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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região

AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO


0000521-27.2022.5.22.0101

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 09/06/2022


Valor da causa: R$ 687.849,97

Partes:
AUTOR: MARIA DO LIVRAMENTO SOUSA GALENO
ADVOGADO: MORGANA NUALLA CASTELO BRANCO HOLANDA
REPRESENTANTE: GILSELLY GALENO DOS REIS FIRMINO
REPRESENTANTE: GILBERTO NONATO DOS REIS FILHO
REPRESENTANTE: GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO
ADVOGADO: LUANA SOUSA DE VASCONCELOS FERREIRA
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE ALENCAR VIEIRA
AUTOR: GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO
ADVOGADO: MORGANA NUALLA CASTELO BRANCO HOLANDA
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE ALENCAR VIEIRA
ADVOGADO: LUANA SOUSA DE VASCONCELOS FERREIRA
AUTOR: GILSELLY GALENO DOS REIS FIRMINO
ADVOGADO: MORGANA NUALLA CASTELO BRANCO HOLANDA
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE ALENCAR VIEIRA
ADVOGADO: LUANA SOUSA DE VASCONCELOS FERREIRA
AUTOR: GILBERTO NONATO DOS REIS FILHO
ADVOGADO: MORGANA NUALLA CASTELO BRANCO HOLANDA
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE ALENCAR VIEIRA
ADVOGADO: LUANA SOUSA DE VASCONCELOS FERREIRA
RÉU: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PARNAIBA
ADVOGADO: LUIS PAULO SA DE CARVALHO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE PARNAIBA/PI.

Ref. Proc. nº 0000521-27.2022.5.22.0101

ESPÓLIO DE MARIA DO LIVRAMENTO SOUSA GALENO,


representado por seus filhos, GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO,
GILBERTO NONATO DOS REIS FILHO e GILSELLY GALENO DOS REIS
FIRMINO, devidamente qualificado nos autos da RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA ajuizada contra SANTA CASA DE MISERICORDIA DE
PARNAIBA, processo em epígrafe, vem, tempestivamente, por meio de seu
advogado in fine assinado, à presença de Vossa Excelência interpor, nos termos do
disposto no artigo 997, §2º, do CPC, RECURSO ADESIVO, cujas razões seguem
anexas, do qual se requer o recebimento e provimento para deferir as diferenças
de piso salarial, danos materiais e majorar os honorários sucumbenciais, com a
remessa ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, para que conheça do
recurso e reexamine a matéria impugnada.

Requer, ainda, a notificação do recorrido para que, querendo,


apresente suas contrarrazões, nos termos do art. 900 da CLT, cumpridas as
necessárias formalidades legais.

Nestes Termos,
Pede e Espera Deferimento.

Teresina, 16 de novembro de 2023.

Carlos Henrique de Alencar Vieira Morgana Nualla C. B. Holanda Brandim


OAB/PI nº 3.778 OAB/PI nº 5.124

Luana Sousa de Vasconcelos Ferreira


OAB-PI 20.424

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA 22ª REGIÃO

RAZÕES DO RECURSO ADESIVO

Recorrente: ESPÓLIO DE MARIA DO LIVRAMENTO SOUSA GALENO,


representado por seus filhos, GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO,
GILBERTO NONATO DOS REIS FILHO e GILSELLY GALENO DOS REIS
FIRMINO
Recorrido: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PARNAIBA
Processo n°: 0000521-27.2022.5.22.0101

Ínclitos Julgadores,

O Recurso Adesivo merece ser acolhido por essa Egrégia Corte, vez
que a sentença de primeiro grau não se encontra, em parte, amparada na mais
lídima justiça.

Assim, pretende o Recorrente buscar, pela via do duplo grau de


jurisdição, a decisão final que possa derramar justiça no deslinde da demanda em
tela.

Para tanto, respeitosamente, vem expor suas razões,


articuladamente, como a seguir.

SINOPSE FÁTICA

Trata-se a presente de Reclamação Trabalhista cumulada com Ação


de indenização por Danos Morais e Materiais, ajuizado pelo ESPÓLIO DE MARIA
DO LIVRAMENTO SOUSA GALENO, representado por seus filhos, GUSTAVO
HENRIQUE GALENO DE ARAUJO, GILBERTO NONATO DOS REIS FILHO e
GILSELLY GALENO DOS REIS FIRMINO, pleiteando a condenação do Hospital
Reclamado, no pagamento das diferenças de verbas rescisórias em decorrência de
reajuste salarial em dissídio coletivo, além de indenização por danos morais e
materiais, gratuidade da justiça, bem como honorários advocatícios.

Sabiamente, a sentença de piso restou por “PARCIALMENTE


PROCEDENTES os pedidos objeto da Ação Indenizatória proposta por ESPÓLIO DE
MARIA DO LIVRAMENTO SOUSA GALENO, representado por seus filhos
GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO, GILBERTO NONATO DOS REIS
FILHO e GILSELLY GALENO DOS REIS FIRMINO em face de SANTA CASA DE

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MISERICÓRDIA DE PARNAÍBA-PI, para condenar a Reclamada a pagar a cada um dos


Reclamantes GUSTAVO HENRIQUE GALENO DE ARAUJO, GILBERTO NONATO
DOS REIS FILHO e GILSELLY GALENO DOS REIS FIRMINO, no prazo de 48 horas
após sua notificação para cumprimento da ordem judicial, após o trânsito em julgado desta
decisão, a quantia de R$ 50.000,00, relativa a indenização por danos morais totalizando
R$150.000,00” , bem como honorários advocatícios no importe de 10% sobre o
valor da condenação, pelo reclamado .

No entanto, quando do arbitramento dos honorários advocatícios


sucumbenciais, o julgador de piso o fez na base de 10%, além de não ter deferido
as diferenças salariais decorrentes do piso definido em dissídio e danos materiais,
razão pela qual se interpõe o presente Recurso Adesivo.

DAS DIFERENÇAS DECORRENTES DO PISO SALARIAL DEFINIDO EM


DISSÍDIO COLETIVO

A sentença de piso restou por indeferir o pagamento relativo ao piso


salarial e as diferenças de verbas rescisórias referente ao dissidio coletivo
2018/2019/2020, verbis:

Alegam os autores que, em 31/08/2020, fora proferido


acórdão nos autos do dissídio coletivo n 0080063-
14.2019.5.22.0000), homologando os termos deliberados
entre SENATEPI e SINDHOSPI para fixação do piso salarial
das CCTs 2018 /2019 e 2019/2020, com vigência no período
de 1º de fevereiro de 2018 a 31de janeiro de 2020, tendo sido
fixado o valor de R$1.166,00 para o período 2018/2019 e
R$1.219,78 para o período 2019/2020, de maneira que são
devidas diferenças de piso salarial e verbas rescisórias.

Em sua defesa, a Reclamada nega ter conhecimento do


reajuste alegado e afirma não ser parte envolvida na referida
demanda.

A parte autora não colacionou aos autos documentos


relativos ao dissídio coletivo informado, razão pela qual
indefiro o pedido relativo às diferenças de verbas rescisórias
aqui pleiteadas.

Sem razão, uma vez que na exordial fora demonstrada/transcrita, as


cláusulas do referido dissídio coletivo que demonstram, objetivamente, os valores
devidos pela Requerida (cópia do acordo firmado no Dissídio coletivo anexo).

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O Dissídio Coletivo de Trabalho, sendo um instrumento normativo,


como de praxe, estabelece com clareza as regras, direitos e obrigações a serem
cumpridos pelas partes envolvidas, inclusive os valores e critérios a serem
seguidos no que tange às verbas rescisórias

Reitera-se que a empregadora, ao analisar o TRCT e o último


contracheque (Id. b7f7be8, Id. 9b82a9c e Id. 6284c12), não cumpriu com suas
obrigações quando do pagamento do retroativo a obreira falecida, que laborou
quando da vigência das CCT’s 2018/2019 e 2019/2020, qual seja o período de
vigência de ambas delimitado de 01/02/2018 até o fim do contrato de trabalho
(12/06/2020) no valor de R$ 7.057,24.

Desta forma, requer que a Requerida seja compelida a pagar as


diferenças do piso salarial e das verbas rescisórias de acordo com o acordo
firmado em dissídio coletivo, que ora encontra-se devidamente acostado.

DOS DANOS MATERIAIS

A r. sentença indeferiu danos materiais aos recorrentes, in verbis.

Na presente demanda, não há referência às despesas do


funeral, mas apenas a alegação de dependência econômica
de um dos Requerentes em relação à falecida, o que
dependia de prova, haja vista se tratar de filho adulto, com
mais de 25 anos e que já exercia atividade laboral. Indevida,
pois, a indenização por dano material.

Contudo, merece reparo, pelos motivos a seguir.

No caso, ficou provado que a recorrida fora negligente quanto a


adoção de medidas preventivas contra a contaminação pelo coronavírus, qual seja,
negar o afastamento da obreira portadora de comorbidades (diabetes e possuidora
de somente um pulmão), mesmo apresentando atestado médico solicitando tal
afastamento, motivo pelo qual foi reconhecida a natureza ocupacional da COVID-
19 que acarretou na morte da empregada.

A lesão à vida, com a morte da vítima, em sede de responsabilidade


civil por ato ilícito, no ordenamento jurídico brasileiro e nas decisões
jurisprudenciais, tem acarretado indenização de danos materiais e morais em
favor da família da vítima, pelos prejuízos materiais ocasionados pelo evento
danoso e pela dor da perda do lesado.

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O dano morte é um dano indenizável, decorrente da perda da vida


do ser humano, reclamado e pago ao seu espólio, como devido no caso dos autos.

Os danos materiais consistem em todos os prejuízos sofridos com a


morte da genitora, no caso, o de cujus, que possuía somente 53 anos de idade na
data do óbito e tinha como remuneração R$ 1.444,83.

Trata-se de dano inequívoco causado pela Recorrida, gerando o


dever de indenizar. Afinal, todo transtorno e prejuízo causados originaram
exclusivamente por decorrência de um acidente de trabalho.

Nos termos do artigo 951 do Código Civil, se dá ofensa resultar


defeito pelo qual o ofendido não possa exercer seu trabalho, é devido indenização
além de despesas e lucros cessantes até o fim da convalescença.

Portanto, diante do exposto, reitera-se o pedido da exordial a título


de indenização do dano material no importe de R$ 433.758,60 (quatrocentos e
trinta e três mil, setecentos e cinquenta e oito reais e sessenta centavos).

DA MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


DO RECORRENTE

Pelo caso apresentado, não parece ser razoável que a condenação em


honorários advocatícios seja arbitrada no patamar de 10% (dez por cento), visto
que os créditos trabalhistas têm natureza alimentícia.

O pagamento de honorários advocatícios possui previsão no artigo


133 da nossa Carta Magna, bem como nos artigos 22 da Lei nº 8.906/94, artigo 11
da Lei nº 1.060/50 e artigo 22 do Código de Processo Civil, assim como o novel
artigo 791 -A, da CLT:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa


própria, serão devidos honorários de sucumbência,
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa.

Ainda, segundo o STF, o Reclamante também merece o pagamento


dos honorários advocatícios: “STF Súmula nº 450 - Honorários de Advogado Devidos
ao Vencedor Beneficiário de Justiça Gratuita. São devidos honorários de advogado sempre
que vencedor o beneficiário de justiça gratuita.”

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Nesse contexto, para tanto, devem ser observados a complexidade,


bem como empenho do profissional no caso em concreto, sendo de notória
importância e relevância os serviços prestados pela advocacia em nossa sociedade,
não estando materializadas apenas na Constituição da República, mas positivado
também como função indispensável para o funcionamento da justiça, nos termos
do artigo 2° do Código de Ética do Advogado:

"O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor


do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade
pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu
Ministério Privado à elevada função pública que exerce."

Neste diapasão, a r. sentença recorrida fere este conceito conferido


pela Constituição à figura do Advogado, desvalorizando uma atividade essencial
ao exercício da justiça e indispensável para o próprio Estado Democrático de
Direito, sendo imperioso destacar que a parte Reclamada, ora Recorrida, sempre
se utiliza de todas as instâncias possíveis, esgotando os graus de jurisdição desta
Justiça Laboral.

Ademais, não parece congruente e razoável a parte Autora, ora


Recorrente, litigar cansavelmente por todo o interregno supracitado, para ter
garantido os seus direitos e, ao final o seu patrono perceber a cifra de 10% (dez
por cento) a título de honorários advocatícios sucumbenciais, estes de natureza
alimentar, destacando-se que se trata de ação de alta complexidade, e cuja parte
adversa interpõe todos os recursos admitidos pela CLT, motivo pelo qual o
trabalho desempenhado se mostra ainda mais considerável.

Eis que, portanto, patente a necessidade de reforma na sentença de


piso, a fim de que os honorários advocatícios sejam majorados ao percentual de
15% (quinze por cento), consoante precedentes jurisprudenciais. Vejamos:

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEMANDA


POSTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017.
PERCENTUAL MÍNIMO. MAJORAÇÃO DEVIDA Na
Justiça do Trabalho, tratando-se de demanda ajuizada
após da vigência da Lei Nº 13.467/2017, o deferimento de
honorários advocatícios decorre de mera sucumbência
(Instrução Normativa nº 41/2018 do C.TST). No caso,
fixada verba em percentual mínimo e considerando que
os pleitos da reclamação foram atendidos e o grau de zelo
do profissional, devida a majoração dos honorários
advocatícios de 5% para 15%. (grifo nosso). (TRT-22 - RO:
000005663020195220103, Relator: Tiberio Freire Villar Da

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Silva, Data de Julgamento: 05/11/2019, SEGUNDA


TURMA)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO.
VALOR ÍNFIMO. O valor arbitrado a título de honorários
advocatícios deve estar de acordo com o trabalho
desempenhado pelo patrono, não podendo ser
representado por valor ínfimo. Recurso do reclamante a
que se dá provimento para majorar o percentual arbitrado
para os honorários advocatícios. (TRT-18 - ROPS:
00107895020185180083 GO 0010789-50.2018.5.18.0083,
Relator: LUCIANO SANTANA CRISPIM, Data de
Julgamento: 17/10/2018, 3ª TURMA)

Para tanto, devem ser observados a complexidade e empenho do


profissional no caso em concreto, como bem salienta a doutrina:

"A dedicação do advogado, a competência com que


conduziu os interesses de seu cliente, o fato de defender
seu constituinte em comarca onde não resida, os níveis de
honorários na comarca onde se processa a ação, a
complexidade da causa, o tempo despendido pelo
causídico desde o início até o término da ação, são
circunstâncias que devem ser necessariamente levadas em
conta pelo juiz quando da fixação dos honorários de
advogado." (Nélson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade
Nery, Comentários ao Código de Processo Civil. - São Paulo:
RT, 2015, p. 433)
(grifamos).

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. Dada


a natureza e complexidade do processo e considerando,
ainda, o percentual definido nesta Especializada para
causas com características iguais às tratadas nos presentes
autos, impõe-se majorar os honorários advocatícios
devidos ao autor de 10 para 15% sobre o valor das verbas
que lhe foram deferidas. (TRT-17 - RO:
00000260720185170151, Relator: WANDA LÚCIA COSTA
LEITE FRANÇA DECUZZI, Data de Julgamento:
14/02/2019, Data de Publicação: 12/03/2019)
(grifamos).

HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS. MAJORAÇÃO. Para o


arbitramento do percentual a ser aplicado sobre o valor da
condenação, a título de honorários assistenciais, devem ser
observadas as balizas estabelecidas pelo art. 85, §2º do CPC
de 2015, responsável pelo acréscimo do item V da já

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mencionada Súmula 219 do TST, como também pela


revogação do teto anteriormente assentado pelo art. 11, §1º
da Lei nº 1.060/50, e, por último, porque à época não estava
em vigor o art. 791-A da CLT. Nesse diapasão, devem os
honorários ser atribuídos em consonância com as diretrizes
relativas a grau de zelo do profissional; lugar de prestação
do serviço; a natureza e importância da causa, o trabalho
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu
serviço. Na hipótese, sopesando esses parâmetros e
também o que prescreve a Súmula 219, do C. TST, não
vislumbro motivo que autorize fixá-los em patamar diverso
do pretendido. A propósito, atribuir honorários
compatíveis é medida de valorização do trabalho técnico,
de modo que ainda que o ato do Juízo seja discricionário,
compreendo pertinente a insurgência recursal. (Processo:
RO - 0001554-75.2017.5.06.0003, Redator: Milton Gouveia
da Silva Filho, Data de julgamento: 09/04/2019, Terceira
Turma, Data da assinatura: 09/04/2019)

Ante exposto, por todos os fundamentos ora expendidos e


considerando-se que os pedidos da parte Recorrente foram procedentes, nota-se
o grau de zelo e dedicação do patrono da parte autora, motivo pelo qual, pugna-
se pelo acolhimento do pleito de majoração do percentual de honorários
advocatícios sucumbenciais devidos ao patrono do Recorrente para 15% (quinze
por cento), como medida de Justiça!

DO PEDIDO

EX POSITIS, requer seja admitido o presente Recurso Adesivo,


devendo ao mesmo ser dado PROVIMENTO, a fim de que a r. sentença seja
REFORMADA, para majorar o percentual de honorários advocatícios
sucumbenciais devidos ao patrono do Recorrente para 15% (quinze por cento),
bem como condenar a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais e
rescisórias decorrentes do piso salarial decorrente de acordo firmado em dissídio
coletivo, além do pagamento dos danos materiais como medida de aplicação da
mais lídima Justiça!

Nestes Termos,

Pede e Espera Deferimento.

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Teresina, 16 de novembro de 2023.

Carlos Henrique de Alencar Vieira Morgana Nualla C. B. Holanda Brandim


OAB/PI nº 3.778 OAB/PI nº 5.124

Luana Sousa de Vasconcelos Ferreira


OAB-PI 20.424

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https://pje.trt22.jus.br/pjekz/validacao/23111619025791900000013013121?instancia=1
Número do processo: 0000521-27.2022.5.22.0101
Número do documento: 23111619025791900000013013121

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