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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001712-82.2022.8.26.0601 e código B48D945.
SENTENÇA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ERIKA SILVEIRA DE MORAES BRANDAO, liberado nos autos em 31/03/2023 às 10:43 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). ERIKA SILVEIRA DE MORAES BRANDAO
Visto.
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fls. 73
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produção de provas relativa aos fatos constitutivos de seu direito e ao réu a prova de fatos
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado pela parte autora.
Nesse contexto, os documentos juntados com a inicial demostram que as partes
celebraram contrato de locação acerca do imóvel em questão (fls. 07/11), sendo certo que a parte
requerida deixou de demonstrar o efetivo pagamento dos aluguéis devidos nos meses indicados na
inicial, cuja prova da quitação era ônus seu, e sequer impugnado especificamente a planilha de
cálculos de fls. 02.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ERIKA SILVEIRA DE MORAES BRANDAO, liberado nos autos em 31/03/2023 às 10:43 .
Considerando que a obrigação de pagar é do inquilino, o cumprimento de suas
obrigações locatícias só se comprova com a apresentação de recibo de aluguel, fato inocorrente
nos autos, uma vez que os requeridos não comprovaram os pagamentos do período de 10/08/2022
a 10/10/2022.
Por sua vez, a parte autora comprova os fatos constitutivos do seu direito, bem
como a existência de relação jurídica com a requerida, através do contrato de locação juntado às
fls. 07/11.
Os locatários reconheceram que estão residindo no imóvel e não negam estar em
atraso com os pagamentos dos aluguéis.
Portanto, a inadimplência dos requeridos também é incontroversa e tal fato
implica na rescisão contratual e despejo.
Por fim, ressalte-se que, embora o autor tenha apresentado planilha de débito às
fls. 02 em relação ao valor nominal devido, não cumulou a presente ação com a de cobrança.
Demais argumentos deduzidos pelas partes e não mencionados nesta sentença não
o foram porque não influenciaram no julgamento do mérito, sendo infundado eventual recurso de
embargos de declaração fundamentado apenas em "omissão" do Juízo e na previsão do art. 489, §
1º, IV, do CPC, por estar a presente sentença suficientemente fundamentada.
Frisa-se que o juiz não está obrigado a responder a todas as alegações das partes
quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão, nem se obriga a ater-se aos
fundamentos indicados por elas e tampouco a responder um a um os seus argumentos.
Nesse sentido decidiu o Eg. Superior Tribunal de Justiça, conforme segue:
“[...] O julgador não está obrigado a responder a todas as questões
suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente
para proferir a decisão. A prescrição trazida pelo art. 489 do CPC/2015
veio confirmar a jurisprudência já sedimentada pelo Colendo Superior
Tribunal de Justiça, sendo dever do julgador apenas enfrentar as
questões capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão recorrida.
[...]” (STJ, EDcl no AgRg nos EREsp 1483155/BA, Rel. Ministro OG
FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/06/2016, DJe
03/08/2016).
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(Lei nº 8.245/91, artigo 9º, inciso III), o prazo de desocupação voluntária será de 15 (quinze)
dias, contados da intimação dos requeridos, sob pena de execução coercitiva da medida,
salientando não ser necessária a prestação de caução (Lei nº 8.245/91, artigo 63, § 1º, b, e artigo
64, caput, com a redação que lhes foi dada pela Lei nº 12.112, de 9 de dezembro de 2009).
Intimem-se os requeridos para que desocupem o imóvel, voluntariamente, em 15
(quinze) dias, bem como, no mesmo mandado, e findo o prazo sem a desocupação voluntária,
proceda-se ao seu despejo forçado, conforme o artigo 65, da Lei 8.245/91, estando autorizado o
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uso de força policial para tanto, bem como a ordem de arrombamento, sempre com as
cautelas de praxe no cumprimento da medida, servindo a presente de OFÍCIO, para os devidos
fins.
B) condenar os requeridos no pagamento das custas e despesas processuais,
além de honorários advocatícios, esses fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa,
observando-se a gratuidade da justiça que fora concedida aos locatários nesta data.
Transitada em julgado a presente demanda, certifique-se e expeça-se a certidão de
honorários à advogada dos correqueridos locatários (atuação total).
Dispensado o registro da sentença, nos termos do artigo 72, parágrafo 6º, das
Normas de Serviço da Egrégia Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo.
P.I.C.
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