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Este documento é copia do original assinado digitalmente por IVO BARBOSA NETTO e PROTOCOLADORA TJMS 1. Protocolado em 07/05/2021 às 17:22, sob o número 08060003520218120002, e
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (IZA) DE DIREITO
DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS - ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL.

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NIVA MARIA DE ARAÚJO, brasileira, casada, portadora da cédula de
identidade RG n. 2.056.075 SSP/MS, inscrita no CPF sob o n. 653.789.541-34, residente e
domiciliada na Rua Rouxinol, n. 1.140 (quadra 36, lote 14), no BNH IV plano, CEP 79.813-
250, em Dourados/MS, vem, por seu advogado, instrumento procuratório anexo, perante
Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO

pelo rito ordinário, com fulcro no art. 1.238 e 1.243 do Código Civil em face ORACILDO
NASCIMENTO, brasileiro, solteiro, técnico agrícola, inscrito no CPF n.º 888.381.968-34,
RG n. 0882250-6, SSP/MT, com endereço junto a Fazenda Itamarati Norte, Tangará da
Serra/MT, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos.
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I – DO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA GRATUITA

A autora é pessoa hipossuficiente, encontrando-se necessitada na acepção


jurídica da palavra, conforme declaração de hipossuficiência, anexa.

Portanto, sua situação econômica não lhe permite suportar o pagamento


das custas processuais, honorários advocatícios e demais encargos processuais, que
porventura seja preciso arcar, sem comprometer seu sustento próprio, motivo pelo qual,
desde já, requer seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, com amparo nos incisos
XXXV e LXXIV do art. 5º da Constituição Federal e, arts. 2º, 3º e 4º da Lei 1.060/50.

Desta feita, requer a Vossa Excelência a concessão dos benefícios da

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JUSTIÇA GRATUITA, de acordo com a Lei n. 1.060/50.

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II - DOS FATOS

A Requerente é a legítima possuidora do bem imóvel localizado na Rua


Rouxinol, n. 1.140 (quadra 36, lote 14), Bairro BNH IV plano, CEP 79.813-250, na
cidade de Dourados/MS, matrícula nº 37.477.

Conforme Memorial descritivo anexo, o imóvel apresenta uma área total


de 292,50m2 (duzentos e noventa e dois vírgula cinquenta metros quadrados), com
benfeitorias construídas contendo uma residência em alvenaria com dois quartos, uma sala,
cozinha, um banheiro e dispensa, coberta com telha de amianto e forro de madeira.

O imóvel usucapiendo possui as seguintes confrontações: “AO NORTE:


Frente à 9,75 metros com a Rua Rouxinol; AO SUL: Fundo 9,75 metros com o lote nº 30,00; AO
LESTE: Lado esquerdo 30,00 metros com o lote nº 15; AO OESTE: Lado direito 30,00 metros com o
lote nº 13".

Com efeito, a demandante reside no imóvel desde 25/11/1987, ou


seja, há mais de 15 anos, desde a sua entrada, de forma mansa e pacífica, quando seu
pai ANDRE CORREIA DE ARAUJO adquiriu os direitos de posse do imóvel e doou
para a Requerente e seu esposo Severino Cotonho Fiho.

Desde 25/11/1987, a Autora e seu esposo passaram a utilizar o


imóvel com animus de dono.
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Explica-se:

Em 22/07/1982 o Requerido adquiriu da Cooperativa Habitacional


Cidade Modelo LTDA – COOPHA-MODELO, o imóvel usucapiendo, ficando o
mesmo alienado fiduciariamente em nome da APEMAT – ASSOCIAÇÃO DE
POUPANÇA E EMPRÉSTIMO DE MATO GROSSO – documento anexo.

Em 25/11/1987, o Requerido “vendeu” ao pai da Requerente os


direitos de posse sobre o imóvel. Todavia, quem realmente adquiriu a residência foi
a Requerente e seu esposo, os quais passaram a exercer com animus dominis.

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Na época, o pai da Requerente detinha condições de renda melhor,
e como havia a necessidade do alienante fiduciário anuir a transferência, a cessão foi
feita em nome do genitor da Requerente, Sr. ANDRÉ FERREIRA DE ARAÚJO.
Inclusive a quitação da dívida junto ao Banco Fiduciante em 22/12/2000, foi emitida
em nome do pai da Requerente, conforme documento anexo.

Tanto é verdade que a Requerente e seu esposo sempre exerceram


a posse do imóvel usucapiendo que o Requerido, em 25/11/1987, outorgou
procuração pública em nome de SEVERINO COTONHO FILHO (esposo da
Requerente) para que o mesmo ficasse com poderes totais para administrar o imóvel
– documento anexo.

A partir de então a Requerente sempre cuidou do imóvel com


animus dominis, sendo que regularizou a parte tributária da casa, solicitou sua
inscrição como responsável pelo bem na Prefeitura, transferiu os serviços públicos
de energia para seu nome e procedeu com reformas necessárias, construindo casa,
calçadas e muro no local.

Além disso, a autora, com intuito de regularizar a propriedade do


imóvel em debate, procedeu com o requerimento de regularização junto a Prefeitura
de Dourados, sendo-lhe fornecida a guia de ITBI (Imposto sobre transmissão de
bens imóveis e direitos à eles relativos) nº 0865/12, o qual foi pago por ela em
20/04/2012, conforme comprovante anexo. Além do mais, emitiu todos os
documentos necessários a fim de efetivar a escritura pública de compra e venda do
bem junto ao Cartório.
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Ocorre que, após proceder com todos os trâmites acima detalhados, a
autora procurou o requerido, sr. Oracildo Nascimento - transmitente, com intuito de assinar
a escritura pública, porém não obteve mais seu contato, devido seu paradeiro incerto e não
sabido.

Nota-se, Excelência, que a requerente sempre teve a intenção justa de


proceder com a regularização do imóvel, contudo nunca obteve contato com o seu
proprietário, nem mesmo com sua família, pois eles sempre se negaram em regularizar a
situação do imóvel.

Após adentrar no imóvel, a requerente procedeu com a regularização de

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todo imposto incidente no terreno, conforme guias anexas, bem como procedeu com as

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reformas necessárias, construindo casa, calçadas e muro no local, que outrora estava
abandonado pelo requerido.

De lá para cá, a sra. Niva sempre residiu no imóvel de forma mansa,


pacífica e contínua, sem oposição de terceiros, cuidando-o e zelando-o, cumprindo sua
função social.

Desta forma, é direito da Requerente buscar no judiciário a regularização


do seu imóvel, para que consiga obter definitivamente a propriedade por meio da aquisição
originária através do Usucapião Extraordinário, uma vez que, o tempo da posse ultrapassa o
previsto no artigo 1.238 do Código Civil e sempre foi exercida de forma mansa, pacífica,
ininterrupta e de boa-fé.

III - DO DIREITO DA REQUERENTE AO USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO

O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de Ação de


Usucapião como forma de regularizar o registro imobiliário de imóvel urbano ou rural, cuja
aquisição se deu pela ocorrência de prescrição aquisitiva, fruto da posse mansa, pacífica e
ininterrupta.

Dentre as diversas modalidades de aquisição de propriedade originária,


através da usucapião, está a espécie extraordinária, expressamente entalhada na redação do
caput do art. 1238 do Código Civil, que assim afirma:

"Aquele que, por (quinze) anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um
imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de justo título e boa-fé, podendo
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requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis".

Parágrafo único. O prazo estabelecido nesse artigo reduzir-se-á a 10 anos se o possuidor


houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços
de caráter produtivo.

Note que o legislador ao criar o dispositivo legal, automaticamente inseriu


requisitos a serem preenchidos para a obtenção da usucapião extraordinária.

Um requisito a ser examinado é o da posse, no sentido de que, além


do lapso temporal necessário, a mesma deve ser sem interrupção, nem oposição.

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De fato, a autora encontra-se no imóvel desde o ano de 1987, ou seja,
a mais de 15 anos, conforme prova através dos documentos anexos.

Outro requisito importante é o “animus domini”, que significa, ânimo de


dono, ou seja, agir como dono da coisa ou do imóvel, neste ponto, a Requerente desde
que adquiriu o imóvel procedeu a regularização tributária, solicitou sua inscrição
como responsável pelo bem na Prefeitura, transferiu os serviços públicos de energia
para seu nome e procedeu com reformas necessárias, construindo casa, calçadas e
muro no local.

Além disso, a autora, com intuito de adquirir a propriedade do imóvel em


debate, procedeu com o requerimento de regularização junto a Prefeitura de
Dourados, sendo-lhe fornecida a guia de ITBI (Imposto sobre transmissão de bens
imóveis e direitos à eles relativos) nº 0865/12, o qual foi pago por ela em 20/04/2012,
conforme comprovante anexo. Além do mais, emitiu todos os documentos
necessários a fim de efetivar a escritura pública de compra e venda do bem junto ao
Cartório.

Ocorre que, após proceder com todos os trâmites acima detalhados, a


autora procurou o requerido, sr. Oracildo Nascimento - transmitente, com intuito de assinar
a escritura pública, porém não obteve mais seu contato, devido seu paradeiro incerto e não
sabido.

Nota-se, Excelência, que a requerente sempre teve a intenção justa de


proceder com a regularização do imóvel, contudo nunca obteve contato com o seu
proprietário, nem mesmo com sua família, pois eles sempre se negaram em regularizar a
situação do imóvel.
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Diante do exposto, verifica-se que a demandante preenche o requisito
do tempo da posse, também é nítida a posse mansa e pacífica, eis que o próprio
Requerido nunca emitiu ordem de retirada do imóvel, nem mesmo sua família, do
contrário, se viram satisfeitos, haja vista que a autora desde que entrou no terreno
procedeu com sua regularização tributária e documental, bem como construiu casa,
calçadas e muros no local, cumprindo a função social de moradia do imóvel.

Além do mais, como susodito, a demandante não regularizou a


propriedade do imóvel, por falta de interesse do requerido, que não procedeu com a
assinatura da escritura pública, mesmo diante da realização por parte da autora de
todos os trâmites anteriores necessários, como o pagamento de ITBI e emissão de

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toda documentação indispensável para sua transferência junto ao Cartório
(documentos anexos).

Outrossim, o animus de dono é demonstrado pelo pagamento dos


impostos e pela ligação e pagamento dos serviços das concessionárias de água e
energia elétrica, além das benfeitorias necessárias realizadas no terreno.

Nesse sentido, a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de Mato


Grosso do Sul:

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE USUCAPIÃO URBANO


EXTRAORDINÁRIO – RECONHECIMENTO - POSSE MANSA E
ININTERRUPTA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO
DESPROVIDO. Se restar comprovada a posse sobre o imóvel descrito na peça de
ingresso, de forma ininterrupta e sem oposição, por tempo suficiente para a prescrição
aquisitiva, mesmo que computada a posse do antecessor, há de ser reconhecida a
prescrição aquisitiva. (TJMS. Apelação Cível n. 0800585-
72.2011.8.12.0018, Paranaíba, 5ª Câmara Cível, Relator (a): Des. Júlio Roberto
Siqueira Cardoso, j: 15/09/2015, p: 16/09/2015).

Sendo assim Excelência, não restam dúvidas que o direito da Requerente


se encontra amparado pela lei e entendimento do Tribunal de Justiça de nosso Estado,
merecendo assim ser declarado pelo Douto Juízo, garantindo assim o direito ao Registro do
presente imóvel junto ao Cartório de Registro de Imóveis de Dourados/MS.
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IV – DA USUCAPIÃO NO NCPC

É importante salientar que o novo CPC não prevê um procedimento


especial para a ação de usucapião, apesar de a ela se referir nos artigos 246 e 259. Assim
sendo, passa a referida ação a ser inserida dentre as ações de procedimento comum.

Outrora, conforme dito, os artigos 246, § 3º e 259 do NCPC dão uma


característica especial ao procedimento da ação de usucapião na forma seguinte:

Art. 246. A citação será feita:

(...)

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§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto

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quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal
citação é dispensada.

Art. 259. Serão publicados editais:

I – Na ação de usucapião de imóvel;

Os dois artigos mencionados acima criam dois procedimentos diferentes


que deverão ser adotados na Ação de Usucapião mesmo seguindo o procedimento comum,
quais sejam a necessidade de citação pessoal dos confrontantes da área usucapienda e a
publicação de editais que é um desdobramento necessário ao procedimento processual e
notarial.

IV.1 - Da citação pessoal dos confrontantes

Conforme já elencado acima, o NCPC manteve a obrigatoriedade de


citação dos confrontante de forma pessoal.

Ademais, a súmula 391 do STF, estabelece que os confinantes certos


devem ser citados : “O confinante certo deve ser citado, pessoalmente, para a ação de usucapião”.

De tal forma, nos termos do Memorial Descritivo anexo, a área


usucapienda possui os seguintes confrontantes:

AO NORTE: Frente à 9,75 metros com a Rua Rouxinol;

AO SUL: Fundo 9,75 metros com o lote nº 30,00;


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AO LESTE: Lado esquerdo 30,00 metros com o lote nº 15;

AO OESTE: Lado direito 30,00 metros com o lote nº 13".

Sendo assim, diante dos dados deverá ser realizada a citação e intimação
pessoal dos confrontantes nos seguintes endereços:

REGINALDO LUIZ VIDMANTAS, CPF n. 582.268.187-68, telefone:


99342-5736, Rua Rouxinol, n. 1.160, 4º Plano – LADO DIREITO;

ROSARIA LUCIA FERREIRA, CPF n. 273.146.181-00, telefone:


99600-1440, Rua Rouxinol, n. 1.130, 4º Plano – LADO ESQUERDO;

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SONIA MARIA ANTANIASSI SILVA, CPF n. 368.105.841-53,

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telefone: 99922-0493, Rua Rouxinol, n. 1.145, 4º Plano – FRENTE, e
JIRIVALDO SILVA (ESPOSO), CPF n. 164.832.001-53, telefone:
99841-8932, Rua Rouxinol, n. 1.145, 4º Plano – FRENTE;

MARIZA SCHLUCHTING, CPF n. 025.244.381-04, telefone: 99901-


8501, Rua Leonidas Além, n. 2.620, 4º Plano – FUNDO.

IV.2 - Da ciência dos representantes da União, Estado e Município

Deverão ser cientificados por carta os representantes da União, do Estado,


do Distrito Federal e do município, para que manifestem, se for o caso, interesse na causa.
Essa norma não consta do novo código.

Todavia o NCPC trouxe no artigo 1.071 a seguinte disposição:

Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de


1973 (Lei de Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-A:
(Vigência)

“Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento


extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro
de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do
interessado, representado por advogado, instruído com:

§ 3º O oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito


Federal e ao Município, pessoalmente, por intermédio do oficial de registro de títulos e
documentos, ou pelo correio com aviso de recebimento, para que se manifestem, em 15
(quinze) dias, sobre o pedido.
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O mesmo raciocínio relativo aos eventuais interessados deve prevalecer
com referência à União, ao estado-membro, ao Distrito Federal e ao município.

Ora, se no procedimento administrativo é necessário dar-lhes ciência,


também o será no processo judicial, em que se deverá intimá-los, para que possam manifestar
seu interesse fiscal ou outro que seja.

IV.3 - Da Citação do MP

A propriedade que pode ser de direito individual privado, tem efeito erga
omnes, é de interesse de toda a coletividade, devendo, portanto, o Ministério Público fiscalizar

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a sua legalidade.

Em todos os atos do processo deverá intervir o representante do


Ministério Público. Embora o Código de Processo não mencione especificamente a exigência
de intervenção do MP na ação de usucapião, ela deverá ocorrer por cuidar-se de matéria de
interesse social relevante, a teor do artigo 178, I.

Por certo, a intervenção do Ministério Público como fiscal do


ordenamento jurídico na ação de usucapião contribuirá para dar maior segurança jurídica,
com a correta aplicação da lei, a fim de se conquistar um ideal de justiça social

V - DOS PEDIDOS

Diante o exposto, REQUER:

1) A citação do Requerido para, querendo, se opor à presente ação,


bem como informar se possui interesse na audiência de conciliação;

2) A citação/intimação dos confinantes, no endereço abaixo


descritos descrito:
2.1) REGINALDO LUIZ VIDMANTAS, CPF n. 582.268.187-68, telefone: 99342-
5736, Rua Rouxinol, n. 1.160, 4º Plano – LADO DIREITO;
2.2) ROSARIA LUCIA FERREIRA, CPF n. 273.146.181-00, telefone: 99600-1440, Rua
Rouxinol, n. 1.130, 4º Plano – LADO ESQUERDO;
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2.3) SONIA MARIA ANTANIASSI SILVA, CPF n. 368.105.841-53, telefone: 99922-
0493, Rua Rouxinol, n. 1.145, 4º Plano - FRENTE e JIRIVALDO SILVA
(ESPOSO), CPF n. 164.832.001-53, telefone: 99841-8932, Rua Rouxinol, n. 1.145,
4º Plano – FRENTE;
2.4) MARIZA SCHLUCHTING, CPF n. 025.244.381-04, telefone: 99901-8501, Rua
Leonidas Além, n. 2.620, 4º Plano – FUNDO.

3) A citação, por edital, dos eventuais interessados, observando


quanto ao prazo o disposto no artigo 246, inciso IV, do CPC;

4) A intimação via postal dos Representantes da Fazenda Pública

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da União, do Estado e do Município, a fim de que manifestem interesse na causa;

5) A intimação pessoal do Representante do Ministério Público


para intervir como fiscal da ordem jurídica;

6) A realização de audiência para autocomposição, nos termos do


artigo 319, VII, no caso de eventual manifestação de interesse dos confinantes, dos
representantes da Fazenda Pública da União, Estado e do Município, bem como de
eventuais interessados após a citação por edital;

7) Ao final, seja o pedido julgado procedente, declarando-se, por


sentença, a PROPRIEDADE DA AUTORA SOBRE O IMÓVEL USUCAPIENDO,
com a consequente expedição do competente mandado para fins de transcrição no Registro
de Imóveis;

8) A condenação da pessoa que vier a contestar a presente ação


nas custas processuais e nos honorários advocatícios de sucumbência.

Requer ainda que todas as intimações e notificações processuais sejam


endereçadas aos patronos Eduardo de Matos Pereira, OAB/MS 17.446, e Ivo Barbosa Netto,
OAB/MS 19.609, sob pena de nulidade.

Por fim, o depoimento pessoal do Requerido ou confinante que


contestarem; se necessário, perícia no imóvel usucapiendo; requisições de informações, se
necessárias, à prefeitura; depoimento de testemunhas, que serão apresentadas
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tempestivamente, a fim de serem ouvidas em audiência de instrução e julgamento e ainda,
outras provas que se fizerem necessárias.

Dá-se a presente causa o valor de R$ 51.597,60 (cinquenta e um mil,


quinhentos e noventa e sete reais e sessenta centavos), conforme avaliação do imóvel
realizado pela Prefeitura de Dourados/MS.

Termos em que, pede deferimento.

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Dourados-MS, 07 de maio de 2021.

Assinado digitalmente
IVO BARBOSA NETTO
OAB/MS n. 19.609

EDUARDO DE MATOS PEREIRA


OAB/MS n. 17.446

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