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14/02/2024
Número: 0802320-48.2023.8.14.0024
Classe: EMBARGOS DE TERCEIRO CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Cível e Empresarial de Itaituba
Última distribuição : 05/04/2023
Valor da causa: R$ 140.000,00
Processo referência: 0002804-53.2010.8.14.0024
Assuntos: Acessão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ELENICE JORGE PINTO (EMBARGANTE) CIRO JOSE SILVA DE MORAIS (ADVOGADO)
JOAO VICTOR DE AMARAIS BARROS (EMBARGADO) JOAO DUDIMAR DE AZEVEDO PAXIUBA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data Documento Tipo
90378079 05/04/2023 DECLARAÇÃO HIPOSSUFICIENCIA Documento de Comprovação
10:38 FINANCEIRA
Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
29/03/2023
Número: 1007320-86.2019.4.01.3902
Classe: EMBARGOS DE TERCEIRO CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Santarém-PA
Última distribuição : 06/12/2019
Valor da causa: R$ 1.000,00
Processo referência: 00000953319994013902
Assuntos: Efeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ELENICE JORGE PINTO (EMBARGANTE) ALAN JONATAS SILVA DOS REIS (ADVOGADO)
UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) (EMBARGADO)
ROSEMEIRE CARVALHO PISCOPO (EMBARGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
71343 01/09/2021 11:49 Manifestação Manifestação
9483
Assinado eletronicamente por: CIRO JOSE SILVA DE MORAIS - 05/04/2023 10:37:56 Num. 90378079 - Pág. 1
https://pje.tjpa.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23040510375602700000085669901
Número do documento: 23040510375602700000085669901
EXMO(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTARÉM-PARÁ
A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL), por seu Procurador infra signatário, vem, respeitosamente,
perante V. Exa., apresentar, dentro do prazo legal, CONTESTAÇÃO AOS EMBARGOS DE
TERCEIRO, o que faz conforme as razões de fato e de direito adiante expostas.
1. DO RECONHECIMENTO DO PEDIDO
Vê-se, assim, que no momento de alienação do imóvel não pendia qualquer execução contra a
alienante Rosemeire Carvalho Piscopo. Igualmente não havia nenhum débito inscrito em dívida
ativa.
Considerando-se as circunstâncias fáticas do presente caso, que não apresenta elementos aptos
a afastar a boa-fé do embargante ou caracterizar fraude à execução, a União reconhece que
pertence à embargante a propriedade do bem imóvel, razão pela qual requer a procedência
do pedido de desconstituição da penhora formulado pela parte autora.
Assinado eletronicamente por: HUGO LEONARDO ALVES NOBREGA - 01/09/2021 11:49:29 Num. 713439483 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21090111492969400000706638662
Número do documento: 21090111492969400000706638662
Assinado eletronicamente por: CIRO JOSE SILVA DE MORAIS - 05/04/2023 10:37:56 Num. 90378079 - Pág. 2
https://pje.tjpa.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23040510375602700000085669901
Número do documento: 23040510375602700000085669901
É esse o entendimento que se extrai do enunciado da súmula 303 do STJ: “Em embargos de
terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios
”. O teor da referida súmula ainda hoje encontra eco nos tribunais pátrios, conforme demonstrado
pelos julgados a seguir colacionados:
Por fim, o Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo (RESP 1.452.840/SP),
analisando o Tema 872, qual seja “Questão referente à distribuição dos encargos de
sucumbência, à luz do princípio da causalidade, quando julgado procedente o pedido em
Embargos de Terceiro que foram ajuizados com o objetivo de anular penhora de imóvel cuja
transcrição, no Registro competente, não está atualizada”, firmou o seguinte entendimento:
1. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao art. 535 do
CPC/1973.
3. A sucumbência, para fins de arbitramento dos honorários advocatícios, tem por norte a aplicação
do princípio da causalidade. Nesse sentido, a Súmula 303/STJ dispôs especificamente: "Em embargos de
terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios".
5. Nessas condições, não é lícito que a omissão no cumprimento de um dever legal implique, em
favor da parte negligente, que esta deve ser considerada vencedora na demanda, para efeito de
atribuição dos encargos de sucumbência.
6. Conforme expressamente concluiu a Corte Especial do STJ, por ocasião do julgamento dos Embargos de
Divergência no REsp 490.605/SC: "Não pode ser responsabilizado pelos honorários advocatícios o
credor que indica à penhora imóvel transferido a terceiro mediante compromisso de compra e venda
não registrado no Cartório de Imóveis. Com a inércia do comprador em proceder ao registro não
havia como o exequente tomar conhecimento de uma possível transmissão de domínio".
Assinado eletronicamente por: HUGO LEONARDO ALVES NOBREGA - 01/09/2021 11:49:29 Num. 713439483 - Pág. 2
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Número do documento: 21090111492969400000706638662
Assinado eletronicamente por: CIRO JOSE SILVA DE MORAIS - 05/04/2023 10:37:56 Num. 90378079 - Pág. 3
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Número do documento: 23040510375602700000085669901
7. Para os fins do art. 1040 do CPC/2015 (antigo art. 543-C, § 7º, do CPC/1973), consolida-se a seguinte
tese: "Nos Embargos de Terceiro cujo pedido foi acolhido para desconstituir a constrição judicial, os
honorários advocatícios serão arbitrados com base no princípio da causalidade, responsabilizando-
se o atual proprietário (embargante), se este não atualizou os dados cadastrais. Os encargos de
sucumbência serão suportados pela parte embargada, porém, na hipótese em que esta, depois de
tomar ciência da transmissão do bem, apresentar ou insistir na impugnação ou recurso para manter a
penhora sobre o bem cujo domínio foi transferido para terceiro".
8. (...)
10. Recurso Especial desprovido. Acórdão submetido ao julgamento no rito do art. 1036 do CPC/2015
(antigo art. 543-C do CPC/1973).
(REsp 1452840/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe
05/10/2016) .
Uma vez que a embargante foi omissa em seu dever legal de registrar a alienação do bem no
Registro Imobiliário competente, dando causa à penhora do bem, e considerando que a
embargada reconheceu sem resistência a procedência do pedido de desconstituição do bem,
requer a UNIÃO que seja reconhecida a improcedência do pedido de condenação da
embargada ao pagamento de honorários advocatícios e, sob os mesmos argumentos, seja
a parte embargante condenada ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de
10% sobre o valor atualizado da causa.
1. DOS PEDIDOS
a. Seja julgado procedente os presentes embargos, com fulcro no art. 487, III, a do CPC.
b. Seja condenado o embargante ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de
10% sobre o valor atualizado da causa.
Assinado eletronicamente por: HUGO LEONARDO ALVES NOBREGA - 01/09/2021 11:49:29 Num. 713439483 - Pág. 3
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21090111492969400000706638662
Número do documento: 21090111492969400000706638662
Assinado eletronicamente por: CIRO JOSE SILVA DE MORAIS - 05/04/2023 10:37:56 Num. 90378079 - Pág. 4
https://pje.tjpa.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23040510375602700000085669901
Número do documento: 23040510375602700000085669901