Você está na página 1de 4

Tribunal de Justiça de Pernambuco

PJe - Processo Judicial Eletrônico

07/10/2022

Número: 0043394-02.2019.8.17.2990
Classe: DIVÓRCIO LITIGIOSO
Órgão julgador: 2ª Vara de Família e Registro Civil da Capital
Última distribuição : 21/10/2019
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Reconhecimento / Dissolução
Segredo de justiça? SIM
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
CELIA ANDRADE TETI DO NASCIMENTO (AUTOR) MARCOS ANTONIO PEREIRA DA SILVA (ADVOGADO(A))
FERNANDO CORREIA DE PAIVA FILHO (RÉU) FERNANDO CORREIA DE PAIVA JUNIOR (ADVOGADO(A))
POLIANE DE ALMEIDA PAIVA (RÉU) FERNANDO CORREIA DE PAIVA JUNIOR (ADVOGADO(A))
9º Promotor de Justiça Cível da Capital (FISCAL DA ORDEM
JURÍDICA)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
11637 03/10/2022 11:28 Termo de Audiência Termo\Termo de Audiência\Termo de
6874 Audiência (Outros)
PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCO
2ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITAL

TERMO DE AUDIÊNCIA

Proc. n. 0043394-02.2019.8.17.2990 (União


Estável)

Aos 03 dias do mês de outubro do ano de 2022, em audiência realizada por meio virtual, presidida
pelo MM Juiz de Direito, Dr. CARLOS MAGNO CYSNEIROS SAMPAIO, comigo, Assessora de
Magistrado, presente a Demandante, CELIA ANDRADE TETI DO NASCIMENTO, acompanhada
de sua advogada, Dra. Rafaela Ramos – OAB/PE nº 34508, presente o Demandado Dr.
FERNANDO CORREIA DE PAIVA JÚNIOR – OAB/SP nº 379922, que atua em causa própria e
também como patrono da outra demandada, Sra. POLIANE DE ALMEIDA PAIVA. Aberta e
instalada a audiência, o MM Juiz propôs a conciliação entre as partes, que foi rejeitada. Em
seguida, o MM Juiz passou a ouvir a Demandante: Que ela declarante conviveu maritalmente
com o Sr. Fernando desde o dia 16 de janeiro de 2002 até o falecimento do mesmo, no dia 01 de
abril de 2017; Que ao tempo dessa convivência tanto ela declarante como o Sr. Fernando eram
divorciados; Que o casal não teve filhos em comum; Que ela declarante e o Sr. Fernando Paiva
residiram no Janga, em Olinda, na Rua da Regeneração e na Av. Beberibe; Que a última
residência do casal foi na Av. Beberibe, nº 2353; Que ao tempo da convivência ela declarante não
exercia atividade remunerada; Que o Demandado era do corpo de bombeiros e aposentou-se por
volta do ano de 2014; Que no ano de 2012, Fernando sofreu um acidente de carro entre o Rio
Grande do Norte e a Paraíba; Que Fernando quebrou umas costelas e restou com uma sequela
nos braços; Que inicialmente Fernando foi socorrido para o Hospital de Traumas, em João
Pessoa/PB, onde passou aproximadamente 15 dias; Que depois desse período Fernando foi
transferido para o Hospital da Polícia, em Recife/; Que ela declarante acompanhou Fernando tanto
na Paraíba quanto no Derby; Que no ano de 2013 Fernando caiu com o rosto no chão, no meio da
rua, no Bairro Novo; Que desta feita Fernando foi socorrido par ao Hospital da Restauração; Que
depois de ter sido atendido, Fernando foi liberado para casa; Que ainda no mesmo ano, Fernando
sofreu um outro acidente na casa dela declarante, havendo caído da escada; Que nesta ocasião
Fernando foi socorrido para o Hospital Santa Terezinha, situado na Av. Caxangá; Que quem
acompanhou Fernando nesse hospital foi ela declarante; Que Fernando nunca foi morar em São
Paulo; Que Fernando estava sofrendo de epilepsia, por conta de algumas bebidas; Que no ano de
2017 Fernando caiu no meio da rua, perto da residência do casal e foi socorrido para a Policlínica
da Campina do Barreto; Que Fernando estava sem documentos; Que ela declarante só ficou
sabendo desse fato porque divulgaram uma foto do sr. Fernando no celular e telefonaram para a
casa da irmã dela declarante; Que da Policlínica, Fernando foi transferido para o Hospital Militar;
Que quem fez essa transferência foi a filha de Fernando, Poliana; Que o acidente ocorreu num
sábado e na segunda feira ela declarante já estava no Hospital do Derby na hora da visita; Que no
Hospital do Derby, Fernando ficou internado na UTI; Que as visitas aconteciam toda a tarde, a
partir das 14h; Que além dela declarante e de sua própria irmã, também iam visitar o sr. Fernando
os dois filhos, a ex esposa e a irmã de Fernando, de nome Marta; Que ela declarante firmou um
documento de união estável com o sr. Fernando; Que por ocasião do primeiro e do penúltimo
acidente, Fernando visitou o pai na casa dela declarante; Que Poliana também visitou o pai na

Assinado eletronicamente por: RENATA GONDIM DA COSTA GOMES LAPENDA - 03/10/2022 11:28:35 Num. 116376874 - Pág. 1
https://pje.tjpe.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100311283515800000113766334
Número do documento: 22100311283515800000113766334
casa dela declarante uma única vez; Que ela declarante e o Sr. Fernando não constituíram
patrimônio. Com a palavra, a advogada da parte Autora, às suas reperguntas respondeu:
Que ela declarante e o Sr. Fernando se davam muito bem e iam para todo canto juntos; Que por
ocasião do último acidente sofrido por Sr. Fernando Paiva, ela declarante estava no Rio Grande do
Norte porque havia ido acompanhar a sua nora que estava para dar à luz. Com a palavra, o
advogado da parte Demandada, às suas reperguntas respondeu: Que ela declarante tomou
conhecimento através de sua irmã que havia sido divulgada uma foto de Fernando Paiva no
celular, quando ele havia sofrido o acidente; Que foi a irmã dela declarante quem lhe comunicou do
acidente sofrido por Fernando Paiva; Que ela declarante não tem conhecimento que Fernando
Paiva tenha estabelecido relação de convivência marital com Joselita Maria Vieira dos Reis; Que
ela declarante não tem conhecimento que Fernando Paiva procurou o Corpo de Bombeiros para
retirá-la da condição de dependentes; Que ela declarante tinha o cartão do hospital como
dependente de Fernando Paiva; Que ela declarante já chegou a ser atendida no hospital com essa
carteira; Que ela declarante precisou arrombar a porta de casa após o último acidente sofrido por
Fernando Paiva porque não conseguiu encontrar a chave de casa e ele que tinha outra chave já
estava internado. Em seguida, o MM Juiz passou a ouvir a Sra. Poliane de Almeida Paiva:
Que ela declarante conhece a Autora; Que a primeira vez que ela declarante avistou a Autora foi
em 2012, no Hospital da Polícia, quando o seu pai estava internado; Que naquela oportunidade o
seu genitor disse que a Sra. Célia era companheira dele, tendo inclusive lhe apresentado; Que ela
declarante não sabia da vida de seu genitor; Que depois de separa-se da sua mãe, seu genitor
disse aos filhos que o esquecesse; Que ela declarante não sabe dizer até quando o seu genitor
conviveu com a Sra. Célia; Que ela declarante só avistou a Sra. Célia por duas vezes, uma no
hospital já mencionado e a outra por ocasião do enterro dele. Com a palavra, a advogada da
parte Autora nada requereu. Com a palavra, o advogada da parte demandada, às suas
reperguntas respondeu: Que no dia 27 de março de 2017, ela declarante recebeu uma ligação
de seu tio, que também é bombeiro, por volta das 23h, dando conta que circulava uma foto no
grupo dos bombeiros de uma pessoa tratada como indigente que diziam ser o pai dela declarante;
Que ela declarante viu a foto e reconheceu o seu genitor, mesmo estando ele cheio de máscaras;
Que o tio dela declarante descobriu que ele estava internado na Policlínica da Campina do Barreto;
Que depois disso, ela declarante, seu tio e sua genitora e dirigiram até a referida policlínica para
adotar as providências; Que segundo informações obtidas por ela declarante, o seu genitor já
estava internado desde domingo; Que lá na Policlínica a assistente social entregou a ela
declarante uma bermuda, uma alpercata, duas chaves e um anel, que pertenciam aos seus
genitores; Que foi ela declarante, juntamente com seu tio e sua genitora que conseguiram a
remoção do seu genitor para o hospital do Derby, através de uma UTI móvel fornecida pelo oficial
do dia do Corpo de Bombeiros; Que ela declarante visitou o seu genitor todos os dias, até a morte;
Que Célia só chegou na quarta feira; Que o horário da visitação era de 13h. Em seguida, o MM
Juiz passou a ouvir o Sr. Fernando, que atua em causa própria: Que ele declarante conheceu
a Autora entre 2012 e 2013; Que a esse tempo a Autora e seu genitor residiam no Janga; Que o
genitor apresentava a Sra. Célia como companheira; Que a última vez que ela declarante
encontrou o seu genitor foi no final do ano de 2015, oportunidade em que perguntou pela Sra.
Célia e ele lhe disse que ela já não morava mais com ele; Que ele declarante chegou a visitar o
seu genitor por ocasião do acidente que ele sofreu na Paraíba; Que ele declarante foi juntamente
com o seu tio, irmão de seu genitor e Marta, irmã dele também; Que até aquela oportunidade a
Sra. Célia não havia aparecido para visitar o seu genitor; Que ele declarante ressalta que somente
a sua irmã recebia informações dos fatos ocorridos com o seu genitor; Que ele declarante tomou
conhecimento que no ano de 2014 o seu genitor estava sozinho em casa, caiu da escada e bateu
com a nuca no chão, tendo sido socorrido por vizinhos; Que ele declarante não sabe dizer se a
Autora acompanhou o seu genitor na Clínica Santa Terezinha; Que na oportunidade em que ele
declarante foi visitar o seu genitor, quem estava lá era Marta, irmã dele; Que ele declarante não
tinha conhecimento que o seu genitor firmou um pacto de união estável com a Autora; Que até a
data daquele pacto de união estável o seu genitor era apenas separado de sua genitora; Que o
seu genitor foi socorrido na segunda feira; Que ele declarante somente chegou no hospital na

Assinado eletronicamente por: RENATA GONDIM DA COSTA GOMES LAPENDA - 03/10/2022 11:28:35 Num. 116376874 - Pág. 2
https://pje.tjpe.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100311283515800000113766334
Número do documento: 22100311283515800000113766334
quarta feira porque veio de São Paulo; Que a Autora somente chegou no hospital pela primeira,
depois dele declarante. Com a palavra, a advogada da parte Autora, às suas reperguntas
respondeu: Que ele declarante somente tomou conhecimento da ação de divórcio movida por seu
genitor ao ensejo da verificação dos documentos trazidos pela Autora. Em seguida, as partes
pugnaram pela oitiva de testemunhas, tendo o MM Juiz deferido o pedido e mandado suspender a
presente audiência para a designação de audiência mista a fim de que o advogado que atua em
causa própria possa acompanhá-la à distância. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo, que vai por mim, Renata Gondim da Costa Gomes, assinado eletronicamente.

Assinado eletronicamente por: RENATA GONDIM DA COSTA GOMES LAPENDA - 03/10/2022 11:28:35 Num. 116376874 - Pág. 3
https://pje.tjpe.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100311283515800000113766334
Número do documento: 22100311283515800000113766334

Você também pode gostar