An Exo S 00041803320238160034

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PROJUDI - Processo: 0004180-33.2023.8.16.0034 - Ref. mov. 16.1 - Assinado digitalmente por Adriana de Souza Santana
18/08/2023: EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO. Arq:
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - FORO REGIONAL DE PIRAQUARA
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE PIRAQUARA - PROJUDI
Avenida Getúlio Vargas, 1417 - Centro - Piraquara/PR - CEP: 83.301-010 - Fone: 41 3375-2196 - Celular: (41) 3375-2196
- E-mail: pir-4vj-s@tjpr.jus.br
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSS7 9T22X 2AAW6 BRG4D

Processo: 0004180-33.2023.8.16.0034
Classe Processual: Procedimento do Juizado Especial Cível
Assunto Principal: Indenização por Dano Moral
Valor da Causa: R$10.630,00
Polo Ativo(s): ALLYTON JOSE RODRIGUES (RG: 93924649 SSP/PR e CPF/CNPJ: 052.611.819-92)
Polo Passivo(s): VOLTZ MOTORS DO BRASIL COMERCIO DE MOTOCICLETAS LTDA (CPF/CNPJ: 28.749.702/0001-
91)
CARTA de INTIMAÇÃO
Prazo: 15 dias úteis
Destinatário(a): Promovente ALLYTON JOSE RODRIGUES, endereço Rua Engenheiro Djalma Maciel, 492 casa - Jardim
Santa Mônica - PIRAQUARA/PR - CEP: 83.302-230, telefone (41) 98734-2102(41) 8734-2102, e-mail allytonjr@gmail.com,
portador(a) do RG 93924649 SSP/PR e CPF 052.611.819-92
Por meio desta carta fica:
1. INTIMADO(A) para:
1.1. Apresentar impugnação à contestação (manifestar-se sobre a defesa apresentada pela parte ré), se houver interesse;
1.2. Cumprir o determinado no item 1.1 no prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar da data do recebimento desta carta
(Enunciado 13, FONAJE).
2. ADVERTIDO(A) de que o processo seguirá normalmente, caso não haja manifestação.
MUDOU DE ENDEREÇO? É preciso comunicar a Secretaria do Juizado as mudanças de endereço ocorridas durante o
processo. Caso contrário, as intimações enviadas ao endereço antigo, informado no processo, serão consideradas válidas (art.
19, § 2º, Lei nº 9.099/1995).
POSSUI DÚVIDAS? Procure pessoalmente a Secretaria do Juizado de segunda à sexta-feira das 12:00 às 18:00, ou entre em
contato através de uma das seguintes formas: a) pelo telefone, e-mail ou aplicativo de mensagens WhatsApp, informados ao
início deste documento; b) pelo balcão virtual acessível ao endereço https://www.tjpr.jus.br/endereco-de-orgaos-do-judiciario.
Piraquara, 18 de agosto de 2023.

VINÍCIUS PIRES TILLER
Estagiário
Por ordem do(a) MM. Juiz(a)
OBSERVAÇÃO: Comunicação expedida em conformidade com os documentos acessíveis pelo sistema Projudi no endereço eletrônico https://projudi.
tjpr.jus.br/projudi/. Caso sejam enviados documentos anexos à presente comunicação, esses poderão ser acessados no endereço eletrônico
informado selecionando no menu a opção ‘Consulta via Chave de Validação’ e utilizando a chave identificadora (código de acesso) fornecida junto a
este cumprimento. O conteúdo integral do processo, dependendo do seu nível de sigilo e do(a) destinatário(a) desta comunicação, através de senha de
acesso pessoal ao sistema Projudi, que deverá ser solicitada à Secretaria do Juizado.
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PROJUDI - Processo: 0004180-33.2023.8.16.0034 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Eliasi Vieira da Silva Neto:06918896431
16/08/2023: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Contestação
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJX3D PXQ5E H3FGA 4NMKA
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL DE CURITIBA – VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE PIRAQUARA/PR
Processo nº: 0004180-33.2023.8.16.0034
VOLTZ MOTORS DO BRASIL COMERCIO DE MOTOCICLETAS LTDA, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 28.749.702/0001-91, com
endereço à Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, nº 2379, Boa Viagem,
Recife/PE, CEP 0 51.020-031 vem, nos autos do processo em epígrafe, ajuizado por
ALLYTON JOSÉ RODRIGUES, já devidamente qualificado, por meio de seus
advogados infra-assinados, com procuração em anexo, mui respeitosamente,
perante Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO aos fatos e fundamentos
expostos na exordial, com base no artigo 335, do Código de Processo Civil, pelas
razões de fato e de direito que passa a expor.
I – DA INTIMAÇÃO
Inicialmente, requer que toda notificação e intimação sejam efetuadas em nome do

advogado ELIASI VIEIRA, OAB/PE Nº 30.286, no endereço profissional à na Rua
Padre Carapuceiro, nº 858, Empresarial Cícero Dias, sala 302, Boa Viagem,
Recife/PE, sob pena de caracterização das nulidades contempladas no parágrafo 2º,
do artigo 272, do Código de Processo Civil.
II – DA SINÓPSE FÁTICA
Rua Padre Carapuceiro, 858, Empresarial Cícero Dias, Sala 302

Boa Viagem - Recife – PE
www.cursinoadvogados.com.br
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Trata-se de ação indenizatória movida por ALLYTON JOSÉ RODRIGUES, em face da
parte ora Contestante.
Aduz a parte autora que realizou a compra de uma motocicleta Voltz. Afirma,
todavia, que o prazo inicialmente estipulado foi prorrogado várias vezes, não tendo
o veículo sido entregue.
Dessa forma, pediu o cancelamento da compra e restituição do valor pago, além da

condenação em danos morais.
III – DA VERDADE DOS FATOS
Inicialmente, antes de adentrar no mérito da questão, cumpre esclarecer a verdade

dos fatos, como efetivamente ocorreram, a fim de demonstrar o descabimento da
pretensão da parte autora.
A VOLTZ MOTORS DO BRASIL é uma empresa séria, com atuação reconhecida no

âmbito nacional de motocicletas e por centenas de clientes que utilizam e aprovam
suas motocicletas, estando sempre em busca da excelência junto aos seus
consumidores.
Com essa forte imagem a manter, a boa-fé no pré e pós-venda de seus produtos é
uma meta que sempre foi - e vem sendo – aperfeiçoada, para que se atinja a desejada
excelência.
Por seguinte, cabe esclarecer que de fato a parte autora realizou a compra de uma
motocicleta VOLTZ.

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A VOLTZ MOTORS DO BRASIL fabrica e produz motos elétricas, com o objetivo
principal de revolucionar a mobilidade urbana, trazendo mais conforto, segurança,
economia e sustentabilidade para seus consumidores.
A referida empresa importa a sua matéria prima para montagem de suas

motocicletas da China. Esclareça-se que, à época da compra da motocicleta objeto
da presente lide, todas as motos vendidas pela empresa eram fabricadas na China,
sendo importadas à medida em que os pedidos são realizados.
Tal logística, por si só, já requer a realização de procedimentos burocráticos, que

podem trazer a necessidade de extensão do lapso temporal e, por consequência,
permitem a postergação do prazo de entrega.
Salienta-se que a VOLTZ MOTORS DO BRASIL já possui uma fábrica instalada em

Manaus/AM, cujo funcionamento pleno está próximo de ter início. Assim, a empresa
inegavelmente obterá ainda mais celeridade na entrega das motocicletas, bem como
trará mais economia para seu consumidor final.
Contudo, atualmente, após a escolha do modelo de motocicleta que será

adquirido e do efetivo pagamento integral por parte do consumidor, é gerado
um prazo para entrega do produto, prazo esse que é informado a partir de
uma estimativa realizada pela VOLTZ MOTORS e cuja ciência o consumidor
possui.
No entanto, é cediço que a pandemia causada pela COVID-19 afetou bastante o modo
de vida de toda população mundial, obrigando a paralisação de várias atividades
econômicas, incluindo o ramo da indústria automobilística, o que acarretou por
atrasar mais do que o esperado a entrega das motocicletas vendidas pela VOLTZ.

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Conforme já esclarecido, a Voltz Motors do Brasil importa a sua matéria prima para
montagem de suas motocicletas da China, país altamente afetado pela COVID-19,
gerando, não apenas para esta empresa, mas para todos os importadores do mundo,
dificuldades nos prazos de entrega.
Ante toda paralisação, o comércio global foi diretamente afetado, sendo inevitável a
prorrogação dos prazos de entrega dos produtos, mas sempre respeitando a
informação clara e transparente perante os consumidores.
Faz-se necessário, ainda, esclarecer alguns pontos no que diz respeito a entrega das
motocicletas no atual e presente momento, para além dos transtornos causados pela
pandemia de COVID-19 e do recente lockdown realizado na China.
Conforme já explicitado, a fábrica de montagens das motocicletas da empresa Ré

localiza-se, no presente momento, na cidade de Manaus/AM, mesmo toda a matéria-
prima sendo importada da China. Por meio do porto de Manaus, a empresa Ré
recebe toda a matéria prima e, inclusive, as próprias baterias das motos.
Ocorre que, de tempos em tempos, realiza-se a fiscalização da Receita Federal dos

contêineres, o que atrasa em muito as entregas e faz com que se proceda com a
escassez das baterias.

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Por mais que houvesse próprio apelo por parte da empresa Ré aos auditores da
Receita Federal, solicitando prioridade com relação ao caso, foi encaminhado o
seguinte retorno:
Tal operação-padrão, também, é alvo de diversas reportagens, cujas cópias, anexas,

servem de subsídios para demonstrar a situação em que se encontra não somente
esta empresa Ré, como diversas outras empresas do ramo do comércio, com relatos
de profissionais internos sobre o problema:
“O atraso na liberação de insumos tem reflexos sobre toda a linha de

produção das empresas. Não adianta liberar 99% das cargas. Um
item que faltar vai causar impacto e paralisar a atividade”, disse
Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Amazonas
(Cieam).

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“Quem está sofrendo as penalizações é o contribuinte, a indústria,
que paga seus impostos, e quem corre risco é a sociedade com [a
ameaça aos] empregos”, concluiu.
“Essa demora na liberação de cargas tem como principal impacto o

aumento de custos, primeiro para as indústrias, depois para os
consumidores. Nós temos um impacto na eficiência produtiva,
porque, na realidade, insumos importados são os principais itens da
pauta importadora do Brasil. Na medida em que os insumos
importados não chegam, você atrapalha toda a cadeia produtiva
brasileira”, afirma o presidente do IBCI, Welber Barral.
Complementa-se, ainda, tais informações, por meio de relatos jornalísticos anexos:
Iniciada no fim de dezembro e sem previsão de acabar, a operação-

padrão dos fiscais da Receita Federal está provocando paradas de
produção na indústria de aparelhos eletrônicos, dada a lentidão no
desembaraço de cargas em portos e aeroportos.
A informação foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria

Elétrica e Eletrônica (Abinee), que semanalmente realiza pesquisa
juntos as empresas associadas para medir o impacto da
mobilização dos fiscais da Receita Federal.
De acordo com a entidade, mais da metade das empresas (55%)

que respondem às pesquisas semanais, afirmam enfrentar
dificuldades com a chegada de componentes importados. Algumas
tiveram de suspender linhas de produção ou pagar multas por
atraso de entregas aos clientes. Esse tipo de problema não foi
relatado, por exemplo, na crise de escassez de chips.

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O presidente da Abinee, Humberto Barbato, diz que o quadro é
preocupante porque se reflete em aumento no preço do produto.
“As taxas de armazenagem são infernais. Algo precisa ser feito
urgentemente.”
Essa operação, comumente chamada de “operação-tartaruga” vem causando

inúmeros transtornos ao comércio local e nacional, sendo algo que está afetando
diretamente prazos de entrega e até mesmo perdas de mercadorias por diversas
empresas.
Ante toda paralisação, o comércio geral foi diretamente afetado, sendo inevitável a
prorrogação dos prazos de entrega dos produtos, o que dificulta, em mais ainda, a
entrega dos produtos e o atendimento aos prazos de entrega pré-fixados. Em
virtude dessa operação-padrão, ainda, esta empresa Ré, por meio de empresa
de seu mesmo grupo econômico (VOLTZ MOTORS DA AMAZÔNIA LTDA)
impetrou mandado de segurança em face da FAZENDA NACIONAL, em trâmite
perante a 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Amazonas, sob o n.º
1021596-89.2022.4.01.3200, cuja cópia segue anexa.
É importante frisar, que a empresa ré nunca deixou de informar ao cliente

sobre o status do seu pedido, não podendo dizer de forma alguma que houve
falta de assistência e falha da prestação dos serviços prestados.
A empresa estipulou novos prazo e vem tratando diretamente com os seus clientes
com alternativas para compensar os atrasos que vêm ocorrendo, para que não lhes
seja repassado qualquer prejuízo.
O Autor fez o pedido dia 10/03/2022. E pagou da seguinte forma:

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 R$ 4.030,00 dia 17/03/2022 via pix.
Assim, não restam dúvidas de que a VOLTZ MOTORS DO BRASIL COMERCIO DE

MOTOCICLETAS LTDA está promovendo pontualmente, de forma séria, respeitosa
e comprometida, todas as medidas que estão ao seu alcance para solucionar os
problemas que eventualmente lhe são submetidos pelos consumidores, com o
objetivo de neutralizar ou minimizar qualquer possível prejuízo que venham a
sofrer.
Por todo o exposto e como será melhor enfrentado adiante, verifica-se que a
pretensão da parte autora carece de supedâneo fático e jurídico, como será
demonstrado a seguir.
IV – DO MÉRITO
IV.I – DA AUSÊNCIA DOS REQUISTOS NECESSÁRIOS À CARACTERIZAÇÃO DO
DEVER DE INDENIZAR. EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL. MERO
INADIMPLEMENTO NÃO GERA O DEVER DE INDENIZAR. PRECEDENTES DO STJ
A responsabilidade civil pode ser conceituada como aquela que deriva da agressão
a um interesse eminentemente particular, sujeitando, assim, o infrator, ao
pagamento de uma compensação pecuniária à vítima, caso não possa repor in natura
o estado anterior da coisa. O termo responsabilidade é utilizado em qualquer
situação na qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as
consequências de um ato, fato, ou negócio danoso.
O Código Civil, em seu art. 186, prevê que “aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

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Regra geral, a responsabilidade civil e o dever de indenizar o lesado decorrem de
um ato ilícito do agente, é a chamada responsabilidade extracontratual ou aquiliana.
Não existe uma relação obrigacional anterior estipulada entre ofensor e ofendido, a
responsabilidade decorre simplesmente de um ato de inobservância de lei ou de
uma lesão a um direito, resultando em um dano ao ofendido.
Desse modo, é possível extrair os seguintes elementos da responsabilidade civil:

conduta humana, nexo causal, culpa e o dano.
A ausência de qualquer um dos quatro primordiais elementos, notadamente a

inexistência de nexo causal, torna insustentável e indefensável qualquer
pretensão indenizatória, posto que não existe motivação para postulação de
indenização ou ressarcimento pecuniário, de qualquer valor ou natureza, fundada
em fatos que não tragam consigo, conjuntamente, os elementos essenciais
apontados.
A responsabilidade civil remete à ideia de que o agente praticou um ato lesivo ilícito,
pois houve a violação de uma obrigação que consequentemente gerou o dever de
indenizar. Assim, haverá ato ilícito se a ação contrariar dever geral previsto no
ordenamento jurídico ou se não cumprir obrigação assumida.
Todavia, alguém somente poderá ser responsabilizado se houver ligação entre a

ação praticada e a lesão sofrida por alguém. Trata-se do nexo de causalidade entre
o fato e o dano.
Dessa forma, o Código Civil, de forma clara e objetiva, entende que, para se
apontar quem quer que seja como causador do dano, deve ser observado se o
resultado danoso ocorreu EM CONSEQUÊNCIA DIRETA E IMEDIATA DA CAUSA
À QUAL SE ATRIBUI SUA ORIGEM.

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De fato, diante de uma demanda indenizatória, logo de início, o objeto da perquirição
do magistrado consiste em verificar a presença dos pressupostos caracterizadores
do dever de indenizar/ressarcir. Nesse contexto, duas situações podem ocorrer,
basicamente: ou se comprovam os pressupostos, e assim dá-se origem à
responsabilidade, ou esses não se fazem presentes, e não há que se tratar de
reparação.
No entanto, é importante destacar, também, que, em se tratando de relação de

consumo, o fornecedor do bem ou serviço responde objetivamente pelos danos
suportados pelo consumidor, seja de natureza moral ou material, por força da teoria
do risco do negócio ou da atividade.
A responsabilidade objetiva é descrita no Código de Defesa do Consumidor, nos arts.

12 e 14, que delimitam que o fabricante, o produtor, o construtor e o fornecedor do
serviço respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados ao consumidor.
Contudo, como se sabe, o caso fortuito e a força maior são hipóteses de exclusão da
responsabilidade civil.
O Código Civil, em seu art. 393, assim estabelece:
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de

caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por
eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no
fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir.

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Considera-se caso fortuito ou força maior, aquilo que ocorreu de efeitos inevitáveis,
sendo espécies do fortuito externo, no qual se enquadra a culpa exclusiva de
terceiros ou da força da natureza.
A doutrina identifica o caso fortuito externo como hipótese de isenção de

responsabilidade. Assim, embora o caso fortuito interno (inerente à própria
atividade) e a força maior (acontecimento irresistível) não excluam o dever de
indenizar na relação consumerista, tal afirmativa não se aplica à circunstância
imprevisível externa à atividade (caso fortuito externo).
Essa é a lição de Rizzatto Nunes, em artigo publicado em 16 de março de 2020, no

site www.migalhas.com.br (https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-
cdc/321815/o-coronavirus-e-as-viagens-e-hospedagens--os-direitos-envolvidos):
“(...) E, quando o Código de Defesa do Consumidor afasta a força

maior e o caso fortuito, certamente os está afastando quando digam
respeito aos elementos intrínsecos ao risco da atividade do
transportador, ou seja, o fortuito interno.
(...)
Contudo, quando se trata de fortuito externo, está se fazendo
referência a um evento que não tem como fazer parte da previsão
pelo empresário na determinação do seu risco profissional. A erupção
de um vulcão é típica de fortuito externo porque não pode ser
previsto. Ocorre igualmente em caso de terremoto ou maremoto (ou,
como se diz modernamente, tsunami). E, claro, o mesmo se dá na
eclosão de uma pandemia, como esta da Covid-19.”
Inclusive, existem precedentes de diversos Tribunais Pátrios reconhecendo a

possibilidade de flexibilização dos prazos para cumprimento das ofertas
decorrentes do reflexo da pandemia da COVID-19, in verbis:

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Relação de consumo. Reparo em veículo. Prazo para entrega não
cumprido. Serviço insatisfatório. Indisponibilidade do uso do
veículo. Requerida atribui o atraso na entrega do veículo à
pandemia COVID-19. Preliminares afastadas. Ausência de prova de
que o serviço seria realizado em prazo menor. Inexistência de vicio
do serviço ou produto. Danos decorrentes de acidente de grande
monta. Razoabilidade do prazo de conserto. Ausência de peças
decorrentes do reflexo da pandemia COVID-19. Ação julgada
improcedente. Recurso da Autora, reiterando teses da inicial.
Recurso provido.
(TJ-SP - RI: 10124047420218260602 SP 1012404-
74.2021.8.26.0602, Relator: Cassio Pereira Brisola, Data de
Julgamento: 29/04/2022, 5ª Turma, Data de Publicação:
29/04/2022)
CIVIL. CELEBRAÇÃO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO.

FATURAMENTO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA EM NOME DA
CONSUMIDORA, SEM A ENTREGA DO BEM. SUPERVENIENTE
CANCELAMENTO DE FINANCIAMENTO BANCÁRIO. DEVOLUÇÃO
DOS VALORES SEM A REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PANDEMIA
(?COVID-19?). JUSTA CAUSA AO RELATIVO ATRASO AO
CUMPRIMENTO DE TODAS AS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS ( CC,
ARTIGOS 393 E 421). DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.
RECURSO IMPROVIDO. I. A matéria devolvida à Turma Recursal
pela consumidora cinge-se à eventual restituição de valores na
forma dobrada e à condenação por danos morais (ambos os
pedidos julgados improcedentes). II. A questão de direito material
deve ser dirimida à luz das normas protetivas do CDC (artigos 6º e
14). III. No caso concreto, as provas evidenciam que: (i) em
22.02.2020, teria sido firmado contrato de venda de veículo zero
entre as partes, com entrada de R$ 11.738,00, mediante a dação de

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veículo usado, e restante do pagamento seria por financiamento
bancário (ID. 20764998);(ii) em 12.3.2020, teria ocorrido
faturamento de nota fiscal eletrônica do veículo em nome da
requerente (ID. 20764999 e 20765001, pág. 15 e 16); (iii) em
16.3.2020, foi convocada para assinar o contrato de financiamento
(ID. 20765001, pág. 20), o que não teria ocorrido (culpa exclusiva
da consumidora não teria sido comprovada ao tempo da
convocação); (iv) em 15.4.2020, a requerente foi informada acerca
de restrição creditícia em seu nome (ID. 20765001, pág. 37), a qual
foi retirada em 05.5.2020 (ID. 20765001, pág. 40); (v) em
17.6.2020, mesmo após a tentativa de alteração cadastral para que
o financiamento fosse realizado em nome de seu noivo (terceiro
estranho à lide), a recorrente teria sido informada da inviabilidade
de aprovação do respectivo crédito bancário. IV. Não há de se falar
em restituição de valores na forma dobrada, porquanto inaplicável
ao caso vertente a norma insculpida no parágrafo único do art. 42
do CDC. De fato, a cobrança estaria vinculada ao instrumento
contratual firmado pelas partes, tudo a configurar engano
justificável e ausência de má-fé. V. No que concerne aos danos
morais, em que pese os transtornos e aborrecimentos
experimentados pela recorrente (entrega do veículo usado a título
de entrada à compra de automotor novo, cujo negócio jurídico não
resultou consolidado por não confirmação do financiamento;
ligações e troca de mensagens com a requerida a fim de receber seu
novo automotor), não desponta justa causa à condenação pelos
danos extrapatrimoniais. VI. As atividades comerciais foram
diretamente impactadas desde o início de 2020, em escala
global, pelas inúmeras medidas restritivas decorrentes da
pandemia de COVID-19 (fato notório, o qual estaria inserido
na hipótese de inevitabilidade inerente à força maior). VII.
Destaca-se que tanto esfera jurídica da requerente (e de
milhares de consumidores) quanto à das empresas em geral

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foram sensivelmente afetadas, e sem que se possa estabelecer
uma absoluta primazia dos direitos do consumidor sem a
concomitante observância da referida causa externa e
impeditiva (força maior) ao completo adimplemento
contratual, tudo a convergir à ruptura do liame causal da
responsabilidade civil da empresa quanto aos danos
extrapatrimoniais ( CC, artigos 393 e 421)à míngua de grave
afetação aos atributos da personalidade da parte
consumidora. Irretocável, pois, a sentença ora revista. VIII.
Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada por seus
fundamentos. Condenada a recorrente ao pagamento das custas
processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em 10%
do valor da causa (Lei 9.099/95, arts. 46 e 55).
(TJ-DF 07236086820208070016 DF 0723608-68.2020.8.07.0016,
Relator: FERNANDO ANTONIO TAVERNARD LIMA, Data de
Julgamento: 10/03/2021, Terceira Turma Recursal, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 17/03/2021 . Pág.: Sem Página
Cadastrada.)
CONSUMIDOR. OFERTA DE PRODUTO. VEÍCULO. MAJORAÇÃO DO

PREÇO À ÉPOCA DO FATURAMENTO. AUMENTO DO VALOR DA
TABELA. POSSIBILIDADE DE CANCELAMENTO. CONSEQUÊNCIA
DA PANDEMIA DA COVID-19. DANOS MORAIS NÃO
CARACTERIZADOS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Da
análise do conjunto probatório, observa-se que as partes firmaram,
em 12 de setembro de 2020, uma proposta de venda do veículo
NIVUS COMFORTLINE, VERMELHOR SUNSET, pelo valor R$
84.980,00 à vista (ID 26740807), com o pagamento de entrada no
montante de R$ 2.000,00 (ID 26740806). Consta dessa proposta
que ?condições de preços e taxas, objeto da presente proposta,
poderão sofrer oscilações sem prévio aviso? (ID 26740807). (...) 7.
A clareza da informação, somada à possibilidade de cancelamento

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da venda, com a devolução dos valores já pagos, afastam o
reconhecimento da abusividade na espécie, uma vez que não
colocam o consumidor em desvantagem exagerada, tampouco
ofendem os preceitos da legislação consumeristas. 8. Nota-se que
na cotação de 11/12/2020 (ID 26740808) o valor do veículo a ser
adquirido foi identificado juntamente com ?QR Code?, que conduz
ao ?Sistema de Cotações Oficial da Volkswagen?, o que demonstra
que a majoração do preço do automóvel decorreu de aumento do
valor de tabela da própria montadora. 9. Nesse contexto, as provas
constantes do processo permitem concluir que a alteração do preço
ocorreu em conformidade com umas das condições previstas no
contrato, não havendo de se condenar a concessionária a recompor
o Autor pelo aumento do valor do veículo, na data do efetivo
faturamento. 10. Sabe-se que é praxe no mercado de veículos
novos, principalmente quando se trata de lançamento de modelo,
que seja dado ?sinal? a fim de resguardar a reserva de vaga na fila
de produção dos automóveis até que sejam recebidos pelas
concessionárias. 11. No entanto, no transcurso do lapso temporal
existente entre a proposta, produção e a efetiva entrega do carro, é
possível que haja oscilação do preço do bem, o qual somente será
adquirido pelo consumidor após o faturamento do veículo
específico na concessionária. 12. Assim, não cabe imputar o
aumento da montadora à concessionária, em proteção do
consumidor, quando (a) existente cláusula clara e precisa acerca da
possibilidade de majoração do preço em condições específicas; (b)
for dada a possibilidade de cancelamento da venda com a
devolução integral do ?sinal/entrada?; (c) restar comprovado que
o aumento decorreu diretamente da hipótese descrita no contrato;
e (d) não se tratar de consumidor cuja hipossuficiência seja
evidentemente acentuada. 13. Diante disso, revejo, em parte, o
posicionamento adotado em oportunidades prévias (Acórdãos
911679 e 845391), ressaltando que, de todo modo, naquelas

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situações as fornecedoras não lograram demonstrar que realmente
teria havido a alteração do preço do veículo na tabela da montadora
à época do faturamento do automóvel. 14. Quanto ao mais, o
atraso na entrega do automóvel, notadamente no contexto de
desabastecimento das indústrias em virtude do estado de
calamidade pública decorrente da pandemia da COVID-19, não
enseja dano moral indenizável. 15. Na espécie, a demora de 3
(três) meses (de 12/09/2020 a 14/12/2020) para entrega do
veículo se mostra plausível, notadamente diante da previsão
passada pela vendedora da concessionária de que a entrega do
bem se daria em 45 (quarenta e cinco) dias úteis, ou seja, em
pouco mais de 2 (dois) meses (IDs 26742712 - Pág. 1 e
26742712 - Pág. 3). 16. Recurso conhecido e provido para julgar
improcedentes os pleitos deduzidos na inicial.
(TJ-DF 07559408820208070016 DF 0755940-88.2020.8.07.0016,
Relator: ASIEL HENRIQUE DE SOUSA, Data de Julgamento:
25/08/2021, Terceira Turma Recursal, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 02/09/2021 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)
É importante salientar que a Demandada não deu causa a qualquer atraso quanto
entrega da motocicleta requerida, de todo modo, não seria nem benéfico para esta
empresa se assim o fizesse.
Em paralelo, necessário destacar que, o mero inadimplemento não gera dano moral,
pois tal acontecimento não tem o condão de violar o direito subjetivo do autor e não
foi apresentado nos autos, fato específico de transposição do simples aborrecimento
para violação aos direitos de personalidade do autor.
Inclusive, sendo a posição do Superior Tribunal de Justiça, conforme:

16
Página 18
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. DESISTÊNCIA DO
PROMISSÁRIO COMPRADOR. VIOLAÇÃO AOS ARTS. 489 E
1.022 DO CPC/2015. PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
LACUNOSA OU DEFICIENTE. DANO MORAL. REEXAME DE
ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.
7/STJ. APLICAÇÃO DA LEI N. 9.514/1997. SÚMULA N.
83/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. A jurisprudência desta Corte Superior está consolidada no
sentido de não haver prestação jurisdicional deficiente por
ofensa ao art. 1.022 do CPC/2015, quando o Tribunal local
dirimiu, fundamentadamente, as questões suscitadas, ainda
que de forma diversa à pretendida pela parte.
2. O simples inadimplemento contratual, em razão do
atraso na entrega do imóvel, não é capaz, por si só, de
gerar dano moral indenizável, sendo necessária a
comprovação de circunstâncias específicas que podem
configurar lesão extrapatrimonial, como reconhecido
pela Corte de origem" (AgInt no AREsp 1.698.841/MS, Rel.
Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em
1º/03/2021, DJe de 22/03/2021).
3. Na hipótese dos autos, a Corte local reconheceu a
existência de dano moral indenizável. Alterar esse
entendimento demandaria o revolvimento do acervo fático-
probatório, o que é inviável em recurso especial.
4. Os arts. 26 e 27 da Lei n. 9.514/1997 estabelecem
procedimento específico para a consolidação da propriedade
em nome do credor fiduciário e posterior alienação do imóvel
em leilão público, nas situações de inadimplemento ou
desistência imotivada do devedor fiduciante. No caso dos
autos a rescisão do contrato foi motivada pela inadimplência

17
Página 19
da empresa ré, o que atrai a incidência das normas do Código
de Defesa do Consumidor.
5. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp n. 2.064.042/RJ, relator Ministro Marco
Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em 29/8/2022, DJe
de 31/8/2022.)
(...)
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AÇÃO CONDENATÓRIA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE
NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. INSURGÊNCIA
RECURSAL DA PARTE RÉ.
1. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de
que o simples inadimplemento contratual, em regra, não
configura dano moral indenizável, devendo haver
consequências fáticas capazes de ensejar o sofrimento
psicológico.
1.1. No caso sub judice, o Tribunal de origem consignou
expressamente estar comprovada a aflição suportada pelo
promitente-comprador e assim a presença dos requisitos
necessários à responsabilização da construtora ao
pagamento dos danos morais decorrentes do atraso na
entrega do imóvel.
1.2. Para rever tal conclusão seria imprescindível a incursão
na seara probatória dos autos, o que não é permitido nesta
instância especial, nos termos da Súmula 7 do STJ.
2. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp n. 2.063.612/MG, relator Ministro Marco
Buzzi, Quarta Turma, julgado em 22/8/2022, DJe de
26/8/2022.)

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Página 20
Sendo assim, conforme já exaustivamente explicitado, não praticou a Demandada
qualquer ato capaz de ensejar uma pretensão indenizatória.
IV.II – DA INEXISTÊNCIA DE DANO MATERIAL
O dano pode ser conceituado como toda diminuição do patrimônio de uma pessoa
física ou jurídica, podendo ser individual ou coletivo, moral ou material. É uma lesão
a um interesse juridicamente tutelado e indispensável para a configuração da
responsabilidade civil, sendo considerado por muitos o seu principal elemento.
O dano patrimonial é aquele causado de forma direta aos bens e direitos que têm
valores economicamente apreciáveis do seu possuidor. Quando da ocorrência de
danos patrimoniais ou materiais, o objetivo maior da reparação é, em síntese, a
reposição do bem lesionado ao seu estado anterior, de forma a permitir ao
prejudicado a satisfação integral daquilo que se danificou ou se perdeu total ou
parcialmente, o que deve ser feito da forma mais ampla possível, de modo que a
vítima se sinta plenamente ressarcida.
Nos danos patrimoniais, devem ser computados não somente a diminuição do

patrimônio da vítima, os chamados danos emergentes, mas também o possível
aumento patrimonial que teria havido se o evento não tivesse ocorrido,
caracterizando o que se chama de lucros cessantes.
No presente caso, conforme anteriormente explanado, não há comprovação da

ocorrência de qualquer ato ilícito praticado pela Demandada, não havendo que se
falar em obrigação indenizatória por parte da Ré.
Vale ressaltar que o Autor na exordial não comprova gastos que constatem o
prejuízo material apontada como suposta indenização por descapitalização.

19
Página 21
Ora Vossa Excelência, como é sabido, a indenização mede-se pela extensão do dano.
No caso do dano material, esse deve ser comprovado de maneira detalhada. Logo,
não basta a simples alegação dos danos materiais, esses devem restar
comprovados de forma minuciosa e inequívoca.
Esse também é o entendimento dos Tribunais Pátrios:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. VALORES PAGOS PELO

DEVEDOR. AÇÃO DE RECONVENÇÃO COM PEDIDO DE
RESTITUIÇÃO EM DOBRO. ART. 940, DO CC. NECESSIDADE DA
PROVA DE MÁ FÉ. PROVA CONSTITUÍDA NOS AUTOS.
RECONVINDO QUE EM SEDE DE CONTESTAÇÃO INSISTE NA
COBRANÇA DA TOTALIDADE DA DÍVIDA. DANO MATERIAL NÃO
SE PRESUME. ART. 944, DO CC. 1. Para que se reclame a
restituição em dobro da quantia paga, disciplinada pelo Código
Civil (art. 940), exige-se que o devedor indevidamente cobrado já
tenha quitado a dívida, e que, além disso, haja má-fé do credor.
Credor que em sede de contestação insiste na cobrança da
totalidade da dívida, mesmo com a demonstração pelo devedor do
depósito de valores. 2. Dano material que não se presume,
exigindo prova de sua existência (art. 944, do CC). 3. Recurso de
apelação conhecido e parcialmente provido.
(TJ-TO - AC: 00154352620198270000, Relator: MAYSA
VENDRAMINI ROSAL)
RECURSO DE APELAÇÃO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SEGURO DE
AUTOMÓVEL. NEGATIVA DE PAGAMENTO DE APÓLICE DE
SEGURO. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO. RECURSO
PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. O dano material não se presume,
deve ser comprovado. Não há como reconhecer o dever de
indenizar da apelante, se não restaram suficientemente

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Página 22
comprovados os valores pagos pelo agravado. Apesar de alegar que
a demora na autorização do serviço de reparo do veículo o levou a
arcar com o conserto, não traz aos autos notas fiscais ou
documentos que demonstrem o valor dispendido nos serviços de
recuperação do veículo.
(TJ-PE - APL: 3383742 PE, Relator: Frederico Ricardo de Almeida
Neves, Data de Julgamento: 26/03/2019, 1ª Câmara Cível, Data de
Publicação: 12/06/2019)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. CONTRATO

VERBAL PARA UTILIZAÇÃO DE PROPRIEDADE. ALEGAÇÃO DE
PREJUÍZO MATERIAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO.
APELAÇÃO NÃO PROVIDA. - Como bem destacou o juízo a quo na
decisão atacada, o dano material não se presume, de forma que
é exigível para que seja passível de indenização, a
comprovação de que teria ocorrido o prejuízo. Isto porque,
conforme o artigo 944, do Código Civil, a indenização é medida
pela extensão do dano.- No caso em comento, emerge evidente
que a parte não instruiu o feito com qualquer documento
capaz de demonstrar o suposto dano material que alega ter
suportado.- Nesse contexto, forçoso concluir que na ausência
de prova idônea apta a comprovar o dano efetivamente
suportado pelo requerente, não é possível cogitar do
acolhimento da pretensão indenizatória.- A distribuição do
ônus probatório vem fixada no Código de Processo Civil/2015
segundo requisitos claros e objetivos, previstos em seu artigo 373,
I, o qual dispõe que o ônus da prova incumbe aa Autora, quanto ao
fato constitutivo do seu direito (CPC/73 - art. 333).- Assim, não
instruindo a parte autora o feito com qualquer documento capaz de
quantificar o suposto dano material, é indevida a indenização -
Recurso não provido. Manutenção da sentença atacada em todos os
seus termos.

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Página 23
(TJ-PE - AC: 3715462 PE, Relator: Itabira de Brito Filho, Data de
Julgamento: 05/12/2019, 3ª Câmara Extraordinária Cível, Data de
Publicação: 03/01/2020).
Cabe ainda acrescentar que o dano material ele não pode ser presumido, ou apenas
solicitado de maneira desregrado, ele precisa ser efetivamente comprovado, pois
trata-se de um prejuízo que ocorre no patrimônio da pessoa, ou seja, perda de bens
ou coisas que tenham valor econômico, fato este que não ocorreu, sendo desta forma
descabido tal requerimento.
Diante de todo o exposto, deve ser julgado improcedente o pleito Autoral também
no que atine ao dano material.
IV.III - DA IMPOSSIBILIDADE DE RESSARCIMENTO PELOS DANOS MORAIS. DO

“QUANTUM” INDENIZATÓRIO
Complementando os argumentos trazidos no tópico anterior, quando se comprovou

a inexistência de responsabilidade da VOLTZ MOTORS DO BRASIL ao dever de
indenizar, passa a ora Ré, por mera cautela processual, por argumentar e, não, por
consentir, tudo em conformidade com o princípio da eventualidade, a tratar dos
danos morais.
Conforme já demonstrado, não resta a esta nenhuma responsabilidade quanto

aos danos sofridos, visto que não comprovou a parte autora a existência de ato
ilícito e nexo de causalidade entre os fatos alegados e os danos supostamente
suportados.
Faz-se necessário, todavia, discorrer acerca do prévio conceito de dano moral. Este
deve ser entendido como aquele que atinge a pessoa na sua esfera extrapatrimonial,

22
Página 24
atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio. Dano moral é aquele
que espelha uma dor intensa, um vexame, um sofrimento ou uma humilhação, que
foge à normalidade e interfere no comportamento psicológico, moral e intelectual
do indivíduo.
Além disso, destaque-se que nem todo dano é indenizável. Somente o é aquele que
é atual e certo, ou seja, aquele fundado sobre um fato preciso e não mera hipótese.
Não se compadece com o pedido de reparação, um prejuízo meramente eventual.
Destaca-se ainda, que em nenhum momento, houve submissão a quaisquer

vexames ou ofensas à parte autora procedida pela Ré, impossibilitando, dessa
forma, a indenização perseguida.
Ademais, a parte autora não trouxe aos autos nenhum documento que sirva como
base fática para o pleito por indenização pelos danos morais, ou seja, demonstrando
a ausência de ato ilícito cometido por esta Ré.
Esse também é o entendimento dos Tribunais Pátrios, inclusive de recentíssimo

entendimento do TJ-SP, em casos semelhantes, in verbis:
EMENTA: Compra e venda de veículo. Atraso na entrega da
motocicleta. Danos morais não configurados. Mero
descumprimento contratual. Ausência de abalo à imagem, honra
ou violação a direitos da personalidade. Indenização afastada
Recurso provido.
(TJ-SP. AC: 10012606220228260281 SP, Relator: VIANNA
COTRIM. Data de julgamento: 27/09/2022. Data de publicação:
04/10/2022)
“Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos

materiais e morais, com pedido de tutela antecipada, com o

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Página 25
objetivo de obrigar a parte ré a entregar a motocicleta elétrica
adquirida, sob o fundamento de que na data 30.03.2021 realizou
a compra da motocicleta elétrica modelo EV1 Sport, tipo scooter na
loja da segunda parte ré (Volts Varginha), realizando o pagamento
do valor de R$12.990,00 à vista, por meio de boleto, e que na data
da compra foi feita a promessa de que o bem seria entregue em
até43 dias, ou seja, meados de maio de 2021. Afirmou que a parte
ré postergou por diversas vezes o prazo de entrega e que a última
previsão de entrega ficou para o dia 14.09.2021. Requereu
indenização por dano material referente ao valor da gasolina no
período posterior a data de entrega prevista da motocicleta. (...)
Já com relação ao pedido de indenização por danos morais, razão
não assiste a parte autora, uma vez que os fatos ocorridos se
enquadram em descumprimento contratual, o que não é capaz,
por si só de gerar danos morais, ensejando tão somente a
obrigação de fazer consistente na entrega do produto.
Cumpre ressaltar, que comungo com o entendimento
jurisprudencial, no sentido de que “mero dissabor, aborrecimento,
mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da
órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da
normalidade do nosso dia a dia, no trabalho, no trânsito, entre
os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são
intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio
psicológico do indivíduo.
(1º JD da Comarca de Varginha/MG – Sentença - Processo nº
5007036-52.2021.8.13.0707 – Data de Julgamento: 09/03/2022)
“(...) Das alegações das partes, corroboradas pelos documentos

colacionados aos autos, verifica-se que o autor adquiriu uma
motocicleta importada pela ré, pagando R$250,00 na pré-venda
(13/11/2020) e o valor total em 13/01/2021 (R$18.643,31). A

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data de entrega da motocicleta foi sofrendo alterações durante o
ano de 2021, sendo entregue ao autor em 19/11/2021 (fl. 150).
Em defesa, a ré confirma o atraso na entrega da motocicleta, o qual
teria sido causado pela Pandemia de COVID-19. Afirma, porém, ter
prestado aos consumidores todas as informações necessárias, bem
como minorar os prejuízos decorrentes do atraso.
Sucede que, no momento da compra a pandemia da Covid-19 já
estava presente, especialmente na China, país exportador da
motocicleta, sendo absolutamente possível e exigível que o
importador soubesse o prazo em que poderia cumprir sua
obrigação.
Apura-se, portanto, descumprimento do contrato por parte da
Requerida, que deixou de providenciar a entrega da mercadoria ao
Requerente, conforme combinado. Nesse panorama, cabia à Ré a
demonstração da regular prestação do serviço, o que não ocorreu.
A despeito da falha de serviço pela ré, tem-se que de danos morais
não há que se falar, pois não é possível supor que os fatos narrados
tenham acarretado consequências maiores do que simples
transtornos ou inquietações ao Autor, todas insuscetíveis de
configurar ofensa aos direitos de personalidade das partes e,
consequentemente, de provocar a ofensa extrapatrimonial
indenizável.
É certo que o dano moral corresponde à consequência da
prática de um ato capaz a atingir os direitos da personalidade.
No entanto, para que excessos e abusos sejam evitados em
demandas que, sob a alegação de dano moral, busquem um
enriquecimento injustificado, mister se faz a distinção entre o
dano moral e o mero aborrecimento, que reflete dissabores
comuns do cotidiano, sem que repercutam na esfera dos
direitos da personalidade.(...)
Na hipótese dos autos, ficou demonstrado o descumprimento,
por parte da Requerida, da obrigação contratual assumida.

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Página 27
Entretanto, por mais transtornos que o inadimplemento do
contrato por uma das partes possa trazer, dele não decorre
necessariamente um abalo emocional capaz de configurar um
dano moral, pois os fatos afirmados não excedem o dissabor
havido face ao evento, especialmente porque, durante o atraso
na entrega, a ré buscou minorar os inconvenientes gerados
pela demora.
Em conclusão, o dano moral apto a ensejar a reparação
buscada pressupõe ofensa anormal à personalidade e, na
hipótese dos autos, não implicou situação de dor, sofrimento
ou lesão aos sentimentos íntimos juridicamente protegidos da
parte Autora, pois não há informações de que ele tenha sido
colocada em condição vexatória e humilhante. (...)
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido proposto por
RODRIGO RIBEIRO DE PAIVA em face de VOLTZ MOTORS DO
BRASIL, e torno extinta a ação, com fulcro no art. 487, I, do CPC.”
(2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE VERGUEIRO/SP –
Sentença - Processo nº 1016831-29.2021.8.26.0016 – Data de
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ATRASO NA ENTREGA DE
VEÍCULO - DANOS MORAIS - AUSÊNCIA - HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS - VALOR ELEVADO - FIXAÇÃO EQUITATIVA. A
ocorrência de meros aborrecimentos, contrariedades da vida
cotidiana, como os provenientes de uma relação contratual
insatisfatória, não caracteriza dano moral, o qual somente
deve ser reconhecido quando demonstrada efetiva violação de
direitos da personalidade, como a dignidade, honra, imagem,
intimidade ou vida privada. Quando o valor da causa for muito
alto, é possível a fixação equitativa dos honorários advocatícios, a
fim de que sejam atendidos os parâmetros estabelecidos no § 2º do

26
Página 28
art. 85 do CPC, sob pena de ser arbitrado valor desproporcional ao
trabalho do advogado.
(TJ-MG - AC: 10000191213826001 MG, Relator: Octávio de
Almeida Neves, Data de Julgamento: 03/12/0019, Data de
RESPONSABILIDADE CIVIL - COMPRA E VENDA DE VEÍCULO -

ATRASO NA ENTREGA - DANO MORAL - DESCABIMENTO -
ABORRECIMENTO CONSEQUENCIAL - PROVIMENTO DO RECURSO
O descumprimento contratual, na ausência de fato específico,
em regra, não obriga à indenização de danos
extrapatrimoniais. Para que a Concessionária seja obrigada ao
pagamento de danos morais há necessidade de demonstração
de fato extraordinário, que vai além do mero incômodo e
dissabor decorrentes do recebimento com atraso do veículo
adquirido. Os aborrecimentos que geraram transtornos no
momento dos fatos, irritações, dissabores e outros contratempos
cotidianos, não têm o condão de conferir direito ao pagamento de
indenização, pois não são suficientes para provocar forte
perturbação ou afetação à honra e ao bom nome do ofendido.
(TJ-SC - APL: 00076629420138240008 Tribunal de Justiça de
Santa Catarina 0007662-94.2013.8.24.0008, Relator: Luiz Cézar
Medeiros, Data de Julgamento: 01/06/2021, Quinta Câmara de
Direito Civil)
Assim, ainda que este MM. Juízo entenda pela caracterização dos danos morais
alegados pela parte demandante, o que, decerto, não ocorrerá, necessário divagar
acerca do quantum indenizatório, a fim de evitar o instituto do enriquecimento
ilícito.

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Página 29
Diz-se que, o enriquecimento ilícito é o acréscimo de bens que, em detrimento de
outrem, se verificou no patrimônio de alguém, sem que para isso tenha havido
fundamento jurídico, ou seja, consiste no locupletamento à custa alheia, justificando
a ação de in rem verso. Iure naturae aequum est, neminem cum alterius detrimento et
iniuria fieri locupletiorem – é justo, por direito natural, que ninguém enriqueça em
dano e prejuízo de outrem.
Ad argumentandum tantum, acaso considerada a existência de ato ilícito e nexo

causal, não foi demonstrado qualquer prejuízo que justificasse a indenização
pleiteada, devendo esse juízo ponderar o quantum indenizatório a ser arbitrado, até
mesmo porque tal pleito não condiz com o Princípio da Razoabilidade, evitando-
se valores exagerados que sirvam de fonte para um enriquecimento injusto.
IV.IV - DO TERMO INICIAL DOS JUROS QUE ENVOLVEM OS DANOS MORAIS

Acredita-se que não haverá condenação no caso em tela. Contudo, caso ela venha e
tenha arbitramento de valores a título de danos morais, sinaliza-se, por cautela,
acerca da não aplicação dos conteúdos da Súmula 54 do STJ e do artigo 398 do CC.
Todo o arrazoado abaixo se resume em algumas perguntas:

a Parte Ré poderia pagar antes?
a Parte Ré tinha ciência de alguma obrigação judicial no início da demanda?
o que a Parte Ré descumpriu? Incidiu em mora?
O Resp 903258/RS, cujo Voto da Relatora, Ministra Maria Isabel Gallotti, enfrenta e
esclarece a questão.
A Ministra discorreu no sentido de que no caso de pagamento de
indenização em dinheiro por dano moral puro ‘não há como considerar em mora o
devedor, se ele não tinha como satisfazer obrigação pecuniária não fixada por
sentença judicial, arbitramento ou acordo entre as partes’.

28
Página 30
É que o artigo 1.064 do Código Civil de 1916 e o artigo 407 do Código Civil de 2002
estabelecem que os juros de mora são contados desde que seja fixado o
valor da dívida.
Desta forma, como os danos morais somente assumem expressão patrimonial com
o arbitramento de seu valor em dinheiro na Sentença de mérito, a Ministra conclui
que o não pagamento desde a data do ilícito não pode ser considerado omissão
imputável ao devedor, para efeito de tê-lo em mora. Em suma, mora não há! E isso
porquê...’Mesmo que o quisesse, o devedor não teria como satisfazer obrigação
decorrente de dano moral não traduzida em dinheiro nem por sentença judicial,
nem por arbitramento e nem por acordo (CC/16, artigo 1.064)’.
Já quanto à correção monetária – e até mesmo demonstrando a congruência para os

casos relacionados ao chamado ‘dano moral puro’ – a Súmula 362 do STJ define que
tal deve incidir a partir do arbitramento, entendimento sumular esse que,
diferentemente do acima demonstrado, merece efetiva aplicação.
IV.V - DA IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A parte pede em sua inicial a inversão do ônus da prova. Contudo, deve-
se rechaçar esta possibilidade, haja vista a ausência do requisito “verossimilhança
das alegações”, previsto no art. 6º do CDC.
Ato contínuo, não há nos autos elementos que evidenciem a

hipossuficiência do consumidor para a produção da prova necessária aos fatos que
alega.
Ora Exa., é certo que ainda que se acolha a inversão do ônus da prova, isto não
isenta a parte autora de arcar com o seu ônus, e de fazer ao seu encargo,
uma prova mínima de suas alegações, o que não se observa no presente caso.

29
Página 31
Logo, a inversão do ônus da prova deve ser afastada, e se já deferida,
revogada. Contudo, caso seja acolhida, isto não exonera a parte autora de fazer
a prova mínima de suas alegações, na forma do art.373, I, do CPC.
V- DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a parte ré:
a) Que seja julgada totalmente improcedente a presente

ação por inexistência do dever de indenizar ante a ausência
dos seus requisitos essenciais;
b) Na remota hipótese de ser considerada devida verba

indenizatória, que esta seja arbitrada com a moderação e a
razoabilidade que as circunstâncias do caso reclamam,
respeitando-se o valor efetivamente pago pelo Autor, que
difere do afirmado em sua Inicial.
c) Indeferimento do pedido de inversão do ônus da prova.
Protesta pela produção de todos os meios de provas no direito admitidas,

principalmente documental e testemunhal.
Nestes termos, pede e aguarda deferimento.

Piraquara/PR, 16 de agosto de 2023
ELIASI VIEIRA
OAB/PE Nº 30.286

30
Página 32
16/08/2023: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Documento de comprovação
Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
22/09/2022
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJVLA G3674 X5WEL V4K9R

Número: 1021596-89.2022.4.01.3200
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 9ª Vara Federal Cível da SJAM
Última distribuição : 21/09/2022
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Desembaraço Aduaneiro
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA (IMPETRANTE) ADRIANO GONCALVES CURSINO (ADVOGADO)
UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) (IMPETRADO)
INSPETOR DA ALFÂNDEGA DO PORTO DE MANAUS
(IMPETRADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
13277 21/09/2022 18:49 Petição inicial Petição inicial
87250
13277 21/09/2022 18:49 MCA - MD - Voltz x União - MS Desembaraço Inicial
87279 Aduaneiro DI nº 221654432-8
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 01 - Voltz Amazônia - Constituição Documento de Identificação
87251
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 02 - VOLTZ AMAZONIA - Procuração MP Documento de Identificação
87264
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 03 - DI 22_1654432-8 Documento Comprobatório
87268
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 04 - PACKING LIST Documento Comprobatório
87269
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 05 - CE MERCANTE ENDOSSADO Documento Comprobatório
87270
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 06 - FATURA COMERCIAL Documento Comprobatório
87272
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 07 - Demonstrativo Canal Vermelho Documento Comprobatório
87273
13277 21/09/2022 18:49 Doc. 08 - E-mail Documento Comprobatório
87274
13278 21/09/2022 19:10 Informação de Prevenção Informação de Prevenção
48753
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MM. JUÍZO DA __ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO AMAZONAS
VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
35.944.134/0001-45 (doc. 01), com sede na Avenida Djalma Batista, 315, São Geraldo, Manaus/AM – 69053-355,
por seus advogados infra-assinados, devidamente constituídos na forma do instrumento de outorga anexo
(doc. 02), com endereço profissional constante do rodapé, com endereço eletrônico
tributario@cursinoadvogados.com.br, em que deverão receber as intimações e notificações legais, vem,
respeitosamente perante esse MM. Juízo, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO COM PEDIDO DE LIMINAR
em face da FAZENDA NACIONAL, cuja Procuradoria está situada à Av. Governador Danilo Areosa, nº 1530, Bloco B,
2º andar - Distrito Industrial, Manaus-AM, CEP 69075-351, pelos motivos de fato e de direito expostos a seguir.
I - BREVE SÍNTESE DA DEMANDA.
A Autora promoveu a importação de peças para motocicletas e motonetas com a finalidade de comercialização,
conforme se depreende do Extrato de Declaração de Importação (DI) (doc. 03).
Os produtos importados chegaram ao Porto de Manaus no dia 25/08/2022, momento no qual houve o registro da
Declaração de Importação, sob o nº 22/1654432-8, tendo sido devidamente instruídas com os documentos de Fatura,
Packing-List (doc. 04), Conhecimento de Embarque (doc. 05) e Fatura Comercial (doc. 06), conforme dossiê em anexo.
Frise-se por oportuno que após o registro da DI no Siscomex (etapa inicial do desembaraço aduaneiro), a mercadoria
seguiu para a etapa de parametrização. Nesta etapa, a mercadoria é conferida através de diferentes canais, quais
sejam:
VERDE - o Sistema procederá ao desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental, a

verificação da mercadoria e a entrega dos documentos de instrução do despacho;
AMARELO - será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço
aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
VERMELHO - a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da
verificação da mercadoria; ou
CINZA - o desembaraço somente será realizado após o exame documental, a verificação da mercadoria e o exame
preliminar do valor aduaneiro.
Assinado eletronicamente por: ADRIANO GONCALVES CURSINO - 21/09/2022 18:39:32 Num. 1327787250 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/consultapublica/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22092118195449200001316508474
Número do documento: 22092118195449200001316508474
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Ainda que razoável a submissão da referida importação ao “canal vermelho”, a RFB deixou de observar o prazo de oito
dias consecutivos, de que trata o art. 4º do Decreto nº 70.235/72, trazendo diversos prejuízos para a Autora, que apesar

da insistência, conforme será demonstrado, passa a não cumprir com o prazo para devolução de containers, bem como
impede a honra perante os compromissos de entrega das referidas mercadorias, por questão alheia à sua vontade,
motivando o presente mandamus.
II. DA INOBSERVÂNCIA AO ART. 4º DO DECRETO Nº 70.235/72.
Consoante narrativa supra, a Autora, importadora com regularidade, promoveu a importação de peças para motocicleta
e motoneta com a finalidade de comercialização, que chegaram ao Porto de Manaus no dia 25/08/2022, momento no
qual houve o registro da Declaração de Importação sob o nº 22/1654432-8.
In casu, embora a Autora seja importadora habitual destes produtos e possua bons históricos de importação, o
desembaraço atual foi sinalizado através do sistema de parametrização chamado “canal vermelho”, ou seja, com a
realização de exame documental e físico (laudo técnico), conforme indicado abaixo (doc. 07):
Ocorre que, com o advento do Regulamento Aduaneiro disposto pelo Decreto nº 4.543/02, o prazo (cinco dias úteis)
para conferência aduaneira de que tratava a Instrução Normativa nº 69/96 em seu artigo 25, foi revogado pela Instrução
Normativa nº 206/2002.
Assim, atualmente o despacho aduaneiro, inclusive no “canal vermelho”, é normatizado pelo disposto na Instrução
Normativa nº 680/06, a qual quedou-se silente quanto ao prazo pelo qual a administração pública, através da Receita
Federal do Brasil, disporia para a conferência aduaneira.
Diante da ausência de legislação específica, o Poder Judiciário possui o entendimento uníssono de que a
parametrização nos canais de conferência aduaneira é ato administrativo discricionário, todavia esta conferência deverá
respeitar o prazo estatuído no art. 4º do Decreto nº 70.235/72, que regulamenta o Processo Administrativo Fiscal, in
verbis:
Art. 4º Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais no prazo de

oito dias.
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Corroborando com o acima exposto, convém colacionar os julgados dos Tribunais Pátrios, que tem decidido pela
aplicação do prazo previsto no art. 4º do Decreto nº 70.235/72 (08 dias) para que seja definitivamente finalizada a
conferência aduaneira, confira-se:
ADUANEIRO E TRIBUTÁRIO. MERCADORIA IMPORTADA. PRAZO PARA A

CONCLUSÃO DO DESPACHO ADUANEIRO. Inexistindo prazo específico para o
desembaraço aduaneiro, deve ser observado o prazo de oito dias, estabelecido para
execução de atos no âmbito do processo administrativo fiscal pelo art. 4o do Decreto
70.235, de 1972. (TRF4 5017444-78.2016.404.7201, SEGUNDA TURMA, Relatora LUCIANE
AMARAL CORRÊA MÜNCH, juntado aos autos em 28/06/2017)
TRIBUTÁRIO. DESPACHO ADUANEIRO. CANAL VERMELHO. CONFERÊNCIA FÍSICA.

PRAZO. ART. 4º DO DECRETO Nº 70.235/72. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA.
1. Embora o Regulamento Aduaneiro estabelecido pelo Decreto nº 4.543/02 não tenha fixado
prazo para a conclusão do despacho de importação que envolve a conferência aduaneira, e
visto que o art. 80 da IN/SRF 206/2002 revogou o art. 25 da IN/SRF 69/1996, que previa
prazo de 5 dias para conclusão do despacho de importação encaminhado ao canal vermelho,
tem-se que deve ser respeitado o prazo de 8 dias contido no art. 4º do Decreto nº 70.235/72.
2. Não é aceitável, diante dos princípios constitucionais do art. 37 da CF/88, notadamente o
da eficiência, que o importador fique desamparado diante da máquina estatal, sem saber qual
o prazo para o exercício da fiscalização aduaneira e, consequentemente, do prazo para que
seja encerrada esta fiscalização. Excetuados, apenas, os casos especiais, expressamente
previstos na legislação aduaneira, tais como os de procedimentos especiais de controle
aduaneiro, previstos nos arts. 65 a 69 da IN/SRF 206/2002 (suspeita de irregularidades).
(TRF3 Apelação Cível 0004441-2009.4.03.6119, Publicado em 02/03/2016).
TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. REMESSA NECESSÁRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA.

DESPACHO DE IMPORTAÇÃO. PRAZO PARA CONCLUSÃO.
A conclusão do despacho aduaneiro de importação deve ocorrer no prazo de 8 dias, previsto
no art. 4º do D 70.235/1972, conforme a jurisprudência desta Corte. (TRF4, Remessa
Necessária Cível nº XXXXX-59.2022.4.04.7100, Relator Juiz Federal Marcelo de Nardi )
TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. DESPACHO DE IMPORTAÇÃO. CONCLUSÃO. PRAZO. Na

ausência de prazo específico para a conclusão dos atos tendentes à conclusão do
despacho aduaneiro de importação, a jurisprudência desta Corte assentou que deve ser
observado o prazo de 8 (oito) dias disposto no art. 4º do Decreto 70.235/72.
Precedentes. (TRF4 5006415-33.2022.4.04.7100, PRIMEIRA TURMA, Relator LEANDRO
PAULSEN, juntado aos autos em 30/08/2022)
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ADUANEIRO. APELAÇÃO. DESPACHO ADUANEIRO. CANAIS VERMELHO E AMARELO.

PRAZO. ARTIGO 4º DO DECRETO N.º 70.235/72. RECURSOS DESPROVIDOS. (...) O
artigo 37 da CF/88 estabelece princípios aos quais a administração deve se submeter,
entre outros, os da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência, que foram reproduzidos no artigo 2º da Lei n.º 9784/1999. Não pode o
particular, ao se relacionar com a administração pública, ficar desamparado quanto à
conclusão de um procedimento, sobretudo em casos de atividades administrativas
essenciais, tais como aduaneira, fiscal, policial, sanitária, entre outras, razão pela qual
deve ser aplicado o artigo 4º do Decreto n.º 70.235/72, que dispõe sobre o processo
administrativo fiscal e estabelece o prazo de oito dias para que o servidor execute os
atos processuais, salvo disposição em contrário. Precedentes. (...) Apelações
desprovidas. (TRF3, ApCiv - APELAÇÃO CÍVEL / SP
5003222-69.2018.4.03.6100, 4ª Turma, Relator Des. André Nabarrete Neto)
Ocorre que a RFB deixou de observar o prazo de oito dias consecutivos, de que trata o art. 4º do Decreto nº 70.235/72,
que regulamenta sobre o processo administrativo fiscal, vencido no dia 02/09/2022 (sexta-feira).
Assim, perante o descaso, vale destacar que se transcorreram quase 20 (vinte) dias do marco temporal estipulado
pelo Decreto nº 70.235/72, incorrendo em prejuízos financeiros à Autora.
Aliás, faz-se mister salientar que a Autora não permaneceu inerte perante o transcurso do prazo de análise das
mercadorias, entrando em contato via e-mail (doc. 08) por diversas vezes, demonstrando a urgência do caso. Em
resposta, foi confirmada a demora para fiscalização e alegado que se dá em razão de servidores em período de férias,
questão que não justifica o descumprimento do que é estabelecido na normativa pátria, vide:
Ora, Vossa Excelência, como é possível um órgão da administração pública federal usar como escusa as férias de
alguns servidores para justificar o não cumprimento do prazo para análise de mercadorias?
E, para culminar, a RFB ainda admitiu com suas próprias palavras estar havendo negligência em seu serviço, “voltamos
a ressaltar que os colegas estão com várias DI acumuladas para análise, pelo descaso na reposição dos quadros (...)”.
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É inadmissível tamanho descaso do serviço público ao contribuinte, que está gerando crasso prejuízo no fluxo dos seus
negócios, principalmente por descumprimento de prazos contratuais da empresa.

Além disto, a morosidade na conferência dos itens importados prejudica o cumprimento de prazo para devolução de
containers, bem como impede que a Autora honre seus compromissos de entrega das referidas mercadorias, atingindo
seu direito constitucional à livre iniciativa.
Diante desse cenário, a Autora pugna que esse MM. Juízo determine a IMEDIATA CONCLUSÃO DA FISCALIZAÇÃO
das mercadorias discriminadas na Declaração de Importação - DI nº 22/1654432-8, em observância ao exposto no art.
4º do Decreto nº 70.235/72, uma vez que o prazo de oito dias para a conclusão do despacho aduaneiro findou no dia
02/09/2022, e até o presente momento – transcorridos quase 20 (vinte) dias do prazo previsto – não houve o
agendamento da conferência das mercadorias.
III – DO PEDIDO LIMINAR
De plano, deve-se observar que a concessão de medida liminar requerida se encontra sujeita à demonstração dos
requisitos, a saber, plausibilidade jurídica da tese exposta pelo autor (fumus boni iuris) e da possibilidade de ineficácia
da ordem judicial se concedida ao final (periculum in mora).
Devido à força dos argumentos declinados, amparados em farta jurisprudência, emerge clara e hialina a possibilidade da
concessão do pedido liminar, ante o inquestionável decurso do prazo para conclusão do despacho aduaneiro das
mercadorias importadas registradas sob a DI de nº 22/1654432-8, posto que o prazo de 08 dias se findou em
02/09/2022, conforme determinação legal.
No caso presente, a não concessão da liminar requerida constitui, sem dúvida, negar proteção jurisdicional, ainda que
indireta aos direitos da Autora.
O fumus boni juris é a plausibilidade do direito demonstrado pela qual a Autora possui de ter o desembaraço de suas
mercadorias importadas realizado no prazo máximo de oito dias consecutivos, conforme determina o art. 4º do Decreto
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nº 70.235/72, que trata sobre o Processo Administrativo Fiscal.

Igualmente, o periculum in mora reside no risco de dano irreparável em decorrência da demora na prestação
jurisdicional definitiva, estando presente no fato que, a não concessão da tutela, perecerá o legítimo direito da Autora em
desembaraçar suas mercadorias em tempo razoável, bem como as graves consequências econômicas, na hipótese de
não concessão da liminar.
Isto porque, o decurso do tempo coloca em risco a livre iniciativa da Autora frente a seus concorrentes, tendo em vista
que terá o custo de suas mercadorias aumentado demasiadamente, em razão de ato arbitrário da autoridade
alfandegária, inviabilizando a prática de preço competitivo.
Frise-se que o último dia para conferência documental e física das mercadorias ocorreu no dia 02/09/2022.
Logo, é justo o receio da Autora, ante o atual descumprimento dos prazos para despachos aduaneiros pela Receita
Federal do Brasil.
Neste sentido, o art. 3º do CPC estabelece que não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito,
razão pela qual a Autora propõe o presente Mandado de Segurança.
Destarte demonstrados tanto o periculum in mora, quanto o fumus bonis iuris, faz-se extremamente necessária a
concessão do pedido liminar, que ora se requer, determinando-se a intimação da União (Fazenda Nacional), para que:
Determine-se a conclusão à análise fiscal das mercadorias no prazo máximo de 24hrs, tendo em vista que já
fora ultrapassado prazo de oito dias consecutivos, determinados pelo art. 4º do Decreto nº 70.235/72, para
conclusão do desembaraço aduaneiro da DI sob o nº 22/1654432-8.
De mais e mais, calha assinalar, por força da argumentação, que não concedida liminar, o risco de ineficácia é patente,
porquanto o prazo para contestação será contado em dias úteis com a vigência do Código de Processo Civil/2015,
hipótese em que o dano suportado pela Autora comprometerá os custos dos produtos importados.
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Ao final, é relevante destacar que não há o perigo de irreversibilidade do provimento liminar, vez que, no caso remoto de
o provimento final vir a modificar o entendimento liminar, o demandado poderá cobrar o imposto, com todos os

acréscimos legais sobre ele incidentes.
IV - DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, a Autora vem perante este MM. Juízo:
a) Pugnar pela concessão da liminar, no sentido de que se dê conclusão à análise fiscal das mercadorias no prazo
máximo de 24hrs objeto das DI nº 22/1654432-8, posto que ultrapassado o prazo de oito dias consecutivos,
determinados pelo art. 4º do Decreto nº 70.235/72, para conclusão do desembaraço aduaneiro, garantindo o
direito de a empresa Autora exercer sua atividade empresarial, respaldada na Constituição Federal, artigo 5º, inciso XIII
e artigo 150, inciso II, de modo a que intervém no domínio econômico;
b) Pugnar pela determinação de expedição de ofício de intimação para que o Inspetor da Alfândega do Porto de
Manaus, estabelecido na Rua Marquês de Santa Cruz, 25 – Centro – Manaus, AM, CEP: 69005-050, na condição de
agente da Requerida, proceda ao cumprimento da decisão judicial proferida;
c) Pugnar para que o Patrono da causa proceda com a retirada do ofício na secretaria da vara e entregue
diretamente ao Inspetor da Alfândega do Porto de Manaus, para que este proceda ao cumprimento da sobredita decisão
judicial, consoante ao exposto no art. 6º do Código de Processo Civil – Lei 13.105/15;
d) Determinar a citação da Fazenda Nacional, nos moldes do art. 249 do CPC, no endereço declinado no preâmbulo
desta peça inaugural, para, querendo, contestar a presente, sob pena de revelia;
e) No mérito, pugna pela concessão da segurança com a confirmação do pedido liminar anteriormente requerido,
caso concedido, julgando procedente a medida pleiteada, no sentido de que seja declarada a necessidade da conclusão
à análise fiscal das mercadorias no prazo máximo de 24hrs objeto das DI nº 22/1654432-8, posto que ultrapassado o
prazo de oito dias consecutivos, determinados pelo art. 4º do Decreto nº 70.235/72, para conclusão do
desembaraço aduaneiro;
f) Por fim, que todas as publicações sejam realizadas em nome do patrono ADRIANO GONÇALVES CURSINO,
OAB/PE 30.854, na conformidade do art. 272, §2º do Código de Processo Civil, sob pena de nulidade, bem como sejam
endereçadas ao escritório profissional do subscrevente, sito à Rua Padre Carapuceiro, 858, Empresarial Cícero Dias,
Sala 302, no bairro de Boa Viagem, na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, CEP: 51020-280.
Derradeiramente, requer provar o alegado por todas as formas e meios de prova em direito admitidos, especialmente a
documental e pericial, dentre outras.
Atribui-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Recife, 21 de setembro de 2022.
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MM. JUÍZO DA __ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO AMAZONAS
VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita

no CNPJ sob o nº 35.944.134/0001-45 (doc. 01), com sede na Avenida Djalma
Batista, 315, São Geraldo, Manaus/AM – 69053-355, por seus advogados infra-
assinados, devidamente constituídos na forma do instrumento de outorga anexo
(doc. 02), com endereço profissional constante do rodapé, com endereço eletrônico
tributario@cursinoadvogados.com.br, em que deverão receber as intimações e
notificações legais, vem, respeitosamente perante esse MM. Juízo, impetrar o
presente
MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO COM PEDIDO DE LIMINAR
em face da FAZENDA NACIONAL, cuja Procuradoria está situada à Av. Governador

Danilo Areosa, nº 1530, Bloco B, 2º andar - Distrito Industrial, Manaus-AM, CEP
69075-351, pelos motivos de fato e de direito expostos a seguir.
I - BREVE SÍNTESE DA DEMANDA.
A Autora promoveu a importação de peças para motocicletas e motonetas com

a finalidade de comercialização, conforme se depreende do Extrato de Declaração
de Importação (DI) (doc. 03).
Os produtos importados chegaram ao Porto de Manaus no dia 25/08/2022,

momento no qual houve o registro da Declaração de Importação, sob o nº
22/1654432-8, tendo sido devidamente instruídas com os documentos de Fatura,

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Packing-List (doc. 04), Conhecimento de Embarque (doc. 05) e Fatura Comercial
(doc. 06), conforme dossiê em anexo.
Frise-se por oportuno que após o registro da DI no Siscomex (etapa inicial do

desembaraço aduaneiro), a mercadoria seguiu para a etapa de parametrização.
Nesta etapa, a mercadoria é conferida através de diferentes canais, quais sejam:
VERDE - o Sistema procederá ao desembaraço automático da

mercadoria, dispensados o exame documental, a verificação da
mercadoria e a entrega dos documentos de instrução do despacho;
AMARELO - será realizado o exame documental, e, não sendo
constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro,
dispensada a verificação da mercadoria;
VERMELHO - a mercadoria somente será desembaraçada após a
realização do exame documental e da verificação da mercadoria; ou
CINZA - o desembaraço somente será realizado após o exame
documental, a verificação da mercadoria e o exame preliminar do
valor aduaneiro.
Ainda que razoável a submissão da referida importação ao “canal vermelho”, a RFB

deixou de observar o prazo de oito dias consecutivos, de que trata o art. 4º do
Decreto nº 70.235/72, trazendo diversos prejuízos para a Autora, que apesar da
insistência, conforme será demonstrado, passa a não cumprir com o prazo para
devolução de containers, bem como impede a honra perante os compromissos de
entrega das referidas mercadorias, por questão alheia à sua vontade, motivando o
presente mandamus.

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II. DA INOBSERVÂNCIA AO ART. 4º DO DECRETO Nº
70.235/72.
Consoante narrativa supra, a Autora, importadora com regularidade, promoveu a

importação de peças para motocicleta e motoneta com a finalidade
de comercialização, que chegaram ao Porto de Manaus no dia 25/08/2022,
momento no qual houve o registro da Declaração de Importação sob o nº
22/1654432-8.
In casu, embora a Autora seja importadora habitual destes produtos e possua bons
históricos de importação, o desembaraço atual foi sinalizado através do sistema de
parametrização chamado “canal vermelho”, ou seja, com a realização de exame
documental e físico (laudo técnico), conforme indicado abaixo (doc. 07):
Ocorre que, com o advento do Regulamento Aduaneiro disposto pelo Decreto nº

4.543/02, o prazo (cinco dias úteis) para conferência aduaneira de que tratava a

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Instrução Normativa nº 69/96 em seu artigo 25, foi revogado pela Instrução
Normativa nº 206/2002.
Assim, atualmente o despacho aduaneiro, inclusive no “canal vermelho”, é

normatizado pelo disposto na Instrução Normativa nº 680/06, a qual quedou-se
silente quanto ao prazo pelo qual a administração pública, através da Receita
Federal do Brasil, disporia para a conferência aduaneira.
Diante da ausência de legislação específica, o Poder Judiciário possui o

entendimento uníssono de que a parametrização nos canais de conferência
aduaneira é ato administrativo discricionário, todavia esta conferência deverá
respeitar o prazo estatuído no art. 4º do Decreto nº 70.235/72, que regulamenta o
Processo Administrativo Fiscal, in verbis:
Art. 4º Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos

processuais no prazo de oito dias.
Corroborando com o acima exposto, convém colacionar os julgados dos Tribunais

Pátrios, que tem decidido pela aplicação do prazo previsto no art. 4º do Decreto nº
70.235/72 (08 dias) para que seja definitivamente finalizada a conferência
aduaneira, confira-se:
ADUANEIRO E TRIBUTÁRIO. MERCADORIA IMPORTADA.

PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO DESPACHO ADUANEIRO.
Inexistindo prazo específico para o desembaraço aduaneiro, deve
ser observado o prazo de oito dias, estabelecido para execução de
atos no âmbito do processo administrativo fiscal pelo art. 4o do
Decreto 70.235, de 1972. (TRF4 5017444-78.2016.404.7201,

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SEGUNDA TURMA, Relatora LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH,
juntado aos autos em 28/06/2017)
TRIBUTÁRIO. DESPACHO ADUANEIRO. CANAL VERMELHO.

CONFERÊNCIA FÍSICA. PRAZO. ART. 4º DO DECRETO Nº
70.235/72. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA.
1. Embora o Regulamento Aduaneiro estabelecido pelo Decreto nº
4.543/02 não tenha fixado prazo para a conclusão do despacho de
importação que envolve a conferência aduaneira, e visto que o art.
80 da IN/SRF 206/2002 revogou o art. 25 da IN/SRF 69/1996, que
previa prazo de 5 dias para conclusão do despacho de importação
encaminhado ao canal vermelho, tem-se que deve ser respeitado o
prazo de 8 dias contido no art. 4º do Decreto nº 70.235/72. 2. Não
é aceitável, diante dos princípios constitucionais do art. 37 da
CF/88, notadamente o da eficiência, que o importador fique
desamparado diante da máquina estatal, sem saber qual o prazo
para o exercício da fiscalização aduaneira e, consequentemente, do
prazo para que seja encerrada esta fiscalização. Excetuados,
apenas, os casos especiais, expressamente previstos na legislação
aduaneira, tais como os de procedimentos especiais de controle
aduaneiro, previstos nos arts. 65 a 69 da IN/SRF 206/2002
(suspeita de irregularidades). (TRF3 Apelação Cível 0004441-
2009.4.03.6119, Publicado em 02/03/2016).
TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. REMESSA NECESSÁRIA EM

MANDADO DE SEGURANÇA. DESPACHO DE IMPORTAÇÃO.
PRAZO PARA CONCLUSÃO.
A conclusão do despacho aduaneiro de importação deve ocorrer no
prazo de 8 dias, previsto no art. 4º do D 70.235/1972, conforme a
jurisprudência desta Corte. (TRF4, Remessa Necessária Cível nº
XXXXX-59.2022.4.04.7100, Relator Juiz Federal Marcelo de Nardi )

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TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. DESPACHO DE IMPORTAÇÃO.
CONCLUSÃO. PRAZO. Na ausência de prazo específico para a
conclusão dos atos tendentes à conclusão do despacho aduaneiro
de importação, a jurisprudência desta Corte assentou que deve ser
observado o prazo de 8 (oito) dias disposto no art. 4º do Decreto
70.235/72. Precedentes. (TRF4 5006415-33.2022.4.04.7100,
PRIMEIRA TURMA, Relator LEANDRO PAULSEN, juntado aos autos
em 30/08/2022)
ADUANEIRO. APELAÇÃO. DESPACHO ADUANEIRO. CANAIS

VERMELHO E AMARELO. PRAZO. ARTIGO 4º DO DECRETO N.º
70.235/72. RECURSOS DESPROVIDOS. (...) O artigo 37 da CF/88
estabelece princípios aos quais a administração deve se submeter,
entre outros, os da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência, que foram
reproduzidos no artigo 2º da Lei n.º 9784/1999. Não pode o
particular, ao se relacionar com a administração pública, ficar
desamparado quanto à conclusão de um procedimento,
sobretudo em casos de atividades administrativas essenciais,
tais como aduaneira, fiscal, policial, sanitária, entre outras, razão
pela qual deve ser aplicado o artigo 4º do Decreto n.º 70.235/72,
que dispõe sobre o processo administrativo fiscal e estabelece o
prazo de oito dias para que o servidor execute os atos processuais,
salvo disposição em contrário. Precedentes. (...) Apelações
desprovidas. (TRF3, ApCiv - APELAÇÃO CÍVEL / SP
5003222-69.2018.4.03.6100, 4ª Turma, Relator Des. André
Nabarrete Neto)

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Ocorre que a RFB deixou de observar o prazo de oito dias consecutivos, de que trata
o art. 4º do Decreto nº 70.235/72, que regulamenta sobre o processo administrativo
fiscal, vencido no dia 02/09/2022 (sexta-feira).
Assim, perante o descaso, vale destacar que se transcorreram quase 20 (vinte)

dias do marco temporal estipulado pelo Decreto nº 70.235/72, incorrendo em
prejuízos financeiros à Autora.
Aliás, faz-se mister salientar que a Autora não permaneceu inerte perante o
transcurso do prazo de análise das mercadorias, entrando em contato via e-mail
(doc. 08) por diversas vezes, demonstrando a urgência do caso. Em resposta, foi
confirmada a demora para fiscalização e alegado que se dá em razão de servidores
em período de férias, questão que não justifica o descumprimento do que é
estabelecido na normativa pátria, vide:

7
Página 47
Ora, Vossa Excelência, como é possível um órgão da administração pública federal
usar como escusa as férias de alguns servidores para justificar o não cumprimento
do prazo para análise de mercadorias?
E, para culminar, a RFB ainda admitiu com suas próprias palavras estar havendo
negligência em seu serviço, “voltamos a ressaltar que os colegas estão com várias DI
acumuladas para análise, pelo descaso na reposição dos quadros (...)”.
É inadmissível tamanho descaso do serviço público ao contribuinte, que está

gerando crasso prejuízo no fluxo dos seus negócios, principalmente por
descumprimento de prazos contratuais da empresa.
Além disto, a morosidade na conferência dos itens importados prejudica o

cumprimento de prazo para devolução de containers, bem como impede que a
Autora honre seus compromissos de entrega das referidas mercadorias, atingindo
seu direito constitucional à livre iniciativa.
Diante desse cenário, a Autora pugna que esse MM. Juízo determine a IMEDIATA
CONCLUSÃO DA FISCALIZAÇÃO das mercadorias discriminadas na Declaração de
Importação - DI nº 22/1654432-8, em observância ao exposto no art. 4º do Decreto
nº 70.235/72, uma vez que o prazo de oito dias para a conclusão do despacho
aduaneiro findou no dia 02/09/2022, e até o presente momento – transcorridos
quase 20 (vinte) dias do prazo previsto – não houve o agendamento da conferência
das mercadorias.

8
Página 48
III – DO PEDIDO LIMINAR
De plano, deve-se observar que a concessão de medida liminar requerida se

encontra sujeita à demonstração dos requisitos, a saber, plausibilidade jurídica da
tese exposta pelo autor (fumus boni iuris) e da possibilidade de ineficácia da ordem
judicial se concedida ao final (periculum in mora).
Devido à força dos argumentos declinados, amparados em farta jurisprudência,

emerge clara e hialina a possibilidade da concessão do pedido liminar, ante o
inquestionável decurso do prazo para conclusão do despacho aduaneiro das
mercadorias importadas registradas sob a DI de nº 22/1654432-8, posto que o
prazo de 08 dias se findou em 02/09/2022, conforme determinação legal.
No caso presente, a não concessão da liminar requerida constitui, sem dúvida, negar
proteção jurisdicional, ainda que indireta aos direitos da Autora.
O fumus boni juris é a plausibilidade do direito demonstrado pela qual a Autora

possui de ter o desembaraço de suas mercadorias importadas realizado no prazo
máximo de oito dias consecutivos, conforme determina o art. 4º do Decreto nº
70.235/72, que trata sobre o Processo Administrativo Fiscal.
Igualmente, o periculum in mora reside no risco de dano irreparável em decorrência

da demora na prestação jurisdicional definitiva, estando presente no fato que, a não
concessão da tutela, perecerá o legítimo direito da Autora em desembaraçar suas
mercadorias em tempo razoável, bem como as graves consequências econômicas,
na hipótese de não concessão da liminar.

9
Página 49
Isto porque, o decurso do tempo coloca em risco a livre iniciativa da Autora frente a
seus concorrentes, tendo em vista que terá o custo de suas mercadorias aumentado
demasiadamente, em razão de ato arbitrário da autoridade alfandegária,
inviabilizando a prática de preço competitivo.
Frise-se que o último dia para conferência documental e física das

mercadorias ocorreu no dia 02/09/2022.
Logo, é justo o receio da Autora, ante o atual descumprimento dos prazos para
despachos aduaneiros pela Receita Federal do Brasil.
Neste sentido, o art. 3º do CPC estabelece que não se excluirá da apreciação

jurisdicional ameaça ou lesão a direito, razão pela qual a Autora propõe o presente
Mandado de Segurança.
Destarte demonstrados tanto o periculum in mora, quanto o fumus bonis iuris, faz-se
extremamente necessária a concessão do pedido liminar, que ora se requer,
determinando-se a intimação da União (Fazenda Nacional), para que:
Determine-se a conclusão à análise fiscal das mercadorias no prazo máximo

de 24hrs, tendo em vista que já fora ultrapassado prazo de oito dias
consecutivos, determinados pelo art. 4º do Decreto nº 70.235/72, para
conclusão do desembaraço aduaneiro da DI sob o nº 22/1654432-8.
De mais e mais, calha assinalar, por força da argumentação, que não concedida
liminar, o risco de ineficácia é patente, porquanto o prazo para contestação será
contado em dias úteis com a vigência do Código de Processo Civil/2015, hipótese

10
Página 50
em que o dano suportado pela Autora comprometerá os custos dos produtos
importados.
Ao final, é relevante destacar que não há o perigo de irreversibilidade do provimento

liminar, vez que, no caso remoto de o provimento final vir a modificar o
entendimento liminar, o demandado poderá cobrar o imposto, com todos os
acréscimos legais sobre ele incidentes.
IV - DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, a Autora vem perante este MM. Juízo:
a) Pugnar pela concessão da liminar, no sentido de que se dê

conclusão à análise fiscal das mercadorias no prazo máximo
de 24hrs objeto das DI nº 22/1654432-8, posto que
ultrapassado o prazo de oito dias consecutivos,
determinados pelo art. 4º do Decreto nº 70.235/72, para
conclusão do desembaraço aduaneiro, garantindo o direito
de a empresa Autora exercer sua atividade empresarial,
respaldada na Constituição Federal, artigo 5º, inciso XIII e
artigo 150, inciso II, de modo a que intervém no domínio
econômico;
b) Pugnar pela determinação de expedição de ofício de

intimação para que o Inspetor da Alfândega do Porto de
Manaus, estabelecido na Rua Marquês de Santa Cruz, 25 –
Centro – Manaus, AM, CEP: 69005-050, na condição de agente

11
Página 51
da Requerida, proceda ao cumprimento da decisão judicial
proferida;
c) Pugnar para que o Patrono da causa proceda com a retirada

do ofício na secretaria da vara e entregue diretamente ao
Inspetor da Alfândega do Porto de Manaus, para que este
proceda ao cumprimento da sobredita decisão judicial,
consoante ao exposto no art. 6º do Código de Processo Civil –
Lei 13.105/15;
d) Determinar a citação da Fazenda Nacional, nos moldes do art.

249 do CPC, no endereço declinado no preâmbulo desta peça
inaugural, para, querendo, contestar a presente, sob pena de
revelia;
e) No mérito, pugna pela concessão da segurança com a

confirmação do pedido liminar anteriormente requerido,
caso concedido, julgando procedente a medida pleiteada, no
sentido de que seja declarada a necessidade da conclusão à
análise fiscal das mercadorias no prazo máximo de 24hrs
objeto das DI nº 22/1654432-8, posto que ultrapassado o
prazo de oito dias consecutivos, determinados pelo art.
4º do Decreto nº 70.235/72, para conclusão do
desembaraço aduaneiro;
f) Por fim, que todas as publicações sejam realizadas em nome

do patrono ADRIANO GONÇALVES CURSINO, OAB/PE
30.854, na conformidade do art. 272, §2º do Código de

12
Página 52
Processo Civil, sob pena de nulidade, bem como sejam
endereçadas ao escritório profissional do subscrevente, sito à
Rua Padre Carapuceiro, 858, Empresarial Cícero Dias, Sala
302, no bairro de Boa Viagem, na cidade de Recife, Estado de
Pernambuco, CEP: 51020-280.
Derradeiramente, requer provar o alegado por todas as formas e meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental e pericial, dentre outras.
Atribui-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Recife, 21 de setembro de 2022.

13
Página 53
Ministério da Economia Nº DO PROTOCOLO (Uso da Junta Comercial)
Secretaria de Governo Digital
Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração
Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência,
Tecnologia e Inovação – SEPLANCTI

NIRE (da sede ou filial, quando a Código da Natureza Nº de Matrícula do Agente
sede for em outra UF) Jurídica Auxiliar do Comércio
2062
1 - REQUERIMENTO
ILMO(A). SR.(A) PRESIDENTE DA Junta Comercial do Estado do Amazonas
Nome: VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA
(da Empresa ou do Agente Auxiliar do Comércio)
Nº FCN/REMP
requer a V.Sª o deferimento do seguinte ato:
Nº DE CÓDIGO CÓDIGO DO
VIAS DO ATO EVENTO QTDE DESCRIÇÃO DO ATO / EVENTO
AMP1900185968
1 090 CONTRATO
MANAUS Representante Legal da Empresa / Agente Auxiliar do Comércio:

Local Nome: __________________________________________
Assinatura: ______________________________________
9 Janeiro 2020 Telefone de Contato: ______________________________
Data
2 - USO DA JUNTA COMERCIAL

DECISÃO SINGULAR DECISÃO COLEGIADA
Nome(s) Empresarial(ais) igual(ais) ou semelhante(s):
SIM SIM Processo em Ordem
À decisão
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________ ___/___/_____
_____________________________________ _____________________________________ Data
_____________________________________ _____________________________________
____________________
NÃO ___/___/_____ ____________________ NÃO ___/___/_____ ____________________ Responsável
Data Responsável Data Responsável
DECISÃO SINGULAR
2ª Exigência 3ª Exigência 4ª Exigência 5ª Exigência
Processo em exigência. (Vide despacho em folha anexa)
Processo deferido. Publique-se e arquive-se.
Processo indeferido. Publique-se.
___/___/_____ __________________
Data Responsável
DECISÃO COLEGIADA
2ª Exigência 3ª Exigência 4ª Exigência 5ª Exigência
Processo em exigência. (Vide despacho em folha anexa)
Processo deferido. Publique-se e arquive-se.
Processo indeferido. Publique-se.
___/___/_____ ____________________ ____________________ ____________________

Data Vogal Vogal Vogal
Presidente da ______ Turma
OBSERVAÇÕES
Junta Comercial do Estado do Amazonas

Certifico registro sob o nº 13200755031 em 09/01/2020 da Empresa VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA, Nire 13200755031 e protocolo
200011847 - 07/01/2020. Autenticação: 781135598C48B82B46165CA3A317ACF65E5BF7A. Alberto Pacheco da Silva Ladeira - Secretário-Geral.
Para validar este documento, acesse http://www.jucea.am.gov.br e informe nº do protocolo 20/001.184-7 e o código de segurança 6yhi Esta cópia foi
autenticada digitalmente e assinada em 09/01/2020 por Alberto Pacheco da Silva Ladeira – Secretário-Geral.
pág. 1/9
Página 54
JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Registro Digital

Capa de Processo
Identificação do Processo
Número do Protocolo Número do Processo Módulo Integrador Data
20/001.184-7 AMP1900185968 07/01/2020
Identificação do(s) Assinante(s)

CPF Nome
049.319.624-24 RENATO UMMEN DE ALMEIDA TENORIO VILLAR
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Registro Digital

Documento Principal
Identificação do Processo
Número do Protocolo Número do Processo Módulo Integrador Data
20/001.184-7 AMP1900185968 07/01/2020

CPF Nome
Página 1 de 1

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Página 60
TERMO DE AUTENTICAÇÃO - REGISTRO DIGITAL
Certifico que o ato, assinado digitalmente, da empresa VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA, de NIRE
1320075503-1 e protocolado sob o número 20/001.184-7 em 07/01/2020, encontra-se registrado na Junta
Comercial sob o número 13200755031, em 09/01/2020. O ato foi deferido eletrônicamente pelo
examinador Glayson Luiz Oliveira Peixoto.
Certifica o registro, o Secretário-Geral, Alberto Pacheco da Silva Ladeira. Para sua validação, deverá ser
acessado o sitio eletrônico do Portal de Serviços / Validar Documentos (http://
portalservicos.jucea.am.gov.br/Portal/pages/imagemProcesso/viaUnica.jsf) e informar o número de
protocolo e chave de segurança.
Capa de Processo
Assinante(s)
CPF Nome
Documento Principal
Assinante(s)
CPF Nome
Manaus. quinta-feira, 09 de janeiro de 2020
Documento assinado eletrônicamente por Glayson Luiz Oliveira Peixoto, Servidor(a)

Público(a), em 09/01/2020, às 10:52 conforme horário oficial de Brasília.
A autencidade desse documento pode ser conferida no portal de serviços da jucea

informando o número do protocolo 20/001.184-7.
Página 1 de 1

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Registro Digital

O ato foi deferido e assinado digitalmente por :

CPF Nome
600.742.212-72 ALBERTO PACHECO DA SILVA LADEIRA
Manaus. quinta-feira, 09 de janeiro de 2020

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OUTORGANTE: VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA., pessoa jurídica inscrita no
CNPJ sob o nº 35.944.134/0001-45, com endereço na Avenida Djalma Batista, 315 -
cidade de Manaus/AM, CEP: 69053-355, neste ato representado por seu
representante RENATO UMMEN DE ALMEIDA TENÓRIO VILLAR, pessoa física,
brasileiro, nascido em Recife/PE em 03/08/1987, casado em regime de separação
de bens, inscrito no CPF/ME sob o nº 049.319.624-24, residente na Av. Boa Viagem,
1590 Apto 802 - Boa Viagem – Recife/PE CEP: 51021-000.
OUTORGADOS: ADRIANO GONÇALVES CURSINO, brasileiro, casado, advogado,

inscrito na OAB/PE sob o nº 30.854, inscrito no CPF/ME sob o nº 061.435.724-10;
GABRIELA MARINHO DE ASSIS FERNANDES ANGELO, brasileira, solteira,
advogada, inscrita na OAB/PE sob o nº 39.253, inscrita no CPF/ME sob o nº
089.328.224-33 e GUILHERME AFONSO PINHO, brasileiro, solteiro, advogado,
inscrito na OAB/PE sob o nº 050.426.814-77, integrantes da sociedade de
advogados CURSINO MARVÃO BRUSCKY ADVOGADOS - SOCIEDADE DE
ADVOGADOS, inscrita sob o CNPJ/MF sob o nº. 24.129.183/0001-08, inscrita na
OAB/PE sob o n.º 1925, sito a Avenida Antônio de Góes, 60, Empresarial JCPM, sala
1413, bairro de Boa Viagem, na cidade do Recife – PE, CEP 51010-000.
PODERES: Para representá-los, com cláusula ad judicia et extra, junto aos órgãos
públicos como a Receita Federal do Brasil, Ministério Público Federal e Estadual,
Secretárias da Fazenda, Agências Reguladoras, Autarquias, Secretarias de
Administração, bem como toda e qualquer entidade de Direito Público ou Privado,
visando a defensa dos seus direitos, inclusive para requerer e retirar extratos e
certidões, agindo em conjunto ou separadamente, bem como requerer/solicitar
tudo o que for necessário e solucionar qualquer pendência ou situação, podendo
tudo fazer para o bom e fiel cumprimento deste presente mandato, inclusive
substabelecer.
Recife/PE, 13 de março de 2021.
VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA

CNPJ/ME sob o nº 35.944.134/0001-45
Avenida Antônio de Góes, 60, Empresarial JCPM, sala 1413

(81) 3447.4573 | Boa Viagem - Recife – PE
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Página 63
Declaração: 22/1654432-8 Data do Registro: 25/08/2022 1
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PORTO DE MANAUS
EXTRATO DA DECLARAÇãO DE IMPORTAÇãO
ADMISSÃO NA ZFM - ZONA FRANCA DE MANAUS/AM.OCIDENTAL

Modalidade do Despacho: NORMAL
Quantidade de Adições: 1
Importador
CNPJ: 35.944.134/0001-45 VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA
Adquirente da Mercadoria
Representante Legal
CPF: 021.111.244-51 ANDERSON LEITE DE ARAUJO
Carga
Tipo do Manifesto: DTA
Número do Manifesto: 2203447740
Recinto Aduaneiro: INST.POR.FLUV.ALF-USO PRIVATIVO-CHIBATAO NAV. COM-MANAUS/AM
Armazém: CHIBATÃO
Embalagem: CAIXA DE PAPELAO Quantidade: 1500
Peso Bruto: 24.450,00000 Kg Peso Líquido: 23.550,00000 Kg
Valores
Moeda Valor
Frete: DOLAR DOS EUA 17.500,00
Seguro: 0,00
VMLE: DOLAR DOS ESTADOS UNIDOS 1.129.500,00
VMLD: DOLAR DOS ESTADOS UNIDOS 1.147.000,00
Tributos
Suspenso Recolhido
I.I.: 1.053.978,30 0,00
I.P.I.: 777.308,99 0,00
Pis/Pasep: 122.964,13 0,00
Cofins: 565.049,47 0,00
Direitos Antidumping: 0,00 0,00
Data da Emissão: __/__/____ ________________________________________

Assinatura do Representante
Página 64
Dados Complementares
-REFERÊNCIA VOLTZ: AL198;
-TAXA DO DÓLAR: 5,1050;

-BL NR: SH22010211;
-CE MERCANTE: 072205044332165;
-FATURA: EVS20220115WB1;
-PACKING LIST: SEM NÚMERO;
-APLICACAO DA MERCADORIA : INDUSTRIALIZAÇÃO;
-INSCRIÇÃO C.C.A. NR: 06.201.312-2;
-INSCRIÇÃO SUFRAMA: 21.0103.05-1;
-BENS FINAIS;
-PRODUTO: MOTOCICLETA ELÉTRICA;
-TAXA DO SISCOMEX: R$ 154,23;
-FORMA DE PAGAMENTO DO FORNECEDOR: 30% ANTECIPADO E 70% CONTRA O BL;
-FOB USD 1.129.500,00 R$ 5.766.097,50;
-FRETE PREPAID USD 17.500,00 R$ 89.337,50;
-CFR USD 1.147.202,99 R$ 5.855,435,00;
-DTA 220344774-0;
-1.500 CAIXAS DE PAPELÃO ACONDICIONADAS EM UM CONTAINER DE 40'';
-CONTAINER: MSKU6654489;
================================================================
-NÃO FOI MENCIONADO NO VALOR ADUANEIRO OS GASTOS RELATIVOS À CARGA, À DESCARGA E AO
MANUSEIO (CAPATAZIA) INCORRIDOS NO TERRITÓRIO NACIONAL CONFORME DISPÕE O DECRETO Nº
11.090/22 QUE ALTEROU O INCISO II DO ART. 77 DO DECRETO Nº 6.759/09.
================================================================
-TOTAL DO I.I. DEVIDO (0086):R$ 1.053.978,30;
-TOTAL DO I.I. A RECOLHER (0086): R$ 0,00;
-TOTAL DO I.P.I. DEVIDO (1038): R$ 777.309,00;
-TOTAL DO I.P.I. A RECOLHER (1038): R$ 0,00;
-TOTAL DO PIS DEVIDO (5602): R$ 122.964,14;
-TOTAL DO PIS A RECOLHER (5602): R$ 0,00;
-TOTAL DO COFINS DEVIDO (5629): R$ 565.049,48;
-TOTAL DO COFINS A RECOLHER (5629): R$ 0,00;
-TOTAL DEVIDO: R$ 2.519.300,92;
-TOTAL A RECOLHER: R$ 0,00;
================================================================
-BASE LEGAL DO ICMS:
-DECRETO CONCESSIVO NR. 43945 DE 27 DE MAIO DE 2021.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART 8º C/C ART 13º, VIII E ART. 16, III DO DECRETO Nº23.994, DE 2003 E ART. 118
DO RICMS.
================================================================
-DESPACHANTES ADUANEIROS CREDENCIADOS:
4D.0.380 ANDERSON LEITE DE ARAUJO 021.111.244-51
2D/00.256 ADENIS VELOSO BOTELHO 679.643.547-87
2D/00.513 ALLAN COELHO RUBIN 444.667.812-49
85019348287 FERNANDO MANGINI DE SOUZA 850.193.482-87
2D/00.020 FERNANDO SOUZA SOBRINHO 005.524.372-04
2D/00.693 FRANKLIN SOUZA BARBOSA 618.080.672-15
93765550230 ROMMEL LUIZ MASSUNANGA DE OLIVEIRA 937.655.502-30
51351773291 SANDRO MANGINI DE SOUZA 513.517.732-91
Página 65
Alertas e Erros
I - Erros Impeditivos NI - Erros Não Impeditivos A - Alertas
Adição Tipo Mensagem Linha

001 A OBSERVE O DISPOSTO NA NOTÍCIA SISCOMEX IMPORTAÇÃO 32/2022. 001
001 A EXISTE EX DA TIPI COM A ALÍQ. MAIOR QUE A VIGENTE PARA A MERCADORIA
INFORMADA
Página 66
Adição: 22/1654432-8 / 001
N° do LI : 22/2362242-0
Exportador

Nome: WUXI TAILG TECHNOLOGY TRADING CO.,LTD
País de Aquisição: CHINA, REPUBLICA POPULAR
Fabricante/Produtor
Nome: JIANGXI HUACHUANGLI NEW ENERGY CO., LTD.
País de Origem: CHINA, REPUBLICA POPULAR
Classificação Tarifária
NCM 8507.60.00 - - De íon de lítio
NBM 8507.60.00
Condição de Venda
INCOTERM: FOB - FREE ON BOARD
VCMV: 1.129.500,00 DOLAR DOS EUA
Peso Líquido da Adição: 23.550,00000 Kg
Descrição Detalhada da Mercadoria
Qtde: 1.500,00000 UNIDADE VUCV: 753,0000000 DOLAR DOS EUA
ACUMULADOR ELETRICO DE LITIO, RECARREGAVEL.
**SUFRAMA**ACUMULADOR ELETRICO DE IONS DE LITIO, FUNCAO PRINCIPAL: ALIMENTACAO DE MOTO
ELETRICA, PRINCIPIO E DESCRICAO DO FUNCIONAMENTO: ALIMENTAR A MOTO ELETRICA COM FUNCAO
DE CARGA E DESCARGA, TENSAO: 72V, CORRENTE: 33,6AH, POTENCIA: 2.419W, USO/APLICACAO:
UTILIZA¿¿O EM MOTO ELETRICA, MARCA JIANGXI HUA CHUANG LI NEW ENERGY CO., LTD. LITHIUM
BATTERY
Imposto de Importação
Regime de Tributação: SUSPENSAO
Alíquota AdValorem (TEC): 18,00%
Valor a Recolher: R$ 0,00
Imposto sobre Produtos Industrializados
Alíquota Advalorem (TIPI) 11,25%
Dados Gerais Pis e Cofins
Base de Cálculo: R$ 5.855.435,00
Percentual de Redução da base de Cálculo: 0,00%
Pis/Pasep
Alíquota AdValorem: 2,10%
Valor Devido: R$ 122.964,13
Cofins
Alíquota AdValorem: 9,65%
Valor Devido: R$ 565.049,47
Página 67
Página 68
29/07/2022 11:23 Sistema Marinha Mercante
Consulta de Conhecimento Sexta-Feira, 29 de Julho de 2022 (11:23). Sua sessão expirará em:
24:58

Dados do Manifesto
Data de Encerramento do
Número do Manifesto 1522500298589 21/02/2022
Manifesto
Número da Viagem 203W Data de Operação 28/02/2022
Porto de Carregamento CNSHA - SHANGHAI (SHAN HAI) Porto de Descarregamento BRSSZ - SANTOS
Tipo de Tráfego 05 - LONGO CURSO IMPORTACAO
Código da Embarcação 9527049 - MAERSK LANCO
Empresa de Navegação DK001046 - MAERSK A/S
Agência de Navegação 30.259.220/0003-67 - MAERSK BRASIL BRASMAR LTDA
Total de Conhecimentos
200
Total de Conhecimentos Incluidos
200
Informados Total de Conhecimentos
0
Associados
Identificação Única do Conhecimento

CE-MERCANTE FILHOTE 072205044332165
Consulta de Todos os Itens do Conhecimento

Consulta todos os Manifestos
Dados de seu Master

CE-Mercante do Master 072205043178952 Data de Emissão 24/01/2022
Situação do Master SUSPENSO DE PAGAMENTO
Agência Desconsolidadora 08.594.519/0001-57 - FGL GLOBAL LOGISTICA LTDA
Empresa (NVOCC) CN001417 - KORMAN SHIPPING CO., LTD
Qtde Filhotes Informados 1 Qtde Filhotes Incluídos 1
Indicadores do Conhecimento
PENDÊNCIA de AFRMM NÃO REVISÃO de AFRMM NÃO
BLOQUEIO do Conhecimento NÃO
RETIFICAÇÃO pendente de análise NÃO
PENDÊNCIA de Trânsito Marítimo NÃO
Dados Gerais do Conhecimento

Tipo de Conhecimento Filhote (HBL) Categoria da Carga Importada
Data de Emissão 24/01/2022 Conhecimento de Embarque SH22010211
Cubagem (m³) 35,363 Peso Bruto (Kg) 24.450,000
Porto de Origem CNSHA - SHANGHAI (SHAN HAI) Porto de Destino BRSUA - SUAPE
CPF/CNPJ do Consignatário 35.944.134/0001-45 - VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA
Identificação do Embarcador
WUXI TAILG TECHNOLOGY TRADING CO., LTD
(Shipper/Exporter)
1X40' GP CONTAINER STC 1500 CARTONS LITHIUM BATTERY CLASS9 UN3480 WOODEN PACKAGE
Descrição da Mercadoria
NOT APPLICABLE(NOT USED)
Observações
Dados de Longo Curso Importação
Consignatário
Tipo Consignatário : NACIONAL CPF/CNPJ : 35944134000145

Nome : VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA
Dados Complementares : BRASFLEX IMPORT & EXPORT - EIRELI R PROFESSOR JOSE BRANDAO, 389 BOA VIAGEM CEP: 51020-180
RECIFE - PE
Notify Part
Identificação : VOLTZ MOTORS DA AMAZONIA LTDA , CEP: -
CNPJ/CPF : 35944134000226
Frete
Valor do Frete Total : 17.759,83

Valor do Frete Básico : 17.500,00 Moeda : 220 - DOLAR DOS EUA
Pagamento : PREPAID (PAGO) Modalidade : HH - HOUSE TO HOUSE
Componentes do Frete
Tipo do Componente : Valor : Moeda : Recolhimento :
01ª CAPATAZIA/THC/THD 1.355,00 790 - REAL/BRASIL COLLECT (A PAGAR)
https://www.mercante.transportes.gov.br/g36127/servlet/serpro.siscomex.mercante.servlet.MercanteController?acao=%27logon%27&passo=%27… 1/2
Página 69
29/07/2022 11:23 Sistema Marinha Mercante
Transbordo/Baldeação no Exterior
Data de Emissão BL do 1o. Transporte :

Conhecimento de Embarque/BL do 1o. Transporte :

Navio do 1o. Transporte :
-
Portos Navios
Outros
BL de Serviço : NÃO
Terminal Portuário de Descarregamento : BRSSZ016 - SANTOS BRASIL
País de Procedência da Carga : CN - CHINA UF Destino da Carga : PE - PERNAMBUCO
Dados de Inclusão/Atualização
CPF do Usuário 021.111.244-51 Nome ANDERSON LEITE DE ARAUJO
CONSIGNATÁRIO /
Tipo de Usuário Endereço IP 177.34.99.229
REPRESENTANTE
Data 26/07/2022 Hora 07:20:32
Nova Consulta
Imprimir ^Topo
https://www.mercante.transportes.gov.br/g36127/servlet/serpro.siscomex.mercante.servlet.MercanteController?acao=%27logon%27&passo=%27… 2/2
Página 70
Página 71
Página 72
clara.albuquerque@cursinoadvogados.com.br

De: Marina Dornelles <marina.dornelles@cursinoadvogados.com.br>
Enviado em: quinta-feira, 15 de setembro de 2022 16:47
Para: Clara Albuquerque
Assunto: Fwd: CANAL VERMELHO VOLTZ
De: Joelson Castro <gerencia@codama.com.br>

Enviada em: quarta-feira, 14 de setembro de 2022 14:11
Para: Adelino Cardoso <adelino.cardoso@voltzmotors.com>; Anderson Leite <anderson.leite@voltzmotors.com>
Assunto: Fwd: CANAL VERMELHO VOLTZ
---------- Forwarded message ---------

De: RF02-Servico de Despacho Aduaneiro-ALFMNS-AM-RFB-CxCorp <sedad.am.alfmns@rfb.gov.br>
Date: qua., 14 de set. de 2022 às 12:53
Subject: RES: CANAL VERMELHO VOLTZ
To: Joelson Castro <gerencia@codama.com.br>, RF02-Servico de Despacho Aduaneiro-ALFMNS-AM-RFB-CxCorp
<sedad.am.alfmns@rfb.gov.br>
Cc: Fernando Sobrinho <fernando.sobrinho@codama.com.br>
Repassado ao Auditor.
RVF concluído.
Voltamos a ressaltar que os colegas estão com várias DI acumuladas para análise, pelo descaso na reposição dos
quadros e, atualmente, por estarmos com 2 colegas de férias. Portanto, solicitamos que aguardem sua vez, num
cenário que todos os intervenientes alegam urgência/prioridade.
RICARDO GOMES VIEIRA
AUDITOR-FISCAL RFB
SEDAD/ALF/MANAUS

Enviada em: quarta-feira, 14 de setembro de 2022 11:09
Página 73
Para: RF02-Servico de Despacho Aduaneiro-ALFMNS-AM-RFB-CxCorp <sedad.am.alfmns@rfb.gov.br>
Assunto: Re: CANAL VERMELHO VOLTZ

Prezados, bom dia
A vistoria foi concluída dessa DI, temos alguma previsão de quando a análise dessa DI será concluída?
22/1654432-8
Atenciosamente,
Para ajudar a proteger a sua priv acidade, o Microsoft Office impediu o download automático desta imagem da Internet.
Em sex., 2 de set. de 2022 às 16:32, RF02-Servico de Despacho Aduaneiro-ALFMNS-AM-RFB-CxCorp

<sedad.am.alfmns@rfb.gov.br> escreveu:
Prezado,
Fluxo normal, mensagem repassada ao Auditor.
Página 74
RICARDO GOMES VIEIRA
AUDITOR-FISCAL RFB

SEDAD/ALF/MANAUS

Enviada em: sexta-feira, 2 de setembro de 2022 15:11
Para: RF02-Servico de Despacho Aduaneiro-ALFMNS-AM-RFB-CxCorp <sedad.am.alfmns@rfb.gov.br>
Assunto: CANAL VERMELHO VOLTZ
Prezados, boa tarde
Seria possível informar se há uma previsão de quando o auditor fiscal Nilson concluirá a análise da declaração
abaixo?
22/1654432-8
Atenciosamente,
Página 75
--
--
Página 76
Seção Judiciária do Amazonas
Distribuição
PROCESSO: 1021596-89.2022.4.01.3200
INFORMAÇÃO DE PREVENÇÃO
NEGATIVA
A Distribuição da Seção Judiciária do Amazonas informa que, após análise do relatório de prevenção gerado
automaticamente pelo sistema PJe e pesquisa nos demais sistemas eletrônicos da Justiça Federal da 1ª Região, não
foram identificados processos possivelmente preventos ao processo 1021596-89.2022.4.01.3200.
Encaminhem-se os autos ao órgão julgador do processo.
, 21 de setembro de 2022.
(assinado eletronicamente)
Servidor
Assinado eletronicamente por: DOUGLAS PAULA DA SILVA - 21/09/2022 19:10:44 Num. 1327848753 - Pág. 1
Página 77
quarta-feira, setembro 21, 2022 MEIO AMBIENTE CIDADANIA ECONOMIA
Últimos:
 POLÍTICA TURISMO REGIÃO AM
Evento do Setor de farmácias discute o futuro com inovação e jornada do cliente

 
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MANAUS
MANAUS
#SouManaus
se consolida
como um
ECONOMIA INDÚSTRIA espaço de lazer
e diversão para
Operação-padrão de fiscais da Receita toda a família
Federal afeta produção de eletrônicos  5 de setembro de 2022
direto nas linhas de montagem  cna  0
 12 de fevereiro de 2022  cna  0 comentários No segundo dia de

realização, neste
Empresas do setor relatam aumento de dificuldades para o domingo, 4/9, o
desembaraço aduaneiro de componentes importados, o que #SouManaus Passo a
tem obrigado algumas fábricas a paralisar linhas de produção Paço 2022 já se
consolidou como um
Iniciada no fim de dezembro e sem previsão de acabar, a espaço preparado para
operação-padrão dos fiscais da Receita Federal está receber as famílias de
provocando paradas de produção na indústria de aparelhos Manaus.
eletrônicos, dada a lentidão no desembaraço de cargas em
portos e aeroportos.
Página 78
A informação foi divulgada pela Associação Brasileira da CatedAM
 POLÍTICA MEIO AMBIENTE CIDADANIA ECONOMIA
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que semanalmente
TURISMO REGIÃO
ral
realiza pesquisa juntos as empresas associadas para medir o Metr
opolit
impacto da mobilização dos fiscais da Receita Federal. ana

de Manaus é
De acordo com a entidade, mais da metade das empresas interditada por risco de
(55%) que respondem às pesquisas semanais, afirmam desabamento do
enfrentar dificuldades com a chegada de componentes mezanino
 4 de setembro de 2022 
importados. Algumas tiveram de suspender linhas de produção
0
ou pagar multas por atraso de entregas aos clientes. Esse tipo
de problema não foi relatado, por exemplo, na crise de
David
escassez de chips. Almei
da
O presidente da Abinee, Humberto Barbato, diz que o quadro é prom
preocupante porque se reflete em aumento no preço do ete
produto. “As taxas de armazenagem são infernais. Algo precisa transformar Manaus na
capital de grandes
ser feito urgentemente. ” eventos durante
abertura do festival
O protesto dos auditores é pela volta do bônus por Passo a Paço
desempenho. Ocorre em meio à insatisfação do funcionalismo  4 de setembro de 2022 
federal após o presidente Jair Bolsonaro prometer reajuste 0
apenas a policiais, o que abriu uma série de protestos das

demais categorias por aumentos salariais.
EDUCAÇÃO
← Amazonas fortalece ações de ampliação da cobertura

vacinal contra covid-19 em municípios do interior do estado
DESTAQUE
CPI da Amazonas Energia solicita fiscalização e Ipem EDUCAÇÃO
constata irregularidades em aparelhos medidores →

Educação do
Amazonas
 Você pode gostar também avança quatro
posições no
IDEB e tem
melhor nota
desde o início
“O Custo Brasil Associação Dólar desacelera da avaliação
vai diminuir”, diz Comercial do e fecha em R$ nacional
relator de MP Amazonas pede 5,57 após
Página 79
que cria ao STF discussão de  17 de setembro de 2022
Documento de  POLÍTICA MEIO AMBIENTE CIDADANIA ECONOMIA  cna

suspensão de PEC ser adiada TURISMO
 0
REGIÃO AM
Transporte decreto que  26 de outubro de
Índice é resultado dos
Eletrônico afeta Zona 2021  0
Franca de trabalhos educacionais
 23 de julho de 2021
Manaus realizados no período

 0
 2 de março de 2022
pandêmico Mesmo
enfrentando a pandemia
 0
de covid-19, a educação
do Amazonas
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Mais
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios de 16
são marcados com * mil
aluno
Comentário s de
escolas públicas
entraram na Ufam pelo
sistema de reserva de
vagas
 29 de agosto de 2022  0
Nova
Acrópole abre vagas

para o Curso de
Filosofia em Manaus
Nome *  23 de agosto de 2022  0
Proje
to de
Wilso
E-mail * n
Lima
que autoriza
pagamento do Fundef é
aprovado por
unanimidade pelos
Site deputados
 11 de agosto de 2022  0
CIDADANIA
Página 80
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GUERRA NA UCRÂNIA ITAPECER
Tropas russas estão perto do colapso, diz autoridade dos EUA Desabame
Normalização do porto de Xangai deve demorar até

6 meses, avalia economista
À CNN Rádio, Roberto Dumas explicou que fim do lockdown em Xangai, na China, é “luz no fim do túnel”
Contêineres no Porto de Yangshan, em Xangai

06/08/2019. REUTERS/Aly Song/Files
Amanda Garcia e Bel Campos, da CNN
01/06/2022 às 10:14
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Depois de dois meses, as autoridades chinesas liberaram Xangai do rígido
lockdown
GUERRA contra a Covid-19. A expectativa, agora, é para a retomada plenaITAPECER
NA UCRÂNIA das
Tropas russas
atividades estãoda
do porto perto do colapso,
cidade, um dos dizprincipais
autoridadedo
dos EUA
mundo. Desabame
Em entrevista à CNN Rádio, o economista-chefe do Voiter e professor de

economia do Insper, Roberto Dumas, afirmou que a notícia é boa, mas que os
próximos meses ainda serão complicados.
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“Até desembaralhar todo o porto leva de 4 a 6 meses. Estamos vendo luz no fim
do túnel, mas normalizar a entrega de eletroeletrônicos, semicondutores,
microprocessadores e até artigos farmacêuticos é um processo”, explicou.
Segundo ele, “não é agora, imediatamente, que vamos ver um desembaraço do

processo logístico das cadeias de produção que vêm da China.”
Leia mais:
Europa vai banir 90% do petróleo russo até o final do ano

Página 82
Inflação recorde empurra ações da zona do euro para mínimas da sessão

China detalha medidas para tentar reerguer economia afetada por lockdowns
GUERRA NA UCRÂNIA ITAPECER

Tropas russas estão perto do colapso, diz autoridade dos EUA Desabame
Ele acredita que o otimismo “aumenta investimentos e o consumo volta a subir”.

Mas, “a volta do consumo chinês significa um consumo maior também de
petróleo, o que fará o preço da commodity ter nova alta.”
“O preço do petróleo subirá não somente por isso, mas também porque a União
Europeia colocou uma sanção maior ao produto russo, e consumo maior com
oferta menor afeta mais a inflação mundial”, completou.
Tópicos
CNN Rádio Economia Inflação Petróleo
Compartilhe:
Políticos russos se unem para desafiar o presidente Vladimir Putin
Ucrânia derrubou cerca de 55 caças russos, diz comandante da Força Aérea dos
EUA
EUA e Ucrânia trabalharão em conjunto na acusação de crimes de guerra

Página 83
JORNAL NACIONAL
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Operação-padrão aumenta em quatro vezes tempo da
liberação de cargas
Prazo médio para liberação de produtos importados e de exportação subiu de cinco para 20 dias, segundo empresários.
Auditores da Receita fazem há quatro meses uma operação-padrão contra os cortes no orçamento e a redução do quadro de
funcionários.
Por Jornal Nacional

25/04/2022 22h07 · Atualizado há 4 meses
Com operação-padrão, espera para liberação de cargas passa de 5 para 20 dias
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Página 84
DESCUBRA‌‌UMA‌
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Uma operação-padrão de funcionários da Receita Federal aumentou em quatro vezes o tempo da liberação de
cargas.
O volume de caixas empilhadas nos aeroportos e de contêineres nos portos não é sinal de uma economia em plena
atividade. É o resultado do atraso na liberação de cargas importadas e de produtos de exportação.
Desde o fim do ano passado, os auditores da Receita Federal fazem uma operação-padrão. Isso significa que a
checagem da documentação e da carga é feita de forma mais rigorosa e numa quantidade de produtos maior do
que a normal.
O movimento é uma reação ao corte de quase 50% no orçamento da Receita Federal para este ano. O valor caiu
de R$ 2,7 bilhões no ano passado para R$ 1,4 bilhão este ano.
Além dessa redução, o presidente do sindicato da categoria, Isac Falcão, diz que, desde 2009, o número de
auditores fiscais caiu de 12 mil para pouco mais de 7 mil.
· Funcionários da Receita Federal entregam cargos após aprovação do Orçamento de 2022
“Na medida em que você reduz o número de auditores fiscais disponíveis para fazer
o controle aduaneiro, você começa a perder ou segurança ou agilidade. Para ser ágil
e segura ao mesmo tempo, a gente precisaria de muito mais auditores fiscais e, por
isso, a gente está pedindo concurso público para a Receita Federal e precisaria do
orçamento da Receita Federal normalizado”, diz o presidente do Sindifisco
Nacional, Isac Falcão.
Página 85
O Brasil vinha reduzindo o tempo de liberação de cargas de importação e exportação, para aumentar a
competitividade da indústria nacional. Mas, em uma carta enviada ao Ministério da Economia, associações
setoriais da indústria e grandes empresas afirmam que o tempo médio para liberar os produtos dos portos e
aeroportos aumentou em quatro vezes: de cinco para 20 dias.
Segundo o Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimento, que também assina a carta, a operação-

padrão dos auditores fiscais já afeta a produção das indústrias.
“Essa demora na liberação de cargas tem como principal impacto o aumento de

custos, primeiro para as indústrias, depois para os consumidores. Nós temos um
impacto na eficiência produtiva, porque, na realidade, insumos importados são os
principais itens da pauta importadora do Brasil. Na medida em que os insumos
importados não chegam, você atrapalha toda a cadeia produtiva brasileira”, afirma
o presidente do IBCI, Welber Barral.
Uma empresa do Recife produz equipamentos de medição a distância, usados desde o controle de hidrômetros na
cidade até o rastreamento de bois no pasto. Em 11 anos de atividade, é a primeira vez que a produção parou por
falta de peças importadas. Os 38 funcionários da montagem tiveram duas semanas de férias coletivas.
“Isso causa um prejuízo imenso, além de ter que gastar com advogado para poder
liberar mercadoria”, diz Frederico Braga, diretor de negócios.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Humberto Barbato, diz que 74% das
empresas que dependem de importações de componentes e 64% das exportadoras já estão sendo prejudicadas.
“A produção brasileira está totalmente prejudicada e há necessidade de que o

governo federal e os auditores fiscais possam entrar num acordo o mais
rapidamente possível para que a gente possa continuar a produção brasileira sem
prejudicar as empresas e tampouco os consumidores, porque evidentemente isso
vai acabar gerando também falta de produto nas prateleiras com o passar do
tempo”, afirma.
A Receita Federal e o Ministério da Economia não quiseram comentar.

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(SP) BRAD PITT
ítico deixa ao menos 9 mortos Ator estreia como escultor em exposição na Fin
Lockdowns na China e guerra na Ucrânia

congestionam principais portos do mundo
Importações brasileiras e cadeia global de suprimentos são afetadas, sofrendo com atrasos em entregas
e aumento nos preços dos fretes e das mercadorias
Mais de um quinto da frota global não consegue atracar em terminais portuários

19/10/2020. REUTERS/Aly Song
Fabrício Julião, do CNN Brasil Business

em São Paulo
19/05/2022 às 04:30 | Atualizado 19/05/2022 às 06:44
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O lockdown mais rígido em Xangai, metrópole chinesa e centro financeiro
(SP) BRAD PITT
mundial,
ítico deixa aocausou
menos 9impactos
mortos nas cadeias globais de exportação
Ator estreia comem
como escultor o exposição na Fin
congestionamento de portos na China e no resto do mundo, mas deve trazer
consequências mais severas em relação às cadeias de suprimento do que o
choque inicial trazido em 2020 com o surgimento da Covid-19, segundo
especialistas consultados pelo CNN Brasil Business.
Isso porque os navios porta-contêineres estão na fila por períodos mais longos de
tempo para atracarem nos portos, o que acaba sobrecarregando os terminais e
atrasando entregas em todos os lugares do mundo.
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Atualmente, um quinto da frota global de contêineres está presa em

congestionamento em vários portos, de acordo com um relatório publicado pelo
Royal Bank of Canada (RBC). São mais de 345 navios aguardando para atracar no
porto de Xangai, segundo Mike Tran, responsável pelo relatório.
“Os gargalos nas cadeias de suprimento hoje são diferentes do que eram há seis
meses. Há várias versões para isso, mas basicamente, antes eles estavam muito
centrados nos EUA, no porto de Long Beach. O que estamos vendo agora é que
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esses gargalos estão se tornando globais. A guerra entre Rússia e Ucrânia causou
um congestionamento muito grande na Europa, assim como os lockdowns na
China no continente asiático e, claro, os gargalos nos EUA permanecem”, afirmou
Michael Tran, ao CNN Brasil Business.

(SP)
Leia Mais BRAD PITT
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Contra Covid, China vai limitar estritamente viagens de seus cidadãos ao exterior
Como os lockdowns na China estão afetando as empresas globais
O diretor de estratégia global do RBC disse que o estudo considerou a situação

atual dos 22 maiores portos do mundo. Nenhum porto latino-americano fez parte
da pesquisa, mas Michael Tran ressaltou que os impactos dos gargalos nas
cadeias de suprimento atingem todos que fazem negócios com a China.
“A China representa 12% do comércio mundial. Portanto, se as mercadorias

ficarem presas na China, elas não chegarão aos principais consumidores. Além
disso, se um navio começar a demorar mais para chegar até o seu destino em sua
viagem, isso causa um grande problema inflacionário”, pontuou.
Mark Juzwiak, diretor de Relações Institucionais do Grupo Maersk, maior empresa

operadora de navios porta-contêineres do mundo, disse que os lockdowns na
China precipitaram um efeito cascata, reduzindo a rotatividade mundial de
contêineres.
“Eu diria que não há falta de contêineres, mas sim uma rotatividade muito menor
deles. Anteriormente fazíamos 4 ou 5 viagens por ano para a China, mas por conta
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dos atrasos estamos realizando apenas duas viagens levando e trazendo os
contêineres”, declarou.
Juzwiak explicou que uma viagem marítima para a costa chinesa leva em média
40 dias para ser concluída em situações normais, mas a fila de navios nos portos

asiáticos geram atrasos nas viagens de volta.
(SP) BRAD PITT
Segundo
ítico deixa ao ele,
menosa política
9 mortoschinesa “Covid zero” interrompeu
Ator estreia comoo escultor
avanço emconquistado
exposição na Fin
em 2021 e no início de 2022 de retomada da atividade econômica de exportação,
e os impactos causados devem ser mais fortes a partir do segundo semestre
deste ano, com as sequelas sendo sentidas até 2023.
“O segundo semestre geralmente tem um volume de cargas entre 15% a 20%

maior, por conta das festas de fim do ano, das datas comemorativas ao redor do
mundo que movimentam bastante a economia. Portanto, acredito que mesmo que
a situação epidemiológica melhore na China até o segundo semestre, ainda
veremos um ambiente de demanda muito alto, mas que não será normalizado
rapidamente”, destacou.
Inflação global
Outro ponto de destaque que traz dificuldades para o comércio marítimo no

momento são os altos custos, de acordo com Mark Juzwiak. O preço do bunker,
combustível usado nos navios, subiu de US$ 200 o litro em julho de 2020 para
mais de US$ 900 atualmente.
“Os combustíveis dos transportes representam mais de 50% dos custos de

navegação. Então, subindo os combustíveis, vai haver aumento no preço das
mercadorias naturalmente”, disse.
Mike Tran, do Royal Bank of Canada, ressaltou que os altos custos dos
combustíveis devem elevar o custo do frete em todo o mundo.
“As linhas de vida do comércio global estão se tornando cada vez mais caras.
Então eu acho que isso é importante, é fundamental para como pensamos sobre o
problema em questão, quanto mais tempo isso vai durar. Quanto maior a
probabilidade de pressão ascendente em tudo o que o consumidor compra,
maiores os valores que ele irá pagar”, acrescentou.
Página 90
Impacto nas importações brasileiras
Os especialistas observaram que o Brasil deve sentir fortes impactos nas

importações com os gargalos nas cadeias de suprimentos globais. Mark Juzwiak

salientou que a chegada de insumos da China é um problema, pois a alta
demanda e a dificuldade da operação das cargas faz com que os contêineres não
cheguem 100% preenchidos de insumos. BRAD PITT
(SP)
“Os navios na China não tem contêineres disponíveis para embarcar, então eles
chegam com 80% da ocupação aqui enquanto para a exportação eles estão
sempre cheios”, destacou.
Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, e Leonardo Trevisan, professor de

geoeconomia internacional da ESPM, discorreram sobre o papel do Brasil no
comércio global e a relação dos negócios com os chineses, que não conseguem
suprir a demanda mundial no momento.
“O problema do Brasil é que nós só respondemos a 1% dos contêineres do

mundo, importando muito mais do que exportando. O país sofre muito com isso e
com os valores de frete altos”, evidenciou Quintella. “É quase um comércio
internacional de mão única, hoje faltam chips para a indústria automobilística e
outros produtos”, acrescentou.
“Temos uma ideia errônea de que só exportamos para a China, mas não é bem
assim. Importamos diversos insumos chineses presentes no nosso dia a dia. Sem
essas importações, não teremos os insumos necessários para os medicamentos
que compramos nas farmácias, por exemplo”, completou Trevisan.
Conforme analisado por Juzwiak, apesar de o Brasil sentir os impactos dos

gargalos na cadeia de suprimentos, a situação é mais preocupante nos EUA, na
Europa e na China.
“A Europa enfrenta as consequências da guerra no leste europeu e a China os

efeitos dos lockdowns em cidades importantes, enquanto nos EUA ainda existem
mercadorias que os norte-americanos compraram em outubro para o fim do ano
que ainda não chegaram, estão paralisadas. O transporte no Brasil não parou
desde o começo da pandemia”, afirmou.
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(SP) BRAD PITT

Atrasos em exportações voltam a ser realidade devido a lockdowns na China
A Maersk reporta que “o estado dos terminais de cargas refrigeradas tem

melhorado gradualmente, permitindo-nos retomar as reservas de cargas, com os
primeiros embarques chegando a Xangai a partir de 26 de junho”.
A companhia disse que o manuseio de contêineres em pátio e a entrada e saída

de navios dos terminais no porto de Xangai “totalmente operacional” e que já
começa a ver maior coleta de contêineres vazios para carregamento e mais
importações saindo do porto.
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com nossos clientes e

parceiros, buscando soluções alternativas, incluindo serviços multimodais entre
Xangai e cidades próximas, e nos preparando para os próximos meses à medida
que as coisas caminham para um estado de normalidade. A situação permanece
fluida em outras partes da China e continuamos a avaliar a situação diariamente”,
afirmou a Maersk, em nota.
“A situação no Brasil atualmente é normal, mas embora os portos chineses

estejam abertos, o lockdown na China levou a uma escassez de caminhões e
fábricas fechadas, o que pode acarretar um volume de embarques além do
normal nos próximos meses”, concluiu.
O CNN Brasil Business também entrou em contato com o grupo da Mediterranean

Shipping Company (MSC), que disse que não iria comentar sobre o assunto.
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Por meio desta carta fica:

2. ADVERTIDO(A) de que o processo seguirá normalmente, caso não haja manifestação.

Piraquara, 18 de agosto de 2023.

Processo nº: 0004180-33.2023.8.16.0034

VOLTZ MOTORS DO BRASIL COMERCIO DE MOTOCICLETAS LTDA, pessoa

Inicialmente, requer que toda notificação e intimação sejam efetuadas em nome do

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Dessa forma, pediu o cancelamento da compra e restituição do valor pago, além da

III – DA VERDADE DOS FATOS

Inicialmente, antes de adentrar no mérito da questão, cumpre esclarecer a verdade

A VOLTZ MOTORS DO BRASIL é uma empresa séria, com atuação reconhecida no

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A referida empresa importa a sua matéria prima para montagem de suas

Tal logística, por si só, já requer a realização de procedimentos burocráticos, que

Salienta-se que a VOLTZ MOTORS DO BRASIL já possui uma fábrica instalada em

Contudo, atualmente, após a escolha do modelo de motocicleta que será

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Conforme já explicitado, a fábrica de montagens das motocicletas da empresa Ré

Ocorre que, de tempos em tempos, realiza-se a fiscalização da Receita Federal dos

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Tal operação-padrão, também, é alvo de diversas reportagens, cujas cópias, anexas,

“O atraso na liberação de insumos tem reflexos sobre toda a linha de

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“Essa demora na liberação de cargas tem como principal impacto o

Complementa-se, ainda, tais informações, por meio de relatos jornalísticos anexos:

Iniciada no fim de dezembro e sem previsão de acabar, a operação-

A informação foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria

De acordo com a entidade, mais da metade das empresas (55%)

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Essa operação, comumente chamada de “operação-tartaruga” vem causando

É importante frisar, que a empresa ré nunca deixou de informar ao cliente

O Autor fez o pedido dia 10/03/2022. E pagou da seguinte forma:

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Assim, não restam dúvidas de que a VOLTZ MOTORS DO BRASIL COMERCIO DE

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Desse modo, é possível extrair os seguintes elementos da responsabilidade civil:

A ausência de qualquer um dos quatro primordiais elementos, notadamente a

Todavia, alguém somente poderá ser responsabilizado se houver ligação entre a

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No entanto, é importante destacar, também, que, em se tratando de relação de

A responsabilidade objetiva é descrita no Código de Defesa do Consumidor, nos arts.

O Código Civil, em seu art. 393, assim estabelece:

Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de

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A doutrina identifica o caso fortuito externo como hipótese de isenção de

Essa é a lição de Rizzatto Nunes, em artigo publicado em 16 de março de 2020, no

“(...) E, quando o Código de Defesa do Consumidor afasta a força

Inclusive, existem precedentes de diversos Tribunais Pátrios reconhecendo a

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CIVIL. CELEBRAÇÃO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO.

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CONSUMIDOR. OFERTA DE PRODUTO. VEÍCULO. MAJORAÇÃO DO

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Inclusive, sendo a posição do Superior Tribunal de Justiça, conforme:

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AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

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IV.II – DA INEXISTÊNCIA DE DANO MATERIAL