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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1020863-82.2022.8.26.0100 e código vVkWjDu6.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA SEÇÃO DE
DIREITO PRIVADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
5.683.106
PROCESSO: 1020863-82.2022.8.26.0100
Rua Dom Pedro II, 453 Rua dos Aimorés, 2001, Conj. 901/906 Rua Porto Alegre , nº 316
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CEP: 35162-399 TEL: 31 3828-4100 CEP 30140-072 TEL: 31 3785-4269 CEP: 38.061-330 – TEL: 34 3480-2109
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por NEY JOSE CAMPOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/09/2023 às 16:44 , sob o número WPRO23012275908.
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RAZÕES DE AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA TURMA JULGADORA,
“III. Pelo exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso especial com base no art.
1.030, I, "b", CPC (art. 543-C, § 7º, I, CPC 1973), em razão dos Recursos
Especiais repetitivos nos 1197929/PR e 1199782/PR.”
-I-
CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
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A decisão agravada foi publicada em 01/09/2023. Assim o início do cômputo
do prazo recursal se deu no dia 04/09/2023, segunda-feira, com término em
26/09/2023, terça-feira, computada a suspensão do expediente forense nos dias 07 e
08 de setembro de 2023 (Provimento CSM 2678/2022). Resta, portanto, inconteste a
tempestividade recursal.
- II -
DAS RAZÕES DE AGRAVO
O recurso especial aviado pelo Agravante é cabível (porque a alegação é de ofensa a lei
federal); é tempestivo (porque observou o prazo quinzenal); foi interposto pelo ente
legítimo e com interesse (porque foi o Agravante o prejudicado com o julgamento do
recurso de apelação e do recurso especial é o meio adequado a solucionar a questão
instaurada); preencheu a forma prevista na legislação (porque indicou com precisão e
de forma fundamentada a ofensa que se julga existir); foi devidamente prequestionada
nas instâncias ordinárias; foram esgotados os recursos ordinários cabíveis.
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competência para decidir é dos tribunais superiores (STF e STJ). É vedado
ao tribunal de origem dizer que não houve violação da CF ou que não
existiu negativa de vigência da lei federal.”1
É para isso o que alerta Rita Dias Nolasco3, autora que se vale dos pensamentos de
Tereza Arruda Alvim Wambier, Barbosa Moreira e Nelson Luiz Pinto para concluir pela
impossibilidade de exame de mérito em exame de admissibilidade:
“O juízo de mérito dos recursos pressupõe a sua admissibilidade. Mas às vezes o juízo
de admissibilidade é confundido com o próprio mérito do recurso, como por
exemplo no caso do juízo negativo de admissibilidade dos recursos extraordinário e
especial baseado nas letras a dos arts. 102, III, e 105, III, da CF, onde muito
frequentemente se decide o próprio mérito do recurso4.
1 Nery Júnior, Nelson; Nery, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado e Legislação
Extravagante. 10ª ed. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2007. Pág. 933.
2 Comentários ao Código de Processo Civil. 12 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. Item 325, p. 604.
3 Idem, Possibilidade do Reconhecimento de ofício de matéria de ordem pública no âmbito dos recursos de efeito
devolutivo restrito.” In Aspectos polêmicos e atuais dos recursos cíveis e assuntos afins. V. 10. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006. Pag. 478-479.
4 Citação da autora: “Para Teresa Arruda Alvim Wambier, ‘nos recursos com fundamentação vinculada há certa dose
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Barbosa Moreira explica que a hipótese de cabimento dos recursos extraordinário e
especial, prevista na letra a dos arts. 102, III, e 105, III, da CF foi mal redigida, e como
tal merece reforma. Assim, sugere que deveria o legislador ter dito que será cabível
o recurso extraordinário: quando a decisão recorrida for impugnada sob a alegação
de contrariar dispositivo da Constituição Federal; e será cabível o recurso especial:
quando a decisão recorrida for impugnada sob a alegação de contrariar tratado ou
lei federal ou negar-lhes vigência. Quer dizer que basta tal alegação “razoável” a
contrariedade para que se conheça do recurso, pois a verificação se a decisão
recorrida contrariou ou não deve ser feita em etapa posterior, ao se julgar o mérito
do recurso.5”
5 José Carlos Barbosa Moreira. Comentários ... cit. P. 581; 584 e 585. Nelson Luiz Pinto afirma
explica que “alegação razoável” significa a probabilidade de ter havido alegada contrariedade, ou seja,
tanto o tribunal a quo como o STJ para admitir o recurso pela alínea a do art. 105, III, ou pela alínea
a do art. 102, III, da CF devem apenas examinar a plausibilidade da alegação do recorrente, fazendo
uma análise da existência do fumus boni iures da alegada contrariedade ou ofensa à lei federal (no
caso do recurso especial) ou da alegada contrariedade à Constituição Federal (no caso do recurso
extraordinário) (op. Cit. P. 198, 199 e 225).
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Recorrente pela admissão e processamento do recurso excepcional aviado, conforme
manda a lei.
2.2. Violação ao artigo 1022 c/c 489 do CPC: OBJETO DISTINTO DOS
Recursos Especiais repetitivos nos 1197929/PR e 1199782/PR
“III. Pelo exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso especial com base no art.
1.030, I, "b", CPC (art. 543-C, § 7º, I, CPC 1973), em razão dos Recursos
Especiais repetitivos nos 1197929/PR e 1199782/PR.”
Ocorre que a violação ao artigo 1.022 e ao artigo 489 do CPC não têm
qualquer relação com isso.
Os artigos 1.022 e 489 do CPC tratam de nulidade de decisão judicial que
não sana vício contido em embargos declaratórios.
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Dessa forma, é manifestamente indevida a negativa de seguimento de
recurso especial que aponta violação aos artigos 1.022 e 489 do CPC.
Pede-se, assim, a reforma da decisão agravada, para que seja admitido o
recurso especial interposto por violação aos artigos 1.022 e 489 do CPC.
2.3. Violação aos art. 186 e 927 do Código Civil: objeto distinto e
premissas fáticas que não se subsumem ao Recursos Especiais repetitivos nº
1.197.929/PR e 1.199.782/PR
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-como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de empréstimos
mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal
responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como
fortuito interno." (REsp1197929/PR e 1199782/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
DJe 12.9.2011)”
Apelação:
Pontos de reforma
IV – RAZÕES DE RECURSO
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Verificada falha na prestação do serviço bancário, a instituição financeira
responde independentemente de culpa pelos danos decorrentes, cumprindo
ao consumidor provar tão-somente o dano e o nexo de causalidade.
(...)
Verifica-se assim, não apenas a falha nos sistemas de segurança do aplicativo
de celular, mas também falha na monitoração das operações que
evidentemente fogem ao perfil da consumidora: em um período de uma
hora, foram realizados nada menos do que 5 (cinco)transferências via Pix em
altos valores (vide fls. 23 e 29/37). Portanto, resta evidente que não é hipótese
de culpa exclusiva da vítima, sendo certo que não houve conduta da
consumidora que contribuísse para a ocorrência do delito.
Patente a falha na prestação do serviço e a não reparação de um dano, cuja
responsabilidade é da ré. Neste diapasão, segundo o parágrafo primeiro,
incisos I e II do art. 14 do CDC, “o serviço é defeituoso quando não fornece a
segurança que o consumidor pode dele esperar”.
No mais, sequer se cogita de culpa exclusiva de terceiro, pois o estranho que
drenou os valores das contas da autora utilizou-se de “brecha” no sistema de
segurança do réu, o que permite verificar a fragilidade constante aos quais os
dados de seus correntistas estão imersos. ”
Evidências de que
não houve pedido Não se discute o furto, nem se discute que a responsabilidade da
de elisão da instituição financeira e objetiva, essa questão é absolutamente superada.
responsabilidade Mas discute-se a ausência de nexo causal, que afasta a responsabilidade
objetiva. civil da instituição financeira.
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Fraude ocorreu em razão dos dados salvos pela autora no aparelho celular
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A parte autora, incauta, acabou atuando ao lado dos criminosos,
fornecendo-lhes informações sensíveis, o que lhes permitiu acessar a conta bancária
que mantinha junto ao Banco. O Banco não tomou parte nisso!
Ainda que aplicável a teoria da responsabilidade objetiva, ela não
prescinde da prova do nexo causal, que no caso é inexistente.
O fato é que os artigos 186 e 927 do Código Civil, assim como o artigo 14
do Código de Defesa do consumidor, também não dispensam a prova do nexo causal,
que constitui requisito para a responsabilização civil.
Para que se configurasse a obrigação de indenizar, mostrar-se-ia
necessária a comprovação de causa e efeito entre o fato e o dano, ou seja, seria
essencial a comprovação de que a conduta do agente deu ensejo ao dano. Sobre a
matéria, a lição de MARIA HELENA DINIZ:
"Para que se configure o ato ilícito, será imprescindível que haja: a) fato lesivo voluntário,
causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência (RT,
443:143, 450:65, 494:35, 372:323, 440:74, 438:109, 440:95, 477:111 e 470:241); b) ocorrência
de um dano patrimonial ou moral, sendo que pela Súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça
serão cumuláveis as indenizações por dano material e moral decorrentes do mesmo (RT,
436:97 e 433:88); c) nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente (RT,
477:247, 463:244, 480:88, 481:211, 479:73 e 469:84)." (in Código Civil Anotado, São Paulo,
Saraiva, 2ª ed., 1996, p. 169)
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Apesar de o CDC adotar a responsabilidade objetiva como regra geral, os
artigos 12, §3º, inciso III, e 14, §3º, inciso II, trazem as hipóteses acima como
exceções.
RECURSO ESPECIAL:
"Para que se configure o ato ilícito, será imprescindível que haja: a) fato lesivo
voluntário, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência (RT, 443:143, 450:65, 494:35, 372:323, 440:74, 438:109, 440:95,
477:111 e 470:241); b) ocorrência de um dano patrimonial ou moral, sendo que
pela Súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça serão cumuláveis as indenizações
por dano material e moral decorrentes do mesmo (RT, 436:97 e 433:88); c) nexo
de causalidade entre o dano e o comportamento do agente (RT, 477:247, 463:244,
480:88, 481:211, 479:73 e 469:84)." (in Código Civil Anotado, São Paulo, Saraiva,
2ª ed., 1996, p. 169)
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O Banco não é responsável pelo furto de aparelhos celulares que contêm
as informações que concedem aos estelionatários o acesso às senhas.
A Súmula 479 do STJ só se aplica a casos de fortuito interno, isso é, em
que há alguma conduta das instituições financeiras que acarrete a ocorrência de
fraudes e delitos praticados por terceiros.
Impossível responsabilizar as instituições financeiras, por exemplo, nos
casos de fraude perfeita e caso fortuito externo, ante a ausência do nexo causal.
Fraude perfeita é aquela identificável somente por meio de trabalho
realizado por expert, enquanto caso fortuito externo traduz evento que deu causa
ao suposto dano não relacionado com a organização da empresa ou sua atividade,
sendo totalmente estranha à sua atuação.
Apesar de o CDC adotar a responsabilidade objetiva como regra geral, os
artigos 12, §3º, inciso III, e 14, §3º, inciso II, trazem as hipóteses acima como
exceções.
O caso fortuito deveria ter sido reconhecido.
Assim não reconhecendo, o acórdão recorrido destoou do artigo 14 do
CDC e dos arts. 186 e 927 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O Banco não é responsável pela ação de terceiros, quando ocorrido fortuito externo.
Há rompimento do nexo causal, impondo-se a improcedência de toda a pretensão.
Notória e cristalina, portanto, a ofensa ao artigo e 14, §3º, II, da Lei 8.078/90, bem
como aos artigos 186 e 927 do Código Civil, devendo ser reconhecida a ofensa à lei
e, em consequência, ser reformado o acórdão, julgando-se improcedentes todos os
pedidos.”
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O caso concreto tampouco se subsume ao que foi analisado pelo STJ nos
Recursos Especiais repetitivos nº 1.197.929/PR e 1.199.782/PR, pois, naquela ocasião,
não se discutiam transações não reconhecidas decorrentes de furto d telefone celular
do cliente.
Dessa forma, seja porque o objeto do especial é outro, seja porque as
premissas fáticas dos casos são distintas, não se aplicam ao presente caso os Recursos
Especiais repetitivos nº 1.197.929/PR e 1.199.782/PR.
Pede-se, assim, a reforma da decisão agravada, para que seja admitido o
recurso especial interposto.
- III -
CONCLUSÃO
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