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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAPHAELLA ARANTES ARIMURA, protocolado em 14/12/2020 às 22:35 , sob o número 10145870320208260004.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1014587-03.2020.8.26.0004 e código CEB837D.
URGENTE - TRATAMENTO CIRURGICO
“TJSP ‐ Súmula 102: Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de
tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de
procedimentos da ANS”.
"TJSP ‐ Súmula 97: Não pode ser considerada simplesmente estética a cirurgia plástica complementar
de tratamento de obesidade mórbida, havendo indicação médica.
RESP: 1757938
I) – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
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Inicialmente declara a Requerente, para fins de justiça
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gratuita, nos termos da Lei 1.060/50, com redação dada pela Lei nº 7.115/83,
artigo 98 do Código de Processo Civil e, inciso LXXIV, do artigo 5º da CF/88, que
atualmente não tem condições financeiras para arcar com às custas e demais
despesas processuais sem o prejuízo de seu próprio sustento e de sua família,
requerendo desta forma, a prestação gratuita do benefício. Para tanto, junta a
competente Declaração, holerite e cópia da CPTS, nos termos da Lei 1.060/50.
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Ocorre que, a Requerente foi submetida a uma cirurgia de
gastroplastia redutora (cirurgia bariátrica), em razão de sua obesidade
mórbida e comorbidades associadas ao seu sobre peso.
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Diante do quadro, em 12/11/2020, via portal (protocolo-
32630520201112009481), a Requerente procedeu ao encaminhamento
administrativo, via e-mail, dos pedidos médicos, visando a concretização das
referidas intervenções cirurgias de caráter não estético, a ser realizada
integralmente pela rede credenciada. Na mesma data o pedido foi recepcionado
pela Requerida.
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No entanto, Excelência, conforme estabelece a Resolução
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Normativa Nº 319 da ANS, as operadoras de planos de saúde que negarem
autorização aos seus beneficiários para a realização de procedimentos médicos,
devem fazer a comunicação por escrito, sempre que o beneficiário solicitar,
respeitando o prazo de 48 horas. A informação da negativa deverá ser em
linguagem clara, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que a
justifique, devendo ser enviada ao beneficiário via correspondência ou por meio
eletrônico, para que assim o beneficiário tenha o direito de conhecer o motivo da
não autorização aos procedimentos solicitados em prazo hábil para que possa
tomar as providências cabíveis.
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impedem de desenvolver um relacionamento social e afetivo satisfatório,
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consequentemente, a Requerente necessita ser tratada cirurgicamente para
correção de sua grave deformidade.
IV) DO DIREITO
IV.I) - Da Relação De Consumo / Do Contrato De Adesão
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dos Tribunais, 3 ed, p. 191:
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"A Lei 9.656/98 expressamente menciona a aplicabilidade do CDC
(art. 3º da referida Lei) e a necessidade de que a aplicação conju
nta do CDC e a lei especial 'não implique prejuízo ao consumi
dor' (§ 2º do art. 35 da Lei 9.656/98). A jurisprudência brasileira
é pacífica ao considerar tais contratos, tanto os de assistência ho
spitalar direta, como os de seguro ‐ saúde, ou de assistência médi
ca prépaga como submetidos às novas normas do CDC."(grifamos)
Vejamos:
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cirúrgica não estética, para correção de sua deformidade, conforme taxativa
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indicação médica acostada nos autos.
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. Em virtude de tal fato, existem empresas especializadas em s
egurar o sujeito com relação à saúde e, consequentemente, exist
em várias formas de se contratar referido seguro, sendo certo q
ue no caso em tela, a hipótese diz respeito a plano de saúde, prest
ado por empresa com fins lucrativos e a estas, não é dado o direit
o de impor limites e restrições ao tipo de tratamento e ao tipo de
doença que eventualmente venha acometer o segurado. A razão r
eside no Código de Defesa do Consumidor que considera tais cláu
sulas injustas e ilegais. Nem se alegue que o mesmo não tem
aplicação em casos como o presente. Isto porque, afora o fato de s
er um contrato de adesão, deve o mesmo ser considerado, també
m como contrato sucessivo e como tal se sujeitará as normas jurí
dicas existentes quando do surgimento do litígio envolvendo as p
artes contratantes. Consequentemente, deve a avença se sujeitar
aos ditames do novel estatuto e ele é claro, em suas normas, espec
ialmente aquelas previstas nos arts. 6º, V; 39 V; 47 e 51, IV, § 1º, I
e III, ao dizer que as cláusulas contratuais, em plano de saúde,
que limitam a forma de prestação dos serviços contratados, é le
onina e, em virtude de tal fato, deve ser considerada não escrita”.
(Recurso nº 010613537.2003.8.26.0000 Apelação - Relator: Arthur
Del Guércio - Data do Registro: 18/04/2006) (grifamos)
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Como se verifica, o direito da Requerente é evidente,
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sobretudo porque a Requerida se vale de interpretação equivocada do
Contrato, para deixar de cumprir suas obrigações, ignorando o direito do
consumidor e, como demonstrado, as cláusulas e/ou condições limitativas
impostas pelas operadoras de seguros são tidas como nulas nos termos do
artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor.
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Tal entendimento já foi pacificado na súmula 102 do TJ/SP,
no qual dispõe que:
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de preocupação exclusiva do paciente com o seu embelezamento
físico, a exemplo daqueles que não visam à restauração parcial
ou total da função de órgão ou parte do corpo humano lesionada,
seja por enfermidade, traumatismo ou anomalia congênita (art.
20, § 1º, II, da RN/ANS nº 428/2017). 5. Há situações em que a
cirurgia plástica não se limita a rejuvenescer ou a aperfeiçoar a
beleza corporal, mas se destina primordialmente a reparar ou a
reconstruir parte do organismo humano ou, ainda, prevenir
males de saúde. 6. Não basta a operadora do plano de assistência
médica se limitar ao custeio da cirurgia bariátrica para
suplantar a obesidade mórbida, mas as resultantes dobras de
pele ocasionadas pelo rápido emagrecimento também devem
receber atenção terapêutica, já que podem provocar diversas
complicações de saúde, a exemplo da candidíase de repetição,
infecções bacterianas devido às escoriações pelo atrito, odores e
hérnias, não qualificando, na hipótese, a retirada do excesso de
tecido epitelial procedimento unicamente estético, ressaindo
sobremaneira o seu caráter funcional e reparador. Precedentes.
7. Apesar de a ANS ter apenas incluído a dermolipectomia no Rol
de Procedimentos e Eventos em Saúde para o tratamento dos
males pós‐cirurgia bariátrica, devem ser custeados todos os
procedimentos cirúrgicos de natureza reparadora, para assim
ocorrer a integralidade de ações na recuperação do paciente, em
obediência ao art. 35‐F da Lei nº 9.656/1998. 8. Havendo
indicação médica para cirurgia plástica de caráter reparador ou
funcional em paciente pós‐cirurgia bariátrica, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o
tratamento não seria adequado, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica é fundamental à
recuperação integral da saúde do usuário outrora acometido de
obesidade mórbida, inclusive com a diminuição de outras
complicações e comorbidades, não se configurando simples
procedimento estético ou rejuvenescedor. 9. Em regra, a recusa
indevida pela operadora de plano de saúde de cobertura médico‐
assistencial gera dano moral, porquanto agrava o sofrimento
psíquico do usuário, já combalido pelas condições precárias de
saúde, não constituindo, portanto, mero dissabor, ínsito às
fls. 13
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que optar pela restrição de cobertura sem ofender, em
contrapartida, os deveres anexos do contrato, tal qual a boa‐fé, o
que afasta a pretensão de compensação por danos morais. 11. Na
hipótese, além de inexistir dúvida jurídica razoável na
interpretação do contrato, a autora experimentou prejuízos com
o adiamento das cirurgias plásticas reparadoras diante da
negativa da operadora do plano de assistência médica, sobretudo
porque agravou o estado de sua saúde mental, já debilitada pela
baixa autoestima gerada pelas alterações anatômicas e
morfológicas do corpo humano consequentes da cirurgia
bariátrica, sendo de rigor o reconhecimento dos danos morais.
Razoabilidade do valor fixado pelas instâncias ordinárias (R$
10.000,00 ‐ dez mil reais), que não se encontra exagerado nem
ínfimo. Atendimento da razoabilidade e dos parâmetros
jurisprudenciais. Incidência da Súmula nº 7/STJ. 12. Recurso
especial não provido”. (STJ - REsp: 1757938 DF 2018/0057485-6,
Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de
Julgamento: 05/02/2019, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 12/02/2019) – (grifamos)
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Consumidor, bem como da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe
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sobre planos de assistência à saúde, não poderia a Requerida negar à
Requerente o custeio dos procedimentos cirúrgicos conforme inequívoca
prescrição médica, sob o argumento de tratar-se de procedimento não previsto
no rol da ANS, ou por não haver previsão contratual.
eficazes, não pode ser utilizado para afastar a cobertura de tratamento previsto
em contrato.
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Nesta direção é o v. Acórdão prolatado pela 9ª Câmara de
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Direito Privado a seguir transcrito:
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Destarte, há que se reconhecer a ilegalidade da postura
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adotada pela Requerida, pois contraria o direito fundamental à saúde, à vida e,
inclusive ao princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, direitos
abrangidos na cobertura do plano de saúde contratado, que, sinale-se, têm por
objeto, dentre outros, disponibilizar o devido tratamento médico.
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Defesa do Consumidor – Caráter terapêutico, e não meramente
estético, das cirurgias plásticas reparadoras requisitadas, uma vez
que visam a preservar a saúde psicológica da autora e complementar
o tratamento de obesidade – Rol da ANS que não pode ser considerado
taxativo – Agência reguladora que não pode limitar direito de forma a
tornar inócuo o tratamento – Reconhecida defasagem entre
regulamentações administrativas e avanço da medicina –
Tratamento indicado por possuir a técnica mais atualizada –
Escolha que cabe tão-somente ao médico responsável e ao
paciente – Limitação abusiva – Súmulas nº 97 e 102 deste Egrégio
Tribunal de Justiça – Dever de cobertura ao tratamento – Danos
morais configurados – Recusa injustificada – Dano in re ipsa –
Indenização arbitrada em R$ 9.980,00 quantia reputada razoável.
Nega-se provimento ao recurso.” (Apelação nº 1001002-
43.2019.8.26.0609, Rel. Des. Christine Santini, j. 14/09/2020)
(grifamos)
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A urgência da medida almejada é para que a Requerida
custeie integralmente as despesas médico-hospitalares dos procedimentos
prescritos à Requerente, no que se refere a (i) 30602122 – Plástica mamaria
feminina não estética com prótese (2x); (ii) 30101271- Dermolipectomia
abdominal pós cirurgia bariátrica (iii) 30101190 correção de lipodistrofia com
lipoaspiração com enxerto glúteo e Dermolipectomia braquial, dermolipectomia
crural (6x) e (iv) diástase dos retos abdominais.
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Vale mencionar, ainda, que a tutela de urgência sob
comento, é medida totalmente reversível, pois, caso, mais adiante, resolva-se
pela sua revogação, o que se admite apenas para argumentar, os pagamentos
poderão ser cobrados da Requerente.
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“Ementa: Agravo de Instrumento. Plano de saúde – Tutela de
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urgência – Cobertura de cirurgia reparadora após a realização de
cirurgia bariátrica – Configuração em parte do pressuposto da
probabilidade do direito – Agravante que realizou
cirurgia bariátrica com perda maciça de peso e necessita de
procedimentos cirúrgicos reparadores com implantação de
prótese – Aplicação das Súmulas n° 97 e 102 deste Egrégio
Tribunal de Justiça – Reforma parcial da R. Decisão agravada para
que a agravada, providencie a cobertura de todas as cirurgias em
hospital e com profissionais credenciados, no prazo de 20 (vinte)
dias, sob pena de multa diária já fixada pelo MM. Juízo "a quo",
anotando‐se que, caso a autora, aqui agravante, opte pela
utilização de profissionais e hospital não credenciados, a
cobertura será devida no limite do valor que seria pago em
serviços credenciados. Dá‐se provimento em parte ao recurso”
(Agravo de Instrumento nº 2143432-48.2020.8.26.0000, Rel.
Christine Santini, j. 15.10.2020). (grifamos)
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justificação prévia, em decisão sujeita a agravo”. (grifamos)
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Ainda, a aplicabilidade do Codecon na relação de consumo,
como no caso em testilha, prescrevendo em artigo 84, parágrafo 3º:
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Relação de consumo. Contrato que deve ser interpretado em
favor do consumidor. Pacta sunt servanda não é absoluto e deve
ser interpretado em consonância com as normas de ordem
pública, com os princípios constitucionais e, na presente
hipótese, com o escopo de preservar a natureza e os fins do
contrato. Boa-fé objetiva e função social do contrato (arts. 421 e
422, CC). Interpretação dos arts. 10, §4º e 35-F, da Lei 9656/98.
Cláusula que limita tratamento prescrito pelo médico fere a boa-
fé objetiva e desnatura a própria finalidade do contrato. Se a
doença tem cobertura contratual, os tratamentos disponíveis
pelo avanço da medicina também terão. Aplicação das Súmulas
96 e 102 desta Corte de Justiça. Havendo expressa indicação
médica, é abusiva a negativa de cobertura e custeio de
tratamento, sob o argumento de natureza experimental ou por
não estar previsto no rol de procedimentos da ANS. As limitações
contratuais podem até abranger rede de atendimento hospitalar,
laboratorial e tipo de acomodação, mas em nenhuma
circunstância o tratamento que tenha por objetivo restabelecer a
saúde da contratante. Com mais evidência quando o tratamento
requisitado é o único meio de cura. Precedente citado não tem
caráter vinculante e não se aplica ao caso dos autos.
2.Caracterização de dano moral. Ilícito que consistiu na indevida
recusa. Abusividade da negativa já reconhecida. Negativa
agravou a situação de aflição psicológica e de angústia.
Indenização arbitrada em R$ 10.000,00 corrigidos nos termos da
Súmula 362 do STJ, com incidência de juros de mora de 1% ao
mês, a contar da citação. 3.Sucumbência integral da ré. Apelação
da ré não provida. Provido recurso adesivo dos autores (9ª
Câmara de Direito Privado, Apelação nº 1005196-19.2020.8.26.0114,
Relator Edson Luiz de Queiróz, j. Em 15.10.2020, publicação
15.10.2020)(grifamos)
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limites razoáveis da reparação, que se de um lado deve se prestar a inibir a
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reiteração do ato ilícito, de outro não pode se constituir em instrumento de
enriquecimento sem causa, cumprindo acrescentar, apenas, que como já
judiciosamente decidiu o Egrégio Superior Tribunal de Justiça, citada verba
“não pode contrariar o bom senso, mostrando-se manifestamente
exagerado ou irrisório” (RT 814/167).
“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará‐lo.” (grifamos)
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No caso em testilha, a Requerente firmou convênio com a
Requerida, realizou o tratamento que tanto almejava com fito de tratar a doença
de obesidade mórbida e depois se vê abandonada, a mercê de meia prestação de
serviços, já que as cirurgias pleiteadas são reparadoras e de continuidade do
seu tratamento.
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como a insegurança quanto à possibilidade de sua realização,
gerou aborrecimentos psicológicos desmesurados à parte
autora. Montante indenitário (R$ 15.000,00) fixado dentro de
padrões de razoabilidade, atento à gravidade da conduta ilícita e
à compensação do dano sofrido. 3. Recurso da ré desprovido;
recurso da autora provido.” (9ª Câmara de Direito Privado, Apelação
nº 1001195-10.2020.8.26.0161, Relator Piva Rodrigues, j. em
09.10.2020, publicação 09.10.2020) (grifamos)
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terminações nervosas especializadas em sua recepção” ou, ainda, “Sofrimento
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moral; mágoa; pesar; aflição”.
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requeridas, necessárias à recuperação da saúde da Requerente sob pena de
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multa cominatória fixada em R$ 3.000,00 (três mil reais) por dia de
descumprimento. Que a decisão que conceder o pedido liminar sirva de oficio.
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(iii) A condenação da Requerida nas custas do processo e
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honorários advocatícios arbitrados em 20% do valor da
condenação;
Termos em que,
pede deferimento.