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31/05/2023
Número: 0000633-77.2016.8.17.0300
Classe: USUCAPIÃO
Órgão julgador: 1ª Vara da Comarca de Bom Conselho
Última distribuição : 04/07/2016
Valor da causa: R$ 25.000,00
Assuntos: Usucapião Extraordinária
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
PEDRO SEVERINO GONCALVES (ESPÓLIO) JOCELINY CAVALCANTE RAMOS DE CARVALHO
CAMBOIM (ADVOGADO(A))
Jocelino Ramos de Carvalho (CONFINANTE)
Marilene Feitosa da Silva (CONFINANTE)
Luzia Macedo (CONFINANTE)
Promotor de Justiça de Bom Conselho (FISCAL DA ORDEM
JURÍDICA)
Documentos
Id. Data Documento Tipo
124937055 03/02/2023 Sentença Sentença
14:12
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Poder Judiciário
1ª Vara da Comarca de Bom Conselho
Pç Dom Pedro II, 34, Centro, BOM CONSELHO - PE - CEP: 55305-000 - F:(87) 37713937
Processo nº 0000633-77.2016.8.17.0300
SENTENÇA
I – RELATÓRIO
PEDRO SEVERINO GONÇALVES está no polo ativo desta ação de usucapião, com o fim
de obter o reconhecimento da propriedade de uma casa sita à Travessa 13° de Maio n° 37,
Centro Bom Conselho/PE, nesta cidade de Bom Conselho, sendo avaliada em R$ 25.000,00
(vinte e cinco mil reais), aduzindo os fatos e fundamentos jurídicos constantes da petição inicial
de ID 71929368.
II – MOTIVAÇÃO
A usucapião Extraordinária é prevista no art. 1.238 do Código civil, quando a lei dispões
que aquele que “por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu imóvel,
adquire-lhe a propriedade independente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o
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Número do documento: 23020314125910800000122077381
declare por sentença, a qual servirá de título para registro no Cartório de Registro de Imóveis”.
Pela análise dos fatos, denota-se que estão presentes os requisitos legais para a
aquisição da área pela usucapião.
Com efeito, o exercício de posse ininterrupta e sem oposição por mais de quinze anos, já
na época do ajuizamento da demanda, sobre área em questão restou comprovado pela prova
documental e testemunhal coligida.
Por fim, anoto, que o título de propriedade não deverá abarcar a edificação residencial
existente no imóvel, fazendo referência apenas ao terreno em que situado tal construção. Com
efeito, o instituto da usucapião não pode ser utilizado como sucedâneo de regularização
cadastral, promovendo a inscrição de imóveis sem o preenchimento das demais requisitos
legalmente exigíveis, tais como, aprovação do projeto e construção pelo órgão municipal, o
pagamento das taxas e ônus fiscais incidentes sobre a averbação da edificação na matrícula
originária da terra nua, entre outros.
Assim, por não constar qualquer assento registral originário sobre o referido imóvel,
reconheço a usucapião apenas do terreno em que construída edificação, devendo a autora, com
a propriedade da terra, proceder a regularização do imóvel residencial e dos respectivos
pavimentos, averbando-se, inclusive, as edificações e demais benfeitorias já construídas.
III – DISPOSITIVO
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Juiz de Direito
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