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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de Assis
FORO DE ASSIS
2ª VARA CÍVEL
R LÍCIO BRANDÃO DE CAMARGO, 50, ASSIS - SP - CEP 19802-300
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005720-23.2019.8.26.0047 e código 4EA8DC6.
Em 03.02.2020, faço conclusão destes autos ao Exmo. Dr. Adilson Russo de
Moraes, MM Juiz de Direito da 2ª Vara Cível desta Comarca. Eu, Luma Gomes
Gândara Sciarini – Assistente Judiciária, digitei.
SENTENÇA

Processo Digital nº: 1005720-23.2019.8.26.0047


Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Atraso de vôo
Requerente: Adriano Agosrinho da Silva e outros
Requerido: Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADILSON RUSSO DE MORAES, liberado nos autos em 03/02/2020 às 15:46 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). ADILSON RUSSO DE MORAES

Vistos.

ADRIANO AGOSTINHO DA SILVA, SILVANA NOGUEIRA DA


SILVA, ADRIANA NOGUEIRA DA SILVA e FELIPE AUGUSTO DA SILVA
propuseram a presente ação indenizatória por danos morais e materiais em face
de AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS. Alegaram, em síntese, que
programaram uma viagem em família para comemoração do aniversário de
Felipe, autor, que completou 18 anos em 01.07.2019. Aduz que contrataram o
serviço de turismo da ré para hospedagem no Hotel Armação, em Porto de
Galinhas-PE, que foram adquiridas com intermediação da Agência de Turismo
G.A. Tur, sendo 04 pacotes, com sete diárias, para o período de 04 a 10 de julho
de 2019, no valor de R$ 2.757,54 por pessoa. Sustentam que adquiriram
passagens aéreas da ré com saída de Marília/SP em 04.07.2019 às 05:35h, com
conexão em Campinas/SP e chegada ao destino final em Recife/PE em
04.07.2019 às 10:55h; sendo que a distância entre o aeroporto de Recife e o
hotel contratado era de 49km, tempo razoável que a família chegaria ao destino
com tempo para aproveitar o primeiro dia de passeio, no entanto, ao chegarem
ao aeroporto foram surpreendidos com a alteração unilateral dos serviços
contratados, tendo a ré cancelado o voo. Contam que a ré lhes colocou num
ônibus com destino a Campinas/SP, em viagem que demorou mais de cinco
horas e também houve quebra do ônibus no percurso, além de terem perdido
uma diária do hotel, pois chegaram às 20:00 horas e tiveram negativa da ré de

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remarcar o voo de volta para o dia seguinte. Requerem a total procedência para
que a parte ré seja condenada em indenização por danos morais e materiais (fls.
01/22). Procuração e documentos juntados (fls. 23/59).
Emenda à inicial juntada com recolhimento das custas iniciais (fls.
70/72).
Deferidos os benefícios da justiça gratuita e determinada a
citação (fl. 73).

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Citação positiva (fl. 76), Contestação apresentada (fls. 77/99),
Procuração e documentos juntados (fls. 100/116). Alegou, em síntese,
inexistência de ato ilícito de sua parte e que o cancelamento aconteceu devido à
necessidade de manutenção, sendo a parte autora reacomodada em transporte
pela via terrestre até Campinas/SP, tendo sido prestada toda assistência, com
alimentação e reacomodação em voo seguinte. Aduz que evento imprevisível e
invencível se enquadra em excludente de responsabilidade civil por força
maior/caso fortuito. Impugnou o pleito de danos materiais e morais. Requer a total
improcedência.
Manifestação da parte ré pelo julgamento antecipado da lide (fl.
119).
Impugnação à Contestação (fls. 120/128). Pleiteia julgamento
antecipado da lide.
É o relatório. Fundamento e DECIDO.
O processo comporta julgamento no estado em que se encontra,
com base no artigo 355, I, do CPC, eis que a questão de mérito é unicamente de
direito e as provas necessárias ao deslinde da causa já foram produzidas,
mormente as alegações das partes e a prova documental, satisfazendo o
julgador, a quem se dirigem, sendo desnecessárias outras provas, que ficam
indeferidas.
Inicialmente, de rigor observar que se trata de relação de
consumo, sendo a parte autora enquadrada como consumidora e a ré como
prestadora de serviços (arts. 2º e 3º, do CDC). Por outro lado, tendo em vista a
verossimilhança nas alegações da parte autora, que é hipossuficiente técnica-

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probatória frente à ré, de rigor a inversão do ônus da prova, nos termos do artigo
6º, inciso VIII, do CDC.
A parte autora requer indenização por danos materiais e morais,
em virtude de cancelamento de voo e atraso da chegada ao destino, com
transtornos.
A parte ré, por sua vez, afirma que houve necessidade de
cancelamento do voo, por necessidade de manutenção.

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Pois bem.
São fatos incontroversos nos autos (art. 374, inc. II e inc. III,
CPC): I) a relação contratual havida entre as partes e II) o cancelamento do voo;
III) o atraso na chegada ao destino.
O defeito na prestação dos serviços é cristalino. O ilícito civil é
inegável.
A responsabilidade do transportador só pode ser elidida com a
prova da força maior, nos termos do artigo 734, do Código Civil:

Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às


pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força
maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da
responsabilidade.

Ocorre que, a parte ré alega que o voo fora cancelado por


problemas de necessidade de manutenção, porém, além de não comprovar o
fato, não se pode enquadrar tal situação em caso fortuito ou força maior como
alega na peça defensiva, eis que perfeitamente possível a previsão de tais
adversidades, uma vez que a parte ré exerce atividade diária com voos e tem
ciência da possibilidade de tais problemas virem a ocorrer.
Necessário destacar que a responsabilidade da parte ré pelos
danos causados por falha na prestação dos serviços é objetiva, nos termos do
artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, portanto, independente da
comprovação de culpa e decorre do próprio risco da atividade desenvolvida pela
instituição.

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É cediço que a parte ré exerce atividade que envolve riscos a ela
inerentes. Assim, não procedendo com a diligência necessária, assume os
prejuízos decorrentes dessa atividade.
Ademais, os autores juntam documentos que comprovam suas
alegações: voucher do voo com os horários de saída e chegada (fl. 45); extrato
do Hotel Armação em que consta chegada dia 04.07.2019 às 20:16 e saída
10.07.2019 às 12h (fl. 46); conversas de whats app travada com pessoas da

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agência, empresa aérea e amigos sobre os fatos ocorridos (fls. 47/58), além da
própria ré confirmar na contestação que providenciou transporte terrestre de
Marília/SP a Campinas/SP.
Assim, é inegável a responsabilidade da parte ré pelo
cancelamento do voo, no tocante aos danos materiais, referentes ao pagamento
de uma diária perdida, no valor de R$ 2.148,00, com correção monetária a partir
do desembolso e juros de mora de 1% ao mês a partir da citação.
Ora, o atraso na chegada ao destino final, o voo cancelado, a
viagem terrestre e a perda de uma diária de hotel e passeio também geram
inegável abalo moral indenizável.
Confira-se a orientação da Egrégia Corte Paulista:

RESPONSABILIDADE CIVIL DANO MORAL Transporte


aéreo - Atraso em voo nacional, acarretando realocação em novo
voo, com novas conexões, gerando atraso de mais de oito
horas na chegada do autor ao seu destino final Ação julgada
procedente, com indenização arbitrada em R$ 7.000,00
Insurgência pela companhia aérea - Descabimento - Falha na
prestação de serviço configurada Alegação de caso fortuito ou
de força maior que não se sustenta, considerando que a retirada
de bagagens de voos em conexão não constitui fato imprevisível,
sendo inerente á atividade que presta Alegação de que o autor
recebeu assistência adequada em decorrência do atraso que não
restou comprovada, o que corrobora a ocorrência do dano
alegado - Contrato de transporte aéreo, ademais, que configura
obrigação de resultado, sendo a responsabilidade do
transportador objetiva, bastando para a caracterização do dever
de indenizar a ocorrência do dano e o nexo de causalidade entre
este e o serviço defeituosamente prestado (art. 12/CDC), o que

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restou cabalmente demonstrado no caso Indenização arbitrada
em primeiro grau que cabe ser mantida por adequada e por não
violar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade -
Sucumbência majorada em decorrência do trabalho adicional
realizado para 20% sobre o valor da condenação (art. 85, §§ 1º,
2º e 11, CPC) Sentença confirmada - Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 1010466-03.2018.8.26.0003; Relator: Jacob
Valente; 12ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento:
14/01/2013; Data de Registro: 24/05/2019).

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Ação de indenização por dano moral. Atraso em voo. Perda da
conexão. Chegada ao destino com 06 horas de atraso.
Sentença de procedência. Indenização fixada em R$ 4.000,00.
Apelo da autora. Fatos que ultrapassam o mero
aborrecimento. Dano moral reconhecido. Inteligência do art. 14
c.c do CDC. Relação jurídica consolidada. Responsabilidade
objetiva. Dever de reparação independente de culpa. Dano moral
'in re ipsa'. Passageira idosa, portadora de elefantíase que teve
que ser submetida a longa espera no aeroporto. 'Quantum'
indenizatório aquém do razoável. Possibilidade de elevação para
R$ 10.000,00. Recurso provido. (Apelação Cível nº
1001263-80.2019.8.26.0003; Relator: Virgilio de Oliveira Junior;
21ª Câmara de Direito Privado do TJSP; Data do Julgamento:
31/07/2014; Data de Registro: 03/07/2019).

Além do mais, não se pode negar quer a parte ré não informou à


parte autora sobre os fatos por escrito e justificadamente.
Nesse sentido o Colendo Superior Tribunal de Justiça:

“(...)
1. A controvérsia diz respeito à prática, no mercado de consumo,
de cancelamento de voos por concessionária sem comprovação
pela empresa de razões técnicas ou de segurança.
(...)
3. O transporte aéreo é serviço essencial e, como tal, pressupõe
continuidade. Difícil imaginar, atualmente, serviço mais
"essencial" do que o transporte aéreo, sobretudo em regiões
remotas do Brasil.
4. Consoante o art. 22, caput e parágrafo único, do CDC, a
prestação de serviços públicos, ainda que por pessoa jurídica de
direito privado, envolve dever de fornecimento de serviços com
adequação, eficiência, segurança e, se essenciais, continuidade,
sob pena de ser o prestador compelido a bem cumpri-lo e a

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reparar os danos advindos do descumprimento total ou parcial.
5. A partir da interpretação do art. 39 do CDC, considera-se
prática abusiva tanto o cancelamento de voos sem razões
técnicas ou de segurança inequívocas como o descumprimento
do dever de informar o consumidor, por escrito e justificadamente,
quando tais cancelamentos vierem a ocorrer.
6. A malha aérea concedida pela ANAC é oferta que vincula a
concessionária a prestar o serviço nos termos dos arts. 30 e 31
do CDC. Independentemente da maior ou menor demanda, a
oferta obriga o fornecedor a cumprir o que ofereceu, a agir com

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transparência e a informar adequadamente o consumidor.
Descumprida a oferta, a concessionária viola os direitos não
apenas dos consumidores concretamente lesados, mas de toda a
coletividade a quem se ofertou o serviço, dando ensejo à
reparação de danos materiais e morais (inclusive, coletivos).(...)”
(REsp 1469087/AC, Rel. Ministro Humberto Martins,Segunda
Turma, julgado em 18/08/2016, DJe 17/11/2016).

Assim, é inegável a ocorrência de danos morais indenizáveis. É


certo que o evento tal qual como ocorrido gera dever de indenizar, eis que
provado que houve uma frustração na viagem, com atraso na chegada ao destino
final, cancelamento de voo, viagem terrestre compulsória, perda de uma diária de
hotel e do primeiro dia de passeio, eventos que geram inegável abalo moral
indenizável.
Com relação ao quantum a ser arbitrado a título de indenização, o
critério que vem sendo utilizado pela jurisprudência considera as condições
pessoais e econômicas das partes, devendo o arbitramento operar-se com
moderação e razoabilidade, atento o julgador à realidade da vida e às
peculiaridades de cada caso, de forma a não haver enriquecimento indevido do
ofendido, servindo ao mesmo tempo para desestimular o ofensor a repetir o
ilícito.
Levando-se em conta esses parâmetros, afigura-se razoável a
importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais) para cada autor, quantia suficiente
para compensar a violação sofrida.
Anote-se que o valor pleiteado pela parte em sua petição inicial é
meramente sugestivo, não implicando o seu acolhimento em montante inferior em

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sucumbência recíproca. Sobre o tema, o Colendo Superior Tribunal de Justiça:
Súmula nº 326: “Na ação de indenização por dano moral, a condenação em
montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.”
(Corte Especial, julgado em 22/05/2006, DJ 07/06/2006, p. 240).
O valor da indenização será corrigido a partir da data do
arbitramento, em consonância com o disposto na Súmula 362 do Superior
Tribunal de Justiça: “A correção monetária do valor da indenização do dano moral

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incide desde a data do arbitramento”. Ademais, nos filiamos ao entendimento de
que os juros de mora na indenização por danos morais incidem também apenas a
partir do arbitramento, pois antes deste não há que se falar em mora.
Diante do exposto e do mais dos autos consta, JULGO
PROCEDENTE a presente ação, com fulcro no Artigo 487, inciso I, do CPC, e o
faço para CONDENAR a parte ré a pagar à parte autora o valor de R$ 2.148,00 a
título de danos materiais, com correção monetária a partir do desembolso
(fevereiro/2019 fl. 36) e juros de mora de 1% ao mês a partir da citação, bem
como CONDENAR em indenização por danos morais à parte autora, que fixo em
R$ 7.000,00 (sete mil reais) para cada autor, sobre os quais incidirá correção
monetária e juros de mora desde a data da presente sentença (data do
arbitramento).
Em face da sucumbência da parte ré, esta arcará com o
pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios da parte
autora, arbitrados estes últimos em 15% do valor da condenação.
Retire-se a tarja de justiça gratuita dos autores, eis que o
despacho de fl. 73 foi equivocado, tendo em vista que a parte autora recolheu as
custas iniciais, como se vê nas fls. 70/72, e não houve comprovação de
necessidade de concessão dos benefícios da gratuidade.
Transitada em julgado, arquivem-se os autos definitivamente com
as cautelas de praxe.
P.R.I.C. Assis, 03 de fevereiro de 2020.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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