Recurso de Agravo de Instrumento contra decisão que indeferiu gratuidade de justiça

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
PRESIDENTE DA SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO DO EGRÉGIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
GRACIELE PEREIRA MOTA,

brasileira, solteira, analista fiscal, residente na Rua Zenith, 619, Jardim
Vitápolis, CEP 06699-290, cidade de Itapevi, Estado de São Paulo,
portadora da cédula de identidade RG número 39.566.587-5 e do
CPF/MF sob o número 432.601.128-98, e-mail
gracibhagraci@gmail.com, nos autos do processo que lhe move
ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA., pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ 05.808.792/0001-49, sediada na Alameda
Maria Tereza, 4266, Dois Córregos, na cidade de Valinhos, Estado de
São Paulo, CEP 13278-181, vem a presença de Vossa Excelência
interpor o presente recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com
pedido de suspensão da decisão recorrida, nos termos do artigo
1015, V, do Código de Processo Civil, não sendo recolhidas as custas,
tendo em vista o disposto no artigo 101, §1º, do mesmo diploma legal
estabelecer que o recorrente estará dispensado do recolhimento das
mesmas até a decisão do relator sobre a questão, com as inclusas
razões do Agravo de Instrumento.
Por fim, informa que, deixa de juntar a

integra do processo com fundamento no disposto no artigo 1017,
parágrafo 5º, do Código de Processo Civil.
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1811, 5º andar, Conj. 514, CEP: 05426-200, Jardim Paulistano, São Paulo/SP
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
E-mail: marcio@marciodeoliveirasampaio.com.br. Site: www.marciodeoliveirasampaio.com.br
Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 05 de maio de 2022
Márcio de Oliveira Sampaio
OAB/SP 220.323
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
AGRAVANTE: GRACIELE PEREIRA MOTA
ADVOGADO: MÁRCIO DE OLIVEIRA SAMPAIO. OAB/SP 220.323
AGRAVADA: ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA.,
ADVOGADO: RODRIGO LOPES GODOY. OAB/SP 321.781
PROCESSO ELETRÔNICO: 1006646.11.2019.8.26.0271
ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI.
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores.
Cuida-se de ação pelo rito comum,

proposta pela Agravada em face da Agravante, na qual narra que
celebrou contrato educacional e houve inadimplemento da Agravante em
relação ao pagamento das mensalidades do curso de Direito.
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
No pedido a Agravada requer a
condenação da Agravante no pagamento das mensalidades que
supostamente seriam devidas
Em sede de reconvenção, houve

requerimento de pagamento de danos morais, pela cobrança indevida de
suposta dívida inexistente, bem como pela inscrição indevida no nome
em cadastro de inadimplentes. O valor requerido é de R$ 50.000,00
(cinquenta) mil reais.
Ocorre que o pedido formulado pela

Agravante, de gratuidade de justiça restou indeferido pelo r. juízo “a quo”,
sob o fundamento de que as movimentações bancárias e demais
documentos anexados aos autos comprovam que há possibilidade de
pagamento das custas e despesas processuais por parte da Agravante.
Com a devida “vênia”, o argumento

utilizado para negar o benefício da gratuidade de justiça está
completamente equivocado, razão pela qual o presente recurso objetiva
a reforma da r. decisão.
Houve a juntada de declaração de

hipossuficiência, que demonstra a inviabilidade de pagamento das custas
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
processuais sem comprometer sua subsistência e de sua família,
conforme redação do artigo 99 do Código de Processo Civil:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça

pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira
manifestação da parte na instância, o
pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e
não suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o

pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais
para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à
parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação

de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural.
(grifo nosso)
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
Por fim, a Agravante faz juntar também
os comprovantes de gastos mensais, inclusive com despesas com sua
família, porque é a única com emprego na família e com possiblidade de
ajudar ao grupo familiar.
Desta forma, Excelência, por simples

petição, sem outras formas exigíveis por lei, faz jus a Agravante ao
benefício da gratuidade de justiça, nesse sentido entende o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo:
AGRAVO DE INSTRUMENTO -
MANDADO DE SEGURANÇA -
JUSTIÇA GRATUITA- Assistência
Judiciária indeferida-Inexistência de
elementos nos autos a indicar que o
impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e
despesas processuais sem
comprometer o sustento próprio e
familiar, presumindo-se como
verdadeira a afirmação de
hipossuficiência formulada nos
autos principais -Decisão reformada-
Recurso provido. TJSP; Agravo de
Instrumento:2083920-
71.2019.8.26.0000; Relator(a) Maria
Laura Tavares; Comarca: São Paulo;
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito
Público; Data do julgamento:
23/05/2019; Data de publicação:
23/05/2019.
Cabe destacar que a Lei não exige

atestado de miserabilidade da Agravante, sendo exigido apenas a
“insuficiência de recursos para pagar custas, despesas processuais e
honorários advocatícios (art. 98 CPC/15), conforme destaca a Doutrina:
“Não se exige miserabilidade, nem estado

de necessidade, nem tampouco se fala em
renda familiar ou faturamentos máximos. É
possível que uma pessoa natural, mesmo
com boa renda mensal, seja merecedora do
benefício, e que também o seja aquele
sujeito que é proprietário de bens imóveis,
mas não dispõe de liquidez.
A gratuidade judiciária é um dos

mecanismos de viabilização do acesso a
justiça; não se pode exigir que, para ter
acesso a justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua
renda, ou tenha que se desfazer de seus
bens, liquidando-os para angariar
recursos e custear o processo. (DIDIER
JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª Ed.
Editora JusPodivm, 2016, pg.60)”
De igual maneira entende Guilherme

Marinoni:
“Requisitos da Gratuidade de Justiça. Não

é necessário que a parte seja pobre ou
necessitada para que possa beneficiar-
se da gratuidade de justiça. Basta que
não tenha recursos suficientes para pagar
as custas, as despesas e os honorários do
processo. Mesmo que a pessoa tenha
patrimônio suficiente, se estes bens não
tem liquidez para adimplir com estas
despesas, há direito a gratuidade.
(MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART,
Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo
Curso de Processo Civil Comentado. 3ª ed.
Revista dos Tribunais, 2017.Vers.ebook.
Art.98).
Sendo assim, parece evidente que a

ora Agravante faz jus ao benefício legal da isenção do pagamento de
custas processuais, despesas e honorários advocatícios, já que há prova
nos autos de sua hipossuficiência financeira.
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
A eventual condenação em honorários
e custas processuais trará enormes dificuldades à Agravante e sua
família, de sorte que a reforma da decisão é medida que se impõe.
Outrossim, Excelência, nos termos do

artigo 1019, inciso I, do Código de Processo Civil, a Agravante pede o
deferimento de efeito suspensivo ao recurso, para que determine o
processamento do feito e suspenda a extinção do feito por ausência de
recolhimento de custas e despesas processuais.
Portanto, temos que estão presentes

os fundamentos do artigo 300, do Código de Processo Civil, no que diz
respeito à probabilidade do direito e o perigo de dano à Agravante.
Desse modo, a Agravante pede a

concessão de decisão liminar para suspender a decisão recorrida até o
julgamento de mérito do presente recurso, e, no mérito, a confirmação da
liminar, com a reforma da r. decisão recorrida e o deferimento do pedido
de gratuidade de justiça, por ser a ora Agravante pessoa pobre nos
termos da lei, por ser medida de JUSTIÇA!
Termo em que,
pede deferimento.
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.
São Paulo, 05 de maio de 2022
Márcio de Oliveira Sampaio
OAB/SP 220.323
Tel.: (11) 5632-0814 (11); Cel.: 99227-1038.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTE DA SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO DO EGRÉGIO

GRACIELE PEREIRA MOTA,

Por fim, informa que, deixa de juntar a

São Paulo, 05 de maio de 2022

Márcio de Oliveira Sampaio

ADVOGADO: MÁRCIO DE OLIVEIRA SAMPAIO. OAB/SP 220.323

AGRAVADA: ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA.,

ADVOGADO: RODRIGO LOPES GODOY. OAB/SP 321.781

PROCESSO ELETRÔNICO: 1006646.11.2019.8.26.0271

ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI.

Cuida-se de ação pelo rito comum,

Em sede de reconvenção, houve

Ocorre que o pedido formulado pela

Com a devida “vênia”, o argumento

Houve a juntada de declaração de

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação

Desta forma, Excelência, por simples

Cabe destacar que a Lei não exige

“Não se exige miserabilidade, nem estado

A gratuidade judiciária é um dos

De igual maneira entende Guilherme

“Requisitos da Gratuidade de Justiça. Não

Sendo assim, parece evidente que a

Outrossim, Excelência, nos termos do

Portanto, temos que estão presentes

Desse modo, a Agravante pede a

Márcio de Oliveira Sampaio

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