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EXMO. SR. DR. JUIZ DO 22º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA
DE FORTALEZA-CE
Pois bem, o voo sairia do Brasil para Portugal em 20/10/2022. Vide anexo.
Com efeito, por total impossibilidade de saúde, o autor não viajou para Portugal na data
aprazada de 20/10/2022.
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Av. Santos Dumont, 2626, Ed. Plaza Tower – Aldeota – Sala 1306
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No caso em tela, resta comprovada nos autos a ocorrência de força maior, qual seja, o
acometimento de doença grave no autor que o impediu de efetuar a viagem conforme planejado,
devendo a promovida ser condenada a devolver o valor ser integralmente pago.
DO DANO MATERIAL
Estando mais que comprovado o dano causado ao requerido, incidindo os arts. 186 e
927 ambos do CC, cometendo assim ato ilícito, conforme dispõe o mesmo: "aquele que, por ação
ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência, violar direito ou causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral comete ato ilícito.".
Conforme narrado acima, houve dano material no valor de R$ 3.187,14, visto que houve
não houve a devolução integral do valor da passagem paga pelo autor.
Diante disso, a promovida deve ser condenada, relativa aos danos materiais, no valor de
R$ 3.187,14 (três mil cento e oitenta e sete reais e quatorze centavos), acrescido de juros legais e
correção monetária.
DO DANO MORAL
A nossa Carta Magna, em seu art. 5º, inciso V, reza que: “é assegurado o direito de
resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”; já no
inciso X, informa que: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
O art. 186 do Código Civil dispõe que:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
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O dano moral no caso em tela é evidente pelo que restou narrado alhures: o total descaso
da promovida em não devolver na integralidade o valo pago pelo autor na compra do voo ao qual,
por motivo de força maior, não pôde comparecer.
Não resta dúvida que há uma relação de consumo entre as partes da presente demanda,
razão pela qual deverão ser aplicados seus princípios e institutos que favorecem a parte
hipossuficiente. Destarte, é importante salientar o que está positivado no Código de Defesa do
Consumidor:
Nesse sentido, para que a produção de prova se proceda de forma justa (não obstante
esteja o direito do autor comprovado), levando em consideração as condições e limitações da parte
autora, bem como por precaução, requer que seja concedida a inversão do ônus da prova em favor do
promovente.
DOS PEDIDOS
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a) Conceder a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC;
c) A procedência do pedido, para que seja a promovido condenada aos danos materiais no
valor de R$ 3.187,14 (três mil cento e oitenta e sete reais e quatorze centavos).
d) A procedência do pedido, para que seja a parte promovida condenada a pagar uma
indenização pelos danos morais sofridos pelo autor, no valor de R$ 2.000,00 (dois
mil reais).
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente:;
depoimento pessoal, oitiva de testemunhas; juntada posterior de documentos; e tudo o mais
necessário ao andamento do feito, o que desde já se requer.
Dá-se à causa o valor de R$ 5.187,14 (cinco mil cento e oitenta e sete reais e quatorze
centavos).Pede deferimento.