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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE JAÚ
FORO DE JAÚ
3ª VARA CÍVEL
AVENIDA RODOLPHO MAGNANI, SN, Jaú - SP - CEP 17210-100
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1006241-08.2021.8.26.0302 e código B8EC4B1.
SENTENÇA

Processo Digital nº: 1006241-08.2021.8.26.0302


Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Dissolução
Requerente e Reconvinte: Mario Pereira dos Santos e outro
Requerido e Reconvindo: Edna Bergamo Sede Meronha e outro

Prioridade Idoso
Tramitação prioritária
Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANIELA ALMEIDA PRADO NINNO, liberado nos autos em 19/10/2023 às 16:09 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Daniela Almeida Prado Ninno

Vistos.

MARIO PEREIRA DOS SANTOS move ação de dissolução de união estável c/c
partilha de bens em face de EDNA BERGAMO SEDE MERONHA, alegando que passaram a
conviver de forma pública, contínua e duradoura, estabelecida com objetivo de constituir família
em janeiro de 2008, conforme escritura de declaração de união estável. Fixaram residência na casa
da requerida, localizada na Rua Natale José Perilo, nº 23, Jaú/SP, onde, durante o período da
união, foram realizadas diversas melhorias e construções no imóvel. Afirma que, durante o
período da união, a requerida sofreu um AVC, em janeiro de 2016, tendo ficado com sequelas
motoras e impossibilitada de enxergar. Narra que cuidou da requerida desde o acidente até a
presente data, prestando todos os cuidados necessários, como levar ao médico, higiene,
alimentação, lazer, entre outros. Argumenta que, como a requerida é deficiente visual, passaram a
viver como se fossem amigos, não tendo mais nenhum tipo de relação, somente cuidados. Alega
que sempre frequentaram ambientes e locais públicos, demonstrando estabilidade no
relacionamento de forma afetiva e mútua. Aduz que, quando passou a conviver com a requerida,
sempre foi um companheiro dedicado, cuidadoso, zeloso e cuidava dos afazeres do lar, bem como
prestava apoio constante para sua companheira. Afirma que, diante da situação que vivia com a
requerida, em novembro de 2020, se envolveu amorosamente com sua cunhada, tendo mantido
relacionamento até março de 2021. Narra que, em virtude de tal acontecimento, a família da
requerida retirou esta do imóvel do casal, impedindo contato entre os mesmos. Argumenta que a
requerida está em pleno juízo de suas faculdades mentais, tendo total poder de decisão sobre seus
atos. Alega que possuem o seguinte patrimônio: um automóvel Chevrolet Prisma, placa GCQ
6819; as benfeitorias e construções realizadas no imóvel da requerida, com valor aproximado de
R$ 25.000,00; quanto aos bens móveis que guarnecem a residência, quer retirar apenas um guarda
roupa dos três que possuem, uma máquina de lavar roupas, uma geladeira ou um colchão
magnético e uma TV led das duas que possuem. Aduz que, durante a união, o casal contraiu um
empréstimo, com valor remanescente de quarenta e oito parcelas de R$ 711,00, cada uma. Afirma
que efetuou empréstimo em seu nome junto ao Banco Itaú, cujo valor foi transferido para conta de
um sobrinho da requerida, Kennedy Fernando Espricigo, para que este usasse o valor em benefício
próprio, pagando as parcelas mensais do empréstimo. Afirma que pretende que as dívidas sejam
divididas igualmente entre as partes e que a dívida junto ao Banco Itaú seja de responsabilidade
total da requerida. Pede a procedência da ação com a declaração de dissolução de união estável e a
partilha do patrimônio comum no importe de 50% para cada parte. Pleiteia os benefícios da justiça
gratuita.

Deferiu-se ao autor os benefícios da justiça gratuita e designou-se audiência de

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conciliação.

Tentada a conciliação, esta restou infrutífera.

Em contestação, a requerida impugna a gratuidade concedida ao requerente e


alega, preliminarmente, continência. No mérito, aduz que a união estável é inquestionável. Afirma
que o requerente sequer cita quais foram as benfeitorias que pretende ver partilhadas e o valor
individualizado delas. Alega que a suposta dívida não guarda qualquer relação com a demanda, eis
que se o requerente emprestou valor à pessoa de Kennedy Fernando, terceiro alheio à relação
conjugal, em face deste deverá demandar. Narra que a responsabilidade em pagar dívida contraída

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perante o requerente cabe a Kennedy, e não à requerida, ainda que este seja seu sobrinho, não
podendo tal pecúnia ser objeto de partilha. Argumenta que conviviam em união estável pública,
notória e com intenção de constituir família durante o período de 01 de janeiro de 2007 a 21 de
julho de 2021, momento em que o requerente teve determinado contra si medida protetiva
proveniente do processo nº 1502995-44.2021.8.26.0302, em trâmite perante a 1ª Vara Criminal de
Jaú/SP, das quais, em especial, o afastamento do lar conjugal e a proibição de contato ou
aproximação. Alega que, em 20 de julho de 2021, registrou o boletim de ocorrência nº 3912/2021,
denunciando maus tratos, violência doméstica sofrida ao longo dos anos e humilhações, inclusive
com traição. Aduz que do relacionamento não advieram filhos, mas apenas a aquisição de bens,
além de contraírem dívidas e realizarem benfeitorias em imóvel de propriedade exclusiva do
requerente. Afirma que, depois de sofrer um acidente vascular cerebral, que a deixou cega, há
quatro anos, as desavenças e humilhações passaram a ocorrer. Narra que o requerente passou a
praticar maus tratos e constante pressão psicológica e humilhações, culminando em traição e uso
indevido de recursos provenientes de seu benefício previdenciário. Argumenta que o requerente,
usando de artifício vil e más intenções, diante da incapacidade física e intelectual da requerida,
abriu a conta corrente conjunta nº 124002-1, da agência nº 27-2, do Banco do Brasil, local onde
administrava e realizava transações sem o consentimento daquela. Alega que foram realizadas
benfeitorias em imóvel de propriedade exclusiva do requerente, localizado na Rua Guerino
Ferrucci, nº 151, Jardim Carolina, Jaú-SP, condizente a troca integral do telhado e calhas,
construção de uma suíte, pintura integral do imóvel, cujo valor deve ser objeto de perícia para
avaliar e determinar o valor correto da valorização do bem, ressarcindo-se após a requerida. Aduz
que o requerente se apropriou de empréstimo consignado realizado perante o Banco do Brasil, cujo
pagamento se dá mediante desconto mensal em benefício percebido junto ao INSS pela requerida,
no valor de R$ 28.173,07, dividido em sessenta e seis parcelas no valor de R$ 711,58, cada.
Afirma que já teve uma lesão patrimonial, a título de danos materiais, no importe de R$ 6404,22,
sendo que o desconto somente terá fim em maio de 2026. Narra que, ciente de que a requerida
havia deixado a própria residência para buscar ajuda diante do crime e dos danos sofridos, o
requerente utilizou de artifícios fraudulentos e em benefício próprio, “escondendo” o veículo do
casal, que está em nome da requerida e foi adquirido mediante benefícios do programa Pcd.
Argumenta que, na ocasião, o requerente afirmou ao Sr. Oficial de Justiça, além de ameaças
veladas à requerida, que o carro estava guardado e não iria entregá-lo, deixando apenas os cartões
de crédito e acesso bancário e de benefício, de titularidade daquela, mas que mantinha em sua
posse diante da “administração” dos recursos e em benefício próprio, causando lesão. Alega que o
requerente fez pedido para que a amante pudesse dormir na casa do casal. Aduz que deve haver a
partilha dos seguintes bens: um veículo Chevrolet Prisma, placa GCQ 6819; empréstimo
consignado perante o Banco do Brasil no valor de R$ 28.173,07, com parcelas de R$ 711,58, cada
uma; parcelamento de serviços realizados na concessionária Chevrolet Javep, condizente a sete
parcelas iguais e consecutivas no valor de R$ 104,00, totalizando a importância de R$ 728,00;
parcelamento de Listo Auto, condizente a duas parcelas iguais de R$ 266,12, totalizando a
importância de R$ 532,24; e benfeitorias realizadas no imóvel de propriedade exclusiva do

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requerente. Afirma que sofreu dano material, relativo à imputação de dívida no valor de R$
46.964,28 e dano moral, referente à lesão financeira, violência doméstica e humilhações. Pede a
improcedência da ação e a condenação do requerente em litigância de má-fe. Pleiteia, em sede de
tutela de urgência na reconvenção, a expedição de ofício ao Banco do Brasil para exibição do
contrato original condizente à operação nº 950029721 e a planilha de pagamentos, desde 05 de
dezembro de 2020, e para encerramento da conta corrente nº 124002-1, agência nº 27-2 e, ao final,
a procedência da reconvenção com o reconhecimento e dissolução da união estável no período de
01 de janeiro de 2007 a 21 de julho de 2021, a partilha dos bens adquiridos na constância da união,
bem como das dívidas e benfeitorias, com ressalva do item “a”, de forma que ocorrerá condenação
por meação da dívida ou por danos materiais e a condenação do reconvindo ao pagamento de

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indenização por danos materiais no valor de R$ 46.964,28, relativo à operação nº 950029721 ou,
se assim não entender, seja a importância destinada a partilha dos bens e ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00. Pleiteia os benefícios da justiça gratuita.

Deferiu-se à requerida os benefícios da justiça gratuita.

O requerente impugnou a contestação e os benefícios da justiça gratuita deferido à


requerida e contestou a reconvenção. Alega que a requerida praticou ilícito penal consistente em
calúnia e difamação. Aduz que a requerida divulga falsamente, através de boletim de ocorrência,
que o requerente cometia contra a mesma violência doméstica e maus tratos, espalhando
informações inverídicas. Narra que, em virtude da falsa denúncia, teve que deixar o imóvel que
residia, sem poder levar seus pertences pessoais, não tendo lugar para morar. Argumenta que,
quando precisou deixar o imóvel, muitos vizinhos estavam na rua e presenciaram a situação
constrangedora que passou. Alega que o inquérito policial foi arquivado sem provas. Aduz que
sofreu dano moral, ante a agressão à sua honra e imagem. Pede a condenação da requerida ao
pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00. Juntou documentos.

A requerida impugnou a contestação à reconvenção.

Afastou-se a preliminar de continência e deferida gratuidade à requerida.


Determinou-se ao requerente a juntada de documentos, para aferição da impugnação à justiça
gratuita.

O requerente juntou documentos.

A requerida manifestou-se. Juntou documentos. Pede, em sede de tutela de


urgência, a reintegração na posse do veículo de placa GCQ 6819 e, subsidiariamente, o imediato
bloqueio de circulação e licenciamento do bem.

Indeferiu-se o pedido de reintegração da requerida na posse do automóvel, deferiu-


se ofício ao Banco do Brasil e designou-se audiência de conciliação, instrução e julgamento.

Em audiência, as partes se conciliaram parcialmente quanto ao reconhecimento da


união estável de abril de 2008 a julho de 2021 e, quanto aos pontos controvertidos, houve oitiva de
testemunhas. Homologou-se a composição parcial e deferiu-se a expedição de novo ofício ao
Banco do Brasil.

As partes apresentaram seus memoriais.

É o relatório.

Fundamento e decido.

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Em primeiro lugar, deixo de apreciar o pedido de indenização por dano moral
formulado pelo requerente em réplica, pois, após a citação, qualquer alteração do pedido
demandaria anuência expressa da requerida, o que não se obteve no presente caso.

A ação e a reconvenção procedem parcialmente.

A questão referente ao período da união estável das partes foi decidida através do
acordo efetuada na audiência de conciliação, instrução, debates e julgamento, fixado entre abril de
2008 e julho de 2021.

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À união estável aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, prevista no artigo
1658 do Código Civil, com comunicação dos bens que sobrevierem ao casal, na constância do
casamento, com exceção das situações dispostas nos artigos 1659 e 1661 do mesmo diploma legal.

Partindo de tais princípios, vejamos a necessidade ou não de partilha de cada um


dos direitos e débitos relacionados pelas partes.

A partilha do veículo Chevrolet Prisma, placa GCQ 6819 é incontroversa entre as


partes, devendo haver a divisão de 50% para cada parte.

Em relação ao empréstimo no montante de R$ 3500,00, conforme documento de


folhas 13/14, a cédula foi emitida durante a convivência. Assim, a obrigação pelo pagamento deve
ser partilhada em 50% para cada parte. Irrelevante que o valor tenha sido direcionado a terceiro
estranho aos autos, familiar da requerida, pois tal fato não imputa maior responsabilidade pelo
débito a requerida. Na verdade, caso tenha havido empréstimo do montante a terceiro, poderão as
partes, em ação própria, cobrar o valor da pessoa favorecida.

No que tange aos bens que guarnecem a residência, a requerida, quando de sua
contestação, não impugnou os direitos alegados pelo requerente. Na verdade, apenas em
memoriais (e, portanto, extemporaneamente), alegou que já guarneciam sua casa e foram deixados
por seu falecido marido. Assim, confessa a comunhão aduzida na inicial, devem ser considerados
bens comuns e partilhados igualmente entre as partes.

Quanto ao parcelamento de serviços junto à concessionária Javep e compra junto a


Listo Auto, as faturas do cartão de crédito da requerida de folhas 109/111, relativas aos meses de
julho e agosto de 2021, dão conta de que referidas dívidas foram contraídas durante a união,
mesmo que o parcelamento tenha termo final após a dissolução da união estável. Assim, devem
ser partilhadas de forma igualitária entre as partes.

No que se refere à partilha do empréstimo efetuado junto ao Banco do Brasil,


benfeitorias nos imóveis e pedidos de indenização, vejamos a prova testemunhal produzida.

A testemunha Maria Vilma disse, em depoimento, que conhece a requerida como


vizinhos. Aduz que cuidou da requerida, quando esta foi operada. Afirma que, às vezes, ia na casa
da requerida para ver o que estava precisando. Narra que o imóvel em que o casal morava era do
primeiro marido da requerida. Argumenta que, durante o período da união, houve reformas no
imóvel por toda a parte interna, pintura total da casa e troca de pisos. Alega que o requerente tinha
um imóvel antes do início da união. Aduz que, pelo que sabe, tal casa não foi reformada durante o
período da união. Não sabe acerca de dívidas contraídas durante o período de união do casal. Não
tem conhecimento dos motivos do término da relação do casal. Não ficou sabendo acerca de
eventual infidelidade entre o casal. Narra que, no dia em que o requerente saiu da casa, viu que

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algumas pessoas o colocaram para fora da residência, não tendo visto o requerente pegar qualquer
pertence. Argumenta que, logo que o requerente saiu, um senhor trocou a fechadura da casa. Alega
que não deixaram o requerente entrar novamente na residência, nem para pegar seus pertences.
Aduz que viu algumas pessoas entrando na residência e o requerente saindo. Afirma que não ouviu
a conversa entre as pessoas. Não ouviu discussão em voz alta ou viu alguma atuação física. Narra
que viu a requerida saindo do imóvel e que esta estava chorando muito, pois era a casa dela.
Argumenta que mora no bairro há vinte e dois anos. Alega que conhece a requerida há vinte e dois
anos, tendo cuidado do primeiro marido desta. Aduz que o requerente cuidava muito bem da
requerida. Afirma que, durante a união, houve obras na casa, a qual não era reformada, tendo
havido uma reforma pequena, durante o casamento da requerida com o primeiro marido, executada

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pelo marido da depoente. Narra que as partes viviam como marido e mulher. Argumenta que,
quando houve a reforma grande no imóvel, o requerente era marido da requerida. Alega que o
requerente fez a reforma em prol da família. Aduz que as partes tinham um veículo, não
lembrando a marca, sendo que o requerente posteriormente trocou para maior facilidade de
condução da requerida. Afirma que, no dia em que o requerente saiu de casa, foi embora com o
carro. Não sabe em nome de quem estava o veículo. Narra que viu um moço e um senhor de idade,
que tiraram o requerente da casa, inclusive o senhor trocou as fechaduras da residência. Não teve
conhecimento sobre o relacionamento do requerente com a cunhada. Argumenta que a requerida
tinha um irmão, o qual faleceu. Alega que o filho do irmão da requerida ia ao bar da depoente,
para comprar refrigerante. Não sabe se o irmão da requerida era casado. Aduz que nunca foi
comentado no bar ou no bairro acerca da relação do requerente com a cunhada.

A testemunha Hortencia disse, em depoimento, que conhece a requerida. Aduz que


as partes viveram juntos como marido e mulher. Afirma que a casa em que viviam era da
requerida. Narra que, durante o período de convivência, houve reforma da casa, com aumento de
cômodos, com construção de cozinha, quarto e sala. Não sabe se, na parte da casa que já existia,
houve alteração. Não sabe quanto foi gasto na reforma. Argumenta que foi vizinha do requerente.
Alega que o requerente possui um imóvel, no qual, atualmente, a depoente reside como inquilina.
Aduz que mora no imóvel há cerca de dois anos. Não sabe se antes de ir morar no imóvel houve
alguma reforma. Não sabe se, durante a convivência das partes, eles contraíram alguma dívida.
Afirma que as partes estavam bem e, logo depois, levaram a requerida para fora de casa e, na
sequência, o requerente também já tirado da casa. Não sabe o motivo do término do
relacionamento. Aduz que, pelo que ouviu falar, tiraram a requerida da casa por maus tratos da
parte do requerente. Nega ter havido maus tratos, tendo sido vizinha das partes durante cinco anos.
Não presenciou o dia em que a requerida saiu da casa. Narra que tomou conhecimento dos fatos
através de outros vizinhos. Argumenta que os vizinhos lhe contaram que o pai, mãe e irmã da
requerida a retiraram a força, colocando na cabeça da requerida que teria que denunciar o
requerente por maus tratos. Alega que pediram para a requerida ir passar a tarde na casa da mãe e
daí foram para a delegacia, fazer denúncia contra o requerente. Aduz que um oficial de justiça
tirou o requerente da residência. Afirma que os vizinhos não ouviram o que estava sendo falado,
bem como não houve discussão. Narra que os vizinhos contaram que apenas houve a retirada do
requerente da casa. Argumenta que o requerente não conseguiu tirar os pertences da casa, tendo
horário para sair da residência. Alega que o requerente cuidava muito bem da requerida e não
havia conflitos. Aduz que tinha amizade com as partes. Afirma que as partes frequentavam sua
casa. Narra que saíam muito juntos. Argumenta que a requerida tinha um irmão, o qual faleceu e
era casado. Alega que ouviu rumor, somente após as partes saírem da casa, de que o requerente
teve um relacionamento extraconjugal com a cunhada. Não sabe se o assunto se espalhou na
vizinhança, pois já estava morando em outra casa. Aduz que a requerida não ficava sozinha, sendo
que o requerente cuidava da mesma e, quando não, a filha do requerente ia limpar a casa uma vez

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por semana, que era o tempo em que o requerente ia ao banco e ao supermercado. Afirma que o
requerente cuidava da requerida e, quando esta ficou doente, a enfermeira Wilma também cuidava
desta.

A testemunha Washington disse, em depoimento, que era vizinho das partes. Aduz
que conhece a requerida. Afirma que as partes viveram juntos e, pelo que presenciou, eram, um
casal muito unido: não via um xingando ou maltratando o outro. Narra que nunca viu algum
vizinho dizendo que as partes brigavam ou se maltratavam. Argumenta que a casa em que as
partes viviam era da requerida. Alega que, quando as partes juntaram, foi realizada uma reforma
na casa, sendo que o depoente fez a obra. Aduz que, durante a reforma, foi feito um quarto, a sala,

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a cozinha e a suíte. Não sabe quanto foi gasto na reforma. Acredita que a reforma foi feita há cerca
de dez anos. Acredita que, atualmente, seria gasto em torno de 40 a 50 mil para fazer esse tipo de
reforma. Afirma que o requerente possuía uma casa. Não sabe se, durante a convivência, foi
realizada alguma reforma na casa do requerente. Não sabe o motivo pelo qual terminou o
relacionamento das partes. Narra que suas filhas ficaram sabendo da separação através de
vizinhos. Acredita que suas filhas não presenciaram algum ocasião na casa que indicasse o
momento da separação. Argumenta que, pelo que viu, não houve discussão ou alguma situação
envolvendo outras pessoas. Alega que não ficou sabendo de alguma situação. Não sabe se, no
momento em que algum deles saiu da casa, houve alguma situação de constrangimento. Aduz que,
na época em que trabalhava na casa, só via carinho entre as partes e nunca presenciou briga.
Afirma que conheceu o casal há cerca de dez anos. Narra que, no período mais recente, não teve
contato íntimo com as partes. Argumenta que tinha contato como vizinho. Pelo que sabe não
houve infidelidade por parte do requerente. Alega que os dois irmãos da requerida já faleceram,
sendo que um foi há pouco tempo. Aduz que um irmão da requerida era separado e tinha dois
filhos. Afirma que chegou a trabalhar junto com o irmão da requerida em uma obra. Narra que não
ficou sabendo se o requerente teve um relacionamento extraconjugal com a mulher do irmão da
requerida.

A testemunha Márcia disse, em depoimento, que conhece o requerente. Aduz que


as partes viveram juntos. Afirma que conhece a família, pois esta congrega na mesma igreja da
depoente. Narra que, no começo, o requerente era muito bom. Argumenta que a requerida resolveu
fazer cirurgia bariátrica. Alega que a requerida teve um AVC. Aduz que, a partir de então, pelo
que sabe, nos últimos dois anos, o requerente tratava a requerida muito mal. Afirma que, quando a
família ligava, a requerida estava sempre dormindo. Narra que, pelo que ouviu falar, o requerente
traiu a requerida com a mulher do irmão desta dentro da casa deles. Argumenta que, quando ouviu
falar da traição, o irmão da requerida infartou e morreu. Alega que o filho do requerente contou
para a família que o pai não tratava bem a requerida e depois esse assunto corria na igreja. Aduz
que seu filho tem uma casa próxima ao bairro que a requerida morava com o requerente. Afirma
que, no período em que viveram juntos, as partes moravam na casa da requerida, que era do
primeiro casamento. Narra que, pelo que sabe, não houve reforma na casa. Argumenta que não
sabe onde as partes moravam. Alega que não sabe se o requerente tinha uma casa antes de iniciar a
convivência, mas sabe que atualmente ele possui. Aduz que, pelo que soube de boatos e em
conversa com a mãe da requerida, o requerente fez um empréstimo de cerca de 30 mil, sem o
consentimento da requerida, a qual está pagando até atualmente, e, com o dinheiro, quitou o carro
da filha e reformou o imóvel dele, que está alugado para uma das testemunhas. Afirma que o
requerente traiu a requerida com a cunhada, que chamava Ana. Narra que a requerida, quando
soube da traição, não quis mais ficar com o requerente. Argumenta que a requerida ouvia a voz de
Ana e perguntava para o requerente se esta estava na casa e o requerente negava, porém, Ana
estava na casa, segundo pessoas que viam esta entrando e saindo da residência. Alega que, pelo
que sabe, a requerida e os pais desta ficaram sabendo da traição e foram até a casa, querendo levar

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ela embora. Aduz que o requerente tinha acesso a tudo da requerida, como cartão de crédito, sendo
que esta não tinha acesso a nada. Afirma que o requerente não queria devolver os documentos da
requerida, a qual queria ir para a casa de sua mãe, pois estava humilhada. Narra que a mãe da
requerida ficou indignada com a situação. Argumenta que o requerente escondeu o carro, que está
no nome da requerida e foi comprado com o dinheiro desta. Alega que todos ficaram tristes com a
situação. Aduz que a mãe da requerida levou esta para casa, a qual chegou em situação lastimável,
não tendo roupa para vestir, estando magra em excesso, precisando ser levada ao médico. Afirma
que precisaram chamar a polícia e o advogado para entrar com medidas cabíveis. Narra que,
através de um processo, o requerente foi obrigado a devolver os documentos da requerida e
cancelar a procuração que estava assinada para ele. Argumenta que, neste momento, a requerida

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANIELA ALMEIDA PRADO NINNO, liberado nos autos em 19/10/2023 às 16:09 .
tomou conhecimento do empréstimo. Não sabe como foi o momento quando o requerente saiu da
casa. Alega que a situação da relação extraconjugal foi conhecida no bairro e na igreja. Aduz que o
irmão da requerida confirmou a situação com a esposa. Afirma que, após um mês, o irmão da
requerida teve um infarto fulminante. Narra que o irmão da requerida perdoou a esposa e voltou
com esta. Argumenta que, pelo que sabe, o requerente possui um imóvel, mas não está registrado
em cartório. Alega que não sabe em qual banco foi feita a dívida. Não sabe se o requerente levou
seus pertences pessoais, quando saiu da residência. Não conhece o imóvel do requerente. Aduz
que não viu a reforma do imóvel do requerente.

A testemunha Valdemar, ouvido apenas como informante, disse que é pai da


requerida. Aduz que conhece o requerente. Afirma que as partes conviveram como marido e
mulher. Narra que o relacionamento das partes era igual a qualquer outro casal. Argumenta que
havia um bom entendimento entre as partes, no começo. Alega que o requerente se envolveu com
uma cunhada da requerida. Aduz que, quando da separação, foi buscar a requerida para levá-la
para a casa do depoente. Afirma que está tomando conta da requerida. Narra que, quando levou a
requerida para a casa do depoente, o requerente saiu imediatamente da casa, por meio de ordem
judicial. Argumenta que foram acompanhar o requerente retirar seus pertences da casa. Alega que
não houve discussão ou problema neste dia. Aduz que, durante o período de convivência, as partes
viviam na casa de propriedade da requerida. Afirma que, durante a união, foram realizadas
reformas na casa, como colocação de azulejo no banheiro, garagem e reforma na cozinha. Não
houve construção de suíte ou sala. Não sabe quanto foi gasto na reforma. Narra que, antes da
união, o requerente já possuía um imóvel de sua propriedade. Argumenta que, durante a
convivência, o imóvel de propriedade do requerente foi reformado, com obra na garagem e troca
do telhado. Não sabe quanto foi gasto em tal reforma. Alega que foi feito empréstimo em nome da
requerida, no valor de cerca de 30 mil reais. Aduz que o empréstimo é descontado na
aposentadoria da requerida. Afirma que, pelo que sabe, o requerente não se prontificou a pagar tal
empréstimo. Narra que a requerida não autorizou ou tinha conhecimento de tal empréstimo.
Argumenta que o requerente era quem mexia com os cartões. Não sabe por quanto tempo durou a
relação extraconjugal. Alega que já estavam desconfiados da situação e quando foi descoberto, já
durava há alguns anos. Aduz que seu filho faleceu dia 30 de maio. Afirma que a requerida ficou
cada vez pior, diante da situação. Narra que ninguém confessou nada. Argumenta que, no início, o
depoente e parentes admiravam a relação do casal. Alega que, depois que o requerente começou a
se envolver com outras pessoas, deixava a requerida sozinha e saía. Aduz que sua mulher e filha já
andavam desconfiadas da traição. Afirma que todo mundo ficou sabendo da traição. Narra que o
valor do veículo vinha descontado no benefício da requerida. Argumenta que o requerente não
ajudou a pagar o veículo. Não sabe o valor do salário das partes. Alega que o requerente além de
ser aposentado, fazia bicos, tendo parado quando a requerida piorou. Aduz que o requerente parou
de trabalhar para cuidar da requerida. Afirma que a requerida não tem condições de sozinha cuidar
dos cartões do banco.

1006241-08.2021.8.26.0302 - lauda 7
fls. 341

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE JAÚ
FORO DE JAÚ
3ª VARA CÍVEL
AVENIDA RODOLPHO MAGNANI, SN, Jaú - SP - CEP 17210-100
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1006241-08.2021.8.26.0302 e código B8EC4B1.
Nestes termos, a prova oral produzida dá conta de que houve reformas tanto no
imóvel em que o casal morava, o qual já era da requerida quando do início da união, como no
imóvel de propriedade do requerido. Dessa forma, devem ser partilhadas entre as partes o valor
despendido nas reformas realizadas nos dois imóveis, de modo igualitário. O valor das benfeitorias
será aferido em perícia a ser realizada em liquidação de sentença.

Quanto ao empréstimo realizado em nome da requerida, em agosto de 2021,


conforme documento de folhas 106/108, apesar do relato das testemunhas da requerida de que
teria sido feito sem seu consentimento, não há provas de tal fato. Com efeito, o empréstimo foi
realizado pelos meios bancários regulares, sendo que a requerida, é incontroverso, autorizou que o

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANIELA ALMEIDA PRADO NINNO, liberado nos autos em 19/10/2023 às 16:09 .
requerente movimentasse sua conta bancária. Portanto, o valor de tal dívida deve ser partilhado de
forma igual entre as partes, restando indeferido o pedido da requerida de condenação do
requerente em danos materiais, relativos ao montante de tal empréstimo.

No que tange ao pedido de condenação do requerente por danos morais, a questão


relativa aos maus tratos sofridos pela requerida são controversos entre as testemunhas ouvidas em
Juízo. Ausente assim prova definitiva de sua ocorrência .

Por outro lado, quanto ao fato da infidelidade do requerente, as testemunhas


Hortencia e Marcia souberam, através de rumores, da traição do requerente com a cunhada da
requerida, fato também confirmado pela testemunha Valdemar, ouvido como informante.

Assim, de rigor a procedência parcial do pedido de danos morais. Os fatos


narrados não se tratam de meros aborrecimentos, uma vez que a requerida, após um AVC, ficou
impossibilitada de enxergar, sendo que o requerente aproveitou-se da situação para trair sua
confiança de forma vexatória.

Por fim, de se considerar que, conforme se verifica dos depoimentos das


testemunhas, a conduta do requerente causou comoção na comunidade em que viviam as partes,
ficando a requerida exposta a situação vexatória.

Outrossim, evidentes os danos morais sofridos pela requerida, sendo a


responsabilidade do requerente subjetiva, tendo praticado ato ilícito e causado dano à requerida,
ficando obrigado a repará-lo, nos termos dos artigos 186 e 927 do Código Civil.

Considerando as condições sócio-econômicas das partes e o caráter educativo da


condenação a indenização por danos morais, fixo o valor desta em R$ 5.000,00.

No que tange a aplicação da litigância de má-fé ao requerente, deixo de acolhê-la,


posto que não vislumbro qualquer excesso em sua manifestação. Assim, não entendo caracterizada
a litigância de má-fé prevista no artigo 80 do Código de Processo Civil.

Pelo exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação e a


reconvenção, determinando a partilha de bens na forma estabelecida na fundamentação e
condenando o requerente-reconvindo ao pagamento de indenização à requerida-reconvinte, no
valor de R$ 5.000,00, pelos danos morais, acrescidos de correção monetária pela tabela prática do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e de juros de um por cento ao mês desde esta
data.

Ante a sucumbência recíproca, cada parte arcará com metade das custas judiciais e
despesas processuais, bem como com honorários advocatícios do advogado da parte adversa, que

1006241-08.2021.8.26.0302 - lauda 8
fls. 342

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COMARCA DE JAÚ
FORO DE JAÚ
3ª VARA CÍVEL
AVENIDA RODOLPHO MAGNANI, SN, Jaú - SP - CEP 17210-100
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1006241-08.2021.8.26.0302 e código B8EC4B1.
fixo em 20% do valor da condenação, respeitado o disposto no art. 98 do Código de Processo
Civil.

P.I.

Jaú, 17 de outubro de 2023.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANIELA ALMEIDA PRADO NINNO, liberado nos autos em 19/10/2023 às 16:09 .
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

1006241-08.2021.8.26.0302 - lauda 9

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