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EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ..... VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA
COMARCA DE CARAPICUÍBA /SÃO PAULO-SP

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIANA DE ALMEIDA PEREIRA, protocolado em 22/09/2023 às 12:49 , sob o número 10105001820238260127.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1010500-18.2023.8.26.0127 e código C14C215.
GISELE TRIMBOLI, brasileira, divorciada em união estável, micro
empresária, portadora do email: gi.trimboli@hotmail.com, RG n.º 14.014.293-9 e do CPF n.º
160.973.268-58, residente e domiciliada na Rua Anselmo Perini, n.º 190, Bairro Jardim das
Belezas, Cidade Carapicuíba, Estado SP CEP: 06315-400, por intermédio de (sua) advogada e
bastante procuradora (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à
Avenida Tâmara, 260, conjunto 01, 1º andar Centro Carapicuíba, CEP: 06320-020, portadora
do email: fabiana.almeida@adv.oabsp.org.br, onde recebe notificações e intimações, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência

AÇÃO DE PARTILHA DE BENS POSTERIOR AO DIVÓRCIO C/C COM PEDIDO LIMINAR DE


ARBITRAMENTO DE ALUGUEL

Em face de em face de JOSÉ BAZ AGRA, brasileiro, casado, engenheiro,


portador do RG: 7.409.763-5 SSP e do CPF: 093.205.008-51, residente e domiciliado na Rua
Angelo Perioto Tolaine, 99, Jd. das Belezas, Carapicuíba/do com SP CEP: 06315-180, pelos
fatos e fundamentos que passa a expor:

Edifício LAW OFFICES SEDE PRÓPRIA- Avenida Tâmara, 260, conjunto 03 – 1º Andar - Centro –
Carapicuíba/SP CEP:06320-020 F: 11- 4254-0293 fabiana.almeida@adv.oabsp.org.br
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OS FATOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIANA DE ALMEIDA PEREIRA, protocolado em 22/09/2023 às 12:49 , sob o número 10105001820238260127.
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As partes se casaram pelo regime de comunhão parcial de bens, em
07/11/1998, tendo se divorciado de forma litigiosa por sentença proferida pela MMª Juíza
Da 2ª Vara Cível do Foro e Comarca de Carapicuíba/SP, Dra. Gisele Valle Monteiro da
Rocha, datada de 07/10/2013, tendo transitado em julgado na mesma data, tudo nos
termos do mandado de averbação expedido nos autos do processo nº 1003393-
69.2013.8,26.0127, ressaltando-se por oportuno que aquele feito foi distribuição por
dependência à Medida Cautelar de Afastamento Temporário de um dos Conviventes da
Morada do Casal nº 1002441-90.2013.8.26.0127. O divórcio foi devidamente averbado ao
registro no lº B-29, fls.95, nº 3413, matrícula nº 118802 01 55 1998 2 00023 095 0003413
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Tendo em vista os incidentes que ensejaram a medida cautelar supra


mencionada, a autora e seus filhos tiveram que sair de casa, deixando para trás inúmeros
itens pessoais, que possuem valores sentimentais eis que foram presentes de entes
queridos. Resta deixar consignado que, durante o processo de divórcio litigioso, alguns itens
de uso pessoal foram retirados pela autora, tal como roupas pessoais. A autora teve que
reiniciar sua vida praticamente do zero, sendo certo que estava com a guarda de seus filhos,
menores à época do divórcio e, com ajuda de familiares, conseguiu se reerguer ao longo dos
anos.

Tendo em vista o desgaste natural onde as partes enfrentam


quando da propositura de um divórcio, bem como a autora concentrou-se ao longo dos
anos em criar praticamente sozinha os filhos do ex-casal, a autora deixou para momento
oportuno a discussão acerca dos bens adquiridos na constância do casamento das partes.

Esclarece ainda a parte autora que, os bens imóveis ficaram na


posse direta do requerido que realizou a administração dos bens, sendo que, o imóvel
localizado no município de Santana de Parnaíba foi locado, sem a anuência da autora mas
o que após concordou, desde que os valores dos aluguel pagassem as despesas que
recaíam sobre o imóvel: IPTU, condomínio e manutenção, bem como pagasse as

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prestações do último lar conjugal, o qual está situado no município de Carapicuíba. Não
menos imperiosos ressaltar que o requerido reside no imóvel de ambos desde o divórcio

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propriamente dito, sendo certo ainda que nunca pagou qualquer valor de aluguel para

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residir na fração ideal pertencente a parte autora.

Naquela oportunidade a partilha seria decidida posteriormente. Após


várias tentativas extra judiciais, sem êxito, não houve outra alternativa senão a de ingressar
com a presente demanda.

2 – DA PARTILHA DE BENS

Insta observar que toda a discordância quanto aos termos do


divórcio entre as partes decorreu da falta de consenso acerca daquilo que cabe à Autora
requerido, ou seja, 50% (cinquenta por cento) do patrimônio pertencente ao ex-casal, e não
mais que isso, nos termos do regime matrimonial a que estão submetidos.

Nesta medida, segue a relação dos bens pertencentes ao casal e


seus respectivos valores:

II- BENS A SEREM PARTILHADOS

O casal na constância do casamento adquiriram os seguintes bens,


conforme ainda constou à época do divórcio litigioso:

DOS BENS IMÓVEIS

1) Imóvel: Lote nº 15, DA QUADRA Nº 22, do loteamento no


distrito e município de Santana de Parnaíba, nesta comarca de Barueri, Estado de São Paulo,
com área total de 360,00 metros quadrados, medindo 12,00 metros de frente para a

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ALAMEDA TURQUESA; de quem da rua olha para o imóvel mede do lado direito 30,00 metros
de frente aos fundos, onde confronta com o lote nº 16; 30 metros do lado esquerdo, onde

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confronta com lote nª 14; e 12,00 metros nos fundos, conde confronta com o lote nº 07.

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CADASTRO: 24433-43-40-0339-00000-3, Matrícula nº 63999, Ficha 01 do Ofício de Registro
de Imóveis Barueri, sem dívidas.

Valor venal conforme documento anexo R$ 391.218,47 (trezentos e


noventa e um mil, duzentos e dezoito reais e quarenta e sete centavos);

2) Imóvel: Prédio residencial situado na Rua Av. Angela Perioto


Tolaine, 99, e seu respectivo terreno constituído de parte do lote nº 139 (cento e trinta e
nove) da quadra “E” na “ VILA SANTO ANTÔNIO”, nesta cidade, município e comarca de
Carapicuíba, Estado de São Paulo, SP, medindo 5,00m (cinco metros) de frente para a
referida rua; igual medida nos fundos; por 54,00m (cinquenta e quatro metros) de frente de
um lado onde confronta com o lote nº 139; 48,70m (quarenta e oito metros e setenta
centímetros) do outro lado confrontando com o lote nº 140; encerrando a área com
251,50m² (duzentos e cinquenta e um metros e cinquenta centímetros quadrados); inscrito
sob o CADASTRO MUNICIPAL Nº 23253.53.50.0139.00.000-1, que á época do divórcio estava
alienado fiduciariamente a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CE, , com a quitação realizada pelo
Réu através da quitação antecipada em 13/12/21, conforme documento anexo, Matrícula nº
4462, Ficha 01 do Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Carapicuíba

Valor Venal do Imovel: R$ 95.597,33 (noventa e cinco mil,


quinhentos e noventa e sete reais e trinta e três centavos).

Insta deixar consignado que à época de compra pelas partes,


conforme supra mencionado, as partes iriam alugar o imóvel no município de Santana de
Parnaíba para custear a aquisição do o valor último lar conjugal localizado no município de
Carapicuíba, mas que, enquanto não houvesse a venda, as parcelas seriam pagas com o
aluguel da casa de Santana de Parnaíba (imóvel descrito no item 1).

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DOS BENS MÓVEIS

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DOS VEÍCULOS

3) UM VEÍCULO MARCA VOLKSWAGEN, ANO E MODELO 1967,


GASOLINA, RENAVAM 00370263065, CHASSI no. B7399647, PLACAS: CMM-9260, avaliado
em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para fins de alçada, presente de casamento dado Às partes
pelo genitor do requerido;

4 UM VEÍCULO MARCAVOLKSWAGEN GOL S, ANO 1981, MODELO


1982, GASOLINA, CINZA, avaliado em R$ 3.000,00 (três mil reais) para fins de alçada;

5) Bens móveis que guarnecem a casa em que o casal residia, que


seguem descritos, separados cômodo a cômodo, conforme tabela anexa, com o valor total
estimado de R$ 125.111,00 (cento e vinte e cinco mil, cento e onze reais).

VALOR TOTAL DOS BENS ACIMA ORA APURADOS E DESCRITO: R$ 619.926,80 (seiscentos e
dezenove mil, novecentos e vinte e seis reais e oitenta centavos);

Ressalta-se por oportuno que os imóveis objetos da presente partilha


sempre foram declarados em Imposto de Renda, mas a autora, desde a medida cautelar de
afastamento e o divórcio nunca mais teve acesso aos seus bens imóveis, estando somente na
posse direta do veículo indicado o item 4.

DO PLANO DE PARTILHA:

Os bens serão partilhados da seguinte forma:

a) caberá a autora GISELE TRIMBOLI a título de meação:


a.1) 50% (cinquenta por cento) do bem imóvel descrito no item “1” – Matrícula nº
63999, Ficha 01 do Ofício de Registro de Imóveis Barueri, no valor de R$ 195.609,23
(cento e noventa e cinco mil, seiscentos e nove reais e vinte e três centavos);
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a.2) 50% (cinquenta por cento) do bem imóvel descrito no item “2” – Matrícula nº
4462, Ficha 01 do Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Carapicuíba, no valor

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de R$ 47.798,66 (quarenta e sete mil, setecentos e noventa e oito reais e sessenta e

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seis centavos) ;

a.3) 50% (cinquenta por cento) do veículo UM VEÍCULO MARCA VOLKSWAGEN,


ANO E MODELO 1967, GASOLINA, RENAVAM 00370263065, CHASSI no. B7399647,
PLACAS: CMM-9260, descrito no item “3”, no valor de R$ 1.500,00 (um mil e
quinhentos reais);

a.4) 50% (cinquenta por cento) do veículo MARCA VOLKSWAGEN GOL S, ANO
1981, MODELO 1982, GASOLINA, CINZA, descrito no item “4”, no valor de R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais);

a.5) 50% (cinquenta por cento) dos bens que guarnecem o imóvel, descrito no
item “5”, no valor de R$ 62.555,50 (sessenta e dois mil, quinhentos e cinquenta e
cinco reais e cinquenta centavos);

a.6) 50% (cinquenta por cento) dos valores de aluguéis referente ao imóvel
situado no município de Santana de Parnaíba, valor ainda a ser apurado;

SOMA SUA MEAÇÃO O VALOR DE R$ 309.963,40 (trezentos e nove mil, novecentos e


sessenta e três reais e quarenta centavos);

b) caberá a réu JOSÉ BAZ AGRA a título de meação:

b.1) 50% (cinquenta por cento) do bem imóvel descrito no item “1” – Matrícula nº
63999, Ficha 01 do Ofício de Registro de Imóveis Barueri, no valor de R$ 195.609,23
(cento e noventa e cinco mil, seiscentos e nove reais e vinte e três centavos);
b.2) 50% (cinquenta por cento) do bem imóvel descrito no item “2” – Matrícula nº
4462, Ficha 01 do Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Carapicuíba, no valor
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de R$ 47.798,66 (quarenta e sete mil, setecentos e noventa e oito reais e sessenta e


seis centavos) ;

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b.3) 50% (cinquenta por cento) do veículo UM VEÍCULO MARCA VOLKSWAGEN,
ANO E MODELO 1967, GASOLINA, RENAVAM 00370263065, CHASSI no. B7399647,
PLACAS: CMM-9260, descrito no item “3”, no valor de R$ 1.500,00 (um mil e
quinhentos reais);

b.4) 50% (cinquenta por cento) do veículo MARCA VOLKSWAGEN GOL S, ANO
1981, MODELO 1982, GASOLINA, CINZA, descrito no item “4”, no valor de R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais);

b.5) 50% (cinquenta por cento) dos bens que guarnecem o imóvel, descrito no
item “5”, no valor de R$ 62.555,50 (sessenta e dois mil, quinhentos e cinquenta e
cinco reais e cinquenta centavos);

a.6) 50% (cinquenta por cento) dos valores de aluguéis referente ao imóvel
situado no município de Santana de Parnaíba, valor ainda a ser apurado;

SOMA SUA MEAÇÃO O VALOR DE R$ 309.963,40 (trezentos e nove mil, novecentos e


sessenta e três reais e quarenta centavos);

DOS ATIVOS

6) Dos Ativos Financeiros e Frutos de bens comuns e ou


particulares das partes:

Conforme disposto no artigo 1660, V, do CPC, os frutos dos bens


particulares de cada cônjuge percebidos durante a constância da união ou pendentes ao
tempo de cessar a comunhão devem se comunicar.

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Os frutos percebidos de contas Poupança, aplicações e outros ativos


financeiros, particulares ou comuns, durante toda a constância do casamento, requerendo

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inclusive ofício para as instituições bancárias para que seja acostado aos autos os valores

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percebidos pelo requerido, frutos dos ativos financeiros em nome do requerido, protestando
que, se houver algum desvio de valor, deverá ser considerado como fraude à execução.

Para que não haja dilapidação do patrimônio, requer a autora que


sejam oficiadas as instituições bancárias bem como a Receita Federal, para que apresentem
ao presente feito todos os extratos de rendimentos dos ativos financeiros da parte
requerida, bem como seus frutos.

Os valores devem ser apurados após a apresentação dos documentos


pela parte requerida. Caso não os apresentem, fica desde já requerido o envio de ofícios à:
Receita Federal para que seja trazido aos autos as declarações de imposto de renda do réu,
bem como requer a expedição de ofício para a ARISP para apurar os imóveis em nome do
requerido, buscando verificar se há frutos de alugueres de bens particulares a serem
partilhados.

Oportuno ressaltar que os bens, mesmo embora a propriedade do


bem em si seja incomunicável (por estarem contemplados em uma das exceções como
doação, herança, testamento), os frutos destes se comunicam, pois recebidos na constância
da união. Desta forma, em que pese a propriedade seja exclusiva de somente um do casal, o
recebimento de seus frutos acontece dentro da união e, portanto, são passíveis de partilha.

As partes também participaram da sociedade de empresas:

PLANET WASH CAR inscrita sob o CNPJ sob o número:


02.722.664/0001-90, iniciando atividades em 14/08/1998;

AGR AUTOMOTIVA DO BRASIL LTDA inscrita no CNPJ sob o número


10205389/0001-55, iniciando atividades em 10/06/2008 e encerrada em 03/04/2019.

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Tendo em vista que a empresa PLANET WASH CAR, de titularidade do


das partes deixou de ser movimentada desde o divórcio, a parte autora buscou o

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encerramento das atividades da empresa, mas necessita da assinatura do requerido. Nesse

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sentido, não se tem o que partilhar, tendo em vista que o negócio acabou ruindo ao longo
dos anos, e a autora, inclusive, está trabalhando em empresa da família paterna. Tendo em
vista os argumentos ora trazidos a baila, requer a autora retirar o requerido do quadro
societário da empresa para o encerramento da mesma, e tendo em vista que nada pode
requerer ou dividir com o requerido, somente requerendo a obrigação de fazer para que
proceda o requerido com a assinatura para que haja o cancelamento e ou o distrato social
da empresa em nome das partes.

Requer a parte autora a divisão de 50% dos frutos percebidos pelo


requerido a título de ativos financeiros.

7) DO ARBRITRAMENTO DE ALUGUEL QUANTO AO USO EXCLUSIVO


DO REQUERIDO EM BEM COMUM

O direito processual pátrio assevera, em determinadas situações e


presentes determinados requisitos, a possibilidade da concessão da tutela de urgência.

O artigo 300 estabelece que a tutela de urgência será concedida com


a existência de elementos que evidenciem a presença do “fumus boni iuris” (probabilidade
do direito) e o “periculum in mora” (perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo).

Cabe à parte o múnus de demonstrar a presença dos referidos


requisitos.

No caso dos presentes autos, os requerentes compartilham o direito


de propriedade dos bens descritos nessa exordial. Instituiu-se, assim, um condomínio
voluntário entre as partes desta ação, que é regido pelas disposições contidas nos já
referenciados artigos 1.314 e seguintes do Código Civil. O artigo 1.319 do referido diploma
assevera a qualquer condômino voluntário o direito de, a qualquer momento, exigir a divisão
do bem comum.

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Parece-nos despiciendo, portanto, tecer maiores considerações a


respeito da presença do requisito da probabilidade de direito, assegurado aos requerentes

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pela literal interpretação da letra da lei.

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De outro lado, embora, num primeiro momento possa parecer mais
difícil a evidenciação da existência do perigo na demora, basta relembrar que, como já
referenciado nesta exordial, ambos os imóveis estão na posse direta do réu, sendo certo que
o mesmo inclusive alugou um dos imóveis por uma expressa quantia, não prestou contas a
autora ou sequer transferiu a ela metade do que tem por direito.

Nesse sentido, o arbitramento de aluguel, bem como o ressarcimento


pelo uso exclusivo de bem integrante do patrimônio comum do casa. O tema é pacificado
oelo STJ:

Trecho de acórdão

“É de conhecimento geral que o fim do


convívio entre os cônjuges e o uso do imóvel comum exclusivamente por um
deles, configura óbice intransponível ao uso pelo outro.

Nada obstante, o direito de ser indenizado,


a título de aluguel equivalente à sua cota parte no imóvel, depende da ocorrência
de condomínio com a definição dos respectivos quinhões dos ex-consortes.

(...)

Imprescindível, pois, a existência de


sentença declaratória do divórcio, assim como da partilha dos bens, instituindo o
condomínio do imóvel para que se reconheça o direito à fruição do bem.

Da mesma forma, o arbitramento de


aluguel, bem como o ressarcimento pelo uso exclusivo de bem integrante do
patrimônio comum do casal, somente é possível nas hipóteses em que, decretada
a separação ou o divórcio, bem como efetuada a partilha, um dos cônjuges
permaneça residindo no imóvel.”

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Acórdão 1353616, 07047235120208070001,


Relator: FABRÍCIO FONTOURA BEZERRA, Quinta Turma Cível, data de julgamento:
7/7/2021, publicado no DJE: 30/7/2021.

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“1. Sobrevindo o divórcio entre as partes e
efetuada a partilha dos bens, o patrimônio comum persiste sob a forma de
condomínio, cabendo àquele que não está na posse do imóvel o direito de exigir
aluguel correspondente ao uso da propriedade, conforme os artigos 1.319 e 1.326
do Código Civil. 2. A indenização pelo uso de bem comum somente passa a ser
devida no momento em que o ex-cônjuge, na posse direta do imóvel, passa a ter
ciência inequívoca da discordância do outro condômino quanto à fruição
exclusiva, uma vez que, em momento anterior, há apenas comodato tácito entre
as partes.”

Acórdão 1345475, 07367493920198070001,


Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Oitava Turma Cível, data de julgamento:
2/6/2021, publicado no DJE: 16/6/2021.

Tendo em vista que o requerido está na posse direta da


integralidade dos imóveis pertencentes a ambos, reside no imóvel pertencentes a ambos
desde o divórcio com todos os bens que guarneciam a residência do ex casal, deverá o
requerido, ao ser citado, pagar aluguel de R$900,00 (novecentos reais), já deduzindo desse
valor o referido imposto de propriedade que recai sobre o imóvel, bem como pagar 50%
(cinquenta por cento)do valor que o réu possa estar percebendo ou que receberá referente
ao aluguel do imóvel em Santana de Parnaíba e após, estabilizando a medida liminar e
tornando definitiva seus efeitos

Não menos imperioso ressaltar que, o requerido alugou o imóvel


descrito no item 01 dos bem imóveis, auferindo renda conforme contrato de locação que se
acosta ao presente feito, sendo certo que o imóvel foi locado a terceiro desconhecido sem a
anuência expressa da autora no contrato de locação, conforme se comprova.

Demonstrada, assim, a presença dos requisitos, são os termos da


presente para requerer à V. Exa., a concessão da tutela provisória de urgência para o fim de
fixar liminarmente a obrigação de pagamento, por parte do requerido, do valor
correspondente a R$ 900,00 (novecentos reais), correspondente valor menor, inclusive, do
valor médio do aluguel de imóvel semelhante na mesma região.

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DA PARTILHA DE BENS E DÍVIDAS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIANA DE ALMEIDA PEREIRA, protocolado em 22/09/2023 às 12:49 , sob o número 10105001820238260127.
Em decorrência do regime de bens adotado no casamento (Regime

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1010500-18.2023.8.26.0127 e código C14C215.
da Comunhão Parcial de bens) deverão ser partilhados na proporção de 50% para cada um
dos cônjuges: os automóveis bem como frutos de aplicações, alugueres e rendimentos e
ainda, se houve compra de algum imóvel pelo requerido sem conhecimento da autora,
podendo ser ainda constatada a SUBROGAÇÃO DE BENS. Ressalta-se por oportuno que o
requerido recebido bens em caráter de doação de seu genitor devendo ser dividida na
proporção de 50% (cinquenta por cento) os frutos de bens particulares ou comuns do ex
casal.

Conforme se constata da planilha de evolução do financiamento do


imóvel descrito no item 02 (localizado em Carapicuíba), o requerido realizou o pagamento
em 13/12/2021, do importe de R$ 175.458,54 (cento e setenta e cinco mil, quatrocentos e
cinquenta e oito reais e cinquenta e quatro centavos) referente a parcelas vincendas
segundo sistema de amortização da Alienante Caixa Econômica Federal.

Nesse ponto, a autora deveria ter arcado com o pagamento de 50%


(cinquenta por cento) do valor quitado pelo requerido, totalizando o importe de R$
87.729,27 (oitenta e sete mil, setecentos e vinte e nove reais e vinte e sete centavos). Porém,
o imóvel foi pago com fruto dos aluguéis percebidos isoladamente pelo requerido.

Excelência: o imóvel foi descrito no item 01, situado no município de


Santana de Parnaíba foi locado pelo requerido, (conforme se faz prova pelo contrato de
locação que se junta a presente peça inaugural) pelo prazo de 30 meses, que se iniciou em
20/07/2013 e terminou em 19 de janeiro de 2016, com um valor inicial de R$ 3700,00 (três
mil e setecentos reais) vigente para o primeiro mês de locação. A cota parte da autora
(50% do valor de alugueis) nunca foi repassado a ela, nem mesmo a prestação de contas do
referido imóvel. Nesse sentido, o requerido vem se enriquecendo em detrimento ao
empobrecimento da parte autora. Em um cálculo aritmético simples, sem incluir reajustes
durante o período de vigência do contrato de locação, o requerido isoladamente percebeu
o importe de R$ 111.000,00 (cento e onze mil reais).

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Requer-se que sejam apurados os valores percebidos de locação

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pelo requerido, abatendo-se as despesas inerentes ao imóvel, para que seja abatido das

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parcelas vencidas do imóvel do item 2 (situado em Carapicuíba).

Pelo exposto, requer:

a) a concessão da tutela liminar a fim de que o requerido seja


compelido a pagar o aluguel de R$ 900,00 (novecentos reais) por residir meação que é de
propriedade da autora, bem como pagar 50% do valor que o réu possa estar percebendo ou
que receberá referente ao aluguel do imóvel em Santana de Parnaíba e após, estabilizando a
medida liminar e tornando definitiva seus efeitos;

b) a citação do requerido no endereço, para que, querendo,


ofereça resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

b) o arbitramento de aluguel referente à residência do réu e sua


família em imóvel que também pertence à autora, a partir da citação do réu, não inferior a
R$ 900,00 (novecentos reais);

c) seja a presente ação julgada procedente, homologando-se a


partilha dos bens dos cônjuges na proporção de 50 % (cinquenta por cento) para cada um,
com as necessárias averbações conforme exposto na presente, produzindo-se os efeitos
legais;

d) A condenação do réu no pagamento das custas processuais,


honorários de sucumbência (art. 85 do CPC) no patamar de 20% sobre do valor da causa, e
demais consectários legais;

Protesta por provar o alegado por meio de todos os meios de prova


em direito admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial
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e inspeção judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem
necessários.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIANA DE ALMEIDA PEREIRA, protocolado em 22/09/2023 às 12:49 , sob o número 10105001820238260127.
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Atribui-se à causa o valor de R$ 619.926,80 (seiscentos e
dezenove mil, novecentos e vinte e seis reais e oitenta centavos)

Termos em que
Pede deferimento

Carapicuíba, 22 de setembro de 2023.

FABIANA DE ALMEIDA PEREIRA


OAB/SP 371.821

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