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ARQUITETURA
NA ERA
DIGITAL-FINANCEIRA
Desenho, canteiro e renda da forma
5 Entrevista a Miguel Mora, do jornal El País, reproduzida na Folha de S. Paulo Museu Guggenheim Bilbao, projeto do arquiteto norte-americano
de 31/1/2010. Frank Gehry, construído na cidade basca entre 1992 e 1997.
34 Otília Arantes, “A ‘virada cultural’ do sistema das artes”, revista Margem Es-
32 Otília Arantes, em ibidem, p. 178.
querda, nº 6, 2005, pp. 62-4.
33 Ambos os autores citados em Otília Arantes, “Cultura e transformação urbana”,
35 Idem, p. 68.
em Vera Pallamin (org.), Cidade e cultura: esfera pública e transformação urbana. São
Paulo: Estação Liberdade, 2002. 36 Idem, pp. 66-9.
47 Ver Carlos Vainer, “Os liberais também fazem planejamento urbano? Glosas ao
45 Em Patrick Schumacher, Digital Hadid: landscapes in motion. Basileia: Birkhäu- ‘Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro’”, em Otília Arantes, Ermínia Maricato
ser, 1994, p. 81. e Carlos Vainer, A cidade do pensamento único: desmanchando consensos.
46 Trataremos da automação das maquetes no próximo capítulo. 48 Idem, p. 115.
57 Idem.
58 Entrevista ao autor.
59O edifício ainda não foi inaugurado e já consumiu 700 milhões de reais, origi- 61 São categorias marxistas utilizadas por Manuel Castells e David Harvey, entre
nando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). outros, para distinguir as diferentes estruturas edificadas em uma cidade: meios físicos de
60 Ver Ítalo Nogueira, “Projeto espanhol dá início à revitalização do porto do Rio”, produção e circulação de mercadorias (capital fixo) ou fundos e dispositivos de consumo
Folha de S. Paulo, 26/2/2010. individual e coletivo que dão suporte à reprodução da força de trabalho.
68 Naomi Klein, Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de
72 Isleide Fontenelle, op. cit.
Janeiro: Record, 2004, p. 46.
73 David Harvey, “A arte da renda”, op. cit.
69 É bom lembrar, no entanto, que esta estratégia não decorre exclusivamente da
atual dominância financeira no regime de acumulação. A possibilidade de desviar taxas de 74 Ver Jorge Grespan, O negativo do capital. São Paulo: Hucitec, 1998, e Eleutério
lucros da taxa média remonta, no fundo, à própria órbita produtiva: as formas rentistas da Silva Prado, Desmedida do valor: crítica da pós-grande indústria. São Paulo: Xamã,
de hoje estão, na verdade, exponenciando mecanismos de concorrência entre capitais, 2005. Trataremos da desmedida na produção da arquitetura nos próximos capítulos.
sobretudo quando fabricam diferenças imaginárias para abocanhar uma porção maior 75 François Chesnais, “A emergência de um regime de acumulação financeira”,
do lucro total. revista Praga, nº 3, 1997, p. 37.
70 Ver Naomi Klein, op. cit., cap. 1. 76 Segundo informação do arquiteto Caio Faggin a respeito dos contratos do escri-
71 Isleide Fontenelle, O nome da marca. São Paulo: Boitempo, 2004, pp. 177-80. tório Foster and Partners. Entrevista ao autor.
87 Citado em Eric Howeler, Skyscrapers: designs of the recent past and for the near
future. Londres: Thames & Hudson, 2003, p. 36.
88 O arquiteto Caio Faggin comenta que “o high-tech de Foster nem sempre é isso
tudo. Quando você está lá dentro, vendo como as formas nascem, descobre que há muita
maquiagem”.
99 Muito menos, como nos velhos tempos do ethos capitalista, centrada na fruga-
lidade dos patrões e na concomitante esfola da força de trabalho.
100Ver, por exemplo, a descrição da modernização da economia do vinho no do-
cumentário Mondovino (2004), de Jonathan Nossiter. Cidade do Vinho, hotel-adega projetado por
101Marx, para explicar a teoria da renda diferencial da terra em O Capital, utili- Frank Gehry para a casa Marqués de Riscal, em Elciego,
zara como um de seus exemplos a produção de vinhos. província de La Rioja, Espanha, 2001-2006.
102Ver Graham Keeley, “Guggenheim architect Frank Gehry to create City of Wine
complex for Marques de Riscal”, Daily Mail, 20/1/2010.
103A renda de monopólio da indústria de softwares é baseada nas patentes, que
protegem o acesso ao conhecimento ali depositado.
111 Sérgio Ferro, Arquitetura e trabalho livre. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 237. 112 Cito aqui as expressões de Jameson a respeito do projeto para o concurso da
Biblioteca Nacional da França, em Espaço e imagem. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994, pp. 113Entrevista a Hanno Rauterberg, em Entrevistas com arquitetos. São Paulo:
179-80. Viana & Mosley, 2009, p. 107.
115 Idem.
114 Segundo depoimento do arquiteto Jorge Carvalho, do escritório ANC Arquitec-
tos, que participou do projeto de Koolhaas no Porto. Entrevista ao autor. 116 Idem.
118 Entrevista ao autor. 120 Citado em Jorge Figueira, “Mundo Coral”, op. cit., p. 130.
119 José Luiz Canal, “Projeto em construção”, em Fundação Iberê Camargo. São 121 Herzog citado em Luis Fernández-Galiano, “Diálogo y logo: Jacques Herzog
Paulo: Cosac Naify, 2008, pp. 139-62. piensa en voz alta”, revista Arquitetura Viva, nº 91, 2003, p. 29.
134
Oliver Domeisen e Francesca Ferguson, apresentação da exposição Re-sampling Ornamentos realizados por R-O-B, Departamento de Arquitetura
ornament, 2008. do Instituto de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich).
159 Jim Glymph, “Evolution of the digital design process”, em Branko Kolarevic
(org.), Architecture in the digital age. Nova York: Taylor & Francis, 2003, p. 105.
160 Idem, p. 107.
161Para usar o termo empregado por Fernando Haddad no livro Em defesa do Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles.
socialismo. São Paulo: Vozes, 1998. O concurso para o projeto foi realizado em 1988.
162 Branko Kolarevic (org.), op. cit. A construção foi concluída em 2003.
163 Dennis Shelden, “Tectonics, economics and the reconfiguration of practice: the 165
Giulio Carlo Argan, “O significado da cúpula”, em História da arte como his-
case for process change by digital means”, em Architectural design. Londres: John Wiley tória da cidade (1983). São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 95.
& Sons, vol. 76, nº 4, 2006, pp. 82-7. 166 Manfredo Tafuri, Teorias e história da arquitectura. Lisboa: Presença, 1979,
164 Sérgio Ferro, op. cit., pp. 151-200 e pp. 330-78. p. 37.
178 Branko Kolarevic (org.), “Digital production”, em op. cit., pp. 36-7.
179Veja-se o seu uso em algumas maquetes da Bienal de Arquitetura de São Paulo
de 2009, em especial da Faculdade de Arquitetura de Hong Kong. Martin Corullon, que 182 História detalhadamente investigada no Laboratório Dessin/Chantier da Escola
trabalhou no Foster and Partners, conta que o escritório agora tem máquinas como estas. de Arquitetura de Grenoble e resumida por Sérgio Ferro em seus “Comentários ao dese-
180 Richard Sennett, O artífice. Rio de Janeiro: Record, 2009, p. 51. nho e o canteiro”, em op. cit., p. 321.
181 Idem, p. 52. 183 Citado em Branko Kolarevic (org.), op. cit., p. 294.
220 Segundo Steve Parnell, op. cit., “A revolução CAD trouxe um boom de especia-
listas em visualização nos anos 1990, e é provável que o BIM promova um efeito similar.
Se os arquitetos ingleses não perceberem que esse é o novo modelo de negócio, as tarefas
podem ser repassadas com facilidade para a Índia ou a China. Companhias como a Make
já enviam detalhes de desenho para a China, e uma grande construtora frustrada com a
inabilidade de nossos arquitetos com modelos em 3D está contratando pessoas na Índia
e economizando dinheiro”.
221
Malcom McCullough, Abstracting craft: the practiced digital hand. Cambridge:
MIT Press, 1998, p. 151. Esboço, maquete física
e modelo digital do
222Como indicara Giulio Carlo Argan em seu texto premonitório, Projeto e destino Guggenheim Bilbao,
(1963). São Paulo: Ática, 2001. projeto de Frank Gehry,
223 Manfredo Tafuri, Projecto e utopia. Lisboa: Presença, 1985. 1993-1997.
224 Naomi Klein, Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de
Janeiro: Record, 2004.
Modelos digitais do
225 Robert Reich, O trabalho das nações. Lisboa: Quetzal, 1993. Experience Music
226
Essa formulação de Branko Kolarevic em seu livro de 2003, op. cit., é reafir- Project de Seattle,
mada por diversos outros autores. Retomaremos a ideologia do digital master-builder projeto de Frank
no próximo capítulo. Gehry, 1995-2000.
266 Michael Ball, Rebuilding construction: economic change in the British construc-
265Citado em Sérgio Ferro, Arquitetura e trabalho livre. São Paulo: Cosac Naify, tion industry. Londres: Routledge, 1988, pp. 24-5.
2006, p. 136. 267 Sérgio Ferro, op. cit., p. 217.
303 Benjamin Coriat citado em Antonio Cattani, Trabalho e tecnologia: dicionário 304Hassan Fathy, Construindo com o povo: arquitetura para os pobres. São Paulo:
crítico. Rio de Janeiro: Vozes, 1997, pp. 209-10. Edusp, 1980, p. 24.
306 Frederick Taylor, Princípio de administração científica. São Paulo: Atlas, 1995,
305 Sérgio Ferro, op. cit., p. 148. pp. 89-91.
319 Marcos Dantas, “Capitalismo na era das redes: trabalho, informação e valor no
316 Sérgio Ferro, op. cit., p. 349. ciclo da comunicação produtiva”, em Helena Lastres e Sarita Albagli (orgs.), Informação
317 Idem, p. 402. e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p. 253.
318 Kostas Terzidis, “The intricacy of the otherness”, em op. cit. 320 Sérgio Ferro, op. cit., p. 176.
A retomada do master-builder:
“arquiteto + construtor + engenheiro de produto +
349 Sérgio Ferro, op. cit., p. 116. cientista de materiais = Brunelleschi: master-builder”
350Como outros tantos que já desapareceram: o entalhador, o estucador, o apli- (esquema reproduzido no livro de Stephen Kieran e James Timberlake,
cador de papéis de parede, o marmorizador, o latoeiro, o fachadista, o telhadeiro etc. Refabricating architecture, 2004).
365
“Reunião de obra”, apresentação na Ordem dos Arquitetos, seção regional sul,
em 6/10/2005.
366 Depoimento ao autor.
404 Ver Pedro Arantes, O ajuste urbano: as políticas do Banco Mundial e do BID
403 Otília Arantes, “Vendo cidades”, revista Veredas, nº 38, 1998, pp. 21-3. para as cidades latino-americanas. Dissertação de Mestrado, FAU-USP, 2004.
405Ruy Sardinha, Informação, conhecimento e valor. São Paulo: Radical Livros, 410Segundo informações do arquiteto Jorge Carvalho, integrante do escritório local
2008, p. 176. que acompanhou a obra.
406 No sentido de uma “perda de referência do processo de valorização no valor 411“PSdeG y BNG piden un informe sobre las incompatibilidades de Péres Varela”,
produzido segundo condições capitalistas”, como explica Jorge Grespan, em O negativo em El País, 11/12/2007.
do capital: o conceito de crise na crítica de Marx à economia política. São Paulo: Hucitec, 412Talita Figueiredo, “Câmara do Rio decide instaurar CPI da Cidade da Música”,
1998, p. 138. em O Estado de S. Paulo, 7/5/2009.
407 Citado em idem, p. 144. 413 Idem, op. cit.
408 Idem, p. 145. 414
“Una ponencia en Ciudad de la Cultura denuncia la ‘voluntad premeditada’”,
409 Idem, ibidem. em www.soitu.es, 10/12/2007.
428 Julius Shulman, Photography, architecture and interiors. Nova York: Whitney
426
Agradeço o comentário de Gal Oppido no seminário “Fetichismos visuais”, no
SESC-Paulista, do qual participei, sobre como uma visão crítica da arquitetura contem- Library of Design, 1962, p. 2.
porânea não poderia desconsiderar o papel desempenhado hoje pela fotografia. 429 Idem, p. 5.
427Entrevista ao autor. As demais afirmações de Nelson Kon, quando não citadas 430
Entrevista ao autor. As demais afirmações de Leonardo Finotti neste tópico são
em nota, são da mesma entrevista. da mesma entrevista.
435Em Robert Elwall, Building with light: the international history of architectural
433 Idem. photography. Londres: Merrell, 2004, p. 195.
436 Entrevista a Eduardo Costa e Sonia Gouveia, op. cit., p. 20.
434Entrevista a Eduardo Costa e Sonia Gouveia, “Nelson Kon, uma fotografia de
arquitetura brasileira”, Revista da Pós, nº 24, dez. 2008, p. 16. 437 Idem, p. 19.
Esses dados revelam que o polo difusor das práticas dominantes e das 469 Realizou-se também o levantamento dos críticos, mas o resultado foi insuficien-
novidades continua concentrado sobretudo nos EUA e em meia dúzia de te, dada a própria ausência de crítica. No caso da AR, nenhum crítico norte-americano
relevante escreve na revista, na GA não há ensaios críticos, e na AV, Galiano convida
colaboradores avulsos, conforme o número temático.
468 Idem, p. 85. 470 Entrevista ao autor.
473 Garry Stevens, op. cit., p. 90. 474 Pierre Bourdieu citado em Garry Stevens, op. cit., pp. 74-5.
476 Pude sentir isso quando dei duas palestras em Portugal, em 2008. Por mais que
475 Minha intenção foi suprir minimamente a ausência de pesquisas do gênero se interessassem pelos problemas de habitação no Brasil, e ainda identificassem semelhan-
com valor estatístico. O tamanho reduzido da amostra obtida, evidentemente, não ças com a política implementada com a Revolução dos Cravos (o SAAL), os portugueses
tem proporcionalidade estatística em relação ao universo total de arquitetos desses (antiga periferia da Europa, mas agora sentindo-se plenamente cidadãos europeus) afir-
países. Além disso, não tive como aplicar uma metodologia de sorteio aleatório para mavam que eu estava falando de outro “universo”, que não era o da arquitetura como a
garantir a impessoalidade e a representatividade das respostas, uma vez que dependi de entendiam. Ou seja, mesmo sendo arquiteto, eu estava fora do “campo” e sequer poderia
intermediários locais para distribuir os formulários. ser encaixado em alguma de suas gavetas classificatórias.
488 Era de se esperar que um mega-atentado transmitido ao vivo para todo o planeta
logo se tornasse também uma unanimidade quanto à sua dimensão midiática minuciosa-
mente planejada. Para uma análise mais abrangente e fiel do argumento político original
de Guy Debord, ver de T. J. Clark, Iain Boal, Joseph Mathews e Michael Watts, Afflicted
powers: capital and spectacle in a new age of war. Londres: Verso, 2005.
489Peter Marcuse, “The Ground Zero architectural competition”, em Progressive Propostas de Daniel Libeskind (no alto) e Richard Meier
planning reader 2004. Ithaca: Planners Network, 2004. para o Ground Zero, em Nova York, 2007.
502Kevin Meethan, “Imaginando a cidade para o turismo”, revista NOZ, nº 2, 506 Segundo relatório produzido pela cidade de Ontário, no Canadá, com o objetivo
2008, pp. 36-9. de se tornar um destino cultural de primeiro nível, Ontario cultural and heritage tourism
503 Jeremy Rifkin, op. cit. product research paper. Ontario: Queen’s Printer, 2009, p. 12.
507 Idem, p. 10.
504Jacques Lang, citado em Otília Arantes, “Os dois lados da arquitetura francesa
pós-Beaubourg”, em O lugar da arquitetura depois dos modernos. São Paulo: Edusp, 508 Jan Specht, op. cit., p. 99.
1993, p. 160. 509 Com as devidas adaptações, a história das catedrais góticas é bastante semelhan-
505 Representam, por exemplo, 30% ou mais da PEA (População Economicamente te. As cidades emergentes contaram com as suas ousadias e escala, relíquias e contorções
Ativa) da maioria dos centros urbanos norte-americanos, segundo a pesquisa Cities and formais para sugar dinheiro dos peregrinos. No lugar dos softwares, funcionava o com-
the creative class, publicada em 2005. passo. O período também se esgotou com a banalização do recurso e uma enorme crise.
525
Berk & Associates, Seattle Central Library economic benefits assessment (2005),
em www.spl.org.
523 Segundo estudo de impacto econômico apresentado em Gentzane López, op.
526 Idem, p. 28.
cit., p. 10.
527 Idem, p. 38.
524Ver Joseba Zulaika, Guggenheim Bilbao: crónica de una seducción. Madri:
Nerea, 1997. 528 Idem, p. 43.
531Ainda no caso de Bilbao, o estudo de Beatriz Plaza ressalta que nos hotéis de
alto padrão o índice de ocupação chegou a 85%, enquanto nos demais permaneceu em
46%. Op. cit., p. 269.
532
Ver Beatriz Kara-José, Políticas culturais e negócios urbanos. São Paulo: An- Modelos digitais do Complexo Cultural Teatro de Dança,
nablume, 2007. em São Paulo, projeto de Herzog & de Meuron, 2009.
549Gabriel Palma, “The revenge of the market on the rentiers” (artigo não publica- 551 Mariana Fix. Financeirização e transformações recentes no circuito imobiliário
do), apresentado numa conferência na Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, no Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Economia da Unicamp, 2011.
São Paulo, 2008. 552 Esta é literalmente uma super Empty Tower, como previra o grupo Tablado de
550Martine Bulard, “Uma nova geografia dos capitais”, em Le Monde Diploma- Arruar em sua peça “A rua é um rio” (2007), inspirada na pesquisa de Mariana Fix sobre
tique Brasil, nov. 2008. as torres vacantes em São Paulo. Aliás, o fenômeno parece multiplicar-se mundo afora.
como meio para transformar o cotidiano vivido pelas maiorias. Mas não se ANDERSON, Perry. The origins of postmodernity. Londres: Verso, 1998.
trata de uma formação meramente prática, muito menos de um surto volun- ANDRÉADIS, Ianna. Chantier ouvert au public: récit de la construction du Musée Quai
Branly. Paris: Éditions du Panama, 2006
tarista da inteligência técnica, de resto indispensável, como acabamos de
lembrar. Ainda se trata de um profissional formado segundo a melhor tradi- ANTUNES, Ricardo; BRAGA, Ruy. Infoproletários: degradação real do trabalho virtual.
São Paulo: Boitempo, 2009.
ção crítica, capaz de atuar não apenas como agente reparador, mas também
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como sujeito mobilizador da vontade e da imaginação das populações que a
“espoliação urbana” foi deixando pelo caminho. Para isso, como Jorge nun- __________. Urbanismo em fim de linha. São Paulo: Edusp, 1999.
ca deixava de nos lembrar, só uma teoria radical permitiria conceber a ação __________. “Cultura e transformação urbana”, em PALLAMIN, Vera (org.). Cidade e
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prática no sentido forte de práxis. Dimensão ultimamente negligenciada,
2002.
mesmo nos círculos em princípio mais exigentes, sob pretexto de que, estan-
__________. Chai-na. São Paulo: Edusp, 2011.
do a via transformadora bloqueada, toda práxis estaria condenada a repro-
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duzir o estado de coisas falso que justamente procura superar.
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