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PROJUDI - Processo: 0015162-30.2018.8.16.0019 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Evandro Jose Martins


21/05/2018: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Evandro José Martins

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
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OAB/PR 83.153

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA


CÍVEL DA COMARCA DE PONTA GROSSA/PR

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FABIO GALVÃO, brasileiro, solteiro, pintor,
portador do RG nº 10.621.881-1 e inscrito no CPF sob o nº
080.812.459-52, residente e domiciliado na Rua Romanzeira,
66, Contorno, Ponta Grossa/PR, CEP 84.061-190, por seu
advogado que esta subscreve (procuração em anexo), com
escritório profissional na Rua Nove de Julho nº 775, Centro,
Astorga/PR, CEP 86.730-000, endereço eletrônico
evandrojosemartins@gmail.com, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência propor a presente;

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS EM


DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

em face de RENATO ANTONIO DALAGO, brasileiro,


funcionário público, portador do RG nº 1.872.300-0 e inscrito
no CPF sob o n° 338.630.599-72, residente e domiciliado na Rua
Nicolau Kluppel Netto, 1124, Contorno, Ponta Grossa/PR, CEP
84.061-000;

BANCO FINASA BMC S.A. pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ sob o nº 07.207.996/0001-50, com

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endereço na Avenida Cidade de Deus, s/n, Prédio Prata 4°


Andar, Vila Yara, Osasco/SP, CEP 06.029-900, pelas razões de

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fatos e de direito a seguir expostas:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer, o benefício da gratuidade de justiça, nos


termos da lei 1060/50 e art. 98 e seguintes da Lei 13.105/2015
(Código de Processo Civil). Com efeito, prova com a
apresentação da declaração de hipossuficiência, uma vez que
encontra-se em situação que não lhe permite arcar com qualquer
despesas para a busca do restabelecimento de sua dignidade
através do presente processo. Impõe-se, portanto, a concessão
do benefício ora requerido.

I- DOS FATOS

No dia 03 de maio de 2017, por volta das 14:50


horas, no Município de Ponta Grossa/PR, o Requerente seguia
pela Rua Cinamomo com sua motocicleta YAMAHA placa AQT2978,
quando teve sua trajetória interrompida pelo veículo
VW/SPACEFOX, placa AOF9985, conduzido na oportunidade pelo
Requerido RENATO ANTONIO DALAGO, o qual trafegava pelo sentido
oposto da referida via, e ao realizar uma conversão repentina
para a esquerda, na tentativa de adentrar na Rua Odilmar
Cornélio Ianser, colidiu com a motocicleta do Autor.
Apesar de diligência rotineira empreendida pelo
Autor na condução da sua motocicleta, tendo em vista a manobra
súbita praticada pelo condutor do veículo VW/SPACEFOX, que
desrespeitou a sinalização e sem os cuidados necessários,
avançou a pista interrompendo a trajetória da parte Autora,

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impossibilitando qualquer meio de defesa para evitar a


colisão.

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Importante destacar que, com esta única manobra
indevida, o primeiro Requerido interceptou a trajetória da
motocicleta, conduzida pelo Autor, causando o acidente de
trânsito em comento.
O Autor foi socorrido logo após o acidente e
encaminhado ao Hospital permanecendo hospitalizado, foi
submetido a tratamento cirúrgico da Fratura da Diáfise da
Tíbia Direita, conforme prontuário médico.
Em decorrência do acidente, o Autor apresenta
sequelas em Membro Inferior Direito, as quais lhe deixaram
cicatrizes. Possui placa e parafusos em perna direita, tendo
dificuldades para caminhar e realizar atividades que exijam
esforço físico. É de se destacar estas sequelas são
permanentes, em que não há possibilidade de recuperação
significativa ou de cura.
Conforme o caso fático narrado e documentalmente
comprovado, vislumbra-se que o Autor faz jus ao pagamento de
indenização sob o aspecto do dano moral e estéticos, além de
uma complementar (de cunho material) que lhe assegure um
pensionamento pela perda/diminuição (permanente) de sua
capacidade laborativa, bem como lucros cessantes, pela
diferença do valor auferido em atividade e o valor auferido a
título de auxílio-doença.
Em virtude de que o Autor foi acometido de dor e
sofrimento intensos em razão da colisão, conjugada à alteração
de sua rotina diária pelo longo tratamento médico, bem como a
impossibilidade de reparação total das lesões, tem direito ao
pagamento de indenização por dano moral.
A indenização moral se justifica também sob a ótica
do infortúnio experimentado após o acidente, merecendo

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destaque: a internação hospitalar; exames e demais


procedimentos médicos que teve de se submeter; a dor íntima

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de observar a deformidade de seu corpo com as lesões.
Já o dano estético, apesar de resultar do mesmo
fato, ou seja, das lesões decorrentes do acidente
automobilístico, tem sua natureza indenizatória/causa de
pedir diversa daquela reclamada a título de dano moral.
Verifica-se o dano estético diante da debilidade
de movimentos, impossibilidade de exercer atividades antes
possíveis, das cicatrizes que trouxe sérios problemas para
sua autoestima, do constrangimento em razão das sequelas,
entre outros.
Não se confunde com o pensionamento pugnado,
porquanto, este tem respaldo na dificuldade que as sequelas
implicaram no exercício de seu labor cotidiano, enquanto o
dano estético, na diminuição (genérica) da capacidade laboral
e funcional.
Frisa-se, a disfunção do membro in casu repercute
em uma maior dificuldade ou até impossibilidade de o Autor
exercer a profissão, fato este que justifica o pensionamento.
Quanto à valoração do dano estético e moral,
conferimos ser arbitramento a este r. Juízo em valor
proporcional aos danos causados e razoável a sua reparação,
observados os critérios de razoabilidade e proporcionalidade
adiante expostos.
Já quanto ao pensionamento, sua fixação deve
considerar os vencimentos da vítima ao tempo do sinistro, bem
como a possibilidade de projeção deste na carreira, em razão
de ser pessoa jovem e trabalhadora, além do elevado grau de
diminuição de sua capacidade laboral.
O termo inicial do pensionamento deve coincidir
com a data do acidente, é dizer, 03 de maio de 2017, até sua

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idade de sobrevida, estimada pelo Instituto Brasileiro de


Geográfica e Estatística – IBGE, em 76 (setenta e seis) anos.

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Além das indenizações supramencionadas, a parte
autora ficou temporariamente impedida de exercer sua atividade
lucrativa desde a data do acidente, fazendo jus a indenização
a título de lucros cessantes, que corresponderá a diferença
entre o valor auferido pelo demandante ao tempo do sinistro e
do valor auferido a título de auxílio doença ou ausência de
renda, durante os meses em que tal situação se perpetrou.

II - DIREITO

a) Da legitimação passiva do segundo requerido

Em razão do veículo causador do acidente ser de


propriedade do segundo Requerido, existe a possibilidade de
este, desde logo, integrar o polo passivo.
A propósito este é o entendimento do Tribunal de
Justiça do Paraná:

CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. VEÍCULO OBJETO DE ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA. PROPRIEDADE DO BANCO FINANCIADOR.
LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR DIRETO.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA.
COLISÃO NA TRASEIRA. CULPA NÃO CONTESTADA. DANOS
MATERIAIS COMPROVADO SENTENÇA MANTIDA. 1. EM
SENDO O VEÍCULO CAUSADOR DO DANO OBJETO DE
CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, PERMANECENDO A
PROPRIEDADE COM O BANCO FINANCIADOR, É PARTE
LEGÍTIMA PARA SER DEMANDADA O POSSUIDOR DIRETO
DO BEM, EM NOME DO QUAL O VEÍCULO ESTÁ REGISTRADO

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E LICENCIADO, SENDO O MESMO RESPONSÁVEL


SOLIDÁRIO, JUNTAMENTE COM O CONDUTOR A QUEM

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ENTREGOU A DIREÇÃO DO VEÍCULO, PELOS DANOS
CAUSADOS A TERCEIROS. 2. NÃO SENDO CONTESTADA A
EXISTÊNCIA DOS DANOS NEM A SUA EXTENSÃO, E SENDO
ADMITIDA, PELO CONDUTOR, SUA CULPA EXCLUSIVA AO
COLIDIR NA TRASEIRA DAQUELE QUE O PRECEDIA NA
CORRENTE DE TRÁFEGO, CORRETA A DECISÃO QUE
CONDENOU AMBOS MOTORISTA E POSSUIDOR DIRETO, A
PROMOVEREM SOLIDARIAMENTE RECOMPOSIÇÃO DOS DANOS
CAUSADOS (TJ-DF - ACJ: 20051010048995 DF,
Relator: JESUÍNO RISSATO, Data de Julgamento:
31/05/2006, Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Cível e Criminais do D.F., Data de
Publicação: DJU 13/06/2006 Pág. : 75)(Grifou-se)

Assim, indubitável a legitimidade do segundo


Requerido na demanda.

b) Da culpa

Em relação à culpa, não restam dúvidas que, frente


à manobra imprudente praticada pelo condutor do veículo
VW/SPACEFOX, de realizar uma manobra súbita para virar à
esquerda ocorrendo a colisão na motocicleta do Autor,
emergindo a responsabilidade do condutor do veículo pelo
ressarcimento dos danos suportados pelo Autor/vítima.
O art. 34 do Código de Trânsito Brasileiro
determina que:
Art. 34 – O condutor que queira executar uma
manobra deverá certificar-se de que pode
executá-la sem perigo para os demais usuários da
via que seguem, precedem ou vão cruzar com ele,
considerando sua posição, sua direção e sua
velocidade.

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Portanto, qualquer manobra efetuada no trânsito

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deve obedecer a uma série de condutas prescritas pela Lei de
Trânsito a fim de se evitar acidentes como que ocorreu com o
Autor. Deste modo, a inobservância do dever de cuidado do
Condutor do veículo VW/SPACEFOX, em questão, faz com que seja
imputado a ele a culpa no acidente.
Deste modo, pode-se afirmar que embora em termos
absolutos, tudo o que não seja fisicamente impossível é
previsível, porém, no que tange ao trânsito a previsibilidade
deve ser temperada pelo Princípio da Confiança Recíproca em
razão da qual cada um dos envolvidos no tráfego tem o direito
de esperar que os demais se atenham às regras e cautelas que
de todos são exigidas.
No caso em apreço, nem se olvida que a culpa do
primeiro réu está, sobremaneira, comprovada, eis que
interceptou a trajetória preferencial do Autor.

c) Das perdas e danos (lucros cessantes)

Impende salientar que o Autor laborava como pintor


autônomo, auferindo uma renda mensal, em média, de
aproximadamente R$ 1.604,45 (um mil seiscentos e quatro reais
e quarenta e cinco centavos), como se observa em dados do
SINE.

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Sabe-se que os lucros cessantes são aqueles


valores que a pessoa física ou jurídica deixou de auferir em

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razão de algum ato cometido por outrem, alheio a sua vontade,
consoante dispõe o art. 949 do Código Civil, abaixo
transcrito:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à
saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes
até ao fim da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver
sofrido. (Grifou-se)

Sendo assim, tem direito o Autor à indenização por


lucros cessantes, correspondente ao período de inatividade de
6 meses, totalizando um montante de R$ 9.626,70 (nove mil
seiscentos e vinte e seis reais e setenta centavos), com base
na média de sua renda mensal auferida nos meses anteriores ao
acidente, acima mencionada.

d) Do pensionamento (de cunho material)

O pensionamento que se pretende tem conotação de


dano material e, o seu pagamento deve ser na proporção da
incapacidade laboral e funcional.
RESPONSABILIDADE CIVIL – ACIDENTE DE TRÂNSITO
– Dano material - Pensionamento mensal
vitalício devido – Provas periciais que atestam
a incapacidade parcial e permanente – Prova
testemunhal que corrobora os fatos narrados na
inicial – Quantificação na proporção da
incapacidade constatada e com lastro no valor
que a vítima percebia mensalmente antes do
acidente - Termo inicial de cômputo dos juros de
mora em relação às parcelas vencidas, contado a
partir do vencimento mensal de cada prestação,
– Dano moral – Majoração para R$ 20.000,00 –
Proporcionalidade e razoabilidade – Alteração
do termo inicial de incidência dos juros de mora,

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de ofício – Sucumbência modificada – Recurso


parcialmente provido, com observação.

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(Relator(a): Carlos von Adamek; Comarca:
Sorocaba; Órgão julgador: 34ª Câmara de Direito
Privado; Data do julgamento: 06/07/2016; Data de
registro: 08/07/2016)

O art. 402, do Código Civil, preconiza que:


Art. 402 Salvo as exceções expressamente
previstas em lei, as perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
As perdas e danos compreendem os lucros
cessantes e os danos emergente sobrevindos à
vítima.

Cumpre destacar, caso não haja provas suficientes


dos rendimentos da vítima na época do acidente, o
pensionamento deverá ser fixado em 01 (um) salário mínimo,
conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

“É cabível a fixação de pensão mensal


equivalente a um salário mínimo até o fim da vida
da vítima, ainda que não haja provas do exercício
de atividade remunerada, tampouco de eventual
remuneração recebida antes do ato ilícito, mas
desde que configurada a redução de sua
capacidade laboral, segundo a jurisprudência do
STJ.” (STJ, EREsp 812761 / RJ, grifo nosso).

“É devida pensão mensal mensal vitalícia, de 01


(um) salário mínimo, à vítima que ficou
incapacitada para o trabalho, mesmo que não
exercesse, à época do acidente, atividade
remunerada.” (STJ, REsp 711720 / SP, grifo
nosso).

”Quanto ao valor do pensionamento, o Superior


Tribunal de Justiça firmou o entendimento de
que, em casos de redução da capacidade laboral,
sem provas do exercício de atividade remunerada,
tampouco de eventual remuneração recebida antes

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do ato ilícito, a vítima tem direito a pensão


mensal de 1 (um) salário mínimo até o fim de sua

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vida (cf. REsp 899.869/MG, (Grifou-se).

Esta verba tem conotação diversa daquela relativa


aos danos estéticos. Estes se reportam à perda (da compleição
física) ou deformidade dos órgãos do corpo humano.
Já a indenização a título de pensionamento tem
origem na perda/diminuição da capacidade laborativa e assume
afeição compensatória pela redução da funcionalidade relativa
à atividade até então exercida pela vítima.
Isto porquê:
A perda ou diminuição de qualquer segmento do
corpo humano via de regra lhe reduz a
funcionalidade. Entendimento contrário
resultaria na assertiva de que inútil a parte
fragmentada. O corpo humano é um todo
disciplinado e, sendo assim a ausência de um
órgão ou perda de uma função acarreta um plus
que se define, na palavra da lei, como demanda
de maior esforço. (RT 89/413)
(STJ. Resp nº 172335/SP, 3ª Turma, Rel. Min.
Carlos Alberto Menezes Direito, j. 17/08/1999)

Assim, devida e justa se torna a condenação dos


réus ao pagamento de uma pensão mensal em valor que levará em
conta a proporção da invalidez causada no Autor multiplicada
pelos rendimentos deste à época do sinistro, proporção esta
que deverá ser apurada em exame técnico.
O termo inicial retroage à data do sinistro e
final, ao tempo estimado de sobrevida – 76 (setenta e seis)
anos.
Ademais, destaca-se que o valor informado tem
suporte na média remuneratória auferida pelo Autor.
Reforçamos a tese, destacando a doutrina de Carlos
Roberto Gonçalves, o qual enfatiza que a perda/diminuição da

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capacidade laboral deve ser verificada quando à atividade


exercida pela vítima, propósito:

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A inabilitação refere-se à profissão exercida
pela vítima e não a qualquer atividade
remunerada. A propósito, comenta Sílvio
Rodrigues: desse modo, se se trata, por exemplo,
de um violinista que, em virtude de acidente,
perdeu um braço, houve inabilitação absoluta
para o exercício de seu ofício e não mera
diminuição de sua capacidade laborativa
(GONÇALVES, Carlos Roberto, Responsabilidade
Civil, Saraiva, 2003, p.694)

A respeito do valor da pensão mensal a ser paga,


no caso de acidente que resulte incapacidade de trabalho para
a vítima, assim dispões o Código Civil, no seu art. 950:
Art. 950 Se da ofensa resultar defeito pelo qual
o ofendido não possa exercer o seu ofício ou
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de
trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou,
ou da depreciação que ele sofreu.

O pensionamento em epígrafe também contempla o 13º


salário. (STJ. Resp nº 172335/SP, 3ª Turma, Rel. Min. Carlos
Alberto Menezes Direito, j. 17/08/1999).

d.1) Do pagamento único

Quanto ao pensionamento dever ser oportunizado ao


Autor, o direito de exigir o pagamento da verba de uma única
vez, tal como preconiza o art. 950, § único, do Código Civil
em vigor, independente de se vislumbrar na espécie,
possibilidade de constituir-se capital, uma vez que este ficou
desfalcado.

e) Do dano moral

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Cediço que o trauma sentido após um acidente de

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trânsito não é esquecido facilmente. Ainda mais um acidente
no qual houve fraturas, escoriações e real perigo de vida da
vítima.
Nota-se Excelência que, após o acidente de
trânsito, não há um só dia que o Autor não relembre o acidente.
Suas sequelas não lhe dão direito ao esquecimento!
Qualquer atividade que desafie a capacidade física
do Autor, se torna um grande carma, um grande motivo de baixa
autoestima. Hoje o Autor aos 61 anos, onde se tem expectativa
profissional, teme não conseguir exercer sua profissão com
exatidão, posto estar com limitações para o seu labor diário.
O futuro do Autor é incerto, todavia, a dor tornou-
se a única certeza em um futuro mediato.
Excelência, o art. 5º V e X da Constituição Federal
preconizou o direito à indenização moral, o que veio a ser
corroborado pelo art. 186, do atual Código Civil. O incômodo,
o desgaste, o mal súbito, a dor, enfim o constrangimento a
que é submetida a vítima, caracterizam o dano moral.
Além, é claro, da dor sentida em seu MID, que, de
maneira semelhante, lhe causa grande desconforto.
Acercar do assunto, ensina o professor Yussef Said
Cahali:
Na realidade, tudo aquilo que molesta gravemente
a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores
fundamentais inerentes à sua personalidade ou
reconhecidos pela sociedade em que está
integrado, qualifica-se, em linha de princípio,
como dano moral; não há como enumerá-los
exaustivamente, evidenciando-se na dor, na
angústia, no sofrimento, na tristeza pela
ausência de um ente querido falecido; no
desprestígio, na desconsideração social, no
descrédito à reputação, na humilhação pública,
no devassamento da privacidade; no desequilíbrio
da normalidade psíquica, nos traumatismos

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emocionais, na depressão ou no desgaste


psicológico, nas situações de constrangimento

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moral" (CAHALI, Yussef Said. Dano moral. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p.
20)

Antonio Jeová Santos complementa:


É diminuição de patrimônio ou detrimento a
afeições legítimas. Todo ato que diminua ou
cause menoscabo aos bens materiais ou
imateriais, pode ser considerado dano. O dano é
um mal, um desvalor ou contravalor, algo que se
padece com dor, posto que nos diminui e reduz;
tira de nós algo que era nosso, do qual gozávamos
ou nos aproveitávamos, que era nossa integridade
psíquica ou física, as possibilidades de
acréscimo ou novas incorporações, como o diz
Jorge Mosset Iturraspe (Responabilidad Civil,
p.21)".

Com a reparação do dano moral se pretende,


simplesmente, dar à pessoa lesada satisfação que lhe é devida,
por sensação dolorosa que sofreu.
A esse respeito, é imperioso salientar que a
indenização possui dupla função. A primeira é a função
reparadora ou compensatória, por intermédio da qual o julgador
pretende reconstituir no patrimônio do lesado aquela parte
que ficou desfalcada, procurando restabelecer o status quo
anterior à ocorrência da lesão, devendo ser fixada, ainda que
impossível a reconstituição da integridade psíquica e moral
violadas.
A segunda é a chamada função punitiva, através da
qual se objetiva ”punir” o causador dos danos, como forma de
atuar no ânimo do agente, impedindo que prossiga na conduta
danosa.
Desta forma, ambos os critérios devem ser
sopesados para a fixação da condenação por danos morais,
conforme adiante se observará.

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f) Do valor da indenização (danos morais) – critério

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sugestivo

Vislumbrado que resta na espécie a ocorrência do


dano moral e ultimada a possibilidade legal de sua
reparação/minimização, resta ao Julgador a fixação do quantum
que se revela tarefa árdua.
Árdua, porquanto, não há como se estabelecer um
valor fixo, à vista da inexistência de uma norma
“padronizada”. Ademais, não se pode olvidar que a prévia
estipulação pela Lei, de um parâmetro concreto e igualitário
acerca do arbitramento de indenização desta espécie se
afiguraria injusto, eis que, deve ser fixada de acordo com a
situação vivenciada in concreto pela parte que a reclama.
Atenta a esta realidade, a indenização deve
considerar todas as circunstâncias envolvidas no evento,
mantendo-se a proporcionalidade ao agravo sofrido.
Como enfatiza Wilson Melo da Silva:
É preponderante, na reparação dos danos morais,
o papel do juiz. A ele, a seu prudente arbítrio,
compete medir as circunstâncias, ponderar os
elementos probatórios, inclinar-se sobre as
almas e perscrutar as coincidências em busca da
verdade, separando sempre o joio do trigo, o
lícito do ilícito, o moral do imoral, as
aspirações justas das miragens de lucro. E após
tudo, decidindo com prudência, deverá, depois,
determinar, em favor do ofendido, se for o caso,
uma moderada indenização pelos danos morais.
(SILVA, Wilson Melo da. O Dano Moral e sua
Reparação, Rio de Janeiro: Forense, 3ª ed., p.
630/631)

Neste norte:
[...] a indenização por danos morais deve
traduzir-se em montante que represente
advertência ao lesante e à sociedade de que não

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se aceita o comportamento assumido, ou evento


lesivo advindo. Consubstancia-se, portanto, em

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importância compatível com o vulto dos
interesses em conflito, refletindo-se, de modo
expressivo, no patrimônio do lesante, a fim de
que sinta, efetivamente, a resposta da ordem
jurídica aos efeitos do resultado lesivo
produzido. Deve, pois, ser a quantia
economicamente significativa, em razão das
potencialidades do patrimônio do lesante.
(BITTAR, Carlos Alberto, Reparação civil por
danos morais, 3ª ed. rev. atual. e ampl., São
Paulo: Revistados Tribunais, 1999, p. 233)

Portanto, dada à dificuldade na fixação da


indenização por danos morais, a doutrina e jurisprudência vêm
se firmando no sentindo de que ela deva atender a um duplo
efeito: função reparadora/compensatória para o lesado e
desestimulante para o ofensor.
Assim, pugna-se para que a indenização sob o
aspecto do dano moral, deva ser fixada em quantia suficiente
a atender as funções acima elencadas, sob o critério de
razoabilidade e proporcionalidade.

g) Do dano estético

A indenização pelo abalo estético in casu tem


precedente na disfunção que repercute diretamente na
diminuição da capacidade motora e, consequentemente, de o
Autor exercer diversas outras atividades.
Ainda, quanto aos danos estéticos, a orientação da
doutrina e jurisprudência é pacífica no sentido de serem
cumuláveis com os danos morais, porquanto, a causa de pedir e
a finalidade das verbas são diversas.
Quanto à possibilidade cumulação dos pleitos a
Súmula 387 do Superior Tribunal de Justiça dispões que “é

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lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano


moral”.

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Especificamente com relação à identificação do
dano estético, destacamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL E ESTÉTICO
– LESÃO PERMANENTE - CABIMENTO. Dano estético
não é apenas o aleijão, mas toda e qualquer
deformidade que implique, ainda que minimamente,
um afetamento da vítima. A verba indenizatória
correspondente ao dano moral é devida em
cumulação com a correlata oriunda do prejuízo
estético, visto que aquela advém justamente da
penosa sensação de ofensa, da dor sofrida,
enfim, dos efeitos puramente psíquicos e
sensoriais experimentados pela vítima. (TJSC, AC
nº 98.014991-6, rel. Des. Carlos Prudêncio)

Por isso, requer-se sejam arbitrados danos


estéticos em valor que Vossa Excelência entender proporcional
e razoável ao dano suportado pelo Autor.

III – DO PEDIDO

I. Inicialmente, pela concessão ao autor dos benefícios


da GRATUIDADE DA JUSTIÇA nos termos do art. 98 e
seguintes do CPC/15, tendo em vista que atualmente não
possui condições financeiras para arcar com o valor
das custas processuais, sem prejuízo do seu sustento
e de sua família.
II. Citação dos Réus por meio da expedição de Carta AR/MP
(a efetivar-se no endereço constante da inaugural e na
pessoa de quem legalmente as representem), para,
querendo, apresente a estes autos a defesa que tiver,
no prazo de 15 (quinze) dias, alertando-a quanto ao
disposto no art. 344 CPC/2015.

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III. O Autor pugna pela dispensa da realização de audiência


de conciliação ou de mediação, nos termos do art. 319,

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inc. VII do CPC/2015.
IV. Procedência dos pedidos, condenando os réus:
a) ao pagamento de lucros cessantes, na quantia de R$
9.626,70 (nove mil seiscentos e vinte e seis reais e
setenta centavos), em virtude da impossibilidade da parte
Autora exercer atividade laborativa, no período
imediatamente posterior ao acidente de trânsito em
comento;
b) ao pagamento de indenização por danos morais em
valor que Vossa Excelência, entender razoável à
minimização/compensação do mal causado, no valor de R$
40.000,00 (quarenta mil reais).
c) ao pagamento de indenização por dano estético em
valor que Vossa Excelência, entender razoável à
minimização/compensação do mal causado, no valor de R$
40.000,00 (quarenta mil reais).
d) ao pagamento de pensionamento mensal na proporção
do grau de invalidez causado, multiplicada pelo valor
auferido a título de salário na data do acidente, bem como
devendo ser este o termo inicial, até a data em que a
mesma complete 76 (setenta e seis) anos, incluindo-se 13º
salário e assegurando-se os posteriores reajustes do
salário mínimo nacional, a título de indenização
compensatória pela diminuição permanente de sua capacidade
laboral;
e) com relação à verba pleiteada na alínea anterior,
requer-se seja facultado ao Autor optar pelo pagamento das
parcelas vencidas e vincendas de uma única vez,
independentemente (quanto às vincendas), de constituição
de capital (art. 950, § único, CC);

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f) sobre as verbas pleiteadas devem incidir


atualização monetária e juros de mora: a) quanto aos danos

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morais e estéticos, desde a data de sua fixação (para a
correção monetária – Súmula nº 362, do STJ) e desde a data
do acidente (para os juros de mora – Súmula nº 54, do
STJ); b) quanto ao pensionamento e lucros cessantes, desde
a data de vencimento de cada parcela (para os juros e
correção monetária);
g) ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios, estes em percentual não inferior a 20%
(vinte por cento) sobre o valor total de sua condenação
(danos morais, estéticos, lucros cessantes e
pensionamento).
V. Produção de todos os meios de provas admitidas no
direito, tais como: documental, testemunhal (cujo rol, se
deferida esta modalidade probatória será apresentado no
prazo e forma do art. 357 §4º, do CPC/15), pericial,
juntada ulterior de documentos, depoimento pessoal dos
réus sob pena de confesso, prova emprestada e ainda, sendo
necessária, vistoria in loco.

Dá-se à causa, o valor de R$ 89.626,70 (oitenta e


nove mil seiscentos e vinte e seis reais e setenta centavos).

Termos em que,
pede deferimento

Ponta Grossa, 21 de maio de 2018.

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