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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SANTOS
FORO DE SANTOS
2ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES
PRAÇA JOSÉ BONIFÁCIO, S/Nº, Santos - SP - CEP 11013-910
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1023008-54.2020.8.26.0562 e código AC2BAB0.
SENTENÇA

Processo Digital nº: 1023008-54.2020.8.26.0562


Classe - Assunto Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Revisão

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREA APARECIDA NOGUEIRA AMARAL ROMAN, liberado nos autos em 09/11/2023 às 17:29 .
Requerente: Diego Vinicius Boni Valleo
Requerido: Alessandro Aparecido Valleo

Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). ANDREA APARECIDA NOGUEIRA AMARAL ROMAN

Vistos.

D. V. B. V., menor, neste ato representado por sua genitora, qualificada nos
autos, propôs a presente ação revisional de alimentos, em face de A. A. V., também qualificado,
aduzindo, em síntese, que na ação de divórcio consensual sob o n.º 4012958-59.2013.8.26.0562,
em 25/11/2013, foram acordados alimentos em favor do requerente no importe de R$ 800,00,
além do custeio das despesas com material escolar e uniforme, além de 50% das despesas
médicas. Afirmou que o requerido, por vontade própria, sempre depositou mensalmente o valor de
R$1.500,00 e, desde março de 2018, vinha pagando o valor de R$2.000,00. Porém, atualmente, o
requerido se encontra em débito com os alimentos, apesar de ele ser empresário bem-sucedido,
sócio da empresa New Vision representações de vendas, além de prestar serviços para a empresa
UNIFISA administração nacional de consórcio, recebendo mensalmente altos valores de
comissionamento. Aduziu que o atual valor dos alimentos não cobre as suas despesas, bem como a
sua genitora, sócia de um buffet, teve uma queda drástica em seus rendimentos por conta da
pandemia de COVID-19. Deste modo, considerando a plena capacidade financeira do requerido e
a majoração das suas despesas, postulou a revisão dos alimentos para o importe de 30% dos
vencimentos líquidos do réu ou, subsidiariamente, o valor de dois salários mínimos (fls. 01/21).
Acostou os documentos de fls. 22/64.
A decisão judicial de fls. 65/67 indeferiu o pedido de tutela de urgência,
contudo, foram deferidos ao autor os benefícios da gratuidade processual.
Manifestação do Ministério Público (fls. 99).
O réu foi citado (fls. 166).

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A sessão de conciliação resultou infrutífera (fls.169).
Em fls.170/183 o réu apresentou contestação com reconvenção. Em preliminar,
ofereceu impugnação à gratuidade processual concedida ao autor. No mérito, pugnou pela

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improcedência da ação, alegando que não houve a modificação de sua situação financeira.
Afirmou que não pode arcar com os alimentos em patamar superior ao já estabelecido, corrigidos
pelo índice IGPM, no total de R$1.589,79 atualmente (fls. 385), tendo constituído novo núcleo
familiar com esposa, dois enteados e um novo filho (fls.187). Requereu a improcedência do pedido
e a redução dos alimentos do valor em pecúnia de R$1.589,79 para um salário mínimo,
exonerando-se das obrigações “in natura” (fls. 170/183). Acostou os documentos de fls.184/259.
Réplica a fls.266/276, com documentos de fls.277/358.
Saneado o feito (fls. 369/373), a impugnação à gratuidade de justiça ofertada
pelo réu foi rejeitada.
Houve emenda à reconvenção oposta às fls. 385/390.
O autor, em fls.426/428, pugnou pela desconsideração inversa da personalidade
jurídica da sociedade da qual o requerido faz parte, o que foi indeferido pela decisão judicial de
fls. 432. Nesta mesma decisão, a emenda à reconvenção de fls. 385/390 foi recebida.
Decisão judicial de fls.451 encerrou a fase instrutória.
As partes apresentaram alegações finais a fls.454/462, com documentos de
fls.463/535 e a fls.539/541.
Parecer final do Ministério Público, opinando pela procedência parcial do
pedido formulado pelo autor, com a improcedência da reconvenção apresentada pelo
alimentante/requerido (fls. 544/547).
É a síntese.
FUNDAMENTO E DECIDO.
Inicialmente, quanto à impugnação a gratuidade processual formulada pelo réu,
reporto-me à decisão de fls. 369/373, na qual tal questão já foi detidamente analisada e rejeitada.
No mérito, o pedido principal é procedente.
Consoante nos ensina Carlos Roberto Gonçalves:
"Em linhas gerais, na revisional de alimentos devem ficar provadas não só a
necessidade de ser a pensão aumentada, como também que o alimentante tem condições de
suportar seu aumento. Para que o pedido seja acolhido, deve ser provada, portanto, a
modificação da situação econômica dos interessados. Pedida pelo devedor a redução da pensão,
compete-lhe provar a debilitação de suas condições econômico-financeiras, ou a redução das

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necessidades do credor. Como a lei não discrimina os elementos a serem objetivamente
considerados para a constatação da mudança da situação econômica das partes, capazes de
justificar a revisão ou a exoneração, compete ao juiz a análise da situação de fato e a valoração

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das provas." (in, Direito Civil Brasileiro, vol. VI, Editora Saraiva, 2ª edição, pág. 498). Lição esta
válida não só a título de majoração, como também para pedido de minoração da pensão de
alimentos.
O critério jurídico para se fixar o montante que deve ser pago a título de pensão
alimentícia é a conjugação proporcional e razoável da possibilidade econômica do alimentante e
da necessidade do alimentado, nos termos do que prescreve o artigo 1.694 do Código Civil.
Fixados os alimentos, permite-se a sua revisão sempre que ''sobrevier mudança
na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe'', nos termos do art. 1.699 do
Código Civil.
O ônus probatório da modificação da fortuna ou das necessidades é sempre da
parte que pleiteia a diminuição ou majoração do encargo alimentar, pois esses são os próprios
fatos constitutivos do seu direito.
Tal disposição não conflita com o art. 15, da Lei no 5.478/68, que estabelece
que a decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista
em face da modificação da situação financeira dos interessados (coisa julgada rebus sic stantibus).
A revisão dos alimentos, desta forma, é sempre possível, mas como condição
para que seja efetuada é necessária a alteração da situação econômica de quem os presta ou de
quem os recebe.
A ação revisional, portanto, não serve para simples reapreciação de fatos que
deveriam influir na fixação dos alimentos anteriormente arbitrados ou convencionados, não se
podendo olvidar que a fixação dos alimentos é feita conforme a possibilidade de quem os presta e
a necessidade de quem os recebe (art.1.694, § 1º, do Código Civil), o que permite presumir que, na
época em que foram fixados, eram compatíveis tanto com as possibilidades financeiras do
alimentante quanto com as necessidades da parte alimentada.
Na hipótese, extrai-se dos autos que no bojo do processo n.º
4012958-59.2013.8.26.0562, em 25/11/2013 (fls.25/39), foi fixada pensão alimentícia em favor do
autor no equivalente a R$ 800,00, a serem corrigidos pelo IGPM (atualmente no montante de R$
1.654,80), acrescidos do custeio das despesas com material escolar e uniforme e 50% das despesas
médicas.
Pretende o autor a majoração dos alimentos para o patamar de 30% dos

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rendimentos do alimentante ou para o equivalente a 02 salários mínimos mensais.
No caso, restou demonstrado nos autos alteração na capacidade econômica do
réu, apta a autorizar a revisão dos alimentos.

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Isso porque é evidente a inadequação entre o valor dos alimentos originalmente
fixados e as possibilidades do alimentante, pois restou comprovado que os alimentos
anteriormente fixados, no montante atual de R$ 1.654,80 mensais, além da compra do material e
uniforme escolar, são insuficientes para o custeio das despesas do autor com alimentação,
educação, vestuário, lazer e medicamentos, necessários para sua subsistência e formação, ainda
que considerada a prestação de alimentos in natura por sua genitora.
É sabido que as necessidades do menor são maiores na atual idade, pois ele se
encontra em pleno desenvolvimento, necessitando, dessa forma, de mais subsídios para manter sua
subsistência.
De outra sorte, foi demonstrado que o réu pode prover os alimentos na forma
como postulados, uma vez que exerce atividade remunerada como empresário, atualmente sócio
administrador da empresa New Vision, possuindo 99% das cotas sociais, sendo sua atual esposa
titular do 1% restante, conforme documentos de fls.63/64 e 184.
E, conforme se extraem dos documentos de fls.439/442, o réu, no ano de 2020,
auferiu rendimento anual com a pessoa jurídica mencionada no valor de R$ 347.800,00, o que
equivale a R$ 28.983,00 mensais. No ano seguinte, tais rendimentos caíram para R$ 66.000,00
ano, equivalentes a R$ 5.500,00 (fls.443/446).
Vale ressaltar, outrossim, que o réu ainda é titular de veículos e uma
motocicleta, conforme documentos de fls. 213 e 382, configurando a propriedade de tais bens
como sinais exteriores de riqueza, conforme bem exposto pelo Ministério Público às fls. 544/547.
Tudo isso serve de indício mínimo da situação financeira do réu e reforça a
conclusão de que tem plenas condições de oferecer melhores condições de sustento ao filho menor
de idade.
Em suma, a situação financeira do alimentante é incompatível com o valor dos
alimentos originais, os quais comportam majoração, tendo em vista todos os indícios constantes
dos autos, que corroboram a tese ventilada na petição inicial de que houve alteração para melhor
na capacidade do alimentante em arcar com os alimentos em valor maior, o que permite a
majoração da obrigação alimentar, sem que isso prejudique o próprio sustento do réu.
De se convir que o autor, que ingressou recentemente na adolescência, está em
uma crescente de necessidades, inclusive materiais para uma existência digna, conforme já foi

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dito, e o genitor, na qualidade de pai, deve contribuir com a sua parte.
Vale ressaltar, ademais, que a existência de gastos pessoais é fato que se revela
totalmente insubsistente para o fim de desconsiderar a revisão do valor a ser arbitrado a título de

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pensão alimentícia. O raciocínio é fácil: deve-se dar total primazia a pensão alimentícia, em
detrimento dos demais gastos pessoais, porquanto o dever de sustento é inerente ao próprio poder
familiar, somente pode ser afastado em situações excepcionalíssimas (artigo 1.634, inciso I, do
Código Civil).
Tanto é por isso que “(...) Nenhum dos genitores se desobriga de sustentar filho
menor sujeito ao poder familiar, ainda quando lhes seja insuficiente ou precária a condição
econômica” (TJSP 4ª Câmara de Direito Privado Ap 994.09.287879-7/Jales Rel. Des. Francisco
Loureiro j 25.02 2010). Cada um contribui proporcionalmente a seus ganhos.
Ou seja, o genitor não pode privilegiar dívidas e despesas pessoais, em
detrimento do pagamento da pensão alimentícia para seu filho menor, cujos interesses devem ser
protegidos.
Não há de se olvidar da paternidade responsável, pela qual o réu tem o dever de
zelar pela administração de seus recursos e se guiar para a boa manutenção das necessidades dos
filhos, devendo empenhar-se com o seu trabalho, a fim de assumir os filhos gerados e honrar a
obrigação alimentar de todos eles.
Dessa forma, considerando-se que à época da fixação dos alimentos o réu
possuía condição financeira inferior à atual, justificada se mostra a majoração dos alimentos.
Portanto, sopesados todos esses fatores, acolho a sugestão formulada pelo
Ministério Público em seu d. parecer de fls. 544/547, pois entendo que a quantia correspondente a
2 (dois) salários mínimos, acrescidos de 50% das obrigações “in natura” referentes às despesas
com material escolar, uniforme e gastos com tudo que englobe a saúde do menor sejam suficientes
para atender aos interesses do adolescente, sem que haja desfalque da renda do alimentante.
Cabe ressaltar, por fim, que o valor dos alimentos pleiteados nas ações de
alimentos, inclusive nas revisionais, é apenas estimativo, cabendo ao juiz fixá-los de acordo com o
binômio necessidade-possibilidade.
Destarte, a procedência do pedido principal é medida que se impõe.
Quanto ao mais, tendo em vista a procedência do pedido inicial, resta
prejudicado o pedido formulado em reconvenção, na qual o réu/reconvinte buscava a redução do
encargo alimentar.
Vale acrescentar que os gastos decorrentes da constituição de nova família não

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são fundamento suficiente para justificar a redução do pensionamento devido a seu outro filho
menor, pois o pai deve, de forma responsável, prover o sustento dos filhos que optou conceber,
conforme já foi dito.

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E, embora seja razoável presumir que houve aumento das despesas do
reconvinte após o nascimento de seu outro filho, ele não logrou comprovar que daí teria advindo a
sua impossibilidade de continuar arcando com os alimentos outrora arbitrados em favor do
autor/reconvindo.
Neste contexto, a improcedência do pedido reconvencional é medida que se
impõe.
Diante do exposto, e mais do que dos autos constam, JULGO PROCEDENTE
o pedido principal, com base no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para o fim de
majorar a prestação alimentar em favor do autor para o equivalente a 2 (dois) salários mínimos
vigentes ao tempo do pagamento, acrescidos de 50% das obrigações “in natura” referentes às
despesas com material e uniforme escolar e gastos com a saúde do menor, devendo a quitação
ocorrer mediante depósito em conta corrente da genitora ou por meio da entrega diretamente à sua
representante legal, até o dia 10 de cada mês.
Diante da sucumbência, condeno o réu ao pagamento das custas e despesas
processuais, além de honorários advocatícios que fixo em 10% do valor atualizado dado à causa,
observando-se, contudo, a gratuidade processual.
Quanto ao pleito formulado em reconvenção, JULGO IMPROCEDENTE o
pedido, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Em razão da sucumbência do réu/reconvinte, o condeno ao pagamento das
custas e despesas processuais inerentes à reconvenção, além de honorários advocatícios, que fixo
em 10% do valor atualizado dado à causa na reconvenção, devendo ser observada, entretanto, a
gratuidade de justiça concedida.
Na hipótese de interposição de apelação, tendo em vista a nova sistemática
estabelecida pelo CPC que extinguiu o juízo de admissibilidade a ser exercido pelo Juízo "a
quo" (art. 1.010 do CPC) , sem nova conclusão, intime-se a parte contrária para que ofereça
resposta no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo recurso adesivo, também deve ser intimada a parte
contrária para oferecer contrarrazões.
Após, remetam-se os autos à Superior Instância para apreciação do recurso
interposto.
Ciência ao Ministério Público.

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Oportunamente, certifique-se o trânsito em julgado e, após, arquivem-se os
autos com as cautelas de praxe.
P.I.C.

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Santos, 09 de novembro de 2023.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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