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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA CAMPOS PINTO E SIQUEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao

Paulo, protocolado em 16/09/2022 às 13:09 , sob o número WPRO22011156530.


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SIQUEIRA & ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXMO SR DR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO


PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1BD61AA2.
Recurso especial nº 1030035-79.2017.8.26.0114

GABRIELA ALENCAR SINKOC E OUTRO, por sua


advogada que esta subscreve, nos autos da ação de exoneração de alimentos e
reconvenção, processo em epígrafe, que lhes move HILÁRIO JACOB SINKOC,
em não se conformando com a r. decisão de fls., vêm, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, interpor recurso de AGRAVO DENEGATÓRIO DE
RECURSO ESPECIAL, contra a r. decisão e fls., fundado esse nas razões de fato
e de direito a seguir aduzidas.

Primeiramente, informam os ora Agravantes que nos


termos do provimento CSM nº 2.641/2021, aos dias 07 de setembro de 2022 fora
decretado feriado de independência do Brasil, suspendendo-se, assim, o prazo
para interposição do presente.

Termos em que,
P. deferimento.
De Campinas para Brasília,
16 de setembro de 2022

Renata Campos Pinto Siqueira


OAB/SP 127.809

Rua Dr. José Inocêncio de Campos, nº 39, Bairro Cambuí, Campinas/SP, CEP 13024-230, Tel/Fax (19) 2121-3060
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EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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Agravantes: GABRIELA ALENCAR SINKOC E OUTRO
Agravado: HILÁRIO JACOB SINKOC
Recurso Especial nº 1030035-79.2017.8.26.0114

Eméritos Julgadores,
Colenda Turma,

Trata-se de agravo de instrumento ora interposto


contra a r. decisão de fls. que, premissa máxima vênia, não obstante houvesse
clara violação a diversos dispositivos de lei federal, bem ainda divergência de
entendimento jurisprudencial, denegou seguimento ao recurso especial interposto
pelos ora Agravantes, sob o singelo fundamento de que o recurso não reuniria as
condições de admissibilidade e que esbarraria no entendimento consagrado na
alínea “a” da norma autorizadora (artigo 105, III, CF), bem como, não houve
violação ao princípio da persuasão racional e cerceamento de defesa, e ainda que
se pretendia revolver matéria de fato, O QUE E SEQUER SE PODERIA AFIRMAR
POIS E NÃO SE PERMITIU A PRODUÇÃO DESSAS e tampouco caberia falar-se,
que careceria esse de correta divergência jurisprudencial apontada, o que não se
pode admitir, em absoluto, urgindo, pois tenha acolhimento o presente, para
reformando-se in totum a decisão agravada permitir o processamento do apelo
especial, restabelecendo vigência aos artigos violados e adotando-se as razões
invocadas nos arestos paradigmas. Senão vejamos.

DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA

Entendeu o MM. Desembargador Presidente do


Tribunal de Justiça de São Paulo, ao apreciar as razões do Recurso Especial, que
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esse esbarraria em suas condições de admissibilidade, mormente porque não teria


havido a violação pretendida e que haveria óbice fundado no entendimento

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consolidado na Súmula 7 dessa C. Corte Superior.

Primeiramente, imperioso destacar que, no tocante a


alegação de que violação de norma constitucional, de fato, essa não serve de
suporte à interposição de recurso especial, porém, da singela leitura das razões do
apelo especial, têm-se que foram apontadas tão somente como violações tidas em
REFLEXO, não podendo jamais o apontamento dessas violações poderia ser
tomada como base para negar-se prosseguimento ao apelo especial, sendo
evidente que as violações às normas federais foram ampla e devidamente
apontadas uma a uma.

Mas isso ainda não é tudo. TERATOLÓGICA A


DECISÃO, ao aduzir que não ficou demonstrada na peça recursal a similitude de
situações com soluções jurídicas diversas entre os V. Acórdãos agravado e
paradigmas, o que é puro despautério e, aliás, da singela leitura do tópico do
“ENTENDIMENTO DISSIDENTE” se infere não só a comparação, como ao final
cópias de todos os arestos paradigmas utilizados no corpo do recurso. Tanto assim
se mostra teratológica a decisão no que toca a admissão do apelo especial
fundado na letra “c” do permissivo constitucional, que se pede vênia para se
reportar ao quanto contido no bojo das razões do recurso especial, pedindo-se
inclusive vênia para que esses N. Julgadores se reportem aos arestos paradigmas,
cujas cópias na integra estão acostadas aos autos.

Nem se diga, assim, que o apelo especial ainda


encontraria óbice no dissenso jurisprudencial, ou que não teria restado
demonstrado, o que nem de longe cabe à hipótese dos autos, pois essa está
realizada de forma clara, seja pela transcrição das ementas feitas e citações dos
arestos paradigmas, seja pela subsunção desses à hipótese posta nos autos. E,
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veja-se, nesse prisma, que inclusive a divergência jurisprudencial é clara e


reluzente, inclusive com comparação analítica, capaz e suficiente a dar guarida ao

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afastamento da decisão agravada, devendo assim e, também, por esse tema ser
recebido o especial.

Nesse passo, a jurisprudência, igualmente, vem


admitindo o apelo especial fundado na divergência de entendimento jurisprudencial
quando notória a divergência de entendimento e nesse sentido vale transcrever:

“A notoriedade da divergência jurisprudencial suscitada permite mitigar algumas


formalidades em nome da realização da Justiça” (RSTJ 148/247).

“como no caso em que a ementa do paradigma colacionado é suficiente para


caracterizar a dissidência de julgados, sendo o seu teor do conhecimento do
relator, que, em diversos precedentes, teve ensejo de mencioná-los.” (STJ-2ª T.
Resp 22.948-4 PE, rel. Min. Pádua Ribeiro, j.31.3.93, deram provimento v.u. DJU
26.4.93., p. 7.193)

Desse modo, totalmente despropositada a decisão,


ao afastar a admissão do apelo especial, pois, além de flagrante a violação, ainda
houve indicação do aresto paradigma e sua interpretação analítica, pois essa foi
demonstrada de forma clara nas razões do recurso, as quais se extraem essas
inquestionavelmente.

Nem se diga, ademais, que o apelo especial ainda


encontraria óbice na Súmula 7 dessa C. Corte Superior, ao passo que evidente a
violação aos artigos legais havidos, não havendo assim que se falar em interesse
de reexame de provas, pois e justamente NÃO SE PERMITIU A PRODUÇÃO DE
PROVAS DOCUMENTAIS, para evidenciar o estado de riqueza do Agravado, QUE
MENTIU EM JUÍZO E LITIGOU DE MÁ—FÉ, de forma que e somente com o
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conhecimento e acolhimento do recurso especial, se poderia restabelecer a


vigência aos artigos tidos por violados, jamais revolvimento de matéria probatória,

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até e porque o tema é meramente interpretativo.

Não há assim revolvimento de matéria probatória e


não se encontra, igualmente, a decisão óbice na Súmula 07 do STJ. POIS E SE
CUIDA JUSTAMENTE DE DECISÃO QUE IMPEDIU A REALIZAÇÃO DA PROVA,
de forma que jamais se poderia falar em revolvimento de matéria de prova.

Destaque-se, que tanto não se cuida de revolvimento


da matéria fático-probatória, mas sim reflexo de fatos que culminaram na negativa
de vigência de diversos preceitos legais e constitucionais, que é notório que ao E.
Superior Tribunal de Justiça não cabe o exame in jure e in facto, mas sim apenas
in jure. Contudo, há que se sopesar que para valoração in jure, prescinde muitas
vezes o julgador de examinar os efeitos dos fatos, a subsunção destes à regra dita
por violada.

A corroborar a tese ora aventada, outros


doutrinadores também se inclinam no mesmo sentido, destacando pela
necessidade, em alguns casos, do Tribunal aflorar fatos, de forma a restabelecer
vigência a dispositivos de lei violados, o que afasta a aplicabilidade ao caso em
tela da Sumula 7. Nesse sentido:

“A má interpretação da prova ou as injustiças cometidas desde que não se


verifique atrito com a interpretação sufragada sobre norma em debate, em decisão
proferida pelo mesmo ou outro Tribunal Regional, ou pelo plenário do Superior
Tribunal do Trabalho e a ausência de violação de literal dispositivo de lei ou
sentença normativa – não autorizam o recurso de revista, com fundamento em
nenhuma das alíneas do art. 896, da CLT. Entretanto, apesar de o recurso de
revista, por sua tipicidade, ter por escopo, unicamente as chamadas questões de
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direito, a tendência, no setor trabalhista, é de aplicá-lo com liberdade, tolerância e


benignidade, de modo a reparar as iniquidades praticadas pelas instâncias

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inferiores, mesmo que o Tribunal Superior do Trabalho tenha que manifestar-se
sobre a matéria exclusiva e eminentemente de prova, subtraindo, assim, a
independência que, teoricamente, se concede aos Tribunais Regionais....São
inúmeros os exemplos que os repositórios especializados acusam de julgamentos
que, transgredindo os preceitos da Consolidação, e as próprias linhas mestras de
teoria dos recursos, e ferindo, em particular, os atributos essenciais do remédio em
foco, invadem a competência dos juízos Agravados e decidem sobre questões de
fato, adotando interpretação diferente”. (A hermenêutica Tradional e o Direito
Cinetífico, pág. 217, Bilac Pinto e Lúcio Bittencourt, em Recurso de Revista, pág.
69, n.22 e pág. 262-263).

Dessa forma, nenhum óbice havia ao acolhimento do


recurso especial, na medida em que, não se cuida, especificamente, de valoração
probatória, mas sim mera constatação da inexistência destas a embasar o
pronunciamento exarado. Assim, inaplicável a Súmula 7, tal qual fundamentou o
MM. Juiz Presidente na decisão ora agravada, pois não se cuida de revolvimento
de matéria fática.

Ainda e cabe destacar que e tanto houve a violação


dos artigos de lei mencionados no apelo especial, que e abaixo, se passa,
novamente a esses indicar, para que e tenha acolhimento o presente e possa o
mesmo ser conhecido e provido.

A par disso e de chofre se infere que e houve a


violação efetiva ao artigo 1022 do CPC.

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Note-se, de plano, que, consoante se depreende dos


autos, o Agravante, quando da interposição dos embargos de declaração,

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apontaram, textualmente, os artigos de lei que entendiam violados, justamente
para submissão à turma julgadora, mas essa não dirimiu a aplicabilidade do artigo
de lei que entendiam violados, tudo, para viabilizar o preenchimento do requisito
necessário ao apelo extremo, qual seja o prequestionamento explicito, de forma
que, em assim agindo, tem-se indubitavelmente que houve violação de forma
expressa ao artigo 1.022, II, do NCPC, assim como aos artigos 373 e 371 do
mesmo Códex, pois e não se permitiu a prova da possibilidade financeira do
Agravado, que ostenta padrão de vida elevado, detêm inúmeros imóveis em seu
nome, e paga módicos e pouco mais R$ 200,00 para cada filho. Ainda e do mesmo
modo, violados restaram os artigos 372, 446 e 79 do CPC, seja por não se
considerar as declarações de renda do Agravado, seja porque esse alterou a
verdade dos fatos no caso posto. E, mais ainda violados restaram os artigos 408
do CPC, afora os artigos 1694, 1568 e 1703, todos do CC, e artigo 3º e 4º do ECA.
Senão, porquê.

Com efeito, não se pode admitir a manutenção da


decisão ora hostilizada, ao passo que, nem de longe, há qualquer revolvimento de
matéria de prova, apenas alusão aos fatos para que esses tenham subsunção à
norma. Ademais é nítida a violação a diversos preceitos legais.

Notadamente, fora violado ao artigo 1.022, II, do


CPC, pois, consoante se depreende dos autos, a Agravante, quando da prolação
do v. aresto de fls., se opôs ofertando embargos de declaração, apontando,
textualmente, os artigos de lei que entendia violados no v. aresto, justamente para
submissão à turma julgadora, mas essa, conquanto tenha recebido os embargos
de declaração, não dirimiu a aplicabilidade dos artigos de lei que entendia violados,
tudo, para viabilizar o preenchimento do requisito necessário ao apelo extremo,
qual seja o prequestionamento explicito, de forma que, em assim agindo, tem-se
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indubitavelmente que houve violação de forma expressa ao artigo 1.022, II, do


CPC.

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Registre-se que é clara a violação à regra do artigo
1.022, II, do CPC, pois o Agravante suscitou, quando dos embargos, fossem
supridas as omissões apontadas e esse fora julgado, sem que, contudo, as
omissões tenham sido suprimidas, em afronta ao artigo 1.022, II, do CPC, o que,
ademais, também enseja afronta reflexamente ao artigo 93, X, da CF, que exige a
fundamentação de todas as decisões proferidas. Note-se que não se alegou
meramente a violação expressa à norma constitucional, mas sim e
verdadeiramente a violação de forma reflexa, de sorte que não cabia falar-se em
esbarrar o recurso nas hipóteses aventadas no artigo 105, III e alíneas da CF,
como se fez na r. decisão agravada, tanto assim que violados restaram todos os
demais dispositivos legais contidos no bojo do recurso, em especial, o artigo 505
do CPC que garante que nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas
relativas à mesma lide.

Outrossim, fora violado o princípio da persuasão


racional (Art. 371, do CPC), bem como, houve claro cerceamento defesa,
principalmente, no que tange a produção de prova para demonstrar que o
Agravado tem rendimentos superiores aqueles informados nos autos, sendo certo
que deve ser majorado os alimentos dos Agravantes que recebem módicos
R$ 230,00 reais mensais.

A par disto, efetivamente, o C. Tribunal a quo,


violou terminante e reflexamente, os artigos 5, LV e LVI da CF, que garantem a
observância do devido processo legal e ampla defesa, e ainda permitem a
produção de todas as provas em direito admitidas, violando-se assim e de forma
frontal, em franco cerceio ao direito de defesa dos Agravantes, o contido no
artigo 373 do CPC, mormente porque não se permitiu provar a vasta
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possibilidade financeira do ora Agravado, que e nem de longe sobrevive


apenas dos proventos de aposentadoria que recebe, tanto que e esse

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movimenta contas e o faz através de empresa da qual é sócio - de empresa
INDIVIDUAL, voltada à carros de corrida, de luxo, detém imóvel alugado e
aufere alugueres daí advindos, além de ter outras fontes de renda, o que e
não foi permitido provar, em franco cerceio ao direito de defesa dos ora
Agravantes, o que não se pode admitir.

Assim, fora, verdadeiramente, em franco ato de


cerceio ao direito de defesa da parte, ora Agravantes, que não se permitiu a
produção de nenhum das provas pretendidas, o que acabou por vulnerar todos
os artigos suso indicados.

Nesse sentido, denota-se que não se permitiu,


malgrado tenha sido nos autos demonstrado, a vinda de extratos da conta da
qual esse é sócio, malgrado se cuida de empresa individual registrada em seu
nome e sequer da outra, a qual também sua testemunha declinou ser sócio
oculto, tanto que assim confirmou sua testemunha, especialmente em
empresa do ramo alimentício e sequer se permitiu a vinda de extratos
bancários de contas de titularidade desse, pautando-se exclusivamente a fixação
dos alimentos pelos proventos de aposentadoria, malgrado ostente o Agravado
outras rendas, inclusive advindas de imóvel que lhe rende alugueres.

Caberia, nessa seara, ter sido deferida a realização


das provas documentais/exibitórias pretendidas e necessárias, notadamente
fosse deferida a quebra de sigilo bancário do ora Agravado, para que viessem
aos autos cópia da movimentação financeira desse, dos 06 meses anteriores à
distribuição da ação e até a data de sua exibição. Caberia, do mesmo modo, ter
sido deferida a exibição de toda a movimentação por esse realizada em cartões
de crédito, notadamente dos 06 meses anteriores à distribuição da ação e até a
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data da exibição e também considerando que esse, como provado restou, é


SÓCIO PROPRIETÁRIO DE EMPRESA INDIVIDUAL, viesse aos autos a

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movimentação financeira dessa, eis que é notório que o ora Agravado oculta seu
patrimônio, para fugir da obrigação alimentar, sendo certo que obstar referidas
provas, verdadeiramente, além de configurar o cerceio de defesa, ainda impediu
aos Agravantes de comprovar que esse ostenta situação financeira vantajosa, e
agiu de forma leviana em todas as suas alegações nos presentes autos, de forma
que e inclusive deveria esse ter sido apenado com as penas de litigância de má-
fé, contidas no artigo 79 e seguintes do CPC.

Ainda e efetivamente, no caso posto, não se


apreciou sequer as demais provas documentais contidas nos autos, violando-se
a regra do artigo 5, LV da CF, reflexamente e de forma direta o artigo 372 do
CPC e artigo 408 do mesmo Codex, segundo os quais:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Art. 408. As declarações constantes de documento particular escrito e assinado
ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário;

Isso porque, e como se vê através dos documentos


de fls. 315 e seguintes, comprovou-se que nem de longe o Agravado aufere
apenas R$ 1.500,00 mensais, TANTO QUE E em seus informes de
rendimentos, esse logrou, nos últimos 03 exercícios fiscais, majorar seu
patrimônio de R$ 646.262,86 para R$ 1.014.808,73, E AINDA LOGROU COMO
SEUS IFNORMES DE RENDA APONTAM EMPRESTAR à sua mulher valores
extremamente vultuosos, e tudo a fim de ocultar seu verdadeiro e VASTO
patrimônio, O QUE E COM O SALÁRIO RECONHECIDO NA PRESENTE,
JAMAIS ESSE LOGRARIA AUFERIR TAMANHA RENDA! PREFERE
EMPRESTAR R$ 140.000,00 À SUA MULHER, A PAGAR ALIMENTOS
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DEVIDOS AOS PRÓPRIOS FILHOS, O QUE DE LONGE DEMONSTRA A


ATITUDE MALICIOSA DO RECORRIDO!

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Vejam que os alimentos fixados representam em
módicos R$ 230,00 mensais, atuais!!!!!

Além disso, em fls. 312, comprovou-se por meio


do depoimento prestado pela testemunha arrolada pelo próprio Agravado,
que esse é sócio proprietário de empresa individual, auferindo vasta renda,
uma vez que detém loja e se ativa também como empresário no ramo
alimentício, o que comprova que esse está alterando a verdade dos fatos,
OCULTANDO SUA RENDA, PARA PREJUDICAR SEUS PRÓPRIOS FILHOS,
o que não foi sequer analisado no caso posto, violando-se a regra do artigo
446 do CPC, que impinge valor à prova testemunhal!

Ademais, e como se não bastasse, também com a


devida vênia, tem-se que o r. acórdão de fls., violou e efetivamente não analisou
os ditames do artigo 1.694, do Código Civil que garante o balanceamento
equilibrado entre a necessidade e a possibilidade, o qual é levado a efeito pelo
critério da proporcionalidade, que não foi observado no caso posto.

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos


outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua
educação.

§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do


reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

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Os alimentos deveriam permitir aos Agravantes que


vivam de modo compatível com a sua condição social, bem como esses devem

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estar de acordo com as possibilidades financeiras do devedor, o que não se
apreciou nem de longe no caso posto.

Tanto assim que restou demonstrado que o ora


Agravado possui plena capacidade de custear os alimentos no importe de
seis salários mínimos, uma vez que trata-se de pessoa de classe social alta,
pratica hobbies de alto padrão, COMO CORRIDAS DE CARRO ESPORTIVO,
É SÓCIO PROPRIETÁRIO DE EMPRESA INDIVIDUAL QUE ALIENA PEÇAS
PARA ESSE TIPO DE CARROS, realiza viagens internacionais, frequenta
restaurantes, enfim tem vida de alta classe, não sendo plausível que seus
filhos vivam em situação de miserabilidade, auferindo quantia que sequer
logram alimentar-se.

Note-se que quando teve início o presente feito,


aquela custeava verba alimentar na ordem de 30% de seus rendimentos
líquidos, o que representava aos Agravantes o importe médio de
R$ 7.000,00, sendo certo que logo após o Agravado obter o indeferimento
da antecipação de tutela para redução da verba alimentar, esse, usando do
texto do acordo firmado para pagamento da pensão, que traz que na
hipótese de desemprego esse custearia o importe de 6 salários mínimos,
esse engendrou registro em CTPS, constando remuneração irreal, e
R$ 1.500,00, para culminar em alimentos em módicos R$ 230,00 mensais,
atuais.

Note-se que é claro que o Agravado ostenta vasta


situação financeira, pois jamais esse firmaria acordo, como fez, para trazer que
na hipótese de desemprego esse custearia alimentos em 6 salários mínimos, o

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA CAMPOS PINTO E SIQUEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/09/2022 às 13:09 , sob o número WPRO22011156530.
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que é evidencia de que esse não sobrevive exclusivamente do labor que realiza e
está registrado em CTPS, ao revés, detém esse, outras fontes de renda.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1BD61AA2.
Ora, como alegar-se a parca renda declarada
pelo Agravado, quando esse detém, ainda, 04 imóveis em seu nome, os
quais certamente lhe rendem alugueres, os quais, inclusive, não são
declaradas, além do fato de que esse, PREFERE EMPRESTAR
R$ 140.000,00 À SUA MULHER, A PAGAR ALIMENTOS DEVIDOS AOS
PRÓPRIOS FILHOS, O QUE DE LONGE DEMONSTRA A ATITUDE
MALICIOSA DO AGRAVADO!

Mas não é só. Em fls. 707/710, comprovou-se o


hobby de alta classe do Agravado, ativando-se em trilhas com veículo 4X4, o
qual inclusive, é fundador de referido grupo de trilhas, de forma que continua a
participar de eventos caríssimos, com caminhonetes de alto padrão, que nem de
longe conseguiria sustentar, se de fato, auferisse míseros R$ 1.500,00, de forma
que, NÃO HÁ COMO ALEGAR-SE QUE OS AGRAVANTES NÃO SE
INCUMBIRAM DO ÔNUS DE COMPROVAR A MÁ FÉ ENGENDRADA PELO
AGRAVADO, ANTE À VASTA DOCUMENTAÇÃO PROBATÓRIA, o que e bem
reluz o total descompasso com a verba alimentar fixada em módicos R$ 230,00
mensais, atuais.

Em verdade, jamais caberia ter sido indeferida a


majoração em comento, pois olvidou-se de considerar que restou
comprovada a prevalência do binômio necessidade e possibilidade, tanto
assim os Agravantes dependem exclusivamente da pensão alimentícia paga
pelo Agravado, uma vez que não se ativam no mercado de trabalho, não
possuindo qualquer outra fonte de renda, uma vez que, malgrado alcançado
a maioridade, cada qual reside em Estados diferentes, por conta da
faculdade federal, majorando em muito seus gastos, precisando despender
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com gastos de aluguel, alimentação, água, energia elétrica, materiais


escolares, vestuários, dentre outros imprescindíveis.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1BD61AA2.
Note-se que, para que não pairem dúvidas, da
casta possibilidade financeira do Agravado, que, em três anos, o patrimônio
do Agravado de R$ 646.262,86, saltou para R$ 1.014.808,73, reluzindo que
esse não aufere apenas R$ 1.500,00, o que comprovou-se através das
declarações de imposto de renda desse, e mesmo assim fixou-se risíveis
alimentos em módicos R$ 230,00 mensais, atuais.

Aliás, os alimentos não se prestam apenas para


pagar os estudos; se prestam exatamente para proporcionar aos alimentados
saúde, educação e lazer, OU SEJA, SIMPLESMENTE UMA VIDA DIGNA, COM
O NECESSÁRIO AO SEU SUSTENTO E MANUTENÇÃO DAS DESPESAS
BÁSICAS, de modo que nenhuma das fotografias e vagas alegações, sem
comprovação alguma, trazidas pelo Agravado durante a instrução processual,
demonstraram quaisquer impossibilidades financeiras capazes de exonerar
aquele do dever de alimentar, aliás, provam extravagância.

Assim, como se viu, é indubitável que os alimentos


em módicos R$ 230,00 mensais, não são capazes de ensejar o adimplemento da
totalidade das necessidades dos Agravantes, o que os colocam em enorme risco
de sobrevivência, o que não pode ser admitido em absoluto!

Aludidos alimentos são verdadeiramente


destinados ao custeio de sua sobrevivência dos Agravantes e esses devem
inclusive ser fixados no mesmo padrão de vida que esses sempre
experimentaram, sendo que esses auferiam em torno de R$ 7.000,00
mensais e hoje em dia, pela manobra engendrada, auferem módicos

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R$ 230,00 mensais, o que deve ser inclusive apenado com veemência, nos
presentes autos, aplicando-se as penas de litigância de má-fé, inclusive com

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solidariedade ao patrono, que engendrou referidas artimanhas.

Desse modo, insta destacar que a pensão


alimentícia haveria de ter sido fixada no mesmo patamar anteriormente fixado, no
qual, inclusive, fora pactuado amigavelmente, JÁ QUE O RECORRIDO TINHA
CIÊNCIA DE QUE LOGRARIA ÊXITO EM AUFERIR OS FILHOS O IMPORTE
DE 6 SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS, JÁ QUE SEMPRE OSTENTOU VIDA
FINANCEIRA VANTAJOSA, jamais entender-se válido aquele valor atual de
R$ 230,00, para cada um, e se acaso o Agravado não tivesse condições e outras
rendas jamais esse concordaria em ajustar em acordo, que em caso de
desemprego, pagaria seis salários mínimos.

Destaque-se que a proporção que cada genitor


deve arcar, para seus descendentes, deve ser calculada proporcionalmente aos
ganhos desse, de forma a manter-se o mesmo padrão de vida, sendo notório que
o Agravado que aufere renda muito maior que a da genitora dos Agravantes,
conforme amplamente comprovado documentalmente no decorrer da instrução
processual, deve contribuir com maior parte das despesas dos filhos, enquanto
esses não consigam manter-se às suas próprias expensas, de modo que sua
responsabilidade alimentar deve ser equivalente à mesma proporção, nos moldes
do quanto preceitua a lei civil em seus artigos Art. 1.568 e 1.703, os quais
restaram violados, bem como determinando em uníssono na jurisprudência
nacional.

Violado restou, ainda, o Estatuto da Criança e do


Adolescente, especialmente em seus artigos 3º e 4º, os quais preveem a
importância dos alimentos, bem como, o artigo 6º da Constituição Federal, que
preserva a dignidade da pessoa humana, tratando-se de um direito de ordem
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pública, não podendo o Recorrido eximir-se de tal obrigação, SENDO DEVER


DESSE PROPORCIONAR A ASSISTÊNCIA NECESSÁRIA, PROTEGENDO O

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MELHOR INTERESSE DOS RECORRENTES!

"Art. 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais


inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta
Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder


público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária."

O mais saliente adjetivo que os alimentos recebem


é de ser um direito personalíssimo. Afinal, servem para garantir a sobrevivência
de quem não tem condições de provê-la por si mesmo. Desse viés de
essencialidade é que derivam todas as demais características do direito a
alimentos, que se configuram com os alimentos futuros ou vincendos. Ou seja,
não é plausível presumir-se que os Agravantes, conseguirão sobreviver com
módicos R$ 230,00 mensais, ainda mais considerando-se que cada um dos
Recorrentes reside em um Estado diferente, o que suplanta em muito o quanto
necessário à sua sobrevivência.

Inexiste distinção de critérios para a fixação do valor


da pensão em razão da natureza do vínculo obrigacional. Os alimentos devem
sempre permitir que os alimentandos vivam de modo compatível com a sua
condição social. Ainda que seja esse o direito do credor, na quantificação de
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valores é necessário que se atente às possibilidades do devedor de cumprir o


encargo. Assim, de um lado há alguém com direito a alimentos e, de outro, quem

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é obrigado a alcançá-los, e no presente caso, conforme comprovou-se, O
RECORRIDO POSSUI PLENA CAPACIDADE DE CUSTEAR OS ALIMENTOS
NO IMPORTE DE SEIS SALÁRIOS MÍNIMOS, UMA VEZ QUE DISPÕE DE
CLASSE SOCIAL ALTA, NÃO SENDO PLAUSÍVEL QUE SEUS FILHOS, ORA
RECORRENTES VIVAM EM SITUAÇÃO DE MISERABILIDADE, ENQUANTO O
RECORRIDO VIVE VIAJANDO E PRATICANDO HOBBIES DE ALTO PADRÃO,
SEM PREOCUPAR-SE COM O SUSTENTO DOS MESMOS!

Ressalta-se, por fim, que o Agravado não logrou


comprovar a ausência de capacidade financeira para custear a pensão
alimentícia no importe pleiteado pelos Recorrentes, ao revés, ANTE O FARTO
CONJUNTO PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS, RESTOU
COMPROVADA A HIPOSSUFICIÊNCIA DOS RECORRENTES, FRENTE À
VASTA ECONOMIA DO RECORRIDO que, maliciosamente realizou falsa
anotação em sua CTPS, a fim de ludibriar o MM. Juízo, fazendo crer que aufere
parcos R$ 1.500,00 mensais, contudo, COMPROVOU-SE INDUBITAVELMENTE
AUFERIR RENDA INFINITAMENTE SUPERIOR ÀQUELA DECLARADA NOS
AUTOS.

Tais provas colacionadas nos autos não foram


sopesadas por esse C. Tribunal, o que é imperioso, sob pena de violar-se a regra
dos artigos 5º, LIV e LV da CF, e artigo 371 do CPC, que garante a apreciação
pelo Juízo da totalidade das provas e documentos acostados aos autos.

Ao que tudo indica e, com a devida vênia, pautou-se


a decisão agravada em rigor exacerbado e sem fundamento, pois a violação aos
dispositivos legais é clara e aferível por simples leitura, assim como a divergência
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fls. 900

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do entendimento jurisprudencial, sendo certo que e como se viu, não se está


revolvendo matéria de prova, apenas se consagrando os fatos para subsunção à

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1BD61AA2.
norma, o que afasta qualquer alusão à Súmula 7 desse Tribunal, tanto assim que
sequer houve dilação probatória na origem.

DA CONCLUSÃO

Por todo o exposto, pede e espera os Agravantes


tenha acolhimento o presente agravo de instrumento para, reformando-se a
decisão proferida, reconhecer que presentes estão todos os requisitos de
admissibilidade do apelo especial, apreciando-o de pronto para que seja
restabelecida vigência a todos os artigos acima indicados, adotando-se como
razão de decidir os entendimentos exarados pelas ementas/corpo dos arestos
acima colacionadas, e tudo como medida da mais lídima e imperiosa Justiça!

Termos em que
Pede deferimento,
Campinas, 16 de setembro de 2022.

Renata Campos Pinto Siqueira


OAB/SP 127.809

18

Rua Dr. José Inocêncio de Campos, nº 39, Bairro Cambuí, Campinas/SP, CEP 13024-230, Tel/Fax (19) 2121-3060
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA CAMPOS PINTO E SIQUEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 16/09/2022 às 13:09 , sob o número WPRO22011156530.
São Paulo, 13 de dezembro de 2021.
fls. 901
Disponibilização: terça-feira, 14 de dezembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XV - Edição 3418 4
(a) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 2º - A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para
PROVIMENTO CSM Nº 2.641/2021
aposentadoria e enquanto mantida a atividade, magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao
recebimento de abono de permanência de valor idêntico ao da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, ou seja, de
Dispõe sobre a suspensão do expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências.
100% (cem por cento) do valor da contribuição previdenciária, percentual que não está sujeito à variação prevista no artigo 28
da Lei Complementar nº 1.354/2020.
O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,
Art. 3º – A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para aposentadoria
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o expediente forense para o exercício de 2022,
e enquanto mantida a atividade, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao recebimento de abono
de permanência.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1BD61AA4.
CONSIDERANDO o disposto nas Leis Federais nº 9093/1995, 10607/2002, 1408/1951 e 6802/1980, bem como na Lei
Estadual nº 9497/1997,
§ 1º. Fica mantido, para o exercício de 2022, o valor do abono de permanência a que fazem jus os servidores, no percentual
de 100% (cem por cento) da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, tal como previsto na Resolução nº 849/2021.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 116 do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça;
§ 2º. Estudos a cargo da Presidência do Tribunal de Justiça, com início imediato, terão por finalidade examinar conveniência
RESOLVE:
e oportunidade de, em dezembro de 2022, serem fixados percentuais diversificados para os servidores da Corte, segundo os
critérios e parâmetros estabelecidos pelo artigo 28 e seus §§, da Lei Complementar nº 1.354/2020, com a redação conferida
Art. 1º - No exercício de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
pela Lei Complementar nº 1.361/2021.
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos seguintes dias:
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Dias da semana Motivo
São Paulo, 13 de dezembro de 2021.
2022
S
(a) GERALDO T FRANCISCO
Q QPINHEIRO
S FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.

JAN 3 4 5 6 Recesso Forense CSM Nº 2.641/2021


PROVIMENTO

FEV 28 Dispõe sobre a suspensão doCarnaval


expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências

O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,


MAR 1º Carnaval
CONSIDERANDO a necessidade
14 de15regulamentar
Endoençaso expediente
e Sexta-feiraforense
Santa para o exercício de 2022,
ABR
21 22* Tiradentes e Suspensão de expediente*
CONSIDERANDO o disposto nas Leis Federais nº 9093/1995, 10607/2002, 1408/1951 e 6802/1980, bem como na Lei
JUN
Estadual nº 9497/1997, 16 17* Corpus Christi e suspensão do expediente*

SETCONSIDERANDO o7disposto no artigo 116 do Regimento


Independência doInterno
Brasil deste Tribunal de Justiça;

RESOLVE: 12 Nossa Senhora de Aparecida


OUT
28 Dia do Funcionário Público
Art. 1º - No exercício
2 de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
Finados
NOV
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos seguintes dias:
14* 15 Suspensão de expediente* e Proclamação da República
8 Dia da Justiça
DEZ 20 21 22 23
Dias da semana Motivo
26 27 28 29 30 Recesso Forense
2022
§ 1º - SAs horas
T não Qtrabalhadas
Q S dias 22/04/2022 (sexta-feira), 17/06/2022 (sexta-feira) e 14/11/2022 (segunda-feira)
nos
deverão ser repostas após o respectivo feriado e até o último dia útil do segundo mês subsequente, facultando-se ao servidor o
JANde horas
uso 3 de 4compensação,
5 6cujo controle ficará
Recesso Forense
a cargo dos dirigentes.
§ 2º - Nos registros de frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
utilizando-se
FEV 28 os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.
Carnaval
Disponibilização: terça-feira, 14 de dezembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XV - Edição 3418 5

MARArt. 2º - No dia1º 02/03/2022 (quarta-feira


Publicação Oficial do TribunalCarnaval
dedeCinzas), observado
Justiça do Estado de oSão
horário
Paulo de trabalho
- Lei Federal diferenciado no 4º
nº 11.419/06, art. Tribunal de Justiça, o
servidor iniciará sua jornada de trabalho 3 (três) horas após o horário a que estiver sujeito.
14 15 Endoenças e Sexta-feira Santa
ABR§ 1º - A jornada de trabalho dos servidores com carga horária reduzida será proporcional àquela cumprida pelo servidor.
21 22* Tiradentes e Suspensão de expediente*
§ 2º - O horário de início do atendimento aos advogados, estagiários de direito e público em geral, em todos os prédios da
Capital
JUN e Interior do Estado, ocorrerá
16 a partir
17* das 13 horas. e suspensão do expediente*

Art. 3º - Nos dias em que não houver expediente funcionará o Plantão Judiciário.
SET 7 Independência do Brasil
Art. 4º - Eventuais novos
12 feriados ou alteraçãoNossados já existentes
Senhora poderão ser acrescidos posteriormente.
de Aparecida
OUT
28 Dia do Funcionário Público
Art. 5º - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
2 Finados
NOV
14* 15 Suspensão de expediente* e Proclamação da República
REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
8 Dia da Justiça
DEZ São Paulo, 02 20de dezembro
21 22 23
de 2021.
26 27 28 29 30 Recesso Forense
(aa) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça, LUIS SOARES DE MELLO
NETO,§ 1ºVice-Presidente
- As horas não trabalhadas
do Tribunalnosde dias 22/04/2022
Justiça, RICARDO (sexta-feira),
MAIR ANAFE,17/06/2022 Geral eda14/11/2022
(sexta-feira)
Corregedor (segunda-feira)
Justiça, JOSÉ CARLOS
deverão ser repostas
GONÇALVES XAVIER após
DEoAQUINO,
respectivoDecano,
feriado e GUILHERME
até o último dia útil do segundo
GONÇALVES mês subsequente,
STRENGER, facultando-se
Presidente da Seçãoaodeservidor o
Direito
uso de horas
Criminal, de compensação,
PAULO MAGALHÃEScujo DA controle ficará a cargo
COSTA COELHO, dos dirigentes.
Presidente da Seção de Direito Público, DIMAS RUBENS FONSECA,
§ 2º - Nos
Presidente daregistros
Seção de deDireito
frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
Privado.
utilizando-se os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.

PROVIMENTO CSM Nº 2.642/2021


Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º

Dispõe sobre a estrutura dos Ofícios de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Foro Regional V – São Miguel
Paulista e do Foro Regional VII – Itaquera, ambos da Comarca da Capital.
fls. 902

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SJ 3.1.7 - Serv. de Proces. Rec. aos Trib. Sup. Dir. Privado 1
Pátio do Colégio, 73 - Pátio do Colégio - 7º andar - Sala 705 - Sé -
CEP: 01016-040 - São Paulo/SP - 3101-2422

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030035-79.2017.8.26.0114 e código 1D0E51DB.
CERTIDÃO

Processo nº: 1030035-79.2017.8.26.0114


Classe Assunto: Apelação Cível - Exoneração
Apelante G. A. S. e O.
Apelado H. J. S.

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCIO TOKINARI, liberado nos autos em 28/11/2022 às 17:33 .
Certifico e dou fé que a intimação da(s) parte(s) contrária(s) para
apresentar(em) contraminuta ao(s) Agravo(s) interposto(s), no
prazo legal, foi disponibilizada no Diário da Justiça Eletrônico na
data de hoje. Considera-se data da publicação o 1° dia útil
subsequente.

Advogado
Osvaldo Correa de Araújo (OAB: 59803/SP) - Renata Campos
Pinto E Siqueira (OAB: 127809/SP)

São Paulo, 29 de novembro de 2022.

______________________________________________________
MÁRCIO TOKINARI - Matrícula: M358260
Escrevente-Chefe

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