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DOUTOR JUIZ DA 40ª VARA CIVEL DA COMARCA DE CURITIBA, ESTADO DE


SÃO PAULO.

Autos. nº.: XXXXX20178160018

Requerente: Romildo Ribabar

Requerido: Ritalino Gonçalvez

GUSTAVO, já qualificado nos autos da ação, processo em epigrafe, que move em


face de LEONARDO, também já qualificado nos autos, vem por via de seu procurador
que esta subscreve, não se conformando com a sentença proferida as fls. XX, interpor
o presente Recurso de Apelação, com base nos Art. 1009 do CPC, requerendo,
ofereça as contra razões e, ato continuo, sejam os autos com as razões anexes,
remetidos ao egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

Respeitosamente, pede deferimento.

CURITIBA, 10 de setembro de 2018.

_____________________________

OAB (SP)

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


Origem: Autos. nº.: XXXXX20178160018- 40ª Vara Cível de CURITIBA.

Apelado: LEONARDO

Apelante: GUSTAVO

RAZÕES DE APELAÇÃO

COLENDA CÂMARA CÍVEL!!!

ÉMERITOS DESEMBARGADORES!!!

I- BREVE SINTESE DO PROCESSO

Trata-se de ação com pedido de indenização por dano material em que o autor, ora
apelante, requer que seja revisto o valor da indenização tendo em vista que seu
animal foi atacado, requer ainda seja juntado aos autos os comprovantes gastos com
a farmácia.

Em sede de contestação, o requerido, ora apelado, alegou que houve o ataque devido
as provocações de Romildo, que jogava pedra no cachorro. Além de não ter entregue
os comprovantes de pagamento, gastos com medicamentos.

Intimado, o autor apresentou réplica, as fls. XX, apontando falha no dever da guarda.

Sem êxito na tentativa de acordo, passou-se a instrução, onde foram ouvidas as


testemunhas de autor e do réu, às fls. XX, findo os debates orais, o nobre magistrado
prolatou sentença, condenando LEONARDO a pagar R$ 5.000,00 (CINCO mil reais).

No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar,


devendo ser reformada, (ou cassada).

II- DAS RAZOES DA REFORMA

A r. sentença proferida pelo juiz a quo na ação de cobrança proposta pela apelante em
face do apelado, julgando o seu pedido improcedente, deve ser modificada in totum,
uma vez que a importância reivindicada na inicial traduz-se em uma obrigação de
única e inteira responsabilidade do comprador, conforme previsão contratual.

II-I- DO VICIO DA SENTENÇA


Na sentença ultra petita, o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do
pedido do autor, dando mais do que fora pedido, assim como nos seguintes Art.
489/140/141 todos do CPC. Deveria ter sido alegado um valor limite, como afirma,
"Miguel Teixeira de Sousa",

“um limite máximo ao conhecimento do tribunal é estabelecido


pela proibição de apreciação de questões que não tenham sido
suscitadas pelas partes, salvo se forem de conhecimento
oficioso, e pela impossibilidade de condenação em quantidade
superior ou em objecto diverso do pedido. A violação deste
limite determina a nulidade da sentença por excesso de
pronúncia ou por conhecimento de um pedido diferente do
formulado ".

Contudo, fica comprovado o vicio ultra petita, e, razão dos gastos exorbitantes, com
medicamentos e com o hospital. Além de não ter o apelado os comprovantes que
pagou os medicamentos. Assim como afirma a Jurisprudência:

11. XXXXX-20.2016.8.16.0014(Acórdão)

Relator: Ângela Khury Munhoz da Rocha

Processo: XXXXX-20.2016.8.16.0014 Fonte:

Data Publicação: 15/05/2018

Órgão Julgador: 10ª Câmara Cível

Data Julgamento: 10/05/2018

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E


ESTÉTICOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO UMA MOTOCICLETA E
ÔNIBUS. VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO QUE SUBIU SOBRE A RODA DA
MOTOCICLETA, PRENDENDO A PERNA DO DEMANDANTE E CAUSANDO
LACERAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
PÚBLICO. ALEGADA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. AUTOR QUE, EM TESE,
ESTARIA CONDUZINDO A MOTOCICLETA EM EXCESSO DE VELOCIDADE E
FALANDO AO CELULAR ACOMODADO EM SEU CAPACETE. AFIRMAÇÃO DE
QUE O ÔNIBUS JÁ HAVIA INICIADO A MANOBRA DE CONVERSÃO À ESQUERDA
QUANDO ABALROADO PELA MOTOCICLETA. VERSÃO CONTRÁRIA ÀS PROVAS
DOS AUTOS. CULPA EXCLUSIVA NÃO COMPROVADA. CONDUTOR DO ÔNIBUS
QUE, AO REALIZAR CONVERSÃO À ESQUERDA, NÃO SE ATENTOU AO
TRÁFEGO DE VEÍCULOS, OCASIONANDO O ACIDENTE. CULPA CONCORRENTE
NÃO ATESTADA. RESPONSABILIDADE PELO EVENTO MANTIDA. DANOS
MATERIAIS. SENTENÇA EXTRA PETITA. PEDIDO DE RESSARCIMENTO EM
RELAÇÃO AOS DANOS OCASIONADOS NA MOTOCICLETA. VÍCIO NÃO
OBSERVADO. CONDENAÇÃO, NO ENTANTO, SUPERIOR AO PEDIDO.
SENTENÇA ULTRA PETITA. LIMITAÇÃO DACONDENAÇÃO, RETIRANDO-SE O
EXCESSO. DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO. DANOS
ESTÉTICOS ATESTADOS. ABATIMENTO DO VALOR DEVIDO A TÍTULO DE
SEGURO DPVAT. fls. 2 POSSIBILIDADE. AUTOR QUE NÃO RECEBEU O CAPITAL
SEGURADO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ.
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. HONORÁRIOS
RECURSAIS ARBITRADOS.

Impõe-se, portanto, seja reformada a respeitável sentença singular para que outra seja
proferida, dessa feita julgando-se o caso concreto com fundamentação adequada e
nos termos propostos na petição inicial.

II-II- DA AFRONTA AO PRINCIPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

A garantia constitucional do devido processo legal compreende também o tipo legal de


procedimento, especialmente para garantir o direito de defesa (art. 5º, inciso LIV).
Como defende os doutrinadores:

Como ensina o mestre Mouta (2008, p. 4),A plena observância de tal princípio é vital
para assegurar ao cidadão um processo justo e livre de qualquer espécie de nulidade.

O entendimento de Soares (2008, p.68) consubstancia a apreciação do princípio do


devido processo legal com o princípio da dignidade da pessoa humana

Como ensina Nery Jr (2003, p.130),tudo que estiver ligado ao trinômio: vida, liberdade
e propriedade estará protegido pelo devido processo legal.

O apelado passava todos os dias na frente da casa do apelante e atirava pedra no


cachorro, que sempre estava dentro do quintal, além de ser um cachorro pacifico.

As testemunhas, afirmam que o cachorro nunca ficou bravo com ninguém e que o
muro da casa é baixo cerca de 1,20 metros, sendo fácil para que o apelado atirasse
pedras no cachorro, motivo que fez com que ele ficasse raivoso e atacasse o apelado.

O juiz se mostrou parcial em relação ao depoimento do apelado e das testemunhas.


Não respeitando desta forma o ônus da prova conforme Art. 373 I, II do CPC.Como
demonstra a jurisprudência a seguir:
18. XXXXX-04.2013.8.16.0134(Acórdão)

Relator: Rosana Amara Girardi Fachin

Processo: XXXXX-04.2013.8.16.0134 Fonte:

Data Publicação: 24/08/2018

Órgão Julgador: 17ª Câmara Cível

Data Julgamento: 23/08/2018

FACHIN APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE E


REPARAÇÃO POR DANO MATERIAL – PROCEDÊNCIA DO PRIMEIRO PEDIDO –
ANÁLISE CONJUNTA DOS RECURSOS DE ACORDO COM A ORDEM DE
PREJUDICIALIDADE DAS MATÉRIAS ARGUIDAS – PRESSUPOSTOS DE
ADMISSIBILIDADE – CONCESSÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA AOS
REQUERIDOS, COM EFEITO EX- NUNC - ALEGAÇÕES FINAIS – APRESENTAÇÃO
EXTEMPORÂNEA – REVELIA – INOCORRÊNCIA – MÉRITO – DEMANDA QUE
EXIGE A PROVADA POSSE – REQUISITOS LEGAIS DO ARTIGO 561, DO CPC
NÃO DEMONSTRADOS PELOS PROPRIETÁRIOS QUE TEM O ÔNUS DA PROVA
DO FATO CONSTITUTIVO DE SEU DIREITO (ART. 373, I, DO CPC)– CONTRATOS
DE COMODATO E DE ARRENDAMENTO – EXTINÇÃO NAS DÉCADAS DE Autos nº
XXXXX-04.2013.8.16.0134 2 80 E 90 – INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE POSSE
DECORRENTE DE VÍNCULO/RELAÇÃO LABORAL - ELEMENTOS NOS AUTOS
QUE INFORMAM O EXERCÍCIO FÁTICO DA POSSE PELOS REQUERIDOS –
AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO - SENTENÇA REFORMADA – INVERSÃO DA
SUCUMBÊNCIA – APELO DOS REQUERENTES (4) – REPARAÇÃO POR DANO
MATERIAL – PREJUDICADO. 1. O pedido de justiça gratuita pode ser formulado em
grau recursal, nos termos do art. 99, caput, do CPC1. Porém, a concessão do
benefício possui efeitos ex-nunc, ou seja, não retroage para alcançar encargos
processuais anteriores. Precedentes. 2. A apresentação extemporânea das alegações
finais, por memorial, não conduz à revelia. 3. Na Ação de Reintegração de Posse, ao
Autor cabe provar os requisitos do artigo 561 do CPC, pois lhe incumbe o ônus da
prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. 1 Art. 99. O pedido de gratuidade da
justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso
de terceiro no processo ou em recurso. Autos nº XXXXX-04.2013.8.16.0134 3 4. A
comprovação da posse exige o exercício do poder fático sobre a coisa, que, in casu,
não foi demonstrado pelos demandantes, culminando na reforma da sentença, por
improcedência dos pedidos iniciais. RECURSOS DOS REQUERIDOS (1, 2 E 3)
CONHECIDOS E PROVIDOS. RECURSO DOS REQUERENTES.

Todavia, percebe-se a parcialidade do juiz em relação ao julgamento, ignorando os


fatos expostos pelas testemunhas.

Requer o afastamento da condenação dos R$3,000,00 (três mil reais) por ausência de
provas.

II-III- DA CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA

O apelado alegou ter gasto R$ 3.000,00 (três mil reais) em hospital e mais R$
2.000,00 (dois mil reais) com medicamento sendo que não comprovou os gastos dos
medicamentos, que foram usados, alegando não ter ido buscar-los.

Portanto, quando ausente o nexo causal, não há que se falar em responsabilidade do


agente.

" Causas de exclusão do nexo causal são, pois, casos de impossibilidade


superveniente do cumprimento da obrigação não imputáveis ao devedor ou agente
"(CAVALIERI, Sérgio. Programa de responsabilidade civil, 2006, pág. 89).

Neste caso fica sendo de responsabilidade do apelado como na jurisprudência a


seguir:

5378805(Acórdão) Relator: GuimarãesdaCosta Processo:53880-5Acórdão:14854


Fonte:DJ:163 DataPublicação:22/06/2009 ÓrgãoJulgador:8ªCâmaraCível Data
Julgamento: 07/05/2014 EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE
DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO ENTRE A BICICLETA DO AUTOR E
O AUTOMÓVEL DO RÉU. FERIMENTOS CAUSADOS PELO CHOQUE QUE
PROVOCAM A INVALIDEZ PERMANENTE DAQUELE. PARCIAL PROCEDÊNCIA
DOS PEDIDOS INICIAIS. INCONFORMISMOS FORMALIZADOS. APELAÇÃO CÍVEL
(1). JOSÉ GODINHO DE BITENCOURT. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTMA. NÃO
ACOLHIMENTO.PROVAS DA RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO RÉU.
REDUÇÃO DAINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CABIMENTO. VERBA
QUE SE RELEVA INSUFICIENTE PARA COMPENSAR OS PREJUÍZOS. FIXAÇÃO
DOS HONORÁRIOS DA LIDE SECUNDÁRIA COM BASE NO ART. 20, § 3º DO CPC.
CONGRUIDADE. HIPÓTESE NÃO ELENCADA NO § 4º DO MESMO DISPOSITIVO
LEGAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.APELAÇÃO CÍVEL (2). VALDOMIRO
COCIOLI DEIZEPE. MAJORAÇÃO DAINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CABIMENTO. PECULIARIDADES DA ESPÉCIE EM
LITÍGIO.RESPONSABILIDADE,SOLIDÁRIA DA SEGURADORA.PERTINÊNCIA.
POSSIBILIDADE DE RESPONDER DIRETAMENTE PELO DÉBITO. RECURSO
PROVIDO. APELAÇÃO CÍVEL (3). BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE
SEGUROS S/A. CULPA EXCLUSIVA OU CONCORRENTE DO AUTOR. NÃO
ACOLHIMENTO. AUSÊNCIA DE PROVAS QUE CORROBOREM À ARGÜIÇÃO.
ALEGAÇÃO DE A INVALIDEZ QUE O ACOMETEU É APENAS PARCIAL.
DESCABIMENTO. PROVA PERICIAL QUE ATESTA A INVALIDEZ TOTAL E
DEFINITIVA DAVÍTIMA. DEDUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL. INCONGUIDADE. NATUREZA DIVERSA DAS PRESTAÇÕES. FIXAÇÃO
DE TERMO" A QUO "PARA A PENSÃO MENSAL. IMPERTINÊNCIA. PAGAMENTO
DEVE SER EFETUADO PELA REAL SOBREVIDA DAVÍTIMA. MINORAÇÃO DA
INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. MAJORAÇÃO QUE SE FAZ
DEVIDA. AFASTAMENTO DA VERBA DE SUCUMBÊNCIA RELATIVA À LIDE
SECUNDARIA.

A responsabilidade civil esta prevista nos Art. 927 do CC e Art. 186 e 187 do CC,
devendo ser responsabilidade do apelado pegar os medicamentos na farmácia.

II-IV- AFASTAMENTO DO DANO MATERIAL

O dano material é quando se faz necessária a existência do ato ilícito, consoante art.
186 CC, e a ocorrência do dano art. 927 CC. Para o doutrinador"CAVALIERI FILHO,
2010:”

O dano material ou conhecido também como dano patrimonial é aquele que


compreende todos os bens e direitos e se substancia na expressão “conjunto das
relações jurídicas”, abrangendo nesse sentido não apenas as coisas corpóreas, mas
de outra banda inclui necessariamente as coisas incorpóreas.

Conforme confirma a jurisprudência a seguir:

7. XXXXX-09.2012.8.16.0103(Acórdão)

Relator: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES DA COSTA Processo:XXXXX-


09.2012.8.16.0103Fonte:

DataPublicação:13/10/2014 Órgão Julgador: 1ª Turma Recursal Data Julgamento:


08/10/2014RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS. VEÍCULO DO AUTOR ATINGIDO POR UMA PEDRA
ARREMESSADA PELO RÉU PELO FATO DESTE TER SUPOSTAMENTE
ATROPELADO SEU CACHORRO. DISCUSSÃO ACIRRADA ENTRE AS PARTES NA
QUAL O AUTOR TAMBÉM FOI AGREDIDO VERBALMENTE. PROVA NOS AUTOS
QUE AFIRMAM QUE FOI O AUTOR QUEM ATROPELOU O ANIMAL DE
ESTIMAÇÃO DO RÉU, BEM COMO RESTOU INCONTROVERSO A PEDRA
LANÇADA PELO RÉU. SENTENÇA SINGULAR DE PARCIAL PROCEDÊNCIA DO
PEDIDO DO AUTOR PARA CONDENAR O RÉU AO PAGAMENTO DE R$ 500,00 A
TÍTULO DE DANO MATERIAL E PARCIAL PROCEDÊNCIA DO PEDIDO
CONTRAPOSTO DO RÉU PARA CONDENAR AO AUTOR A PAGAMENTO DE R$
791,00 A TITULO DE DANO MATERIAL E R$ 3.000,00 A TITULO DE DANO MORAL
EM DECORRENCIA DA MORTE DE SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO.
INCONFORMISMO RECURSAL DO AUTOR. ALEGAÇÃO DE INEXISTIR PROVAS
ROBUSTAS DE QUE ATROPELOU O ANIMAL DE ESTIMAÇÃO DO RÉU, BEM
COMO QUE DEVE PREVALER A DECISÃO PROFERIA PELA JUIZA LEIGA QUE
COMANDOU A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. IMPROCEDÊNCIA.
PROJETO DE SENTENÇA SEM VALIDADE SE NÃO FOI HOMOLOGADO PELO
JUIZ TOGADO – ARTIGO 40 DA LEI 9.099/95. DECISÃO DO JUIZ TOGADO EM
CONSONÂNCIA COM O CONJUNTO PROBATÓRIO DOS AUTOS QUE DEVE SER
MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – ARTIGO 46, LEI 9.099/95. Recurso
conhecido

Requer, o afastamento do valor referente aos R$ 5.000,00 (cinco mil reais), gasto com
as despesas hospitalares.

Caso Vossa Excelência não acolha o afastamento, pede a diminuição do quantum


indenizatório.

II-V- AFASTAMENTO DA CONDENAÇÃO DOS DANOS MORAIS

Por dano moral entende-se o dano que atinge os atributos da personalidade, como
imagem, bom nome, a qualidade ou condição de ser de uma pessoa, a intimidade e a
privacidade. Tem natureza compensatória e não ressarci tória. Conforme o
entendimento do doutrinador, Venosa (2012):

O direito ao dano moral reside no fato de que ninguém deve prejudicar o próximo .E,
continua o doutrinador sustentando que o conceito de culpa é alargado, não mais se
amoldando à trilogia imprudência, negligência e imperícia.

Contudo, o dever de guarda foi cumprido, sendo o apelado quem atacou o cachorro,
atirando pedras no cão todos os dias. O cachorro acabou ficando nervoso devido a
tantas provocações, pois, é um cão dócil e amoroso conforme demonstra a seguir:
"Temperamento da raça Pastor Alemão"

Conhecido por sua notável inteligência e aptidão ao treinamento, o Pastor Alemão é


um cão essencialmente dócil, amoroso com seus familiares e de caráter calmo e
tranquilo. É, sem dúvida, um cão ativo, de porte atlético, muito rápido e ao mesmo
tempo resistente, dotado de uma espetacular auto-confiança. O caráter é uma das
qualidades mais importantes da raça. É um cachorro equilibrado, apresenta grande
desenvoltura, atitude vigilante, incorruptibilidade, fidelidade e muita coragem na
defesa.

O Pastor Alemão é um cão atento, curioso, sempre disposto a agradar. Gosta da


presença de seus dono e familiares e procura manter-se sempre por perto. É
recomendável a socialização precoce para evitar que o cão desta raça possa tornar-se
super-protetor em relação a família e seu território. Obediente e sempre disposto a
aprender, o Pastor Alemão não é inclinado a fazer amizades com estranhos de
imediato, devido a seu caráter protetor. No entanto, não é traiçoeiro, e não ataca
inadvertidamente. Demonstra coragem e dureza na defesa do dono e do seu território,
Diante de estranhos, demonstra desembaraço e segurança Além de ser um ótimo
companheiro para deficientes visuais.
"http://www.guiaderacas.com.br/pastoralemao.shtml";

Tendo em vista a ausência de culpa do apelante segue a jurisprudência seguir:

XXXXX-83.2013.8.16.0034(Acórdão) Relator: Leo Henrique FurtadoAraújo


Processo:000639883.2013.8.16.0034Fonte: DataPublicação:08/05/2017
ÓrgãoJulgador:1ª Turma Recursal

Data Julgamento: 05/05/2017

EMENTA: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. ALEGA A


RECLAMANTE TER SIDO ATACADA POR CACHORRO DE PROPRIEDADE DO
RECLAMADO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA
RECURSAL DA RECLAMANTE. ATAQUE DE ANIMAL. RESPONSABILIDADE DO
DONO. ART. 936 DO CÓDIGO CIVIL. AUSÊNCIA DE CULPA DA VÍTIMA. DANO
MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO MAJORADO.DANO
ESTÉTICO. AUSÊNCIA DE PROVAS DE QUE AS FERIDAS E ESCORIAÇÕES
CAUSEM REPUGNÂNCIA OU VEXAME NO CONVÍVIO SOCIAL. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. Recurso parcialmente provido. Ante o exposto, esta
1ª Turma Recursal resolve, por unanimidade dos votos, em relação ao recurso de
MARLI COLAÇO, julgar pelo (a) ComResolução do Mérito - Provimento em Parte.
Requer, a exclusão da condenação dos danos morais, em razão do valor muito
elevado. Caso Vossa Excelência não acolha que seja feito a diminuição do quantum
indenizatório.

6. D O S P E D I D O S:

Em virtude do exposto, o apelante requer que o presente recurso de apelação seja


CONHECIDO e, quando de seu julgamento, seja totalmente PROVIDO para reformar
a sentença recorrida, no sentido de acolher o pedido inicial do autor apelante, por ser
de inteira Justiça.

Maringá, 10 de setembro de 2018.

________________

OAB (SP)

1-Recurso especial é uma ferramenta processual prevista na Constituição Federal, utilizada


para recorrer ao STJ de decisão proferida por tribunal superior que contrarie ou negue vigência
à lei federal, lhe atribua interpretação divergente de outros tribunais ou, ainda, considere
válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

2- O recurso especial é cabível quando a decisão recorrida: contrariar tratado ou lei


federal, ou negar-lhes vigência; julgar válido ato de governo local contestado em face
de lei federal; der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal

3- 15 dias úteis

4-É direcionado ao STJ.

5-O órgão competente para julgar o recurso especial é o Superior Tribunal de Justiça –
STJ.

6-O prequestionamento consiste na exigência da pré-análise, bem como do debate e


do julgamento prévio, pelo tribunal recorrido, de uma matéria federal ou constitucional,
que será objeto do recurso especial ou extraordinário, a ser direcionado aos tribunais
superiores do país: Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou Supremo ...

7-No âmbito dos recursos extraordinários lato sensu, é possível que o recurso especial
(REsp) seja recebido como extraordinário (RE) e vice-versa. Há, porém, um detalhe
importante. Lembre-se que, na hipótese de recurso extraordinário, deverá o recorrente
demonstrar que existe repercussão geral.
8-Em relação a sua admissibilidade, o recurso especial possui os pré-requisitos de
admissibilidade comuns a outros tipos de recursos, como o interesse da parte, a
legitimidade do pedido, a inexistência de impedimento, o preparo e a tempestividade.

9-Em relação a sua admissibilidade, o recurso especial possui os pré-requisitos de


admissibilidade comuns a outros tipos de recursos, como o interesse da parte, a
legitimidade do pedido, a inexistência de impedimento, o preparo e a tempestividade.

10- STJ

11-O recurso extraordinário (RE) é um recurso processual utilizado para pedir ao


Supremo Tribunal Federal (STF) a impugnação (discussão) de uma decisão sobre
questões constitucionais.

12-Em geral, entende-se que os pressupostos genéricos são: a) intrínsecos


(condições recursais): cabimento (possibilidade recursal), interesse recursal e
legitimidade para recorrer; b) extrínsecos: preparo, tempestividade e
regularidade formal.

13-A repercussão geral é um requisito de admissibilidade dos recursos extraordinários,


sendo necessário que em tais recursos seja demonstrado a existência da repercussão
geral, sob pena de não admissão do recurso

14-É cabível a interposição de Recurso Especial? NÃO. Súmula 203-STJ: Não cabe recurso
especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.

15-As petições dos recursos deverão conter:

Exposição do fato e do direito: deve o recorrente descrever os fatos ocorridos e correlacionar


com a norma jurídica;

Demonstração do cabimento do recurso interposto; neste ponto, deve o recorrente


demonstrar que preencheu os requisitos gerais de interposição do recurso (por exemplo:
cabimento, tempestividade, preparo, etc) além da observância dos requisitos especiais
(prequestionamento, repercussão geral. Não é facultativa a demonstração do cabimento, mas
obrigatória. As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida: o
recorrente deve demonstrar de forma cabal ao tribunal as razões pelas quais acredita que o
recurso deva ser provido, de forma a reformar ou invalidar a decisão recorrida.

16-O CPC/2015, art. 1.031, caput dispõe que, na hipótese de interposição conjunta de recurso
extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça

17-Os processos com repercussão geral reconhecida deveriam ser julgados em um


ano. Essa é a previsão do Código de Processo Civil de 2015. A lei chegou a prever
que, se não fosse cumprido o prazo, os processos seriam liberados

18-Nos Recursos Extraordinários em que for reconhecida a existência de repercussão


geral, o relator poderá determinar o sobrestamento dos processos que sejam idênticos
a outro que esteja com o mérito em análise pela Corte.
19-Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze)
dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se
manifeste sobre a questão constitucional.

20-Muito se emprega a expressão "ofensa reflexa" para designar a falta de


objetividade dos recorrentes na utilização do Recurso Extraordinário, exigindo o
Supremo Tribunal Federal que a lesão ao texto constitucional seja direta. As normas,
de forma mais ou menos intensa, encontram fundamento no texto maior

AGRAVO INTERNO

1-O agravo interno é o meio de impugnação das decisões monocráticas


proferidas pelo relator em Tribunal. É uma espécie recursal dentre os três tipos
do gênero agravo previstos no Novo CPC, sendo eles: agravo de instrumento,
agravo interno e o agravo previsto no artigo 15 da Lei 12.016/2009 .
2- Cabe agravo interno de toda decisão proferida pelo relator em recurso que
será analisado pelo órgão colegiado. Isso quer dizer que a decisão monocrática
contraria a própria natureza das decisões de segundo grau, que deveriam ser
colegiadas.
3-Após a vigência do CPC/2015, é de 15 dias o prazo para a interposição de
qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, nos
exatos termos do artigo 1.070 do CPC.
4-O juízo de retratação é típico das decisões interlocutórias, mas exige sempre
o prévio juízo de admissibilidade recursal. Não havendo a retratação, o relator
levará o recurso principal para julgamento pelo órgão colegiado. O relator
participará do julgamento do agravo interno.
5-O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre
o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o
relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

6-Nessa petição devem ser impugnados especificamente os fundamentos da


decisão agravada, assim como qualquer outro recurso. O prazo, como visto
anteriormente, é de 15 dias úteis, em conformidade com o art. 1003, §5° do
Novo CPC e art. 219 do Novo CPC, respectivamente.

7-Como regra, não cabe sustentação oral em agravo interno.

8-

a-O órgão julgador pode receber, como agravo interno, os embargos de


declaração que notoriamente visam a reformar a decisão monocrática do
Relator.

b-Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou


improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão
fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre
um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

1-Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida


ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se
sujeitam a preparo.

2-De acordo com o Novo Código de Processo Civil, o prazo para interposição
de embargos de declaração é de 5 dias úteis, que começam a ser contados a
partir da intimação, publicação ou manifestação da decisão embargada.

3-Embora não seja tão comum, um recurso de embargos de declaração pode


apresentar efeito modificativo na decisão judicial, ou infringente em decisões
colegiadas. Nesta circunstância, caso o recurso implique na mudança da
decisão proferida, o embargo terá prazo de 15 dias para definir a nova decisão.

4- Caberá multa, quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o


tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao
embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa.

6-A atribuição de efeitos infringentes aos embargos de declaração é possível,


em hipóteses excepcionais, para corrigir premissa equivocada no julgamento,
bem como nos casos em que, sanada a omissão, a contradição ou a
obscuridade, a alteração da decisão surja como consequência necessária.

7-Os embargos de declaração devem ser apreciados pelo órgão julgador da


decisão embargada, independentemente da alteração de sua composição, o
que não ofende o princípio do juiz natural nem excepciona o princípio da
identidade física do juiz.

8-o Código de Processo Civil admite a interposição dos embargos de


declaração para correção de erro material.

9-não admitem resposta, mesmo porque têm de regra apenas efeitos


integrativos da sentença ou acórdão.

10- Não se sujeitam a preparo.

11-Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I -


esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou
questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III -
corrigir erro material.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

1-O Novo CPC definiu que o prazo para interposição do agravo de instrumento
é de 15 dias úteis, contados a partir do momento que a decisão interlocutória
do magistrado é publicada. O prazo máximo para manifestação do Tribunal em
relação ao recurso de agravo de instrumento é também de 15 dias.
2-O agravo de instrumento é dirigido diretamente para o Tribunal competente.

3-Sim, o agravo de instrumento exige o pagamento de preparo, de acordo com


o art. 1.017, §1º do CPC. Caso a Justiça Gratuita tenha sido deferida pelo juízo
a quo, não será necessário o pagamento do preparo.

4-A certidão de intimação do acórdão recorrido é peça essencial à regular


formação do agravo de instrumento manifestado contra a decisão denegatória
de REsp, uma vez que sem ela não se pode aferir a tempestividade do apelo
extremo.

5-A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com


cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado ; II -
facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.

6-Torna possível ao Juiz que proferiu a decisão agravada modificar o seu


entendimento, levando em consideração as razões contidas no agravo. Caso
ele reformar a decisão, o agravo perderá seu objeto e o relator o considerará
prejudicado.

7-Antes da citação, parte agravada deve ser intimada pessoalmente.

8- É o relator que, à luz do caso concreto, poderá conceder o efeito


suspensivo, desde que haja pedido da parte recorrente e estejam preenchidos
os pressupostos autorizadores da medida (CPC/2015, art. 1.019, I).

9-É cabível o recurso de agravo de instrumento contra a decisão interlocutória que


apreciar a decadência ou a prescrição.

10-Endereçamento ao tribunal competente.

Nome das partes (agravante e agravado)

Exposição do fato.

Exposição do direito.

Razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido.

Qualificação dos advogados que atuam no processo.

11-Entende-se que os pressupostos genéricos são: a) intrínsecos (condições


recursais): cabimento (possibilidade recursal), interesse recursal e legitimidade para
recorrer; b) extrínsecos: Preparo, tempestividade e regularidade formal.

12-Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia
da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da
relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará
prejudicado o agravo de instrumento.

§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no


caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.

§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e


provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.

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