser
condicionado - definidas no Regula- alinhado com a mesma direção do
mento Geral de Estacionamento e ● a distância entre pilaretes não lancil.
Paragem na Via Pública; deverá ser superior a 1,60m nem
inferior a 1,20m;
● para acesso a equipamentos Implantação em faixa de
públicos ou de utilização coletiva ● a sua implantação nunca deve proteção de pista ciclável
ou espaços verdes públicos. colocar em causa a existência do
percurso acessível com uma dimen- A colocação de pilaretes junto a
são mínima de 1,20m. percursos cicláveis deve ser efetua-
Implantação da da seguinte forma:
Nos arruamentos onde haja delimi- Implantação em área de ● o pilarete deve ficar a uma dis-
tação da faixa de rodagem: proteção de passadeira tância igual ou superior a 0,60m da
do limite exterior da pista ciclável;
● os pilaretes devem ser dispos- A colocação de pilaretes na área de
tos ao longo das vias, no espaço de proteção de uma passadeira de pe- ● se for necessário colocar mais
circulação pedonal, a uma distância ões deve ser efetuada da seguinte de um pilarete, o conjunto deve ser
da faixa de rodagem que varia forma: alinhado com a mesma direção da
entre os 0,30m e os 0,60m; pista ciclável.
● o pilarete deve ficar a uma
● a distância entre pilaretes distância da faixa de rodagem que
deverá ser de 1,20m a 1,60m. Nas varia entre os 0,30m e os 0,60m;
passadeiras a distância deve ser
sempre de 1,60m;
TiPoLogia de PiLareTes
12
mobiliário urbano 7.4 PiLareTes e gUarda CorPos
13
7.4 PiLareTes e gUarda CorPos mobiliário urbano
14
mobiliário urbano 7.4 PiLareTes e gUarda CorPos
Implantação em faixa de
proteção de pista ciclável
15
7.4 PiLareTes e gUarda CorPos mobiliário urbano
16
mobiliário urbano 7.5 banCos, Cadeiras e Mesas
17
7.5 banCos, Cadeiras e Mesas mobiliário urbano
banCos – ergonoMia
18
mobiliário urbano 7.5 banCos, Cadeiras e Mesas
19
7.6 ParkLeTs mobiliário urbano
20
mobiliário urbano 7.6 ParkLeTs
21
7.7 esPLanadas mobiliário urbano
22
mobiliário urbano 7.7 esPLanadas
23
7.7 esPLanadas mobiliário urbano
24
mobiliário urbano 7.7 esPLanadas
Mais informações
25
7.7 esPLanadas mobiliário urbano
26
mobiliário urbano 7.8 ToLdos, aLPendres e PaLas
descrição
Toldos
7.8 Elementos de proteção contra
proibido afixar ou pendurar quais-
quer objetos nos toldos, alpendres,
agentes climatéricos feitos de lona
Toldos, ou material idêntico, rebatíveis,
palas e sanefas.
Lisboa – rossio
27
7.8 ToLdos, aLPendres e PaLas mobiliário urbano
28
mobiliário urbano 7.9 exPosições no esPaço PúbLiCo
expositores grandes
7.9 de apoio a exposições
Exposições no estabelecimentos As ocupações da via pública ou em
áreas expectantes com estruturas
Expositores são estruturas próprias
espaço público para apresentação de produtos
de exposição destinadas à pro-
moção de marcas, campanhas de
comercializados no interior dos es-
sensibilização ou qualquer outros
tabelecimentos comerciais, instala-
eventos, podem ser autorizadas
das no espaço público.
desde que obedeçam às condições
As ocupações com estruturas de seguintes:
exposição, quando destinadas a
apoio de estabelecimentos, po- ● as estruturas de apoio ou quais-
quer dos elementos expostos não
derão ser autorizadas desde que
podem exceder a altura de 5,00m;
respeitem as condições seguintes:
● toda a zona marginal da via
● a ocupação não pode prejudi-
pública deverá ser protegida em
car o trânsito de peões, deixando
relação à área de exposição sem-
sempre livre, para esse efeito, um
pre que as estruturas ou o equipa-
corredor de largura não inferior a
mento exposto possam, pelas suas
2,00m, definido entre o lancil e a
características, afectar direta ou
zona ocupada;
indiretamente a envolvente am-
biental.
● a ocupação não pode exceder
0,60m ou 0,80m a partir do plano
As autorizações referidas no nú-
marginal da edificação conforme a
mero anterior não deverão exceder
largura do passeio for até 5,00m
o prazo de 60 dias, acrescido do
ou superior, respetivamente;
período necessário à montagem e
desmontagem que será fixado caso
● a distância do plano inferior dos
expositores ao pavimento será, no a caso.
mínimo de 0,40m sempre que se
trate de produtos alimentares, não
podendo, em nenhum caso, a altura Mais informações
das instalações exceder 1,50m a
partir do solo; Câmara Municipal de Lisboa, Edital
nº101/91; Regulamento Geral de
● a colocação dos expositores não Mobiliário Urbano e Ocupação da
pode, em qualquer caso, dificultar Via Pública – Artigos 76.º a 78.º
o acesso livre e direto ao próprio
estabelecimento em toda a largura
do vão da entrada, nem prejudi-
car o acesso ao prédio em que o
estabelecimento se integre ou os
prédios adjacentes.
29
7.10 banCas mobiliário urbano
descrição
bancas de venda
7.10 Entende-se por banca de venda
toda a estrutura amovível, fixa ao
de jornais e
Bancas solo que não possa ser engloba- revistas
da na noção de quiosque, a partir
da qual é prestado um serviço ou Implantação
são expostos artigos para comér-
cio, manufaturados ou não pelo A instalação de bancas de venda de
vendedor. jornais e revistas só é autorizada
nas seguintes condições:
Nestas estruturas poderão ser
exercidos os seguintes ramos de ● a ocupação deve garantir um
comércio ou serviço: corredor livre para o trânsito de
peões de largura não inferior a
● venda de jornais, revistas e 2,00m;
lotaria;
● a ocupação deve fazer-se a par-
● artesanato; tir do plano marginal das edifica-
ções próximas, não sendo autori-
● engraxadores; zada a meio dos passeios, devendo
ser posicionada a uma distância
● todos os ramos autorizados no minima de 30 cm ao rebordo do
âmbito da regulamentação da ven- lancil;
da ambulante, desde que integrada
em aglomerados de venda ambu- ● a ocupação não pode dificultar o
lante ou mercados de levante. acesso a estabelecimentos ou edifí-
cios em geral, nem pode ter lugar a
uma distância inferior a 1,50m das
Mais informações respetivas entradas;
Mais informações
Lisboa – rossio
30
mobiliário urbano 7.10 banCas
31
7.10 banCas mobiliário urbano
32
mobiliário urbano 7.11 qUiosqUes
Cor
Lisboa – raTo
33
7.11 qUiosqUes mobiliário urbano
Implantação
Mais informações
iMPLanTação eM arrUaMenTos
34
mobiliário urbano 7.12 saniTários
35
7.13 sinaLização inforMaTiva PedonaL e CiCLáveL mobiliário urbano
36
mobiliário urbano 7.14 MUPis | MobiLiário Urbano Para inforMação
descrição Implantação
Lisboa – resTaUradores
37
7.14 MUPis | MobiLiário Urbano Para inforMação mobiliário urbano
iMPLanTação eM arrUaMenTos
38
mobiliário urbano 7.15 Painéis PUbLiCiTários
Características Implantação
39
7.16 ConTenTores rU | resídUos Urbanos mobiliário urbano
Características Implantação
40
mobiliário urbano 7.17 eCoPonTos
41
7.17 eCoPonTos mobiliário urbano
42
mobiliário urbano 7.17 eCoPonTos
MaPa CoM os LoCais ProPosTos Para a insTaLação de ConTenTores sUbTerrÂneos no MUniCíPio de Lisboa
43
7.17 eCoPonTos mobiliário urbano
44
mobiliário urbano 7.17 eCoPonTos
podendo ter acabamento liso ou capacidade mínima, um saco de CarTões Para CoMerCianTes
45
7.18 vidrões mobiliário urbano
46
mobiliário urbano 7.19 PaPeLeiras
47
7.19 PaPeLeiras mobiliário urbano
Implantação
48
mobiliário urbano 7.20 hidranTes
49
7.20 hidranTes mobiliário urbano
iMPLanTação eM arrUaMenTos
50
mobiliário urbano 7.21 aCessos
ascensores Implantação
7.21 descrição
O espaço livre diante das portas
dos ascensores deve:
Acessos Os ascensores devem: ● ter dimensões que permitam
inscrever zonas de manobra para
● ter uma precisão de paragem rotação de 360°, com um mínimo
relativamente ao nível do piso da de 1,50m;
rua não superior a ±0,02m;
● possuir uma inclinação não su-
● ter um espaço entre o piso da perior a 2,0% em qualquer direção;
rua e o piso da cabina não superior
a 0,035m. ● estar desobstruídos de degraus
ou outros obstáculos que possam
Os dispositivos de comando dos impedir ou dificultar a manobra de
ascensores devem ser instalados a uma pessoa em cadeira de rodas.
uma altura, medida entre o pavi-
mento e o eixo do botão, compre-
endida entre 0,90m e 1,20m.
51
7.21 aCessos mobiliário urbano
52
mobiliário urbano 7.22 arMários, Caixas e qUadros TéCniCos de infraesTrUTUras
Lisboa – rossio
53
7.22 arMários, Caixas e qUadros TéCniCos de infraesTrUTUras mobiliário urbano
Má PráTiCa – arMário disPerso no Passeio boa PráTiCa – aLinhado CoM deMais eLeMenTos Urbanos
boa PráTiCa – arMário adossado ao edifíCio boa PráTiCa – arMários agrUPados e aLinhados CoM a arborização
54
mobiliário urbano 7.22 arMários, Caixas e qUadros TéCniCos de infraesTrUTUras
iMPLanTação eM arrUaMenTos
55
7.22 arMários, Caixas e qUadros TéCniCos de infraesTrUTUras mobiliário urbano
No subsolo
Caraterísticas
56
mobiliário urbano 7.23 Wi fi na rUa
Lisboa – Wi-fi no esPaço PúbLiCo PonTo Wi-fi inTegrado eM PosTe de iLUMinação PúbLiCa
57
8
Arte Pública
8.1 Conceito e estratégia
8.2 Objetivos
8.3 Funções
8.4 Arte em espaço público
8.5 Galeria de Arte Urbana
“Reciclar o Olhar”
“Segue a arte e logo verás o rio”
arte pública 8.1 Conceito e estratégia
● exposições, performances e
instalações;
8.1
8
● colaborações entre urbanistas,
arquitetos, artistas, sociólogos e
Conceito antropólogos na criação de am-
bientes construídos únicos que inte-
e estratégia grem a arte na malha urbana da
cidade, com a possibilidade de um
maior ou menor envolvimento da
A definição do conceito de arte pú- comunidade no seu desenvolvimen-
blica não é simples nem consensual to e concretização.
mas poderá ser entendido, no seu
sentido mais lato, como as obras A arte pública pode abranger
artísticas localizadas e/ou criadas esculturas, murais, arte decorativa,
no espaço público e, por isso, uni- objetos comemorativos, fotografia,
Arte Pública versalmente acessíveis. desenho de pavimentos, dese-
nho de jogos de água, luz e som,
Um espaço urbano de qualidade trabalhos efémeros, performances,
permite o desenvolvimento e su- gra ti e toda a restante street art.
porte do turismo, torna as cidades
atrativas ao investimento e, acima O facto de a arte pública poder
de tudo, contribui para um melhor estar presente em qualquer lugar e
lugar para trabalhar, estudar, viver. ter tantas e tão diferentes formas
Neste contexto, a arte pública tem de expressão, implica que ela não
um papel fundamental, acessível se esgota nas intervenções físicas
a todos, devendo ser pensada, sobre a paisagem urbana mas
programada e debatida urbanística que acrescenta igualmente uma
e culturalmente. dimensão psicológica e cultural
ao território onde se insere. A arte
Localizada em espaços urbanos pública pode, ao mesmo tempo,
acessíveis e visíveis por todos, a seduzir o público e embelezar a
arte pública encontra-se sempre cidade mas também atrair investi-
aberta à apreciação de todos, entre mento e constituir forma de revelar
residentes e visitantes. Dos monu- e transmitir opiniões e valores.
mentos e estátuas representativas
da história da cidade até às mais A ambição da arte pública pode ser
recentes peças integradas em mais lúdico-social – a criação e o
novos espaços urbanos ou requali- uso de um ambiente urbano que
ficados, a arte pública deve sempre enriqueça e aumente a satisfação
contribuir para uma identidade, social; mais económico-institucional
diversidade e qualidade da envol- – a promoção da cidade; mais edu-
vente, celebrando o passado e o cativo-cultural – o desenvolvimento
presente da cidade, distinguindo-a da literacia dos seus habitantes e
das outras, através da criação de utilizadores; mais cívico – o expres-
referências espaciais e geográficas, sar de valores políticos ou morais,
aproximando-a de quem a usufrui. questionando ou não convicções;
ou mais ambiental – transformar
A arte pública inclui elementos de uma paisagem e intensificar a sua
natureza permanente ou temporá- urbanidade.
ria, localizados no espaço público:
1
8.2 objeTivos arte pública
● Promover o reconhecimento da
cidade em relação à universalidade
da obra de arte, do artista ou do
retratado.
2
arte pública 8.3 fUnções
3
8.4 arTe eM esPaço PúbLiCo arte pública
4
arte pública 8.4 arTe eMesPaço PúbLiCo
5
8.4 arTe eMesPaço PúbLiCo arte pública
niCoLae negUra
MosTra de arTe Urbana 2012
6
arte pública 8.4 arTe eMesPaço PúbLiCo
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8.4 arTe eMesPaço PúbLiCo arte pública
8
arte pública 8.5. gaLeria de arTe Urbana
9
8.5. gaLeria de arTe Urbana arte pública
reciclar o olhar
A iniciativa “Reciclar o Olhar”,
promovida pela Galeria de Arte
Urbana, e que, em face da popula-
ridade entretanto alcançada, teve
já várias fases, tem como objetivo
dinamizar intervenções artísticas
em vidrões espalhados por toda a
cidade de Lisboa.
josé CarvaLho
10
arte pública 8.5. gaLeria de arTe Urbana
UaT UaT
draWing jesUs
11
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ree
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RefeRências e cRéditos
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RefeRências e cRéditos
Barcelona - Ramblas - Nível de serviço de peões muito Ne ham - zona de estacionamento contígua a percurso
elevado ciclável sem faixa de proteção
Fonte: imagem cedida por João Marrana Fonte: Fonte: Urban Movement, Phil Jones Associates
(2014). International C cling Infrastructure Best
Lisboa – Avenida Infante Dom Henrique
Practice Stud .
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Londres - Camden - delimitação de percurso ciclável
Lisboa - Campo Grande - Piso tátil
com recurso a elementos urbanos
Fonte: imagem cedida por João Marrana
Fonte: Transport for London (2014). London C cling
Pormenor – Faixa de alerta Design Standarts.
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Londres - Transição de percursos cicláveis
Pormenor – Guia de encaminhamento Fonte: imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Londres - Percurso ciclável contíguo a zona de entrada
Pormenor - Moldura de Contraste e saída de viaturas
Fonte: imagem cedida por João Marrana Fonte: imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Praça do Comércio Lisboa - Av. Praia da itória
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Fonte: imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Chiado Brighton - ia partilhada com transporte público
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Fonte: Urban Movement, Phil Jones Associates
Lisboa – Olaias (2014). International C cling Infrastructure Best
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Practice Stud .
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Lisboa - Avenida Álvares Cabral – lomba curta Lisboa - Av. Alexandre Herculano - Relação com o
sequencial desenhada para limitação de velocidade a passeio
30 m/h Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa - Marquês Pombal - Relação com a Rede
Lisboa - Avenida Eng. Duarte Pacheco – lomba curta Ciclável
sequencial desenhada para limitação de velocidade a Fonte: Imagem cedida por João Marrana
20 m/h
Lisboa - Marquês Pombal - Bandas Cromáticas
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Colorado - Lombas curtas rasgadas para passagem de
Barcelona - Passeio Maritímo – aproximação de
veículos de socorro
percurso ciclável a zona de tomada e largada de
Fonte: http://nacto.org/
passageiros
Lisboa - Av. Duarte Pacheco - Lombas curtas rasgadas Fonte: Imagem cedida por João Marrana
para passagem de transportes públicos
Lisboa – Avenida da República – abrigo
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa - Rua D. João
Lisboa – Avenida da República – Sistema de
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
informação ao passageiro
Almada – Bandas cromáticas Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Avenida da República – Componentes
Almada – Mini rotundas galgáveis funcionais de paragem de autocarros
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Av. Praia da itória – redução da largura da Sumidouros, sarjetas e caleiras em espaço público
via de trânsito com recurso a contra-guia Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Sumidouro em espaços de circulação ciclável
Milton e nes – Elementos especiais galgáveis junto a Fonte: Urban Movement, Phil Jones Associates (2014).
cruzamento International C cling Infrastructure Best Practice Stud .
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Avenida da República – Entrada especial
Lisboa – Baixa Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Capítulo 2
Lisboa – Avenida da República – Estacionamento
oblíquo Betuminoso sobre cubo de basalto - Bairro dos Atores
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Avenida Praia da itória – estacionamento de Novos materiais de pavimentos – Largo do Intendente
motociclos Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Calçada artística
Lisboa – Avenida da República – estacionamento de Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
automóveis ligeiros Lajeado de Lioz
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Londres – estminster Blocos Pré-Fabricados de betão
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Areeiro – Paragem em recorte Pavimento Confortável betonado in situ’
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Avenida da República Lisboa – Campo Pequeno
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Porto – Rua de São João
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
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