Sentença

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL V - SÃO MIGUEL PAULISTA
1ª VARA CÍVEL
AV. AFONSO LOPES DE BAIÃO Nº 1736, São Paulo - SP - CEP
08040-000
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1020806-92.2021.8.26.0005 e código 1109F242.
SENTENÇA
Justiça Gratuita
CONCLUSÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VANESSA CAROLINA FERNANDES FERRARI, liberado nos autos em 02/08/2022 às 11:49 .
Em 01 de agosto de 2022, faço estes autos
conclusos à MM.ª Juíza de Direito da 1ª Vara
Cível do Foro Regional V - São Miguel Paulista
Dra. Vanessa Carolina Fernandes Ferrari. Eu,
Fainer Pinato Meira Pereira, _____, escrevente,
subscrevo.
Vistos
MARLY LINS ALVES propôs ação de

indenização por dano material e moral em face de ODONTO PRIDE
PERUS ODONTOLOGIA LTDA, alegando a contratação de tratamento
odontológico no valor total de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais), sendo R$
6.600,00 (seis mil e seiscentos reais) de enxerto ósseo e no dia 11/09/2017
foi ofertado e aceita a colocação de implantes dentários no valor R$
7.400,00 (sete mil e quatrocentos reais), totalizando R$ 14.000,00
(quatorze mil reais). Informou que já foi pago o total de R$ 9.500,00 (nove
mil e quinhentos reais). Todavia, o tratamento não foi prestado e por
diversas vezes teve sua consulta remarcada mesmo após ter comparecido
no horário marcado para fazer enxerto e colocar cinco pinos, e não 6 (seis),
como combinado. Ocorre que cada vez que ia na clinica ficava mais
chateada e sua saúde bucal ficava mais grave, chegando ao ponto de 1
(um) pino ter saído pelo nariz do lado direito e 1 (um) pino, não se sabe
onde está, encontra-se no interior do corpo da autora. Ocorre que os pinos
geraram sangramento, pus e uma dor imensurável, além de necessitar
pagar novamente por outro procedimento para reparar os danos causados
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pela ré, totalizando um dano material de R$ 12.039,20 (doze mil e trinta e
nove reais e vinte centavos). Requereu a condenação da ré ao pagamento
de indenização por danos materiais no importe de R$ 12.039,20 (doze mil,
trinta e nove reais e vinte centavos) e indenização por danos morais a
serem definidos pelo Juízo. Deu-se à causa o valor de R$ 12.039,20 (doze
mil e trinta e nove reais e vinte centavos). Foram apresentados documentos
(fls.24/79).
Deferida a gratuidade judiciária (fls.80).
A ré foi devidamente citada (fls.107) e

deixou de apresentar defesa.
É um breve relatório. Passo a decidir.
Em razão da revelia da ré, tendo em vista a

inexistência de defesa, passo ao julgamento antecipado da lide.
Trata-se de ação de indenização por danos

morais e materiais, objetivando a condenação da ré ao pagamento da
quantia de R$ 12.039,20 (doze mil, trinta e nove reais e vinte centavos) a
título de danos materiais e danos morais a serem arbitrados pelo Juízo.
A ação é PROCEDENTE.
Os danos alegados pela autora referem-se

a falha no tratamento odontológico não concluído, conforme se observa dos
documentos juntados aos autos (fls.25/79).
Conferida a possibilidade de defesa, a ré

não ofertou resistência. Ao deixar transcorrer o prazo sem apresentação de
contestação, e tendo sido advertidos das consequências jurídicas deste ato,
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o réu consentiu com os fatos narrados pela autora, criando uma presunção
relativa de veracidade, a qual não pode ser afastada diante dos elementos
documentais trazidos aos autos.
Desta feita, caracterizada a revelia da ré, e
não afastada a presunção relativa gerada, a procedência do pedido é
medida que se impõe.
Passo a analisar a extensão dos danos.
No dizer de Gustavo Tepedino, o ilícito está

na “sua desconformidade com uma razoável expectativa do consumidor,
baseada na natureza do bem ou serviço, e, sobretudo, nas informações
veiculadas, particularmente exigíveis, os possíveis efeitos danosos não são
naturalmente percebidos” (A Responsabilidade Civil por Acidentes de
Consumo, na Ótica Civil-Constitucional, in Temas de Direito Civil, Renovar,
p. 240).
A autora postula, além dos danos materiais,

por danos morais em razão da falha na prestação de serviço contratado,
que acarretou em lesões, como sangramentos em gengivas e dores de
cabeça, bem como risco de perda de dentes.
Diante da revelia do réu, presume-se

verdadeiros os fatos narrados pela autora.
Assim, considerada a hipótese dos autos

com a existência de tais danos, evidenciado que a autora experimentou
situação desgastante em razão da falha na prestação dos serviços.
Em relação ao numerário a ser fixado,

observa-se que o dano moral, em razão de sua natureza, não tem a aptidão
de restabelecer a situação anterior aos fatos narrados, de forma que visa
tão-somente a punição do agente, compensando-se a dor sofrida pelo
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autor, sem prestar-se como fonte de enriquecimento ilícito e, tampouco,
sem assumir a qualidade de valor inexpressivo, uma vez que a sua fixação
tem por objetivo coibir a repetição de tais fatos. Considerando referidos
aspectos, reputo adequada a indenização no importe de R$ 10.000,00 (dez
mil reais).
Pelo exposto e pelo mais que dos autos

consta, julgo PROCEDENTE o pedido formulado por MARLY LINS ALVES
em face de ODONTO PRIDE PERUS ODONTOLOGIA LTDA a fim de:
a) condenar a ré ao ressarcimento dos

valores pagos no importe de R$ 12.039,20 (doze mil e trinta e nove reais e vinte
centavos) a ser corrigido pela Tabela Pratica do Tribunal de Justiça de São
Paulo desde o desembolso e com juros de mora de 1% ao mês, desde a
citação.
b) condenar a ré ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Tal
verba deve ser paga de uma só vez, em cumprimento de sentença, a
correção monetária se dará conforme a Súmula nº 362 do STJ: “A correção
monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento” (Corte Especial, em 15.10.2008), e acrescida de juros de
mora de 1% ao mês devido desde a citação.
Pelo princípio da sucumbência, condeno a
ré no pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários
advocatícios da parte contrária, que fixo em 10% (dez por cento) do valor
da execução.
P.R.I.
São Paulo, 01 de agosto de 2022.
Vanessa Carolina Fernandes Ferrari
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MARLY LINS ALVES propôs ação de

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Deferida a gratuidade judiciária (fls.80).

A ré foi devidamente citada (fls.107) e

É um breve relatório. Passo a decidir.

Em razão da revelia da ré, tendo em vista a

Trata-se de ação de indenização por danos

Os danos alegados pela autora referem-se

Conferida a possibilidade de defesa, a ré

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Passo a analisar a extensão dos danos.

No dizer de Gustavo Tepedino, o ilícito está

A autora postula, além dos danos materiais,

Diante da revelia do réu, presume-se

Assim, considerada a hipótese dos autos

Em relação ao numerário a ser fixado,

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Pelo exposto e pelo mais que dos autos

a) condenar a ré ao ressarcimento dos

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