Adriano Martins: Autores

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA FERNANDES GRANZOTI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,
protocolado em 15/12/2020 às 19:07 , sob o número 10427042320208260224.

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Adriana Fernandes Granzoti
OAB/SP 238.792
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL

DA COMARCA DE GUARULHOS – SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686C4.
“Tramitação Prioritária”
ADRIANO MARTINS, brasileiro, empresário, portador da Cédula

de Identidade RG nº nº 30.990.267-8 SSP/SP, devidamente
inscrito no CPF/MF sob nº 218.221.098-92, endereço de email:
martinsadriano409@hotmail.com , e sua esposa IRAÍNA VECHINA
DE SOUZA MARTINS, brasileira, empresária, portadora da
Cédula de Identidade RG nº 41.148.504-0 SSP/SP, devidamente
inscrita no CPF/MF sob nº 336.440.968-48, casados sob regime
de comunhão parcial de bens, residentes e domiciliados na
Rua Cabo João Teruel Fregoni, nº 307 - Casa 09 - Quadra 03
Condomínio Reserva das Flores - Bairro Ponte Grande -
Município de Guarulhos SP, cep: 07032-000 , denominados
Autores, e, ODILTON MARTINS, brasileiro, aposentado, portador
da Cédula de Identidade RG nº 7.523.349, devidamente inscrito
no CPF/MF sob nº 688.543.908-87, residente de domiciliado na
Rua Augusta, nº 183 - apto 294 - Bloco Borborema – Condomínio
Parque Clube, Bairro Vila Augusta, Município de Guarulhos
SP, cep: 07025-130, endereço eletrônico email:
odilton.martins@terra.com.br , telefone (11) 99987.6599, na
condição de Representante e Terceiro Interessado, por sua
advogada “in fine” assinada conforme procuração anexada, com
endereço profissional na Rua Dr Amando Franco Soares Caiuby,
1
Rua Dr Amando Franco Soares Caiuby, nº 88 - cj 192 - Morumbi– São Paulo/SP cep 05640-020
Celular (48) 99191.4411 email: adrianafernandesadv.af@gmail.com
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA FERNANDES GRANZOTI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/12/2020 às 19:07 , sob o número 10427042320208260224.
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OAB/SP 238.792
nº 88 cj 192 – Bairro Morumbi – cep:05640-020, SP, telefone

contato (48) 99191.4411, endereço eletrônico:
adrianafernandesadv.af@gmail.com, vem respeitosamente
perante vossa excelência, com fundamento no artigo 5º, V, e
XXXV CF, combinado com artigos 6º, VI, VII, e, VIII e artigo
12 do Código Defesa do Consumidor, artigos 186, 389, 402 a
405, 927, 1277 e 1336 do Código Civil, e, artigos 319 e ss,
e 300 do CPC/15, propor a presente
AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO

POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA,
em face de
FÁBIO BARNESCHI, brasileiro, casado sob regime de comunhão

parcial de bens, empresário, portador da Cédula de Identidade
RG nº 24.462.519-0 SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF
sob nº 180.216.158-93, endereço eletrônico (email):
fabio@fassilog.com.br, e sua esposa SIMONE DONATO COUTINHO
BARNESCHI, brasileira, casada, advogada, portadora da Cédula
de Identidade RG nº 33.394.238-3 SSP/SP, devidamente
inscrita no CPF/MF sob nº 220.049.878-04, endereço
eletrônico (email): simone@fassilog.com.br, ambos
residentes e domiciliados na Rua Augusta, nº 183 - apto 304
- Bloco Borborema – Condomínio Parque Clube, Bairro Vila
Augusta, Município de Guarulhos SP, cep: 07025-130,
proprietários do imóvel apartamento 304 do Bloco Borborema -
Condomínio Parque Clube, e, HELBAACO EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA, empresa jurídica de direito privado,
devidamente inscrita no CNPJ sob nº 07.232.413/0001-40, com
sede na Av. Vereador Narciso Yague Guimarães, nº 1145 – 15º
andar – Edifício Corporate – Jd Armênia – Município de Mogi
das Cruzes SP, cep. 08780-500, com endereço eletrônico
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(email): ibsen.ferreira@helbor.com.br.
I - PRELIMINARMENTE
I.I - PRIORIDADE PROCESSUAL – IDOSO
(ART. 1211-A DO CPC.)
1. O representante legal dos Autores, interessado na

presente ação, tem a idade de 66 anos, nascido em
31/05/1954, requer o benefício da prioridade na
tramitação, conforme previsão no artigo 71 do Estatuto
do Idoso – Lei 10.741/03, e, artigo 1048 do CPC/15,
demonstrando sua idade através de cópia de sua carteira
de identidade em anexo.
II - DOS FATOS
2. Os Autores desde 12/09/2017 são legítimos proprietários

e possuidores do imóvel residencial – designado
apartamento nº 294 do Condomínio Residencial Parque
Clube, Torre 1, no 29º andar, localizado na Rua Augusta
nº 183 – Vila Augusta, Município de Guarulhos SP, com
registro no 1ºOficio de Registro de Imóveis de Guarulhos
SP, sob matrícula nº 93.457 – Livro 01 e 02, Inscrição
Cadastral no Município de Guarulhos sob nº
111.62.64.0001.01.116.
3. O referido imóvel tem como detentor – morador o genitor

do Requerente, neste ato denominado como terceiro
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interessado, e que reside no imóvel desde sua aquisição.
4. Desde a aquisição muito que eventualmente, e, em dias

de chuva, passou-se a perceber um ponto de umidade e
infiltração na suíte Master. O morador do imóvel, na
condição de representante dos proprietários passou
então a buscar resolver o problema junto a administração
do Condomínio e da Empresa Cube, contratada pela
Construtora/Incorporadora e responsável pela
impermeabilização do imóvel, em busca de solução para
os problemas que vinham na iminência de ocorrer.
5. A Construtora/Incorporadora Helbaaco Empreendimentos

Ltda, contratou a empresa Cube Engenharia para efetuar
o devido reparo neste ponto de vazamento. Sem sucesso,
tendo em vista que a infiltração e vazamento na suíte
master permaneceu ocorrendo em dias de chuva. E a partir
daí infelizmente, nada foi feito!
6. Ocorre, que, os proprietários do imóvel unidade

autônoma 304 – localizado na cobertura da mesma Torre
1, e no andar acima do imóvel dos Autores, Sr. Fábio
Barneschi e sua esposa Simone Donato Coutinho
Barneschi, iniciaram em meados de 2018, reforma em sua
residência, a qual incluiu a área externa do
apartamento.
7. A partir daí, notou-se o latente agravamento da umidade,

infiltrações e vazamentos; problemas estes que os
Autores vêm tentando solucionar sem êxito a mais de 01
(um) ano!
8. Várias foram as tentativas amigáveis para resolver de

forma definitiva e eficaz as infiltrações e vazamentos
que só aumentavam. Reuniões, trocas de e-mails,
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conversas telefônicas, e nada!
9. Muito embora tivessem pleno e irrestrito conhecimento

dos danos suportados pelos Requerentes, a obra em sua
parte decorativa foi devidamente concluída, restando
aos Autores, a continuidade dos problemas até então
enfrentados, quais sejam, umidade, vazamentos e
infiltrações!
10. Diante da inércia dos proprietários, o morador e

genitor do Autor, requereu a visita “in loco” dos
responsáveis técnicos pela obra dos primeiros
Requeridos para que pudessem verificar os transtornos
enfrentados, sob pena de impetrar com a referida ação
judicial. A casa repleta de baldes e panos espalhados
pelos cômodos. Os tetos todo úmido, com infiltrações e
vazamentos nas três suítes.
11. Após a constatação dos problemas oriundos dos

vícios e reforma do imóvel situado no piso superior,
foi realizada aplicação de resina para vedação dos
vazamentos por baixo, mas que na verdade foram o que
podemos denominar de “remendos paliativos” e que apenas
resultaram em mais aborrecimentos, e danos nos móveis
que guarnecem a residência e no piso de madeira (riscos
e estufamento). Posto que, surgiram novos pontos de
umidade, com infiltração e vazamentos, e que resultaram
num imóvel com seus móveis e pisos danificados,
insalubre e com risco a saúde do morador devido as
infiltrações que contaminam o imóvel e sua higiene.
12. Transcorridos mais de 01 (um) ano e sem qualquer

solução pelos proprietários que se restringem em
afirmar que os Requerentes não sofrerão quaisquer
prejuízos, mas que na realidade não mostram-se
dispostos em solucionar definitivamente e de forma
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técnica os problemas apresentados; o morador (genitor
do Autor) e representante legal do mesmo, não

vislumbrando outra alternativa, contratou de forma
particular engenheiro civil legalmente habilitado com
conhecimento das Normas e Leis vigentes, credenciado
junto ao CREA/SP, para fazer vistoria nos imóveis e
emitir laudo técnico de engenharia acerca dos problemas
apresentados.
13. A partir do laudo técnico apresentado por

profissional competente a devidamente habilitado, o
morador, na condição de representante legal dos
Autores, NOTIFICOU as partes envolvidas para que estas
pudessem se manifestar acerca da solução proposta
mediante o laudo técnico.
14. As partes notificadas contra notificaram os

Autores através de seu representante legal, na qual os
proprietários da unidade 304, se propõem em resolver o
problema de forma pontual mediante a injeção de resina,
entretanto, sem manifestação acerca do termo de
garantia e demais especificações técnicas.
15. Quando o correto seria, como pode-se constatar da

leitura do parecer técnico profissional a qual
transcrevemos a seguir: a aplicação de manta
impermeabilizante em toda a área externa e da piscina
da laje do apartamento nº 304 da torre 01 (com os
devidos detalhes de recobrimento e proteção nas
dobraduras das paredes, assim como o conserto das falhas
construtivas existentes. Além disso, a apresentação de
anotação de responsabilidade técnica “ART” do
profissional técnico responsável pelos serviços de
impermeabilização, com respectivo memorial descritivo
dos serviços executados com termo de garantia.
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16. Por derradeiro, a verdade é que, os Autores e o

morador do imóvel, genitor do autor e na condição de
interessado encontram-se a quase 02 (dois) anos
convivendo com os transtornos que se agravam
demasiadamente a cada dia, com um imóvel sem condições
de habitabilidade, obrigando a sua desocupação face aos
riscos apresentados.
17. Diante disso, não restou outra alternativa aos

Requerentes senão impetrar com a presente ação judicial
como medida de JUSTIÇA!!!
III - DO DIREITO
18. O proprietário, conforme dispõe o art. 1228 do

Código Civil, “tem a faculdade de usar, gozar e dispor
da coisa, e o direito de reavê-la de quem quer que
injustamente a possua ou detenha”.
19. Entretanto, o direito de propriedade deve ser

exercido em “consonância com a função social da
propriedade, com o efetivo interesse do proprietário ou
sua comodidade e nunca como instrumento de capricho,
vingança ou com o fito de causar dano a outrem (Marco
Aurélio Bezerra de Melo, in Novo Código Civil anotado
V volume, p. 40).
20. Nesse sentido, o disposto no parágrafo 2o do art.

1228, in verbis:
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” São de defesos os atos que não trazem aos

proprietários qualquer comodidade, ou utilidade,
e sejam animados pela intenção de prejudicar
outrem.”.
21. Tais restrições impostas pelo legislador têm o
condão de estabelecer a solidariedade social, uma vez
que os direitos e as garantias quanto ao exercício da
propriedade não são absolutos, ao contrário, vão e se
extinguem até onde começam os direitos alheios.
22. A propriedade, embora particular, deve atender a

função social, portanto o proprietário não pode
prejudicar a saúde dos moradores vizinhos por sua
conduta desidiosa.
23. Como se pode observar da exposição dos fatos,

juntamente com laudo técnico anexo aos presentes autos,
que apontam vício de construção agravado pela reforma
da unidade autônoma 304 do Bloco Borborema – Condomínio
Residencial Parque Clube, tendo em vista que os
Requeridos não se utilizaram da boa técnica, e,
deixando de impermeabilizar de forma adequada o piso da
área privativa, através de aplicação de manta
impermeabilizante, causaram os vícios de serviço que
devem ser por eles reparados.
24. Diante do contexto fático apresentado, justifica-

se a responsabilidade solidária da segunda Requerida
por vício oculto (falha na construção), conforme
preceitua o art. 12 do Código de Defesa do Consumidor,
que prevê a sua responsabilidade objetiva, tendo em
vista não transcorridos o prazo prescricional e o qual
foi consideravelmente agravado com a reforma do
proprietário da unidade 304 do Bloco Borborema –
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Condomínio Residencial Parque Clube, pela ocorrência de

fato lesivo à terceiro.
“Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,
independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos,
bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização e riscos.”
25. Assim, resta patente a adoção pelo Código de Defesa

do Consumidor da teoria da responsabilidade objetiva do
fornecedor. Nesse sentido é a lição de CARLOS ROBERTO
GONÇALVES:
"O Código de Defesa do Consumidor, atento a esses

novos rumos da responsabilidade civil, também
consagrou a responsabilidade objetiva do
fornecedor, tendo em vista especialmente o fato de
vivermos, hoje, em uma sociedade de produção e de
consumo em massa, responsável pela
despersonalização ou desindividualização das
relações entre produtores, comerciantes e
prestadores de serviços, em um pólo, e compradores
e usuários do serviço, no outro. Em face dos
grandes centros produtores, o comerciante perdeu
a preeminência de sua função intermediadora.
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IV - DO DANO MORAL
26. Por diversas vezes os Autores, através de seu
representante legal procurou os Requeridos para
tentativa de uma solução para o caso, sempre sendo
tratado com total desleixo.
27. In casu, inobstante a inegável conduta

antijurídica dos Requeridos, que desprezando a boa
técnica e cuidados indispensáveis ao manejo da
engenharia, para reduzir o custo da obra, deixaram de
aplicar MANTA IMPERMEABILIZANTE (CONFORME A NORMA) EM
TODA A ÁREA EXTERNA E DA PISCINA DA LAJE PISO DO
APARTAMENTO n° 304 DA TORRE “01” (COM OS DEVIDOS
DETALHES DE RECOBRIMENTO E PROTEÇÃO NAS DOBRADURAS DAS
PAREDES), ASSIM COMO CONSERTOS DAS FALHAS CONSTRUTIVAS
EXISTENTES COMPROVADAS (VIDE FOTOS), o que vem causando
inúmeros transtornos ao morador da unidade 294 do Bloco
Borborema, com o surgimento vertiginoso de infiltrações
e vazamentos de água em sua residência.
28. Assim, a hipótese ultrapassa em muito o mero

aborrecimento, causando ofensas aos direitos da
personalidade dos Autores. Além disso, em situações
como esta, o dano moral deve ser considerado “in re
ipsa”, encontrando-se implícito na ofensa em si.
29. Conforme ensinamento de Sergio Cavalieri Filho, em

seu Programa de Responsabilidade Civil ”, Ed.
Malheiros, 5a edição, fls.101, in verbis “(...) existe
in re ipsa, deriva inexoravelmente do próprio fato
ofensivo, de tal modo que provada a ofenda, ipso facto
está demonstrado o dano moral (...)”. E ainda:
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“O dano moral é aquele que atinge os bens da

personalidade, tais como a honra, a liberdade, a
saúde, a integridade psicológica, causando dor,
sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima
(...) Nesta categoria incluem-se também os
chamados novos direitos da personalidade:
intimidade, imagem, bom nome, privacidade e a
integridade da esfera íntima (...) Seria uma
demasia, algo até impossível, exigir que a vítima
comprove a dor, a tristeza, ou a humilhação,
através de depoimentos, documentos ou perícia; não
teia ela como demonstrar o descrédito, o repúdio
ou o desprestígio através dos meios comprobatórios
tradicionais, o que acabaria por ensejar o retorno
à fase da irreparabilidade do dano moral em razão
de fatores instrumentais”.
30. Há que se ter em mente ainda a finalidade

pedagógica e punitiva da condenação por dando moral,
pois servem de advertência para que o causador do dano
e seus congêneres venham a se abster de praticar novos
atos como este.
31. A mais renomada doutrina assim se orienta ao
estudar o instituto. Caio Mário da Silva Pereira, deixa
claro, quando cuida do dano moral, o fulcro do conceito
ressarcitório acha-se deslocado para a convergência de
duas forças, in verbis:
“caráter punitivo, para que o causador do dano,

pelo fato da condenação, se veja castigado pela
ofensa que praticou; e o caráter compensatório
para a vítima, que receberá uma soma que lhe
proporcione prazeres como contrapartida do mal
sofrido” (Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro
Ed. Forense, 1990, pág. 62).
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32. Assim, demonstrado o dano e o nexo de causalidade,

que consiste na relação de causa e efeito entre a
conduta praticada pelo agente e o dano suportado pela
vítima, devem os Requeridos ser condenados a indenizar
os Autores pelos danos morais sofridos, conforme
preceitua o art. 186 do Código Civil.
33. Diante do acima exposto, pugnam os Requerentes

pelo pagamento de R$ 50.000,00 (Cinquente Mil Reais) à
titulo de danos morais, atentando à tríplice função do
dano, ressarcindo, punindo e prevenindo.
V - DO DANO MATERIAL
34. O dano material é aquele que afeta diretamente o

patrimônio o ofendido.
35. Está transcrito no Art. 5º, inciso V da Magna

Carta:
V – “é assegurado o direito de resposta,

proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;” (grifo meu).
36. É incontroverso que os Autores e seus familiares,

no caso em tela, especificamente, o genitor do Autor
morador da unidade residencial 294 do Bloco Borborema
foram privados do direito de moradia de seu imóvel em
virtude da umidade, infiltrações, e vazamentos causados
pela unidade 304 do mesmo bloco Borborema de propriedade
dos primeiros Requeridos.
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37. A insalubridade do imóvel, colocando em risco a

saúde do morador, face a umidade, infiltrações e
vazamentos de água que contaminam o imóvel e higiene,
viola direitos constitucionais fundamentais da
Dignidade da pessoa humana (art 1º, III da CF), da
propriedade (art. 5º, XXII CF), e moradia (art. 6º,
caput, CF).
38. Além da necessidade de mudança do morador da

unidade 294 em virtude dos danos causados pelas
infiltrações e vazamentos oriundos do apartamento
situado no piso superior, advieram outros prejuízos de
ordem material, nos pisos de madeira, nos móveis que
guarnecem a residência, nas luminárias, entre outros.
39. Neste sentido, faz-se necessária a reparação

definitiva das causas das infiltrações e vazamentos, a
qual deverá ocorrer em conformidade com laudo técnico
pericial com: “APLICAÇÃO DE MANTA IMPERMEABILIZANTE
(CONFORME A NORMA) EM TODA A ÁREA EXTERNA E DA PISCINA
DA LAJE PISO DO APARTAMENTO n° 304 DA TORRE “01” (COM
OS DEVIDOS DETALHES DE RECOBRIMENTO E PROTEÇÃO NAS
DOBRADURAS DAS PAREDES), ASSIM COMO CONSERTOS DAS
FALHAS CONSTRUTIVAS EXISTENTES COMPROVADAS” (Marques da
Silva Santos, Jorge. Laudo Técnico de Vistoria Predial
de Engenharia Civil, pág 105).
40. A reparação dos danos patrimoniais sofridos no

imóvel com a sua devida reforma mediante a recolocação
do teto e eventuais molduras em gesso, pintura, e,
substituição de luminárias danificadas.
41. A Indenização pelos danos patrimoniais sofridos,

com a deterioração dos móveis e pisos de madeira que
guarnecem a residência, mediante apresentação de
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orçamento de profissionais de preferência e confiança

dos Autores.
42. Além do ressarcimento dos demais danos materiais
sofridos pelos Autores e seu representante legal e
terceiro interessado Sr Odilton Martins, a saber: (i)
desembolso com pericia particular contratada para
elaboração de Laudo Técnico de vistoria predial de
engenharia civil (engº Jorge Marques da Silva Santos
(doc anexo) ; (ii) Gastos com mudança, instalação e com
alugueres e demais despesas acessórias enquanto
perdurar a presente demanda; (iii) Dispêndio com
contratação de advogado para interpor a presente
demanda judicial (doc anexo), bem como, demais despesas
que porventura advenham dos problemas causados pelo
apartamento 304 do Bloco Borborema.
VI - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
43. Analisando o artigo supratranscrito acima, torna-

se límpido que tem-se quatro elementos primordiais da
Responsabilidade Civil:
A) Ação ou omissão;
B) Dolo ou culpa do agente;
C) Relação de causalidade;
D) Dano
44. Superada a definição do instituto relacionado ao

presente caso, excelência, tornar-se-á claro que fatos
se adequam aos pressupostos da Responsabilidade Civil.
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VII - AÇÃO/OMISSÃO e DANO
45. Excelência, conforme já acima exposto, a umidade,
as infiltrações e vazamentos oriundos da unidade 304 de
propriedade dos primeiros Requeridos, agravaram-se
substancialmente após a reforma para ampliação do seu
ambiente, tendo em vista oferecer uma moradia agradável
e confortável aos referidos donos, mas, causando danos
no apartamento dos Autores.
46. Para a consecução da referida reforma, percebeu-

se o uso de ”martelete” para retirada de pisos e
ladrilhos do apartamento, o que é proibido pelo manual
de regras para obras e reforma do Condomínio Residencial
Parque Clube, conforme definido em Assembleia Geral
Extraordinária.(doc. anexo).
47. A mais de 01 (um) ano, os Autores, através de seu

genitor e morador da unidade 294, vêm efetuando inúmeros
contatos por telefone, whatsap, por email e
pessoalmente, tanto com os administradores do
Condomínio, quanto com os proprietários e seus
prepostos (Arquiteta e Engenheiro responsáveis pela
obra de reforma), quanto aos problemas enfrentados com
umidade, infiltrações e vazamentos em seu apartamento,
conforme facilmente se verifica através dos documentos
anexos aos autos, sem contudo que nenhuma providência
para solucionar os problemas de forma efetiva fosse
tomada, não restando aos Autores outra alternativa
senão socorrer-se ao Poder Judiciário, uma vez que a
situação tornou-se insustentável!
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VIII - DO NEXO DE CAUSALIDADE e CULPA
48. Também chamada de RELAÇÃO DE CAUSALIDADE, esta
configura-se como a relação de causa e efeito entre o
comportamento do causador do dano e do dano ocorrido,
sendo tal ligação expressamente exigida no Artigo 186
do Código Civil.
49. Ora meritíssimo, torna-se claro que os danos

sofridos (umidade, infiltrações e vazamentos), que a
princípio eram de forma pontual, agravaram-se em
decorrência da reforma (feita negligentemente, por
sinal) do imóvel unidade 304 do Bloco Borborema –
Condomínio Residencial Parque Clube.
50. Tendo em vista que, em conversas durante a execução

da referida reforma, o morador da unidade 294, requereu
aos proprietários do apartamento 304 que dessem
especial atenção aos problemas com umidade,
infiltrações e vazamentos que vinham se acentuando
gradativamente de forma preocupante, e sugerido que,
antes da conclusão da parte decorativa (estética) da
obra do seu imóvel, que fosse priorizada a parte técnica
da obra, para aí sim, partir para a conclusão da parte
decorativa, o que não foi feito. Simplesmente a parte
decorativa da obra foi concluída sem que o problema
ocasionado na residência – apartamento 294, fosse
resolvido. Vindo a ocasionar a interdição do imóvel
face a sua condição atual de inabitabilidade.
51. Para comprovar o nexo de causalidade e culpa dos

Requeridos, e, para que não pairem nuvens negras acerca
do presente caso, os Autores resolveram por bem,
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contratar profissional devidamente habilitado, o qual

elaborou o presente Laudo Técnico de Vistoria Predial
de Engenharia Civil (doc anexo), que corrobora com as
assertivas dos Autores e comprovam o nexo de causalidade
e culpa solidária dos Requeridos face aos danos causados
na propriedade dos Autores.
52. Meirelles (1996) registra que o vizinho tem o

direito de impedir que os outros danifiquem a sua
propriedade, prejudiquem o seu sossego ou ponham em
risco a sua saúde com obras nocivas, trabalhos
perigosos, ruídos intoleráveis, emanações molestas,
vibrações insuportáveis, odores nauseabundos e
quaisquer outras atividades ou imissões prejudiciais à
vizinhança, sendo permitido aos lesados vedar essa
utilização anormal da propriedade vizinha e obter a
reparação dos danos consumados. (Em GRANDISKI (2001) –
TJRJ – 5ª Câm. Cível; AC n.º 13.039/99-RJ; Rel. Des.
Carlos Raymundo Cardoso; j. 30/11/1999; v.u).
53. Meirelles (1996) destaca que, age com culpa todo

aquele que, por ação ou omissão voluntária, viola
direito ou causa dano a outrem, por negligência,
imprudência ou imperícia de conduta, embora não
desejando o resultado lesivo (CC/art.186 e CP, art.18,
II).
54. Daí depreendemos que se inclui como culpa o dever

de atenção, da cautela, da habilidade, da prudência, da
precaução, da lesão não desejada mas ocorrida por
imprudência, imperícia ou negligência em todos os atos
técnicos/humanos no decorrer da construção e reforma.
55. Por fim, destacamos que no caso em pauta, provada

a relação de causa e efeito entre o comportamento dos
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agentes e o dano causado aos Autores, surge o dever de

indenizar.
IX - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA PEDIDA
56. Deve ser apontado que se encontram presentes os

requisitos para obtenção da antecipação dos efeitos da
tutela, na forma do art. 300 do NCPC.
57. A alegação autoral é de todo verossímil, havendo

forte probabilidade de atendimento da pretensão
deduzida na inicial, ante a prova documental acostada
a inicial.
58. Igualmente, caracteriza-se o periculum in mora,

consistente no prejuízo causado na residência dos
Autores, bem como o risco a sua higiene e saúde ante a
infiltração comprovada através das fotos anexas.
59. Sendo assim, deverá ser deferida a tutela

provisória de urgência incidental ora pedida para que
os Requeridos, façam as seguintes obras: “APLICAÇÃO DE
MANTA IMPERMEABILIZANTE (CONFORME A NORMA) EM TODA A
ÁREA EXTERNA E DA PISCINA DA LAJE PISO DO APARTAMENTO
n° 304 DA TORRE “01” (COM OS DEVIDOS DETALHES DE
RECOBRIMENTO E PROTEÇÃO NAS DOBRADURAS DAS PAREDES),
ASSIM COMO CONSERTOS DAS FALHAS CONSTRUTIVAS EXISTENTES
COMPROVADAS” (Marques da Silva Santos, Jorge. Laudo
Técnico de Vistoria Predial de Engenharia Civil, pág.
105), além de sanar as infiltrações no teto do imóvel
e demais danos originários dos referidos vícios, sob
pena de multa diária de R$ 1.000,00 (Hum Mil Reais).
18
fls. 19
OAB/SP 238.792
X - JURISPRUDÊNCIA
60. Com a devida vênia Excelência, colacionamos aqui
algumas das várias jurisprudências de Tribunais
superiores que decidem no sentido de que há obrigação
Fazer cumulada com indenização por danos materiais e
Morais e em função de deterioração causada por vícios
ocultos e obras em imóveis vizinhos, conforme segue:
(i) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

C/C INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL.
DIREITO DE VIZINHANÇA. INFILTRAÇÃO. DANOS
MATERIAIS CARACTERIZADOS. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO DA RÉ. 1-
Incontroverso, que as infiltrações no
imóvel dos autores, foram decorrentes do
imóvel da ré, que restou comprovado pelo
laudo de vistoria emergencial realizado
pela Defesa Civil no ano de 2011 (fls. 71).
2- Com efeito, resta nítido que se a ré
alegou que promoveu reformas em sua
cobertura no ano de 2003 e em 2011 as
infiltrações voltaram a ocorrer,
precisaria a ré, de forma cautelosa ter
promovido nova reforma em seu apartamento.
Devendo ser ressaltado que o bem da
demandada é uma cobertura, com partes
expostas ao ar livre, ou seja, a chuva e
sol, bem como a conservação dada pela
proprietária, a qual é relevante para a
preservação de seu patrimônio. 3- Assim,
entendo que restou mais do que comprovado,
19
fls. 20
OAB/SP 238.792
que as infiltrações começaram no ano de

2003 e, os demandados tentaram solucionar
o problema de forma pacífica, tendo movido
a presente ação somente no ano de 2013, por
não terem logrado êxito. 4- Desta forma,
caracterizado o nexo de causalidade entre
a conduta das demandantes e os danos
sofridos pelos autores, a controvérsia
cinge-se à extensão de tais danos. DANOS
MATERIAIS E MORAIS COMPROVADOS E FIXADOS
CORRETAMENTE. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. Conclusões: Por unanimidade,
negou-se provimento ao recurso, nos termos
do voto do des Relator. Presente, pelo Apdo
o Dr (...). (TJ-RJ, APELAÇÃO 0290793-
42.2013.8.19.0001, Relator(a): DES. MARCIA
FERREIRA ALVARENGA , Publicado em:
12/08/2019)
(ii) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE VIZINHANÇA.

INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS.
(...). Danos morais. Incômodos que
ultrapassam o mero dissabor. Obra vizinha
que causou diversos transtornos aos
habitantes do imóvel lindeiro. Requerida
revel. Quantum fixado a título de danos
morais. Manutenção, pois que adequadamente
fixado. Hipótese em que nem há que se
proceder na minoração do montante
arbitrado. APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO
DESPROVIDOS. (TJ; Apelação Cível, Nº
70081048191, Décima Oitava Câmara Cível,
20
fls. 21
OAB/SP 238.792
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Heleno

Tregnago Saraiva, Julgado em: 05-09-2019).
(iii) AÇÕES DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.
INFILTRAÇÃO. Demanda objetivando a
condenação dos Réus a efetuar os reparos
no imóvel da Autora, que foi seriamente
danificado em razão de extensa
infiltração, bem como a pagar reparação
pelos danos morais sofridos. Laudo
Pericial que atestou que a infiltração teve
origem no imóvel do 2º Réu. A Sentença
julgou procedente o pedido, com relação ao
2º Réu, condenando-o a reparar os estragos
causados no apartamento da Autora e a pagar
a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
a título de danos morais. Apelação
interposta pela Autora, objetivando a
majoração da reparação fixada a título de
danos morais. Apelação adesiva do 2º Réu
pugnando pelo afastamento de sua
condenação por danos morais. Autora que vem
sofrendo com os problemas de infiltração
desde 2014. Laudo Pericial realizado em
2017, o qual atestou o estado lastimável
do imóvel da Demandante, com banheiro "sem
teto", com reboco caindo em cima dos
moradores e extensas manchas de
infiltração, com mofo, por vários cômodos.
Imóvel da Autora que, conforme as fotos
acostadas aos autos, está insalubre,
colocando em risco a saúde de seus
moradores. Segundo Réu, ora 2º Apelante,
21
fls. 22
OAB/SP 238.792
que não se empenhou em resolver os

problemas com os vazamentos, mesmo ciente
da precariedade das instalações de seu
banheiro, atestada no laudo pericial, e dos
fortes indícios de que a infiltração era
proveniente de suas instalações. Parte
Autora, ora 1ª Apelante, que vem passando
por tormento e não por mero dissabor,
restando configurado o dano moral. Valor
fixado para a reparação por danos morais,
que foi baixo, considerando-se o tempo em
que a Demandante vem sofrendo com o
problema da infiltração, mais de três anos,
e a inação do 2º Réu, que revela descaso
com a situação vivida pela Demandante, de
forma que o valor da reparação deve ser
majorado para R$ 10.000,00 (dez mil reais),
em atenção às peculiaridades do caso
concreto, aos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade e ao
caráter pedagógico-punitivo da reparação.
Recursos conhecidos. Provimento do recurso
da Autora, 1ª Apelante, e desprovimento do
recurso do 2º Réu, 2º Apelante (Recurso
Adesivo). Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL 0385245-
10.2014.8.19.0001
(iv) RECURSO – APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO DE

VIZINHANÇA - INFILTRAÇÃO DE AGUA EM UNIDADE
CONDOMINIAL INFERIOR - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO
DE FAZER CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS
MATERIAIS E MORAIS. Infiltração de água no
teto de unidade condominial inferior.
22
fls. 23
OAB/SP 238.792
Imputação de responsabilização civil ao

condomínio e ao vizinho superior, por terem
deixado de adotar as providências aos seus
encargos para que as infiltrações
cessassem Conjunto probatório a evidenciar
que o condomínio substituiu coluna de água
da unidade superior para fazer cessar
vazamento na unidade inferior, porém a só
providência não foi adequada para tanto,
haja vista a continuidade de infiltração
por má impermeabilização do banheiro
social da unidade do vizinho superior.
Perito judicial que atestou como causa
atual dos danos a má impermeabilização, mas
não descartou a responsabilidade anterior
do condomínio por vazamento decorrente da
coluna d'água substituída. Elementos
indiciários indicativos de que os danos
decorreram de dupla causa (vazamento da
coluna e má impermeabilização). Sentença
que impôs condenação solidária aos
requeridos para consertarem o apartamento
da autora e do vizinho superior.
Descabimento. Condenação mitigada em favor
do condomínio, que deve concorrer apenas
para solucionar os danos da unidade da
autora, para os quais concorreu. Recurso
de apelação em parte provido. Tribunal de
Justiça de São Paulo TJ-SP - Apelação: (APL
0022505-28.2013.8.26.0002 SP 0022505-
28.2013.8.26.0002)
(v) RECURSO – APELAÇÃO CÍVEL – DIREITO DE

VIZINHANÇA – VIOLAÇÃO DE SAÚDE, SOSSEGO E
23
fls. 24
OAB/SP 238.792
SEGURANÇA – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS
E MORAIS. Autora, vizinha moradora de
apartamento situado em piso inferior ao da
requerida, que atribui à vizinha de cima a
responsabilidade por infiltrações diversas
que contaminam o seu imóvel, com danos à
sua estrutura, acabamento, parte elétrica
e higiene. Produção antecipada de provas
que pôde constatar que parte das
infiltrações advém da piscina e do ofurô
localizado no apartamento superior
(cobertura). Insurgência da requerida,
contra o laudo pericial, descabida na
hipótese, porque a sede adequada para a sua
impugnação era a própria ação de produção
antecipada de provas, na qual foi citada,
porém deixou, sintomaticamente, de
acompanhar a perícia, indicar assistente
técnico ou mesmo franquear acesso à sua
unidade condominial. Constatação do
perito, por dedução lógica, de que o
vazamento se dava na piscina e no ofurô,
considerando a situação geográfica do
espaço, adequada no caso concreto. Isso
porque, houve também vistoria da Defesa
Civil que ingressou no imóvel da requerida
e certificou a existência de vazamento
causador da infiltração. Vazamentos
oriundos da tubulação central do
condomínio, de outro lado, que apenas
contaminaram o banheiro do imóvel da
autora. Inviabilidade de reconhecimento de
que o vazamento da tubulação do condomínio
24
fls. 25
OAB/SP 238.792
foi a causa das infiltrações que

contaminaram todo o teto da unidade
condominial da autora. Responsabilidade
civil da vizinha superior confirmada.
Modulação, contudo, da reparação material,
vez que diferida a apuração dos danos para
a fase de liquidação de sentença. Ajuste,
neste tocante, para limitar como objeto de
indenização apenas o custeio com o reparo
do teto da unidade da autora, ademais dos
ventiladores de teto sinistrados por
infiltração. Balizas de liquidação
assentadas para se permitir a correta
liquidação do julgado, sem prejuízo da
requerida por postulações genéricas.
Reparação por danos morais mantida,
inclusive no patamar adequadamente
arbitrado na sentença. Procedência.
Sentença parcialmente reformada. Recurso
de apelação da requerida em parte provido
para limitar e definir os critérios de
apuração dos danos materiais, em fase de
liquidação, sem reflexo nas verbas
sucumbenciais.(TJ-SP 10292613420158260562
SP 1029261-34.2015.8.26.0562, Relator:
Marcondes D'Angelo, Data de Julgamento:
02/04/2018, 25ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 02/04/2018)
25
fls. 26
OAB/SP 238.792
XI – INDICAÇÃO DE ASSISTENTE TÉCNICO
61. Os Autores nesta oportunidade indicam como seu
Assistente Técnico, o Sr. JORGE MARQUES DA SILVA
SANTOS, brasileiro, casado, Engenheiro Civil, inscrito
no CREA sob nº 106720/D, com escritório profissional à
Rua Dr. Epitácio Pessoa , n° 103 – Bairro Jd Sta
Francisca – Guarulhos SP CEP 07013-040, Telefone
contato celular.: (55) (11) 9-9680-9387 Vivo, com
endereço eletrônico (email):
eng_jorgesantos@hotmail.com , local onde requer seja
intimado da data e horário da realização de eventual
perícia técnica a ser designada por este r. juízo.
62. Caso seja determinada a realização de perícia

técnica por perito de confiança deste MM Juízo, os
Requerentes informam que os quesitos serão
apresentados em momento oportuno.
XII - DA OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE

CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
63. Tendo em vista a natureza da causa (art. 334, §

4º, I), a parte Autora manifesta a opção pela não
realização da audiência de conciliação ou de mediação,

nos termos do art. 319, VII do CPC/2015.
26
fls. 27
OAB/SP 238.792
XIII - CONCLUSÃO
64. Ora, após a exposição dos fatos e do Direito, fica-
se claro que os Requeridos são solidariamente
responsáveis pelos danos surgidos no imóvel dos
Requerentes. Tais fatos se adéquam aos pressupostos da
Responsabilidade Civil, o que fez nascer o seu dever de
indenizá-los por tais avarias.
XIV – DOS PEDIDOS
Ante o que foi exposto, requer a Vossa Excelência:
1. A tramitação prioritária da presente ação, conforme

dispõe o artigo 71 do Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03,
e, artigo 1048 do CPC/15;
2. Seja deferida a tutela provisória de urgência

incidental para que os Requeridos façam as seguintes
obras: aplicação de manta impermeabilizante de acordo
com as normas técnicas em toda área externa e da piscina
da laje piso do apartamento nº 304 do Bloco Borborema,
com os devidos detalhes de recobrimento e proteção nas
dobraduras das paredes, bem como consertos das falhas
construtivas existentes e comprovadas mediante laudo
pericial; além de sanar as infiltrações no teto do
27
fls. 28
OAB/SP 238.792
imóvel e demais danos originários dos referidos vícios

sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (Hum Mil Reais);
3. A citação das partes Requeridas para que, querendo,
respondam aos presentes pedidos, sob pena de revelia e
confissão;
4. A citação da Pessoa Jurídica, que figura no polo

passivo para, através de seus sócios querendo, no prazo
legal, contestar a ação;
Que ao final sejam julgados PROCEDENTES OS PEDIDOS para:
a) Seja julgado procedente o pedido, para ratificar a

tutela antecipada porventura deferida, para condenar
os Requeridos consertar de forma definitiva as
infiltrações no imóvel dos Autores, com a instalação
de manta impermeabilizante em toda área externa e da
piscina da laje piso do apartamento nº 304 do Bloco
Borborema, com os devidos detalhes de recobrimento e
proteção nas dobraduras das paredes, bem como
consertos das falhas construtivas existentes e
comprovadas mediante laudo pericial; além de sanar as
infiltrações no teto do imóvel e demais danos
originários dos referidos vícios;
b) Seja julgado procedente o pedido para condenar os

Requeridos pelos danos morais sofridos, oriundos dos
transtornos causados pelos vícios e descaso dos mesmos
na solução dos problemas apresentados no valor de
R$50.000,00 (Cinquenta Mil Reais);
28
fls. 29
OAB/SP 238.792
c) A Condenação dos Requeridos na Obrigação de Fazer para

reparar os danos patrimoniais sofridos no imóvel com
a sua devida reforma mediante a recolocação do teto e
eventuais molduras em gesso, pintura, e, substituição
de luminárias danificadas e ou indenização
substitutiva;
d) A Condenação em Indenização pelos danos patrimoniais

sofridos, com a deterioração dos móveis e pisos de
madeira que guarnecem a residência, mediante
apresentação de orçamento de profissionais de
preferência e confiança dos Autores;
e) A Condenação dos Requeridos ao Ressarcimento dos

demais danos materiais sofridos pelos Autores: (i)
desembolso com pericia particular contratada para
elaboração de Laudo Técnico de vistoria predial de
engenharia civil (engº Jorge Marques da Silva Santos
(doc anexo) ; (ii) Gastos com mudança, instalação e
com alugueres e demais despesas acessórias enquanto
perdurar a presente demanda; (iii) Dispêndio com
contratação de advogado para interpor a presente
demanda judicial (doc anexo), bem como, demais
despesas que porventura advenham dos problemas
causados pelo apartamento 304 do Bloco Borborema;
f) A condenação dos Requeridos no pagamento das custas e

honorários de sucumbência no importe de 20% do valor
da causa;
29
fls. 30
OAB/SP 238.792
DAS PROVAS
Requer-se provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidos, incluindo perícia, produção de prova
documental, testemunhal, inspeção judicial, depoimento
pessoal sob pena de confissão caso os Requeridos (ou seu
representante) não compareça, ou, comparecendo, se negue a
depor (art. 385, § 1º, do Código de Processo Civil).
Requer, outrossim, nos termos da fundamentação contida no

item IV, supra, a inversão do ônus da prova.
Dá-se a presente causa o valor de R$ 100.000,00 (Cem Mil

Reais) para efeito de alçada.
Termos em que,
Espera Receber,
Deferimento.
São Paulo, 08 de Dezembro de 2020.
OAB/SP nº 238.792
30
fls. 31
fls. 32
fls. 33
fls. 34
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686CB.
fls. 35
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686CD.
fls. 36
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686CE.
fls. 37
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686CF.
fls. 38
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686D2.
fls. 39
fls. 40
fls. 41
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fls. 43
fls. 44
fls. 45
fls. 46
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fls. 48
fls. 49
fls. 50
fls. 51
fls. 52
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686DC.
fls. 53
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686DD.
fls. 54
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686E0.
fls. 55
01)
FOTOS SUÍTE MASTER
FOTOS DO LOCAL _ APTO 294 _ BLOCO BORBOREMA _ PARQUE CLUBE
fls. 56
fls. 57
fls. 58
fls. 59
fls. 60
fls. 61
02)
FOTOS CLOSET _ SUÍTE MASTER
fls. 62
fls. 63
fls. 64
03)
FOTOS SUÍTE 1
fls. 65
fls. 66
fls. 67
fls. 68
fls. 69
fls. 70
04)
FOTOS SUÍTE 2
fls. 71
fls. 72
fls. 73
fls. 74
fls. 75
fls. 76
05)
FOTOS SALA DE ESTAR
fls. 77
fls. 78
fls. 79
fls. 80
fls. 81
fls. 82
fls. 83
fls. 84
fls. 85
fls. 86
fls. 87
fls. 88
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686EB.
fls. 89
fls. 90
fls. 91
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686EE.
fls. 104
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fls. 182
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fls. 184
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fls. 188
fls. 189
fls. 190
fls. 191
fls. 192
fls. 193
fls. 194
fls. 195
fls. 196
fls. 197
fls. 198
fls. 199
fls. 200
fls. 201
fls. 202
fls. 203
fls. 204
fls. 205
fls. 206
fls. 207
fls. 208
fls. 209
fls. 210
fls. 211
fls. 212
fls. 213
fls. 214
fls. 215
fls. 216
------- Mensagem encaminhada -------

De: odilton.martins@terra.com.br
Para: simone@fassilog.com.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686F3.
Assunto: Re: RES: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de
28/10/2020
Data: Seg 16/11/20 14:03
Prezados Simone Donato Coutinho Barneschi e Fabio Barneschi
Ref: CONTRA CONTRANOTIFICAÇÃO EMAIL DATADO DE 28/10/2020
Primeiramente gostaríamos de agradecer disposição de Vsas, para solucionar

os problemas de forma técnica que temos enfrentado no imóvel 294 - Bloco
Borborema - Condomínio Parque Clube; todavia, e, para que sigamos de forma
adequada entendemos que será necessária apresentação do projeto executivo
e memorial descritivo detalhado com especificação do material aplicado.
Em caso de descumprimento do cronograma sumariamente apresentado por

email, e sem que haja justificativa excepcional, e por considerar todos os
infortúnios até aqui sofridos, propomos a estipulação de multa diária por
descumprimento contratual, no percentual a ser estipulado calculado sobre o
valor da obra, em favor do proprietário do imóvel 294 - Bloco Borborema.
Cronograma brevemente apresentado por email pela empresa Cube

Engenharia:
➢ 12/11 – remoção de deck e vistoria dos pontos de infiltração;
➢ 16/11 à 18/11 – reparo e execução da impermeabilização;
➢ 19/11 à 22/11 – período de testes da impermeabilização executada;
➢ 23/11 à 24/11 – instalação do deck;
➢ 30/11 à 04/12 – fechamento do forro e pintura do apartamento 294.”
Quanto aos danos patrimoniais e despesas periciais, a serem restituídos

mediante apresentação dos orçamentos e recibos pertinentes, a saber:
1) Ressarcimento dos danos materiais causados nos móveis que guarnecem

minha residência;
fls. 217
2) Restauração do piso de madeira do corredor e das suítes (riscos e

estufamentos);
3) Ressarcimento dos custos com laudo pericial - Eng. Civil Jorge Marques
da Silva Santos
Além disso, requeiro acompanhamento da obra pelo Engenheiro Civil
contratado, Sr. Jorge Marques da Silva Santos – CREA 106720/D, com
autorização para vistoriar a obra em dia e horário previamente acordados.
Por fim, caso não sejam sanados os problemas com infiltrações no imóvel 294 -
Bloco Borborema - Condomínio Parque Clube, dentro do prazo pré-definido pela
Cube Engenharia, infelizmente, além dos custos e demais despesas acima
especificadas, teremos que repassar os custos com locação de imóvel
semelhante á unidade 294 - Bloco Borborema, enquanto o infortúnio persistir,
bem como, todos os demais custos que porventura possam advir até definitiva
resolução do entrave.
Sendo o que tínhamos para o momento, aguardamos retorno.
Att,
Odilton Martins
Em Qua 11/11/20 21:33, simone@fassilog.com.br escreveu:
FABIO BARNESCHI, brasileiro, casado sob regime de comunhão parcial de

bens, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 24.462.519-
0SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 180.216.158-93, e sua
esposa SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, brasileira, casada,
advogada, portadora da Cédula de Identidade RG nº 33.394.238-3 SSP/SP,
devidamente inscrita no CPF/MF sob nº 220.049.878-04, proprietários do
imóvel apartamento 304 do Bloco Borborema - Condomínio Parque Clube,
vêm, por meio desta se manifestar acerca da NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL recebida em 09/11/2020, por email, nos termos que seguem:
Os NOTIFICADOS adquiriram o imóvel (apto 304) em agosto/2017 diretamente

da construtora HELBOR, sendo que em vistoria inicial já foi identificado
problema de vazamento da piscina. A HELBOR contratou a empresa CUBE
ENGENHARIA, representada por seu sócio diretor MATHEUS CARNELÓS
VICENTE, para resolver a impermeabilização, de modo que a entrega definitiva
da posse do imóvel foi feita em outubro/2018. Nesta oportunidade, os
NOTIFICADOS contrataram a mesma empresa (Cube Engenharia) para
realizar o serviço de impermeabilização do entorno da piscina e construção do
deck de madeira, dentre outros serviços na área externa. O objetivo foi
justamente manter a mesma responsável por toda área da piscina e entorno,
visando termos a garantia inequívoca de tal empresa.
fls. 218
Assim, após o recebimento da Notificação abaixo, os Notificados

imediatamente enviaram Notificação Extrajudicial à empresa Cube Engenharia,
a qual retornou com o Plano de Ação e Cronograma abaixo resumidos:
“Em vista das colocações citadas pelo Sr. Odilton, informo que iremos remover todo o
deck de madeira instalado e reparar o sistema de impermeabilização das áreas
periféricas da piscina.
Como percebemos nos últimos acontecimentos, as infiltrações tem ocorrido em

períodos de chuva nos dois ralos do deck, o que exclui a impermeabilização da piscina
como causa dos problemas. Dessa forma, se autorizado pelos senhores iremos iniciar
os trabalhos no dia 12/11, com previsão de término no dia 24/11, sendo as tarefas e
prazos conforme abaixo (caso a chuva não interfira):
✓ 12/11 – remoção de deck e vistoria dos pontos de infiltração;
✓ 16/11 à 18/11 – reparo e execução da impermeabilização;
✓ 19/11 à 22/11 – período de testes da impermeabilização executada;
✓ 23/11 à 24/11 – instalação do deck;
✓ 30/11 à 04/12 – fechamento do forro e pintura do apartamento 294.”
A NOTIFICADA Cube solicitou prazo adicional para conclusão do Projeto e

Memorial Descritivo, que ficaram para ser entregues até 16/11/2020 para
validação dos NOTIFICANTES e seus assessores técnicos. De toda sorte, os
NOTIFICADOS Fabio e Simone autorizaram o início da retirada do deck na
data de 12/11/2020 como forma de agilizar e facilitar o estudo do Plano de
Ação e, após aprovação, o início imediato das obras necessárias com o
acompanhamento, se o caso, do engenheiro contratado pelos Notificantes.
fls. 219
Destarte, no intuito de efetivamente buscar a conclusão do reparo dos danos

demonstrados, eliminando-o de forma definitiva, ficamos à disposição para
quaisquer outras informações.
Atenciosamente
Simone Donato Coutinho Barneschi e Fabio Barneschi
(11.97606-2929 e 11.94540-4747)
De: fabio@fassilog.com.br [mailto:fabio@fassilog.com.br]

Enviada em: segunda-feira, 9 de novembro de 2020 10:25
Para: Simone
Assunto: ENC: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de
28/10/2020
De: odilton.martins@terra.com.br <odilton.martins@terra.com.br>

Enviada em: sexta-feira, 6 de novembro de 2020 17:27
Para: fabio <fabio@fassilog.com.br>
Assunto: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de 28/10/2020
ADRIANO MARTINS, brasileiro, casado sob regime de comunhão parcial de

bens, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 30.990.267-8
SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 218.221.098-92, e sua esposa
IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS, brasileira, casada, empresária,
portadora da Cédula de Identidade RG nº 41.148.504-0 SSP/SP, devidamente
inscrita no CPF/MF sob nº 336.440.968-48, proprietários do imóvel apartamento
294 do Bloco Borborema - Condomínio Parque Clube, através de seu
procurador infra assinado, Sr. ODILTON MARTINS, brasileiro, empresário,
portador da Cédula de Identidade RG nº 7.523.349, devidamente inscrito no
CPF/MF sob nº 688.543.908-87, residente de domiciliado na unidade 294 do
fls. 220
Bloco Borborema – Condomínio Parque Clube, o qual vem, por meio desta
apresentar resposta a seu email datado de 28/10/2020, a qual servirá como
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL, nos termos a seguir expostos:
Conforme reunião realizada nas dependências do Condomínio Parque Clube em
20/10/2020, a qual contou com a participação dos atuais proprietários da unidade
- apartamento 304 - Sr. Fábio Barneschi e sua esposa Simone Barneschi,
juntamente com os responsáveis pela empresa de impermeabilização, Cube
Engenharia - Sr Matheus Carnelós Vicente; do Engenheiro responsável pela
reforma de 250m² referente ao apartamento 304, conforme ART LC26844441 -
Sr Osmar Cirqueira Pinto Junior / CREASP 0600942345; do Gerente Predial do
Condomínio Parque Clube - Sr Alexandre; do engenheiro Civil contratado pelos
proprietários da unidade apartamento 294 - Bloco Borborema - Engº Jorge
Marques da Silva Santos - CREA 106720/D, além do ora notificante Odilton
Martins; ocasião em que foram novamente abordados os problemas
apresentados e requerida proposta para solução definitiva dos vazamentos que
vem ocorrendo sistematicamente na unidade 294 - Bloco Borborema, além da
apresentação dos seguintes documentos: Projeto executivo e Memorial
descritivo detalhado, com especificação do material aplicado.
No dia 28/10/2020, através de email, recebemos resposta da empresa CUBE

ENGENHARIA, a qual propôs como solução aos problemas apresentados no
apartamento 294, a injeção de PU a ser aplicada nos pontos de vazamentos.
Entretanto, percebe-se que a empresa deixou de anexar os documentos
solicitados, quais sejam, Projeto executivo e Memorial descritivo detalhado
e com especificação do material aplicado; tendo enviado em anexo,
ilustrações de outras empresas da internet que não atendem à nossa solicitação.
Antes de adentrarmos ao mérito especificamente, ressaltamos que o imóvel -

apartamento 294 Bloco Borborema tem apresentado problemas de infiltração de
água e vazamentos no teto dos dormitórios. Inicialmente no dormitório da suíte
fls. 221
máster e suíte 01, os quais além de danificarem o acabamento de gesso,

danificaram também os móveis do closet e o piso de madeira.
Após conversas via Whatsapp com o Sr Fábio Barneschi sobre o problema
apresentado, a arquiteta Sra. Flávia Fernanda Fedeli e o engenheiro responsável
pela obra de reforma do imóvel apartamento 304, Sr Osmar Cirqueira Pinto
Junior, estiveram no local e constataram “in loco” que os vazamentos ocorrem
na rede horizontal, proveniente do escoamento irregular de água resultante da
má impermeabilização, e que se acumula no piso da unidade 304, que infiltrada,
causa danos ao imóvel 294 que está localizado no andar abaixo da unidade
residencial 304 - ambos no Bloco Borborema.
Depois que os profissionais constataram que os vazamentos ocorriam por

irregularidades do imóvel - unidade 304; foi enviada uma equipe de profissionais
que vedou os vazamentos por baixo com resina de poliuretano, mas que na
verdade foram o que podemos denominar de “remendos paliativos” e que apenas
resultaram em aborrecimentos, danos no piso de madeira (riscos) e, entulho que
não tiveram nem o bom senso de recolher.
Agora, a outra suíte (dorm 2) e a sala de estar começaram a apresentar

vazamentos no teto. Pelo simples fato de que o problema não foi resolvido de
forma adequada. E a água infiltrada no seu piso, procura lugar para dar vazão,
simples!
Infelizmente, desde o mês de Março de 2019, venho sem sucesso, pleiteando

aos responsáveis pela unidade 304, providências efetivas para solução dos
problemas de infiltração de água e vazamentos que ocorrem no imóvel - unidade
294, Bloco Borborema, os quais vêm se agravando paulatinamente desde o
início de sua reforma.
fls. 222
Em conversa com o proprietário da unidade 304, foi solicitado que antes de

concluir a parte decorativa (estética) da obra do seu imóvel, que o mesmo desse
prioridade a parte técnica da obra, para aí sim, partir para a conclusão da parte
decorativa, o que não foi feito. Simplesmente a parte decorativa da obra foi
concluída sem que o problema ocasionado na minha residência fosse resolvido.
Além disto, requeri ao proprietário do apartamento 304, cópia do Laudo Técnico

apresentado por sua arquiteta, mas até o momento não obtive retorno.
Como já exaustivamente exposto, estes problemas vem me causando enormes

transtornos e prejuízos.
Diante disso, e em resposta a solução apresentada por VSas em seu email

datado de 28/10/2020, informamos que NÃO CONCORDAMOS com o
procedimento sugerido com injeção de PU, sem apresentação de projeto
executivo e memorial descritivo, bem como, a garantia do serviço proposto.
Ademais, conforme parecer técnico do engenheiro contratado, Engº Jorge

Marques da Silva Santos (a qual transcrevemos abaixo), tal ação não resolverá
o problema de forma efetiva, tendo em vista que: a “INJEÇÃO DE RESINA DE
POLIURETANOS, É COMPROVADAMENTE EFICAZ, MAS SUA EFICÁCIA SE
FAZ “PONTUAL”, O QUE NÃO GARANTE QUE OS VAZAMENTOS E
INFILTRAÇÕES NÃO VÃO PERCOLAR E SE DIRECIONAR A OUTROS
“PONTOS” NA LAJE “FORRO”.”
Isto posto, “PARA GARANTIA EFETIVA NA IMPERMEABILIZAÇÃO DA LAJE

“FORRO” DO APARTAMENTO n° 294 DA TORRE “01”, NECESSÁRIO A
fls. 223
COMPROVAÇÃO DA EXECUÇÃO DA APLICAÇÃO DE MANTA

IMPERMEABILIZANTE (CONFORME A NORMA) EM TODA A ÁREA EXTERNA
E DA PISCINA DA LAJE PISO DO APARTAMENTO 304 DA TORRE “01” (COM
DOBRADURAS DAS PAREDES).”
Por fim, nos posicionamos no sentido de que para resolver de forma adequada
e definitiva se faz necessária a substituição da manta existente conforme parecer
técnico.
É sabido que o uso irregular de um direito reconhecido não constitui ato ilícito,
conforme se verifica da análise do artigo 188, I do Código Civil Brasileiro. Desta
forma, o exercício irregular de um direito enseja ato ilícito denominado
tecnicamente de abuso de direito. No caso em tela, a reforma da unidade
autônoma (nº 304 - Bloco Borborema) em princípio não se constitui ato ilícito,
mas com os fatos apresentados, e por infringir a esfera jurídica de outrem, passa
a se configurar como ato ilícito.
Assim como é sábio o popular provérbio: “é vedado exercer nossos direitos com
sacrifício de direitos alheios”, ou ainda, “o direito de um acaba quando começa
o direito do outro”.
Diante da urgência da situação e da responsabilidade Civil de VSas pela

reparação dos danos e adequada impermeabilização do piso do imóvel -
apartamento 304, a qual é regulada pela legislação brasileira nos artigos 1378 à
1389 do Código Civil que trata do direito de vizinhança, e na busca da
coexistência pacífica entre vizinhos, aguardo manifestação de VSas., no prazo
de
ODILTON MARTINS
CELULAR (11) 99987.6599

Guarulhos, 05 de Novembro de 2020.
definitivamente os problemas apresentados.
48 horas (Quarenta e Oito) horas a contar do recebimento deste.
Sendo o que havia a solicitar, renovo votos de elevada estima e consideração e

conto com compreensão de todos e imediatas providências para solucionar
fls. 224
fls. 225

De: Ibsen André Ferreira <Ibsen.ferreira@helbor.com.br>
Para: "odilton.martins@terra.com.br" <odilton.martins@terra.com.br>
Assunto: ENC: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a
email datado de 28/10/2020
Data: Sex 13/11/20 11:54
Prezado Dr. Odilton, bom dia,
Recebemos o e-mail abaixo, mas acreditamos que, pelos fatos

tratados, tenha sido direcionado equivocadamente aos funcionários da
Helbor (Bianca e Wilson).
Assim, peço eventuais esclarecimento ou, caso tenha sido direcionado

equivocadamente, solicito apenas a confirmação.
Muito obrigado,
Ibsen André Ferreira
Jurídico
Helbor Empreendimentos S.A.
Tel.:(11) 4795-8555 Fax:(11) 4724-8831
Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, nº 1145,

fls. 226
Helbor Concept – Edifício Corporate | Mogi das Cruzes
www.helbor.com
De: odilton.martins@terra.com.br [odilton.martins@terra.com.br]
Enviado: sexta-feira, 6 de novembro de 2020 17:29
Para: Bianca Bogoni; Wilson Alves Tozi
Cc: Reparo; Gerente

SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 218.221.098-92, e sua
esposa IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS, brasileira, casada,
empresária, portadora da Cédula de Identidade RG nº 41.148.504-0 SSP/SP,
imóvel apartamento 294 do Bloco Borborema - Condomínio Parque
Clube, através de seu procurador infra assinado, Sr. ODILTON MARTINS,
brasileiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.523.349,
devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 688.543.908-87, residente de
domiciliado na unidade 294 do Bloco Borborema – Condomínio Parque Clube,
o qual vem, por meio desta apresentar resposta a seu email datado de
28/10/2020, a qual servirá como NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL, nos termos
a seguir expostos:

fls. 227





simples!

fls. 228
problemas de infiltração de água e vazamentos que ocorrem no imóvel -

unidade 294, Bloco Borborema, os quais vêm se agravando paulatinamente
desde o início de sua reforma.
concluir a parte decorativa (estética) da obra do seu imóvel, que o mesmo
desse prioridade a parte técnica da obra, para aí sim, partir para a conclusão
da parte decorativa, o que não foi feito. Simplesmente a parte decorativa da
obra foi concluída sem que o problema ocasionado na minha residência fosse
resolvido.
Além disto, requeri ao proprietário do apartamento 304, cópia do Laudo

Técnico apresentado por sua arquiteta, mas até o momento não obtive retorno.
Como já exaustivamente exposto, estes problemas vem me causando

enormes transtornos e prejuízos.


POLIURETANOS, É COMPROVADAMENTE EFICAZ, MAS SUA EFICÁCIA
SE FAZ “PONTUAL”, O QUE NÃO GARANTE QUE OS VAZAMENTOS E

IMPERMEABILIZANTE (CONFORME A NORMA) EM TODA A ÁREA
EXTERNA E DA PISCINA DA LAJE PISO DO APARTAMENTO 304 DA
TORRE “01” (COM OS DEVIDOS DETALHES DE RECOBRIMENTO E
PROTEÇÃO NAS DOBRADURAS DAS PAREDES).”
e definitiva se faz necessária a substituição da manta existente conforme
parecer técnico.
mas com os fatos apresentados, e por infringir a esfera jurídica de outrem,
passa a se configurar como ato ilícito.
fls. 229
Assim como é sábio o popular provérbio: “é vedado exercer nossos direitos

com sacrifício de direitos alheios”, ou ainda, “o direito de um acaba quando
começa o direito do outro”.
apartamento 304, a qual é regulada pela legislação brasileira nos artigos 1378
à 1389 do Código Civil que trata do direito de vizinhança, e na busca da
de

ODILTON MARTINS
CELULAR (11) 99987.6599

fls. 230
De: odilton.martins@terra.com.br
Enviada: 2020/11/27 14:04:31
Para: eng_jorgesantos@hotmail.com
Cc: dri.granzoti@uol.com.br
Assunto: Enc: RES: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de
28/10/2020
DATA CORRETA DA VISITA FOI 25/11/2020 E NÃO 25/12/2020

De: simone@fassilog.com.br
Para: <odilton.martins@terra.com.br>, <matheus@cubeengenharia.com.br>,
<fabio@fassilog.com.br>
Assunto: RES: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de
28/10/2020
Data: Qui 26/11/20 21:12
Caro Odilton, boa noite!
A título de acompanhamento, segue andamento da obra:
- 16 a 21/11 - Houve chuvas diárias, impedindo o início da obra;
- 25/11 - Reunião de alinhamento para detecção dos possíveis pontos de infiltrações e

vazamento. Participaram Matheus (Cube) com 1 técnico, Sr. Odilton, Eng. Jorge e
Fábio;
- 26/11 – Início da obra (fotos anexas). A equipe detectou 3 pontos de infiltração:
a) passagem elétrica da iluminação interna da piscina não está devidamente vedada,

gerando água na tubulação do conduíte, que vaza na área do deck;
b) ralo do deck não estava devidamente fixado à tubulação de escoamento da água, de

modo que havia espaço na área, gerando vazamento;
c) conduítes da parte elétrica do motor da piscina, que saíam da laje estavam com folga,
gerando infiltração com água de chuva.
Hoje houve a remoção do ralo do deck e do concreto ao redor do mesmo para ajuste
deste item. No meio da tarde, tivemos a ocorrência de forte chuva, tendo sido colocada
cobertura plástica em toda área do deck, porém sem poder de vedação da passagem de
água diante da força da precipitação.
A equipe de impermeabilização está programada para executar a parte de vedação na

segunda-feira (30/11), dependendo apenas da confirmação de bom tempo para termos a
área seca.
fls. 231
Por fim, o Sr. Odilton reportou que houve ocorrência de vazamento hoje em seu apto,
explicado pelo fato acima detalhado.
Sabemos do transtorno causado e reforçamos que estamos envidando todos esforços

para garantir a correta e rápida execução para solução do problema.
Atenciosamente,
Fabio e Simone.
De: simone@fassilog.com.br [mailto:simone@fassilog.com.br]

Para: odilton.martins@terra.com.br
Cc: fabio@fassilog.com.br
28/10/2020
Caro Sr. Odilton, boa noite.
Segue anexo Projeto e Memorial Descritivo com a solução proposta pela Cube para as
infiltrações. Já estou em tratativas com o engenheiro que nos acompanhou na obra para
validação da eficácia e peço que tb valide com o Sr. Jorge.
Informo que o deck já foi removido e hoje a equipe da Cube limpou e preparou a área
do entorno da piscina para receber o produto impermeabilizante, conforme cronograma,
sendo necessários 2 dias de tempo seco para garantir a aplicação correta do mesmo.
Assim, de antemão, solicitamos agendar com vosso engenheiro para quinta-feira
(19/11), 10h, acompanhar a aplicação do impermeabilizante e/ou validar outro
procedimento juntamente com o Matheus.
Obs: deixarei o material do projeto impresso contigo, pois contém a planta com
indicação das intervenções.
Obs2: Gostaria de alinhar até amanhã com o Jorge se validaremos o projeto para, se o
caso, já fazermos os ajustes necessários. De imediato, já estou sugerindo que a Cube
faça a abertura parcial da laje entre os 2 corredores laterais da piscina para garantir tb a
impermeabilização da laje inferior, não somente da superior.
Atenciosamente,
Simone D. C. Barneschi
fls. 232
De: simone@fassilog.com.br [mailto:simone@fassilog.com.br]

Enviada em: quarta-feira, 11 de novembro de 2020 21:33
Para: odilton.martins@terra.com.br
Cc: fabio@fassilog.com.br
28/10/2020
FABIO BARNESCHI, brasileiro, casado sob regime de comunhão parcial de

bens, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 24.462.519-
0SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 180.216.158-93, e sua
esposa SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, brasileira, casada,
advogada, portadora da Cédula de Identidade RG nº 33.394.238-3 SSP/SP,
imóvel apartamento 304 do Bloco Borborema - Condomínio Parque Clube,
vêm, por meio desta se manifestar acerca da NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL recebida em 09/11/2020, por email, nos termos que seguem:
Os NOTIFICADOS adquiriram o imóvel (apto 304) em agosto/2017 diretamente

da construtora HELBOR, sendo que em vistoria inicial já foi identificado
problema de vazamento da piscina. A HELBOR contratou a empresa CUBE
ENGENHARIA, representada por seu sócio diretor MATHEUS CARNELÓS
VICENTE, para resolver a impermeabilização, de modo que a entrega definitiva
da posse do imóvel foi feita em outubro/2018. Nesta oportunidade, os
NOTIFICADOS contrataram a mesma empresa (Cube Engenharia) para
realizar o serviço de impermeabilização do entorno da piscina e construção do
deck de madeira, dentre outros serviços na área externa. O objetivo foi
justamente manter a mesma responsável por toda área da piscina e entorno,
visando termos a garantia inequívoca de tal empresa.
Assim, após o recebimento da Notificação abaixo, os Notificados

imediatamente enviaram Notificação Extrajudicial à empresa Cube Engenharia,
a qual retornou com o Plano de Ação e Cronograma abaixo resumidos:
“Em vista das colocações citadas pelo Sr. Odilton, informo que iremos remover todo o
deck de madeira instalado e reparar o sistema de impermeabilização das áreas
periféricas da piscina.
Como percebemos nos últimos acontecimentos, as infiltrações tem ocorrido em

períodos de chuva nos dois ralos do deck, o que exclui a impermeabilização da piscina
como causa dos problemas. Dessa forma, se autorizado pelos senhores iremos iniciar
os trabalhos no dia 12/11, com previsão de término no dia 24/11, sendo as tarefas e
prazos conforme abaixo (caso a chuva não interfira):
fls. 233
✓ 12/11 – remoção de deck e vistoria dos pontos de infiltração;
✓ 16/11 à 18/11 – reparo e execução da impermeabilização;
✓ 19/11 à 22/11 – período de testes da impermeabilização executada;
✓ 23/11 à 24/11 – instalação do deck;
✓ 30/11 à 04/12 – fechamento do forro e pintura do apartamento 294.”
A NOTIFICADA Cube solicitou prazo adicional para conclusão do Projeto e

Memorial Descritivo, que ficaram para ser entregues até 16/11/2020 para
validação dos NOTIFICANTES e seus assessores técnicos. De toda sorte, os
NOTIFICADOS Fabio e Simone autorizaram o início da retirada do deck na
data de 12/11/2020 como forma de agilizar e facilitar o estudo do Plano de
Ação e, após aprovação, o início imediato das obras necessárias com o
acompanhamento, se o caso, do engenheiro contratado pelos Notificantes.
Destarte, no intuito de efetivamente buscar a conclusão do reparo dos danos

demonstrados, eliminando-o de forma definitiva, ficamos à disposição para
quaisquer outras informações.
Atenciosamente,
Simone Donato Coutinho Barneschi e Fabio Barneschi
(11.97606-2929 e 11.94540-4747)
fls. 234
De: fabio@fassilog.com.br [mailto:fabio@fassilog.com.br]

Para: Simone
Assunto: ENC: Resposta a Empresa Cube Engenharia referente a email datado de
28/10/2020
De: odilton.martins@terra.com.br <odilton.martins@terra.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 6 de novembro de 2020 17:27
Para: fabio <fabio@fassilog.com.br>

SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 218.221.098-92, e sua esposa
IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS, brasileira, casada, empresária,
portadora da Cédula de Identidade RG nº 41.148.504-0 SSP/SP, devidamente
inscrita no CPF/MF sob nº 336.440.968-48, proprietários do imóvel apartamento
294 do Bloco Borborema - Condomínio Parque Clube, através de seu
procurador infra assinado, Sr. ODILTON MARTINS, brasileiro, empresário,
portador da Cédula de Identidade RG nº 7.523.349, devidamente inscrito no
CPF/MF sob nº 688.543.908-87, residente de domiciliado na unidade 294 do
Bloco Borborema – Condomínio Parque Clube, o qual vem, por meio desta
apresentar resposta a seu email datado de 28/10/2020, a qual servirá como
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL, nos termos a seguir expostos:

fls. 235





fls. 236

simples!

problemas de infiltração de água e vazamentos que ocorrem no imóvel - unidade
294, Bloco Borborema, os quais vêm se agravando paulatinamente desde o
início de sua reforma.

concluir a parte decorativa (estética) da obra do seu imóvel, que o mesmo desse
prioridade a parte técnica da obra, para aí sim, partir para a conclusão da parte
decorativa, o que não foi feito. Simplesmente a parte decorativa da obra foi
concluída sem que o problema ocasionado na minha residência fosse resolvido.
Além disto, requeri ao proprietário do apartamento 304, cópia do Laudo Técnico

apresentado por sua arquiteta, mas até o momento não obtive retorno.
Como já exaustivamente exposto, estes problemas vem me causando enormes

transtornos e prejuízos.


POLIURETANOS, É COMPROVADAMENTE EFICAZ, MAS SUA EFICÁCIA SE
FAZ “PONTUAL”, O QUE NÃO GARANTE QUE OS VAZAMENTOS E
fls. 237

IMPERMEABILIZANTE (CONFORME A NORMA) EM TODA A ÁREA EXTERNA
E DA PISCINA DA LAJE PISO DO APARTAMENTO 304 DA TORRE “01” (COM
DOBRADURAS DAS PAREDES).”
e definitiva se faz necessária a substituição da manta existente conforme parecer
técnico.
mas com os fatos apresentados, e por infringir a esfera jurídica de outrem, passa
a se configurar como ato ilícito.
Assim como é sábio o popular provérbio: “é vedado exercer nossos direitos com
sacrifício de direitos alheios”, ou ainda, “o direito de um acaba quando começa
o direito do outro”.

apartamento 304, a qual é regulada pela legislação brasileira nos artigos 1378 à
1389 do Código Civil que trata do direito de vizinhança, e na busca da
de
ODILTON MARTINS
CELULAR (11) 99987.6599


fls. 238
fls. 239
Prezado Dr Ibsen André Ferreira,
Vimos através da presente, e em resposta a seu email datado de 13/11/2020,
esclarecer que o envio da Notificação Extrajudicial encaminhada por email em
06/11/2020, NÃO se trata de equívoco. Realmente encaminhamos com cópia
aos funcionários da Helbor, (Sr. Wilson e Bianca), pelo seguinte motivo:
Adquirimos o imóvel unidade autônoma 294 do Bloco Borborema - Condomínio

Parque Clube em 12/09/2017. Ocorre que desde a aquisição deste imóvel
tivemos problemas com infiltrações que ocorriam de forma esporádica e
eventual. Todavia, é certo afirmar que as infiltrações aumentaram
consideravelmente, após o início das obras do atual proprietário da unidade
304 - Bloco Borborema - Sr Fábio Barneschi.
Diante dos acontecimentos, a Helbor Empreendimentos, encaminhou equipe

para “solucionar” o problema através da empresa Cube Engenharia entretanto
as infiltrações persistiram. O adquirente do imóvel unidade 304 do Bloco
Borborema - Sr Fábio Barneschi, manteve a contratação da mesma empresa -
Cube Engenharia, para resolver os problemas de vazamentos não
solucionados e que tão somente foram se agravando com o passar do tempo,
vindo resultar na inabitabilidade do imóvel como facilmente se depreende da
analise das fotos encaminhadas.
Por este motivo, entendemos que a Helbor Emprendimentos deverá tomar

conhecimento dos problemas enfrentados até o momento, tendo em vista que
estes mesmos problemas, se prolongam desde meados de 2017.
E, caso não seja solucionado de forma efetiva e em curso espaço de tempo,

não nos restará outra alternativa, senão nos socorrermos das vias judiciais
cabíveis.
No mais, estamos à disposição para eventuais esclarecimentos que porventura

ainda se façam necessários.
fls. 240
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686FB.
fls. 241
fls. 242
fls. 243
fls. 244
fls. 245
fls. 246
fls. 247
fls. 248
fls. 249
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686FD.
fls. 250
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686FD.
fls. 251
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F686FF.
fls. 252
fls. 253
fls. 254
fls. 255
fls. 256
fls. 257
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6F68702.
fls. 258
fls. 259
fls. 260
fls. 261
fls. 262
fls. 263
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE GUARULHOS
FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Rua dos Crisântemos, nº29, Sala 1603 - 16 Andar, Vila Tijuco - CEP
07091-060, Fone: (11) 2845-9272, Guarulhos-SP - E-mail:
guarulhos10cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FD1268.
DECISÃO
Processo nº: 1042704-23.2020.8.26.0224

Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Evicção ou Vicio Redibitório
Requerente: ODILTON MARTINS, registrado civilmente como Odilton Martins e outros
Requerido: Helbaaco Empreendimentos Imobiliários Ltda e outros
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LINCOLN ANTONIO ANDRADE DE MOURA, liberado nos autos em 23/12/2020 às 10:16 .
Prioridade Idoso
Justiça Gratuita
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Lincoln Antônio Andrade de Moura
Vistos
Não vislumbro presente quaisquer dos requisitos do “periculum in mora”

e do “fumus boni iuris”, posto que INDEFIRO o pedido de tutela provisória,
justamente pelo fato de que há controvérsia fática que paira sobre a demanda, e ao
menos em cognição sumária não é possível aferir se as hipóteses lançadas na exordial
correspondem àquelas que serão alcançadas com o mérito.
Dessa forma, indefiro o pedido de tutela.
Concedo o prazo de 10 dias para que a parte autora promova o

recolhimento das custas e despesas processuias, sob pena de extinção prematura do
feito
Intime-se.
Guarulhos, 21 de dezembro de 2020.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA FERNANDES GRANZOTI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 23/12/2020 às 12:07 , sob o número WGRU20705652360
fls. 264
OAB/SP 238.792
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA

CÍVEL DA COMARCA DE GUARULHOS - SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE39F.
PROCESSO DIGITAL Nº 1042704-23.2020.8.26.0224

ADRIANO MARTINS, IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS e

ODILTON MARTINS, já qualificados nos autos do processo em
epígrafe, AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA, que move em face de FÁBIO BARNESCHI E OUTROS,
vêm a presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua
advogada, em cumprimento as despacho de Fls.263 , publicado
em 23/12/2020, requerer a juntada do comprovante de pagamento
das custas processuais.
Nestes Termos,
Espera Receber,
Deferimento.
São Paulo, 23 de Dezembro de 2020.
OAB/SP nº 238.792
1
Rua Dr Amando Franco Soares Caiubym 88 - cj 192 - Morumbi– São Paulo/SP cep 05640-020
Telefone: (11) 2893.2888 – Celular (48) 99191.4411 email: adrianafernandesadc.af@gmail.com
.
fls. 265
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE3A4.
Secretaria da Fazenda e Planejamento
Documento Principal
07 - Data de Vencimento
Adriano Martins 15/01/2021
08 - Valor Total
R$ 1.000,00
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe
218.221.098-92 (11)99987-6599 1
200590072326717
16/12/2020
Via do Banco
01 - 02 - 19 - Qtde
1
Secretaria da Fazenda e
200590072326717-0001
Documento
Planejamento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 -

15/01/2021 Financeiro
04 - Cnpj ou Cpf
Adriano Martins
218.221.098-92 R$ 1.000,00 R$ 0,00
16 - 05 - 07 - 10 - Juros de Mora 13 -
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - 17 - 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe
200590072326717-0001
16/12/2020 R$ 0,00 R$ 1.000,00

Documento Principal
08 - Valor Total
R$ 1.000,00
218.221.098-92 (11)99987-6599 1
200590072326717
16/12/2020
fls. 266
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA FERNANDES GRANZOTI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 23/12/2020 às 12:07 , sob o número WGRU20705652360 .
.
fls. 267
Documento Principal
08 - Valor Total
R$ 23,27
218.221.098-92 (11)99987-6599 1
200590072324081
16/12/2020
Via do Banco
01 - 02 - 19 - Qtde
1
200590072324081-0001
Documento
Planejamento
Detalhe 304-9 SUBSTABELECIMENTO)

04 - Cnpj ou Cpf
Adriano Martins
218.221.098-92 R$ 23,27 R$ 0,00
16 - 05 - 07 - 10 - Juros de Mora 13 -
R$ 0,00 R$ 0,00
Detalhe
200590072324081-0001
16/12/2020 R$ 0,00 R$ 23,27

Documento Principal
08 - Valor Total
R$ 23,27
218.221.098-92 (11)99987-6599 1
200590072324081
16/12/2020
que seguem:
Código de Barras
Prezado(a),
Atenciosamente
Itaú Unibanco S.A.

Itaú Unibanco S.A.
SEFAZ/SP-AMBIENTEPAG
85850000000-2 23270185112-1 00590072324-7 08120210115-7

002399
SEQ. Fita
03653
DataSEQ. Reg
Pagamento
17/12/2020
Valor
R$ 23,27
Informamos para todos os fins e efeitos que o pagamento abaixo foi repassado, conforme dados
Protocolo: 116949
fls. 268
.
fls. 269
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE3AA.
Documento Principal
Iraina Vechina de Souza Martins 15/01/2021
08 - Valor Total
R$ 23,27
336.440.968-48 (11)99987-6599 1
200590072324804
16/12/2020
Via do Banco
01 - 02 - 19 - Qtde
1
200590072324804-0001
Documento
Planejamento

04 - Cnpj ou Cpf
Iraina Vechina de Souza Martins
336.440.968-48 R$ 23,27 R$ 0,00
16 - 05 - 07 - 10 - Juros de Mora 13 -
R$ 0,00 R$ 0,00
Detalhe
200590072324804-0001
16/12/2020 R$ 0,00 R$ 23,27

Documento Principal
Iraina Vechina de Souza Martins 15/01/2021
08 - Valor Total
R$ 23,27
336.440.968-48 (11)99987-6599 1
200590072324804
16/12/2020
que seguem:
Código de Barras
Prezado(a),
Atenciosamente
Itaú Unibanco S.A.

Itaú Unibanco S.A.
85820000000-7 23270185112-1 00590072324-7 80420210115-4

002399
SEQ. Fita
01853
DataSEQ. Reg
Pagamento
17/12/2020
Valor
R$ 23,27
Protocolo: 116947
fls. 270
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE3AB.
.
fls. 271
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE3AE.
Documento Principal
Odilton Martins 15/01/2021
08 - Valor Total
R$ 23,27
688.543.908-87 (11)99987-6599 1
200590072324448
16/12/2020
Via do Banco
01 - 02 - 19 - Qtde
1
200590072324448-0001
Documento
Planejamento

04 - Cnpj ou Cpf
Odilton Martins
688.543.908-87 R$ 23,27 R$ 0,00
16 - 05 - 07 - 10 - Juros de Mora 13 -
R$ 0,00 R$ 0,00
Detalhe
200590072324448-0001
16/12/2020 R$ 0,00 R$ 23,27

Documento Principal
Odilton Martins 15/01/2021
08 - Valor Total
R$ 23,27
688.543.908-87 (11)99987-6599 1
200590072324448
16/12/2020
que seguem:
Código de Barras
Prezado(a),
Atenciosamente
Itaú Unibanco S.A.

Itaú Unibanco S.A.
85890000000-0 23270185112-1 00590072324-7 44820210115-0

002399
SEQ. Fita
06009
DataSEQ. Reg
Pagamento
17/12/2020
Valor
R$ 23,27
Protocolo: 116951
fls. 272
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 6FDE3B0.
fls. 273
fls. 274
fls. 275
fls. 276
fls. 277
FORO DE GUARULHOS Emitido em: 08/01/2021 10:33

Certidão - Processo 1042704-23.2020.8.26.0224 Página: 1
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7043762.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0003/2021, foi disponibilizado na página
2889 do Diário da Justiça Eletrônico em 08/01/2021. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Adriana Fernandes Granzoti (OAB 238792/SP)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROSEMEIRE DIOGO DE SOUZA, liberado nos autos em 08/01/2021 às 10:33 .
Teor do ato: "Vistos Não vislumbro presente quaisquer dos requisitos do periculum in mora e do fumus
boni iuris, posto que INDEFIRO o pedido de tutela provisória, justamente pelo fato de que há controvérsia
fática que paira sobre a demanda, e ao menos em cognição sumária não é possível aferir se as hipóteses
lançadas na exordial correspondem àquelas que serão alcançadas com o mérito. Dessa forma, indefiro o
pedido de tutela. Concedo o prazo de 10 dias para que a parte autora promova o recolhimento das custas e
despesas processuias, sob pena de extinção prematura do feito Intime-se."
Guarulhos, 8 de janeiro de 2021.
ROSEMEIRE DIOGO DE SOUZA VANSAN

Escrevente Técnico Judiciário
fls. 278

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 706DEAD.
DECISÃO
Processo nº: 1042704-23.2020.8.26.0224

Requerente: ADRIANO MARTINS, registrado civilmente como Adriano Martins e outros
Requerido: FÁBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi e outros
Prioridade Idoso
Vistos.
Ante o recolhimento das custas, citem-se os réus para apresentarem contestação

no prazo legal.
Cumpra-se.
Intime-se.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 1
fls. 279

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 70D3626.
1627 do Diário de Justiça Eletrônico em 19/01/2021. Considera-se a data de publicação em 21/01/2021,
primeiro dia útil subsequente à data de disponibilização.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Ante o recolhimento das custas, citem-se os réus para apresentarem contestação
no prazo legal. Cumpra-se. Intime-se."

fls. 280

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 70D6D51.
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
ATO ORDINATÓRIO
Processo Digital n°: 1042704-23.2020.8.26.0224

Classe Assunto: Procedimento Comum Cível - Evicção ou Vicio Redibitório
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA DE FATIMA GOMES ALMEIDA JARDIM, liberado nos autos em 19/01/2021 às 16:19 .
Prioridade Idoso
CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Ao patrono (a) do autor (a) / exequente, para que providencie o

recolhimento do complemento das custas postais, no prazo de
cinco dias. Código 120-1. (R$ 26,00 por carta digital - Provim.
CSM n. 2582/2020 - a partir de 05/11/2020).
Nada Mais. Guarulhos, 19 de janeiro de 2021. Eu, ___, Maria

De Fátima Gomes Almeida Jardim, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 281

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 70F8A48.
Advogado
Teor do ato: "Ao patrono (a) do autor (a) / exequente, para que providencie o recolhimento do
complemento das custas postais, no prazo de cinco dias. Código 120-1. (R$ 26,00 por carta digital - Provim.
CSM n. 2582/2020 - a partir de 05/11/2020)."

.
fls. 282
OAB/SP 238.792

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7132F2C.


advogada, em cumprimento as despacho de Fls.280/281,
publicado em 21/01/2021, requerer a juntada do comprovante
de pagamento da custa processual complementar.
Nestes Termos,
Espera Receber,
Deferimento.
São Paulo, 25 de Janeiro de 2021.
OAB/SP nº 238.792
1
Rua Dr Amando Franco Soares Caiuby, 88 - cj 192 - Morumbi– São Paulo/SP cep 05640-020
fls. 283
fls. 284
fls. 285
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7132F3C.
fls. 286

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 715AFD6.
ATO ORDINATÓRIO

Prioridade Idoso
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PAULA REGINA DE MELO, liberado nos autos em 27/01/2021 às 09:30 .
Expedir Carta
Nada Mais. Guarulhos, 27 de janeiro de 2021. Eu, ___, PAULA

REGINA PIRES DE MELO, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 287

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Rua dos Crisântemos, nº29 - Guarulhos-SP - CEP 07091-060
CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL
Processo Digital nº: 1042704-23.2020.8.26.0224
Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Evicção ou Vicio Redibitório
Requerente: ADRIANO MARTINS, registrado civilmente como Adriano Martins
Requerido: FÁBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi
Destinatário:
Simone Donato Coutinho
Rua Augusta, 183, apt. 304 - Bloco Borborema - Cond. Parque Clube, Vila Augusta
Guarulhos-SP
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCIA REGINA BERMEJO MORATO, liberado nos autos em 12/02/2021 às 15:28 .
CEP 07025-130
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. Guarulhos, 09 de fevereiro de 2021. Maria De Fátima Gomes Almeida Jardim -
Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 288

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Destinatário:
Helbaaco Empreendimentos Imobiliários Ltda
Vereador Narciso Yague Guimaraes, 1145, 15º Andar – Edifício Corporate, Jardim Armenia
Mogi das Cruzes-SP
CEP 08780-500
fls. 289

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Requerente: ADRIANO MARTINS, registrado civilmente como Adriano Martins
Destinatário:
FÁBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi
Augusta, 183, Bloco Borborema - Apto 304, Vila Augusta
Guarulhos-SP
CEP 07025-130
fls. 290
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 20/02/2021 às 14:09 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 733DE56.
fls. 291
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 733E636.
fls. 292
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 73611B0.
.
fls. 293
OAB/SP 238.792

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 744570A.


advogada, requerer a juntada dos documentos / comprovantes
de despesas referente aos meses de Janeiro e
Fevereiro/2021,conforme segue:
- Contrato de Locação
- Comprovante de pagamento locação, despesa condomínio, IPTU
- Comprovante de energia elétrica apto 294 – Parque Clube
- Comprovante de água (Sabesp) apto 294 – Parque Clube
- Comprovante IPTU – parcelas 1 e 2
1
Deferimento.
Nestes Termos,
Espera Receber,
OAB/SP nº 238.792
São Paulo, 05 de Março de 2021.
OAB/SP 238.792
2
fls. 294
fls. 295
fls. 296
fls. 297
fls. 298
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 744571F.
fls. 299
fls. 300
fls. 301
fls. 302
fls. 303
fls. 304
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 744573D.
fls. 305
fls. 306
fls. 307
fls. 308
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 744575C.
fls. 309
fls. 310
fls. 311
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 744576B.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO PELUZO ABREU e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/03/2021 às 18:58 , sob o número WGRU21701238675
fls. 312
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL DO FORO DA
COMARCA DE GUARULHOS, ESTADO DE SÃO PAULO.
Processo nº. 1042704-23.2020.8.26.0224

Ação Ordinária de Obrigação de Fazer, cumulada com pretensões indenizatórias
FÁBIO BARNESCHI, brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF/MF sob o nº

180.216.158-93 , portador da Cédula de Identidade RG nº 24462519 SSP/SP e SIMONE DONATO
COUTINHO BARNESCHI, brasileira, casada, empresária, inscrita no CPF/MF sob o nº
220.049.878-04, portadora da Cédula de Identidade RG nº 33394238 SSP/SP, residentes e
domiciliados na Rua Augusta, nº 183, apto. 304, torre 1, Vila Augusta, CEP 07025-130, por seu
advogado (instrumentos de procuração anexos), nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA que lhe move
ADRIANO MARTINS E OUTROS, vem, respeitosamente, perante V. Exa., ofertar sua contestação, o
que faz à luz do art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil, de forma a veicular as necessárias
impugnações aos fatos sugeridos na exordial.
I - PRELIMINARMENTE
a) Da tempestividade da contestação ofertada
A existência de litisconsórcio passivo facultativo na demanda conduz à aplicação do

art. 231, § 1º, do Código de Processo Civil para fins de contagem do prazo de contestação. Com
efeito, o último aviso de recebimento referente às cartas de citações cumpridas foi juntado aos autos
em 23 de fevereiro de 2021. Assim, o termo inicial para ofertar a presente resposta corresponde ao
dia imediatamente subsequente, qual seja, 24 de fevereiro.
.
fls. 313
Portanto, o prazo de 15 dias úteis para apresentação da defesa se encerra em 16 de
março de 2021, do que se infere a tempestividade do ato ora praticado.
b) Da irregularidade da instrução da inicial – Carência de documentos essenciais
O art. 320 do Código de Processo Civil disciplina que a petição inicial será instruída
com cópia dos documentos essenciais para sua propositura. No caso dos autos, os Autores se
intitulam proprietários/moradores do apartamento nº 294 da torre 1 do Condomínio Parque Clube e,
como tais, legitimados e interessados juridicamente na pretensão que veiculam na exordial.
Ocorre que a matrícula imobiliária anexada aos autos às fls. 51/54 está incompleta.
A fl. 53 do processo está em branco e, entre as averbações e registros que constam nas fls. 51/52,
não há qualquer informação acerca da propriedade atual do imóvel.
Tal cenário inviabiliza a regular continuidade da demanda, uma vez que não fica
caracterizada a necessária legitimidade ativa. Assim, requer-se a intimação dos Autores para que
ofertem a matrícula completa do imóvel nos autos, de forma a evidenciar as condições da ação e
consequente processamento das pretensões veiculadas.
I – Síntese dos fatos narrados na exordial
Sugerem os Autores que o imóvel de sua propriedade sofre com infiltrações desde a
sua aquisição que ocorreu em setembro de 2017. Aduz que a Construtora Helbaaco, corré na
demanda, foi provocada a efetuar os reparos, os quais jamais foram realizados a contento.
Prosseguem a narrativa afirmando que Fabio e Simone adquiriram a cobertura que

se localiza acima do apartamento dos Autores e lá iniciaram obras em meados de 2018. Sugerem
que tais obras culminaram no agravamento das infiltrações e vazamentos. Aduzem que encerradas
as obras decorativas da cobertura, nada foi resolvido em relação aos problemas que enfrentavam.
Afirmam que após reuniões e entendimentos mantidos, Fábio e Simone promoveram

obras de impermeabilização do teto do apartamento dos Autores, com aplicação de resina para
.
fls. 314
vedação dos vazamentos por baixo, ao que denominaram meros “remendos paliativos”. Segundo
relatam, não houve qualquer resultado efetivo à medida adotada, e pluralizaram-se os pontos de
infiltração.
Insatisfeitos com a situação, os Autores contrataram um engenheiro particular para

avaliar a fonte das infiltrações. Elaborado o laudo (anexado às fls. 103/215), os Autores notificaram
os Réus em relação às soluções sugeridas para remediação definitiva do problema e não
concordaram com as respostas recebidas dos Réus. Na visão dos Autores, a solução correta para
sanar os eventos seria a seguinte:
“a aplicação de manta impermeabilizante em toda a área externa e da

piscina da laje do apartamento nº 304 da torre 01 (com os devidos
detalhes de recobrimento e proteção nas dobraduras das paredes,
assim como o conserto das falhas construtivas existentes. Além disso,
a apresentação de anotação de responsabilidade técnica “ART” do
profissional técnico responsável pelos serviços de impermeabilização,
com respectivo memorial descritivo dos serviços executados com
termo de garantia”.
Por fim, sugerem que o agravamento da situação resultou na necessidade de

desocupação do imóvel face aos riscos apresentados.
À luz do cenário ofertado, os Autores veiculam pretensão liminar para que as obras
de impermeabilização sejam conduzidas com urgência. Ao final, pleiteiam (i) a confirmação da tutela
provisória inerente à obrigação de fazer pleiteada, (ii) a condenação solidária dos Réus a
indenizarem os Autores por danos morais no valor de R$ 50.000,00, e (iii) a condenação dos Réus
a indenizarem danos materiais decorrentes dos eventos, sem efetivamente especificarem valores
líquidos supostamente dispendidos.
A tutela antecipada fora indeferida, conforme decisão de fls. 263. Assim, passa-se a
impugnar os fatos imputados aos Réus, sendo certo que a responsabilidade exclusiva pelos eventos
é da Construtora corré que se abstém de remediar os vícios construtivos existentes na torre.
.
fls. 315
II – Da necessária contextualização da demanda – Omissão do Condomínio em relação às
providências necessárias para exigir da Construtora a reparação de vícios construtivos
Os Réus Fabio e Simone adquiriam a unidade autônoma BB 304 (cobertura) do

Condomínio Parque Clube mediante compromisso de venda e compra celebrado em agosto de
2018 (doc. 01). Ocorre que, uma vez adquirido, constataram graves vícios construtivos que
impediam a natural e esperada habitabilidade do imóvel. Para evitar a possível rescisão, a Corré
Helbaaco Empreendimentos consentiu com a realização de reformas as quais duraram mais de um
ano.
Com efeito, diferentemente do quanto fora alegado pelos Autores na exordial, as

obras que foram conduzidas por mais de um ano após a aquisição do imóvel não eram de
responsabilidade dos Réus Fábio e Simone. Foram realizadas pela Corré Helbaaco. Assim, não
obstante a aquisição tenha sido realizada em meados de 2018, a posse do imóvel (tradição) só fora
transmitida para Fábio e Simone em 24 de julho de 2019 (termo de posse anexo – doc. 02).
Tal informação é muito importante. Isso porque, à época, antes do ingresso dos Réus
na cobertura, os Autores já enfrentavam os problemas de infiltração em sua unidade. Porém,
simplesmente negligenciaram qualquer solução, seja do Condomínio, seja da Construtora.
Com efeito, os Réus ofertam à cognição de V. Exa. a ata de assembleia geral

extraordinária realizada em 06 de agosto de 2020 no Condomínio (doc. 03). Um dos itens em pauta
consistia na apresentação e deliberação para contratação de obra de restauração e pintura de
fechadas muros e gradis. Naquela oportunidade, a empresa Argos (terceirizada procurada para
orçar a remediação das infiltrações existentes em quase todas as unidades), ofertou o seguinte
cenário aos condôminos:
1) Havia um problema geral que impactava todos os condôminos há tempos,

consistente em infiltrações em diversos apartamentos;
2) A partir de 17 de setembro de 2019 foram vistoriados nada menos que

161 unidades com os problemas de infiltração no Condomínio;
.
fls. 316
3) Foi ofertado um gráfico aos Condôminos, veiculando que a maior
parte das infiltrações se concentravam nas unidades localizadas
entre o vigésimo primeiro e trigésimo primeiro andares, e eram
comuns a todos os moradores. Absolutamente todas as unidades da
torre Borborema (em que localizado o imóvel dos Autores)
apresentavam infiltrações, sem que 81% delas se concentravam nos
andares superiores!
4) Detalhou que o laudo de engenharia elaborado pelo Condomínio

constatou que a maior parte das infiltrações decorriam da
deterioração da pintura das fachadas, além de outros fatores.
5) Em debate com os condôminos, alertou que as soluções aos

problemas de infiltração do Condomínio em razão dos vícios
construtivos existentes, orçavam valores médios de 3 (três) milhões
de reais. A proposta da empresa Argos, que ofertava
esclarecimentos na assembleia naquela ocasião, orçava a quantia
de 6,2 milhões de reais.
Como se pode observar Exa., longe de ser um evento pontual que vitimou a unidade
dos Autores, os fatos sugeridos na exordial estão inseridos em um contexto maior, coletivo e comum
a todos os moradores. A bem da verdade, os Autores mostram-se de certa forma oportunistas em
exigir dos Réus Fábio e Simone uma solução que negligenciaram por cinco anos, e que está em
discussão e debate assemblear.
Durante a assembleia de agosto de 2020, a empresa Argos, após apresentação do

histórico do problema, indicou ainda as razões pelas quais seu orçamento atingia quantia superior
a 6 milhões de reais. Eis as razões que apresentou: (i) a quantidade de unidades com problemas
de infiltrações; (ii) o tempo que as unidades têm o problema; (iii) os riscos de ações judicias contra
o Condomínio por força das infiltrações sem soluções há tempos; (iv) ações pontuais do Condomínio
que não surtiram o resultado esperado; (v) a quantidade de trincas presentes nas torres; (vi) o risco
.
fls. 317
de queda de reboco nas áreas comuns; (vii) o desgaste da fachada; (viii) a análise dos diversos
estudos anteriores para remediar a situação, elaborados desde 2017!!
Os debates na referida assembleia foram acalorados. Moradores estavam cansados

com um problema que há anos enfrentavam. Curiosamente, na referida assembleia, não há
qualquer questionamento dos Autores acerca dos fatos registrados em ata. Teriam eles participado
do ato para diligenciar por soluções concretas ao problema comum? Acredita-se que não.
Com efeito Exa., o que se quer demonstrar é que o problema vem de longa data, é
comum a todos os moradores e representa uma contingência significativa ao Condomínio. Porém,
os Autores, cientes da demora de uma solução coletiva, utilizaram-se da pequena obra conduzida
pelos Réus Simone e Fábio em sua unidade para lá jogar toda a causa das infiltrações. Nada mais
oportunista! E negligenciaram de V. Exa. o drama exposto na ata assemblear que ora se traz à
baila.
Sob tal perspectiva, parece-nos óbvio que a solução para problemas que os Autores
enfrentam há anos não se resume à colocação de uma manta impermeabilizante entre as unidades
dos Autores e dos Réus. Fosse essa a solução, por certo que haveria consenso entre as partes. A
solução, na verdade, está inserida nos orçamentos médios de 3 milhões de reais para remediar
falhas construtivas de responsabilidade da corré.
É o que se passa a expor.
III – Das diligências empreendidas por Fábio e Simone – Da intolerância e irracionalidade

dos Autores
Contextualizado o problema num maior espectro, e demonstrado tratar-se de um

problema comum a mais de uma centena de unidades do Condomínio, a contestação agora irá
voltar suas atenções a relação específica entre Autores (em especial o morador que habita o local)
e os Réus Fábio e Simone.
.
fls. 318
Como dito, Fábio e Simone só obtiveram a posse do imóvel em julho de 2019. Por
óbvio que teriam que realizar todas as obras de acabamentos (o imóvel fora entregue no contrapiso)
para tornar o local habitável. E assim fizeram. Foi justamente nesse momento que perceberam que
as obras conduzidas por quase um ano pela Construtora Corré entre 2018 e 2019 foram
insuficientes. Mais do que isso, perceberam que também haviam adquirido um imóvel com graves
vícios construtivos, comuns a muitos condôminos.
Conforme demonstrado, tão logo adentraram no imóvel, Fábio e Simone passaram a

ser interpelados frequentemente por Odilton Martins (morador do local). Como se percebe, carente
de respostas do Condomínio aos problemas de infiltração que já assolavam o imóvel em que residia,
Odilton percebeu que poderia solucionar a questão de uma maneira mais simples. Ou seja,
direcionar toda responsabilidade pelos eventos à obra iniciada no apartamento de cima. E assim o
fez.
Eivados de boa-fé, e ainda pouco cientes da extensão dos problemas construtivos

que assolavam o condomínio, Simone e Fábio buscaram soluções técnicas que atenuassem os
problemas reclamados por Odilton. Nesse sentido, adotaram exemplificativamente as seguintes
providências: (i) aplicação da manta asfáltica na área técnica da piscina (o que havia deixado de
ser providenciado pela Construtora); (ii) troca do piso da área social externa e reinstalação das
portas de vidro desse ambiente sem fixação com parafusos (somente cola), com nova aplicação de
manta impermeabilizante em toda área; (iii) abertura da laje lateral da piscina, intocada desde a
entrega do empreendimento, para total entendimento dos problemas e possíveis soluções
(oportunidade em que identificados diversos outros problemas construtivos, até então
desconhecidos, e muito mais graves que aqueles apontados no laudo de fls. 103/215).
Ou seja, constatou-se que quaisquer medidas sem a remediação dos vícios

construtivos seriam em vão.
A par disso, as tratativas entre as partes, até pelo desgaste que os Autores sempre
tiveram com o problema desde que adquiriram o imóvel, eram tensas. Além das exigências técnicas
e pouca aptidão a ouvir possíveis alternativas recomendadas por engenheiros, Odilton sempre
.
fls. 319
cumulou conjuntamente pretensões indenizatórias imediatas para evitar um litígio. Tal conduta fica
clara nas notificações encaminhadas por Odilton e copiadas às fls. 216 e seguintes.
Tal comportamento criava um verdadeiro entrave nas reformas sugeridas. Afinal, o

clima de litígio impedia que técnicos adentrassem no imóvel de Odilton para realizar estudos e
eventuais remediações necessárias. Em suma, Odilton fixou na cabeça que somente a alocação da
manta impermeabilizante é que solucionaria a questão, ignorando inclusive toda questão do vício
construtivo que era pauta vinculantes de todas as reuniões assembleares do Condomínio.
Odilton ignorava ainda que reformas na área da cobertura encontra entraves

inexistentes em outras unidades. Afinal, é na cobertura que grande parte da estrutura hidráulica que
abastece o condomínio está localizada. Ou seja, eventual vício na reforma engendrada poderia
comprometer todo abastecimento hidráulico da torre.
Foi justamente em razão de tal fato que Simone e Fábio entenderam melhor contratar
a empresa Cube para avaliar a situação e ofertar soluções factíveis. Referida empresa conhecia
toda estrutura local por anteriormente ter assessorado a própria Construtora na impermeabilização
de todo Condomínio.
Fato é que, criado o clima de litígio, quaisquer soluções ofertadas por Fábio e Simone
para remediar ambos os imóveis eram sumariamente rejeitadas por Odilton. Ao que parece, Odilton
parecia convicto na judicialização da questão, em especial, para obter as indenizações que entendia
devidas.
IV – Das questões técnicas importantes – Análise dos laudos elaborados
Como discorrido, os Autores sonegaram de V. Exa. os graves vícios construtivos

existentes em todas as torres, os quais vitimizavam (e ainda vitimizam) em comum mais de uma
centena de moradores e proprietários do local. Sonegaram ainda de V. Exa. que a solução global
dos problemas estava sendo conduzida pelo Condomínio, o que esbarrava em orçamentos
superiores a 3 milhões de reais.
.
fls. 320
Sob tal perspectiva, parece-nos óbvio que, enquanto não remediados pelo
Condomínio os constatados vícios construtivos, qualquer interferência pontual seria paliativa e sem
garantia de estabilidade (o que era exigido por Odilton).
Perceba Exa. que o próprio engenheiro contratado pelos Autores salientou que a
alocação da manta impermeabilizante de forma isolada não seria suficiente para remediar a
situação. Na conclusão do laudo elaborado às fls. 103/215, salienta a necessidade conjunta
de consertos de falhas construtivas existentes! Ou seja, não adianta aplicar a manta para
posteriormente danificá-la por força da necessidade de remediação de uma falha construtiva
de responsabilidade da Construtora Corré.
Ademais, no referido laudo, o engenheiro salienta que a origem dos problemas tem
causa natural (“área externa da cobertura degradou devido ao tempo que ficou sem ocupação sem
manutenção por parte da Construtora”) e funcional (“falhas existentes no decorrer da vida útil da
construção e da falta de manutenção preventiva e corretiva de responsabilidade da Construtora”).
A vistoria ainda constatou que diversos vícios construtivos eram ainda existentes
como os dutos comuns entupidos, e a caixa elétrica com entrada de água. Sugere-se no laudo que
mesmo com aplicação de sistema de impermeabilização pode haver novos eventos de infiltração já
que desconhecida a fonte dos vazamentos (que obviamente decorrem dos problemas estruturais
que atinge em comum todos os moradores do local).
Inobstante tais constatações, o laudo elaborado pelo engenheiro contratado pelos

Autores peca por desconsiderar o contexto de infiltrações que atinge a todos no local. Ou seja, trata-
se de uma análise pontual local que ignora o ambiente e todo sistema construtivo lá existente que
gera infiltrações comuns em todos os apartamentos.
Foi justamente por tal razão que os Réus Fábio e Simone contrataram a empresa Ark
Viva para avaliar o problema de um prisma diferente, já com indicação dos vícios construtivos que
impactam – quando não inviabilizam – a solução dos problemas (doc. 04).
.
fls. 321
Na nova análise há uma melhor visualização do histórico do problema. Ou seja,
considera-se que os Autores enfrentam problemas de infiltração desde 2017, ou seja, dois anos
antes dos Réus Fábio e Simone tomarem posse do imóvel. Evidenciou-se todas as providências
que foram tomadas pelos Réus que sanaram pontualmente o problema, bem como as reformas de
acabamentos no apartamento dos Autores.
Na conclusão do referido laudo evidenciou-se que:
1) Os problemas de infiltração na unidade abaixo (dos Autores) não

foram ocasionados pela reforma executada na unidade (dos
Réus), uma vez que o morador da unidade 294 disse que os
pontos de infiltração ocorrem desde o ano de 2017, quando ele
adquiriu o apartamento.
2) Identificamos pontos existentes de má execução de obra por parte

da construtora Helbor, na área de piscina, caixão perdido, que
estão ocasionando transtornos nas unidades 294 e 304 da Torre
Borborema, desde 2017 e não foram resolvidos com a contratação
da empresa Cube Engenharia no momento da entrega das chaves
para os novos proprietários da unidade, trazendo problemas
jurídicos e financeiros para ambas as unidades.
3) Alguns pontos como exemplificados anteriormente, não havia

como resolver a questão sem ter que demolir parte da laje lateral
da piscina, onde foram identificados outros erros de execução por
parte da Construtora.
4) Além disso, a unidade 304, possui pontos de umidade nas paredes

externas da fachada nas suítes superiores do apartamento,
conforme ata de assembleia de 06.08.2020 do condomínio para
resolução dos assuntos referente a Obras de Restauração e
Pintura de Fachada, Muros e Gradis, onde consta problemas de
.
fls. 322
infiltração nas unidades provenientes de trincas e rachaduras nas
fachadas das torres.
Por óbvio que as conclusões do novo laudo mais convergem com o pretérito de
problemas vivenciado pelos Autores, bem como com a causa comum das infiltrações que vitimizam
a todos os moradores do Condomínio (inclusive os Réus Fábio e Simone).
Vai-se além. Recentemente, em fevereiro de 2021, o imóvel dos Réus foi quase
inundado por um vazamento hidráulico. O evento foi reportado ao Condomínio, o qual realizou uma
vistoria independente para verificar as causas. O relatório (doc. 05) apontou que houve
transbordamento do reservatório de água de abastece o condomínio por avaria da bóia mecânica.
A laje projetada no prédio não dava vazão à água que transbordou, de forma que acumulou e
passou para debaixo do telhado.
Por vício construtivo, não havia impermeabilização nas muretas que apoiam os
caibros do telhado, provocando graves infiltrações.
Assim Exa., perceba o quão complexa é a situação técnica para se sugerir, de

forma simplória, que toda solução resumir-se-ia à alocação de uma simples manta
impermeabilizante.
Fixada a impugnação dos fatos, em especial, a identificação da causa dos problemas

de infiltração que vitimizaram os Autores (sem qualquer nexo causal com a obra conduzida pelos
Réus Fábio e Simone), passa a impugnar os danos sugeridos na exordial.
V – DOS DANOS SUGERIDOS PELO AUTORES
Controvertidos os fatos e, consequentemente, impugnado o nexo causal sugerido

como lastro do pedido indenizatório dos Autores, passa-se o abordar os danos almejados na
demanda.
a) Do dano moral
.
fls. 323
Conforme já fartamente demonstrado na defesa, os Réus são tão vítimas dos vícios
construtivos que geram as infiltrações como os Autores. Entretanto, enquanto os Réus buscam
soluções efetivas, os Autores esperneiam. Alocam-se na cômoda posição de exigir reparos,
ignorando que convivem com o problema de vazamentos e infiltrações desde que adquiriram o
imóvel.
Em outros termos, vitimizam-se covardemente. Pior, agem de forma premeditada

para o fim indenizatório almejado. Ou seja, colecionam documentos, registram entendimentos e
apenas apresentam ao Juízo aqueles que lhes interessam. Mostram um pequeno lado do todo.
Omitem os graves problemas de infiltração que absolutamente todos os condôminos estão
enfrentando (conforme formalizado em ata assemblear).
Sob tal contexto, mostra-se vexatório o pedido indenizatório formulado. Trata-se de

clara tentativa de enriquecimento sem causa, despido de fundamentos. Em suma, trata-se de um
pedido de indenização cujas bases advém da intolerância dos Autores e da incompreensão de que
seu problema é apenas um pequeno pedaço dos danos que vitimizam todos os proprietários do
local.
Imagine se cada proprietário do local fosse ajuizar ação contra seu vizinho do
patamar superior no contexto exposto? Como se solucionaria a questão?
Sugere-se que o dano moral no caso deve ser considerado “in re ipsa”. A bem da
verdade, “in re ipsa” deveria ser considerado o oportunismo dos Autores no pedido indenizatório
intentado à luz do cenário vivenciado no Condomínio. É inaceitável que os Autores, enquanto
vizinhos que praticamente dividem o mesmo espaço com os Réus, se valham de uma demanda
com tantas inverdades e omissões, buscando enriquecimento em cima de um drama que a todos
vitimiza no local.
Aliás, em relação à questão, vale veicular precedente do Egrégio Tribunal de Justiça

do Estado de São Paulo, em que bem observa situação semelhante. Vale transcrever a ementa do
referido julgado:
.
fls. 324
VÍCIO DE CONSTRUÇÃO. Infiltrações. Prova pericial. Principal causa
da infiltração decorre do número insuficiente de calhas e condutores
instalados no telhado e na falta de impermeabilização da laje. Vício
construtivo oculto. Falha do projeto/execução. Requerido é o
construtor do imóvel. Art. 618 do CC. Vistoria realizada pela Caixa
Econômica Federal para fins de financiamento não tem o condão de
afastar a responsabilidade do construtor pelos vícios ocultos
posteriormente verificados. Não demonstrada qualquer conduta do
corréu Eduardo para o surgimento dos vícios. Corréu que sequer
tinha conhecimento do vício. DANOS MORAIS. Não
configurados. Não evidenciado risco à segurança dos autores,
comprometimento à segurança ou solidez da edificação, nem
impedimento de utilização do imóvel. Mero aborrecimento, não
passível de indenização. Acolhimento da fundamentação da
sentença. Art. 252, RITJSP. Sentença mantida. Recursos não
providos. (TJSP; Apelação Cível 1003019-23.2015.8.26.0082;
Relator (a): Fernanda Gomes Camacho; Órgão Julgador: 5ª Câmara
de Direito Privado; Foro de Boituva - 2ª Vara; Data do Julgamento:
04/03/2021; Data de Registro: 04/03/2021)
O acórdão do referido precedente bem demonstra que o vício oculto não caracteriza
dano moral. Ora, tal precedente vem bem a calhar na presente demanda na medida em que os
danos decorrentes das infiltrações foram aceitos pelos Autores durante mais de dois anos antes
dos Réus se mudarem para o apartamento de cima. Ou seja, durante dois anos (entre 2017 e 2019)
não houve qualquer insurgência legal/administrativa dos Autores contra a Construtora ante as
infiltrações que já existiam.
Sob tal perspectiva, o pedido indenizatório só se justifica se ponderado o intento dos

Autores em se enriquecerem indevidamente, criando uma narrativa falaciosa. Enfim, os Réus
Simone e Fábio foram diligentes e são tão vítimas como os Autores das infiltrações que assolam o
condomínio por vícios construtivos. Não há omissão ou ação que lhe possa ser atribuída a justificar
o dano moral pleiteado.
.
fls. 325
b) Dos danos materiais
Em relação aos danos materiais, é importante refutar a inverídica a afirmação de que
o Sr. Odilton está privado do uso do imóvel. As infiltrações existentes, comuns a todos os
condôminos, não torna as torres inabitáveis. Tal afirmação, veiculada pelo engenheiro contratado
pelos Autores, chega a ser irresponsável na medida em que o tal profissional não tem capacidade
técnica de atestar a salubridade sanitária do local. Ademais, ao ponderar que o imóvel está
inabitável acaba por sugerir um possível risco de colapso das estruturas completamente irreal.
Por certo que o Sr. Odilton está desgastado com a situação. Todos os condôminos
estão. Mas daí a sugerir que há necessidade de desocupação do imóvel vai uma longa distância. A
bem da verdade, por comodidade, e para evitar o desconforto do barulho das obras necessárias,
preferiu sair do imóvel voluntariamente.
Ademais, não se colaciona aos autos o valor da indenização pleiteada pela suposta
necessidade de mudança do local. Não há qualquer prova de quaisquer gastos realizados em
decorrência do sugerido fato, como despesas com aluguel, ou algo similar.
Vai-se além. O Sr. Odilton não é parte na demanda. Qualifica-se como terceiro
interessado (assistente simples), de forma que o pedido indenizatório referente às custas da nova
moradia seria defeso na presente demanda em seu nome.
Ademais, sob a ótica da legitimidade em relação à pretensão indenizatória almejada,

Adriano Martins e Iraína Martins seriam ilegítimos para formular pretensão indenizatória em razão
despesas que Odilton teria em uma nova moradia (na hipótese de se comprovar a tese da
necessidade de deixar o imóvel pela insalubridade). Ou seja, representaria a veiculação de
pretensão em nome de terceiro, o que é vedado pelo artigo 18 do Código de Processo Civil.
Assim, seja em relação ao assistente que parte não é, seja em relação aos Autores,
a pretensão indenizatória não reúne condições processuais para prosperar.
.
fls. 326
O mesmo ocorre em relação aos sugeridos danos ao mobiliário que teriam sido
causados pelas infiltrações. A inicial indica que foram danificados móveis e o piso de madeira, além
das molduras em gesso, pintura e substituição de luminárias.
Porém, não se junta aos autos qualquer documento que indique os gastos dos
Autores com os sugeridos danos ou com reformas realizadas. Ou seja, o pedido indenizatório é
despido de qualquer valor monetário concreto. Em outros termos, não há qualquer comprovação de
dispêndio financeiro dos Autores com o mobiliário que se diz danificado.
Assim, inexistente a comprovação documental dos valores inerentes aos danos

materiais almejados, incabível o acolhimento da pretensão. Era ônus dos Autores comprovarem os
gastos realizados com os consertos, conforme preceitua os arts. 320 e 373, inciso I, do Código de
Processo Civil. Ao omiti-los na exordial, a pretensão deve ser rejeitada.
c) Dos demais danos materiais – Gastos com profissionais autônomos – Pretensão

incabível – Matéria pacificada nos Tribunais
Os Autores formulam ainda pretensão para que os gastos incorridos com seu
engenheiro de confiança, bem como com seu advogado particular, sejam ressarcidos. Ocorre que
tais pretensões não têm guarida legal.
Os Tribunais de todo país já se posicionaram que honorários advocatícios contratuais

não são indenizáveis. Vejamos as ementas abaixo em tal sentido:
Apelação. Indenizatória. Réus que deram causa à propositura de ação

trabalhista ajuizada em face da autora. Ressarcimento das despesas
com contratação de advogado. Impossibilidade. Negócio jurídico
inoponível a terceiros. Sentença mantida. Recurso da autora
improvido, não conhecido o adesivo. (TJSP; Apelação Cível
1008075-26.2015.8.26.0506; Relator (a): Walter Exner; Órgão
Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Foro de Ribeirão Preto - 4ª
.
fls. 327
Vara Cível; Data do Julgamento: 11/03/2021; Data de Registro:
11/03/2021)
Tal entendimento reverbera a posição sumulada do Superior Tribunal de Justiça,

conforme ementa que segue abaixo:
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA.
VIOLAÇÃO AO ART. 1.022 DO CPC/2015. INEXISTÊNCIA.
RESSARCIMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
CONTRATUAIS PARA DEFESA DOS INTERESSES DA PARTE EM
JUÍZO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO
IMPROVIDO.
1. Ainda que não examinados individualmente cada um dos
argumentos suscitados pela parte, se o acórdão recorrido decide
integralmente a controvérsia, apresentando fundamentação
adequada, não há que se falar em ofensa ao art. 1.022 do CPC/2015.
Nos termos da jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de
Justiça, "Não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos
os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução" (REsp
1.814.271/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe de 1º/7/2019).
2. Os honorários advocatícios contratuais são de
responsabilidade da parte contratante, cabendo à parte contrária
apenas os honorários sucumbenciais. "A Corte Especial e a
Segunda Seção do STJ já se pronunciaram no sentido de ser
incabível a condenação da parte sucumbente aos honorários
contratuais despendidos pela vencedora.
.
fls. 328
(...)" (AgInt no AREsp 1.332.170/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, Quarta Turma, julgado em 07/02/2019, DJe de
14/02/2019).
3. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt nos EDcl no REsp 1675516/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,
QUARTA TURMA, julgado em 30/11/2020, DJe 18/12/2020)
Igual entendimento repousa sobre o pedido de indenização dos valores despendidos

com assistentes técnicos das partes. O art. 84 do Código Civil disciplina exaustivamente as
despesas processuais que são indenizáveis à parte que vence a demanda. São elas: as custas dos
atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária da
testemunha.
O laudo elaborado às fls. 103/215 fora contratado dentro de um escopo para que
referido profissional atue como assistente técnico na demanda.
Sob tal perspectiva, em relação à remuneração do assistente técnico, disciplina-se o

teto de ressarcimento de 2/3 dos honorário periciais fixados na demanda para indenizar os custos
da parte com os profissionais que lhes assistiram (na remota eventualidade de êxito total dos
Autores). Assim, pouco importa o valor contratado pela parte junto ao seu profissional de confiança
para lhe assistir na demanda. Há teto estipulado em entendimentos jurisprudenciais que limitam
eventual indenização. Vejamos ementas abaixo em tal sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Ação de indenização – Parcial

procedência do pedido inicial - Depósito voluntário efetuado pela
devedora – Discordância do credor – Despesa com assistente técnico
que deve ser reembolsada, mas com limitação da remuneração a 2/3
daquela paga ao perito oficial – Cumprimento de sentença, nos termos
do art. 523 do CPC, que tem início com a intimação do executado para
pagamento no prazo de 15 dias – Intimação ainda não realizada nos
autos – Rejeição da impugnação, com a condenação em verba
honorária – Inadmissibilidade – Decisão reformada, em parte -
.
fls. 329
Recurso parcialmente provido. (TJSP; Agravo de Instrumento
2152341-79.2020.8.26.0000; Relator (a): Caio Marcelo Mendes de
Oliveira; Órgão Julgador: 32ª Câmara de Direito Privado; Foro de São
Bernardo do Campo - 7ª Vara Cível; Data do Julgamento: 24/02/2021;
Data de Registro: 24/02/2021)
Portanto, incabível a restituição dos valores dispendidos pelos Autores com os

profissionais autônomos que lhes assistiram, ainda que se pudesse cogitar eventual possibilidade
dos Réus Fábio e Simone pelos eventos narrados na exordial.
VI - CONCLUSÃO
A contestação ofertada demonstrou que:
(i) Os Autores omitiram o problema coletivo enfrentado por todos os condôminos

em relação às infiltrações que decorrem de vício construtivo nas torres de
responsabilidade da Construtora;
(ii) Os Autores omitiram que as infiltrações se iniciaram em 2017, dois anos antes
de Fábio e Simone mudarem para a cobertura;
(iii) Os vícios construtivos de responsabilidade da Construtora impedem que os

Réus Simone e Fábio empreendam reformas definitivas para sanar os
vazamentos e infiltrações, com segurança e garantia;
(iv) Não há nexo causal entre os danos alegados pelos Autores e quaisquer atos
praticados por Simone e Fábio;
(v) Os danos morais pretendidos, na verdade, representam tentativa de

enriquecimento sem causa, já que os transtornos decorrentes das infiltrações
advêm de vícios construtivos que os Autores estavam cientes muito antes do
ingresso de Fábio e Simone na cobertura;
.
fls. 330
(vi) Os danos materiais não estão comprovados, já que não há qualquer
comprovação de gastos incorridos pelos Autores;
(vii) A indenização por dano material, referente à mudança de moradia do Sr.

Odilton, não é cabível, já que o mesmo não é parte na ação. Ou seja, há
pretensão em nome de terceiros, o que é vedado pelo art. 18 do CPC.
(viii) Os gastos incorridos com honorários advocatícios contratuais não são

indenizáveis, conforme entendimento sumulado do STJ; e
(ix) Os gastos incorridos com assistente técnico só serão reembolsáveis se

exitosa a ação proposta pelos Autores, e vinculada à proporção de 2/3 dos
honorários periciais fixados adiante na demanda.
Por todo o exposto, os Réus pugnam pela improcedência integral da demanda,

cominando-se ainda a condenação em honorários sucumbenciais e ressarcimento das custas
processuais eventualmente incorridas no curso da demanda.
Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, na oitiva

de testemunhas, na produção de prova oral, e no depoimento pessoal dos Autores e do assistente
litisconsorcial indicado na exordial.
Termos em que,
Pede-se deferimento.
São Paulo/SP, 16 de março de 2021
Eduardo Peluzo Abreu

OAB/SP nº. 234.122
fls. 331
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO PELUZO ABREU e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/03/2021 às 18:58 , sob o número WGRU21701238675 .
fls. 332
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 75162A8.
.
fls. 333
Conta de Débito: N° Banco: 237 | Agência: 3648 | Conta: 11864-8

Canal de Pagamento: Bradesco Celular
Data do Pagamento: 03/03/2021 Horário: 11:42:43
Tipo: Conta Corrente - Nome: SIMONE DONATO COUTINHO
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
DARE-SP/GNRE - SEFAZ/SP
NÚMERO DE CONTROLE DO DARE: 210590014517560
VALOR: R$ 23,27
CÓDIGO DE BARRAS
85800000000-3 23270185112-1 10590014517-7 56020210401-5
AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA
066574906
AUTENTICAÇÃO
BIf8mUWn YHXANiAQ eX5TBoRU O7Yoabrn HIJspLUr gaSoRECx 7AWOaj5P 2mJpTXJ#
fy9prZ7A e?2Dtze3 s#DXNT#b xKXC6WQ3 dsWI8Voc XZ@eCh?s payfopPG lfKGQoHT
?suOjuN# x8eu9CZb *LuJxuhr BJ2ABbof jy9PE?Nb 3#QOHfu@ 53050110 31758431
Comprovante de Pagamento emitido de acordo com a Portaria CAT- 126, de 16/09/2011, e autorizado
pelo Processo n° SF-13836-561535/1999.
O lançamento consta no extrato de conta, junto à agência 3648, conta 11864-8, com data de pagamento
em 03/03/2021 às 11:42:43, sob o n° de protocolo 066.574.906.
Este documento é válido para comprovante de pagamento. A transação acima foi realizada por meio do
Bradesco Celular.
Apoio ao Internet Banking e Bradesco Celular SAC-Alô Bradesco Ouvidoria Bradesco

3003 0237 - Capitais e regiões metropolitanas 0800 704 8383 0800 727 9933
0800 701 0237 - Demais localidades
.
fls. 334
Conta de Débito: N° Banco: 237 | Agência: 3648 | Conta: 11864-8

Canal de Pagamento: Bradesco Celular
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 75162BA.
Data do Pagamento: 03/03/2021 Horário: 11:41:42
Tipo: Conta Corrente - Nome: SIMONE DONATO COUTINHO
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
DARE-SP/GNRE - SEFAZ/SP
NÚMERO DE CONTROLE DO DARE: 210590014529779
VALOR: R$ 23,27
CÓDIGO DE BARRAS
85800000000-3 23270185112-1 10590014529-0 77920210401-9
AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA
066573589
AUTENTICAÇÃO
Kqb?YZtk tg?MidnE @CIuQ@JH Rt8mVBYu ygH7D42? WtRvR2zr XU38nqqs DKihyYbn
bJZ*qrdD WKs2F5Wj hcN*3bRt qV3FfVjw RZDUTeER gKLFIo5R *Fg*Luco uDB?ACno
ZM86BH*X rxYQYTZo 5UvAn92A S4tC6v5? LeVU3WMk oOwOLAKp 53050120 31098431
Comprovante de Pagamento emitido de acordo com a Portaria CAT- 126, de 16/09/2011, e autorizado
pelo Processo n° SF-13836-561535/1999.
O lançamento consta no extrato de conta, junto à agência 3648, conta 11864-8, com data de pagamento
em 03/03/2021 às 11:41:42, sob o n° de protocolo 066.573.589.
Este documento é válido para comprovante de pagamento. A transação acima foi realizada por meio do
Bradesco Celular.
Apoio ao Internet Banking e Bradesco Celular SAC-Alô Bradesco Ouvidoria Bradesco

3003 0237 - Capitais e regiões metropolitanas 0800 704 8383 0800 727 9933
0800 701 0237 - Demais localidades
.
fls. 335
85800000000-3 23270185112-1 10590014517-7 56020210401-5
Governo do Estado de São Paulo DARE-SP

Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais Documento Principal
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 75162C4.
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Fabio Barneschi 01/04/2021
02 - Endereço 08 - Valor Total
RUA RUA PEQUETITA 215, Conj 42 Sao Paulo SP
R$ 23,27
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
180.216.158-93 (11)3853-4009 1
06 - Observações 210590014517560
Proc. Origem 1042704-23.2020.8.26.0224 - Foro De Guarulhos
Emissão: 02/03/2021
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
01 - Código de Receita – Descrição 02 - Código do Serviço – 19 - Qtde

DARE-SP Descrição Serviços: 1
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria da Fazenda e Extra-Orçamentária e Anulação de Despesa - TJ - 1130401 - TAXA DE MANDATO (PROCURAÇÃO OU
210590014517560-0001
Planejamento Documento carteira de previdência dos advogados de São Paulo SUBSTABELECIMENTO)

Detalhe 304-9
15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 - Acréscimo
04 - Cnpj ou Cpf
Fabio Barneschi
180.216.158-93 R$ 23,27 R$ 0,00
16 - Endereço 05 - 07 - Referência 10 - Juros de Mora 13 - Honorários
RUA RUA PEQUETITA 215, Conj 42 Sao Paulo SP Advocatícios
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 1042704-23.2020.8.26.0224 - Foro De Guarulhos Multa Por Infração
210590014517560-0001
Emissão: 02/03/2021 R$ 0,00 R$ 23,27
85800000000-3 23270185112-1 10590014517-7 56020210401-5

DARE-SP
Fabio Barneschi 01/04/2021
RUA RUA PEQUETITA 215, Conj 42 Sao Paulo SP
R$ 23,27
180.216.158-93 (11)3853-4009 1
06 - Observações 210590014517560
Emissão: 02/03/2021
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
fls. 336
85800000000-3 23270185112-1 10590014529-0 77920210401-9
Governo do Estado de São Paulo DARE-SP

Simone Donato Coutinho Barneschi 01/04/2021
RUA RUA PEQUETITA, 215 Conj 42 Sao Paulo SP
R$ 23,27
220.049.878-04 (11)3853-4009 1
06 - Observações 210590014529779
Emissão: 02/03/2021
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
01 - Código de Receita – Descrição 02 - Código do Serviço – 19 - Qtde

DARE-SP Descrição Serviços: 1
Secretaria da Fazenda e Extra-Orçamentária e Anulação de Despesa - TJ - 1130401 - TAXA DE MANDATO (PROCURAÇÃO OU
210590014529779-0001
Planejamento Documento carteira de previdência dos advogados de São Paulo SUBSTABELECIMENTO)

Detalhe 304-9
15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 - Acréscimo
04 - Cnpj ou Cpf
Simone Donato Coutinho Barneschi
220.049.878-04 R$ 23,27 R$ 0,00
16 - Endereço 05 - 07 - Referência 10 - Juros de Mora 13 - Honorários
RUA RUA PEQUETITA, 215 Conj 42 Sao Paulo SP Advocatícios
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 1042704-23.2020.8.26.0224 - Foro De Guarulhos Multa Por Infração
210590014529779-0001
Emissão: 02/03/2021 R$ 0,00 R$ 23,27
85800000000-3 23270185112-1 10590014529-0 77920210401-9

DARE-SP
Simone Donato Coutinho Barneschi 01/04/2021
RUA RUA PEQUETITA, 215 Conj 42 Sao Paulo SP
R$ 23,27
220.049.878-04 (11)3853-4009 1
06 - Observações 210590014529779
Emissão: 02/03/2021
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
fls. 337
fls. 338
fls. 339
fls. 340
fls. 341
fls. 342
fls. 343
fls. 344
fls. 345
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fls. 358
fls. 359
fls. 360
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fls. 365
fls. 366
.
fls. 367
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
RELATÓRIO DE PARECER TÉCNICO
CONTRATANTE: Fabio Barneschi, CPF: 180.216.158-93, residente na Rua Augusta 183

– apto 304 – Torre Borborema – Condomínio Parque Clube – Vila Augusta – Guarulhos
– SP – CEP: 07025.130.
CONTRATADO: ARKVIVA – ARQUITETURA E ENGENHARIA, inscrita no CNPJ

11.772.889/0001-41, localizada na Av. Barber Greene 655 – Jd. Santa Clara – Guarulhos
– SP – CEP: 07120-260; com seus representantes, Osmar Cirqueira Pinto Jr.; CPF:
029.716.698-07, engenheiro civil, inscrito no CREA – SP sob n. 0600.94234-5, e Flavia
Fernanda Fedeli, CPF: 270.626.408-08, arquiteta, incrita no CAU-SP A36163-2,
residentes na Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira 57 – apto 93 B – Condominio Essence –
Guarulhos – SP – CEP 07095-070. Vem assumir a responsabilidade no presente
relatório de Engenharia Civil, analisando os problemas atuais dos apartamentos 304
e 294 da Torre Boreborema.
www.arkviva.com.br (11) 98697-1415

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.
fls. 368
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
SUMÁRIO
O Objetivo deste parecer técnico e tornar clara todas as informações e subsequente

ações que foram tomadas a título de sanar os problemas de vazamento existentes
da unidade nº 304, da torre Borborema, no condomínio Parque Clube adquirida por
seu atual proprietário Fabio Barneshi em 2019 com relação ao seu vizinho e
queixante da unidade nº 294.
Se faz necessário informar que o morador da unidade nº 294 já apontava problemas

de vazamentos datados da compra de sua unidade em meados de 2017. Ao adquirir
a unidade de nº 304, o atual proprietário, ciente destas informações, solicitou a
construtora Helbor, então dona da unidade, que fosse feito os reparos na área
externa da piscina com o objetivo de resolver esses problemas de vazamento junto
ao apartamento nº 294, para realização destes serviços de impermeabilização da
área da piscina na qual foi contratada a empresa Cube engenharia.
A empresa Arkviva engenharia na pessoa do Eng. Osmar Cirqueira Pinto Junior e Arq.
Flavia Fernanda Fedeli, ao serem contratados em 2019 para fazer o projeto e obra da
unidade nº 304, aconselhou seus atuais proprietários e agora clientes, a
permanecerem com a empresa Cube engenharia ao que se refere a obra da área da
piscina, que na data de início da obra na unidade, já se encontrava em reparos.

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proprietários.
www.arkviva.com.br
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
Construtora Helbor na área da piscina antes da entrega da unidade aos novos

FOTO 01 – Serviços de impermeabilização realizada pela empresa Cube, a pedido da
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.
novos proprietários.
www.arkviva.com.br
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
FOTO 02 e 03 – Serviços de impermeabilização realizada pela empresa Cube, a

pedido da Construtora Helbor na área da piscina antes da entrega da unidade aos
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novos proprietários
www.arkviva.com.br
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA

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novos proprietários
www.arkviva.com.br
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA

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.
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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
HISTÓRICO DA OBRA
25/09/2019 – memorial descritivo do projeto (anexo 01)

25/09/2019 – RRT de execução de reforma de interiores do apto 304 – Torre
Borborema - Arq. Flavia Fernanda Fedeli. (anexo 02)
01/10/2019 – RRT do projeto de arquitetura, interiores e instalações do apto 304 –
Torre Borborema - Arq. Flavia Fernanda Fedeli (anexo 03)
01/10/2019 – ART de execução do projeto de reforma do apto 304 – Torre Borborema
do Eng. Osmar Cirqueira Pinto Junior (anexo04)
No momento da contratação dos serviços de reforma do apto, iniciamos os

acompanhamentos dos serviços da empresa Cube Engenharia e iniciamos a
conversa com o morador da unidade 294 para sanar os problemas de infiltração da
mesma.
Inicialmente no momento da reforma, a empresa CUBE foi fazendo os serviços

contratados e tb fazendo as vistorias no apto da unidade 294 para verificação das
infiltrações.
Em dezembro de 2019, foi realizado os reparos na unidade 294, nos ambientes

abaixo:
Suite 01 – ponto de infiltração 01 e 02

Suite 02 – ponto de infiltração 03
(MAPA DA SOBREPOSIÇÃO
DAS UNIDADES COM OS
PONTOS DE INFILTRAÇÃO
APRESENTADOS E
TRATADOS EM 2019)

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das tubulações.
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. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
FOTO 08 e 09 – proteção do piso para a execução dos serviços na unidade 294.
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FOTO 10 e 11 – situação da laje anteriormente a execução dos serviços de calafetação
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Cube Engenharia
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calafetação das tubulações.
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
FOTO 12 e 13 – execução dos serviços de calafetação das tubulações pela empresa
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FOTO 14 e 15 – situação da laje posteriormente a execução dos serviços de
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empresa ARKVIVA
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calafetação das tubulações.
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
FOTO 16 e 17 – situação da laje posteriormente a execução dos serviços de
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FOTO 18 e 19 – execução dos serviços de pintura após a instalação de novo forro pela
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empresa ARKVIVA
empresa ARKVIVA
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. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
Foi realizado uma vedação na parte inferior entre as tubulações e a laje pela
Empresa Cube Engenharia, conforme fotos acima.
Após isso, foi realizado o serviço de instalação de forro e também de pintura dos
ambientes, conforme fotos abaixo e planilha de custo em anexo:
A empresa Arkviva, acompanhou os serviços referente a empresa Cube e da empresa

de forro, agendando os serviços com o morador da unidade 294, Sr. Odilton e
realizou o a pintura dos ambientes afetados.
Paralelamente aos serviços prestados na unidade 294, conforme fotos acima, a obra
de reforma da área da piscina, continuou com a mesma empresa contratada
anteriormente pela Construtora Helbor, conforme podemos observar nas fotos
abaixo:
FOTO 24 e 25 – Contrapiso e preparação de nova casa de máquinas realizado pela

empresa Cube Engenharia.

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pela empresa Cube Engenharia.
. INTERIORES
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FOTO 26, 27 e 28 – Execução de novo acesso a piscina e casa de máquinas realizado
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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
FOTO 26 e 27 – Execução de novo acesso a piscina, impermeabilização na borda da
piscina e recomposição de revestimento realizado pela empresa Cube Engenharia..
FOTO 28 e 29 – Execução de impermeabilização na borda da piscina e recomposição

de revestimento, execução de banco lateral a piscina realizado pela empresa Cube
Engenharia..

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Cube Engenharia..
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maquina. Serviço realizado pela empresa
instalação de bomba na nova casa de
FOTO 29, 30 e 31 – execução de banco lateral
a piscina, tubulações hidráulicas da piscina e
. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
Após os serviços realizados no apto da unidade 294, em dezembro de 2019 até o
momento da entrega da reforma dos proprietários da unidade 304, na data de
17.07.2020 não tivemos mais reclamação sobre a questão das infiltrações na
unidade abaixo.
FOTO 32 – Piscina - obra finalizada, dia de entrega da reforma na unidade 304.
FOTO 33 – Piscina - obra finalizada, dia de entrega da reforma na unidade 304.

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. ARQUITETURA
. INTERIORES
A partir do momento em que a unidade 304 começou a ser utilizada, dia 15.08.2020,
tivemos uma informação através dos proprietários da unidade 304 que o Sr Odilton
informou a eles que os quartos começaram a manchar e estufar as paredes,
solicitando o agendamento da empresa CUBE para verificar se a piscina continuava
com os vazamentos.
Ficou agendado para o dia 28.08 a vistoria com a empresa CUBE engenharia, mas o
Sr. Odilton no dia desmarcou a reunião e ficou reagendado para o dia 02.09.2020.
A Empresa CUBE fez a vistoria na unidade 294 e ficou de encaminhar um relatório.
Dia 16.09, foi um especialista de impermeabilização junto com a empresa CUBE para
a vistoria, e a empresa ARKVIVA, e os proprietários da unidade 304 participaram
dessa reunião.
Na imagem abaixo, segue os novos pontos identificados em vistoria.
Suite 01 – ponto de infiltração 01 e 02

Suite 02 – ponto de infiltração 03
Clost – ponto de infiltração 04
Suite 03 – Ponto de infiltração 05
Sala – Ponto de infiltração 06
(MAPA DA SOBREPOSIÇÃO DAS UNIDADES COM OS PONTOS DE INFILTRAÇÃO

APRESENTADOS E TRATADOS EM 2020)

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. ARQUITETURA
. INTERIORES
FOTO 34 e 35 – Ponto 01 e 02 da Suíte master com abertura do Forro nos
pontos identificados no mapeamento para averiguação de novas infiltrações.
FOTO 36 e 37 – Ponto 01 e 02 da suíte master com abertura do Forro nos

pontos identificados no mapeamento para averiguação de novas infiltrações.

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. INTERIORES
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. ARQUITETURA
identificados no mapeamento para averiguação de novas infiltrações.

identificados no mapeamento para averiguação de novas infiltrações.
FOTO 38 e 39 – Ponto 03 da Suíte 01 com abertura do Forro nos pontos
FOTO 40 e 41 – Ponto 03 da Suíte 01 com abertura do Forro nos pontos
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. ARQUITETURA
. INTERIORES
FOTO 42 – Ponto 04 ponto do closet da suite master com abertura do Forro nos
pontos identificados no mapeamento para averiguação de novas infiltrações

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. ARQUITETURA
. INTERIORES
FOTO 45 – Ponto 06 ponto do closet da suíte master com abertura do Forro nos

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
Ficou acordado entre as partes que o forro ficaria aberto para podermos identificar
os pontos de infiltração para posterior aplicação da injeção de poliuretano nas
fissuras da laje para conter as infiltrações.
Dia 17.09 o sr. Odilton entrou em contato com a arq. Flavia, dizendo que havia caído
bastante água naquela e que conseguiríamos fazer uma melhor análise dos pontos.
Prontamente o Ricardo da Arkviva foi até o local e fotografou os novos pontos para
encaminhar a Cube para as providencias necessárias.
FOTO 46, 47 e 48 – Ponto 03 da Suíte 01 com

incidência de água no plástico, identificando
vazamento.

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FOTO 49 e 50 – Ponto 04 da Closet
FOTO 51 e 52 – Ponto 02 da Suíte Master

. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
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identificando vazamento.
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FOTO 53, 54 e 55 – Ponto 01 da Suíte Master com incidência de água no plástico,
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Identificados os pontos de vazamento, a empresa Cube fez a programação de início
dos serviços no dia 23.09.2020 com aplicação de injeção de poliuretano na laje da
unidade 294.
Após a aplicação, foram feitos novos testes de uso da piscina e entorno para
liberação de fechamento do forro nos ambientes afetados.
[13:35, 28/09/2020] Simone Parque Clube: Hj o Odilton ligou pro Fábio dizendo
que vai enviar um e-mail sobre os vazamentos e que aparentemente as obras até
o momento não surtiram efeito.
[13:35, 28/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: o rapaz da impermeabilização que foi
na semana passada disse que na quarta feira mesmo ja tinha realizado os
serviços e deveriamos ficar atentos a essses proximos dias...
[13:36, 28/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: eita... entao é bom verificarmos e ja
passarmos para o Matheus mesmo
Dia 30.09.2020, após conversa pelo telefone diretamente com o Sr. Odilton o
mesmo falou que não estava mais com vazamentos.
[10:05, 30/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: bom dia Simone, tudo bem?
Hoje o pessoal da impermeabilização que a cube contratou, irá fazer uma vistoria
no apto do Sr. Odilton.
Falei com o Sr. Odilton hoje cedo, e o mesmo me confirmou que não está com
vazamento na unidade.
Mas de qualquer forma, o pessoal da empresa irá verificar. Combinamos de ainda
permanecer com o forro aberto para podermos analisar mais essa semana se
haverá algum vazamento.
Peço que deixem bastante água caindo no deck da piscina e que usem bastante
ela durante essa semana e final de semana.
Estando tudo em ordem e não ocorrendo mais nenhum vazamento, iremos fazer
o fechamento do forro na próxima segunda feira.
Pedi um relatório completo dos serviços executados na unid do sr. Odilton para
podermos nos resguardar de futuras complicações e deixar registrado os serviços
que foram feitos.
[10:07, 30/09/2020] Simone Parque Clube: Bom dia, Flávia! Ok, obrigada.
Estranho ele ter ligado pro Fábio dizendo que iria documentar por e-mail e fotos
a infiltração...

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
[10:08, 30/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: perguntei sobre isso, mas ele me disse
que iria documentar os serviços realizado no apto... acho que mais para deixar
registrado mesmo...
[10:10, 30/09/2020] Simone Parque Clube: Entendi.
[10:11, 30/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: ele ja chegou a mandar o emial?
[10:12, 30/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: quando ele mandar, nos encaminhe
tb... por favor
[10:15, 30/09/2020] Simone Parque Clube: Ainda não enviou, mas se chegar, te
encaminho
[10:16, 30/09/2020] Flavia fernanda Fedeli: ok, combinado...
[17:55, 06/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Boa tarde Simone...

Sabe me informar se houve alguma reclamação das infiltrações no apto do Sr.
Odilton?! Precisamos combinar com o Mateus para poder resolver a questão do
fechamento do forró e tb da pintura no apto dele. Fico no aguardo para
acompanhar. 😉
[09:03, 09/10/2020] em relação à piscina, não tivemos reclamações do S. Odilton

durante esses dias.
[09:28, 09/10/2020] Bom dia Simone.
[09:28, 09/10/2020] quanto ao sr. odilton, vou avisar ao mateus para podermos
programar o fechamento do forro e tb da pintura
[09:03, 14/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Bom dia Fábio e Simone, tudo bem?
[09:04, 14/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Fábio vc conseguiu falar com o seu
Odilton? Teve mais algum vazamento depois que fizeram o trabalho no apto dele?
[09:05, 14/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Caso não, já vamos acionar o
Matheus para fechar o teto e refazer a pintura no apto
[09:50, 14/10/2020] Fabio Parque clube: Bom dia
[09:50, 14/10/2020] Fabio Parque clube: Falei na semana passada mas ele estava
viajando, disse que retornaria hj
[09:51, 14/10/2020] Fabio Parque clube: Me faz uma gentileza, liga pra ele e vê se
esta td ok
[09:55, 14/10/2020] Combinado então, vamos tentar falar com ele hoje, para
também pedir para o Mateus finalizar 😊🙏🏻
[14:05, 16/10/2020] Fabio Parque clube: Ricardo, conseguiu falar com o Sr Odilton?

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. ARQUITETURA
. INTERIORES
[15:46, 16/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Boa tarde Fábio, a Flavia já mandou
mensagem pra ele, ainda não respondeu
[15:01, 16/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Boa tarde, Sr. Odilton.

Teve alguma infiltração no apto esses dias?!
Pedimos para o Fábio verificar com o senhor, para podemos programar o
fechamento do forró
[15:02, 16/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Se estiver tudo ok, preciso agendar com
a equipe de forró e tb com o pintor para irmos executar o serviço
[15:02, 16/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Consegue me confirmar se está tudo
ok?!
[17:17, 16/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Só decepção.!!!! minha empregada
informou que o teto da outra suíte está todo molhado e o chão tbem
[17:18, 16/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Estou viajando, imaginando o que
me espera qdo chegar
[17:20, 16/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Bastou chover um pouco e com
certeza a água procurou uma saída, e vai ser assim sempre
[17:56, 16/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Vamos verificar na segunda feira com
o Mateus para providenciar os serviços de impermeabilização nesses novos
pontos
[17:32, 18/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Boa tarde!!!

Vcs podem ir ao meu apto terça feira pela manhã???
[17:32, 18/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Estou viajando e chego terça-feira
pela manhã, prefiro o horário das 9 hs, pode ser???
[07:14, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Bom dia Sr.odilton.
[07:14, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Sim, vou avisar ao Mateus e já te retorno
[09:49, 19/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Ok, combinado na quarta feira,
logo cedo 👍🏼
[09:55, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: 😉👍
[08:56, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Bom dia Fábio e Simone

[08:57, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Seu Odilton respondeu a Flavia,
disse que estava viajando e retorna na terça, quer marcar na terça as 09:00hs no
apto dele
[08:57, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: A Flavia já entrou em contato com
o Matheus e estamos aguardando o retorno dele

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. INTERIORES
[08:57, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Segue a conversa para ciência de
vocês 👇🏻
[08:58, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: [17:32, 18/10/2020] Odilton 294
Parque Clube: Boa tarde!!!
Vcs podem ir ao meu apto terça feira pela manhã???
[17:32, 18/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Estou viajando e chego terça-feira
pela manhã, prefiro o horário das 9 hs, pode ser???
[07:14, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Bom dia Sr.odilton.
[07:14, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Sim, vou avisar ao Mateus e já te retorno
[08:58, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: [07:13, 19/10/2020] Flavia fernanda
Fedeli: Bom dia Matheus
[07:13, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: O Sr Odilton pediu para ir amanhã lá
no apto verificar a questão dos vazamentos
[07:13, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Vc pode pedir para o rapaz da
impermeabilização ir
[07:13, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Junto com vc
[07:13, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Ele estará lá amanhã às 9hs
[07:14, 19/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Vai chegar de viagem hoje e gostaria
de já fazer essa verificação amanhã com vcs
[09:57, 19/10/2020] Ricardo Mello Decorador: Ficou combinado com o seu Odilton
na quarta com o Matheus
[10:02, 19/10/2020] Bom dia. Uma duvida: continua vazando?
[09:03, 20/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Bom diaaaa.

Fkavvia vc esta no prédio borborema????
Cristiano chegou
[09:04, 20/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Bom dia Sr. Odilton.
[09:04, 20/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Não estou... mas pode liberar para ele
subir ...
[09:06, 20/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Vc não vai participar dos novos
pontos de vazamentos
[09:06, 20/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Closet
[09:06, 20/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: eu estou a caminho, ja ja chego por
ai...
[09:06, 20/10/2020] Odilton 294 Parque Clube: Okkk
[09:39, 20/10/2020] Flavia fernanda Fedeli: Estamos na portaria.

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
Dia 20.10.2020, a empresa de impermeabilização foi na unidade do Sr. Odilton, e o
mesmo pediu que estivéssemos juntos para podermos acompanhar os novos
pontos de infiltração, conforme msg acima.
La em vistoria, o Sr. Odilton, convocou a presença do administrador do condomínio,
e o mesmo questionou a nossa responsabilidade sobre a questão da obra, e
explicamos tudo a ele, e o Sr. Odilton disse que não sabia que a empresa Cube era a
responsável pela impermeabilização.
O administrador, não permitiu que a empresa continuasse a realizar os serviços sem
a presença do responsável pela CUBE e agendou uma reunião dia 21.10.2020 com
todos os envolvidos na obra para esclarecimentos.
Dia 21.10.2020 – reunião de esclarecimentos sobre os assuntos de infiltração na

unidade 294, com a presença dos proprietários da unidade 304 – Fabio e Simone,
empresa Arkviva contratada para a reforma da unidade 304, e empresa Cube
Engenharia contratada pela reforma da área da piscina, e morador da unidade 294,
Sr. Odilton e Eng. Jorge contratado pelo morador da unidade 294 como perito e Sr.
Alexandre, administrador do condomínio.
Na reunião, foram todos apresentados e o Sr. Alexandre, relatou que as
documentações da obra referente a empresa Arkviva, estavam todas de acordo com
as normas do condomínio. E que a empresa CUBE, responsável pela reforma da área
da piscina, tinha uma ART em nome do Eng. André Uchoa de Oliveira.
Em reunião, foi deixado claro que a empresa CUBE Engenharia, deveria tratar tudo
diretamente com os proprietários da unidade 304, Fabio e Simone e Sr. Odilton,
apresentando os projetos, laudos e ART’s e memorial descritivo dos serviços
referente a questão da impermeabilização da área para garantias dos serviços.
Após essa reunião, a empresa ARKVIVA, se retirou do acompanhamento dos serviços

referente a infiltração da piscina.
[08:54, 05/11/2020] Simone Parque Clube: Flávia e Ricardo, bom dia! Sabem dizer
como está o assunto do S. Odilton? Foi feita a nova aplicação?
[11:03, 05/11/2020] Ricardo Mello Decorador: Bom dia Simone, tudo bem? Não
depois daquela última reunião que ficou acertado o Mateus resolver o problema
direto com o Seu Odilton e com vocês, não tivemos mais notícias.
A partir desse momento, a empresa Cube engenharia começou a tratar todos os

assuntos diretamente com os envolvidos na obra. (anexo 05)

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
Encaminhando os e-mails com as documentações solicitadas e tb já providenciando
as arrumações necessárias para os andamentos dos serviços de reparo na unidade
304.
O Sr. Odilton, juntamente com o Eng. Jorge, não aceitou as propostas de

impermeabilização sugerida pela empresa Cube Engenharia.
Iniciou-se a desmontagem completa do deck da piscina e os trabalhos a serem

refeitos pela empresa Cube.
FOTO 56 e 57 – retirada do deck ao redor da piscina para impermeabilização e

reparos da infiltração pela empresa Cube Engenharia.

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
FOTO 58 – retirada do deck ao
redor da piscina para
impermeabilização e reparos
da infiltração pela empresa
Cube Engenharia.
FOTO 59 – retirada do deck ao redor da

piscina para impermeabilização e
reparos da infiltração pela empresa
Cube Engenharia.
F
FOTO 60 – retirada do deck ao

redor da piscina para
impermeabilização e reparos
da infiltração pela empresa
Cube Engenharia.

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. INTERIORES
. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
engenharia - ponto 03 conforme mapa de sobreposição das unidades 294 x 304.

FOTO 61 – impermeabilização em manta asfáltica realizada pela empresa Cube
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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
[10:45, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Flávia e Ricardo, bom dia, td bem? Enviei
um e-mail com os arquivos enviados pelo Matheus com a proposta de solução
para o vazamento e gostaria da análise de vcs se entendem que é eficaz pra eu
encaminhar ao Odilton com mais segurança. O e-mail do Ricardo está voltando,
então enviarei por aqui
[10:48, 16/11/2020] Ricardo Mello Decorador: Bom dia Simone, vamos dar uma
olhada
[10:49, 16/11/2020] Ricardo Mello Decorador: Confirme o e-mail 👇🏻
[10:49, 16/11/2020] Ricardo Mello Decorador: ricardo@arkvivainteriores.com.br
[15:15, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Ricardo, corrigi o seu e-mail e
reencaminhei. Favor confirmar se a Flavia recebeu e se podem me dar uma
opinião.
[15:20, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Naa as o consigo abrir esse arquivo, vcs
podem abrir e me mandar foto?
[15:29, 16/11/2020] Ricardo Mello Decorador: Oi Simone, agora recebi, já dei uma
lida e vou conversar com a Flavia e o Osmar que devem chegar no final da tarde
no escritório
[15:30, 16/11/2020] Ricardo Mello Decorador: O DWG também não consegui abrir
no meu computador, se a Flavia conseguir abrir no dela geramos um PDF e te
encaminhamos
[15:31, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Ok, aguardo retorno o quanto antes pra
enviar ainda hj ao Odilton, se o caso já com alterações
[16:03, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Acho que é esse o desenho em dwg...
[16:04, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Oi Simone...

[16:05, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Não estamos conseguindo abrir o
arquivo, pois foi salvo numa versão mais atualizada que o nosso aqui no
escritório... ele teria que salvar o arquivo numa versão mais baixa para podermos
visualizar
[16:07, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Achamos que ele tb deveria fazer a
impermeabilização na parte inferior...
[16:07, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Nessa área técnica ele tb tem que
impermeabilizar....
[16:08, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Abrir somente esse trecho de laje para
poder ter acesso aos dois lados para impermeabilizar a parte inferioronde estão
os ralos e descidas para o apto 294

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. ENGENHARIA
. ARQUITETURA
. INTERIORES
[16:11, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: Neste caso eh melhor falar direto com o
Matheus e nem dizer que falou conosco... para não gerar outros conflitos.
[16:20, 16/11/2020] Simone Parque Clube: Eu falei pra ele que ia falar com vcs, até
pq não tenho conhecimento técnico...
[16:21, 16/11/2020] Flavia fernanda Fedeli: ah, ok... assim ficamos mais tranquilos
tb...
[10:22, 19/11/2020] Simone Parque Clube: Flávia e Ricardo, bom dia!

[10:25, 19/11/2020] Simone Parque Clube: Hj o Odilton e o Jorge estiveram aqui e,
com a chuva, disseram que está pingando bastante na sala (parede da TV) e no
quarto lateral. O local equivalente ao nosso apto seria em frente ao banco do deck
e na cozinha gourmet. Está bem empoçado aqui na área das portas de vidro,
como já havia reportado a vcs e eles tiraram foto dizendo que aqui tb pode ser
um foco de vazamento por conta da forma de fixação do trilho das portas serem
por parafuso.
[10:26, 19/11/2020] Simone Parque Clube: A água empoça aqui, não está
caminhando pro ralo
[10:26, 19/11/2020] Simone Parque Clube: O trilho continua entrando água
[10:26, 19/11/2020] Simone Parque Clube: Parafuso
[10:28, 19/11/2020] Simone Parque Clube: Gostaria que analisassem tb pra
confirmar até que ponto da área externa tinha manta, se tinha vedação na
preparação do piso, se esses parafusos do trilho podem realmente gerar
infiltração...
DIA 08.12.2020, recebemos um vídeo e fotos da cliente pois havia entrada água na
sala através de um empossamento de agua na varanda.
Ficou combinado que fazermos novamente o piso externo a partir de janeiro.
[13:18, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Flávia, boa tarde! Primeiramente, feliz
2021 pra vc e sua família!
[13:20, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Gostaria de dar andamento na busca
de um fornecedor pra me ajudar a resolver a questão do vazamento. E tb gostaria
de ver contigo a parte de arrumar a caída do piso externo e ajuste das portas de
vidro.
[13:23, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Refizeram o contrapiso pra colocar
manta pq a resina não resolveu nada e agora tiraram a tubulação pra aplicar a
manta melhor. Agora o funcionário dele sumiu e a obra parou...detectamos que o
vazamento do quarto lateral era dessa área da máquina.

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. INTERIORES
[13:23, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Oi Simone!!! Feliz 2021 pra vc e toda a
família!!
[13:23, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Agora o vazamento que está na sala
ninguém conseguiu detectar ainda...
[13:25, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Sim.... estava falando hoje cedo com o
Ricardo tb sobre isso para podermos alinhar com vcs esse retorno na obra
[13:26, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Já íamos programar uma visita ai com
vcs pra entender melhor o que foi feito da piscina para programarmos a
arrumação do caimento do piso tb
[13:27, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Certo...
Podemos agendar uma conversa com vc aí no apto ?
Podemos marcar sexta feira cedo ou segunda?
[13:28, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Vamos refazer esse piso e já
impermeabilizamos novamente essa área...
[13:28, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Ok, pode ser sexta de manhã sim
[13:29, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Pode ser as 9hs?
[13:29, 06/01/2021] Simone Parque Clube: Pode sim
[13:30, 06/01/2021] Flavia fernanda Fedeli: Combinado... estaremos aí
DIA 11.01 – A cliente fez uma vistoria no apto do Sr. Odilton e nos informou que fez
um teste e conseguiu identificar que quando elas usavam a torneira da cozinha
gourmet, descia água numa das suítes. De imediato entendemos que podia sim
estar acontecendo essa infiltração pois havia um shaft atras da churrasqueira da
unidade 304, que sobrepunha o local do vazamento.
Dia 14.01 – a ARKVIVA fez os serviços de manutenção da tubulação no shaft e resolveu

a questão da infiltração desse ponto na unidade 294 conforme planta de localização
dos pontos de infiltração na unidade 294. ( ponto 05).

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vazamento.
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FOTO 61 e 62 – Verificação das tubulações do shaft, identificação do ponto de
FOTO 63 e 64 - execução de novos conexões nas tubulações e fechamento do shaft
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Dia 26.01.2021 – Reunião com os proprietários da unidade 304 sobre a questão da
impermeabilização da piscina com uma outra empresa especializada em piscinas e
em impermeabilização.
O Engenheiro Luiz Fernando Eidi, orientou que haveria necessidade de
impermeabilizar o caixão perdido na lateral da piscina para que os problemas
fossem resolvidos.
Os proprietários nos solicitaram que fizéssemos uma abertura na laje lateral para
poder entender e enxergar os ralos existentes dentro desse caixão perdido.
Dia 01.02.2021 – foi realizado pela ARKVIVA uma pequena abertura na laje lateral da
piscina para análise das infiltrações.
A empresa Cube esteve presente nesse dia para avaliar o que seria necessário
realizar.
FOTO 65 e 66 - Demolição de pequena abertura na laje para identificação dos

pontos de infiltração na suíte master do apto 294. (ponto 01)

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Dia 22.02.2021 – início dos serviços referente ao ponto 06 de infiltração do apto 294

Devida à suspeita de vazamento proveniente da fixação da porta de correr junto a

varanda estão sendo executados os seguintes serviços:
- Remoção da porta de correr;
- Remoção do revestimento e argamassa de regularização até o antigo piso
cerâmico;
- Execução de contrapiso com novo caimento,
- Impermeabilização com manta liquida na área do ralo e piso
- Assentamento do porcelanato
- Instalação das esquadrias metálicas com silicone, sem a necessidade de fixação
por parafusos.

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para diminuição de chuvas no local.

retirada de piso na varanda, proteção com lona
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FOTO 67, 68 e 69 – início dos serviços de
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FOTO 72 – novo contrapiso com caimento centralizado para o ralo.
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FOTO 70 e 71 – identificação do piso existente anterior a reforma do apto,
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podermos
porcelanato.
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realizar
impermeabilização do piso externo
esquadria de alumínio, foi montado
um tapume no apartamento 304, para
novamente e assentamento do
a
FOTO 73, 74 e 75 – após retirada da
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FOTO 76 – altura dos parafusos de fixação das esquadrias de alumínio.
FOTO 77 – altura do desnível entre piso interno e externo das esquadrias de alumínio.
Observação:
Conforme fotos acima (parafusos e piso antigo), demonstra se que os parafusos não
chegaram até o piso cerâmico antigo e, portanto, a impermeabilização executada
durante a construção do edifício se manteve intacta.
Em nossa recomposição a argamassa de regularização foi refeita com

impermeabilizante e posteriormente feita impermeabilização adicional com manta
liquida, antes de ser recolocado o piso cerâmico, apesar de não termos danificado a
impermeabilização antiga.

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entre desnível de pisos interno e externo.
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FOTO 78 e 79 – Aplicação de impermeabilizante líquido – Vedacit na laje externa.
FOTO 80 – Aplicação de impermeabilizante líquido – Vedacit na laje externa – lateral
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– Vedacit na laje externa
de impermeabilizante líquido
FOTO 81, 82 e 83 – Aplicação
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Dia 24.02.2021, reunião realizada no apto 304 com a empresa CUBE engenharia e
ARKVIVA e proprietários do imóvel para definição de quais medidas a serem
tomadas na unidade para sanar os problemas do apto 294, provenientes da
infiltração.
Ficou identificado que o problema está no caixão perdido da piscina, no qual não se
tem acesso por ser muito estreito.
Definido em reunião que a ARKVIVA faria a demolição total da laje lateral da piscina
e requadramento a pedido dos proprietários para posterior impermeabilização pela
Empresa CUBE Engenharia.
Dia 25.02.2021 – início da demolição da laje lateral a piscina conforme fotos abaixo:
Neste local, conforme solicitado pelo proprietário e devido a laje do entorno não ter
nenhum aspecto estrutural, sendo feito apenas para encobrir as tubulações da

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piscina, executamos a demolição do mesmo para possibilitar o acesso do caixão
perdido que foi executado inicialmente pela Construtora Helbor.
Problemas encontrados no momento da demolição:
1 - Identificado somente 1 ponto de ralo que aparece no apto 294, mas nas fotos do
apto inferior, temos duas saídas de ralo e não somente 1 como aparece na unidade
304.
2 - Identificado que não há caimento do fundo do piso, direcionando a água para os
ralos;
3 - Identificado que não há revestimento nas paredes laterais do caixão perdido.
4 - Identificado que a impermeabilização não foi realizada de acordo com as normas
nas laterais do caixão perdido, tendo pontos falhos, por onde pode acontecer a
infiltração na unidade abaixo;
5 – Identificado que a impermeabilização executada, não esta em todo o vão do
caixão perdido, possível causa de infiltração na unidade 294.
6 - Identificada parede paralela a parede da piscina (provável apoio das lajes). Por
onde pode entrar água e infiltração na unidade abaixo;
6 - Identificado que não foi feita a meia cana no encontro das laterais das alvenarias
e do piso.
Outros Possíveis pontos de vazamento:

1 – Parede do shaft junto a piscina. Local que no encontro da piscina com o shaft foi
impermeabilizado a emenda com manta liquida. Possível local de trinca ou fissuras
que podem ocasionar vazamento.
2 – Refazer toda tubulação hidráulica de apoio a piscina e também verificar as
tubulações elétricas que passam nesta área.

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problemas de infiltração na unidade 294
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FOTO 85 e 86 – demolição de laje na lateral da piscina para entendimentos dos

FOTO 84 – demolição de laje na lateral da piscina para entendimentos dos
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infiltração do apto inferior
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problemas de infiltração na unid
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FOTO 89 – identificado ponto de ralo na laje do fundo da piscina – ponto 01 de
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FOTO 90 – manta existente na laje superior que foi demolida
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na
piscina
infiltração
lateral
unidade 294
entendimentos
para
dos problemas de
FOTO 93, 94 e 95 –
na
da
demolição de laje
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FOTO 98, 99 e 100 – Identificado
parede lateral a parede da
piscina com vão entre as
paredes, possível foco de
infiltração de água.
Uma das laterais da piscina
possui manta de
impermeabilização.
Foi executada alvenaria sobre a
manta, o que possivelmente
pode haver pontos falhos de
impermeabilização

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FOTO 101, 102 e 103 – Identificado parede lateral a parede da piscina com vão entre
as paredes, possível foco de infiltração de água.
Uma das laterais da piscina possui manta de impermeabilização.
Foi executada alvenaria sobre a manta, o que possivelmente pode haver pontos
falhos de impermeabilização e na parede da fachada do prédio, a
impermeabilização não acontece ate a altura final da alvenaria.
Observa-se que a parede interna da fachada, não possui revestimento de chapisco,
emboço e reboco.

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FOTO 104, 105 e 106 – Identificados empossamento de água na lateral da piscina,
onde constatamos a falta de uma descida de ralo nessa lateral, conforme mapa de
identificação dos pontos de infiltração no apto 294.
Identificado que não existe caimento de água direcionado ao ralo do fundo da

piscina, e identificado falhas de impermeabilização de manta na lateral das
alvenarias da piscina e fachada e trechos sem nenhum tipo de impermeabilização.

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Abaixo, foto da sobreposição dos apartamentos e foto da descida de tubulação na
suite master do apto 294. Não há abertura do ralo na lateral da piscina no apto 304,
o que está ocasionando o empossamento da agua nessa região.
FOTO 107 e 108 – ponto 02 onde não encontramos a saída do ralo na lateral da
piscina e foto da tubulação vista pelo apartamento 294.

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Além disso, observamos nas próximas fotos, que na laje do fundo da piscina não foi
realizada a impermeabilização. Ou seja, significa que a água empossada está
infiltrando pela laje onde não há impermeabilização e ocasionando todos os
problemas de infiltração no apto 294.
Após a aplicação das injeções de impermeabilização na laje inferior, a água está
sendo espalhada na laje e buscando uma fissura, para saída. O que pode estar
ocasionando outros pontos de infiltração no apto 294 .
FOTO 109, 110 e 111 – Identificados empossamento de água na latera da piscina,

junção entre fundo e lateral da piscina. Identificado falhas de impermeabilização de
manta na lateral das alvenarias da piscina e fachada e paredes do funda da piscina.

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necessária entre piso e parede para subida da manta asfáltica.
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FOTO 112 e 113 – Identificado falta de revestimento de chapisco, emboço e reboco na

lateral da fachada do prédio, falha de impermeabilização não tendo a curvatura
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Além das infiltrações na piscina, os proprietários da unidade 304, tb estão com
outros problemas de infiltração nas suítes do pavimento superior da cobertura.
Essas infiltrações também foram realizadas os reparos pela construtora Helbor antes
da entrega da unidade aos novos compradores. E foram feitos os reparos pela
mesma empresa Cube Engenharia. A qual podemos observar que também não
foram resolvidos.
Identificando mais uma vez os problemas de má execução de obra por parte da

Construtora Helbor.
Abaixo segue fotos das suítes com identificação de trincas e umidade nas paredes
das suítes.
Em anexo, encontra-se ata de assembleia de 06.08.2020 do condomínio, para

resolução dos assuntos referente a Obras de Restauração e Pintura de Fachada,
Muros e Gradis, onde consta problemas de infiltração nas unidades provenientes de
trincas e rachaduras nas fachadas das torres.
Segue abaixo, trechos da ata de assembléia

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FOTO 114 – Umidade na suíte 01 do pavimento superior da cobertura. Umidade
ocasionada no mesmo posicionamento dos reparos realizados pela empresa Helbor
antes de ser entregue ao novo proprietário.
FOTO 115 – Umidade na

suíte 01 do pavimento
superior da cobertura.
Umidade ocasionada
no mesmo
posicionamento dos
reparos realizados pela
empresa Helbor antes
de ser entregue ao
novo proprietário.
FOTO 116 – Trinca

existente na parede.
Mesmo
posicionamento de
reparos realizados pela
empresa Helbor antes
da entrega oficial ao
novo proprietário.

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Abaixo segue dados meterorológicos ocorridos na região metropolitana de São
Paulo.
Observa-se nas informações abaixo, a quantidade de dias de chuva ocorridos nos
meses de novembro e dezembro de 2020 e janeiro e fevereiro de 2021.
Fonte de informação do site https://www.climatempoconsultoria.com.br/
Fonte de informação do site https://www.cgesp.org

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As informações acima, demonstram que ocorreram muitas chuvas nos meses

anteriores, impossibilitando a conclusão dos serviços iniciados dos reparos de
impermabilização por parte das empresas envolvidas. Muitas vezes, sendo feito o
serviço e tendo que ser refeito por causa das chuvas.

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Conclusão Final:
Os proprietários da unidade 304, em momento algum deixaram de tentar

solucionar os problemas causados pela infiltração na unidade abaixo 294, conforme
relatos das conversas apresentadas nesse documento.
Os problemas de infiltração na unidade abaixo, não foram ocasionados pela reforma

executada na unidade, uma vez que o morador da unidade 294, disse que os pontos
de infiltração ocorrem desde o ano de 2017, quando ele adquiriu o apartamento.
Identificamos pontos existentes de má execução de obra por parte da construtora

Helbor, na área de piscina, caixão perdido, que estão ocasionando transtornos nas
unidades 294 e 304 da Torre Borborema, desde 2017 e não foram resolvidos com a
contratação da empresa Cube Engenharia no momento da entrega das chaves para
os novos proprietários da unidade, trazendo problemas jurídicos e financeiros para
ambas as unidades.
Alguns pontos como exemplificados anteriormente, não havia como resolver a
questão sem ter que demolir parte da laje lateral da piscina, onde foram
identificados outros erros de execução por parte da Construtora.
Além disso, a unidade 304, possui pontos de umidade nas paredes externas da
fachada nas suítes superiores do apartamento, conforme ata de assembleia de
06.08.2020 do condomínio para resolução dos assuntos referente a Obras de
Restauração e Pintura de Fachada, Muros e Gradis, onde consta problemas de
infiltração nas unidades provenientes de trincas e rachaduras nas fachadas das
torres.
Realizados todas as reformas na unidade 294 e após entrega da obra de reforma de

interiores em 17/07/2020, começaram as novas reclamações de infiltração na
unidade abaixo, identificados os pontos novamente onde estavam ocorrendo os
problemas, de imediato foram sendo realizados os reparos pontuais nos ambientes.
Podemos observar tb que os dias de chuvas ocasionados nos meses anteriores, não
contribuíram para que todos os serviços fossem concluídos e entregues dentro dos
prazos estabelecidos.

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. INTERIORES
Diante de todos os acontecimentos, podemos observar que nunca houve
negligência por parte dos proprietários da unidade 304 para resolver os problemas
amigavelmente, e que mesmo antes de serem notificados juridicamente pela
unidade abaixo, foram sendo sanados os problemas pontualmente das infiltrações.
E que mesmo sendo feitos todos os reparos e impermeabilização os problemas
continuariam se não tivéssemos feito a demolição da laje lateral para de uma vez
por todas podermos entender e resolver as questões de infiltração.
Orientamos nosso cliente, proprietário da unidade 304 a apresentar os pontos

identificados a administração do condomínio, e informar ao proprietário da unidade
inferior n 294, para que juntos pudessem tomar a melhor decisão referente a quais
ações deveriam ser tomadas em conjunto.
Guarulhos de março de 2021
Eng. Osmar Cirqueira Pinto Junior
Arq. Flavia Fernanda Fedeli

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RO-001-626-21
São Paulo, 22 de Fevereiro de 2021.
À
CONDOMÍNIO PARQUE CLUBE GUARULHOS
Rua Augusta, 183 – Vila Augusta - Guarulhos - SP.
Att.: Sr. Alexandre Rezende Bastos

Gerente Predial
Ref.: Relatório de ocorrência vazamento hidráulico no reservatório superior da cobertura da torre

Borborema final 4 - 304.
Prezados (as) Senhores (as),
Conforme solicitado segue breve relato referente ao vazamento de água ocorrido no dia
17/02/2021 .
1. SITUAÇÃO ATUAL
O antendimento da ocorrência do vazamento de água no apartamento 304 Borborema foi no dia

18/02/2021 por volta das 01h30 da manhã. O Líder da Álamo Flávio Nazaré Damaceno fez o primeiro
atendimento e também acionou o Gerente Predial Alexandre Rezende Bastos.
2. PROVIDÊNCIAS
Atendendo a solicitação a equipe se fez presente no dia 18/02/2021 para vistoriar as instalações de
e fazer os primeiros atendimentos e verificar que:
Vazamento :
• Ao inspecionar a cobertura da torre Borborema, verificou-se que o motivo do vazamento foi

pelo transbordamento do reservatório provocado pela avaria na bóia mecânica do
reservatório, a água saiu pela tubulação de extravazão chamada de “ladrão”;
• Constatou que a água saiu pela calha do telhado e começou a empoçar, pois na laje tem apenas
01 grelha e não daria conta da enorme vazão de água;
• A água acumulada começou a subir o nível na laje e passou para debaixo do telhado;
• Abaixo do telhado de fibrocimento havia impermeabilização assim como na laje, porém nas
muretas que apoiam os caibros e fazem a caida do telhado não havia sido aplicado a
impermeabilização na “volta da mureta”;
• Provavelmete a água que acumulou na laje antes de passar para debaixo do telhado, percolou
onde não havia impermeabilização, desceu até a unidade 304, começou a causar infiltrações e
posterior vazamento pela parade;
• O vigilante que estava no período, foi orientado a fechar a valvula de enchimento do
reservatório para inibir o recalque de água que estava sendo enviada até o reservatório.
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3. CONDIÇÕES DOS LOCAIS
conservação
atual estado de
Manta líquida a frio
aplicada no telhado
superior
avariado
Borborema
reservatório
Bóia mecânica do
Para vosso conhecimento e avaliação foram obtidas as fotos a seguir do local:
ação na
Altura da
barrilete.
Peça
parede do
avariada
impermeabiliz
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Falha de
da laje
parede
Ponto de
umidade na
impermeabilização
Impermeabilização
de água
lâmina d´agua
Ralo não está no
acumulando uma
Pontos de acumulo
adequada de água
as telhas e
pode não dar vazão

mesmo nível do piso,
madeiras sem
Mureta que apoia
impermeabilização
avarias
Manta sem
manta
Sem
ilização
adequada
Pontos debaixo
do telhado sem
impermeab
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4. RECOMENDAÇÕES
• Refazer a impermeabilização nas partes que faltam e refazer as muretas internas e externas
que apoiam as escoras e tesouras do telhado;
• Fazer reparo da boia mecânica do reservatório superior da torre borborema;
• Fazer reparos civil no apartamento 304 Borborema contemplando pintura;
• Fazer reparo no forro e posterior pintura;
5. OBSERVAÇÕES
Conforme contrato firmado entre a Álamo e a INNOVA referente à prestação de serviços, é

importante ressaltar que a Álamo não realiza as seguintes atividades no contrato Condomínio
Parque Clube Guarulhos conforme descrições abaixo:
Manutenção predial do sistema de impermeabilização de telhados e paredes
Diante disso, as manutenções descritas são por conta dos condomínio.
Porém diante das ocorrências e anormalidades, estamos protamente dispostos e solicitos a
prestarmos todo o suporte técnico e pareceres necessários para o condomínio, a fim de garantir a
integridade das operações, bem como reforçar a importância das manutenções preventivas e não
causar impactos aos usuários.
Atenciosamente,
Péricles Gonçalves Reis

Engº Civil
Coordenador de
Operacções I
ÁLAMO ENGENHARIA S.A.
Flávio Nazaré Damaceno

Líder de Manutenção
ÁLAMO ENGENHARIA S.A.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por REGINA BONILHA DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/03/2021 às 22:37 , sob o número WGRU21701242788
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10º VARA

CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE GUARULHOS/SP.
Autos do processo digital nº 1042704-23.2020.8.26.0224
HELBAACO EMPREENDIMENTOS IMOBLIÁRIOS

LTDA, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.232.413/0001-40, com
sede à Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, nº 1145, 15º Andar,
Jardim Armênia, Mogi das Cruzes - SP, CEP 08.780-500, por suas advogadas
(Docs. anexos), nos autos da Ação de Indenização por Danos Materiais e
Morais promovida por ADRIANO MARTINS e IRAÍNA VECHINA DE SOUZA
MARTINS, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 297 e seguintes, do Código de Processo Civil, apresentar
CONTESTAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
Av. Brigadeiro Faria Lima 1993 1° andar cj.11

Jardim Paulistano 01451-919 São Paulo SP
T. [11] 3034.1949 www.amaralenicolau.com.br
contencioso@amaralenicolau.com.br
.
fls. 439
I. Síntese da inicial
1. Trata-se de ação de obrigação de fazer com
pedido de indenização, motivada na ocorrência de alegados danos materiais e
morais, na qual pleiteiam, em sede de tutela antecipada:
(i) Seja deferida a tutela provisória de urgência

incidental para que os Requeridos façam as
seguintes obras: aplicação de manta
impermeabilizante de acordo com as normas
técnicas em toda área externa e da piscina da laje
piso do apartamento nº 304 do Bloco Borborema,
com os devidos detalhes de recobrimento e proteção
nas dobraduras das paredes, bem como consertos
das falhas construtivas existentes e comprovadas
mediante laudo pericial; além de sanar as infiltrações
no teto do imóvel e demais danos originários dos
referidos vícios sob pena de multa diária de R$
1.000,00 (Hum Mil Reais);
2. No mérito pleiteiam:
(i) Seja julgado procedente o pedido para

condenar os Requeridos pelos danos morais
sofridos, oriundos dos transtornos causados pelos
vícios e descaso dos mesmos na solução dos
problemas apresentados no valor de R$50.000,00
(Cinquenta Mil Reais);
(ii) A Condenação dos Requeridos na Obrigação

2
de Fazer para reparar os danos patrimoniais sofridos

.
fls. 440
no imóvel com a sua devida reforma mediante a

recolocação do teto e eventuais molduras em gesso,
pintura, e, substituição de luminárias danificadas e
ou indenização substitutiva;
(iii) A Condenação em Indenização pelos danos

patrimoniais sofridos, com a deterioração dos móveis
e pisos de madeira que guarnecem a residência,
mediante apresentação de orçamento de
profissionais de preferência e confiança dos Autores;
(iv) A Condenação dos Requeridos ao

Ressarcimento dos demais danos materiais sofridos
pelos Autores: (i) desembolso com pericia particular
contratada para elaboração de Laudo Técnico de
vistoria predial de engenharia civil (engº Jorge
Marques da Silva Santos (doc anexo) ; (ii) Gastos
com mudança, instalação e com alugueres e demais
despesas acessórias enquanto perdurar a presente
demanda; (iii) Dispêndio com contratação de
advogado para interpor a presente demanda judicial
(doc anexo), bem como, demais despesas que
porventura advenham dos problemas causados pelo
apartamento 304 do Bloco Borborema;
3. Em síntese, afirmam os requerentes que são

os legítimos proprietários do imóvel, desde 19 de setembro de 2017, situado na
Rua Augusta, n.º 183, Vila Augusta, na cidade de Guarulhos/SP, denominado
Condomínio Residencial Parque Clube, sendo que desde sua aquisição afirma
que em dias de chuva, passou-se a perceber um ponto de umidade e infiltração
3
na suíte Master.

.
fls. 441
4. Alega que tentou resolver junto ao condomínio

que lhe orientaram recorrer a ré Helbaaco, que contratou a empresa Cube
Engenharia para efetuar o devido reparo neste ponto de vazamento, porém,
sem sucesso, tendo em vista que a infiltração e o vazamento na suíte
permaneceu ocorrendo em dias de chuva.
5. Seguem alegando que os proprietários do

imóvel unidade autônoma 304 – localizado na cobertura da mesma Torre 1, e
no andar acima do imóvel dos autores, os corréus Sr. Fábio Barneschi e sua
esposa Simone Donato Coutinho Barneschi, iniciaram em meados de 2018,
reforma em sua residência, a qual incluiu a área externa do apartamento.
6. Afirmam que a partir do inicio das obras pelos

corréus, notaram o latente agravamento da umidade, infiltrações e vazamentos;
problemas estes que os autores vêm tentando solucionar sem êxito a mais de
um ano.
7. Relatam que os corréus tinham total

conhecimento dos danos suportados pelos autores, mas finalizaram a obra na
sua parte decorativa, razão pela qual solicitaram a visita técnica dos
responsáveis pela obra para que pudessem verificar a situação dos autores,
ocasião em que foram constados os problemas e efetuada a aplicação resina
para vedação dos vazamentos, o que alegam os autores que piorou a situação
dos vazamentos.
8. Assim, diante da piora do vazamento, os

autores contrataram um engenheiro civil que vistoriou e emitiu laudo técnico,
que embasou a notificação enviada aos corréus para que se manifestassem
sobre a solução do problema.
4

.
fls. 442
9. Em resposta, os corréus se comprometeram a

resolver o problema de forma pontual mediante a injeção de resina. No entanto,
os autores não concordam, pois afirmam que o laudo técnico do engenheiro
contratado especifica que os reparos devem ser feitos considerando: a
aplicação de manta impermeabilizante em toda a área externa e da piscina da
laje do apartamento nº 304 da torre 01 (com os devidos detalhes de
recobrimento e proteção nas dobraduras das paredes, assim como o conserto
das falhas construtivas existentes com a apresentação de anotação de
responsabilidade técnica “ART” do profissional técnico responsável pelos
serviços de impermeabilização, com respectivo memorial descritivo dos
serviços executados com termo de garantia.
10. Diante da ausência de resolução dos

problemas nos termos do parecer técnico, pugnam pela procedência do pedido.
11. Não obstante tais argumentos, certo é que a

presente ação não detém condições de prosperar, porquanto ausentes
fundamentos fáticos e jurídicos que possam dar ensejo à procedência do
pedido formulado pelos autores, consoante as rés passam a demonstrar.
Senão vejamos.
II. Das preliminares
II.1. Da ilegitimidade passiva da ré Helbaaco
1. Primeiramente, cumpre esclarecer que não

estão presentes todos os requisitos de admissibilidade da petição inicial, em
especial, com relação à patente ilegitimidade passiva da ré Helbaaco,
porquanto, da simples leitura dos relatos dos fatos na peça inicial é possível
5
constatar que os responsáveis pelos vazamentos são os corréus.

.
fls. 443
2. Pois bem. Os autores afirmam em seu

relato que os vazamentos são decorrentes de obras realizadas pelos
corréus na unidade 304, localizada acima da unidade dos autores, o
mesmo é o possível constatar por meio de toda a documentação acostada
à inicial.
3. Os Autores narram que efetuaram

reclamações diretamente aos corréus, que inclusive efetuaram reparos na
unidade, mas que não foram suficientes para resolver o problema.
Vejamos trecho da peça inicial onde os autores assim confessam:

.
fls. 444
4. No mesmo sentido, Excelência, diante da
tentativa frustrada de resolução pelos corréus, os autores novamente os
acionaram por meio de notificação extrajudicial, direcionada aos autores.
Vejamos:
5. Da mesma forma, todas as conversas para

solucionar os vazamentos ocorreram entre os autores e os corréus,
conforme conversas do aplicativo WhatsApp juntadas pelos autores às
fls. 81/87.
6. Veja Excelência, que os autores têm plena

7
ciência de que o vazamento na sua unidade é de responsabilidade dos

.
fls. 445
corréus que efetuaram modificações na sua unidade, tanto que assim

relataram na peça inicial, bem como, em momento algum acionaram a ré
Helbaaco diretamente por meio da Central de Atendimento.
7. Ademais, no que tange à relação entre a ré
Helbaaco e os proprietários da unidade nº 304, será mais bem abordado no
mérito, que estes assumiriam a responsabilidade pela impermeabilização
da unidade por terem alterado o projeto inicial, bem como assinaram o
termo de posse aos 24/07/2019, tendo sido elaborado um laudo de vistoria
aos 22/07/2019.
8. Conforme Laudo de Vistoria de Constatação

(anexo) elaborado pela ré quando da entrega da unidade nº 304 aos
proprietários, ora corréus, restou consignado que ficariam responsáveis pelas
obras da piscina e em torno. Vejamos:

Jardim Paulistano
T. [11] 3034.1949
01451-919
São Paulo
www.amaralenicolau.com.br
SP
9
fls. 446
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por REGINA BONILHA DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/03/2021 às 22:37 , sob o número WGRU21701242788 .
.
fls. 447
9. Assim, comprovada a responsabilidade da
corré em arcar com eventuais danos causados aos autores, pelo que se requer
o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, a fim de que seja
extinta a demanda na forma do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo
Civil.
II.2. Da carência de ação. Da falta de interesse de agir do autor. Da

quitação outorgada
1. Insta ressaltar, também, que os autores são

carecedor do direito de ação, por falta de interesse processual em razão
da quitação outrora concedida a ré, sendo de rigor a extinção do processo
sem julgamento de mérito nos moldes do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil.
10

.
fls. 448
2. Isto porque, o autor assinou o Termo de

Vistoria e Posse sem ressalva e, posteriormente, no Termo de Recebimento
das Chaves em que foi dada plena e geral quitação quanto as obrigações
assumidas no Instrumento Particular de Promessa de Venda e Compra,
como no respectivo Memorial de Incorporação, não podendo para nada
mais reclamar a que título for.
(...)
(...)
11

.
fls. 449
3. Sob esse aspecto, é cediço que os documentos
em referência são atos jurídicos e encontram-se revestido de todas as
formalidades legais que lhe confere validade e eficácia, não podendo jamais
ser desconsiderados, sob pena de verdadeira anarquia contratual.
4. Neste ponto, é certo dizer que a presente ação

não possui qualquer finalidade útil, carecendo o autor de interesse processual,
uma vez que, conforme anexo Termo de Vistoria e Entrega de Chaves, foi
outorgada plena e geral quitação sobre as obrigações assumidas pela ré no
Instrumento Particular de Promessa de Venda e Compra.
5. Com efeito, há que se observar que os autores,

pessoas absolutamentes capazes, esclarecidas e instruídas, opôs sua
assinatura, por livre e espontânea vontade, manifestando concordância
aos termos e cláusulas expostas no Termo de Transferência de Posse e
de Entrega de Chaves.
12

.
fls. 450
6. Diante do exposto, requer seja acolhida a

preliminar supra, pois falta aos autores interesse de agir processual, de
modo que é medida de rigor a extinção o presente feito, sem julgamento do
mérito, nos termos dos artigos 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.
III. Do mérito
1. Caso este D. Juízo não entenda pelo

acolhimento das preliminares arguidas, o que somente ad argumentandum se
cogita, com relação ao mérito não cabem aos autores melhor sorte, conforme
adiante será demonstrado.
2. Ademais, convém salientar que a matéria

preliminar confunde-se, em parte, com o mérito, no que diz respeito à
responsabilidade de reparar os danos causados, razão pela qual pedimos
venia para fazer remissão as razões antes expostas, debatendo, no mais, o
quanto segue.
III.1. Da realidade dos fatos e da ausência de reponsabilidade da ré

Helbaaco haja vista as alterações efetuados pelos corréus na unidade
acima dos autores
1. Com efeito, fato notório que a empresa

HELBAACO Conforme amplamente exposto, os autores têm plena ciência de
que o vazamento na sua unidade é de responsabilidade dos corréus que
efetuaram modificações na sua unidade, tanto que assim relataram na peça
inicial, bem como, em momento algum acionaram a ré Helbaaco diretamente
por meio da Central de Atendimento.
2. Pois bem. Inicialmente, no que tange à

13
relação entre a ré Helbaaco e os proprietários da unidade nº 304, cumpre

.
fls. 451
demonstrar estes assumiriam a responsabilidade pela impermeabilização

da piscina por terem alterado o projeto inicial, assinando o termo de
posse aos 24/07/2019, tendo sido elaborado um laudo de vistoria aos
22/07/2019.
3. Neste ponto, esclarece-se que os corréus

foram emitidos na posse do imóvel aos 24/07/2019, ocasião em que deram
quitação à ré Helbaaco. Vejamos:
4. Conforme Laudo de Vistoria de Constatação

aos 22/07/2019, cuja íntegra segue anexa, elaborado pela ré antes da entrega
da unidade nº 304 aos proprietários, ora corréus, restou consignado que
ficariam responsáveis pelas obras da piscina e em torno. Vejamos:
14

Jardim Paulistano
T. [11] 3034.1949
01451-919
São Paulo
SP
15
fls. 452
5.
Jardim Paulistano
T. [11] 3034.1949
Ademais,
01451-919
conforme
São Paulo
SP
também
preliminarmente, cuja repetição se faz necessária em razão da confusão com o
exposto
mérito, da simples leitura dos relatos dos fatos na peça inicial é possível
16
fls. 453
.
fls. 454
constatar que os responsáveis pelos vazamentos são os corréus, tanto

que estes já realizaram reparos na unidade dos autores.
6. Pois bem. Os autores afirmam em seu
relato que os vazamentos são decorrentes de obras realizadas pelos
corréus na unidade 304 localizada acima da unidade dos autores, o
mesmo é o possível constatar por meio de toda a documentação acostada
à inicial.

unidade, mas que não foram suficientes para resolver o problema.
8. Além de todo o exposto, os autores mencionam

vagamente na peça inicial que existem falhas construtivas, apuradas no laudo
de vistoria elaborada por um engenheiro contratado pelos autores, contudo,
vislumbra-se que o perito contratado pelos autores atribui falha à
construção de forma genérica, mas conclui pela responsabilidade dos
corréus em todo o desenvolvimento do laudo. Vejamos trechos do ferido
laudo:
Fls. 18
Fls. 31
17

Fls. 55
Fls. 33
Fls. 102
Fls. 100
Jardim Paulistano
T. [11] 3034.1949
01451-919
São Paulo
SP
18
fls. 455
.
fls. 456
9. Assim, não há qualquer possibilidade de se

aventar responsabilidade da ré Helbaaco pelos danos alegados pelos autores,
eis que a responsabilidade integral é dos corréus.
10. Assim, requer-se seja a presente ação julgada
IMPROCEDENTE, devendo os autores dirigirem seus pleitos aos corréus,
únicos legitimados para responder pelos supostos prejuízos apontados na
exordial.
III.3. Da inexistência do dever de reparação.
1. No que diz respeito ao pedido reparatório por

alegadas anomalias, supostamente, causadas pelas rés, imperioso lembrar
lição básica no sentido de que a responsabilidade civil nasce da relação de
causalidade entre o dano e o fato imputável ao agente, considerada, sobretudo,
a culpa deste.
2. Resta clara a hipótese de culpa exclusiva de

terceiro – proprietário da unidade 304 (cf. § 3º do artigo 12 do CDC)
assumiram a responsabilidade pela impermeabilização da unidade por
terem alterado o projeto inicial.
3. Nesta senda, cabe ressaltar os termos do

laudo de vistoria contratado pelos próprios autores que atribuem a
responsabilidade dos corréus para pagamento de qualquer indenização.
Vejamos:
19

.
fls. 457
4. Nas lições de Silvio Rodrigues, in Direito Civil,
vol. 4, 9ª edição, Editora Saraiva, p. 07:
“E, de fato, tanto na configuração da

responsabilidade contratual, como na aquiliana,
vários pressupostos são comuns. Numa e outra
mister se faz a existência do dano, a culpa do
agente e a relação de causalidade entre o
comportamento do agente e o dano experimentado
pela vítima ou pelo outro contratante”.
5. Note-se que é regra fundamental do

ordenamento jurídico que “o ofendido só tem direito à reparação, se comprovar
que o evento lesivo se deve ao ato culposo do agente” (in Curso de Direito
Civil, 5º Vol., Washington de Barros Monteiro, 20ª ed., São Paulo: Saraiva,
1985, p. 406).
6. Ou seja, para que fique caracterizada a

responsabilidade da ré devem ficar configurados alguns elementos essenciais,
a saber: ação ou omissão culposa das rés, danos comprovados, por parte da
autora, e nexo de causalidade entre o dano e o ato das rés.
7. Assim, para que exista a obrigação de

indenizar alguém, materialmente ou moralmente, ou ainda ambos, é necessário
20
que se proceda a uma minuciosa demonstração da culpa do imputado, ou à

.
fls. 458
simples comprovação do implemento do nexo causal, constituindo-se, portanto,

a ação de ressarcimento por danos materiais e morais uma fórmula jurídica de
compensação ao lesado, transferindo ao agente o ônus correspondente à
satisfação do prejuízo por ele causado.
8. Nesse sentido, dispõe Carlos Alberto Bittar in

Responsabilidade Civil: Teoria & Prática, 3ª ed., Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1999, p. 13:
“Deve, por fim, haver vínculo (nexo causal) entre a

ação e o evento, de sorte a poder-se concluir que o
dano proveio do fato do agente. Por outras palavras,
cumpre que seja este causa do prejuízo: que exista uma
relação, certa e direta, entre o fato desencadeador e o
resultado danoso, dentro da teoria denominada
“equivalência das condições”. Afastam-se, para o agente,
as condições que não sejam hábeis à produção do
resultado; vale dizer, as conseqüências que não tenham
vinculação com a sua ação, ou derivem da interferência
de causas estranhas” (grifos nossos).
9. Portanto, inexiste in casu qualquer ilícito civil

e/ou contratual por parte da ré a justificar a aplicação das penalidades
requeridas pelo autor, o que, por si só, já afasta a procedência do pedido, haja
vista que, como bem se sabe, a obrigação de indenizar nasce da relação de
causalidade entre o ato ilícito e os danos provocados pelo agente, considerada,
sobretudo, a culpa deste.
10. Com efeito, vale salientar, a obrigação de

indenizar não decorre simplesmente da demonstração de culpa, mas,
sobretudo, da relação de causalidade entre a atividade exercida pelas rés e o
21

.
fls. 459
suposto danos sofridos pelos autores, sendo causa excludente de

responsabilidade a ocorrência eventual culpa exclusiva de terceiros, corréus.
11. Nessa esteira de ideias, em vista a ausência
de responsabilidade da ré, bem como a constatação de perfeita habitabilidade
da unidade, incabível a condenação da ré no pagamento de indenização,
seja por danos materiais ou morais.
III.3.1. Inexistência de danos materiais
1. Os autores pretendem a condenação da ré ao

pagamento de danos materiais referentes: (i) danos sofridos com a
deterioração dos móveis e pisos de madeira que guarnecem a residência; (ii)
desembolso de valores com a perícia particular contratada pelos autores; (iii)
gastos com mudança, instalação e com alugueres e demais despesas
acessórias enquanto perdurar a presente demanda; (iv) Dispêndio com
contratação de advogado para interpor a presente demanda, bem como,
demais despesas que porventura advenham dos problemas causados pelo
apartamento 304 do Bloco Borborema.
2. Primeiramente, há de se recordar o necessário

acolhimento da tese preliminar e na responsabilidade exclusiva das corréus em
arcar com eventual dano para aos autores.
3. No entanto, na remota hipótese de superada a

preliminar e apenas por amor ao argumento, cabe colocar que falta de nexo
causal entre a conduta da ré e os supostos danos causados aos autores para
que se pudesse cogitar em reparação por danos materiais.
22

.
fls. 460
4. Ademais, é de suma importância considerar

que para condenação de danos materiais é necessário que se comprove
prejuízo e, no caso, os autores NÃO LOGRARAM ÊXITO EM COMPROVAR A
EFETIVA EXISTÊNCIA DOS DANOS PATRIMONIAIS.
5. No mesmo sentido as pretensões de reembolso

com os gastos para contratação de engenheiro particular e advogados para o
ingresso da presente ação, uma vez que quaisquer gastos em decorrência do
vazamento não são de responsabilidade da ré.
6. Ademais, é importante considerar que cabe aos

autores fazer prova de seu direito, conforme regra preconizada no artigo 333, I,
do CPC1.
7. Deste modo, não há que se falar em obrigação

de indenizar. Portanto, não pode os autores requerer indenização a título de
dano patrimonial, baseando-se em situação hipotética e o pior, sem comprovar
efetivamente qual prejuízo tenha suportado.
8. Portanto, conforme demonstrado, a pretensão

dos autores ao recebimento de indenização a título de danos materiais deve
ser rejeitada, posto que desprovida de qualquer fundamentação de fato ou de
direito.
III.3.2. Dos danos morais
1. No que toca ao pleito de dano moral, insta

salientar que os alegados dissabores elencados pelos autores, por si só, não
1
Art. 333, CPC – O ônus da prova incumbe: 23
I – à autora quanto ao fato constitutivo do seu direito.

.
fls. 461
ensejam a respectiva indenização, sob pena de banalização do instituto, o que

certamente poderá causar o enriquecimento ilícito.
2. No entanto, ainda que aceitos, o que se
admite apenas por amor ao debate – já que não há qualquer comprovação nos
autos quanto a sua existência –, não são suficientes para caracterizá-los como
danos indenizáveis.
3. É flagrantemente absurda a ideia da

ocorrência de dano moral aos autores, pois somente os atos ou fatos ilícitos
que firam direitos da personalidade, refletindo gravemente em seu patrimônio
moral e com real extensão, justificam a reparação desta espécie de dano.
Neste sentido:
“Não é possível deixar ao puro critério da parte a

utilização da justiça por todo e qualquer melindre, mesmo
os insignificantes.
(...)
Para se ter direito de ação, o ofendido deve ter motivos
apreciáveis de se considerar atingido, pois a
existência de ofensa poderá ser considerada tão
insignificante que, na verdade, não acarreta prejuízo
moral.”
(in Humberto Teodoro Júnior, Dano Moral, p. 8/9)
“Mero dissabor não pode ser alçado ao patamar do dano

moral, mas somente aquela agressão que exacerba a
naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas
aflições ou angústias.”
(RSTJ 150/382)
24

.
fls. 462
4. Evidentemente que não basta a alegação de

dano, sem qualquer fundamento. É necessário que se torne absolutamente
certo e induvidoso que entre a conduta das rés e o prejuízo alegado haja nexo
de causalidade.
5. Com efeito, para existir a indenização de

danos morais é essencial a existência do pressuposto de ato ilícito para que se
faça imperiosa a obrigação de reparar o dano suportado, assim como a relação
de causalidade entre a ação do agente e a lesão sofrida.
6. Nas palavras do MM° Juiz de Direito da 35ª

Vara Cível do Foro Central da Capital, Nilson W. Ivanhoé Pinheiro, que com
muito bom senso assim se manifestou ao proferir julgamento no processo
número 884/98:
“A reparação do dano deve resultar na prova inequívoca

do abalo moral, cumprindo anotar ainda que é necessário
que se torne absolutamente certo, induvidoso, que entre
a conduta da ré e o prejuízo alegado e não comprovado
pela autora haja nexo de causalidade. Se a autora não se
desincumbe de fazer prova do fato constitutivo do direito,
o que lhe impõe o artigo 333, I, do CPC, não há como a
partir daí estabelecer-se qualquer nexo com a conduta ré.
(grifos e destaques nossos).
7. Neste aspecto, resta perfeitamente

demonstrado que a ré não pode ser responsabilizada por hipotético
constrangimento.
8. Desta forma, a ré destaca os sábios

ensinamentos do ilustre Desembargador Sérgio Cavalieiri Filho, in verbis:
25

.
fls. 463
“DANO MORAL – CONFIGURAÇÃO –

PRESSUPOSTOS.
Na tormentosa questão de se saber o que configura o
dano moral, cumpre ao juiz seguir a trilha da lógica do
razoável, em busca da sensibilidade ético-social normal.
Deve tomar por paradigma o cidadão que se coloca a
igual distância do homem frio, insensível, e o homem de
extremada sensibilidade.
Nessa linha de princípio, só devem ser reputados como

dano moral, a dor, vexame, sofrimento ou humilhação
que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no
comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe
aflição, angústia e desequilíbrio em seu bem estar, não
bastando mero dissabor, aborrecimento, mágoa,
irritação ou sensibilidade exacerbada. Destarte, estão
fora da órbita do dano moral aquelas situações que, não
obstante desagradáveis, são necessárias ao regular
exercício de certas atividades, como a revista de
passageiros nos aeroportos, o exame de malas e
bagagens na alfândega ou a inspeção pessoal de
empregados que trabalham em setor de valores”. (TJRJ,
2ª Câmara Cível., Apelação n. 8.218/95, Publ. 23/04/96,
Relator Des. Sérgio Cavalieri Filho, in ADCOAS
8152758).
(grifos nossos)
9. Por outro lado, ad argumentandum, é

preciso ponderar e reiterar que NÃO EXISTE NOS AUTOS NENHUMA
PROVA DE LESÃO AOS DIREITOS DE PERSONALIDADE a ensejar a
condenação a danos morais.
26

.
fls. 464
10. Aliás, o Judiciário não pode permitir que a

indenização se transforme em prêmio para a vítima, acrescentando um plus
onde o legislador não estipulou e fomentando a denominada “indústria do
dano moral” que o STJ vem coibindo com firmeza, após frequentes abusos na
fixação pelas instâncias ordinárias.
11. Outrossim, cumpre ressaltar que a doutrina

pátria igualmente repudia a concessão de indenização para pleitos como o
presente, ressaltando a perniciosidade do crescimento da denominada
“indústria do dano moral”, como se pode constatar das palavras do eminente
jurista SERGIO BERMUDES, em trechos constantes de artigo publicado no site
“www.no.com.br”, no dia 20 de novembro de 2000:
“A "indústria do dano moral" existe e prospera, em virtude

da deturpação de um instituto jurídico adotado pelo direito
positivo, isto é, o direito vigente no Brasil. Trata-se do
instituto da indenização do dano moral.”
(...)
“Incentiva a industria do dano moral, não apenas o
julgamento que estabelece com exagero o valor da sua
reparação. Também fomenta esse descalabro a decisão
que vê dano moral em qualquer desses inevitáveis
contratempos da vida na sociedade. Ainda quando irritem
e tragam desconforto, esses superáveis percalços
quotidianos não produzem o dano moral, cuja
configuração depende também de uma duradoura
conturbação emotiva.”
12. Portanto, deve ser julgado IMPROCEDENTE o

pleito de condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais e,
subsidiariamente, que haja a redução significativa do alto valor pleiteado; o que
desde já se pugna e espera. 27

.
fls. 465
III.4. Da inaplicabilidade do CDC
1. Os autores requerem a aplicação do Código
de Defesa do Consumidor ao presente caso sob a afirmação de que se
enquadram na categoria de consumidor por equiparação, nos termos do artigo
17 do referido Diploma.
2. Pois bem. Denomina-se consumidor por

equiparação todos aqueles que, embora não façam parte diretamente de uma
relação de consumo, sofrem os efeitos lesivos da falha na prestação de serviço
e, portanto, também merecem ser tutelados pelo microssistema legal, nos
termos do artigo 17 da Legislação Consumerista.
9. Contudo, conforme amplamente demonstrado

inexiste danos causados aos autores por conduta da ré, seja em razão do
necessário acolhimento da tese preliminar da responsabilidade exclusiva da
corré em arcar com eventual dano para aos autores, seja a falta de nexo causal
entre a conduta da ré e os supostos danos causados aos autores.
10. Desta feita, conclui-se que os autores não são

vitimas de qualquer evento de responsabilidade da ré, assim, não podendo ser
enquadrados na qualidade de consumidor por equiparação e amparados pela
legislação consumerista.
IV. Da conclusão
1. Diante de todo o exposto, requer-se digne-se

Vossa Excelência de:
28

.
fls. 466
a) acolher a preliminar de ilegitimidade da ré

Helbaaco para figurar no polo passivo da presente demanda, julgando-se
extinto o processo, sem julgamento do mérito, nos termos da norma do art.
485, VI, do Novo Código de Processo Civil.
b) acolher a preliminar de carência da ação em

razão da falta de interesse de agir dos autores, julgando-se extinto o
processo, sem julgamento do mérito, nos termos da norma do art. 485, VI, do
Código de Processo Civil;
c) caso Vossa Excelência entenda de forma

diversa, o que somente ad argumentandum se cogita, no mérito sejam os
pedidos julgados totalmente IMPROCEDENTES, condenando os autores ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios a serem
arbitrados por Vossa Excelência.
2. Protesta-se provar o alegado por todos os

meios em direito admitidos, especialmente testemunhal, documental e pericial.
3. Outrossim, para os efeitos previstos na norma

do artigo 272, § 5º, do Novo Código de Processo Civil, requer-se ainda que as
publicações ocorridas nestes autos sejam feitas em nome do advogado Julio
Nicolau Filho, inscrito na OAB/SP sob o n.º 105.694, sob pena de nulidade.
Termos em que pede deferimento.

São Paulo, 16 de março de 2021.
JULIO NICOLAU FILHO

OAB/SP 105.694
REGINA BONILHA DOS SANTOS
29
OAB/SP 344.099

fls. 467
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7518B7D.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7518B8A.
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Visualização disponibilizada pela Central Registradores de Imóveis(www.registradores.org.br)-Visualizado em:25/02/2021 14:55:55
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7518B8C.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7518B8F.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7518B8F.
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DATA: 22/07/2019
1 - PRELIMINARES:
REFERÊNCIA: VISTORIA DE CONSTATAÇÃO

EMPREENDIMENTO: Condomínio Parque Clube
HELBOR
UNIDADE BORBOREMA-304
PARQUE CLUBE GUARULHOS
ENDEREÇO: R. Augusta, 183 - Vila Augusta, Guarulhos - SP, 07025-130
1
fls. 578
colocação
3 – CONCLUSÃO:
ambientes e acabamentos.
2 – OBJETIVO DA VISTORIA:
Abaixo fotos gerais da unidade comprovando o seu estado e conservação.
Analizamos os acabamento em geral quanto a sua qualidade de acabamento e
2
Levantarmos as condições de acabamento atual da unidade, registrando os
fls. 579
FOTO 2.
FOTO 1.
TERRAÇO SUÍTE MÁSTER – VISTA GERAL

TERRAÇO SUÍTE MÁSTER – VISTA GERAL
3
fls. 580
FOTO 4.
FOTO 3.
SUÍTE MÁSTER – VISTA GERAL

4
fls. 581
FOTO 6.
FOTO 5.
BANHO SUÍTE MÁSTER – VISTA GERAL
5
fls. 582
FOTO 8.
FOTO 7.

6
fls. 583
FOTO 9.
FOTO 10.
CORREDOR DOS DORMITÓRIOS

7
fls. 584
FOTO 12.
FOTO 11.
DORMITÓRIO 1 – VISTA GERAL

8
fls. 585
FOTO 14.
FOTO 13.
BANHO SOCIAL – VISTA GERAL

BANHO SOCIAL – VISTA GERAL
9
fls. 586
FOTO 16.
FOTO 15.

10
fls. 587
FOTO 18.
FOTO 17.
SUÍTE 1 – VISTA GERAL

11
fls. 588
FOTO 20.
FOTO 19.
BANHO SUÍTE 1 – VISTA GERAL
12
fls. 589
FOTO 22.
FOTO 21.
ESCADA
BANHO SUÍTE 1 – VISTA GERAL
13
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FOTO 24.
FOTO 23.
ESCADA
ESCADA – VISTA DA SALA
14
fls. 591
FOTO 26.
FOTO 25.
CLIENTE
SALA – VISTA GERAL
SALA – VISTA GERAL – MATERIAIS DO
15
fls. 592
FOTO 28.
FOTO 27.

16
fls. 593
FOTO 30.
FOTO 29.
LAVABO – VISTA GERAL

LAVABO – VISTA GERAL
17
fls. 594
FOTO 32.
FOTO 31.
PARA COZINHA
FISSURA NO BATENTE
PORTA DE CORRER - ACESSO DA SALA
18
fls. 595
FOTO 34.
FOTO 33.
COZINHA – VISTA GERAL

COZINHA – VISTA GERAL
19
fls. 596
FOTO 36.
FOTO 35.
BANCADA)
COZINHA AZULEJO PERFURADO –
INFORMOU QUE VAI TROCAR TODA

PROPRIETÁRIO INFORMOU QUE VAI
MÃOS FRANCESAS (ESTÃO SOBRE A

TROCAR TODO REVESTIMENTO E NÃO
NESCESSITA QUE SEJA FEITA A TROCA
BANCADA DA COZINHA –PROPRIETÁRIO
20
BANCADA E NÃO QUIS A INSTALAÇÕES DAS
fls. 597
FOTO 38.
FOTO 37.
ÁREA DE SERVIÇO – VISTA GERAL
VISTA DO CORREDOR – ÁREA DE SERVIÇO
21
fls. 598
FOTO 40.
FOTO 39.
ÁREA DE SERVIÇO – VISTA GERAL
QUINA AMASSADA (NÃO FOI SOLICITADO)
22
ÁREA DE SERVIÇO – AZULEJO TRINCADO E
fls. 599
FOTO 42.
FOTO 41.
PASSAGEM
PROPRIETÁRIO INFORMOU QUE VAI

TROCAR TODO REVESTIMENTO E NÃO
NESCESSITA QUE SEJA FEITA A TROCA
ÁREA DE SERVIÇO AZULEJO TRINCADO –
23
ÁREA DE SERVIÇO – AZULEJO PERFURADO
NO PONTO DE FIXAÇÃO DO AQUECEDOR DE
fls. 600
FOTO 44.
FOTO 43.
BANHO SERVIÇO – VISTA GERAL
BANHO SERVIÇO – PORTA DE ALUMINIO
24
fls. 601
FOTO 46.
FOTO 45.
VISTA DO DEPÓSITO
VISTA DO DEPÓSITO - FORRO
25
fls. 602
FOTO 48.
FOTO 47.
CHURRASQUEIRA
TERRAÇO - VISTA DA ÁREA DA
TERRAÇO – VISTA DA BANCADA
26
fls. 603
FOTO 50.
FOTO 49.
SALA
PISCINA
TERRAÇO – VISTA GERAL EM FRENTE A
TERRAÇO – VISTA DA ÁREA EM FRENTE A
27
fls. 604
FOTO 52.
FOTO 51.
PISCINA
DECK DE MADEIRA.
TERRAÇO – VISTA ESCADA DE ACESSO A
TERRAÇO – VISTA DA ÁREA EM FRENTE A
PISCINA – PROPRIETÁRIO INFORMOU QUE

VAI MODIFICAR A ESCADA E NIVELAR COM
28
fls. 605
FOTO 54.
FOTO 53.
E TESTADA
VAI COLOCAR UM DECK DE MADEIRA.

PISCINA – EM TORNO DA PISCINA NÃO FOI
PROPRIETÁRIO. O MESMO INFORMOU QUE
29
TERRAÇO – VISTA DA PISCINA FINALIZADA
INSTALADO O REVESTIMENTO A PEDIDO DO

fls. 606
5 - TERMO DE ENCERRAMENTO
FOTO 55.
impresso num total de 30 folhas deste papel escritas apenas no anverso.

VAI COLOCAR UM DECK DE MADEIRA.
Guarulhos, 22 de julho de 2019.

PISCINA – EM TORNO DA PISCINA NÃO FOI
PROPRIETÁRIO. O MESMO INFORMOU QUE
30
Dando assim por encerrados os trabalhos, o signatário encerra o presente Laudo,
INSTALADO O REVESTIMENTO A PEDIDO DO
fls. 607
fls. 608

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 758A9CF.
ATO ORDINATÓRIO

Prioridade Idoso
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PAULA REGINA DE MELO, liberado nos autos em 22/03/2021 às 17:07 .
Manifeste-se a parte autora em réplica, no prazo de 15

(quinze) dias, sobre a contestação apresentada, nos termos
dos artigos 350 e 351 do Código de Processo Civil.
Nada Mais. Guarulhos, 22 de março de 2021. Eu, ___, PAULA

REGINA PIRES DE MELO, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 609

Advogado
Julio Nicolau Filho (OAB 105694/SP)
Eduardo Peluzo Abreu (OAB 234122/SP)
Teor do ato: "Manifeste-se a parte autora em réplica, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a contestação
apresentada, nos termos dos artigos 350 e 351 do Código de Processo Civil."
Guarulhos, 24 de março de 2021.

fls. 610

COMARCA de Guarulhos
FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HELDER RINALDO ASSIS DOS SANTOS, liberado nos autos em 05/04/2021 às 18:59 .
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que em 15/03/21 decorreu o prazo de fls. 609. Nada Mais.
Guarulhos, 05 de abril de 2021. Eu, ___, Helder Rinaldo Assis dos Santos,
fls. 611

10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 76D346C.
Rua dos Crisântemos, nº29, Sala 1603 - 16 Andar, Vila Tijuco - CEP 07091-060, Fone:
(11) 2845-9272, Guarulhos-SP - E-mail: guarulhos10cv@tjsp.jus.br
DESPACHO
Processo: 1042704-23.2020.8.26.0224 - Procedimento Comum Cível
Requerente: ADRIANO MARTINS, registrado civilmente como Adriano
Martins e outros
Cabo Joao Teruel Fregoni, 307, Casa 09 - Quadra 03, Ponte
Grande - CEP 07032-000, Guarulhos-SP
e outros
Augusta, 183, Bloco Borborema - Apto 304, Vila Augusta - CEP
07025-130, Guarulhos-SP
Juiz de Direito: Dr. Lincoln Antônio Andrade de Moura
Vistos
Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando-as, em 10 dias.
Int.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
fls. 612
OAB/SP 238.792

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A35E.

ADRIANO MARTINS, IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS e ODILTON

MARTINS, já qualificados nos autos do processo em epígrafe,
que move em face de FÁBIO BARNESCHI E OUTROS, vêm a presença
de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada, em
cumprimento as despacho de Fls.03707 relação 0137/2021
publicado em 25/03/2021, manifestar-se acerca da contestação
dos primeiros Requeridos às fls. 312/330, e da segunda
Requerida às Fls. 438/466, apresentar tempestivamente em
réplica,
MANIFESTAÇÃO À CONTESTAÇÃO
com fulcro no artigo 350 e seguintes do Código de Processo

Civil, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
1
Telefone: (11) 2893.2888 – Celular (48) 99191.4411 email: adrianafernandesadv.af@gmail.com
.
fls. 613
OAB/SP 238.792
I - SÍNTESE DA DEMANDA
Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA
COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA, na qual a parte autora pleiteia: (i) a
concessão de tutela antecipada com a condenação dos
Requeridos para consertar de forma definitiva as
infiltrações no teto do imóvel dos Autores; (ii) a condenação
dos Requeridos pelos danos morais sofridos pelos Autores e
seu genitor morador do imóvel e neste processo representante
e terceiro interessado; (iii) a condenação dos Requeridos a
reparar os danos patrimoniais sofridos no imóvel com
recolocação do teto e eventuais molduras em gesso,
substituição de luminárias danificadas ou indenização
substitutiva; (iv) a condenação em indenização pelos danos
patrimoniais sofridos com a deterioração dos móveis e pisos
de madeira que guarnecem a residência; (v) o ressarcimento
dos demais danos materiais sofridos pelos Autores; além (vi)
da condenação dos Requeridos das custas e honorários
advocatícios de sucumbência.
Juntou como documentos as Fls. 55 à 262.
Regularmente citados e intimados, os primeiros Requeridos,

Fábio Barneschi e Simone Donato Coutinho Barneschi
apresentaram sua contestação de fls.312 a 330, e argumentam
em preliminar: (i) irregularidade processual – carência de
documentos essenciais. Os documentos de Fl. 53 que se
encontra em branco.
Neste ponto, requer-se seja analisado os documentos de Fls.

549-568, especificamente as Fls. 564 e 568, que comprova a
propriedade dos Autores. Todavia, desde já, requer-se a
juntada de cópia da matrícula completa do imóvel devidamente
atualizada.
Os primeiros Requeridos argumentam no mérito dos presentes

autos em apertada síntese:
1 – A responsabilidade é única e exclusiva da Segunda

Requerida, que se abstém de corrigir os vícios
construtivos;
2 – Que os problemas de infiltrações e vazamentos eram

pré-existentes, ou seja, anteriores à aquisição do
2
.
fls. 614
OAB/SP 238.792
imóvel pelos primeiros Requeridos, sendo decorrentes de

deterioração das pinturas das fachadas, muros e gradis;
3 – Que os Autores requerem indenização por danos

materiais, entretanto, não juntaram comprovantes dos
valores dispendidos;
4 – Rechaçam os pedidos de dano moral sob o argumento

de tentativa de enriquecimento sem causa, e
ressarcimento com demais gastos provenientes da
presente ação processual.
Por sua vez, a Contestação apresentada pela Segunda Requerida

Helbaaco Empreedimentos Imobiliários Ltda, às Fls. 438 a
466, argumenta em preliminar: (i) Ilegitimidade passiva da
Ré Helbaaco, sob o argumento de que os primeiros Requeridos
assumiram a responsabilidade de realização das obras
necessárias de impermeabilização da piscina e em seu entorno.
Ainda em sede de preliminar, pugnam pela Carência de ação –

falta de interesse de agir do Autores – Quitação outorgada,
mediante a juntada de termo de entrega de posse (Termo de
Vistoria e entrega das chaves – doc. Fls. 569-570).
A segunda Requerida no mérito argumenta em apertada síntese:
1 – Ausência de responsabilidade da segunda Requerida

Helbaaco Empreedimentos – devido às modificações no imóvel
dos primeiros Requeridos;
2 – Impugna a responsabilização por danos materiais ou morais

pleiteados pelos Autores, por ausência de nexo causal entre
os danos sofridos e qualquer ato ilícito civil ou contratual
provocado pela segunda Requerida.
3 – Que os Autores não comprovaram a existência dos danos

patrimoniais.
4 – Ausência de prova de lesão aos direitos da personalidade

que possa ensejar a condenação em danos morais.
As contestações oferecidas pelos réus são

injurídicas e desprovidas de suportes fáticos e
jurídicos que possam ilidir a absoluta procedência
da presente ação, senão vejamos:
3
.
fls. 615
OAB/SP 238.792
II - MANIFESTAÇÃO SOBRE A PETIÇÃO DOS PRIMEIROS

REQUERIDOS ÀS FOLHAS 312 – 330
1. PRELIMINAR DE MÉRITO
Em tese de preliminar os primeiros requeridos alegam

irregularidade da instrução de peça exordial, sob o argumento
de que a matrícula juntada aos autos está incompleta.
Pedimos vênia para requerer que se reporte aos documentos de

fls. 549 à 568, os quais comprovam e reafirmam a propriedade
dos Autores.
Ademais, requer-se ainda a juntada da certidão da matrícula

do imóvel devidamente atualizada, para que não pairem
quaisquer dúvidas quanto a propriedade do imóvel – unidade
294 – Bloco Borborema – Condomínio Residencial Parque Clube.
2. MÉRITO
Quanto ao mérito, os primeiros Requeridos afirmam de forma

genérica e infundada que adquiriram a unidade BB 304
(cobertura) do Condomínio Parque Clube mediante compromisso
de compra e venda em Agosto de 2018, e que após adquirir o
imóvel constataram graves vícios construtivos que impediram
a habitualidade do imóvel.
Que a segunda corré Helbaaco Empreendimentos realizou obras

por mais de um ano após a aquisição do imóvel, e que em
virtude dessas obras, a posse somente ocorreu em 24 de Julho
de 2019.
Ainda neste diapasão, os primeiros requeridos atribuíram os

problemas sofridos pelos Autores com infiltrações e
vazamentos a um problema geral e coletivo ocasionado pela
deterioração das fachadas, muros e gradis, os quais já vinham
sendo discutidos em Assembleia Geral Extraordinária
realizada em Agosto de 2020. Equivocadamente, informam que
desde Setembro de 2019 foram vistoriados nada menos que 161
4
.
fls. 616
OAB/SP 238.792
unidades com problemas de infiltrações no Condomínio, quando

da simples análise da Fls. 355, Ata Assembleia geral
extraordinária, em que consta o relatório das vistorias
realizadas, percebe-se que ocorreu vistoria no Bloco
Borborema de 16 unidades em Setembro/ 2019 e também vistoria
anterior igualmente em 16 unidades, sendo bem provável que
tenha se repetido a vistoria nas mesmas unidades e não em 32
unidades conforme mencionam os primeiros Requeridos.
Douto Juiz, em apertada síntese e sob infundados argumentos,

a verdade é que os Requeridos buscam se desvencilhar da
responsabilidade pelos constrangimentos morais e materiais
gerados aos Autores pelos problemas ocasionados por
infiltrações e vazamentos no teto de seu imóvel residencial,
unidade 294 – Bloco Borborema do Condomínio Residencial
Parque Clube.
Primeiro porque, as infiltrações a que se referem os

Autores, ocorriam de maneira pontual, em dias de
muita chuva, pelo transbordo da piscina
“abandonada”, e num ÚNICO PONTO, na suíte master.
Erroneamente, aduzem os primeiros requeridos que os
problemas com infiltrações e vazamentos enfrentados pelos
Autores e seu representante legal – genitor e morador da
unidade 294, Sr Odilton Martins, são decorrentes da
deterioração das fachadas, muros e gradis, simplesmente
porque, neste caso, conclui-se que as infiltrações e
vazamentos no bloco Borborema estão mais concentradas nos
apartamentos de final 01. Além disso, as infiltrações ocorrem
nas janelas (caixilhos) e ou fachadas, sendo que, as
infiltrações e vazamentos que ocorrem no apartamento dos
autores está no “TETO DO APARTAMENTO” e não nas
paredes!!! Pedimos reportar-se aos documentos
juntados aos autos (Doc. Fls. 55, 56-78, 79, 80,
103-215, em que facilmente se verifica os pontos de
infiltrações e vazamentos e que nada se assemelham
aos problemas tratados em Assembleia Geral
Extraordinária.
5
.
fls. 617
OAB/SP 238.792
• Pontos de infiltração e vazamento – Doc. Fls 55
Ressaltamos ainda que, se para os primeiros Requeridos
o problema está sendo ocasionado devido a
deterioração das fachadas, muros e gradis, por que,
não há nenhum documento e ou manifestação dos mesmos
na Ata da referida Assembleia Geral Extraordinária
ocorrida em Agosto de 2020???
Ademais, a discussão tratada em Assembleia geral
extraordinária, a qual se reportam os primeiros Requeridos
como sendo a causa dos problemas ocasionados aos Autores e
seu representante legal e terceiro interessado, nada mais é
do que a discussão para deliberação e aprovação de obra
de restauração e pintura das fachadas, muros e
gradis, e que independentemente do valor orçado,
nada tem a ver com os problemas na unidade 294 de
propriedade dos Autores. Como facilmente se verifica
nos documentos de fls. 354 / 366.
6
.
fls. 618
OAB/SP 238.792
2.1 DO DESPAUTÉRIO ENTRE AS PARTES
Prosseguem os primeiros Requeridos em sua peça contestatória
com o argumento de que somente decorridos mais de um ano da
aquisição do imóvel unidade BB 304, é que perceberam que o
imóvel continha graves vícios construtivos e comuns a muitos
condôminos. E, pior, atribuem ao morador e genitor dos
Autores Sr Odilton Martins, a pecha de “intolerante e
irracional”.
Ora, Excelência, pode-se denominar de intolerante

uma pessoa que conviveu por mais de ano vendo seu
imóvel se deteriorar, dia a dia, tendo que cobrir
seus móveis com plásticos para tentar evitar que se
danificassem? Manter baldes no meio de sua
residência e rezar para estar em casa em dias de
chuvas fortes??
A verdade é que o morador do apartamento 294 -Sr Odilton

Martins – genitor, representante dos Autores e terceiro
interessado, sempre manteve conversas amigáveis, tanto com
os proprietários (vide docs. Fls. 81/87), quanto com os
Arquitetos responsáveis pela obra do apartamento BB 304 (vide
docs. Fls. 88-102), as quais se iniciaram a partir do momento
em que as infiltrações e vazamentos começaram a aparecer de
forma vertiginosa e oriundas da reforma do apartamento dos
Primeiros Requeridos. Ademais, como se pode observar dos
trechos extraídos das conversas via what zap que em momento
algum os Autores, através de seu representante legal e
terceiro interessado se negaram às soluções até então
propostas pelos primeiros Requeridos e ou por seus
arquitetos.
7
Documento Fls. 82/83
Documento Fls. 88/102
OAB/SP 238.792
8
fls. 619
OAB/SP 238.792
9
NOVOS PONTOS!!!
fls. 620
.
fls. 621
OAB/SP 238.792
Além do mais, foi somente após muitos aborrecimentos e

dissabores, que os Autores resolveram contratar perícia
técnica para apurar e apresentar laudo profissional de
Engenharia a fim de solucionar em definitivo os problemas
até então apresentados com as infiltrações e vazamentos em
seu imóvel.
Somente após a apresentação do laudo técnico com parecer

profissional em engenharia é que os Autores resolveram por
notificar os primeiros Requeridos para que pudessem tomar
conhecimento do referido laudo técnico e a proposta para
solucionar em definitivo os problemas com infiltrações e
vazamentos que ocorrem demasiadamente em seu imóvel.
Ressalte-se que somente após o recebimento de Notificação

Extrajudicial, é que os primeiros Requeridos apresentaram
cronograma para realização das “obras necessárias” (Doc.
Fls.230-238), para solucionar os problemas com infiltrações
e vazamentos, os quais em sua maioria foram atribuídos ao
“deck”, que é resultante da obra realizada pelos primeiros
Requeridos, o qual se realça, NÃO FOI CUMPRIDO!
Muito embora, os primeiros Requeridos de pleno conhecimento

do parecer técnico profissional de Engenharia se abstiveram
de seguir as orientações técnicas, o Sr Odilton Martins –
terceiro interessado e morador do imóvel 294, não apenas
permaneceu solícito e à disposição dos primeiros requeridos,
como se comprova de que os problemas não mantem qualquer
correlação com as fachadas, muros e gradis. Conforme se
observa do trecho de conversas entre as partes, a seguir
transcritas e neste ato juntadas aos autos:
10
.
fls. 622
OAB/SP 238.792
Como bem se observa, diferentemente do que alegam,
tanto os primeiros Requeridos, quanto seus prepostos
sempre tiveram livre acesso ao apartamento dos
Autores, e em nenhum momento houve rejeição sumária
por parte destes ou do morador do apartamento 294.
O que houve na verdade é que, devido ao tempo transcorrido,
sem qualquer solução efetiva, contratou-se um laudo técnico
de vistoria predial de engenharia civil para o fim específico
de analisar os problemas com vazamentos e infiltrações
ocorridos no apartamento 294. O qual concluiu que a injeção
de resina em poliuretano nos pontos de vazamentos existentes,
não eram suficientes para sanar definitivamente os problemas
com infiltrações e vazamentos.
De fato, tratou-se de solução “paliativa”, que se observou

com o aparecimento de novos pontos de infiltrações e
vazamentos, vindo de encontro com as conclusões do laudo
técnico particular contratado pelos Autores.
11
.
fls. 623
OAB/SP 238.792
Prosseguindo, na tentativa de abster-se da responsabilidade

pelos danos sofridos pelos Autores, trazem à baila que o
laudo técnico de vistoria predial de engenhara civil
apresentou a existência de falhas construtivas como dutos
entupidos e a caixa elétrica com entrada de água, e, por
conseguinte, que desconsiderou que as infiltrações são
decorrentes de um problema geral e que impacta a todos os
condôminos a tempos.
Pois conforme já tratado anteriormente, por

bem,
óbvio o problema com a restauração e pintura de
fachadas, muros e gradis, não pode ser considerado
como causador dos danos sofridos pelos Autores,
tendo em vista que, segundo se extrai do referido
laudo técnico (Doc. Fls. 103/215), a causa das
infiltrações e vazamentos está na falta de correta
manta de impermeabilização em toda área externa e
da piscina da laje do piso do apartamento BB 304.
Doc. Fls 105
Persistem em tratar os danos sofridos pelos Autores como um

problema pretérito, ao trazer um fato isolado e pontual de
vazamento hidráulico, ocasionado conforme trazido pelos
Requeridos por avaria da boia mecânica, e que ocorreu em
meados do mês de Fevereiro de 2021, vindo a ocasionar o
transbordo de água do reservatório que abastece o condomínio.
Ocorre Excelência, que este fato em nada se relaciona com os

Autores, uma vez que, referido reservatório se localiza no
12
.
fls. 624
OAB/SP 238.792
segundo andar da cobertura BB 304, e se tal fato ocorreu,

acumulou no telhado da cobertura que possui dois andares e
não no piso da cobertura, que por conseguinte infiltraria no
teto do imóvel dos Autores.
Ainda neste diapasão, os primeiros Requeridos trazem aos
autos relatório de parecer técnico produzido em Março de
2021 (Doc. Fls. 367/433), elaborado pela empresa ARKVIVA –
ARQUITETURA E ENGENHARIA, responsável pela obra no imóvel
cobertura BB 304, no qual se observa que os primeiros
Requeridos foram negligentes e imprudentes ao
concluir a obra da piscina da unidade mesmo diante
do pedido dos Autores em primeiro resolver os
problemas técnicos para depois concluir a parte
decorativa . Problemas estes, que ocasionaram o agravamento
das infiltrações e vazamentos com o início do uso do referido
imóvel.
Doc. Fls 382
13
.
fls. 625
OAB/SP 238.792
Além disso, da leitura do próprio relatório técnico,

verifica-se que, em vistoria realizada no
apartamento 294 em 16/09/2020, existiam 06 novos
pontos de infiltrações e vazamentos, ou seja, antes
do início das obras dos primeiros Requeridos existia
um único ponto de infiltração localizado na suíte
master e que aparecia em dias de chuvas torrenciais,
sendo que, depois da obra da unidade BB 304, as
infiltrações e vazamentos tomaram proporções
significativas e que persistem até o presente
momento.
Outrossim, os primeiros Requeridos em sua contestação
denominam sua obra como sendo “pequena obra”, e atribuem aos
Autores a tentativa de enriquecimento ilícito ao socorrer-
se do Poder Judiciário.
Diante das requer-se a intimação dos

assertivas,
primeiros Requeridos para que apresente nos autos
projeto da obra realizada e planta inicial do imóvel
BB 304, a fim de comprovar a magnitude das obras
realizadas no imóvel e que por certo são
responsáveis pelos danos ocasionados, senão,
contribuíram para seu agravamento.
2.2 DO DANO MORAL
Os primeiros Requeridos se pautam sob o argumento de que a

existência de vício oculto, é suficiente para afastar o
pedido de dano moral dos Autores. Argumentam ainda de que
referido pedido não pode ser presumido “in re ipsa”, e que
os primeiros Requeridos são tão vítimas quanto os Autores.
É certo que, como regra geral de reparação de danos, nosso

ordenamento jurídico, prevê que quem ajuíza ação solicitando
indenização ou reparação deve provar o prejuízo que sofreu.
Entretanto, em algumas situações o dano moral pode ser

presumido, ou “in re ipsa”. Neste cenário, basta que o autor
prove a prática do ato ilícito, que o dano está configurado,
14
.
fls. 626
OAB/SP 238.792
não sendo necessário comprovar a violação dos direitos da

personalidade, que seria uma lesão à sua imagem, honra
subjetiva ou privacidade.
Os autores sofreram diversos prejuízos de ordem material e
moral com atos praticados pelos primeiros Requeridos, posto
que diante de obras efetuadas no seu imóvel, as quais foram
realizadas eivadas de irregularidades, ocasionaram enormes
prejuízos e avarias ao imóvel dos Requerentes. Diante dos
fatos ocorridos, não restou outra alternativa aos Autores,
senão postular a competente indenização por danos morais e
materiais.
À luz do artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou

omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão

voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Nossa Carta Magna, (Constituição Federal de 1988) em seu

artigo 5º prevê que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
V - é assegurado o direito de resposta,

proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
(...)
15
.
fls. 627
OAB/SP 238.792
X - são invioláveis a intimidade, a vida

privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
No presente caso, o dano moral “in re ipsa” está
fundamentado no fato em si. A infiltração em imóvel
residencial que chega ao ponto de se colocar baldes
para conter goteiras é motivo suficiente para que o
morador faça jus à indenização por dano moral.
(i) CIVIL. DIREITO DE VIZINHANÇA. DANOS CAUSADOS AO

IMÓVEL DAS AUTORAS POR INFILTRAÇÃO E VAZAMENTOS DA
UNIDADE SUPERIOR. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO.
OBRIGAÇÃO DE FAZER. CABIMENTO. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS 1. Os demais danos materiais
pleiteados na inicial não foram comprovados, nessa
medida, o valor narrado na inicial não encontra
respaldo no conjunto probatório formado nos autos,
ônus que lhe tocava em virtude do disposto no art.
373, I, do CPC/2015. 2. Em relação ao bis in idem,
os reparos foram objeto de tutela provisória,
confirmada pela r. sentença, não sendo possível
cumular a indenização monetária com a obrigação de
fazer consistente no reparo do imóvel. 3. Pontua-
se, desde já, que caso não seja cumprida a
obrigação de fazer, esta poderá ser convertida em
perdas e danos, conforme autoriza o Art. 499 do
CPC. 4. Quanto à condenação em danos morais, a
jurisprudência desta Câmara é pacífica no sentido
de que, via de regra, os danos causados por
vazamentos e infiltrações em imóveis vizinhos
geram dano moral indenizável. 5. Recurso do réu
provido em parte, improvido o das autoras.(TJ-SP
- AC: 10025317220198260100 SP 1002531-
72.2019.8.26.0100, Relator: Artur Marques, Data de
Julgamento: 29/03/2021, 35ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 29/03/2021)
(ii) "EMENTA: AÇÃO INDENIZATÓRIA. INFILTRAÇÃO EM

APARTAMENTO. INÚMERAS RECLAMAÇÕES À RESPONSÁVEL.
16
.
fls. 628
OAB/SP 238.792
EXTENSO LAPSO TEMPORAL PARA INÍCIO DAS

PROVIDÊNCIAS DE REPARO. OMISSÃO QUE LEVA AO
DIREITO REPARATÓRIO DOS PREJUÍZOS IMATERIAIS.
DEVER DE INDENIZAR. Verificado que o apartamento
sofreu inúmeras infiltrações provenientes da
unidade habitacional superior, não tendo a empresa
demandada, pelo período de oito meses, resolvido
satisfatoriamente o problema, legítima a sua
condenação no pagamento de indenização por danos
morais, diante do abalo suportado pela demandante,
situação esta que ultrapassou o experimento de um
mero dissabor. A quantificação do dano moral deve
ser efetuada com prudente arbítrio, para que não
haja enriquecimento à custa do empobrecimento
alheio, tampouco atribuição em valor irrisório".
(Apelação Cível 1.0024.10.125486-0/001,
Relator(a): Des.(a) Moacyr Lobato , 9ª CÂMARA
CÍVEL, julgamento em 11/06/2013, publicação da
súmula em 17/06/2013).
(iii) Apelação. Direito de vizinhança. Ação declaratória

de responsabilidade civil c./c. indenização por
danos materiais e morais. Sentença de parcial
procedência. Queda de muro da edícula do imóvel da
autora em virtude de obras no terreno vizinho, no
qual adentrou caminhão para entrega de material de
construção que derrubou o muro. Alegação de
ilegitimidade passiva afastada. Denunciação a lide
extemporânea e que não se enquadra nas hipóteses
previstas no art. 125 do CPC. Responsabilidade
objetiva dos proprietários do terreno em obras.
Prejuízos materiais corretamente sopesados pelo
MM. Juízo a quo. Danos morais in re ipsa. Quantum
majorado. Sentença parcialmente reformada.
Honorários majorados. RECURSO DOS RÉUS DESPROVIDO.
RECURSO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO.(TJ-SP -
AC: 10075902920188260568 SP 1007590-
29.2018.8.26.0568, Relator: L. G. Costa Wagner,
Data de Julgamento: 31/03/2021, 34ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 31/03/2021)
(iv) Direito de vizinhança. Ação de obrigação de fazer

com pedido cumulado de indenização. Danos em
apartamento consequentes à infiltração de água.
17
.
fls. 629
OAB/SP 238.792
Legitimidade passiva configurada. Perícia que

constata ter a infiltração se originado da unidade
da ré, não da coluna do edifício. Ação parcialmente
procedente. Apelação não provida. (TJ-SP - AC:
10188571020198260003 SP 1018857-
10.2019.8.26.0003, Relator: Arantes Theodoro, Data
de Julgamento: 30/03/2021, 36ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 30/03/2021)
(v) RECURSO DE APELAÇÃO. REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS

E MORAIS. DANOS DECORRENTES DE INFILTRAÇÕES
PROVENIENTES DO IMÓVEL DO RÉU. SENTENÇA DE PARCIAL
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSO DA AUTORA. Danos
morais. Hipótese em que restou cabalmente
demonstrada a responsabilidade do réu pelos
problemas enfrentados pela autora,
decorrentes de vazamentos e infiltrações.
O convívio da autora, em sua própria
moradia, com as infiltrações e suas
naturais repercussões (mofo, mal cheiro,
umidade, vazamentos, riscos elétricos),
aliada ao constrangimento diante de visitas
e parentes, repercute significativamente na
sua esfera psicológica, sendo evidentes os
sentimentos de frustração, impotência,
tristeza e indignação diante da situação.
Consequente reforma parcial da sentença para a
imposição de indenização por danos morais.
APELAÇÃO PROVIDA.(TJ-RS - AC: 70070665021 RS,
Relator: Mylene Maria Michel, Data de Julgamento:
23/03/2017, Décima Nona Câmara Cível, Data de
Publicação: 03/04/2017)
Ademais, é latente a culpa dos primeiros Requeridos que

não prestaram atenção e os cuidados devidos, aponto
de impedir os prejuízos ocasionados no referido
imóvel dos Autores, o que se percebe diante das
fotografias juntadas às folhas 56/80.
18
.
fls. 630
OAB/SP 238.792
Resta claro que, se não tivessem sido feitas as obras

de reforma no imóvel vizinho, certamente não haveria
reflexos no dos Autores, pelo menos, não da forma
como foi constatada e apontada.
Neste caso, restou comprovado nexo de causalidade
entre os danos encontrados no imóvel e os reflexos
da atividade desenvolvida pelos primeiros
Requeridos, e que demonstram sua potencialidade
ofensiva e que levam a presunção segura de que a
vítima, face às circunstâncias, foi atingida em seu
património subjetivo, no seu bem-estar, sua
segurança e tranquilidade, entre outros, e que muito
embora não possa ser visualizada e nem medida feriu
seus direitos fundamentais e individuais.
2.3 DANOS MATERIAIS
Na seara de inverdades, os primeiros Requeridos afirmam

equivocadamente que os danos causados no imóvel com os
vazamentos e infiltrações não impossibilitam sua
habitabilidade e que o morador resolveu desocupar o imóvel
em virtude do “desconforto dos barulhos causados pelas obras”
realizadas pelos primeiros Requeridos.
Ora Excelência, gostaríamos danos de sublinhar que os

causados ao imóvel dos Autores, em nada se relaciona
com os problemas causados por desgaste das fachadas,
muros e gradis, mas sim, com as condições com que
os primeiros Requeridos deixaram o imóvel dos
Autores durante e após a realização da obra em sua
residência, ou seja, repleto de pontos de goteiras,
cheia de baldes espalhados pelo chão, os móveis que
guarnecem a residência cobertos com plásticos, panos
pelo chão, umidade excessiva, entre outros. E ainda
assim, chegar ao absurdo de alegar que não é motivo
19
.
fls. 631
OAB/SP 238.792
para que o expert entenda pela sua desocupação em

razão de sua insalubridade??
Para aflorar as reais condições do imóvel dos Autores,
colacionamos algumas fotos (docs. Fls. 56-80), e que
evidencia sua inabitabilidade e corrobora com o laudo técnico
apresentado.
20
OAB/SP 238.792
21
fls. 632
.
fls. 633
OAB/SP 238.792
Chegam ao absurdo de afirmar que o morador do imóvel preferiu

desocupar o imóvel por conveniência, para evitar o que
chamaram de “desconforto com o barulho”??
Esquecem os primeiros Requeridos que o possuidor do
imóvel e terceiro interessado, conviveu com o
barulho ocasionado pelas obras no imóvel BB 304, por
mais de 02 anos e permaneceu em sua moradia até
meados de Janeiro de 2021, quando não teve mais
condições físicas e psicológicas de subsistir no
imóvel.
Além de que, por qual motivo, senão a privação de uso,

deixaria o possuidor o conforto de sua residência
de 150m² (Cento e Cinquenta metros quadrados) para
uma moradia denominada “Studio” de 30 m² (trinta
metros quadrados)??
A verdade é única, o Sr Odilton, possuidor do imóvel
apartamento 294 e terceiro interessado, foi privado do uso
de sua residência, mesmo que provisoriamente, tendo que
suportar a frustação das vantagens de uso, e ao privar a
legítima faculdade de usar-se do bem imóvel, seja pelo
possuidor e terceiro interessado, seja, diretamente pelos
próprios Autores, do ponto de vista teórico, supera o
paradigma do ato ilícito pelo paradigma do dano injusto.
Tem-se, assim, o alargamento da noção de dano ressarcível

para além das hipóteses de descumprimento estrutural da lei
ou do direito subjetivo, deflagrando-se o dever de indenizar
quando a ponderação dos interesses em rota potencial de
colisão no caso concreto apontar para a preponderância dos
interesses da vítima. Em uma palavra, a luz do direito
brasileiro, o dano será ressarcível sempre que se reputar
injusto.
Pontes de Miranda diz brevemente que “o dano pode ser

só ao uso do bem, restrito ao patrimônio do possuidor
ou do tenedor; ou ao uso e à propriedade”
Maria Helena Diniz diz constituírem “danos patrimoniais

a privação do uso da coisa”
22
.
fls. 634
OAB/SP 238.792
Liebman ensina que são três categorias de terceiros, em

relação às partes de um processo. São elas: i) terceiros
indiferentes: são aqueles que não sofrerão nenhum
prejuízo com a prolação da sentença, cuja função será
somente reconhecer a eficácia da decisão; ii) terceiros
interessados praticamente na decisão: a sentença,
decisão interlocutória ou acórdão provoca prejuízos
econômicos, práticos ou de fato; e iii) terceiros
juridicamente interessados: diz-se aqueles que têm
interesse na decisão judicial pois podem sofrer danos
devido à eficácia da sentença.
A privação de posse sofrida e a frustração das vantagens de

uso, enseja a requerida indenização material pleiteada!
(i) CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONDOMÍNIO

EDILÍCIO. INFILTRAÇÃO DE ÁGUA EM ÁREA COMUM DO
PRÉDIO (COBERTURA). DANOS CAUSADOS EM UNIDADE
AUTÔNOMA. NECESSIDADE DE O CONDÔMINO DEIXAR A
RESIDÊNCIA PARA EFEITO DE RESPECTIVA REFORMA.
IMPOSITIVA A OBRIGAÇÃO INDENIZATÓRIA. DANO MORAL
CONFIGURADO. REDUÇÃO PROPORCIONAL DA ESTIMATIVA.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I. Rejeitadas as
preliminares suscitadas pelo Condomínio do
Edifício Porto Veneza: A. A de incompetência do
juízo, fundada na necessidade de perícia técnica
e na consequente complexidade, porquanto já teria
sido realizado o devido reparo no imóvel (objeto
da lide). Ademais, teriam sido produzidas provas
documentais suficientes à formação do
convencimento do magistrado (Lei 9.099/95, art. 5º
c/c CPC, art. 472). B. A de negativa de prestação
jurisdicional, por ausência de fundamentação, pois
a decisão ora revista foi cimentada em motivação
idônea, perfeitamente apta a permitir a análise da
ponderação dos fundamentos jurídicos eleitos pelo
douto julgador. C. A de ilegitimidade passiva,
pois a pertinência subjetiva da ação deve ser
verificada à luz das alegações feitas pelo
requerente na petição inicial (teoria da
asserção). Com efeito, constatada a
23
.
fls. 635
OAB/SP 238.792
correspondência entre as partes da relação

jurídica material e processual, não há de se falar
em retificação do polo passivo, porquanto nada
obsta o locatário (condômino), detentor da posse
direta do bem, ajuizar demanda em desfavor do
condomínio, especialmente por figurar como um dos
responsáveis pelo evento danoso. II. Mérito: A. O
recorrente sustenta, em síntese, que: (i) o
agravamento do dano na unidade residencial teria
se agravado por culpa exclusiva dos requerentes,
uma vez que, mesmo ciente do teste de
estanqueidade, ?resolveram viajar e abandonar a
unidade imobiliária fechada?, circunstância que
violaria o princípio da boa-fé objetiva,
consistente no dever de mitigar o próprio dano;
(ii) ?não praticou qualquer conduta ilícita dolosa
ou culposa que tenha redundado em dano?; (iii) os
danos decorrentes da infiltração ?constituíram
verdadeiro fortuito, dada a impossibilidade de
evitar ou impedir os seus efeitos?; (iv) os danos
apresentados pelos requerentes ?caracterizam
despesas regulares que qualquer família teria e
que os próprios autores teriam independentemente
de qualquer evento relacionado à conduta do
requerido?. B. As alegações do recorrente
desacompanhadas de qualquer anterior comprovação
reforçam a verossimilhança dos fatos narrados pela
parte requerente (falha na prestação do serviço de
impermeabilização realizado pela construtora e
autorizado pelo condomínio), escudados em conjunto
probatório que fortalece a formação do
convencimento do magistrado (contrato de locação,
livro de ocorrência, fotos e vídeos
correspondentes aos danos apresentados, mensagens
via ?WhatsApp? e notas fiscais - ID. 2218963 e
ss.). C. Incontroverso o fato de que as
infiltrações na unidade residencial foram causadas
por defeitos estruturais apresentados na área
comum do condomínio (cobertura), as quais teriam
se agravado substancialmente após o teste de
estanqueidade da impermeabilização, autorizado
pelo condomínio e realizado pela construtora, o
que teria acarretado danos diretos à parte
requerente. D. No caso concreto, as provas
24
.
fls. 636
OAB/SP 238.792
evidenciam que: (i) os requerentes tiveram que

deixar temporariamente sua residência para que a
construtora pudesse realizar os reparos
necessários na unidade, cujas despesas relativas
à acomodação teriam sido totalmente custeadas por
ela; (ii) em decorrência da estada em hotel, os
requerentes tiveram aumento de despesas relativas
à alimentação; (iii) a mudança do hotel para outro
imóvel locado, não teria ocorrido de forma
voluntária, mas a pedido do estabelecimento, em
razão das medidas de prevenção em decorrência da
pandemia do COVID-19 (ID. 22128972); (iv) em que
pese o informativo da realização do teste de
estanqueidade, seria temerário atribuir o
agravamento do dano aos requerentes, porquanto a
viagem realizada, por si só, não viola a boa-fé
objetiva derivada do dever de mitigar o próprio
dano, pois, consoante o lançamento no livro de
ocorrências, o condomínio estaria ciente do
problema de infiltração desde 9.11.2019 (ID.
2218964, pág.4) e mesmo assim, sabendo que não
tinha ninguém na residência, autorizou a
realização do aludido teste, circunstância que, de
fato, teria contribuído ao infortúnio. E. Assim,
forçoso concluir que tanto o condomínio quanto a
construtora, ao autorizarem e realizarem o teste
(respectivamente), atraíram para si o ônus
inerente à conduta (risco do negócio), uma vez que
não teriam adotado as devidas cautelas,
notadamente, ante a ausência de responsável na
unidade residencial, em caso de eventual
infiltração. Portanto, é dever dos requeridos
recomporem os danos materiais experimentados pelos
requerentes. F. E referente à quantia
indenizatória, escorreita a fixação equânime do
valor, com base nas máximas da experiência comum
e no princípio da razoabilidade/proporcionalidade
(Lei 9.099/95, arts. 5º e 6º). G. Lado outro, os
danos morais decorrem do abalo a qualquer dos
atributos da personalidade, em especial à
dignidade da vítima desencadeada pelo evento (CF,
art. 5º, V e X e CC, art. 186). H. Sendo assim, a
situação de angústia vivenciada pela parte autora
(necessidade de sair da residência e perda
25
.
fls. 637
OAB/SP 238.792
material de grande parte de sua mobília) supera os

limites do mero dissabor e caracteriza dano moral
passível de compensação, como bem pontuado na
decisão ora revista. I. No entanto, em relação ao
quantum da estimativa do dano moral, o valor da
reparação deve guardar correspondência com o
gravame sofrido (CC, art. 944), além de sopesar as
circunstâncias do fato, a capacidade econômica das
partes, a extensão e gravidade do dano, bem como
o caráter punitivo-pedagógico da medida, tudo, com
esteio no princípio da proporcionalidade. Desse
modo, urge a redução proporcional do valor do dano
extrapatrimonial de R$ 5.000,00 para R$ 3.500,00
(três mil e quinhentos reais), porquanto,
consoante as provas produzidas, não despontam
qualquer consequência mais gravosa à parte autora,
seja ao seu seio pessoal, familiar ou
profissional, de modo que o valor ora fixado se
mostra suficiente a compensar os dissabores, a par
de não violar o princípio de proibição de excesso.
III. Deserto o recurso da PROJETO 21 CONSTRUÇÕES
LTDA ME, por ausência de prova do recolhimento do
preparo recursal. A. A Turma Recursal é o juiz
natural dos recursos interpostos contra as
decisões nos juizados especiais e, por isso, não
está vinculada à análise dos pressupostos de
admissibilidade efetuada pelo Juízo a quo. B. O
preparo do recurso será feito, independentemente
de intimação, nas 48 (quarenta e oito) horas
subsequentes à interposição, e deve abranger todas
as despesas processuais, incluídas as custas e o
preparo, pena de deserção (Lei 9.099/95, art. 42,
§ 1º c/c o art. 54, parágrafo único). C. O prazo
recursal, assim como o preparo, por constituírem
pressupostos objetivos ou extrínsecos do recurso,
devem ser observados por ocasião da sua
interposição, pena de não-conhecimento. D. No caso
concreto, o recorrente interpôs o recurso, sem a
comprovação do recolhimento das verbas recursais.
Ressalta-se que foram apresentadas tão somente as
respectivas guias. E. Assim, impõe-se o não
conhecimento do presente recurso, em razão da
deserção (Enunciado 80 do FONAJE), uma vez que o
preenchimento dos pressupostos de admissibilidade
26
.
fls. 638
OAB/SP 238.792
recursal constitui matéria de ordem pública.

Precedentes do TJDFT: 1ª Turma Recursal, acórdão
961441, DJE: 1/9/2016; 2ª Turma Recursal, acórdão
1185227, DJE: 22/7/2019; 3ª Turma Recursal,
acórdão 1230678, DJE: 2/3/2020. IV. Recurso da
Projeto 21 Construções LTDA ME não conhecido.
Recurso do Condomínio do Edifício Porto Veneza
conhecido. Rejeitadas as preliminares.
Parcialmente provido para fixar a estimativa dos
danos morais em R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos
reais) para cada requerente. No mais, sentença
confirmada por seus fundamentos. Sem custas nem
honorários, ante a ausência de recorrente
integralmente vencido (Lei 9.099/95, arts. 46 e
55).(TJ-DF 07218297820208070016 DF 0721829-
78.2020.8.07.0016, Relator: FERNANDO ANTONIO
TAVERNARD LIMA, Data de Julgamento: 10/03/2021,
Terceira Turma Recursal, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 17/03/2021 . Pág.: Sem Página
Cadastrada.)
2.4 COMPROVAÇÃO DOS GASTOS COM REFORMAS – DANOS EM

MÓVEIS, PISO DE MADEIRA, MOLDURAS DE GESSO E
SUBSTITUIÇÃO DE LUMINÁRIAS
Aludem os primeiros Requeridos que os Autores não lograram

êxito em comprovar o dispêndio financeiro com reparação dos
danos e reformas no imóvel de sua propriedade.
Destacam os Autores que formularam pedido de forma clara e

precisa da condenação em indenização pelos danos materiais
causados no mobiliário que guarnece a residência, piso de
madeira, molduras de gesso, pintura e substituição de
luminárias, sendo genérico apenas ao que se refere ao
“quantum da indenização” pela reparação dos referidos danos
materiais.
Neste sentido, nada obsta relegar para a fase de liquidação

de sentença apenas a apuração do “quantum debeatur”, sendo
imprescindível a prova do “an debeatur” na fase de
conhecimento do feito, o que foi devidamente demonstrado nos
27
.
fls. 639
OAB/SP 238.792
presentes autos a fim de tornar certa a obrigação de

indenizar.
Esclarecem os Autores que os problemas com

infiltrações e vazamentos, ainda não cessaram, logo,
não há como apurar os danos efetivamente causados.
Portanto, não há que se falar em improcedência do
pedido dos Autores.
Entretanto, caso não seja este o entendimento de Vossa
Excelência, requer desde já a juntada de orçamentos com
estimativa de valores monetários a serem dispendidos para
reparação dos danos até aqui sofridos.
Corroborando com a assertivas dos Autores, destacamos

entendimento jurisprudencial:
(i) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C

INDENIZAÇÃO. DANOS PROVOCADOS POR INFILTRAÇÃO.
Pretensão de cessação da causa dos danos e de
ressarcimento de danos materiais e morais em razão
de infiltrações. Sentença determinou a indenização
dos danos materiais, insurgindo-se apenas a
Autora. Proprietário que também deve ser condenado
na obrigação de fazer cessar a infiltração, e não
apenas na de consertar o apartamento da Autora,
nos termos do artigo 1.277 do Código Civil. Danos
materiais que ainda não podem ser aferidos
uma vez que a origem do prejuízo não cessou,
de modo que o quantum debeatur deve ser
apurado em liquidação. Hipótese que tem o
condão de provocar danos morais. O transcurso
de mais de seis anos desde a insurgência da Autora,
sem que haja informação da cessação da infiltração
e a inércia do proprietário do imóvel acima do
seu, que restou revel, devem ser considerados na
fixação do quantum. Verba indenizatória de R$
10.000,00 que se mostra adequado ao caso dos autos,
na esteira da jurisprudência desta Corte Estadual.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(TJ-RJ - APL:
00176625420148190204, Relator: Des(a). LEILA MARIA
RODRIGUES PINTO DE CARVALHO E ALBUQUERQUE, Data de
28
.
fls. 640
OAB/SP 238.792
Julgamento: 01/04/2020, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA

CÍVEL, Data de Publicação: 2020-04-02)
(ii) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE VIZINHANÇA. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS. DANOS PROVOCADOS POR
INFILTRAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL
CONFIGURADO. CASO CONCRETO. I - A preliminar de
ilegitimidade passiva suscitada pelo condomínio
está preclusa, porquanto a questão foi decidida no
tramite processual e a parte não se insurgiu
oportunamente. Preclusão consumativa operada. II
- De acordo com a prova pericial realizada,
os danos no imóvel dos autores foram
ocasionados por infiltrações e vazamentos
do imóvel da unidade condominial superior,
de forma que os prejuízos materiais
ocasionados aos autores devem ser
ressarcidos. III - Danos morais.
Demonstrado nos autos que o apartamento do
autor sofreu infiltrações, não tendo os
réus solucionado o problema por longo
período, justa e legal a condenação à
indenização por danos morais, diante do
abalo suportado pelos demandantes, situação
esta que ultrapassou o experimento de um
mero dissabor.- Para a fixação do quantum
indenizatório, deve-se levar em conta o tempo de
duração da ilicitude, a situação
econômico/financeira e coletiva do ofensor e
ofendido, a existência de pedido administrativo do
ofendido ao ofensor para a regularização, a
repercussão do fato ilícito na vida do ofendido,
dentre outros. Quantum indenizatório fixado em
consonância com tais critérios, razão da sua
manutenção. APELOS DESPROVIDOS. (TJ-RS - AC:
70066915489 RS, Relator: Gelson Rolim Stocker,
Data de Julgamento: 26/11/2015, Décima Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: 17/12/2015)
29
.
fls. 641
OAB/SP 238.792
(iii) Direito de vizinhança. Ação de obrigação de fazer

com pedido cumulado de indenização por danos
materiais e morais. Nulidade de sentença não
caracterizada. Laudo pericial que apontou a
unidade dos réus como origem, embora não
exclusiva, da infiltração de água no imóvel
da autora. Cabimento da condenação dos
demandados à execução das obras necessárias
a fazer cessar a infiltração, assim como a
custear os reparos dos cômodos do imóvel da
autora afetados por aquela situação.
Indenização por danos morais fixada em
valor adequado. Recurso parcialmente provido.
(TJ-SP - AC: 10126495520148260562 SP 1012649-
55.2014.8.26.0562, Relator: Arantes Theodoro, Data
de Julgamento: 30/09/2019, 36ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 30/09/2019) (grifo
nosso).
(iv) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE VIZINHANÇA. AÇÃO DE

OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS. DIREITO DE VIZINHANÇA.
INFILTRAÇÕES. DANO MATERIAL. O proprietário ou
possuidor de um prédio tem o direito de fazer
cessar as interferências prejudiciais à segurança,
ao sossego e à saúde dos que o habitam quando
provocadas pela utilização de propriedade vizinha,
como se depreende do art. 1.277 do Código Civil;
e obter reparação pelos danos que vier a sofrer,
na esteira dos art. 186 e art. 927 do Código Civil
- Circunstância dos autos em que se impõe manter
a sentença recorrida. DIREITO DE VIZINHANÇA.
INFILTRAÇÕES. DANO MORAL. O reconhecimento à
compensação por dano moral exige a prova de ato
ilícito, a demonstração do nexo causal e o dano
indenizável que se caracteriza por gravame ao
direito personalíssimo, situação vexatória ou
abalo psíquico duradouro - Circunstância dos autos
em que se impõe manter a condenação por dano moral
ante as peculiaridades e situação de insalubridade
imposta ao imóvel da autora ultrapassando o mero
dissabor. SUCUMBÊNCIA. CRITÉRIO DE
30
.
fls. 642
OAB/SP 238.792
PROPORCIONALIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O

decaimento recíproco das partes implica no ônus de
sucumbência proporcional, como disposto no art. 86
do CPC/15 - Circunstância dos autos em que se
impõe... manter a proporcionalidade fixada na
sentença. RECURSOS DESPROVIDOS. (TJ-RS - AC:
70075427914 RS, Relator: João Moreno Pomar, Data
de Julgamento: 27/02/2018, Décima Oitava Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 02/03/2018). (grifo nosso).
(v) DIREITO DE VIZINHANÇA. INDENIZAÇÃO POR DANOS

MATERIAIS. Obras no imóvel do réu que
provocaram prejuízos ao imóvel do autor.
Laudo pericial. Comprovação do nexo casual
e da necessidade de reparos.
Responsabilidade objetiva. Danos materiais
devidos. Recurso desprovido. (TJ-SP
10048794220148260196 SP 1004879-
42.2014.8.26.0196, Relator: Milton Carvalho, Data
de Julgamento: 30/08/2017, 38ª Câmara
Extraordinária de Direito Privado, Data de
2.5 DOS DANOS MATERIAIS – GASTOS COM PROFISSIONAIS

AUTÔNOMOS
Insurgem-se os primeiros Requeridos contra o pedido de

ressarcimento pelos danos materiais sofridos com a
contratação de advogado particular, bem como, com valores
dispendidos com a contratação de assistente técnico
profissional.
Pelo princípio da reparação integral, aquele que sofre um

dano, em razão de um ato ilícito, tem o direito de obter
judicialmente perdas e danos, compreendendo o que perdeu e
o que razoavelmente deixou de lucrar (CC, artigo 402).
No caso em tela, o que pretende os Autores é a recomposição

dos valores dispendidos para ingressar em juízo a fim de
31
.
fls. 643
OAB/SP 238.792
fazer valer o seu direito a indenização pelos prejuízos e

danos que sofreu; em cessar definitivamente os danos causados
com infiltrações, vazamentos, e umidade, em seu imóvel; e,
o ressarcimento pela privação do uso deste mesmo imóvel no
qual reside seu genitor. Enfim, não é crível que os
honorários advocatícios contratuais sejam
suportados exclusivamente pelos ofendidos.
Por oportuno, os honorários advocatícios mencionados nos
artigos 389, 394 e 404 do Código Civil são os convencionais,
de sorte que, sendo pagos diretamente por quem contratou o
advogado, tal valor constitui prejuízo ou dano emergente
apto e idôneo de reparação por responsabilidade civil.
“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o

devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado”.
“Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de

pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, abrangendo juros, custas e
honorários de advogado, sem prejuízo da pena
convencional”.
Muito embora não se recuse as repetidas decisões proferidas

pelo STJ, no sentido de que as despesas com a contratação de
advogado para o ajuizamento de ação ou para a defesa em
juízo, em regra, não constituírem danos materiais
indenizáveis, o mesmo STJ, já proferiu decisões
discrepantes, a saber:
"Os honorários advocatícios contratuais integram

os valores devidos a título de reparação por perdas
e danos, conforme o disposto nos artigos 389, 395
e 404 do Código Civil de 2002. A fim de reparar o
dano ocorrido de modo integral, uma vez que a verba
é retirada do patrimônio da parte prejudicada, é
32
.
fls. 644
OAB/SP 238.792
cabível àquele que deu causa ao processo a

reparação da quantia" (AgRg no REsp 1.410.705/RS,
rel. Min. Humberto Martins);
No que tange aos honorários contratuais, destacamos
julgamento do Recurso de Apelação nº 1019425-
57.2014.8.26.0114 - Comarca: Campinas (10ª Vara Cível), cujo
relator entendeu que os honorários advocatícios contratuais
constituem sim, danos materiais passíveis de indenização, ex
vi do que dispõem os arts. 389, 395 e 404, todos do Código
Civil:
Processual civil. Prova. Mídia eletrônica. Vídeos

e áudios gravados pelos autores em reuniões, sem
conhecimento de prepostos da ré. Prova lícita,
segundo entendimento do E. STF. Preliminar
afastada. Franquia. Ação de rescisão contratual e
reparação por danos morais e materiais. Escola de
idiomas. Culpa exclusiva da franqueadora na
rescisão do contrato. Escolha inadequada do imóvel
no qual seria instalado o negócio. Prova de que a
ré assegurou aos franqueados acerca da
regularidade do imóvel no que dizia respeito à lei
de zoneamento. Escola que não obteve alvará de
funcionamento da Prefeitura Municipal em virtude
de violação à lei de zoneamento. Pretensão dos
autores, franqueados, à reparação pelos danos
causados. Comportamento dos funcionários da ré que
ratifica a culpa dela na escolha inadequada do
imóvel, embora o contrato a eximisse dessa
obrigação. Rescisão do contrato por culpa da
franqueadora. Culpa concorrente afastada.
Restituição aos autores das quantias pagas
a título de aluguel e despesas contraídas
na reforma do imóvel. Reembolso aos autores
dos honorários contratuais. Dano moral
caracterizado. Sucumbência exclusiva da ré.
Recurso dos autores parcialmente provido. Recurso
da ré desprovido.
33
.
fls. 645
OAB/SP 238.792
Seguem outros julgados no mesmo sentido:
(i) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESTITUIÇÃO
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. AUSÊNCIA
DE PROVA. DESCABIMENTO. 1. No que concerne à
restituição dos honorários contratuais cumpre
salientar que não há nos autos qualquer adminículo
de prova acerca de seu efetivo pagamento, bem como
do seu valor, ônus que cabia a parte autora e da
qual não se desincumbiu, a teor do que estabelece
o art. 333, I, do CPC. 2. Tal prova poderia ser
facilmente realizada com a simples juntada do
recibo de pagamento da verba honorária ou do
contrato de honorários, providência esta que não
foi tomada pela parte. Negado provimento à
apelação. (Apelação Cível Nº 70061436499, Quinta
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Jorge Luiz Lopes do Canto, Julgado em
10/12/2014).(TJ-RS - AC: 70061436499 RS, Relator:
Jorge Luiz Lopes do Canto, Data de Julgamento:
10/12/2014, Quinta Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 12/12/2014)
(ii) CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. APELAÇÃO

CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO
BANCÁRIO. ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS. JUROS
REMUNERATÓRIOS. NECESSIDADE DE REDUÇÃO À TAXA
MÉDIA DE MERCADO. DEVIDA A RESTITUIÇÃO EM DOBRO DA
COBRANÇA INDEVIDA. RESTITUIÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. CONDENAÇÃO NAS VERBAS
SUCUMBENCIAIS (CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS).
SENTENÇA. 1) O Código de Defesa do Consumidor é
aplicável às instituições financeiras (Súmula
297/STJ). 2) Nesse prisma, a jurisprudência do STJ
tem assegurado que, embora no ato da celebração do
contrato o consumidor tenha sido informado sobre
as condições do negócio, é plenamente admitida a
revisão dos contratos, isto é, a relativização dos
princípios do pacta sunt servanda e do ato jurídico
perfeito, em atenção à vulnerabilidade do
consumidor. 3) Apesar dos juros remuneratórios não
34
.
fls. 646
OAB/SP 238.792
se limitarem a 12% ao ano (SV n. 7 e Súmula

382/STJ) e as instituições financeiras não se
submeterem às limitações do Decreto 22.626/1933
(Súmula 596/STF), denominada “Lei da Usura”, é
perfeitamente admissível a revisão das respectivas
taxas sempre que houver discordância substancial
com a média de juros praticada no mercado (REsp
1.061.530/RS). 4) Destarte, as taxas de juros
remuneratórios podem ser revistas em comparação às
taxas médias praticadas por instituições
financeiras no período, tendo como parâmetro os
percentuais divulgados pelo Banco Central, com
fundamento no art. 51, IV, e § 1º, do CDC. 5)
Caracterizadas as cláusulas contratuais abusivas,
não há óbice jurídico para que sejam declaradas
nulas as taxas de juros remuneratórios, como forma
de viabilizar o equilíbrio financeiro do contrato.
6) A condenação da apelante ao pagamento em dobro
dos valores cobrados de forma abusiva, nos termos
do art. 42, parágrafo único, do CDC, não reflete
enriquecimento indevido do consumidor, porquanto
o STJ entende aplicável quando configurada a má-
fé ou a culpa da instituição, que é o caso.
Precedente STJ. 7) Correta a condenação na
restituição dos valores referentes aos
honorários advocatícios contratuais (arts.
389, 395 e 404 do CC/2002), considerando
que integram os valores devidos a título de
reparação por perdas e danos. 8) Apelo
conhecido e desprovido.(TJ-AP - APL:
00350685720178030001 AP, Relator: Desembargador
ROMMEL ARAÚJO DE OLIVEIRA, Data de Julgamento:
16/04/2019, Tribunal)
(iii) RECURSO APELAÇÃO - DIREITO DE VIZINHANÇA

INDENIZAÇÃO. 1.Ressarcimento de danos
materiais. Prejuízos causados no imóvel.
Comprovação. Prejuízos demonstrados por
meio da instrução probatória. Ausência de
fatos desconstitutivos do direito dos
autores. Exegese do artigo 333, inciso II,
do Código de Processo Civil. Dano moral.
35
.
fls. 647
OAB/SP 238.792
Abalo psíquico e moral dos requerentes.

Indenização devida. 2. Honorários
advocatícios. Fixação com base no valor da
condenação e não do valor da causa. Sentença
parcialmente reformada. Recurso dos requeridos
parcialmente providos para esse fim. RECURSO
APELAÇÃO - DIREITO DE VIZINHANÇA INDENIZAÇÃO. 1.
Dano moral. Condenação imposta em limites
razoáveis para o caso. Impossibilidade de
enriquecimento ilícito sem causa. Valor que
atendeu aos critérios e peculiaridades
apresentadas. Elevação. Inadmissibilidade. 2.
Gastos com outras despesas, asfaltos, etc.,
devidamente comprovados. Inclusão no montante
condenatório a títilo de danos materiais.
Possibilidade. Sentença parcilamente refromada.
Recurso dos requerentes parcilamente providos para
esse fim. (TJ-SP - APL: 00303035820108260224 SP
0030303-58.2010.8.26.0224, Relator: Marcondes
D'Angelo, Data de Julgamento: 20/06/2013, 25ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
24/06/2013)
O reconhecimento de novos danos decorre da mencionada

ampliação do próprio conceito jurídico de dano, vez que o
dano injusto – e, portanto, aquele que se considera
ressarcível – não será somente aquele que decorrer da conduta
ilícita, mas sim todo e qualquer dano que violar bens
jurídicos e contrariar os valores tutelados pelo ordenamento
jurídico (MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à Pessoa
Humana: estudos de direito civil-constitucional. Rio de
Janeiro: Renovar, 2010, p. 181)
No presente caso, ressarcimento dos

postula-se o
honorários advocatícios contratuais referentes à
representação judicial, posto que, trata-se de uma
recomposição pelos prejuízos e danos que sofreu,
ademais, a postura da parte contrária extrapola o
mero exercício do direito de defesa, abusa deste,
agindo com litigância de má fé (art 79 e seguintes
do CPC) ao distorcer a realidade dos fatos, e
36
.
fls. 648
OAB/SP 238.792
utilizar de expressões caluniosas, injuriosas e

pejorativas, o que per si, já justifica o
deferimento da indenização.
Os termos, considerados incompatíveis com o decoro judicial,
ofenderam os autores da ação, contrariando o artigo 15 do
Código de Processo Civil.
Segundo Machado de Assis, a moderação e a urbanidade

constituem-se no mais eficaz meio de convencimento.
“Se a delicadeza das maneiras é um dever de

todo homem que vive entre homens, com mais
razão é um dever do crítico, e o crítico deve
ser delicado por excelência”, afirmou o
literato na crônica “O ideal do crítico”,
publicada originalmente no jornal Diário do
Rio de Janeiro, em outubro de 1865.
Com relação ao ressarcimento dos valores dispendidos com

Assistente técnico pela elaboração do Laudo Técnico
de Vistoria Predial de Engenharia Civil, juntado à
inicial, por tratar-se de despesa do processo paga
antecipadamente pelos Autores e não impugnado pelos
primeiros Requeridos, perfeitamente cabível seu
ressarcimento.
Nosso ordenamento jurídico em seu artigo 944 do Código Civil
adota a teoria da reparação integral do dano e da boa-fé
objetiva.
Ainda em seu artigo 187 do CC pratica ato ilícito “o titular

de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-
fé ou pelos bons costumes”.
Como se vê, o titular do direito deve observar no seu

exercício o escopo econômico/social, a boa-fé e os bons
costumes, ou seja, aquele não pode agir como bem entender,
por considerar seu direito irrestrito ou sem limites.
37
.
fls. 649
OAB/SP 238.792
Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald afirmam que o abuso do

direito é constatado no instante da violação do elemento
axiológico da norma. Instala-se a contrariedade entre o
comportamento comissivo ou omissivo do indivíduo e o
fundamento valorativo do preceito.
No caso em tela, os primeiros Requeridos, ao agir
com imprudência e negligenciar o agravamento dos
danos causados no imóvel dos Autores, pressupõe ato
ilícito que acarreta inequívoca ofensa aos
princípios da reparação integral e da boa-fé
objetiva.
Destacamos julgados de nossos tribunais, a fim de demonstrar

o cabimento do pleito dos Autores e de sua procedência:
(i) APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. DANOS

MATERIAIS. REFAZIMENTO DE PISO DE GARAGEM DE
EDIFÍCIO RESIDENCIAL. FALHAS NO PROCESSO
CONSTRUTIVO. IDENTIFICAÇÃO EM PERÍCIA. FALTA DE
MANUTENÇÃO. CULPA CONCORRENTE. INOCORRÊNCIA.
HONORÁRIOS DE PERÍTO PARTICULAR. REEMBOLSO.
NECESSIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Demonstrado
por meio de perícia judicial que as trincas e
fissuras presentes no piso da garagem decorreram
de falhas no processo construtivo, tem-se que a
condenação à reparação dos danos e correção dos
problemas é medida que se impõe. 2. Ausente o liame
entre eventuais falhas no processo de manutenção
e os problemas ocorridos, não há que se falar em
culpa concorrente. 3. Se a contratação de
perito particular, com a finalidade de
comprovar que os problemas decorreram de
falhas no processo construtivo, foi
necessária, ante a falta de amparo da
construtora, o reembolso da verba gasta é
cabível. 4. Apelo não provido.(TJ-DF
20150111329770 DF 0038755-02.2015.8.07.0001,
Relator: ARNOLDO CAMANHO, Data de Julgamento:
38
.
fls. 650
OAB/SP 238.792
24/01/2018, 4ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação:

Publicado no DJE : 15/02/2018 . Pág.: 478/486)
(ii) "EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Omissão a respeito da

base de cálculo dos honorários do assistente
técnico dos expropriados – Verba abrangida
pelas despesas processuais – Inocorrência de
qualquer das hipóteses do art. 1.022, do Código de
Processo Civil – Intuito de rediscussão – Embargos
de declaração rejeitados."(TJ-SP - EMBDECCV:
10030989020178260224 SP 1003098-
90.2017.8.26.0224, Relator: Moreira de Carvalho,
Direito Público, Data de Publicação: 22/03/2021)
(iii) AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C.C. INDENIZAÇÃO POR

DANOS MATERIAIS E MORAIS. Direito de vizinhança.
Autores que reclamam de vazamento e infiltração no
teto do quarto do apartamento por eles ocupado,
atribuindo à unidade condominial situada no andar
superior, a origem do problema. SENTENÇA de
parcial procedência. APELAÇÃO do requerido, que
insiste na improcedência. APELAÇÃO dos autores,
que pugnam pela ampliação da condenação imposta ao
requerido a título de obrigação de fazer e de
indenização por danos materiais, com a majoração
da indenização por danos morais. EXAME: prova dos
autos, formada por documentos e perícia,
indicativa de que as infiltrações e vazamentos
reclamados são mesmo provenientes do imóvel do
requerido, ocupante do apartamento situado no
andar superior. Responsabilidade civil do
demandado que decorre do direito de propriedade.
Eventuais falhas construtivas na unidade
imobiliária do demandado que podem ser reclamadas
por ele em regresso contra eventual responsável
por essas falhas. Obrigação de fazer que deve
abranger a realização da obra necessária para
estancar a infiltração e os vazamentos na unidade
condominial dos autores, inclusive com a
realização de reparos na tubulação de retorno da
piscina e o fechamento definitivo da abertura de
inspeção no teto do pavimento, excluídas a adoção
de medidas nas áreas pertencentes ao Condomínio,
39
.
fls. 651
OAB/SP 238.792
que não integrouRemuneração do

a lide.
Assistente Técnico contratado pelos autores
e despesas com os reparos para estancar os
vazamentos e as infiltrações no curso da
lide que também devem integrar a
indenização material. Dano moral
indenizável bem evidenciado. Indenização
moral correspondente que comporta elevação para R$
10.000,00, tendo em vista as circunstâncias
específicas do caso concreto, além dos parâmetros
da proporcionalidade e da razoabilidade. Verba
honorária que comporta majoração para dezessete
por cento (17%) do valor da condenação, "ex vi" do
artigo 85, §§ 2º e 11, do Código de Processo Civil.
Sentença parcialmente reformada. RECURSO DO
REQUERIDO NÃO PROVIDO. RECURSO DOS AUTORES
PARCIALMENTE PROVIDO.TJ-SP - AC:
11123363320148260100 SP 1112336-
33.2014.8.26.0100, Relator: Daise Fajardo Nogueira
Jacot, Data de Julgamento: 09/03/2021, 27ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação:
15/03/2021)
(iv) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

C/C INDENIZATÓRIA. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO.
POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE LAUDO PARTICULAR.
REALIZAÇÃO DE OBRA PARA REPARO DE ANOMALIA QUE
COMPROMETIA A SEGURANÇA. REEMBOLSO. HONORÁRIOS DE
PERITO PARTICULAR INCLUEM-SE NO CONCEITO DE DANOS
MATERIAIS. DEMONSTRAÇÃO DO DANO MORAL NO CASO
CONCRETO. QUANTUM ARBITRADO. MANUTENÇÃO.
RETIFICAÇÃO EX OFFICIO DO TERMO INICIAL DOS JUROS
DE MORA SOBRE A INDENIZAÇÃO MORAL. RELAÇÃO
CONTRATUAL. CITAÇAO. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA, DE
OFÍCIO. 1) O laudo pericial produzido
extrajudicialmente pelo requerente demonstra o
acúmulo de água ao redor da piscina devido à
ausência de caimento do piso em direção ao ralo,
contrariando norma da ABNT, tendo o perito
classificado o grau crítico da anomalia, que
poderia provocar danos contra a saúde e segurança
das pessoas. 2) Compartilha-se do entendimento
40
.
fls. 652
OAB/SP 238.792
segundo o qual quando se adquire uma unidade

imobiliária, seja de que padrão for, paga-se o
preço para ver tal imóvel entregue com padrões
mínimos de qualidade e segurança. Tendo a obra
sido realizada pela construtora agravante esta é
a responsável pela garantia de sua integridade, de
modo que não é sequer razoável imputar ao
condomínio e aos seus condôminos o ônus de arcar
com mais esse custo (TJES, AI 024199013103, Rel.:
MANOEL ALVES RABELO, 4ª C. Cível, Julg.:
25/11/2019, Publicação: 03/12/2019). 3) Se o
condomínio se viu compelido a executar uma obra em
decorrência de falha da construtora, para a
segurança dos condôminos e das pessoas que
utilizassem a área de lazer do prédio, a obrigação
de reparação pelos gastos para tanto cabe à
requerida. 4) Não infirma a conclusão em espeque
o fato das constatações terem sido realizadas por
laudo unilateral, pois não há, no ordenamento
jurídico, vedação legal à utilização de documento
unilateralmente produzido, principalmente quando
submetido ao devido processo legal. 5) Inclui-se
no prejuízo patrimonial sofrido o gasto
tido com o profissional particular para
apuração das falhas de responsabilidade da
construtora. Jurisprudência. 6) N o que diz
respeito aos danos morais, a situação concreta
ultrapassa a noção de mero descumprimento
patrimonial, haja vista que os vícios apurados,
que ultrapassam a questão da piscina, são vários,
e vem se apresentando desde a entrega do prédio,
em 2012, alguns deles comprometendo, inclusive, a
segurança dos condôminos, o que gerou repercussão
na esfera moral dos condôminos. Jurisprudência. 7)
Razoável o montante arbitrado pelo magistrado a
quo (R$ 10.000,00) a título de reparação moral,
seja em razão da proporção dos prejuízos
suportados pela parte autora como em virtude do
grande porte da construtora, que, apesar de
notificada mais de uma vez acerca dos problemas,
mostrou-se displicente para com a situação do
condomínio. Ademais, a verba encontra-se dentro da
margem aceitável por esta Corte para situações
41
.
fls. 653
OAB/SP 238.792
análogas. 8) Não obstante a sentença mereça ser

mantida na parte dispositiva quanto ao acolhimento
dos pleitos autorais, impõe-se sua reforma
parcial, ex officio , apenas no tocante ao termo
inicial dos juros de mora incidentes sobre a
indenização moral, que, por se tratar de relação
contratual, devem fluir a partir da citação. 9)
Recurso conhecido e desprovido. Sentença
parcialmente reformada, de ofício.(TJ-ES - AC:
00061641820168080035, Relator: ELIANA JUNQUEIRA
MUNHOS FERREIRA, Data de Julgamento: 03/03/2020,
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
13/03/2020)
Portanto, mostra-se perfeitamente cabível a restituição à

título de indenização pelos danos sofridos concernente aos
valores desembolsados antecipadamente pelos Autores com
honorários contratuais de profissionais autônomos.
É o que se espera como medida de JUSTIÇA!!!!
III - MANIFESTAÇÃO SOBRE A PETIÇÃO DA SEGUNDA

REQUERIDA ÀS FLS. 438 - 466
1. PRELIMINAR DE MÉRITO
Meritíssimo juiz, as preliminares trazidas e arguidas pela

Segunda Requerida não merecem serem acolhidas, vez que
desprovida de fundamentos fáticos e jurídicos, aliado ao
fato de que se confundem com o mérito da causa, devendo serem
julgadas por ocasião da sentença de mérito. Desta forma,
requer os Autores, o afastamento das preliminares
suscitadas, pelos motivos expostos, prosseguindo-se o feito
em seus ulteriores trâmites processuais, por medida da mais
lídima justiça, senão vejamos:
A Segunda Requerida alega ser parte ilegítima para configurar

no polo passivo da presente demanda, sob o argumento de que
42
.
fls. 654
OAB/SP 238.792
os próprios Autores afirmam que os vazamentos são decorrentes

de obras realizadas pelos primeiros Requeridos.
Afirmam os Autores em sua peça exordial, que anterior

a aquisição do imóvel BB 304 pelos primeiros
Requeridos, em dias de chuvas torrenciais se
percebia a infiltração na suíte Master do seu
imóvel, portanto, um problema pontual.
Que desde meados do ano de 2018, quando se iniciou as

obras realizadas pelos primeiros Requeridos,
percebeu-se o aparecimento de novos pontos de
infiltrações, com a eclosão de pontos de vazamentos
e umidade constantes e que foram tomando proporções
alarmantes com o passar do tempo.
Improcede a afirmação de que jamais houve qualquer reclamação
do morador do imóvel, neste ato representante e terceiro
interessado no processo, Sr Odilton Martins, à segunda
Requerida ou a quem de direito, até porque, o imóvel de
propriedade da Construtora Helbaaco Empredimentos
encontrava-se desocupado / inabitado, e em razão de
seu abandono, a água provinda das chuvas acabava se
acumulando no entorno da piscina, acarretando
infiltração das águas pluviais no imóvel dos
Autores, precisamente na suíte master que fica bem
abaixo da piscina da cobertura.
Ademais, não podemos desconsiderar a existência de eventuais
falhas construtivas, conforme destaca o laudo técnico anexo
à inicial e que esclarece que o problema com infiltrações,
vazamentos e umidade somente poderá ser resolvido
definitivamente com a aplicação de manta impermeabilizante
em toda área externa e da piscina da laje do piso do
apartamento BB 304, além do recobrimento e proteção nas
dobraduras das paredes.
43
.
fls. 655
OAB/SP 238.792
Ainda em preliminar a segunda Requerida propõe que os Autores
são carentes de ação – por falta de interesse processual em
razão da quitação outorgada.
Ao apoiar-se no termo de transferência de posse e entrega

das chaves para se abster de sua responsabilidade, se esquece
a segunda Requerida de que a quitação outorgada se
refere a vícios aparentes, aquelas falhas
construtivas detectáveis facilmente por leigos em
construção, tais como, vidro quebrado ou manchado,
diferentes tonalidades no revestimento ou na
pintura, azulejo decorado aplicado de forma
equivocada, quebrando o esquema do desenho
geométrico projetado, falta de espelhos nas
instalações elétricas, portas descoladas ou
trincadas, vazamentos existentes no ato da entrega,
material de acabamento empregado diferente do que
consta do memorial descritivo de venda, etc.
Diferentemente do que ocorre com o que se denomina de vícios

ocultos; que são falhas construtivas inexistentes no ato
da entrega ou só detectáveis nessa ocasião por técnicos
especializados, e que surgem ou só são detectadas algum tempo
depois da entrega, como por exemplo: curto-circuito nas
instalações elétricas, infiltrações ou vazamentos de água
que são detectados apenas depois da entrega, trincas,
fissuras, gretamentos de placas cerâmicas, recalques de
fundação, inclinação de prédios, desbotamento da pintura da
fachada, etc.
44
.
fls. 656
OAB/SP 238.792
Sergio Cavalieri Filho versa que “a responsabilidade do

construtor é de resultado porque se obriga pela boa
execução da obra, de modo a garantir sua solidez e
capacidade para atender ao objetivo para o qual foi
encomendada. Defeitos na obra, aparentes ou ocultos,
que importem sua ruína total ou parcial configuram
violação ao dever de segurança do construtor,
verdadeira obrigação de garantia (ele é o garante da
obra), ensejando-lhe o dever de indenizar
independentemente de culpa. Essa responsabilidade
só poderá ser afastada se o construtor provar
que os danos resultaram de uma causa estranha –
força maior, fato exclusivo da vítima ou de
terceiro” (2009, p. 346).
Confira-se abaixo, julgados pelo Superior Tribunal de

Justiça:
(i) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

RESPONSABILIDADE DO CONSTRUTOR. DEFEITOS DA
CONSTRUÇÃO. PRAZOS DE GARANTIA E DE PRESCRIÇÃO.
DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
IMPROVIMENTO. I. Cabe a responsabilização do
empreiteiro quando a obra se revelar imprópria
para os fins a que se destina, sendo considerados
graves os defeitos que afetem a salubridade
da moradia, como infiltrações e vazamentos,
e não apenas aqueles que apresentam o risco
de ruína do imóvel. II.- Na linha da
jurisprudência sumulada desta Corte (Enunciado
194), ''prescreve em vinte anos a ação para obter,
do construtor, indenização por defeitos na obra''.
Com a redução do prazo prescricional realizada
pelo novo Código Civil, referido prazo passou a
ser de 10 (dez) anos. Assim, ocorrendo o evento
danoso no prazo previsto no art. 618 do Código
Civil, o construtor poderá ser acionado no prazo
prescricional acima referido. Precedentes. III.
Agravo Regimental improvido. (STJ, T3, Rel. Min.
SIDNEI BENETI, AgRg no Ag 1208663/DF, DJe
45
.
fls. 657
OAB/SP 238.792
30/11/2010).- APELAÇÃO Nº 0144381-

20.2008.8.26.0100 - RELATOR: LINEU PEINADO.
(ii) “REGIMENTAL. CIVIL. REPARAÇÃO DE DANOS.

RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPREITEIRO. SOLIDEZ E
SEGURANÇA. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. ART. 1.245
CC/1916. SÚMULA 7. - A solidez e a segurança
a que se refere o art. 1.245 do Código Civil
não retratam simplesmente o perigo de
desmoronamento do prédio, respondendo,
também, a construtora, por defeitos que
possam comprometer, futuramente, o
empreendimento, tais como rachaduras e
infiltrações. Precedentes. - A construtora é
quem detém o conhecimento técnico, cabendo a ela
dizer a viabilidade ou não do material a ser
utilizado, inda que a escolha do material coubesse
ao proprietário. - Em recurso especial não se
reexamina provas. Súmula 07” (Agravo Regimental no
Recurso Especial nº. 399.701/PR, Relator Ministro
Humberto Gomes De Barros, TERCEIRA TURMA, julgado
em 12/04/2005, publicado no Diário de Justiça do
dia 09/05/2005 página 389.
2. MÉRITO
Conforme já exposto, o mérito confunde-se com a matéria

suscitada em tese preliminar, na medida em que a segunda
Requerida alega que os danos ocasionados no imóvel dos
Autores são decorrentes da obra realizada na cobertura pelos
primeiros Requeridos, e que estes, assumiram a
responsabilidade de realizar a impermeabilização da piscina
e em torno. Juntou documentos.
Ressalta-se mais uma vez que, em verdade com a realização da

obra na unidade BB 304, evidente o aparecimento de novos
pontos de infiltração, o início de vazamentos e
umidade constantes que tornaram inabitável o imóvel
dos Autores.
46
.
fls. 658
OAB/SP 238.792
Entretanto, conforme se depreende da análise dos documentos

juntados aos autos, especificamente do laudo técnico
profissional contratado pelos Autores e vítimas dos
fatos, aponta problema com a impermeabilização do
imóvel de propriedade dos primeiros Requeridos,
seja, decorrente de falhas construtivas e ou de
falhas na obra realizada na unidade residencial.
Isso posto, não restou aos Autores, alternativa senão
socorrem-se do Poder Judiciário, a fim de sanar os danos e
prejuízos que vem sofrendo em sua propriedade.
2.1 DO DEVER DE REPARAÇÃO INDENIZATÓRIA
Alega a segunda Requerida que qualquer reparação pelos danos

causados no imóvel dos Autores, são de exclusiva
responsabilidade dos primeiros Requeridos que assumiram a
responsabilidade de impermeabilização da piscina e seu
entorno.
Por certo, tem-se que um dos direitos fundamentais inerentes

ao ser humano é o direito à moradia. Todos têm direito a uma
moradia digna, para que, assim, possam se desenvolver em
todos os aspectos que permeiam a vida humana, sejam esses de
ordem psicológica, moral, social e, até mesmo, espiritual.
Não há como falar em dignidade da pessoa humana sem se falar

em moradia digna. A moradia engloba o conceito protetivo de
abrigo, refúgio, lugar em que a pessoa se acolhe, descansa
e desfruta de momentos de suma importância em sua vida
pessoal e familiar.
No caso em os Autores, e, principalmente o

tela,
morador do imóvel Sr Odilton Martins, foram
diretamente atingidos em seus direitos fundamentais
à moradia inerente ao ser humano.
É certo que no direito de vizinhança a responsabilidade é
objetiva e, embora dispense a comprovação da existência de
dolo ou culpa, exige a demonstração do nexo de causalidade
entre os danos experimentados e a conduta do agente.
47
.
fls. 659
OAB/SP 238.792
À vista disso, se comprovada a responsabilidade da segunda

Requerida por falhas construtivas proveniente da correta
falta de impermeabilização da piscina e seu entorno. Caberá
a esta, a responsabilidade pela reparação das falhas
construtivas bem como pela realização dos reparos
necessários no imóvel dos Autores na medida de sua
responsabilidade, além das indenizações pleiteadas e
ressarcimento dos danos sofridos em prevalência aos direitos
fundamentais afetados.
2.2 DOS DANOS MATERIAIS
Baseia-se a segunda Requerida na responsabilidade exclusiva

dos primeiros Requeridos em assumir eventual reparação por
danos materiais. Alega ainda que, os Autores não comprovaram
a existência dos danos patrimoniais.
Neste diapasão, conforme já tratado em tópico anterior, os

danos causados com infiltrações, vazamentos e umidade
ainda não cessaram, o que impossibilita a apuração
dos danos efetivamente causados, isto posto, por
óbvio impossibilita a comprovação do dispêndio com
reparos nos móveis que guarnecem a residência, bem
como, dispêndios com reforma no imóvel.
Ademais, os Autores demonstram de forma inequívoca as provas
imprescindíveis à fase de conhecimento, o denominado, “an
debeatur”, a fim de tornar certa a obrigação de indenizar,
postergando para a fase de liquidação de sentença a apuração
da quantia devida no momento da quantificação do dano, ou
seja, o “quantum debeatur”.
Todavia, diante das assertiva dos Requeridos, os Autores

requerem a juntada de orçamentos com estimativa do
dispêndio necessário para reforma do imóvel e
reparos nos móveis que guarnecem a residência, os
quais deverão ser devidamente apurados ao final da
presente ação quando efetivamente cessar os danos.
Importante salientar que os Autores comprovaram por
documentos juntados aos autos os fatos constitutivos de seu
48
.
fls. 660
OAB/SP 238.792
direito conforme preceitua o artigo 333 do CPC, vide fotos

as fls. 56-80, laudo pericial não impugnado pelos Requeridos
as fls. 103-215, e demais documentos que comprovam despesas
com honorários contratuais de profissionais autônomos as
Fls. 257/262; dispêndio com locação de imóvel para a família
dos Autores as Fls. 295/302, além de documentos que comprovam
demais despesas as fls. 303/311.
2.3 DOS DANOS MORAIS
Especificamente quanto aos danos morais, afirma a segunda

Requerida que os danos suportados pelos Autores são
insuficientes para embasar a concessão da respectiva
indenização por danos morais.
O dano moral restou configurado, tendo em vista que,

por mais de ano, os Autores convivem com os
vazamentos advindos do apartamento do vizinho, com
infiltrações e vazamentos do teto, mofo e umidade
em vários cômodos de seu imóvel, chegando-se ao
absurdo, da necessidade de utilização de baldes para
conter as goteiras decorrentes da infiltração, tudo
demonstrado pelo acervo fotográfico de fls. 56-80
entre outros.
Dessa forma, a inércia dos Requeridos em efetuar os devidos
reparos impossibilitou que os autores e seus familiares
vivessem com tranquilidade e bem-estar em sua própria
residência, a frustração do uso, com a privação da posse
mesmo que provisória, ocasionou sérios aborrecimentos e
danos à saúde e integridade física, ultrapassando os meros
dissabores do cotidiano, e lesou diretamente os direitos da
personalidade intrínsecos ao ser humano.
Quanto ao dano moral denunciado, o Mestre SÉRGIO CAVALIERI

FILHO ensina que:
"Dano moral é a lesão de um bem integrante da

personalidade; violação de bem personalíssimo, tal como
a honra, a liberdade, a saúde, a integridade
psicológica, causando dor, vexame, sofrimento,
49
.
fls. 661
OAB/SP 238.792
desconforto e humilhação à vítima, não bastando para

configurá-lo qualquer contrariedade. Nessa linha de
princípio só deve ser reputado como dano moral a dor,
vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à
normalidade, interfira intensamente no comportamento
psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições,
angústia e desequilíbrio em seu bem estar." (FILHO,
Sérgio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil.
5ª edição, São Paulo: Malheiros, 2004, p. 93/98).
Nem sempre se afigura possível adentrar no universo psíquico

de uma pessoa para dela exigir a comprovação de que certo
ato lhe causou ou não um dano dessa natureza. Assim, para a
caracterização do dano moral, basta a demonstração
de uma situação que conduza à presunção da
existência de uma lesão a causar repercussão no
universo psíquico do ofendido.
É o que preleciona HUMBERTO THEODORO JÚNIOR:
"Quanto à prova, a lesão ou dor moral é fenômeno que se

passa no psiquismo da pessoa e, como tal, não pode ser
concretamente pesquisado. Daí porque não se exige do
autor da pretensão indenizatória que prove o dano
extrapatrimonial. Cabe-lhe apenas comprovar a
ocorrência do fato lesivo, de cujo contexto o juiz
extrairá a idoneidade, ou não, para gerar dano grave e
relevante, segundo a sensibilidade do homem médio e a
experiência da vida" (THEODORO JÚNIOR, Humberto. Dano
Moral. 4ª ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira,
2001, p.09).
Portanto, no caso em tela, não se pode tratar como mero

constrangimento hipotético. Vislumbra-se o efetivo dano
moral, que deve ser reparado aos Autores, em conformidade
com o disposto no artigo 186 do Código Civil.
50
.
fls. 662
OAB/SP 238.792
Neste sentido:
(i) APELAÇÃO CÍVEL. VÍCIOS

CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL.
OCULTOS. FALHA NA EXECUÇÃO DA OBRA.
DEFEITOS QUE COMO NÃO FORAM REPARADOS PELA
CONSTRUTORA, DEVEM SER INDENIZADOS POR
ESTA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM
MANTIDO. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70050143783, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Ana Maria Nedel
Scalzilli, Julgado em 17/04/2014).
(ii) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. MUNICÍPIO

DE RESTINGA SECA. CONTRATO DE CONCESSÃO DE DIREITO
REAL DE USO. IMÓVEL. VÍCIOS NA CONSTRUÇÃO DO
IMÓVEL QUE TÊM ORIGEM EM FALHAS NA EXECUÇÃO
DA OBRA E NO EMPREGO DE MATERIAIS DE
QUALIDADE DUVIDOSA. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO.
PRESCRIÇÃO NÃO IMPLEMENTADA. DANOS MATÉRIAS
COMPROVADOS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO EM R$ 5.000,00
(CINCO MIL REAIS). SENTENÇA INALTERADA. Aplica-se
a prescrição quinquenal em face de demanda movida
contra a Fazenda Pública, conforme disposto no
artigo 1º do Decreto 20.910/1932. No caso
concreto, os danos retratados no imóvel, conforme
se infere da narrativa dos demandantes, surgiram
gradativamente ao longo dos anos. São defeitos
que, por atingirem a estrutura da edificação,
manifestam-se de forma contínua, sucessiva e
permanente. Neste sentido, não é possível,
compulsando e analisando o acervo probatório, se
estabelecer uma data exata como marca inicial do
prazo prescricional. Nem mesmo o expert, munido do
conhecimento e recursos técnicos para tanto,
precisou uma data a ser utilizada como de início
dos vícios em questão. Tampouco é possível ter-se
como concretizado o marco da ciência inequívoca
dos autores acerca dos defeitos no corpo
estrutural do imóvel. Prescrição não implementada.
Precedentes do STJ. A responsabilidade civil das
51
.
fls. 663
OAB/SP 238.792
pessoas jurídicas de direito público e as de

direito privado prestadoras de serviços públicos
por danos causados aos administrados, via de
regra, é objetiva, nos termos do artigo 37, § 6º,
da Constituição Federal. Ademais, assentada a
responsabilidade objetiva do Município, porquanto
vislumbrado omissão específica, mormente no que
concerne à ausência de fiscalização semestral do
local, nos termos do contrato. O laudo pericial é
conclusivo no sentido de evidenciar falhas na fase
de execução do imóvel, além de emprego de material
de questionável qualidade em sua construção,
autorizando, pois, a pretensão dos autores de se
ver indenizados. No que tange aos danos morais
alegados pelos autores, tenho que, efetivamente,
ocorrentes. Com efeito, cabe a condenação do réu
ao pagamento de indenização pelos danos morais
experimentados em decorrência dos fatos narrados.
A existência de vícios evidentes no corpo
estrutural do imóvel, que, gize-se,
consiste na residência dos autores,
caracterizados pelo expert, em laudo
pericial, como danos que \tem de ser
reparados para que se possa garantir a
segurança e salubridade aos moradores\ (fl.
74), configuram, de fato, abalo moral
passível de indenização. Conviver diariamente
em residência estruturalmente danificada, que
necessita de \imediatas providências de
recuperação\ (fl. 74), pressupõe, logicamente, uma
vivência cotidiana marcada por angústia e por
aflição, visto que a moradia tem íntima conexão
com a personalidade do sujeito. Logo, a
caracterização do dano moral sofrido pelos
demandantes é justificada pela ausência de atuação
do Município réu, que deveria prezar pela
integridade estrutural da residência dos autores,
com periódicas vistorias, a fim de zelar pela
congruência do contrato firmado e preservação da
segurança e condições essenciais de vivência dos
autores. Quantum indenizatório inalterado, pois
adequado às circunstâncias do caso e de acordo com
os postulados da proporcionalidade e
52
.
fls. 664
OAB/SP 238.792
razoabilidade, bem como se examina nos julgados

desta Corte.NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.(TJ-RS -
AC: 70066614645 RS, Relator: Léo Romi Pilau
Júnior, Data de Julgamento: 30/03/2016, Quinta
Câmara Cível, Data de Publicação: 26/04/2016)
(iii) AGRAVANTE: MAYNE BARROS DA SILVA DARTAGNAN DONOSO
AGRAVADAS: RODOBENS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S/A
SISTEMA FÁCIL, INCORPORADORA IMOBILIÁRIA - VÁRZEA
GRANDE - SPE LTDA EMENTA RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS – DEFERIMENTO PARCIAL DA TUTELA
DE URGÊNCIA – PAGAMENTO DE ALUGUÉIS – DEFEITOS EM
OBRA – LAUDOS TÉCNICOS E PARECERES DE ÓRGÃOS
COMPETENTES – CONSTATAÇÃO DE PROBLEMAS ESTRUTURAIS
DE ALGUMAS CASAS CONSTRUÍDAS EM CONDOMÍNIO –
FORTES INDÍCIOS DE DEFICIÊNCIA NA EXECUÇÃO DA OBRA
– VÍCIOS OCULTOS (RACHADURAS E FISSURAS DE GRANDE
MONTA, DESLOCAMENTO DE MASSA DO SOLO, FALHA NO
SISTEMA DE DRENAGEM, DENTRE OUTROS) –
RESPONSABILIDADE DA CONSTRUTORA EM PRESTAR
ASSISTÊNCIA AOS MORADORES – COMPROVAÇÃO NOS AUTOS
DA DESTINAÇÃO DEVIDA AO VALOR DO ALUGUEL –
DESNECESSIDADE – PREJUÍZO EVIDENTE PELO NÃO USO DO
IMÓVEL – RECURSO PROVIDO. A tutela de urgência
depende do grau de probabilidade do direito
invocado e do perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo, nos termos do artigo 300 do
CPC/15. Há que ser mantida a tutela de urgência
concedida para determinar às requeridas o
pagamento de aluguéis mensais aos compradores,
muito mais ainda quando evidenciada a deficiência
grave na execução da obra, bem como elementos que
se traduzem em indícios relevantes e capazes de
deixar à mostra que o imóvel sub judice apresenta
vícios que impossibilitam a sua ocupação. Eventual
defeito na obra, aparentes ou ocultos que importem
sua ruína total ou parcial configuram violação do
dever de segurança do construtor, ensejando-lhe o
dever de prestar toda a assistência aos moradores,
inclusive com pagamento de aluguel, até que o
problema seja resolvido. Os defeitos apontados no
imóvel estão obstruindo a fruição normal do bem,
53
.
fls. 665
OAB/SP 238.792
mostrando-se desnecessário que os autores

comprovem no processo a destinação devida ao valor
do aluguel, sendo evidente o prejuízo pelo fato de
impossibilidade de uso do imóvel em questão.-(TJ-
MT 10141023220208110000 MT, Relator: MARILSEN
ANDRADE ADDARIO, Data de Julgamento: 18/11/2020,
Segunda Câmara de Direito Privado, Data de
(iv) AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – BEM IMÓVEL – MÁ

EXECUÇÃO DE OBRA – VÍCIOS CONSTRUTIVOS
CARACTERIZADOS – PROCEDÊNCIA – INCONFORMISMO DA RÉ
– PRELIMINARES REJEITADAS. A prova pericial
coligida nos autos permite concluir a falha
na execução das obras, pois existentes
infiltrações no imóvel do autor em razão de
vícios na construção. Dano moral verificado
diante do ato ilícito existente. RECURSO
IMPROVIDO.(TJ-SP - AC: 10020876920168260609 SP
1002087-69.2016.8.26.0609, Relator: Ronnie
Herbert Barros Soares, Data de Julgamento:
02/12/2020, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de
(v) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

CUMULADA COM REPARAÇÃO CIVIL - CERCEAMENTO DE
DEFESA - NÃO CONFIGURAÇÃO - DIREITO DE VIZINHANÇA
- DANOS ESTRUTURAIS NO IMÓVEL CONTÍGUO - CAUSA -
OBRAS NO IMÓVEL VIZINHO - OBRIGAÇÃO REPARATÓRIA
DEVIDA - LESÃO A DIREITOS DA PERSONALIDADE -
CONFIGURAÇÃO - DANOS MORAIS DEVIDOS - Não há
que se falar em cerceamento de defesa se
regularizada a representação processual após o
decurso do prazo concedido pelo juízo, mormente se
verificada a sua participação em toda a instrução
probatória - Nos termos do que estabelece o art.
1277 do CC, "o proprietário ou o possuidor de um
prédio tem o direito de fazer cessar as
interferências prejudiciais à segurança, ao
sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas
pela utilização de propriedade vizinha" -
Demonstrado pelas provas a produzidas em
54
.
fls. 666
OAB/SP 238.792
juízo o nexo causl entre a intervenção

ocorrida no imóvel dos demandados e os
danos físicos que atingem o imóvel vizinho,
forçoso impor ao primeiro proprietário a
reparação dos danos materiais comprovados
- Os danos decorrentes das infiltrações no
imóvel do autor, somado ao longo e
duradouro conflito com os vizinhos, causam
prejuízos à saúde física e psíquica que
ultrapassam os meros dissabores,
configurando lesão a direito da
personalidade.(TJ-MG - AC: 10000205129059001
MG, Relator: Fernando Lins, Data de Julgamento:
10/02/2021, Câmaras Cíveis / 20ª CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 11/02/2021)
Portanto, mostra-se inequívoco o abalo moral que sofreram

não só os Autores, mas o Sr Odilton Martins, genitor e
morador da unidade 294 de propriedade dos Autores que se viu
compelido em mudar de residência devido a inabitabilidade do
imóvel.
Devendo portanto, ser julgado procedente o pedido de

indenização por danos morais no valor pleiteado pelos
Autores, como medida de Justiça!!!
2.4 APLICABILIDADE DO CDC
Insurge-se a segunda Requerida contra o pedido dos Autores

quanto a sua responsabilidade solidária da segunda Requerida
por vício oculto (falha na construção), posto que, atribui
a responsabilidade aos primeiros Requeridos quanto ao
pagamento de indenização aos Autores, sob o argumento de
ausência de nexo causal entre sua conduta e os danos causados
aos Autores.
55
.
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OAB/SP 238.792
Neste sentido:
(i) AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1593824 -

PR (2019/0293558-8) RELATOR : MINISTRO PAULO DE
TARSO SANSEVERINO AGRAVANTE : LAVITTA ENGENHARIA
CIVIL LTDA ADVOGADOS : IVO BERNARDINO CARDOSO -
PR020467 LUCIANNE BERNARDINO CARDOSO - PR035728
AGRAVADO : CEM ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES LTDA
ADVOGADOS : MILTON LUIZ CLEVE KUSTER - PR007919
SIDNEY MARTINS - PR012455 AGRAVADO : LOJAS COPPEL
LTDA (PICEA COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES LTDA)
ADVOGADOS : FERNANDO CEZAR VERNALHA GUIMARAES -
PR020738 LUIZ FERNANDO CASAGRANDE PEREIRA -
PR022076 SOC. de ADV : VERNALHA GUIMARAES &
PEREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS EMENTA AGRAVO INTERNO
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL
(CPC/15). AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DIREITO DE
VIZINHANÇA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
LEGITIMIDADE. RECONHECIDA. MATÉRIA FÁTICA E
PROBATÓRIA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA
7/STJ. AGRAVO INTERNO ACOLHIDO PARA, EM JUÍZO DE
RETRATAÇÃO, CONHECER O AGRAVO PARA, DESDE LOGO,
NÃO CONHECER O RECURSO ESPECIAL . DECISÃO Vistos
etc. Trata-se de agravo interno interposto por
LAVITTA ENGENHARIA CIVIL LTDA, contra decisão da
Presidência que não conheceu do agravo em recurso
especial em virtude da ausência de impugnação
específica aos fundamentos da decisão agravada. A
agravante preconiza que a matéria objeto do aresto
impugnado foi devidamente impugnada. Pugna pelo
conhecimento e provimento de seu recurso especial.
É o relatório. Passo a decidir. Com razão o
agravante, motivo pelo qual, exercendo o juízo de
reconsideração facultado pelo art. 259 do
Regimento Interno/STJ, torno sem efeito a decisão
de e-STJ fls. 1.287/1.288 e passo a analisar o
agravo em recurso especial interposto. Trata-se de
agravo interposto por LAVITTA ENGENHARIA CIVIL
LTDA,em face da decisão que negou seguimento a
recurso especial, interposto com fundamento no
art. 105, III, alíneas a e c, da Constituição
Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Paraná, assim ementado: APELAÇÃO CÍVEL.
56
.
fls. 668
OAB/SP 238.792
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR

DANOS MORAIS.DIREITO DE VIZINHANÇA. OBRA EXECUTADA
EM TERRENO VIZINHO. PEDIDO JULGADO PARCIALMENTE
PROCEDENTE.APELAÇÃO 1, PELA RÉ LOJAS COPPEL:
ILEGITIMIDADE ATIVA. DOMÍNIO E POSSE DO IMÓVEL
COMPROVADOS PELA AUTORA. PRELIMINAR AFASTADA. OBRA
REALIZADA PELA RÉ. CAUSA QUE NÃO SERIA
DETERMINANTE DA RUÍNA DO MURO DIVISÓRIO E DO PÁTIO
DE ESTACIONAMENTO. SIMPLES ADIANTAMENTO DO
PROCESSO. CULPA EXCLUSIVA PELO DANO. TESES
AFASTADAS. RECONHECIMENTO DA CULPA CONCORRENTE.
ARTIGO 1.297, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. RATEIO DAS
DESPESAS PARA A EXECUÇÃO DA OBRA.DIREITO DE
VIZINHANÇA.RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ARTIGO
1.299 E SEGUINTES DO CÓDIGO CIVIL. OBRA (ATO) QUE
REPERCUTE DE MODO PREJUDICIAL E DANOSO AO OUTRO.
DEVER DE INDENIZAR. CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA,
EMBORA SOB OUTROS FUNDAMENTOS. PROVA PERICIAL.
NEXO DE CAUSALIDADE E DANO DEMONSTRADOS. RECURSO
NÃO PROVIDO.APELAÇÃO 2, PELA RÉ LAVITTA: FALTA DE
ENFRENTAMENTO DA TESE QUANTO À MODALIDADE DO
CONTRATO (EMPREITADA). RESPONSABILIDADE PELA
EXECUÇÃO DA OBRA.ARTIGO 612 DO CÓDIGO CIVIL.
FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA E REGIME DE
ADMINISTRAÇÃO. ALEGAÇÃO DE QUE OS RISCOS
DECORRENTES SOMENTE SÃO IMPUTÁVEIS AO DONO DA
OBRA. ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA RÉ
E,CONSEQUENTEMENTE,DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
TESES REPELIDAS. ARTIGO 1.299 DO CÓDIGO CIVIL.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. NEXO CAUSAL E DANO
DEMONSTRADOS. PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E EMPRESA
EMPREITEIRA. DIREITO FUNDAMENTAL DO VIZINHO QUE
SOFREU O DANO. RECONHECIMENTO DA RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA.RECURSO NÃO PROVIDO. (e-STJ, fl. 1.005)
Nas razões do recurso especial, alega a agravante
violação ao artigo 612, do CC/02, sustentando que
não há responsabilidade solidária entre o
proprietário da obra e o empreiteiro por danos
causados a terceiros. Defende o afastamento da sua
responsabilidade. A pretensão, contudo, não merece
ser acolhida. Primeiramente, cumpre esclarecer que
o juízo de admissibilidade do presente recurso
será realizado com base nas normas do CPC/15 e com
as interpretações dadas, até então, pela
57
.
fls. 669
OAB/SP 238.792
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

conforme disposto no Enunciado Administrativo n.
3/STJ. É pacífica a jurisprudência do STJ no
sentido da responsabilização pelo proprietário da
obra solidariamente ao empreiteiro quanto aos
danos decorrentes da construção. Nesse sentido:
Processo civil. Recurso especial. Valoração da
prova. Desmoronamento de edifício em construção.
Morte de funcionário. Pedido de indenização
formulado pela irmã do falecido. Laudo pericial
realizado no inquérito policial que conclui pela
inexistência de culpa da construtora. Declaração
prestada à imprensa por trabalhador da obra, à
época, de que o enfraquecimento da construção
vinha sendo notado uma semana antes do desastre.
Acórdão que, acolhendo essa prova, condena a
proprietária do imóvel a indenizar a irmã da
vítima, não obstante a perícia feita no inquérito.
Motivação do acórdão. Regularidade. - É, em
princípio, vedado ao julgador simplesmente
desconsiderar um laudo pericial regularmente
produzido, que conclui pela inexistência de
defeitos na obra, para valorar a declaração de um
trabalhador, dada à imprensa, de que a ruína da
construção era previsível. Não há arbítrio, porém,
se o Tribunal fundamenta de maneira adequada sua
opção. - O laudo pericial que concluiu pela
inexistência de culpa foi produzido fora dos
autos, por ocasião do inquérito policial que
apurou os indícios de crime na ruína da obra. Disso
decorre que tal laudo acaba por se identificar,
quanto à origem extraprocessual, com a declaração
prestada pelo trabalhador à imprensa. Ambos são
elementos colhidos sem o crivo do contraditório,
tendo força probante mitigada. - Se a declaração
do trabalhador, além disso, é compatível com o
conteúdo do laudo, não há qualquer vício na sua
valoração pelo Tribunal 'a quo'. O laudo concluiu
que o acidente foi causado por desgaste
progressivo do solo no qual se apoiava a viga que
sustentava a obra, e que tal desgaste era
imprevisível. O trabalhador, por sua vez, declarou
ter notado, uma semana antes do acidente, que o
solo no qual a viga se apoiou se apresentava
58
.
fls. 670
OAB/SP 238.792
frágil. A imprevisibilidade do desgaste do solo,

no momento em que a obra foi projetada, não é
incompatível com a observação, feita
posteriormente, de que tal desgaste estava a
ocorrer. Ao contrario, a progressividade do
defeito é compatível com essa versão, do que
decorre que, apesar da adequação do projeto
inicial, a correta fiscalização da obra poderia
ter prevenido o acidente, mediante a percepção de
que as condições do solo se alteraram. A valoração
da prova pelo Tribunal, portanto, não apresenta
qualquer vício de legalidade e sua revisão, nesta
sede, implicaria ofensa à orientação contida na
Súmula 7/STJ. - É pacífica a jurisprudência do STJ
no sentido da responsabilização pelo proprietário
da obra solidariamente ao empreiteiro quanto aos
danos decorrentes da construção. Precedentes. - A
apuração da legitimidade foi estabelecida pelo
Tribunal "a quo' mediante análise fática da
controvérsia, cuja revisão é vedada pela
orientação contida na Súmula 7/STJ. Recurso
especial não conhecido. (REsp 267.229/RJ, Rel.
Ministro ARI PARGENDLER, Rel. p/ Acórdão Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
11/11/2008, REPDJe 28/11/2008, DJe 26/11/2008 -
grigou-se) Na espécie, o Tribunal de origem
ponderou que: Portanto, o dever de indenizar é
inafastável, estando a ora apelante,
inegavelmente, em caráter solidário.Não há
necessidade de maiores digressões sobre a matéria,
ainda que pela sentença não exista a análise do
contrato em questão ou sobre a responsabilidade
solidária, de modo que não comportam acolhida os
argumentos deduzidos pela empreiteira ré. (e-STJ,
fl. 1.016 - grifou-se) A apuração da legitimidade
foi estabelecida pelo Tribunal"a quo' mediante
análise fática da controvérsia, cuja revisão é
vedada pela orientação contida na Súmula 7/STJ.
Dessa forma, encontrando-se o acórdão recorrido em
harmonia com o entendimento consolidado nesta
Corte Superior. Ante o exposto, acolho o agravo
interno para, em juízo de retratação, conhecer do
agravo para, desde logo, não conhecer o recurso
especial. Intimem-se. Brasília, 19 de maio de
59
.
fls. 671
OAB/SP 238.792
2020. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO Relator.

(STJ - AgInt no AREsp: 1593824 PR 2019/0293558-8,
Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data
de Publicação: DJ 27/05/2020).
(ii) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VÍCIOS
CONSTRUTIVOS. CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL RESIDENCIAL.
DANOS MATERIAIS E MORAIS. No caso dos autos, o
imóvel do autor apresentou defeitos
construtivos, os quais foram confirmados
pela prova pericial e devem ser
consertados. Responsabilidade do arquiteto
pela elaboração e execução do projeto.Dano
material comprovado. Valores mantidos. Dano
moral configurado, já que a situação
vivenciada ultrapassa a barreira do mero
dissabor, à vista de toda a inconveniência
enfrentada, bem como diante da necessidade
da reforma, gerando sujeira, bagunça e
desconforto, bem como a sua ausência da
residência. O dano moral deve ser estabelecido
com razoabilidade, de modo a servir de lenitivo ao
sofrimento da vítima. Redução do quantum.Apelo
provido em parte.(TJ-RS - AC: 70083363531 RS,
Relator: Marcelo Cezar Muller, Data de Julgamento:
02/07/2020, Décima Câmara Cível, Data de
(iii) Apelação. Direito de vizinhança. Ação declaratória

de responsabilidade civil c./c. indenização por
danos materiais e morais. Sentença de parcial
procedência. Queda de muro da edícula do imóvel da
autora em virtude de obras no terreno vizinho, no
qual adentrou caminhão para entrega de material de
construção que derrubou o muro. Alegação de
ilegitimidade passiva afastada. Denunciação a lide
extemporânea e que não se enquadra nas hipóteses
previstas no art. 125 do CPC. Responsabilidade
objetiva dos proprietários do terreno em obras.
Prejuízos materiais corretamente sopesados pelo
MM. Juízo a quo. Danos morais in re ipsa. Quantum
60
.
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OAB/SP 238.792
majorado. Sentença parcialmente reformada.

Honorários majorados. RECURSO DOS RÉUS DESPROVIDO.
RECURSO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO.(TJ-SP -
AC: 10075902920188260568 SP 1007590-
29.2018.8.26.0568, Relator: L. G. Costa Wagner,
Direito Privado, Data de Publicação: 31/03/2021)
(iv) APELAÇÃO CÍVEL – DIREITO DE VIZINHANÇA – AÇÃO DE

OBRIGAÇÃO DE FAZER C.C. REPARAÇÃO DE DANOS – PROVA
PERICIAL INDICANDO A IRREGULARIDADE DA CONSTRUÇÃO
ERGUIDA PELA REQUERIDA – INDENIZAÇÃO DEVIDA. Prova
dos autos a revelar a prevalência da culpa da
requerida pelos danos causados no imóvel da
autora. Ausência de elementos contrários à
conclusão do laudo pericial. Danos materiais –
relativos às obras para os reparos no imóvel da
autora – e morais bem evidenciados. RECURSO DA RÉ
NÃO CONHECIDO – RECURSO DA AUTORA PARCIALMENTE
PROVIDO.(TJ-SP - AC: 10395721520158260100 SP
1039572-15.2015.8.26.0100, Relator: Antonio
Nascimento, Data de Julgamento: 11/03/2021, 26ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
13/03/2021)
Diante do exposto, comprovado o nexo de causalidade

entre a conduta lesiva dos Requeridos e os danos
causados aos Autores, nada obsta a responsabilização
solidária das partes.
3.CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer que sejam rechaçadas todas as

preliminares aventadas nas contestações, com o consequente
acolhimento de todos os pedidos elencados na exordial.
Requer ainda, a juntada dos comprovantes de pagamentos

realizados com despesas de moradia (locação de imóvel) e
61
.
fls. 673
OAB/SP 238.792
demais despesas acessórias suportadas pelos Autores, em

virtude da privação do uso do imóvel dos Autores;
Requer a juntada da Cópia da Matrícula do imóvel atualizada

e de propriedade dos Autores;
Requer a juntada de estimativa de gastos - orçamentos
concernentes aos reparos necessários no imóvel e nos bens
móveis que guarnecem a residência dos Autores.
ANTE O EXPOSTO, reiteram-se os pedidos formulados na inicial

de fls. 01 a 30, bem como, os fundamentos de direito,
afastando-se todos os argumentos contidos na contestação dos
primeiros Requeridos FÁBIO BARNESCHI e SIMONE DONATO
COUTINHO BARNESCHI, e da Segunda Requerida HELBAACO
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, julgando-se o petitório
totalmente procedente.
Nestes Termos,
Espera Receber,
Deferimento.
São Paulo, 12 de Abril de 2021.
OAB/SP nº 238.792
62
fls. 674
fls. 675
fls. 676
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A36B.
fls. 677
fls. 678
fls. 679
fls. 680
fls. 681
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A37A.
fls. 682
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A37C.
fls. 683
fls. 684
fls. 685
fls. 686
fls. 687
fls. 688
fls. 689
fls. 690
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A38D.
fls. 691
fls. 692
.
fls. 693
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fls. 694
fls. 695
.
fls. 696
Comprovante de pagamento de boleto

Dados da conta debitada / Pagador Final
Agência/conta: 4299/31810-7 CPF/CNPJ: 01.068.083/0001-13 Empresa: FENICCE EMBALAGENS EIRELI EPP
Dados do pagamento
Identificação no meu comprovante:
23790 10503 90005 483525 98000 592505 5 84960000100102
Beneficiário: CONDOMINIUM PARQUE CLUBE CPF/CNPJ do beneficiário: Data de vencimento:

Razão Social: CONDOMINIUM PARQUE CLUBE 14.240.146/0001-19 10/01/2021
Valor do boleto (R$);
1.001,02
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Pagador: CPF/CNPJ do pagador: (=) Valor do pagamento (R$):
ODILTON MARTINS 00.068.854/3908-87 1.001,02
Data de pagamento:
11/01/2021
Autenticação mecânica Pagamento realizado em espécie:
4AB4D782CE3B6A0505EF8A6BAF7F104306B45A93 Não
Operação efetuada em 11/01/2021 às 11:05:23 via Sispag, CTRL 594425668000046.
Em caso de dúvidas, de posse do comprovante, contate seu gerente ou a Central no 40901685 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 7701685(demais localidades).
Reclamações, informações e cancelamentos: SAC 0800 728 0728, 24 horas por dia ouFale Conosco: www.itau.com.br/empresasSe não ficar satisfeito com a solução,
contate a Ouvidoria: 0800 570 0011, em dias úteis, das 9h às 18h. Deficiente auditivo/fala: 0800 722 1722 1
.
fls. 697

Dados do pagamento
23790 10503 90005 490454 09000 592502 7 85270000103206

1.032,06
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
ODILTON MARTINS 00.068.854/3908-87 1.032,06
Data de pagamento:
05/02/2021
8A8990B4FDA2403D5BC7102006E2290710D5FA0A Não
.
fls. 698

Dados do pagamento
23790 10503 90005 501466 58000 592509 1 85550000100780

1.007,80
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
ODILTON MARTINS 00.068.854/3908-87 1.007,80
Data de pagamento:
09/03/2021
87922B4510BD09543F97AEE3EFF22C94DDC41A41 Não
fls. 699
fls. 700
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 771A39B.
fls. 701

Advogado
Teor do ato: "Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando-as, em 10 dias."
Guarulhos, 13 de abril de 2021.

fls. 702

10ª VARA CÍVEL
DESPACHO
Martins e outros
e outros
Juiz de Direito: Dr. Lincoln Antônio Andrade de Moura
Vistos
Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando-as, em 10 dias.
No mesmo prazo, os requeridos deverão se manifestar acerca da réplica e documentos

acostados pelo autor.
Int.

fls. 703

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 77FE6FC.
Advogado
Teor do ato: "Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando-as, em 10 dias. No
mesmo prazo, os requeridos deverão se manifestar acerca da réplica e documentos acostados pelo autor."
Guarulhos, 23 de abril de 2021.

.
fls. 704

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 7857CB8.

LTDA, já qualificada, por suas advogadas (Docs. anexos), nos autos da Ação
de Indenização por Danos Materiais e Morais, promovida por ADRIANO
MARTINS e IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS, vêm, respeitosamente,
à presença de Vossa Excelência, informar que não possui demais provas a
produzir, bem como requerer o julgamento antecipado da lide.

São Paulo, 28 de abril de 2021.

OAB/SP 344.099

.
fls. 705

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 78F920A.

LTDA, já qualificada, por suas advogadas (Docs. anexos), nos autos da Ação
de Indenização por Danos Materiais e Morais, promovida por ADRIANO
MARTINS e IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS, vêm, respeitosamente,
à presença de Vossa Excelência, manifestar-se sobre a manifestação à
contestação e documentos de fls. 612/700, nos termos que seguem.
1. Verifica-se na manifestação apresentada

pelos autores que praticamente a integralidade da peça é destinada a rebater a
contestação apresentada pelos corréus, bem como todos os documentos
juntados são mensagens trocadas entre os autores e os corréus, apenas
reforçando que a ré Helbaaco não é parte legitima para estar no polo passivo.
Vejamos.

.
fls. 706
2. Assim, cabe repisar que os autores afirmam

que os vazamentos são decorrentes de obras realizadas pelos corréus na
unidade 304, localizada acima da unidade dos autores, o mesmo é o possível
constatar por meio de toda a documentação acostada à inicial.

unidade, mas que não foram suficientes para resolver o problema. Vejamos
trecho da peça inicial onde os autores assim confessam:

.
fls. 707
4. No mesmo sentido, Excelência, diante da
tentativa frustrada de resolução pelos corréus, os autores novamente os
acionaram por meio de notificação extrajudicial, direcionada aos autores.
Vejamos:
5. Da mesma forma, todas as conversas para

solucionar os vazamentos ocorreram entre os autores e os corréus, conforme
conversas do aplicativo WhatsApp juntadas pelos autores às fls. 81/87.
6. Veja Excelência, que os autores têm plena

ciência de que o vazamento na sua unidade é de responsabilidade dos corréus
3
que efetuaram modificações na sua unidade, tanto que assim relataram na

.
fls. 708
peça inicial, bem como, em momento algum acionaram a ré Helbaaco

diretamente por meio da Central de Atendimento.
7. Ademais, conclui-se a partir das sessenta e
duas exaustivas laudas que os autores não trouxeram qualquer elemento novo
para o deslinde da ação, limitando-se apenas a repetir os termos da peça inicial
e colacionar julgados.
8. Desta feita, a ré reitera integralmente os

termos da contestação.

São Paulo, 05 de abril de 2021.

OAB/SP 344.099

.
fls. 709
OAB/SP 238.792

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 794CEFC.


advogada, em cumprimento as despacho de Fls.4169 relação
0183/2021 publicado em 26/04/2021, vem apresentar as provas
que pretende produzir, em complementação ao teor de seu
pedido inicial:
I – prova testemunhal, caso necessária;
II – prova pericial, caso necessária;
III – depoimento pessoal dos Requeridos, caso necessário.
Requer, outrossim, a juntada da presente indicação aos autos

supra indicados.
1
Deferimento.
Nestes Termos,
Espera Receber,
OAB/SP nº 238.792
São Paulo, 10 de Abril de 2021.
OAB/SP 238.792
2
fls. 710
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 794CEFC.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA SANTANA DE SENA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 10/05/2021 às 22:34 , sob o número WGRU21702298655
fls. 711
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 794ED35.
Processo nº. 1042704-23.2020.8.26.0224

FÁBIO BARNESCHI e SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, por seu

advogado, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA que contra si e outro lhe move ADRIANO MARTINS E
OUTROS, todos já devidamente qualificados nos autos, vem, respeitosamente, perante V. Exa., em
atenção ao r. despacho de fls. 702, além de indicar as provas que pretende produzir na presente
demanda, apresentar a Tréplica à Réplica apresentada pelos Autores, bem como manifestar-se
acerca da contestação apresentada pela corré, Helbaaco Empreendimentos Imobiliários Ltda.
I - PRELIMINARMENTE
a) Da tempestividade da manifestação ofertada
Nos termos da certidão de fls. 703, o despacho determinando a manifestação das

partes acerca das provas que pretende produzir, bem como acerca da réplica e documentos
apresentados pelo Autor, ambas as providências no prazo de 10 (dez) dias, foi disponibilizado no
DJE em 23/04/2021 (sexta-feira) e publicado no dia útil seguinte, a saber, 26/04/2021 (segunda-
feira).
Com isso, o prazo de 10 (dez) dias úteis fluirá até o dia 10/05/2021 (segunda-feira),
com o que absolutamente tempestiva a manifestação na presente data.
.
fls. 712
b) DA CONTESTAÇÃO DA CORRÉ HELBAACO
Antes de manifestar-se acerca da réplica e documentos trazidos pelos Autores, de rigor

que os corréus teçam suas considerações sobre a contestação da corré Helbaaco que, além de
não enfrentar todos os pontos suscitados pelos Autores, e pelos corréus; altera a verdade
dos fatos, litigando em absoluta má-fé, como passam os corréus a discorrer em tópicos a seguir.
B.1) LEGITIMIDADE PASSIVA INCONTESTE DA CORRÉ HELBAACO
Impende destacar, já no introito, que a corré não impugnou nenhum dos fatos aduzidos
seja pelos Autores; seja pelos corréus, fundamentando a sua defesa em uma frágil preliminar de
ilegitimidade passiva uma vez que -- segundo a corré Helbaaco -- os fatos relatados pelos Autores
guardariam relação somente com as obras realizadas pelos corréus em seu apartamento razão pela
qual, ainda segundo a corré, as notificações enviadas pelos Autores para solução de problemas
teriam sido somente a eles dirigidas.
Contudo, a fragilidade da preliminar é revelada na própria contestação quando a corré,

ao discorrer sobre o relato dos fatos trazidos pelos Autores em sua inicial, pondera que ele “Alega
que tentou resolver junto ao condomínio que lhe orientaram recorrer a ré Helbaaco, que contratou
a empresa Cube Engenharia para efetuar o devido reparo neste ponto de vazamento, porém, sem
sucesso, tendo em vista que a infiltração e o vazamento na suíte permaneceu ocorrendo em dias
de chuva.”. (sic) (fls. 441)
Além disso, é certo que os documentos contidos nos autos dirigem a responsabilidade
à corré Helbaaco, inclusive o relatório de engenharia contratado pelos Autores em que há menção
à existência de vícios constritivos associados aos vazamentos reclamados os quais, por obvio, são
de responsabilidade da corré.
Desse modo, não há qualquer razão para acolhimento dessa preliminar.

.
fls. 713
B.2 – MÉRITO – APARTAMENTO ENTREGUE AOS CORRÉUS COM GRAVES VÍCIOS CONSTRUTIVOS –
INEXISTÊNCIA DE QUITAÇÃO QUANTO A ESSE TÍTULO – FATOS NARRADOS NA INICIAL QUE GUARDAM
ÍNTIMA RELAÇÃO COM VÍCIOS CONSTRUTIVOS – RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA CORRÉ PELA
SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS RELATADOS PELOS AUTORES
A contestação apresentada pela corré limita-se a aduzir que não há qualquer

responsabilidade sua quanto aos fatos narrados pelos demais demandantes uma vez que teria
recebido de todos quitação conferida mediante assinatura de termo de posse por ocasião da entrega
das unidades imobiliárias.
Nenhum outro argumento, além deste, pode ser tão falacioso, superficial e, acima de
tudo, contraditório com o conteúdo do próprio documento, e contrário a legislação que versa sobre
a matéria.
O termo de quitação não teve o condão de conferir quitação ampla e irrestrita à corré e,
ainda que contivesse tal declaração – o que, como adiante se verá não corresponde à hipótese --
seria totalmente contra a lei.
Nessa esteira, é importante deixar claro o papel da corré Helbaaco na controvérsia

apresentada nos autos. A corré é “tão somente” a construtora do Edifício do qual fazem parte as
unidades imobiliárias pertencentes ao Autor e aos corréus e, como tal, nos termos do artigo 618 do
Código Civil, responde pelo prazo irredutível de 5 (cinco) anos pela solidez e segurança do
trabalho, assim em relação aos materiais, como do solo.
E, o termo de entrega das chaves contém exatamente a disposição legal, em declaração

atribuída aos corréus, a seguir transcrita:
“Declaro estar ciente que a Construtora responderá durante o prazo de 05 (cinco) anos,
pela solidez e segurança da obra, assim em razão dos materiais, como do solo,
conforme dispõe o artigo 618 do Código Civil Brasileiro, sendo que o referido prazo é
contado a partir do Auto de conclusão (habite-se) do Edifício, bem como no que tange
a eventuais vícios ocultos e não aparentes pelo estipulado no artigo 445, §1º do Código
Civil, sendo que tal garantia não abrange e nem compreende os defeitos e problemas
.
fls. 714
verificados no período acima, decorrentes e/ou tendo origem no uso irregular e
inadequado tanto dos materiais, equipamentos, acessórios e respectivos componentes,
como das instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias.
Não há qualquer dúvida, portanto, de que a quitação não abrange os vícios ocultos.
Para ratificar essa assertiva, basta uma breve leitura do próprio documento, que contém
a declaração de que o imóvel foi recebido em perfeito estado, e em condições de plena
habitabilidade, além do que atesta que as instalações funcionando adequadamente, não
apresentado qualquer vício ou defeito aparente, estando em conformidade com o memorial
descritivo do empreendimento.
A quitação propalada, portanto, se restringe a questões aparentes. Tanto é assim que

as fotos do auto de vistoria de entrega retratam justamente tais pontos.
Deve-se dar destaque, ainda, ao fato de que, sim, existiram defeitos aparentes, tais
como: i) o azulejo trincado retratado na foto 42; ii) o furo no azulejo retratado na foto 35; iii) a falta
de instalação de mão-francesa, retratada na foto 36; iv) o azulejo trincado e a quina amassada,
retratados na foto 40.
Entretanto, considerando a opção dos corréus pela troca de revestimento, e acessórios,

liberou-se a corré Helbaaco de realizar os reparos que seriam necessários, de modo que a
declaração de quitação para defeitos aparentes foi convalidada.
Tem-se, portanto, que a quitação está restrita a defeitos aparentes, os quais foram
relevados pelos corréus pelas razões já expostas.
B.3 – ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ DA CORRÉ HELBAACO – OMISSÃO
DA CORRÉ QUANTO À REALIZAÇÃO DE OBRAS PREVIAMENTE À ENTREGA DAS CHAVES AOS CORRÉUS E A
EXTENSÃO DAS OBRAS REALIZADAS – LAPSO DE TEMPO DE 11 MESES ENTRE A COMPRA DO IMÓVEL E A
TRADIÇÃO ATRIBUÍVEIS TÃO SOMENTE À CORRÉ HELBAACO
Furtando-se em assumir a sua posição de protagonismo em todos os episódios narrados

na presente demanda, a corré Helbaaco, levianamente e contra todos os documentos acostados
.
fls. 715
aos autos, afirma que os corréus “assumiram a responsabilidade pela impermeabilização da
unidade por terem alterado o projeto inicial(...)”.
E, que tendo os corréus realizado obras em desacordo com o projeto inicial, teriam
atraído para si a responsabilidade pelos infortúnios causados no apartamento do Autor.
Ainda segundo a corré Helbaaco, a assunção da responsabilidade pelos corréus teria

sido documentada no laudo de vistoria e constatação datado de 22/07/2019, documento em que
teria restado consignado que os corréus “ficariam responsáveis pelas obras da piscina e em
torno.”.(fls.451)
Para tanto, a corré se socorre das descrições das fotos que compõem o referido laudo
de vistoria, especificamente as fotos 52, 54 e 56, conforme segue:
Foto Descrição
52 Terraço – Vista escada de acesso a piscina – proprietário
informou que vai modificar a escada e nivelar com deck
de madeira
54 Piscina – em torno da piscina não foi instalado o
revestimento a pedido do proprietário. O mesmo informou
que vai colocar um deck de madeira
55 Piscina – em torno da piscina não foi instalado o
revestimento a pedido do proprietário. O mesmo informou
que vai colocar um deck de madeira
Nesse ponto, é essencial situar os fatos narrados pela corré Helbaaco no contexto exato
em que se deram.
É incontroverso que a unidade autônoma BB 304 (cobertura) do Condomínio Parque

Clube foi adquirida pelos corréus mediante compromisso de venda e compra celebrado em agosto
de 2018. Entretanto, a posse somente foi transmitida em 24/07/2019, mediante assinatura de termo
.
fls. 716
de vistoria, posse e recebimento de chaves, o qual encontra-se instruído com o laudo fotográfico de
onde extraídas as fotos retro mencionadas.
E o lapso de tempo entre a compra (08/2018) e a tradição (07/2019) se deu por uma
única razão: a constatação de existência de vícios construtivos, o que exigiu a realização de obras
em todo esse período pela corré Helbaaco, com todas as expensas às suas custas.
Nenhum outro fato justificaria que a tradição do bem se desse quase 01(um) ano após
a outorga de escritura de compra e venda, consistindo a permissão da corré Helbaaco no
retardamento da tradição, portanto, em um ato reconhecimento da existência dos problemas
construtivos.
À evidência que, se a corré Helbaaco não considerasse a existência dos vícios

construtivos, jamais teria aceito o retardo dos corréus na imissão da posse, período em que
permaneceu arcando com todos os custos do imóvel.
Portanto, a verdade é que diante da constatação de existência de graves vícios

constritivos, e a fim de evitar possível rescisão, a Corré Helbaaco Empreendimentos consentiu, e
levou a cabo obras de reformas as quais duraram pelo período entre a venda e a efetiva tradição
do imóvel, com imissão dos corréus na posse.
Os corréus se recusaram a receber a unidade, e exigiram a realização de obras na

unidade.
E as obras de reforma foram contratadas pela Corré Helbaaco, conforme ART

(Anotação de Responsabilidade Técnica) datada de maio de 2019, e acostada aos autos às fls.135,
e que correspondente a documento que instruiu o laudo técnico contratado pelos Autores.
O referido documento informa que, pela realização de obra de atividade técnica

consistente na execução de: i) impermeabilização, ii) piscina, iii) demolição e iv) remoção de
entulho, tendo como responsável técnico o engenheiro André Uchoa de Oliveira, Engenheiro Civil
da Cube Engenharia, e Contratante Helbaaco Empreendimento Imobiliário Ltda.
Mais adiante, no intervalo de fls. 138 a 140, encontra-se colada uma sequência de e-
mails – datados de 04/2019 a 05/2019 -- trocados entre a preposta da Helbor, de nome Bianca
.
fls. 717
Borgoni, o engenheiro técnico responsável da Cube Engenharia, Sr. André Uchoa, e o Condomínio
Edifício Parque Clube, em que localizadas as unidades imobiliárias; e que tem por objetivo a
liberação de acesso da equipe para acesso à unidade, a fim de que os serviços fossem realizados,
bem como o detalhamento de quais serviços seriam realizados.
Assim, informou-se por meio da mensagem de e-mail de fls. 138/139 que:
“Atendendo à solicitação do condomínio seguem informações sobre o que está sendo

feito na unidade:
ART e fotos estão anexos.
Piscina: retirada dos revestimentos da piscina para que seja refeita a

impermeabilização do entorno da piscina.
Não está sendo alterado o projeto original, apenas trocando o revestimento para
sanar um problema de infiltração (a água estava correndo sob a manta pois houve
descolamento).
Ainda faltam uns 20% de revestimento para tirar do entorno da piscina.
Banho da suíte: troca de azulejos das paredes externas ao box pois havia uma peça
trincada e não foi encontrada peça de reposição do mesmo lote (lotes diferentes causam
diferença de tonalidade). Neste banho já está tudo pronto para assentar o azulejo. Não
está mudando a característica das peças originais.
Especificação: REVESTIMENTO ESMALTADO BORDA RETA CETIM BIANCO

30X60CM-EXCLUSIVO ÁREA DO BOX
-retirada de entulho: pela retirada dos revestimentos houve geração de muito entulho
que precisa ser retirado da unidade.
IMPORTANTE: estão sendo mantidas todas as características originais do projeto.

Não está sendo feita nenhuma alteração de planta ou infraestrutura.
.
fls. 718
Estamos apenas tratando a unidade para entrega ao cliente, pois como a mesma
ficou fechada por muito tempo, houve uma degradação natural dos revestimentos,
somados ao problema de infiltração da piscina.
Por favor, solicito a liberação da equipe para continuar nos trabalhos assim que
possível.
Além dos custos dos equipamentos locados (paga-se por dia), temos um prazo muito
apertado e o cliente final tem urgência na liberação”.
Não resta qualquer dúvida acerca da ciência que tinha a corré Helbaaco sobre os
problemas estruturais da unidade imobiliária vendida aos corréus, cuja correção mediante a
realização de obras pela corré Helbaaco mostrou-se insuficiente.
Por fim, não há qualquer fundamento, ou comprovação de que os corréus alteraram o

projeto inicial atraindo, portanto, para si a responsabilidade pelos fatos narrados pelos Autores. Ao
contrário, o próprio e-mail da construtora destaca que não houve qualquer alteração do projeto.
Também é possível verificar tal fato do termo de vistoria e entrega da unidade, em que
encontra-se retratado que as modificações havidas são meramente atinentes a revestimentos.
Assim, ao invés de revestimento no entorno da piscina, deu-se a instalação de um deck. Houve,
ainda, modificação da escada de acesso à piscina, sendo certo que nenhuma dessas alterações
teria tido o condão de implicar em infiltrações retratadas pelos Autores mormente porque, de fato,
além das falhas construtivas, a impermeabilização mostrou-se insuficiente.
O certo é que a corré Helbaaco, de fato, entregou uma unidade com sérios problemas
construtivos que não foram remediados com a realização de obras de impermeabilização da piscina,
até porque esta se mostrou insuficiente, conforme restou demonstrado no laudo elaborado pela
empresa Ark Viva a pedido dos corréus, e acostado às fls. 367/432, o qual não foi minimamente
impugnado pela corré.
De outro lado, não se trata somente disso, mas sim de um contexto mais amplo, cuja
solução exige a execução de obras orçadas a partir de 3 milhões de reais.
.
fls. 719
D) DA RÉPLICA E DOCUMENTOS APRESENTADOS PELOS AUTORES
Para permanecer dirigindo os pedidos de condenação dos corréus proprietários da
unidade de cobertura nas obrigações de fazer contidas na inicial, bem como nos pedidos
indenizatórios, buscaram os Autores infirmar os argumentos contidos na contestação, contudo, o
fazem por meio de uma visão míope, e enviesada.
Antes de desconstruir a tese dos Autores, é importante destacar que há dois pontos que
restaram incontroversos: i) os Autores já enfrentavam infiltrações em seu apartamento, antes
mesmo da entrada dos corréus em sua unidade imobiliária e ii) o Condomínio como um todo
enfrenta problemas graves que abrangem todo o sistema construtivo e que gera infiltrações comuns
em todos os apartamentos, conforme amplamente divulgado em Assembléia de Condomínio
realizada para tratar dos reparos necessários.
Pois bem, no que diz respeito ao período anterior à tradição da unidade dos corréus,
não há qualquer documento acostado aos autos a retratar como se deram os fatos, e qual seria a
intensidade ou constância dos vazamentos. Há tão somente o relato dos Autores informando terem
procurado o Condomínio solicitando providências para a solução do problema.
Contudo, apesar de inexistir tal documentação, é incontroverso que desde a aquisição

da unidade imobiliária – que se deu em momento muito anterior à aquisição de sua unidade pelos
corréus -- os Autores enfrentam problemas de infiltração.
Dito isto, não obstante os infortúnios vividos, os Autores nunca adotaram qualquer
medida efetiva junto à corré Helbaaco para a solução do problema e, mesmo conhecedores dos
graves problemas estruturais do Condomínio – amplamente divulgado em assembléia -- preferiram
incluir os corréus no polo passivo exigindo deles uma solução para a questão.
Entretanto, as exigências feitas pelos Autores vão de encontro com as conclusões

trazidas pelo engenheiro contratado por eles próprios para elaborar laudo técnico que conteria a
solução definitiva para o problema de vazamento.
Isso porque, o referido profissional destacou a existência de falhas construtivas que

necessariamente devem ser consertadas para solução definitiva do problema de vazamento
.
fls. 720
na unidade imobiliária dos Autores; solução esta que também exigiria a alocação de manta
impermeabilizante.
Nesse sentido, em sua réplica, os próprios Autores colacionam o trecho de conclusão

do laudo com tal consideração, a seguir colado novamente pelos corréus para pronta consulta de
Vossa Excelência, com destaque para o trecho que os Autores insistem em desconsiderar.
De outro lado, afirmaram os Autores em réplica que as falhas construtivas mencionadas

pelos corréus que atingem o Condomínio como um todo não guardam relação com os problemas
relatados na inicial.
Trata-se, na verdade, de um argumento que não possui qualquer subsídio, nem sequer
no laudo apresentado pelo engenheiro contratado pelos Autores, já que esse profissional em seu
laudo desconsiderou o contexto de infiltrações que atinge a todos no Condomínio.
O que fica claro na réplica apresentada é que nenhum argumento novo foi trazido pelos
Autores e que sejam aptos a desconstituir os sólidos argumentos apresentados pelos corréus, e
que encontram-se fortemente fundamentados no relatório técnico por eles contratados junto à
empresa Ark Viva e acostado às fls. 367/432, que em nenhum momento foi impugnado pelos
Autores, principalmente no que diz respeito às conclusão alcançadas pelo laudo, a saber:
a) Os problemas de infiltração na unidade abaixo (dos Autores) não

foram ocasionados pela reforma executada na unidade (dos
.
fls. 721
Réus), uma vez que o morador da unidade 294 disse que os
pontos de infiltração ocorrem desde o ano de 2017, quando ele
adquiriu o apartamento.
b) Os pontos existentes de má execução de obra por parte da
construtora Helbor, na área de piscina, caixão perdido, que estão
ocasionando transtornos nas unidades 294 e 304 da Torre
Borborema, desde 2017 e não foram resolvidos com a contratação
da empresa Cube Engenharia no momento da entrega das chaves
para os novos proprietários da unidade, trazendo problemas
jurídicos e financeiros para ambas as unidades.
c) Alguns pontos como exemplificados anteriormente, não havia
como resolver a questão sem ter que demolir parte da laje lateral
da piscina, onde foram identificados outros erros de execução por
parte da Construtora.
d) Além disso, a unidade 304, possui pontos de umidade nas paredes
externas da fachada nas suítes superiores do apartamento,
conforme ata de assembleia de 06.08.2020 do condomínio para
resolução dos assuntos referente a Obras de Restauração e
Pintura de Fachada, Muros e Gradis, onde consta problemas de
infiltração nas unidades provenientes de trincas e rachaduras nas
fachadas das torres.
De outro lado, os documentos trazidos pelos Autores em sua Réplica, e que

correspondem a mensagem trocadas de WhattsApp que comprovariam os fatos alegados proe eles
alegados, no que diz respeito a não terem apresentado qualquer resistência para a solução do
problema, para além disso comprovam que os corréus buscaram de todas as maneiras, e com a
mais absoluta boa-fé resolver todas as solicitações dos Autores, o que mais uma vez ratifica que
sem que sejam efetivamente resolvidas as questões atinentes às falhas construtivas, que guardam
relação unicamente com a corré Helbaaco, não haverá solução definitiva para o problema de
vazamento no apartamento dos Autores.
Em sendo assim, e tratando-se de responsabilidade atribuível apenas à corré Helbaaco,

o julgamento de improcedência da demanda com relação aos corréus é medida que se impõe.
.
fls. 722
D) DA NECESSÁRIA PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL, DOCUMENTAL SUPLEMENTAR E
TESTEMUNHAL
Da controvérsia estabelecida na presente demanda fica claro que se torna

imprescindível a realização de prova pericial técnica, a ser realizada por perito engenheiro, com
o fim de comprovar que o vazamento que atinge a unidade imobiliária dos Autores é decorrente de
falha na impermeabilização, bem como de falhas construtivas, tópicos que são de responsabilidade
exclusiva da corré Helbaaco.
Somente o profissional de confiança deste juízo, considerando os fatos aduzidos, e

analisando todo a prova documental é que será capaz de elaborar um laudo isento que trará conforto
ao juízo para decidir a lide.
De outro lado, igual importância tem para o feito a produção de prova testemunhal de
pessoas diretamente ligadas à direção do condomínio e à apuração dos problemas relacionados às
falhas construtivas que atingem as unidades imobiliárias do Condomínio, conforme rol de
testemunhas a ser oportunamente apresentado.
Ainda, protestam os corréus, também, pela produção de prova documental suplementar,

nomeadamente atas de reunião de Condomínio ou outros documentos que venham a ser
produzidas ao longo da demanda, e que versem sobre os pontos controvertidos nos autos.
Termos em que,
São Paulo/SP, 10 de maio de 2021.

OAB/SP nº. 234.122
fls. 723

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 81CEBC4.
DECISÃO
Processo nº: 1042704-23.2020.8.26.0224

Prioridade Idoso
Vistos.

ODILTON MARTINS promovem ação em face de FÁBIO BARNESCHI, SIMONE DONATO
COUTINHO BARNESCHI e HELBAACO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA..
Em síntese, os autores afirmam que o imóvel onde residiria Odilton, de

propriedade de Adriano e Iraína, padeceria com infiltrações causadas por falhas na construção ou
acabamento do prédio.
Os autores afirmam que as infiltrações teriam piorado após reforma efetivada

pelos corréus Fábio e Simone, que residiriam na unidade imobiliária localizada logo acima do
imóvel dos autores.
Os autores afirmam que todas as providências adotadas pelos réus teriam sido
paliativas.
Os autores afirmam que, para o efetivo conserto do problema, seria necessário a

aplicação de manta impermeabilizante em toda a área externa e da piscina da laje do apartamento
304 da torre 01, com os devidos detalhes de recobrimento e proteção das dobraduras das paredes,
assim como o conserto das falhas construtivas existentes (ver fls. 06, item 15).
Ocorre que os réus se recusariam a tanto, insistindo em medidas que não

resolveriam o problema.
Os autores afirmam que seu imóvel já não mais ostentaria a condição de

habitabilidade.
Em razão do exposto, os autores pretendem:
a) A concessão de ordem liminar para que os réus sejam impelidos à aplicação

de manta impermeabilizante de acordo com as normas técnicas em toda a área
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 1
fls. 724

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
externa da piscina da laje piso do apartamento nº 304 do Bloco Borborema,
com os devidos detalhes de recobrimento e proteção das dobraduras das
paredes, bem como o conserto das falhas construtivas existentes e
comprovadas mediante laudo pericial, além de sanar as infiltrações no teto do
imóvel e demais danos originários dos referidos vícios, sob pena de multa
diária;
b) Ao final, os autores pretendem a cristalização da ordem liminar, nos moldes

supramencionados;
c) Os autores também pretendem ver os réus impelidos ao pagamento de

indenização por dano moral, no importe correspondente a R$ 50.000,00;
d) Os autores também pretendem ver os réus impelidos à reparação dos danos

patrimoniais decorrentes das infiltrações respectivas. Em pedido subsidiário,
os autores pretendem uma indenização substitutiva;
e) Os autores também pretendem ver os réus impelidos a proceder aos consertos

dos móveis e pisos de madeira que guarneceriam a residência;
f) Os autores também pretendem ver os réus impelidos ao pagamento de

despesas relativas aos alugueres e gastos com mudança, além dos gastos com
a contratação de advogado e outras despesas decorrentes dos problemas
descritos na peça vestibular.
A fls. 263 foi indeferido o pedido liminar.
A fls. 264 e seguintes, os autores promovem a juntada das custas iniciais.
A fls. 278, foi determinada a citação dos réus.
A fls. 282, foi juntado aos autos novas guias de recolhimento de custas iniciais.
A fls. 293 e seguintes, os autores promoveram a juntada de novos documentos,

relativos às despesas de contrato de locação, comprovante de energia elétrica, comprovante de
despesas com consumo de água, além de IPTU.
A fls. 312 e seguintes, Fábio e Simone apresentaram contestação.
Em síntese, foram suscitados os seguintes argumentos:
a) Ausência de documentos essenciais para a propositura da demanda;
b) O empreendimento imobiliário ostentaria inúmeros vícios construtivos que

impediriam a natural e esperada habitabilidade do imóvel. Em razão do
exposto, Helbaaco teria promovido a realização de reformas para sanar os
vícios construtivos existentes;
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 2
fls. 725

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
c) As obras referentes a sanar os vícios construtivos seriam de responsabilidade
de Helbaaco, e não dos corréus Fábio e Simone;
d) O problema com infiltrações teria sido destacado na Assembleia Geral

Extraordinária realizada em 06/08/2020, oportunidade em que a empresa
terceirizada por Helbaaco teria admitido a existência de um problema geral
que impactaria todos os condôminos, com infiltrações em diversos
apartamentos;
e) Fábio e Simone negam que a solução do problema estaria relacionada com a

obra que eles teriam realizado em sua respectiva unidade;
f) Os réus negam que a solução do problema consistiria na simples colocação de

manta impermeabilizante;
g) Na verdade, a solução do problema estaria na execução das obras cujo

orçamento alcançaria cerca de R$ 3.000.000,00;
h) A fls. 320, os corréus Simone e Fábio destacam que a insuficiência da

colocação de manta teria sido reconhecida pelo próprio técnico contratado
pelos autores, conforme laudo elaborado a fls. 103/215: seria necessário
consertar as falhas construtivas que seriam de responsabilidade de Helbaaco;
i) Inexistência de danos morais;
j) Inexistência de danos materiais, na medida em que o imóvel dos autores

continuaria a ostentar condições de habitabilidade;
k) Ilegitimidade ativa de Adriano e Iraína para formular pretensão indenizatória

em razão de despesas que teriam sido suportadas por Odilton para a
localização de uma nova moradia (ver fls. 325);
l) Não existiriam provas dos gastos suportados pelos autores com relação aos
danos e reformas realizadas;
m) Descabimento da condenação dos réus a pagar os honorários de engenheiro e

advogado particular;
n) Os corréus Simone e Fábio destacam que o problema das infiltrações teria se

iniciado no ano de 2017, isto é, 2 anos antes de Simone e Fábio se mudarem
para a cobertura. Tal fato denota que Fábio e Simone não são responsáveis
pelos danos percebidos na unidade dos autores.
Assim, Fábio e Simone pugnam pela improcedência do pedido vestibular.
A fls. 438 e seguintes, Helbaaco Empreendimentos Imobiliários Ltda. apresentou
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 3
fls. 726

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
contestação.
Em síntese, foram suscitados os seguintes argumentos:
A. Ilegitimidade passiva de Helbaaco, na medida em que os responsáveis pelos

vazamentos seriam os corréus Simone e Fábio;
B. Os documentos de fls. 81/87, relativos a conversas de Whatsapp, demonstram
que o problema de vazamento teria causa nas obras realizadas por Simone e
Fábio (ver item 5 de fls. 444);
C. Fábio e Simone teriam assumido a responsabilidade pela impermeabilização

da unidade nº 304, porque teriam alterado o projeto inicial, bem como teriam
assinado termo de posse em 24/07/2019, com a elaboração de laudo de
vistoria em 22/07/2019;
D. Os problemas constatados no imóvel, de responsabilidade de Fábio e Simone,

seriam os seguintes:
I. Na área de serviço, existiria azulejo trincado, de maneira que Fábio e

Simone teriam informado que iriam trocar todo o revestimento;
II. No terraço, na vista da escada de acesso à piscina, Fábio e Simone

teriam informado que iriam modificar a escada e nivelar com o deck
de madeira;
III. No que se refere à piscina, no seu entorno, não teria ocorrido a

instalação do revestimento a pedido do proprietário, que iria colocar
um deck de madeira;
IV. Não teria sido instalado o revestimento no entorno da piscina, a

pedido de Fábio e Simone, justamente porque seria colocado um deck
de madeira.
E. Falta de interesse de agir na medida em que já teria sido obtida a quitação das
obrigações assumidas pela Helbaaco. A quitação se refere à assinatura do
termo de vistoria e posse, bem como do termo de recebimento de chaves, sem
nenhum tipo de ressalva;
F. Inexistência de prova dos danos patrimoniais;
G. Inexistência de dano moral.
Nesse contexto, Helbaaco pugna pela improcedência do pedido vestibular.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 4
fls. 727

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Réplica a fls. 612 e seguintes.
A fls. 702, as partes foram instadas a especificar e justificar as suas provas.
A fls. 704, Helbaaco pugna pelo imediato julgamento da lide.
A fls. 705 e seguintes, Helbaaco apresentou sua manifestação com relação aos
documentos juntados com a réplica.
A fls. 709/710, Adriano, Iraína e Odilton pugnam pela produção de prova oral e
pericial.
A fls. 711 e seguintes, Fábio e Simone tecem comentários sobre a contestação

apresentada por Helbaaco, bem como tecem comentários sobre a réplica apresentada pelos
autores.
Enfim, Fábio e Simone pugnam pela produção de prova pericial oral e

documental.
Eis o resumo do necessário.
DECIDO.
Em primeiro lugar, afasto a alegação de ilegitimidade passiva, na medida em que

os réus foram indicados na petição vestibular como sendo os causadores das infiltrações e danos
que teriam ocorrido na unidade imobiliária dos autores.
Saber se os réus são efetivamente responsáveis pelos suscitados danos envolve, na

verdade, discussão de mérito. Assim, não é possível excluir os réus do polo passivo dessa
demanda. O tema deverá ser tratado sob o aspecto meritório, incabível, assim, a extinção
prematura do feito.
Também não há de se falar na ilegitimidade ativa: os autores afirmam terem

sofrido os danos descritos na peça vestibular. Ainda que não tenha ocorrido uma discriminação
sobre quais seriam os danos suportáveis pelos autores, será possível fazer essa distinção por
ocasião da prolação de sentença. Desnecessária e inútil, nesse contexto, a extinção prematura do
feito com base na argumentação ora analisada.
Em seguida, observo que a documentação necessária para a propositura da

demanda foi apresentada: documentos relativos à comprovação dos argumentos não implicam na
extinção prematura do feito. No máximo, eles poderão impedir o acolhimento do argumento
ventilado pela respectiva parte.
Não há, como se observa, nenhuma razão para a extinção prematura.
No mais, o tema é simples: os autores afirmam que o imóvel descrito na peça

vestibular padeceria com infiltrações.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 5
fls. 728

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Essas infiltrações teriam 2 causas: falhas construtivas de responsabilidade de
Helbaaco e falhas na realização de reforma efetivada por Simone e Fábio.
Na medida em que as partes não teriam logrado acordo para alcançar uma solução
amigável, os autores pugnam pela condenação dos réus a efetuarem as obras respectivas e a
efetuar o ressarcimento dos danos morais e materiais sofridos.
É interessante observar que os autores apresentaram parecer técnico, cujo teor
informaria que a solução do problema implicaria na colocação de manta impermeabilizante, nos
moldes expostos pelo respectivo assistente técnico.
Os corréus Fábio e Simone afirmam que a solução seria de outra natureza, na

medida em que o problema sofrido pelos autores estaria abrangido por um problema estrutural
maior, de responsabilidade de Helbaaco.
Helbaaco, por sua vez, afirma que todo o problema sofrido pelos autores seria
resultado das obras implementadas por Fábio e Simone.
Fácil compreender, nesse contexto, que a prova pericial se faz necessária.
Trata-se de prova almejada por Fábio, Simone e pelos autores.
Não há dúvidas de que a avaliação do perito engenheiro civil será essencial para a
identificação das causas e apontamento das soluções necessárias para a solução do conflito em
tela.
Por conta do exposto, nomeio a perita engenheira civil ANDREA CRISTINA

K. MUNHOZ SOARES, que deverá estimar a sua verba honorária no prazo de 10 dias.
A verba honorária pericial será suportada, por igual, entre os autores e os

corréus Fábio e Simone, na medida em que foram eles os únicos a pleitearem pela produção
da prova em apreço.
Os quesitos do juízo são os seguintes:
a) O perito deverá identificar as infiltrações e eventuais danos delas

decorrentes, no imóvel dos autores;
b) O perito deverá identificar a causa de cada uma das infiltrações e a causa

de cada um dos danos identificados no imóvel dos autores. Ao identificar
a causa, o perito deverá ter o cuidado de especificar se a origem do
problema decorre das obras efetivadas por Fábio e Simone, e/ou causas
construtivas atribuíveis a Helbaaco;
c) Após a identificação das causas dos problemas, o perito deverá informar

qual a solução aplicável, estimando o custo do conserto e o prazo para a
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 6
fls. 729

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
efetivação dos reparos necessários;
d) O perito deverá justificar todas as suas respostas.
Faculto, às partes, a indicação de assistentes técnicos e a formulação de

quesitos no prazo legal.
No mais, a necessidade de produção de prova oral será analisada em
momento posterior. Ao que tudo indica, a solução do conflito se dará pela identificação dos
problemas de engenharia, tal como acima apontados.
Cumpra-se.
Int.
Guarulhos, 31 de agosto de 2021.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 7
fls. 730

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 81FB6D9.
4976/4997 do Diário de Justiça Eletrônico em 02/09/2021. Considera-se a data de publicação em 03/09/2021,
Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
06/09/2021 à 06/09/2021 - Suspensão de expediente – Prov. CSM n° 2584/2020 - Suspensão
07/09/2021 - Independência do Brasil - Prorrogação
Advogado
Teor do ato: "Vistos. ADRIANO MARTINS, IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS e ODILTON
MARTINS promovem ação em face de FÁBIO BARNESCHI, SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI e
HELBAACO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.. Em síntese, os autores afirmam que o imóvel onde
residiria Odilton, de propriedade de Adriano e Iraína, padeceria com infiltrações causadas por falhas na
construção ou acabamento do prédio. Os autores afirmam que as infiltrações teriam piorado após reforma
efetivada pelos corréus Fábio e Simone, que residiriam na unidade imobiliária localizada logo acima do imóvel
dos autores. Os autores afirmam que todas as providências adotadas pelos réus teriam sido paliativas. Os
autores afirmam que, para o efetivo conserto do problema, seria necessário a aplicação de manta
impermeabilizante em toda a área externa e da piscina da laje do apartamento 304 da torre 01, com os
devidos detalhes de recobrimento e proteção das dobraduras das paredes, assim como o conserto das falhas
construtivas existentes (ver fls. 06, item 15). Ocorre que os réus se recusariam a tanto, insistindo em medidas
que não resolveriam o problema. Os autores afirmam que seu imóvel já não mais ostentaria a condição de
habitabilidade. Em razão do exposto, os autores pretendem: A concessão de ordem liminar para que os réus
sejam impelidos à aplicação de manta impermeabilizante de acordo com as normas técnicas em toda a área
externa da piscina da laje piso do apartamento nº 304 do Bloco Borborema, com os devidos detalhes de
recobrimento e proteção das dobraduras das paredes, bem como o conserto das falhas construtivas existentes
e comprovadas mediante laudo pericial, além de sanar as infiltrações no teto do imóvel e demais danos
originários dos referidos vícios, sob pena de multa diária; Ao final, os autores pretendem a cristalização da
ordem liminar, nos moldes supramencionados; Os autores também pretendem ver os réus impelidos ao
pagamento de indenização por dano moral, no importe correspondente a R$ 50.000,00; Os autores também
pretendem ver os réus impelidos à reparação dos danos patrimoniais decorrentes das infiltrações respectivas.
Em pedido subsidiário, os autores pretendem uma indenização substitutiva; Os autores também pretendem
ver os réus impelidos a proceder aos consertos dos móveis e pisos de madeira que guarneceriam a
residência; Os autores também pretendem ver os réus impelidos ao pagamento de despesas relativas aos
alugueres e gastos com mudança, além dos gastos com a contratação de advogado e outras despesas
decorrentes dos problemas descritos na peça vestibular. A fls. 263 foi indeferido o pedido liminar. A fls. 264 e
seguintes, os autores promovem a juntada das custas iniciais. A fls. 278, foi determinada a citação dos réus. A
fls. 282, foi juntado aos autos novas guias de recolhimento de custas iniciais. A fls. 293 e seguintes, os autores
promoveram a juntada de novos documentos, relativos às despesas de contrato de locação, comprovante de
energia elétrica, comprovante de despesas com consumo de água, além de IPTU. A fls. 312 e seguintes,
Fábio e Simone apresentaram contestação. Em síntese, foram suscitados os seguintes argumentos: Ausência
de documentos essenciais para a propositura da demanda; O empreendimento imobiliário ostentaria inúmeros
vícios construtivos que impediriam a natural e esperada habitabilidade do imóvel. Em razão do exposto,
Helbaaco teria promovido a realização de reformas para sanar os vícios construtivos existentes; As obras
referentes a sanar os vícios construtivos seriam de responsabilidade de Helbaaco, e não dos corréus Fábio e
Simone; O problema com infiltrações teria sido destacado na Assembleia Geral Extraordinária realizada em
06/08/2020, oportunidade em que a empresa terceirizada por Helbaaco teria admitido a existência de um
problema geral que impactaria todos os condôminos, com infiltrações em diversos apartamentos; Fábio e
fls. 731

Simone negam que a solução do problema estaria relacionada com a obra que eles teriam realizado em sua
respectiva unidade; Os réus negam que a solução do problema consistiria na simples colocação de manta
impermeabilizante; Na verdade, a solução do problema estaria na execução das obras cujo orçamento
alcançaria cerca de R$ 3.000.000,00; A fls. 320, os corréus Simone e Fábio destacam que a insuficiência da
colocação de manta teria sido reconhecida pelo próprio técnico contratado pelos autores, conforme laudo
elaborado a fls. 103/215: seria necessário consertar as falhas construtivas que seriam de responsabilidade de
Helbaaco; Inexistência de danos morais; Inexistência de danos materiais, na medida em que o imóvel dos
autores continuaria a ostentar condições de habitabilidade; Ilegitimidade ativa de Adriano e Iraína para
formular pretensão indenizatória em razão de despesas que teriam sido suportadas por Odilton para a
localização de uma nova moradia (ver fls. 325); Não existiriam provas dos gastos suportados pelos autores
com relação aos danos e reformas realizadas; Descabimento da condenação dos réus a pagar os honorários
de engenheiro e advogado particular; Os corréus Simone e Fábio destacam que o problema das infiltrações
teria se iniciado no ano de 2017, isto é, 2 anos antes de Simone e Fábio se mudarem para a cobertura. Tal
fato denota que Fábio e Simone não são responsáveis pelos danos percebidos na unidade dos autores.
Assim, Fábio e Simone pugnam pela improcedência do pedido vestibular. A fls. 438 e seguintes, Helbaaco
Empreendimentos Imobiliários Ltda. apresentou contestação. Em síntese, foram suscitados os seguintes
argumentos: Ilegitimidade passiva de Helbaaco, na medida em que os responsáveis pelos vazamentos seriam
os corréus Simone e Fábio; Os documentos de fls. 81/87, relativos a conversas de Whatsapp, demonstram
que o problema de vazamento teria causa nas obras realizadas por Simone e Fábio (ver item 5 de fls. 444);
Fábio e Simone teriam assumido a responsabilidade pela impermeabilização da unidade nº 304, porque teriam
alterado o projeto inicial, bem como teriam assinado termo de posse em 24/07/2019, com a elaboração de
laudo de vistoria em 22/07/2019; Os problemas constatados no imóvel, de responsabilidade de Fábio e
Simone, seriam os seguintes: Na área de serviço, existiria azulejo trincado, de maneira que Fábio e Simone
teriam informado que iriam trocar todo o revestimento; No terraço, na vista da escada de acesso à piscina,
Fábio e Simone teriam informado que iriam modificar a escada e nivelar com o deck de madeira; No que se
refere à piscina, no seu entorno, não teria ocorrido a instalação do revestimento a pedido do proprietário, que
iria colocar um deck de madeira; Não teria sido instalado o revestimento no entorno da piscina, a pedido de
Fábio e Simone, justamente porque seria colocado um deck de madeira. E. Falta de interesse de agir na
medida em que já teria sido obtida a quitação das obrigações assumidas pela Helbaaco. A quitação se refere
à assinatura do termo de vistoria e posse, bem como do termo de recebimento de chaves, sem nenhum tipo
de ressalva; F. Inexistência de prova dos danos patrimoniais; G. Inexistência de dano moral. Nesse contexto,
Helbaaco pugna pela improcedência do pedido vestibular. Réplica a fls. 612 e seguintes. A fls. 702, as partes
foram instadas a especificar e justificar as suas provas. A fls. 704, Helbaaco pugna pelo imediato julgamento
da lide. A fls. 705 e seguintes, Helbaaco apresentou sua manifestação com relação aos documentos juntados
com a réplica. A fls. 709/710, Adriano, Iraína e Odilton pugnam pela produção de prova oral e pericial. A fls.
711 e seguintes, Fábio e Simone tecem comentários sobre a contestação apresentada por Helbaaco, bem
como tecem comentários sobre a réplica apresentada pelos autores. Enfim, Fábio e Simone pugnam pela
produção de prova pericial oral e documental. Eis o resumo do necessário. DECIDO. Em primeiro lugar, afasto
a alegação de ilegitimidade passiva, na medida em que os réus foram indicados na petição vestibular como
sendo os causadores das infiltrações e danos que teriam ocorrido na unidade imobiliária dos autores. Saber
se os réus são efetivamente responsáveis pelos suscitados danos envolve, na verdade, discussão de mérito.
Assim, não é possível excluir os réus do polo passivo dessa demanda. O tema deverá ser tratado sob o
aspecto meritório, incabível, assim, a extinção prematura do feito. Também não há de se falar na ilegitimidade
ativa: os autores afirmam terem sofrido os danos descritos na peça vestibular. Ainda que não tenha ocorrido
uma discriminação sobre quais seriam os danos suportáveis pelos autores, será possível fazer essa distinção
por ocasião da prolação de sentença. Desnecessária e inútil, nesse contexto, a extinção prematura do feito
com base na argumentação ora analisada. Em seguida, observo que a documentação necessária para a
propositura da demanda foi apresentada: documentos relativos à comprovação dos argumentos não implicam
na extinção prematura do feito. No máximo, eles poderão impedir o acolhimento do argumento ventilado pela
respectiva parte. Não há, como se observa, nenhuma razão para a extinção prematura. No mais, o tema é
simples: os autores afirmam que o imóvel descrito na peça vestibular padeceria com infiltrações. Essas
infiltrações teriam 2 causas: falhas construtivas de responsabilidade de Helbaaco e falhas na realização de
reforma efetivada por Simone e Fábio. Na medida em que as partes não teriam logrado acordo para alcançar
uma solução amigável, os autores pugnam pela condenação dos réus a efetuarem as obras respectivas e a
efetuar o ressarcimento dos danos morais e materiais sofridos. É interessante observar que os autores
apresentaram parecer técnico, cujo teor informaria que a solução do problema implicaria na colocação de
manta impermeabilizante, nos moldes expostos pelo respectivo assistente técnico. Os corréus Fábio e Simone
afirmam que a solução seria de outra natureza, na medida em que o problema sofrido pelos autores estaria
abrangido por um problema estrutural maior, de responsabilidade de Helbaaco. Helbaaco, por sua vez, afirma
que todo o problema sofrido pelos autores seria resultado das obras implementadas por Fábio e Simone. Fácil
compreender, nesse contexto, que a prova pericial se faz necessária. Trata-se de prova almejada por Fábio,
Simone e pelos autores. Não há dúvidas de que a avaliação do perito engenheiro civil será essencial para a
fls. 732

identificação das causas e apontamento das soluções necessárias para a solução do conflito em tela. Por
conta do exposto, nomeio a perita engenheira civil ANDREA CRISTINA K. MUNHOZ SOARES, que deverá
estimar a sua verba honorária no prazo de 10 dias. A verba honorária pericial será suportada, por igual, entre
os autores e os corréus Fábio e Simone, na medida em que foram eles os únicos a pleitearem pela produção
da prova em apreço. Os quesitos do juízo são os seguintes: O perito deverá identificar as infiltrações e
eventuais danos delas decorrentes, no imóvel dos autores; O perito deverá identificar a causa de cada uma
das infiltrações e a causa de cada um dos danos identificados no imóvel dos autores. Ao identificar a causa, o
perito deverá ter o cuidado de especificar se a origem do problema decorre das obras efetivadas por Fábio e
Simone, e/ou causas construtivas atribuíveis a Helbaaco; Após a identificação das causas dos problemas, o
perito deverá informar qual a solução aplicável, estimando o custo do conserto e o prazo para a efetivação dos
reparos necessários; O perito deverá justificar todas as suas respostas. Faculto, às partes, a indicação de
assistentes técnicos e a formulação de quesitos no prazo legal. No mais, a necessidade de produção de prova
oral será analisada em momento posterior. Ao que tudo indica, a solução do conflito se dará pela identificação
dos problemas de engenharia, tal como acima apontados. Cumpra-se. Int."
Guarulhos, 2 de setembro de 2021.
fls. 733

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Prioridade Idoso
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que procedi a intimação / nomeação do perito (a), através

do portal do TJ, conforme fls. 723/729. Nada Mais. Guarulhos, 02 de
setembro de 2021. Eu, ___, Maria De Fátima Gomes Almeida Jardim,
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREA CRISTINA KLUPPEL MUNHOZ SOARES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/09/2021 às 11:27 , sob o número WGRU21704607434
fls. 734
Andrea Cristina Klüppel Munhoz Soares
Engenheira Civil
EXMO. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL

FÓRUM DE GUARULHOS
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224
Reqte ADRIANO MARTINS

Reqdo FÁBIO BARNESCHI
ANDREA CRISTINA KLÜPPEL MUNHOZ SOARES, Engenheira

Civil, CREA 5060842080/D, nomeada nos autos da Ação
Procedimento Comum, vem, mui respeitosamente, à presença de
V. Exa., estimar os honorários provisórios em R$11.700,00 –
onze mil e setecentos reais (setembro/2021), conforme o
Regulamento de Honorários do Instituto Brasileiro de
Avaliações e Perícias de Engenharia - IBAPE/SP em anexo.
O valor dos honorários é em razão das horas gastas,

portanto, temos:
Cel.: (11) 99187-0058 Email: akluppel22@gmail.com

.
fls. 735
Engenheira Civil
Quadro 1: Honorários
Escopo Horas
Analise dos autos e documentos fornecidos 4,00
Vistoria e coleta de dados 4,00
Elaboração do Laudo Técnico 16,00
Resposta aos quesitos 2,00
Total de Horas 26,00
Honorário/Hora 450,00
Valor Total dos Honorários R$11.700,00
Esclarece esta signatária engloba serviços

relacionados a engenharia civil. Este orçamento, também, não
engloba ensaios técnicos que após a vistoria se verifiquem
indispensáveis para conclusão dos trabalhos. Caso haja
necessidade de ensaios será apresentado orçamento de empresa
competente e após o depósito em juízo serão realizados.
Esta signatária requer que as partes juntem os

seguintes documentos:
• Projeto da impermeabilização do apartamento do réu;

• Projeto hidráulico do apartamento do réu;
• Projeto e memorial descritivo das reformas realizadas
pelo réu;
• Projeto hidráulico do condomínio;
• HABITE-SE;
• Planta do apartamento do autor,
• Outros documentos indispensáveis para elaboração dos
trabalhos.
Cada parte deverá estar acompanhada de

pedreiro/encanador no dia da vistoria.

Termos em que
Pede deferimento.

São Paulo, 6 de setembro de 2021.
Eng. Andrea Cristina Klüppel Munhoz Soares

Engenheira Civil
fls. 736
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREA CRISTINA KLUPPEL MUNHOZ SOARES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/09/2021 às 11:27 , sob o número WGRU21704607434 .
.
fls. 737
REGULAMENTO DE HONORÁRIOS PARA AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE

ENGENHARIA
Aprovado pela Assembleia Geral Ordinária de 13/04/2021
Capítulo I
NORMAS GERAIS
Art.1º- Este regulamento de honorários paraavaliações, períciasde engenharia e perícias envolvendo

trabalhos de grafoscopia (falsidade caligráfica), documentoscopia (falsidade documental) e perícia
digital estabelece referências e critérios para estimativa do valor de honorários profissionais e
pressupõe o conhecimento e a estrita observância:
a) dos preceitos contidos nos códigos de ética profissional do IBAPE/SP, do Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), com
destaque para as alíneas “b)” e “c)”, do parágrafo III do Artigo 10º do Código de Ética do CONFEA, que
prescrevem ser vedado “apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou
desrespeitando tabelas de honorários mínimos aplicáveis” e "aceitar trabalho, contrato, emprego,
função ou tarefa para os quais não tenha efetiva qualificação";
b) das normas técnicas do IBAPE/SP, aplicáveis à Engenharia de Avaliações e às Perícias deEngenharia;
c) das normas brasileiras, publicadas pela Associação Brasileira de Norma Técnica, aplicáveis às
Avaliações de Bens e às Perícias de Engenharia.
Art.2º - A observância deste regulamento de honorários deve ser considerada nos contratos escritos,
assim como nos verbais, especialmente quanto aos limites mínimos aqui fixados para ttodos os tipos de
serviços.
Art.3º - É recomendável que o profissional seja contratado previamente ao início dos trabalhos e,
sempre que possível, por escrito. O profissional deverá solicitar a assinatura do contratante na
Anotação de Responsabilidade Técn
Técnica
ica (ART), para engenheiros, ou no Registro de Responsabilidade
Técnica (RRT), para arquitetos. Em qualquer desses casos, é lícito ao profissional requerer um
adiantamento de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor dos honorários.
Art.4º - Nas períciass judiciais e arbitrais, recomenda

recomenda-se
se que o profissional apresente orçamento ou
estimativa de valor de honorários, justificadae fundamentada com requisição do arbitramento definitivo
do valor dos honorários periciais, e do depósito integral desse valor ant
antes
es do início dos trabalhos,
sempre que possível.
Parágrafo Único – Nas perícias judiciais e arbitrais complexas, quando não for possível uma aferição
exata "a priori" da extensão dos trabalhos, o profissional poderá apresentar uma estimativa provisória, a
ser complementada, se necessário, quando do término dos serviços, mediante demonstrativo
fundamentado.
Capítulo II
VALOR DOS HONORÁRIOS EM FUNÇÃO DA ESTIMATIVA DE TEMPO PARA OS TRABALHOS
Art.5º - O valor mínimo dos honorários profissionais é de R$ 4.920,00 (quatro mil novecentos e vinte
o
reais) e não inclui o valor das despesas diretas, que deverá ser acrescido nos termos do Art. 6 .
Parágrafo Único - No caso de consultas profissionais em que não seja produzido laudo ou parecer, o
valor dos honorários será calculado com base no total das horas estimadas ou empenhadas,
o
considerado o disposto no Art. 7 e acrescido do valor das despesas diretas indicadas no Art.6º.
Endereço Contato Acesse nosso site e fique por dentro das

Rua Maria Paula, 122 – Conj. 106 1º andar (11) 3105-4112 novidades: www.ibape-sp.org.br
Bela Vista Ende
– São Paulo/SP Segunda a Sexta das 08h às 19h
CEP: 01319-907 secretaria@ibape-sp.org.br
.
fls. 738
Art.6º - Recomenda-se aos profissionais indicar o valor das despesas diretas previstas para o trabalho de
o
forma detalhada, para seu acréscimo no valor dos honorários estimados nos termos do Art. 7 , ou quando da
o
contratação pelo valor mínimo previsto no Art. 5 . Como exemplos de despesas diretas, tem-se:
tem despesas
com transportes, viagens, estada
estadas,s, cópias de documentos, digitalizações, autenticações, pareceres
auxiliares, levantamentos topográficos, levantamentos de dados de mercado, registros cartorários,
ensaios tecnológicos, análises laboratoriais etc.
Parágrafo único – Caso o valor das despes
despesas
as diretas seja demonstrado independentemente do valor
dos honorários, para posterior ressarcimento do profissional, recomenda
recomenda-se
se que isso seja realizado por
escrito e de forma fundamentada durante a prestação de serviços ou até o término dos trabalhos
técnicos.
Art.7º - O valor da hora técnica básica é de R$450,00 (quatrocentos e cinquenta reais)

reais para estimativa
do valor dos honorários, que deverá considerar e prever todas as horas necessárias para o efetivo
o
cumprimento do escopo, conforme definido no Parágrafo Primeiro do Art. 8 . O valor da hora técnica
básica está demonstrado no documento ANEXO deste regulamento.
Parágrafo Primeiro – O valor da hora técnica básica do profissional indicado no caput desse artigo não
inclui o valor das despesas diretas, que deverá ser cobrado nos termos do Art.6º.
Parágrafo Segundo – O valor da hora técnica básica está sujeito a alterações nos seguintes casos,
podendo ser de forma conjunta:
a) Acréscimo de até 50% (cinquenta por cento) para profissionais com compr comprovada experiência
superior a 10 (dez) anos, e acréscimo de até 100% (cem por cento) para profissionais com comprovada
experiência superior a 20 (vinte) anos
anos;
b) Acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) para serviços realizados fora do município de
domicílio, e acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) para serviços requisitados em caráter
de urgência ou quando, obrigatoriamente, realizados aos domingos, feriados ou períodos noturnos;
c) Proposta 1: Acréscimo de percentual a ser incluído a cri

critério do profissional, quando de trabalhos
realizados em locais insalubres e/ou periculosos e/ou perigosos, que ofereçam risco à segurança do
profissional e de seus auxiliares;
d) Acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) para os profissionais especialistas na matéria
objeto da contratação.
Art.8º - O valor dos honorários profissionais é orçado ou estimado em função da estimativa de tempo a
ser despendido com os trabalhos e deverá ser acrescido do valor das despesas diretas indicadas no
o
Art. 6º, respeitado o valor mínimo do Art. 5º, com o acréscimo das despesas diretas previstas no Art. 6 .
Parágrafo Primeiro – A estimativa das horas técnicas despendidas para execução dos trabalhos
compreende todas as horas previstas para a realização de vistor vistorias,
ias, buscas, estudos, cálculos e
demais atividades técnicas necessárias ao desempenho do trabalho, acrescida das horas
correspondentes ao tempo destinado às viagens e deslocamentos, desde a saída do domicílio ou do
escritório do profissional, até seu retor
retorno,
no, excluídas as horas relativas aos intervalos de tempo para as
refeições e repouso.
Parágrafo Segundo – Nos trabalhos complexos e/ou atípicos, recomenda-se se apresentação de

estimativa de horas e consequente detalhamento do valor dos honorários de forma ffundamentada com
especificação das previsões das despesas diretas. Nesses casos, recomenda
recomenda-sese o detalhamento dos
requisitos técnicos e das etapas dos trabalhos
trabalhos.
Parágrafo Terceiro – Nos casos específicos das perícias envolvendo as vistorias “de
de vizinhança” ou “ad
perpetuam rei memoriam” e também nos trabalhos envolvendo procedimentos técnicos envolvendo
entrega e recebimento de obras na construção civil, o valor dos honorários poderá ser definido de
acordo com as horas técnicas indicadas no Quadro 01:

Bela Vista Ende
.
fls. 739
QUADRO
O 01: “VISTORIAS DE VIZINHANÇA" E TRABALHOS ENVOLVENDO
“PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE ENTREGA E RECEBIIMENTO DE OBRAS NA
CONSTRUÇÃO CIVIL"
Horas Estimadas
ENTREGA E
TIPO DE PRODUTO IMOBILIÁRIO VIZINHANÇA RECEBIMENTO
DE OBRAS
Por Área Construída (m²)

<100 2,5 4,4
RESIDÊNCIA / SALÃO COMERCIAL / LOJAS 100<ÁREA<250 3,1 5,4
250<ÁREA<500 5,3 9,3
a cada +500m² +2 +4
EDIFÍCIOS - ÁREA COMUM DO PISO TÉRREO Por Pavimento 2 3,5
EDIFÍCIOS - SUBSOLOS Por Pavimento 1 2
EDIFÍCIOS - ÁREA COMUM PAVIMENTOS TIPO+ÁTICO+ESCADARIA Por Pavimento 1 2
<100 2 3
EDIFÍCIOS - UNIDADE
100<ÁREA<250 2,6 4
250<ÁREA<500 4 7,8
GALPÃO <500 2 5
a cada +500m² +1 +2,5
Observações:
1. O número de horas indicado no Quadro 01 é relacionado com “obra típica de complexidade
técnica padrão” na construção civil do segmento imobiliário.
2. Os trabalhos que envolvam mais de uma especialidade ou habilitação profissional deverão sofrer
acréscimo nas horas indicadas no Quadro 01 de, no mínimo, 30% (trinta por cento) por especialidade
ou, alternativamente, considerar as horas específicas de cada profissional envolvido para execução do
trabalho.
3. Os imóveis ou construções em condições precárias de conservação deverão sof sofrer acréscimo
nas horas indicadas no Quadro 01 de, no mínimo, 20% (vinte por cento).
4. Nos trabalhos envolvendo“vistoria de vizinhança”, o Quadro 01 é válido para edificações ou
construções com até 30 (trinta) anos de idade.
5. Para cada 5 (cinco) anos de idade superior a 30 (trinta) anos das edificações ou construções,
nos trabalhos de “vistoria de vizinhança”, as horas indicadas no Quadro 01 deverão ser acrescidas em
10% (dez por cento), até o limite de 50% (cinquenta por cento).
6. Também para os trabalhos de “vistoria istoria de vizinhança”, o valor mínimo dos honorários
profissionais por contratação deve observar o Art. 5º, independentemente da quantidade de imóveis
ou construções vistoriados.
Parágrafo Quarto– Nos casos específicos de perícias envolvendo saúde e seg segurança
urança do trabalho, o
valor dos honorários poderá ser definido de acordo com as horas técnicas indicadas no Quadro 02:

Bela Vista Ende
.
fls. 740
QUADRO 02: PERÍCIAS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
DIRETA INDIRETA SIMILARIDADE

TIPOS DE PERÍCIAS
Horas Estimadas
INSALUBRIDADE 11 10 12
PERICULOSIDADE 10 10 11
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 14 13 15
NEXO DE CAUSALIDADE ENVOLVENDO
15 14 16
ERGONOMIA E/OU ACIDENTE
Observações:
1. Nos casos envolvendo avaliação pericial das condições de trabalho em que o ambiente laboral
não se encontrar preservado, ponderada as oitivas de testemunhas, os descritivos do ambiente
laboral e as análises de documentos técnicos específicos, recomenda
recomenda-se adicionar 40% (quarenta por
cento) nas horas estimadas e indicadas no Quadro 02;
2. Nos casos envolvendo do avaliação pericial de “múltiplos obreiros”, recomenda
recomenda-se estimar as horas
técnicas nos termos do Quadro 02 por quantidade de “obreiros”, diversidade de ambientes e
diversidade de situações de trabalho.
Capítulo III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.9º - Em casos de supressão de parte do trabalho ou do serviço contratado, o profissional poderá

receber remuneração mínima de 50% (cinquenta por cento) do valor dos honorários contratados ou
pelo trabalho efetivamente desenvolvido, acrescido do valor das despesas diretas, nos termos do Art.
o
6.
Art.10º - Este regulamento de honorários profissionais é válido para o território nacional, quando dos
trabalhos realizados pelos membros associados ao IBAPE/SP.
Parágrafo Primeiro – Para profissionais associados ao IBAPE/

IBAPE/SP
SP não domiciliados no Estado de São
Paulo, recomenda-se
se empregar o Regulamento de Honorários do IBAPE Regional, quando disponível,
correspondente ao Estado do seu domicílio.
Parágrafo Segundo – Para profissionais não associados ao IBAPE/SP, recomenda

recomenda-se empregar o
Regulamento de Honorários do IBAPE Regional, quando disponível, correspondente ao Estado do seu
domicílio.
Art.11º - Este Regulamento deverá ser revisto pelas Assembleias Gerais do IBAPE/SP, realizadas nos
meses de abril de cada ano.
São Paulo,13 de abril de 2021.
º
Eng Civil Luiz Henrique Cappellano
Presidente IBAPE/SP

Bela Vista Ende
.
fls. 741
o
ANEXO – COMPOSIÇÃO DO VALOR DA HORA TÉCNICA BÁSICA DO Art. 7
O valor da hora técnica básica do profissional é formado porduas parcelas de valor, quais sejam: (i)
parcela de valor correspondente aos custos indiretos (ou custo das despesas indiretas) inerentes ao
exercício da atividade profissional e (ii) parcela de valor correspondente ao custo da remuneração
profissional propriamente dito.
Para o cálculo do valor da hora técnica básica foram considerados os custos indiretos médios e os
custos de remuneração básicos apresentados neste demonstrativo, que demonstra a composição do
valor da hora técnica básica ponderada na Câmara de Perícias do IBAPE/SP.
Data base mar/2018

1 CUSTOS INDIRETOS MÉDIOS (DESPESAS INDIRETAS)
1.1 Tarifas e Serviços R$ 1.600,00
1.2 Mão de obra administrativa com encargos sociais R$ 12.355,66
1.3 Despesas de escritório R$ 5.729,25
1.4 Transporte R$ 4.693,88
1.5 Depreciação do ativo imobilizado R$ 471,12
1.6 Custos financeiros R$ 436,66
1.7 Reposição de IR e ISS sobre despesas R$ 12.175,02
Subtotal R$ 37.461,59
2 CUSTOS DA REMUNERAÇÃO BÁSICOS

2.1 Remuneração mensal R$ 19.000,00
2.2 Benefícios (Férias, 13° salário, FGTS, seg. saúde) R$ 7.305,73
2.3 Reposição de ISS sobre remuneração R$ 1.384,51
Subtotal R$ 27.690,24
3 VALOR DA HORA TÉCNICA BÁSICA

3.1 Parcela relativa aos custos (item 1/160h) R$/h 234,13
3.2 Parcela relativa à remuneração (item 2/160h) R$/h 173,064
Valor da hora técnica calculada mar/2018 R$/h 407,20
ATUALIZAÇÕES ANUAIS % 6,8458

1) Valor inflação 2018
2018-2019 (IPCA)
Valor da hora técnica calculada 2019 R$/h 435,08
1
Valor da hora técnica aprovado 2019 e 2020 R$/h 430,00
2) Valor inflação 2019

2019-2021 (IPCA) % 9,4083
Valor da hora técnica calculada 2021 R$/h 470,46
Valor da hora técnica aprovado 2021 na AGO de R$/h 450,00

o
13/04/2021 – Art.7
Por decisão da Assembleia Geral Ordinária de 13/04/2021,o valor foi fixado em R$ 450,00 por hora.
1
No ano de 2020 não foi apresentado reajuste considerada a inflação acumulada no período de 2019 / 2020. Na Assembleia Geral
Ordinária de abril/2020, decidiu-se
se pela manutenção do valor da hora técnica vigente no ano de 2019. Assim, o Regulamento de
Honorários
rios do ano de 2020 não possuía essa informação, a qual foi considerada neste para efeito de memória de cálculo.

Bela Vista Ende
.
fls. 742
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10º VARA CÍVEL
DO FORO DA COMARCA DE GUARULHOS/SP.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224

LTDA, por sua advogada ao final assinada, nos autos da Ação de Indenização por
Danos Materiais e Morais proposta por ADRIANO MARTINS e IRAÍNA VECHINA
DE SOUZA MARTINS, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
em atenção à r. decisão de fls., apresentar quesitos e indicar seu assistente
técnico.
1. A ré indica como seu assistente técnico, o

Engenheiro Civil, Sr. ROGERIO AUGUSTO ROSSI DE MORAES ALVES,
brasileiro, inscrito no CREA da 6ª Região sob o nº 5060653155/D, com endereço
para intimações à Rua Apinajes, n° 931, apartamento 191, Perdizes, São Paulo -
SP, CEP 05017-000, Fone: (11) 98178-8179, e-mail: rmoraesalves@terra.com.br.
Av. Brigadeiro Faria Lima 1993 1° andar conj.11

T. [11] 3034.1949 www.amaralenicolau. com.br
.
fls. 743
2. Nessa esteira, a ré apresenta os seguintes
quesitos:
1 – Descreva a senhora perita e assistentes o imóvel dos Autores,

informando:
1.1 A data do habite-se do imóvel.
1.2 Seu estado geral do condomínio no tocante ao estado de conservação
e obsolescência;
1.3 Esclareçam se o Condomínio Parque Clube possui Alvará de
Construção ou de aprovação, auto de conclusão e habite-se, emitidos pela
Municipalidade local, esclarecendo o que estes documentos significam?
2- Esclareça a Sra. Perita quais os prazos de garantia para

impermeabilização com base na data do habite-se do empreendimento,
manuais do empreendimento e sugestões do Sinduscon/SP e Norma ABNT
15575/2013?
3- Com base na resposta anterior, informe qual o prazo decorrido desde o

término das garantias até a distribuição da presente demanda?
4- Esclareça a Sra. Perita se no momento da aquisição da unidade dos co-

réus (unidade 304), estes assumiriam a responsabilidade pela
impermeabilização da unidade por terem alterado o projeto inicial, bem como
assinaram o termo de posse aos 24/07/2019, tendo sido elaborado um laudo
de vistoria aos 22/07/2019?

2
.
fls. 744
5- Com base na resposta anterior, esclareça se foi executada reforma
unidade dos co-réus (unidade 304), alterando o projeto original e o sistema
de impermeabilização?
6- De acordo com o manual do proprietário do empreendimento, quais os

fatores que ensejam a parda da garantia da impermeabilização?
7- Informe a Sra. Perita quais foram as soluções implementadas pelos

proprietários da unidade 304, para conter as infiltrações na unidade do autor,
esclarecendo se a injeção de resina nos pontos de infiltrações da laje, é
solução adequada para esse tipo de infiltração, ou se seria necessário
refazer a manta de impermeabilização?
8- Esclareça a Sra. Perita se o autor desde a aquisição de sua unidade tratou

diretamente com o co-réu proprietário da unidade 304, para tentar solucionar
as infiltrações?
9- Esclareça a sra. Perita com base em todo histórico dos autos, se está
correta a conclusão do Eng. Civil Jorge Marques da Silva Santos que
elaborou o laudo de fls. 103/215, de que o proprietário da unidade 304 Torre
1, ora co-réu, deverá executar impermeabilização da piscina e toda área
externa para sanar as infiltrações de forma definitiva na unidade do autor?
10- Informem qual o custo real para a eventual correção dos problemas na
unidade de cobertura e custo para recuperação dos danos na unidade dos
autores, descriminando se a origem dos problemas é decorrente das
intervenções de terceiros (contratados para realizar reforma na unidade 304)
ou se tem vínculo a construção do edifício, considerando ainda os prazos de

3
.
fls. 745
garantia previstos no manual do síndico e os excludentes de garantia,
informando as proporções de responsabilidades, se for o caso?
3. Protesta-se, ainda, pela apresentação de

quesitos e/ou esclarecimentos suplementares, nos moldes da norma do artigo 469
do Código de Processo Civil.


OAB/SP 344.099

4
.
fls. 746
OAB/SP 238.792
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª

VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE GUARULHOS SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 83F143F.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224
ADRIANO MARTINS, IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS E

ODILTON MARTINS, já qualificados nos autos da AÇÃO
ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA, que move em face de FÁBIO
BARNESCHI E OUTROS, com fundamento no artigo 465, §1º,II
e III do CPC, vem à presença de V. Exa., tempestivamente,
por intermédio de sua advogada, apresentar Quesitos e indicar
seu ASSISTENTE TÉCNICO, o Sr. JORGE MARQUES DA SILVA
SANTOS, engenheiro civil, inscrito no CREA/SP nº 106.720/D,
com escritório profissional à Rua Dr. Epitácio Pessoa, nº
103 – 1º andar, Bairro Jardim Santa Francisca, no Município
de Guarulhos SP, cep 07013-040, com endereço eletrônico e-
mail: eng_jorgesantos@hotmail.com, local onde requer seja
intimado da data e horário da realização da perícia.
Protesta-se, ainda, pela apresentação de quesitos e/ou

esclarecimentos suplementares, nos moldes da norma do artigo
469 do Código de Processo Civil.
1
Deferimento.
Termos em que,
Espera Receber,
OAB/SP nº 238.792

São Paulo, 28 de Setembro de 2021.
2
OAB/SP 238.792
fls. 747
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 83F143F.
.
fls. 748
J&S . Consultoria Empresarial, Avaliações e Perícias em Engenharia.
EXMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
GUARULHOS/SÃO PAULO
PROC. Nº : 1042704-23.2020.8.26.0224
AÇÃO : ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER,

CUMULADA COM PRETENSÕESINDENIZATÓRIAS.
Requerente : ADRIANO MARTINS e Outros.
Requerido : FABIO BARNESCHI e SIMONE DONATO

COUTINHO BARNESCHI.
Jorge Marques da Silva Santos, Engenheiro Civil,

CREA n° 0601067200, honrado com a nomeação como Assistente Técnico do
Requerente nos autos do Processo em epígrafe, respeitosamente apresenta seus
Quesitos:
QUESITOS DO REQUERENTE
1) Pode o colega Perito quando da vistoria técnica no Apto 294 (do autor) no
Edifício “BORBOREMA” no Condomínio “Parque Clube”, em que condições
encontrou o imóvel?
2) Pode o colega informar se o apartamento acima vistoriado trazia riscos

quanto a saúde decorrente das condições de umidade que se apresentava?
3) Pode o colega Perito confirmar que os problemas ocorridos no Apartamento

n° 294 (do autor) são oriundos de infiltrações vindos da unidade acima de
n° 304 (do requerido), do Edifício “Borborema”?
4) O colega perito pode afirmar que os vazamentos e infiltrações existentes no

Apt° 294 (do autor) são de responsabilidade do Apt° 304 (dos requeridos)?
5) Pode o colega confirmar se houveram danos representativos nos móveis do

Apt° 294 (do autor)? Quais e qual o valor estimado.
1
.
fls. 749
6) O Perito pode confirmar os danos causados pelas infiltrações e vazamentos

trouxeram prejuízos nos acabamentos internos do Apt° 294 (do autor), tais
como “forro”, piso, paredes, etc?
7) Quais os cômodos internos do Apt° 294 (do autor) que sofreram esses
prejuízos, identificando, quantificando cada tipo de acabamento danificado?
8) Pode o colega Perito informar qual o valor parcial e total de todo prejuízo
interno no Apt° 294 (do autor)?
9) Pode a colega perita confirmar que nas condições existentes no Apt° 294,
trouxe enorme prejuízo ao autor, impossibilitando inclusive qualquer
negociação para venda desse imóvel?
10) Qual o valor total aproximado dos prejuízos sofridos no Apt° 294 (do autor),
com móveis e reforma geral da unidade?
Nestes termos,
P. Deferimento.
Guarulhos, S.P., em 13 de setembro de 2021.
Jorge Marques da Silva Santos

Eng° Civil - Assistente Técnico
2
.
fls. 750
Processo nº. 1042704-23.2020.8.26.0224

FÁBIO BARNESCHI, e SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, nos autos da

AÇÃO ORDINÁRIA que lhe move ADRIANO MARTINS E OUTROS, vem, respeitosamente, perante V.
Exa., nomear, na condição de assistente técnico o Engenheiro Osmar Cirqueira Pinto Junior,
com endereço na avenida Barber Greene, nº 655, Jardim Santa Clara – Guarulhos/SP, telefone 11-
98697-1415.
Requerem, ainda, por serem essenciais para a prova pericial, seja o Condomínio
Edifício Residencial Parque Clube, em que localizadas as unidades imobiliárias objeto do presente
processo a apresentar os seguintes documentos:
i) Ata de todas as atas Assembleias Ordinárias e Extraordinária do referido
condomínio, em sua completude, devidamente registradas em cartório, desde o habite-se;
.
fls. 751
ii) Cópia dos estudos técnicos contratados pelo condomínio junto à empresa
Argo, e eventuais outros estudos de igual modo contratados pelo condomínio e que versem sobre
os problemas de infiltração;
iii) Cópia das reclamações apresentadas pelo morador/condômino da unidade
294, da torre Borborema, relativos aos problemas de infiltração relatados em sua unidade, tenham
sido elas registradas em livros, ou por quaisquer outros meios.
Protesta-se, ainda, pela apresentação de quesitos e/ou esclarecimentos

suplementares, nos moldes da norma do artigo 469 do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
EDUARDO PELUZO ABREU

OAB/SP 234.122
.
fls. 752
1. Indique o Sr. Perito a idade do empreendimento denominado “Condomínio Parque

Clube”, bem como a data do habite-se concedido à Construtora;
2. Indique o Sr. Perito todo histórico de problemas de infiltração relatados por
condôminos em assembleias desde o momento de entrega do empreendimento,
anexando para cognição do Juízo as respectivas atas;
3. Informe o Sr. Perito a extensão das obras estruturais indicadas pela empresa Argo
que foi apresentada em assembleia realizada em 06 de agosto de 2020. Indique
ainda se as obras recomendadas no estudo em questão decorriam de vícios
construtivos constatados na cobertura adquirida pelos Requeridos Fábio e Simone;
4. Indique o Sr. Perito se, dentre os vícios apresentados pela empresa Argo,
considerava-se os pontos de umidade das fachadas externas da unidade 304;
Indique se referidos pontos de umidade poderiam impactar ou avolumar as
infiltrações ocorridas na unidade 294
5. Ainda em relação ao estudo apontado no item “3” acima, indique o Sr. Perito o valor
das obras indicadas pela empresa Argo para sanar os vícios construtivos constatados
no empreendimento, e as razões técnicas justificadas no orçamento;
6. Indique o Sr. Perito se a corré Helbaco manifestou-se tecnicamente sobre os vícios
construtivos apontados pela empresa Argo ou se procedeu a alguma reforma
indicada no referido levantamento;
7. Indique o Sr. Perito o intervalo de tempo que o apartamento 304 permaneceu
desocupado de coisas ou pessoas desde a entrega do empreendimento até o
momento em que Fábio e Simone adentraram na posse da unidade imobiliária,
mediante entrega das chaves pela Construtora.
8. Indique o Sr. Perito se no período acima indicado houve reclamações relativas a
infiltrações no apartamento 294 localizado abaixo do apartamento 304. Indique
quais foram as providências adotadas pela corré Helbaco para solução das
reclamações.
9. Indique o Sr. Perito se a Construtora Helbaco atestou em relatório técnico as obras
que conduziu na unidade 304 no período compreendido entre a venda ocorrida em
meados de 2018 e a transmissão da posse ocorrida em julho de 2019. Indique o Sr.
Perito se referido relatório foi acompanhado do recolhimento de ART por
profissional habilitado;
10. Informe o Sr. Perito se há como concluir, com respaldo técnico, que as obras
promovidas pela construtora Helbaco na unidade 304 no período compreendido
entre meados de 2018 e julho de 2019 remediaram todo e qualquer problema de
infiltração que assolava a unidade 294;
11. Indique o Sr. Perito se os vícios construtivos apontados no estudo promovido pela
empresa ARGO – identificado no quesito nº 3 – influíam de alguma forma na eficácia
das reformas empreendidas pela empresa Helbaco na unidade 304 no período
compreendido entre meados de 2018 e julho de 2019;
12. Indique o Sr. Perito a extensão das obras conduzidas por Simone e Fábio após o
ingresso na posse da unidade 304. Informe se tais obras eram incompatíveis aos
padrões técnicos que obstariam a inexistência de infiltrações;
13. Informe o Sr. Perito se há limitações de ordem técnica que impossibilitam obras na
unidade 304, à luz das redes comuns que abastecem todo o Condomínio; Informe
o Sr. Perito quais são as referidas limitações;
.
fls. 753
14. Informe o Sr. Perito se o laudo anexado pelos Autores aos autos (fls. 103/215) indica
como causa das infiltrações a existência de vícios construtivos no empreendimento;
Informe o Sr. Perito se no referido estudo técnico, são pontadas causas naturais e
funcionais às infiltrações.
15. Informe o Sr. Perito se o estudo anexado às fls. 103/215 indica de forma inexorável
o vício pontual que ocasiona as infiltrações na unidade 294, ou se sugere que o
evento pode decorrer de causas múltiplas;
16. Informe o Sr. Perito se é possível, com plena segurança técnica, apontar que os
problemas de infiltração indicados no croqui de fls. 134 dos autos decorreram de
obras mal conduzidas por Fábio e Simone na unidade 304. Caso a resposta seja
positiva, indicar a obra concreta e o vício ocorrido que efetivamente ocasionou cada
infiltração apontada no croqui;
17. Indique o Sr. Perito se o histórico de reclamações de infiltrações indicado no laudo
de fls. 367/433 corrobora com as reclamações existentes e formalizadas em atas de
assembleia realizadas no Condomínio;
18. Indique o Sr. Perito se as reformas conduzidas pela empresa Cube Engenharia na
unidade 304 embasaram um laudo de entrega de obras, devidamente subscrito por
engenheiro responsável e com o recolhimento da respectiva ART;
19. Indique o Sr. Perito se as obras conduzidas pela empresa Cube Engenharia
propiciaram a integral impermeabilização da área da piscina da unidade 304,
indicando o estudo técnico que respaldaria tal conclusão;
20. Descreva qual o tipo de impermeabilização realizada na laje da unidade 294 após a
obra entregue pela empresa Cube Engenharia;
21. Indique se há alguma relação entre o tipo de impermeabilização realizada na laje da
unidade 294, e uma possível percolação da água para outros ambientes da unidade
de apartamento 294;
22. Indique se a construção da antiga casa de máquina pela empresa Helbor se deu
observando corretamente as normas técnicas no que diz respeito às saídas de ralos
e inclinações para o direcionamento da água para essas saídas.
23. Indique o Sr. Perito a extensão da área denominada “caixão perdido” que é
identificado no laudo técnico de fls. 367/433. Informe o Sr. Perito se referida área
fora objeto de impermeabilização por parte de empresa Helbaco;
24. Indique se a antiga casa de máquina e o caixão perdido no fundo da piscina foram
impermeabilizados corretamente com manta nas laterais da parede e fundo da laje.
25. Esclareça se há chapisco, reboco nas laterais e manta de impermeabilização na
antiga casa de máquinas e no caixão perdido.
26. Indique se o vício construtivo apontado na laje lateral da piscina era apto a causar
infiltrações conforme conclusão do laudo de fls. 367/433. Indique a extensão dos
vícios e as obras necessárias de remediação;
27. Indique quantas saídas de ralos encontram-se instaladas na área dentro do caixão
perdido na unidade de apartamento 304 e quantas saídas existem na unidade 294
no fundo da laje da unidade 304
28. Indique se o serviço executado para a correção da tubulação no shaft da prumada
foi capaz de fazer cessar a infiltração do quarto 02 da unidade de apartamento 204.
29. Indique se a infiltração do closet da unidade de apartamento 204 cessou após serem
executados novamente os serviços de impermeabilização da área externa da
piscina.
.
fls. 754
30. Indique o Sr. Perito eventuais conclusões técnicas lançadas no laudo de fls. 367/433
que eventualmente estariam incorretas ou incondizentes com documentos técnicos
existentes; Indicar os referido documentos.
31. Indique o Sr. Perito se a unidade 304 já foi assolada com vazamentos provenientes
do transbordamento do reservatório de água que abastece o condomínio por avaria
da boia mecânica; Indique se a laje projetada no edifício era suficiente para suportar
o volume de água das caixas;
32. Indique o Sr. Perito se as muretas que apoiam os caibros do telhado são
impermeabilizadas. Indique se a carência de impermeabilização das muretas pode
acarretar em infiltrações em sequência;
33. Indique se o evento reportado no documento de fls. 434/437 pode ter contribuído
para o aparecimento de infiltrações na unidade 294. Indique se há algum vício a ser
apontado no referido estudo técnico;
34. Indique o Sr. Perito se à luz das condições construtivas, a unidade 294 em algum
momento tornou-se inabitável; Indique os elementos técnicos que embasam a
referida conclusão;
35. Indique o Sr. Perito se os Autores apresentaram laudos técnicos que evidenciam
mobiliário que fora deteriorado com as infiltrações; Indique o Sr. Perito a estimativa
de extensão das obras de remediação às infiltrações que seriam necessárias no apto.
294.
36. Indique o Sr. Perito as obras de acabamento que seriam necessárias no apto. 294
em razão dos pontos de infiltração indicados na petição inicial;
37. Indique qual (quais) o(s) serviço(s) correto(s) a ser(em) realizado(s) para que todas
as infiltrações na unidade de apartamento 294 sejam sanadas, indicando de quem
é a responsabilidade pelos custos para a execução das obras
fls. 755

10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 852B3AD.
DESPACHO
Martins e outros
e outros
Juiz de Direito: Dr. Lincoln Antonio Andrade de Moura
Vistos.
Digam as partes sobre a estimativa de honorários periciais, no prazo de dez dias.
No silêncio, tornem conclusos para novas deliberações.
Int.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 756

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 857D6A7.
4735/4747 do Diário de Justiça Eletrônico em 20/10/2021. Considera-se a data de publicação em 21/10/2021,
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Digam as partes sobre a estimativa de honorários periciais, no prazo de dez dias.
No silêncio, tornem conclusos para novas deliberações. Int."
Guarulhos, 20 de outubro de 2021.

.
fls. 757
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 86A7FC7.
Processo nº. 1042704-23.2020.8.26.0224

FÁBIO BARNESCHI, e SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, já

qualificados, por seu advogado, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA que lhe move ADRIANO MARTINS
E OUTROS, vem, respeitosamente, perante V. Exa., informar que não se opõe aos honorários
sugeridos pelo I. Perito, aguardando-se a intimação para depósito do valor parcial determinado
outrora.
Termos em que,
São Paulo/SP, 04 de novembro de 2021

OAB/SP nº. 234.122
fls. 758

COMARCA de Guarulhos
FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HELDER RINALDO ASSIS DOS SANTOS, liberado nos autos em 29/11/2021 às 09:16 .
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que em 17/11/21 decorreu o prazo de fls. 755. Nada Mais.
Guarulhos, 29 de novembro de 2021. Eu, ___, Helder Rinaldo Assis dos
Santos, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 759

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
DECISÃO
Processo nº: 1042704-23.2020.8.26.0224

Prioridade Idoso
Vistos.
A verba honorária pleiteada pelo perito judicial está de acordo com o mister a ser
desempenhado, bem como está de acordo com a qualidade técnica do profissional nomeado.
Homologo os honorários periciais em R$11.700,00 (onze mil e setecentos reais
(setembro/2021).
A serventia deverá incluir o valor em apreço no site do Tribunal de justiça,
qual seja, http://www.tjsp.jus.br/auxiliaresjustica/logininterno, editando o cadastro da nomeação
anteriormente efetuada, nos termos do Comunicado 2191/2016.
O perito deverá apresentar formulário MLE – Mandado de Levantamento
Eletrônico, conforme Comunicado Conjunto nº 474/2017, publicado no DJE em 1º de março de
2017.
Na esteira da decisão de fls. 723/729, a verba honorária pericial será suportada,
por igual, entre os autores e os corréus Fábio e Simone, na medida em que foram eles os únicos a
pleitearem pela produção da prova em apreço.
Concedo o prazo de 20 dias para que cada parte proceda o depósito da parte que
lhe couber.
Com a depósito integral, intime-se o senhor perito para início de seus trabalhos.
Cumpra-se.
Intime-se.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224 - p. 1
fls. 760

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0606/2021, encaminhada para publicação.
Advogado Forma
Adriana Fernandes Granzoti (OAB 238792/SP) D.J.E
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 13/12/2021 às 03:30 .
Julio Nicolau Filho (OAB 105694/SP) D.J.E
Eduardo Peluzo Abreu (OAB 234122/SP) D.J.E
Teor do ato: "A verba honorária pleiteada pelo perito judicial está de acordo com o mister a ser
desempenhado, bem como está de acordo com a qualidade técnica do profissional nomeado. Homologo os
honorários periciais em R$11.700,00 (onze mil e setecentos reais (setembro/2021). A serventia deverá incluir
o valor em apreço no site do Tribunal de justiça, qual seja, http://www.tjsp.jus.br/auxiliaresjustica/logininterno,
editando o cadastro da nomeação anteriormente efetuada, nos termos do Comunicado 2191/2016. O perito
deverá apresentar formulário MLE Mandado de Levantamento Eletrônico, conforme Comunicado Conjunto nº
474/2017, publicado no DJE em 1º de março de 2017. Na esteira da decisão de fls. 723/729, a verba honorária
pericial será suportada, por igual, entre os autores e os corréus Fábio e Simone, na medida em que foram eles
os únicos a pleitearem pela produção da prova em apreço. Concedo o prazo de 20 dias para que cada parte
proceda o depósito da parte que lhe couber. Com a depósito integral, intime-se o senhor perito para início de
seus trabalhos. Cumpra-se. Intime-se."

fls. 761

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 89B673E.
Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0606/2021, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 14/12/2021. Considera-se a data de publicação em 15/12/2021, primeiro dia útil subsequente à
data de disponibilização.
Advogado
Teor do ato: "A verba honorária pleiteada pelo perito judicial está de acordo com o mister a ser
desempenhado, bem como está de acordo com a qualidade técnica do profissional nomeado. Homologo os
honorários periciais em R$11.700,00 (onze mil e setecentos reais (setembro/2021). A serventia deverá incluir
o valor em apreço no site do Tribunal de justiça, qual seja, http://www.tjsp.jus.br/auxiliaresjustica/logininterno,
editando o cadastro da nomeação anteriormente efetuada, nos termos do Comunicado 2191/2016. O perito
deverá apresentar formulário MLE Mandado de Levantamento Eletrônico, conforme Comunicado Conjunto nº
474/2017, publicado no DJE em 1º de março de 2017. Na esteira da decisão de fls. 723/729, a verba honorária
pericial será suportada, por igual, entre os autores e os corréus Fábio e Simone, na medida em que foram eles
os únicos a pleitearem pela produção da prova em apreço. Concedo o prazo de 20 dias para que cada parte
proceda o depósito da parte que lhe couber. Com a depósito integral, intime-se o senhor perito para início de
seus trabalhos. Cumpra-se. Intime-se."

fls. 762

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8BA6287.
CERTIDÃO

Prioridade Idoso
Tramitação prioritária
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que procedi anotação conforme decisão de fls. 759, acerca
da verba honoraria pericial homologada. Nada Mais. Guarulhos, 17 de
janeiro de 2022. Eu, ___, Maria De Fátima Gomes Almeida Jardim,
.
fls. 763
OAB/SP 238.792
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª

VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE GUARULHOS SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8E7A2C3.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224
ADRIANO MARTINS, IRAÍNA VECHINA DE SOUZA MARTINS E

ODILTON MARTINS, já qualificados nos autos da AÇÃO
ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA, que move em face de FÁBIO
BARNESCHI E OUTROS, vem perante este MM juízo, por
intermédio de sua advogada, em atendimento ao despacho de
Fls. 759, publicado em 15/12/2021, requerer a juntada da
guia e comprovante de recolhimento dos honorários periciais
conforme determinado por este MM juízo.
Termos em que,
Espera Receber,
Deferimento.
1
OAB/SP nº 238.792

OAB/SP 238.792
2
fls. 764
.
fls. 765
[bb.com.br] - Boleto gerado pelo sistema . 16/01/2022 18:08:06
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO
GUIA DE DEPÓSITO JUDICIAL VIA BOLETO DE COBRANÇA
Autor: Odilton Martins e outros.
Réu: Helbaaco Empreendimentos Imobi
Guarulhos Foro De Guarulhos - Cartório Da 10ª. Vara Cív
Processo: 10427042320208260224 - ID 081020000119083279
GUIA C/ NúM. CONTA JUDICIAL DISPONíVEL NO DIA SEGUINTE AO
PGTO EM WWW.BB.COM.BR>GOVERNO>JUDICIARIO>GUIA DEP.JUDICIAL
Texto de Responsabilidade do Depositante: Deposito Judicial
equivalente a 50% dos honorários periciais
00190.00009 02836.585014 00148.017171 2 89280000585000
ADRIANO MARTINS CPF: 218.221.098-92

TRIBUNAL DE JUSTICA. SP - PROCESSO: 10427042320208260224 - 51174001000193, Guarulhos Foro De Guarulhos - Cartório Da 10ª. Vara Cív
TRIBUNAL DE JUSTICA. SP - 51174001000193
28365850100148017 81020000119083279 18/03/2022 5.850,00 5.850,00
BANCO DO BRASIL S/A
2234 / 99747159-X
00190.00009 02836.585014 00148.017171 2 89280000585000
PAGAR PREFERENCIALMENTE NOS CANAIS DE AUTOATENDIMENTO DO BANCO DO BRASIL 18/03/2022
BANCO DO BRASIL S/A 2234 / 99747159-X
16/01/2022 81020000119083279 ND N 16/01/2022 28365850100148017
81020000119083279 17 R$ 5.850,00
GUIA DE DEP SITO JUDICIAL. ID Nr. 081020000119083279 Comprovante c/ nº Conta

Judicial disponível no dia seguinte ao pgto, pelo site www.bb.com.br, opção S
etor Público> Judiciário>Guia Dep.Jud.>Comprovante Pag.Dep
5.850,00
ADRIANO MARTINS CPF: 218.221.098-92

TRIBUNAL DE JUSTICA. SP - PROCESSO: 10427042320208260224 - 51174001000193, Guarulhos Foro De Guarulhos - Cartório Da 10ª. Vara Cív
TRIBUNAL DE JUSTICA. SP - 51174001000193

fls. 766
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8E7A2CA.
.
fls. 767
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8E8A0A7.
Processo nº. 1042704-23.2020.8.26.0224

FÁBIO BARNESCHI, e SIMONE DONATO COUTINHO BARNESCHI, já

qualificados, por seu advogado, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA que lhe move ADRIANO MARTINS
E OUTROS, vem, respeitosamente, perante V. Exa., requerer a juntada do comprovante de
recolhimento do depósito dos honorários periciais.
Termos em que,
São Paulo/SP, 17 de fevereiro de 2022

OAB/SP nº. 234.122
fls. 768
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8E8A0AA.
fls. 769

FORO DE GUARULHOS
10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8F986A2.
ATO ORDINATÓRIO

Requerido: FaBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi e outros
Prioridade Idoso

Intimar perito – inicio dos trabalhos
Nada Mais. Guarulhos, 04 de março de 2022. Eu, ___,

Rosemeire Diogo de Souza, Escrevente Técnico Judiciário.
08/03/2022 Email – MARIA DE FATIMA GOMES ALMEIDA JARDIM – Outlook
fls. 770
Inicio dos trabalhos - proc, 1042704-23.2020

MARIA DE FATIMA GOMES ALMEIDA JARDIM <maria.jardim@tjsp.jus.br>
Ter, 08/03/2022 11:46
Para: akluppel22@gmail.com <akluppel22@gmail.com>
Prezada Perita, bom dia.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 8FCD47D.
Pelo presente, in mo vossa senhoria para inicio de seus trabalhos.
Atenciosamente,
Requerente: ADRIANO MARTINS, registrado civilmente como Adriano Mar ns e outros
Requerido: FaBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi e outros
Prioridade Idoso
Em caso de respostas de ofícios, as mesmas deverão ser encaminhada ao

e- mail: guarulhos10cv@tjsp.jus.br
MARIA DE FATIMA G. A. JARDIM

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

10º Ofício Cível
Rua dos Crisântemos, 29 - 16º andar - Vila Tijuco
Guarulhos/SP - CEP: 07091-060
Tel: (11) 2485-9272
E-mail: maria.jardim@tjsp.jus.br
Em caso de respostas de ofícios, as mesmas deverão ser encaminhada ao

e- mail: guarulhos10cv@tjsp.jus.br
https://outlook.office.com/mail/sentitems/id/AAQkADU2ODIzNGI1LTZhNzItNGRkMC04OTViLTUxM2I0MTIwM2RlMQAQAPGBaM6c9bpFvJKkdx… 1/1
.
fls. 771
Engenheira Civil
EXMO. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL

FÓRUM DE GUARULHOS
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 9035DA2.
Processo nº 1042704-23.2020.8.26.0224
Reqte ADRIANO MARTINS

Reqdo FÁBIO BARNESCHI
ANDREA CRISTINA KLÜPPEL MUNHOZ SOARES, Engenheira

Civil, CREA 5060842080/D, nomeada nos autos da Ação
Procedimento Comum, vem, mui respeitosamente, à presença de
V. Exa., nos termos do Art. 466 e 474 do CPC, informar que
a vistoria será realizada no dia 19/5/2022, às 10h30, tendo
como ponto de encontro o imóvel do autor, apartamento 294,
Bloco Borborema, Condomínio Parque Clube, Rua Augusta, nº
183, Bairro Vila Augusta, Guarulhos.
Esta signatária requer que as partes juntem os

seguintes documentos, bem como forneçam em papel no dia da
vistoria:
• Projeto da impermeabilização do apartamento do réu;

• Projeto hidráulico do apartamento do réu;
• Projeto e memorial descritivo das reformas realizadas
pelo réu;
• Projeto hidráulico do condomínio;

.
fls. 772
Engenheira Civil
• HABITE-SE;
• Planta do apartamento do autor,
• Outros documentos indispensáveis para elaboração dos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 9035DA2.
trabalhos.
Cada parte deverá estar acompanhada de

pedreiro/encanador no dia da vistoria.
Termos em que
Pede deferimento.
São Paulo, 12 de março de 2022.
Eng. Andrea Cristina Klüppel Munhoz Soares

fls. 773

10ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 90A6C14.
DESPACHO
Martins e outros
Requerido: FaBIO BARNESCHI, registrado civilmente como Fábio Barneschi
e outros
Juiz de Direito: Dr. Lincoln Antonio Andrade de Moura
Vistos.
Fls. 771/772: Foi designada vistoria do imóvel para o dia 19 de maio de

2022, as 10:30 horas.
É incumbência das partes providenciar o necessário para a realização da

perícia, conforme requerido pela Perita.
No mais, aguarde-se o laudo pericial por 60 dias.
Int.

fls. 774

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042704-23.2020.8.26.0224 e código 90EF229.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0188/2022, encaminhada para publicação.
Advogado Forma
Adriana Fernandes Granzoti (OAB 238792/SP) D.J.E
Julio Nicolau Filho (OAB 105694/SP) D.J.E
Eduardo Peluzo Abreu (OAB 234122/SP) D.J.E
Teor do ato: "Vistos. Fls. 771/772: Foi designada vistoria do imóvel para o dia 19 de maio de 2022, as
10:30 horas. É incumbência das partes providenciar o necessário para a realização da perícia, conforme
requerido pela Perita. No mais, aguarde-se o laudo pericial por 60 dias. Int."

fls. 775

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0188/2022, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 22/03/2022. Considera-se a data de publicação em 23/03/2022, primeiro dia útil subsequente à
data de disponibilização.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Fls. 771/772: Foi designada vistoria do imóvel para o dia 19 de maio de 2022, as
10:30 horas. É incumbência das partes providenciar o necessário para a realização da perícia, conforme
requerido pela Perita. No mais, aguarde-se o laudo pericial por 60 dias. Int."

Adriano Martins: Autores

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Adriano Martins: Autores

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA FERNANDES GRANZOTI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,

protocolado em 15/12/2020 às 19:07 , sob o número 10427042320208260224.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL

ADRIANO MARTINS, brasileiro, empresário, portador da Cédula

nº 88 cj 192 – Bairro Morumbi – cep:05640-020, SP, telefone

AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO

FÁBIO BARNESCHI, brasileiro, casado sob regime de comunhão

(ART. 1211-A DO CPC.)

1. O representante legal dos Autores, interessado na

2. Os Autores desde 12/09/2017 são legítimos proprietários

3. O referido imóvel tem como detentor – morador o genitor

interessado, e que reside no imóvel desde sua aquisição.

4. Desde a aquisição muito que eventualmente, e, em dias

5. A Construtora/Incorporadora Helbaaco Empreendimentos

6. Ocorre, que, os proprietários do imóvel unidade

7. A partir daí, notou-se o latente agravamento da umidade,

8. Várias foram as tentativas amigáveis para resolver de

conversas telefônicas, e nada!

9. Muito embora tivessem pleno e irrestrito conhecimento

10. Diante da inércia dos proprietários, o morador e

11. Após a constatação dos problemas oriundos dos

12. Transcorridos mais de 01 (um) ano e sem qualquer

técnica os problemas apresentados; o morador (genitor

do Autor) e representante legal do mesmo, não

13. A partir do laudo técnico apresentado por

14. As partes notificadas contra notificaram os

15. Quando o correto seria, como pode-se constatar da

16. Por derradeiro, a verdade é que, os Autores e o

17. Diante disso, não restou outra alternativa aos

18. O proprietário, conforme dispõe o art. 1228 do

19. Entretanto, o direito de propriedade deve ser

20. Nesse sentido, o disposto no parágrafo 2o do art.

” São de defesos os atos que não trazem aos

22. A propriedade, embora particular, deve atender a

23. Como se pode observar da exposição dos fatos,

24. Diante do contexto fático apresentado, justifica-

Condomínio Residencial Parque Clube, pela ocorrência de

“Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,

25. Assim, resta patente a adoção pelo Código de Defesa

"O Código de Defesa do Consumidor, atento a esses

27. In casu, inobstante a inegável conduta

28. Assim, a hipótese ultrapassa em muito o mero

29. Conforme ensinamento de Sergio Cavalieri Filho, em

“O dano moral é aquele que atinge os bens da

30. Há que se ter em mente ainda a finalidade

“caráter punitivo, para que o causador do dano,

32. Assim, demonstrado o dano e o nexo de causalidade,

33. Diante do acima exposto, pugnam os Requerentes

34. O dano material é aquele que afeta diretamente o

35. Está transcrito no Art. 5º, inciso V da Magna

V – “é assegurado o direito de resposta,

36. É incontroverso que os Autores e seus familiares,

37. A insalubridade do imóvel, colocando em risco a

38. Além da necessidade de mudança do morador da

39. Neste sentido, faz-se necessária a reparação

40. A reparação dos danos patrimoniais sofridos no

41. A Indenização pelos danos patrimoniais sofridos,

orçamento de profissionais de preferência e confiança

42. Além do ressarcimento dos demais danos materiais

VI - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL

43. Analisando o artigo supratranscrito acima, torna-

B) Dolo ou culpa do agente;

44. Superada a definição do instituto relacionado ao