Cumprimento Individual de Sentença - Ação Coletiva

Processo Nº: 5369565.78.2018.8.09.
0051
1. Dados Processo
Juízo...............................: Goiânia - 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Reg Público
Prioridade.......................: Normal
Tipo Ação.......................: Procedimento Comum
Segredo de Justiça.........: NÃO
Fase Processual.............: Conhecimento
Data recebimento...........: 10/08/2018 03:55:41
Valor da Causa...............: R$ 7.954,18
Classificador...................: Aguardando decurso de prazo
2. Partes Processos:
Polo Ativo
LUIZ CARLOS PEREIRA DE SOUZA
Polo Passivo
MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 1 : 1_peticaoinicialluizcarlospereiradesouza.pdf
Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

GOIÂNIA - 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL E REG PÚBLICO
Procedimento Comum
Valor: R$ 7.954,18 | Classificador: Aguardando decurso de prazo
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DA 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
MUNICIPAL DA COMARCA DE GOIÂNIA – GOIÁS.
Por dependência: 0320277-91.2014.8.09.005
LUIZ CARLOS PEREIRA DE SOUZA, brasileiro, casado, agente de combate a endemias,

nascida aos dias 02 de novembro de 1975, CPF/MF 796.267.001-06, portador da cédula de
identidade número 3672235 2ª VIA DGPCC/GO, residente e domiciliado na Rua SP 4, quadra 1,
lote348,casa 2, Solange Park II, CEP.: 74.486-310 – Goiânia -GO, endereço eletrônico:
grazielle@colossioliveira.adv.br, por suas advogadas, regularmente constituída pelo
instrumento de mandato em anexo (Doc. 1 p. 2), com endereço profissional na Avenida Luís Viana
Filho, 13.332, Hangar Business Park, Torre 2, sala 606, Salvador, Bahia, CEP: 41.500-300,
endereço eletrônico: grazielleribeiro.jus@gmail.com, vem perante Vossa Excelência propor AÇÃO
DE LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO SENTENÇA, em face do MUNICÍPIO DE GOIÂNIA,
pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ 01.612.092/0001-23, com sede na Av.
Cerrado Número 999, Park Lozandes, Paço Municipal, CEP: 74.884-900 – Goiânia-GO,
representado pelo Prefeito de Goiânia ou pelo Procurador, o que faz pelos seguintes
motivos de fato e de direito:
I – PRELIMINARMENTE
I.I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Avenida Luís Viana Filho, 13.223, Hangar Business Park, Torre 2, sala 606
Salvador, BA. CEP: 41500-300.
Celular: (71) 98834-7917
contato@colossioliveira.adv.br
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 10/08/2018 03:55:41
Assinado por GRAZIELLE NUNES RIBEIRO:31277984824
Validação pelo código: 10433563587890627, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Prescreve a Carta Magna, em seu art. 5º, LXXIV, o art. 2º caput, e parágrafo único e o art.
4º da Lei n. 1.060/1950, o art. 99, § 3º c/c art. 374, IV do Novo Código de Processo Civil com a
redação dada pela Lei n.º 7.510, de 04 de Julho de 1986, cumulados ainda com a Súmula 481
STJ, que a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação de
que não está em condições de pagar à custa do processo e honorários advocatícios, sem prejuízo
próprio ou de sua família, conforme precedentes do STJ. Vejamos:
“Processual civil. Assistência judiciária gratuita. Art. 4º, § 1º, da lei n. 1.060/50.
Afirmação da parte. Presunção de veracidade.
1. O art. 4º, § 1º, da lei 1.060/50 determina que a concessão de assistência judiciária
gratuita é aferida pela declaração da parte de que não possui condições de arcar com
as despesas processuais. 2. Tal afirmativa possui presunção de veracidade,
competindo ao réu o ônus de provar que o autor não se encontra em estado de
miserabilidade jurídica. 3. Nas instâncias ordinárias ficou estabelecido que a mera
alegação de que o autor não está isento do pagamento de imposto de renda não é
capaz de desconstituir a presunção legal de veracidade de tal declaração. Incidência
da súmula n. 7/stj. 4. Agravo regimental improvido”. (agr. no ag 1172972 / rs agravo
regimental no agravo de instrumento 2009/0060211-2). Grifo nosso.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE JUSTIÇA

GRATUITA
PARA PESSOA JURÍDICA QUE CONSTITUIU ADVOGADO PARTICULAR. 1.
Mesmo sendo pessoa jurídica e que tenha advogado particular constituído, tal fato
não indica por si só a condição financeira da parte, ou seja, a suficiência de recursos.
2. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica
não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família (art. 2º, § único da Lei no 1.060/50).
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-PA - AI: 201430112552 PA, Relator:
GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Data de Julgamento: 17/11/2014, 1ª CÂMARA CÍVEL
ISOLADA, Data de Publicação: 21/11/2014).
Desse modo, na forma da lei, o requerente DECLARA NÃO PODER (Doc.1 p. 7) arcar
com as custas iniciais do processo, vez que não se encontra, no momento, em condições de
suportar tal ônus, conforme demonstrados pelos contracheques (Doc.2, p. 1). Assim sendo, pela
inteligência do art. 8.º da mencionada Lei c/c o art. 5.º, inciso XXXV, da Constituição Federal, o
juiz poderá conceder a isenção de pagamento das custas judiciais, o que se requer desde já.
II – DA EXPOSIÇÃO FÁTICA
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Trata-se de liquidação referente à sentença coletiva proferida nos autos nº 320277-
91.2014.8.09.005, que tramitou perante a 3ª Vara da Fazenda Pública, em que foram partes o
Sindicato Dos Trabalhadores Do Sistema Único De Saúde De Goiás (SINDSAUDE) e o Município
de Goiânia. Este último restou parcialmente condenado, em decisão transitada em julgado, que
determinou o cumprimento do pagamento da diferença salarial verificada entre os valores
recebidos pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate a Endemias
(ACEs) e o piso salarial profissional nacional, a partir de janeiro de 2015, desde que cumprida a
jornada de 40 horas semanais.
O Egrégio Tribunal de Justiça, após apelação interposta pelo SINDSAUDE, reformou

parcialmente a sentença para determinar a condenação do Municípios de Goiânia a pagar a
diferença entre os valore recebidos pelos ACSs e ACEs e o piso nacional, desde a data de entrada
em vigor da lei 12.994/14, ou seja, 18 de junho de 2014, e não a partir de janeiro de 2015, in verbis:
“Ante o exposto conheço da remessa necessária e do apelo e dou-lhes parcial

provimento para, em reforma parcial da sentença, determinar que a
condenação do Município requerido a pagar a diferença entre os valores
recebidos pelos ACSs e ACEs e o piso nacional, se dê desde a data de entrada
em vigor da lei 12.994/14 (é dizer 18/06/2014) e não a partir de janeiro/2015.
Determino, ainda, que sobre os valores devidos pelo Município incida correção
monetária pelo IPCA, deste a data em que deveriam ter sido pagos, além de
juros de mora, a contar da citação válida, nos termos da Sumula 204 dp
Superior Tribunal de Justiça, de acordo com o s índices oficiais de
remuneração básica aplicados à caderneta de poupança, conforme o disposto
no artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com alterações trazidas pela Lei nº
11.960/2009.
Quanto ao mais, mantenho inalterado o édito sentencial. ”
A decisão transitou em julgado em 20 de novembro de 2017, conforme certidão de trânsito

em julgado e termo de baixa, em anexo (Doc 6).
III- DA HABILITAÇÃO PARA A LIQUIDAÇÃO/EXECUÇÃO INDIVIDUAL:
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
É de suma importância esclarecer aqui que a Parte Autora goza de legalidade para figurar
no pólo ativo da presente ação, já que é servidor público pertencente a categoria Agente de
Combate a Endemias, conforme Doc.1( p 4).
Como se sabe, os beneficiários de uma decisão em ação coletiva que trata sobre direitos
individuais homogêneos, como a presente, são legitimados para promover a sua liquidação e
execução, desde que provem possuir os requisitos para integrar o título executivo. Trata-se, assim,
de legitimados ordinários independentes. Nesse sentido, a lição de Marcus Vinicius Rios
Gonçalves: (p. 45)1
São legitimados ordinários independentes os sucessores, a título inter

vivos ou mortis causa, do credor ou do devedor, o sub-rogado, o fiados do débito,
constante do título, o lesado individual, nas ações civis públicas para a defesa
de interesses individuais homogenos, e a vítima de crime, que queira executar
civilmente a sentença penal condenatória transitada em julgado, profesirda
contra o ofensor. Nesses casos, a execução é promovida por aeule que se diz
titular da obrigação, ou em face daquele a quem incumbe o seu cumprimento,
embora nenhum deles figure no título.
Vale dizer também que a Parte Autora da presente ação exerce suas atividades
profissionais para o Município, desde 02/01/1998, com carga horária de 180h mensais.
Assim, a Parte Liquidante está entre os beneficiados com a r. Decisão proferida nos autos
da ação coletiva.
IV- DA TEMPESTIVIDADE:
De início, verifica-se que a ação hora intentada preenche o requisito de Tempestividade,

pois a sentença, objeto da presente liquidação, transitou em julgado em 20/11/2017 e o prazo para
execução de sentença coletiva conta-se da data do seu trânsito em julgado, consoante tese
firmada em tema 877 do STJ, no procedimento de recursos repetitivos (Resp 1388000), in verbis:
1
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil. 9 ed. V 3, São Paulo:
Saraiva, 2016.
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Procedimento Comum
"O prazo prescricional para a execução individual é contado do trânsito em
julgado da sentença coletiva, sendo desnecessária a providência de que trata
o art. 94 da Lei n.8.078/90."
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO NO
RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ.
ADEQUAÇÃO AOS TETOS CONSTITUCIONAIS. EMENDAS
CONSTITUCIONAIS 20/1998 E 41/2003. TERMO INICIAL DO PRAZO
PRESCRICIONAL. DATA DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO INDIVIDUAL E NÃO
DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INTELIGÊNCIA DO
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO 1.388.000/PR. AGRAVO INTERNO NÃO
PROVIDO.
[...]
2. Conforme dito na decisão agravada, o STJ firmou a tese repetitiva no
sentido de que o prazo prescricional para a execução individual é
contado do trânsito em julgado da sentença coletiva, inteligência do
Recurso Especial Repetitivo 1.388.000/PR.
[...]
(AgInt no REsp 1637759/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 04/05/2017, DJe 10/05/2017) (grifo nosso).
Por sua vez, O Supremo Tribunal Federal (STF) na Súmula 150 pacificou que o prazo
para execução é o mesmo da ação. Vejamos: “Prescreve a execução no mesmo prazo de
prescrição da ação”
V- DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL DA SENTENÇA COLETIVA E DA NECESSIDADE DE

LIQUIDAR:
O artigo 509, §2 do Código de Processo Civil, estabelece os casos em se faz necessário

o procedimento de liquidação por cálculo aritmético, visto que a apuração do montante devido ao
requerente é possivelmente verificada por meio de cálculos aritméticos efetuados por profissionais
qualificados lançando mão da perícia necessária para a liquidação capaz de tornar o título ora
ilíquido em título exequível. Vejamos:
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida,

proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas
partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar
fato novo.
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor
é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados,
a liquidação desta.
§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o
credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
No caso em comento, trata-se de sentença coletiva genérica que, por sua própria
natureza, exige prévia liquidação individual por cálculos aritiméticos em razão da necessidade de
demonstração da titularidade do crédito e assim evitar tumulto processual, uma vez que a sentença
atinge centenas de servidores. A liquidação da sentença possui elevada carga cognitiva com
amplo contraditório, razão pela qual resta necessário o ajuizamento de uma nova ação.
Este é o entendimento do STJ:
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE

INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. ARTIGO 1º-D DA LEI Nº 9.494/97, ACRESCENTADO PELA MP
Nº 2.18035/01. AÇÃO COLETIVA PROPOSTA POR SINDICATO.
EXECUÇÃO INDIVIDUAL. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
CABIMENTO. SÚMULA 345/STJ. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. 1. Esta Corte pacificou o entendimento de que nas
execuções individuais contra a Fazenda Pública, oriundas de sentença
genérica proferida em ação coletiva ou ação civil pública, são devidos os
honorários advocatícios, ainda que não embargada a execução, porquanto
se mostra necessário, em tais hipóteses, que o exequente contrate advogado
para demonstrar a titularidade do crédito, com a sua consequente
individualização e liquidação, ensejando tal procedimento uma elevada carga
cognitiva, com amplo contraditório, entendimento que prevalece ainda que
se trate de quantia não qualificada como de pequeno valor (RPV).
2. A suposta violação dos artigos da Constituição Federal (artigos 97 e 100)
não pode ser examinada por se tratar de matéria de índole constitucional
afetada à competência do Supremo Tribunal Federal, pela via do
extraordinário, motivo pelo qual não se pode conhecer do recurso especial,
nesse aspecto, em função do disposto no art. 105, inciso III, da Constituição
da República.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (AgRg nos EDcl no Ag
765.916/RS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 07/12/2010, DJe
17/12/2010).
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
A doutrina segue o mesmo entendimento da jurisprudência, é o que se observa nas
palavras de Fredie Didier Jr. e Hermes Zanetti Jr.:
(...) o CDC estabeleceu que a coisa julgada coletiva estende os seus efeitos
ao plano individual in utilibus: o indivíduo poderá valer-se da coisa julgada
coletiva para proceder à liquidação dos seus prejuízos e promover a
execução da sentença (art. 103, §3º). Trata-se do denominado transporte in
utilibus da coisa julgada coletiva par a o plano individual.
(...)
Isso significa que, se por um lado, a sentença coletiva de improcedência do
pedido não produz os efeitos na esfera individual, não prejudicando as
pretensões individuais (art. 103, §1º, CDC), por outro, a sentença de
procedências nas ações para tutela de direitos difusos e coletivos stricto
sensu poderá ser liquidada e executada no plano individual sem a
necessidade de um novo processo para a afirmação do an debeatur (o que
é devido). [...] A coisa julgada coletiva irá beneficiá-los do mesmo modo que
a sentença penal condenatória beneficia os titulares de direitos civis
decorrentes de ilícito penal.
Desta feita, o requerente não vê outra saída senão o ajuizamento da presente ação
autônoma para demonstrar o quantum indenizatório que a ele cabe em decorrência da sentença
proferida nos autos supracitados, sem tumultuar os autos do processo original.
VI– DO CRÉDITO EXEQUENDO E DA APRESENTAÇÃO DOS MEMORIAIS DOS

CALCULOS:
Com base na sentença coletiva proferida nos autos da ação civil pública, a Parte
Exequente requer o recebimento dos valores da diferença do piso salarial entre junho de 2014 e
dezembro de 2015 que não lhe foram pagos.
Desta feita, o demandante apresenta memorial dos cálculos (Doc. 3.1 a 3.4).
É oportuno salientar que a liquidação da folha de pagamento, ora em apreço, foi realizada
por um escritório contábil, com anos de experiência no mercado. Além disso, a metodologia
aplicada na realização dos cálculos foi extraída do próprio contracheque que a prefeitura de
Goiânia disponibiliza aos seus servidores, ou seja, todos os índices, alíquotas e percentuais estão
em estrita conformidade com o que vem sendo aplicado.
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Diante disso, foram apurados com base no piso nacional da categoria, as diferenças
salariais do período a ser pago ao requerente, no montante de 8.552,88 (oito mil, quinhentos e
cinquenta de dois reais e oitenta e oito centavos) - (Doc. 3.1- Anexo I), o saldo a complementar
da previdência do servidor no valor de 560,09 (quinhentos e sessenta reais e nove centavos) -
(Doc. 3.1- Anexo II), assim como a diferença a pagar do Imposto Sindical sendo de 9,04 ( nove
reais e quatro centavos) - (Doc. 3.1- Anexo III).
Essas diferenças, MM., podem ser comprovadas nas planilhas no Anexo V (Doc. 3.1 a
4.4), onde estão analiticamente detalhadas.
Dessa forma, Excelência, a liquidação obedeceu a todas as formalidades de praxe, uma

vez que, além de apurar o saldo líquido a ser destinado ao servidor, também realizou todas as
deduções legais.
VII- DO PAGAMENTO DE PEQUENO VALOR:
Como regra, a execução em face da Fazenda Pública se procede mediante a expedição

de precatório, tendo em vista o procedimento especial que rege a execução contra o poder público.
Há, porém, uma única exceção: a execução feita por meio do regime de requisição de pequeno
valor (RPV), que, embora não dispense processo de execução, elimina a necessidade de
expedição de precatório consoante o artigo 100, § 3º da Constituição Federal.
Na apuração do montante devido ( Doc. 3.1), efetuado em conformidade com a sentença

transitada em julgado, verificou-se que este não excedeu 20 (vinte) salários mínimos, razão pela
qual, requer sejam feitos na forma de RPV – Requisição de Pequeno Valor.
VIII– DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
O STJ, em entendimento sumulado, súmula 345, estabelece que o ajuizamento de ação

autônoma fundada em ação genérica enseja honorários advocatícios:
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Procedimento Comum
“São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda que
não embargadas”.
Ademais, o artigo 22, § 4º do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil dispõe que
“se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte”.
Neste caso, requer que do montante total a ser percebido pelo Exequente sejam
destacados os honorários advocatícios fixados em contrato (Doc. 3, p. 4, 5 e 6) para que seja
expedido RPV em nome das asaprocurador subscritoras da presente peça.
O STF conferiu natureza alimentar aos honorários de sucumbência, o que permite,

desta forma, que sejam recebidos com antecedência e preferencialmente como verba de
pequeno valor como se trata o caso em comento. Súmula Vinculante 47:
“Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do

montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza
alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou
requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos
dessa natureza”.
Ademais, considerando que são devidos honorários advocatícios no cumprimento de

sentença (art. 85, § 1º do Código de Processo Civil), requer a sua fixação nos termos do art. 85,
§ 3º, inciso I do CPC.
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao

advogado do vencedor.
§ 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de
sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos
recursos interpostos, cumulativamente.
(...)
§ 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários
observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes
percentuais:
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Procedimento Comum
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até
2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos
até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos
até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
IX- DOS PEDIDOS:

Forte nestas razões e convencido de que o ordenamento jurídico agasalha os termos da
presente ação, requer perante Vossa Excelência:
a) A concessão à GRATUIDADE DA JUSTIÇA, conforme o disposto na Lei nº 1.060/50, devido à

comprovada falta de condições financeiras para arcar com as despesas judiciais e honorários
advocatícios;
b) que a presente seja recebida como Ação de Liquidação e Cumprimento de sentença individual
por cálculos aritméticos da Sentença coletiva e apensada aos autos do processo (Ação Ordinária
Coletiva) nº 320277-91.2014.8.09.005;
c) seja determinada a citação da requerida, na figura de seu representante legal, para, nos
termos da presente ação, apresentar contestação no prazo de Lei;
d) não havendo impugnação ou sendo esta rejeitada, requer, desde já, a expedição de mandado
dirigido à Prefeitura Municipal de Goiânia na pessoa do Prefeito ou de seu representante para
pagamento mediante depósito judicial e a expedição de RPV( § 3 do artigo 100 da CF e artigo 87
do ADCT), no valor de R$ 7.954,18 (sete mil , novecentos e cinquenta e quatro reais e dezoito
centavos) em nome do exequente;
e) a expedição de RPV no valor de R$ 598,70 (quinhentos e noventa e oito reais e setenta
centavos), referentes aos honorários contratuais, em nome das advogadas subscritoras da
presente peça, nos termos do artigo 22, § 4º do Estatuto da OAB;
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Procedimento Comum
f) A fixação de honorários sucunbênciais nos termos da Súmula 345 do STJ e do artigo 85, §§§
2º, 3º e 7º do Código de Processo Civil;
g) provar o alegado através dos documentos juntados;
h) que as futuras publicações sejam feitas em nome de ambas advogadas;
Declaram autênticas todas as cópias juntadas na inicial, nos termos da legislação atual,
devidamente rubricadas e autenticadas pelas advogadas subscritoras, conforme autorizado por
Lei.
Dá à presente o valor R$ 7.954,18 (sete mil , novecentos e cinquenta e quatro reais e

dezoito centavos).
Termos em que,
Pede deferimento
Goiânia/GO, 10 de agosto de 2018.
Monara Costa Soares Grazielle Nunes Ribeiro

OAB/GO 50.700 OAB/GO 51.003
ROL DOS DOCUMENTOS:
Doc 1 – Documentos;
Doc 2 (.1 e .2) - Documentos;
Doc 3 - (.1, .2, .3.4.5) – Memoriais de Cálculos;
Doc 4 – Sentença;
Doc 5 – Acórdão;
Doc 6 - Certidão de Trâsito em Julgado.
Celular: (71) 98834-7917

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 2 : doc1.pdf

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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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Procedimento Comum

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tribunal PODER JUDICIÁRIO
de justiça Comarca de Goiânia
U do est do de golas
3a Vara da Fazenda Pública Municipal - Juiz 2
1 /7
Protocolo: 201403202774
7
SENTENÇA
S I N D S A Ú D E — S i ndi c a t o dos T r a ba l ha dor e s do

S i s t e ma Ú n i c o d e S a ú d e n o E s t a d o d e G o i á s , ajuizou a presente Ação
Ordinária, em desfavor do MUNICIPIO DE GOIÂNIA, ambos qualificados nos
autos.
O Requerente diz ser entidade sindical que representa a
categoria dos trabalhadores do SUS do Estado de Goiás que exerçam funções
técnicas e administrativas nas Unidades de Saúde da rede Estadual, Municipal,
Fundações e Organizações de Saúde.
Afirma que os substituídos, in casu, são os servidores
ocupantes dos cargos de Agente de Combate a Endemias — ACE, e Agente
Comunitário de Saúde — ACS, que não receberiam o piso salarial previsto na Lei
Federal n. 12.994/14, que alterou a Lei n. 11.350/06.
Alega que as verbas repassadas pela União, relativas ao
valor do incentivo de custeio dos Agentes Comunitários de Saúde (Portaria
314/2014) devem ser destinadas especificamente ao pagamento do piso salarial.
Pediu antecipação de tutela para que fosse determinado
ao Requerido o pagamento do piso salarial nacional, aos ACE e ACS do Município
de Goiânia, definido na Lei 12.994/14, no valor de R$1.014,00 (um mil e quatorze
reais).
Ao final, pugnou pela procedência do pedido para que o
Requerido cumpra o piso nacional, bem como pela condenação no pagamento da
diferença dos valores recebidos a menor a partir da publiegvao da Nrtaria n.
Rua 10 n° 150, Setor Oeste, Goiânia. Goiás — CEP 74120-020 — Telefone!(62)3216-2605 — Fax. kr0) 3>6=2026 — EROA

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
5(o'r
U tribunal
de justiça
do estado de doias
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Goiânia
9/7
314/2014 (fevereiro/2014), ou a partir da vigência da Lei n. 12.944/14

(junho/2014).
Juntou documentos de folhas 13/79.
A antecipação de tutela foi denegada às folhas 83/86 e, às
folhas 98/112 foi juntado aos autos cópia do Agravo de Instrumento interposto,
tendo a este sido negado provimento às folhas 113/128.
Citado, o Município de Goiânia apresentou
contestação às folhas 134/145, onde alega que o valor previsto na Portaria n.
314/2014, não teve a intenção de fixar piso salarial para a categoria, visto que se
assim o fizesse, estaria contrariando a Constituição, que determina ser matéria a ser
regulada por lei federal.
Acerca do piso salarial após a publicação da Lei
12.994/14, o Requerido destacou que encontra-se impossibilitado de realizar o seu
pagamento em virtude do disposto no art. 169 da Constituição Federal, ante a falta
de previsão na lei de diretrizes orçamentárias, assim como pelo disposto no artigo
16 da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Afirma também ser necessária a definição do novo piso
salarial na legislação local, analisando-se o impacto frente ao limite da despesa
com pessoal (art. 22, § único, da LRF) e mesmo ao limite máximo do Poder
Executivo (art. 30, III, LRF).
Pugnou pela improcedência dos pedidos formulados.
A contestação foi impugnada pela Requerente às folhas
149/155, onde reafirmou sua tese inicial.
Intimadas acerca do interesse na produção de provas,
br
W Ar W.ljg o.ju s
apenas a Requerente veio aos autos (folhas 157) para dizer ique não havia mais
Rua 10 no 150. Setor Oeste, Goiânia, Goiás - CEP 74120-020 - Telefone: (613216-2605 - Fan62r3216-2026 - EROA

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sâtk,'
do estado de golas
3a Vara da Fazenda Pública Municipal — Juiz 2
provas a serem produzidas.

Instado a se manifestar o Ministério Público compareceu
às folhas 162/163, reputando ausente interesse público para se pronunciar..
É o essencial. Decido.
Busca o Requerente, em nome de seus afiliados Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate à Endemias (ACE) do
Município de Goiânia, ver respeitado o piso salarial que foi estipulado pela Lei n.
12.994/14.
De fato, a lei acima mencionada alterou a Lei 11.350/06,
que no §1° do art. 9-A passou a definir o piso salarial de R$1.014,00 (um mil e
quatorze reais) para os ACS e ACE que cumpram a jornada de 40 horas, desde que
"integralmente dedicada a ações e serviços de promoção da saúde, vigilância
epidemiológica e combate a endemias em prol das famílias e comunidades
assistidas, dentro dos respectivos territórios de atuação" (art. 9°-A, §2°).
O Requerido, justificando o porque de não cumprir para
com o piso legal, apontou obstáculos de ordem constitucional atinentes a questões
financeiro -orçamentárias.
Em princípio vale dizer que razão assiste ao Requerido
quando defende que a Portaria n. 314/2014, editada pelo Ministério da Saúde, não
fixou piso salarial para a categoria dos ACS e ACE, posto que a Constituição
Federal, no §5° do artigo 198, determina que o piso salarial nacional destes
profissionais será fixado em lei federal.
Acerca das normas do ciclo orçamentário e de
responsabilidade fiscal, dada a sua importância não apenas social mas também
jurídica, tanto que foi alçada à casta constitucional, elas mer4em ser devidamente
Rua 10 ri" 150, Setor Oeste, Goiânia. Goiás — CEP 74120-020 — Telefone: (62)32'1 -2605 6-2026 — EROA

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PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Goiânia
417
sopesadas antes de proferirmos decisão de mérito acerca da pretensão inicial do

Requerente.
É que, além da exigência de prévia dotação orçamentária
para atender às projeções de despesa de pessoal e acréscimos dela decorrentes, bem
como a existência de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias (art.
169, §1°, I e II), o rigor fiscal na contenção da folha de pagamento dos entes
federados é matéria sensível dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ademais, a criação de um piso salarial nacional poderia
ainda impactar de forma profunda na estrutura administrativa dos entes com menor
capacidade financeira, inclusive esbarrando em eventual ausência de recursos
suficientes.
Não obstante, no caso dos ACS e ACE, a lei que definiu
o piso nacional também vinculou a União a prestar assistência financeira
complementar de 95% do piso salarial aos Estados, Distrito Federal e aos
Municípios, na forma do art. 9°-C da Lei 11.350/06.
E o artigo 9°-E, da mesma lei, informa que, atendidas as
disposições desta, os recursos para pagamento do piso salarial são consideradas
como transferências regulares, automáticas e obrigatórias, diminuindo assim o
impacto financeiro sofrido pelos entes federados.
Analisando mais detidamente a questão ora debatida, nos
deparamos com normas legais diferentes que necessitam ser harmonizadas, a fim
de que possamos chegar à solução mais adequada ao caso.
Se de um lado temos a lei 12.994/14, publicada em
junho/2014 (data da entrada em vigor), que alterou a Lei n. 11.350/06, para definir
em seu artigo 9°-A, o piso salarial dos ACS e ACE, de lputro lado temos as
Rua 10 n° 150. Setor Oeste, Goiânia. Goiás — CEP 74120-020 — Telefone: (621321/,6-2605 — fak,.e2)32'16-2026 EROA

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
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Comarca de Goiânia
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5/7
limitações financeiras e orçamentárias previstas na Constituição Federal e na Lei

de Responsabilidade Fiscal.
Ao definir o piso salarial, a Lei 12.994/14 não trouxe
nenhuma disposição específica acerca do momento a partir do qual este deveria ser
aplicado na folha de pagamento dos ACS e ACE, razão que poderíamos
va lid a m en t e in fer ir que s ua a p lica çã o s er ia co n co m it a n t e co m o in ício s e s ua
vigência (junho/2014).
Não obstante, considerando que o artigo 9°-F, da aludida
Lei 11.350/06, estabelece que para fins de apuração dos limites com pessoal de que
trata a Lei de Responsabilidade Fiscal, a assistência complementar prestada pela
União Federal a ser utilizada no pagamento de pessoal serão computadas como
gasto de pessoal d o e n t e f e d e r a t i v o b e n e f i c i a d o p e l a s t r a n s f e r ê n c i a s , não nos
afiguraria justo impor a aplicação imediata do referido piso salarial sem oferecer
co n d i çã o a l g um a p a r a que o s en t es fed er a t i v o s a j us t a s s em a s s ua s d i r et r i z es
orçamentárias.
Deste modo, considerando que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias do Município de Goiânia (Lei n. 9438/2014) data de julho de 2014,
mês seguinte à estipulação do piso salarial nacional dos ACS e ACE, o Requerido
teve tempo hábil para incluir esse aumento em seu orçamento para o exercício de
2015.
O art igo 3° da lei cit ada n o p arágrafo an t erio r p revê,
inclusive, que:
"O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2015 será
encaminhado à Câmara Municipal até 30 de setembro
w w w.tigolus br
de 2014, podendo o Poder Execulivo aumkntar ou
Rua 10 n° 150. Setor Oeste: Goiânia. Goiás - CEP 74120-020 - Telefone: (62) 16-2605 - F*: \5.2) 321,8"--2-026 - EROA

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diminuir as metas fiscais estabelecidas nesta Lei a fim

de compatibilizar a despesa orçada à receita prevista, de
forma a preservar a suficiência de caixa". (grifamos)
Deste modo, uma vez que a lei federal que estabeleceu o

piso salarial nacional para os AC S e ACE foi publicada e entrou em vigor apenas
n o m ês d e jun h o / 2014, n ã o n o s a fig ur a co r r et a a im p o s içã o d o p is o s a la r ia l
n acio n al já n o exercício 2014, dadas as im p licaçõ es fin an ceiro -o rçam en t árias
previstas na Constituição Federal e na LRF.
Não obstante, considerando que o piso salarial nacional
dos A g e n t e s C o m u n i t á r i o s d e S a ú d e e dos A g e n t e s d e C o m b a t e à s E n d e m i a s foi
fixado, em obediência ao disposto no §50 do art. 198 da Constituição Federal, por
lei federal que se encontra em plena vigência, o seu pagamento a partir do
exercício de 2015 é solução que nos parece mais acertada, posto que ao Requerido
seria oportunizado tempo suficiente para incluí-lo no orçamento anual de 2015.
E, se o Município de Goiânia assim não o fez, não
podemos agora prejudicar o direito dos ACS e ACE, expressamente previsto em
lei, de receberem o piso salarial nacional, pela simples desídia do Requerido.
Por todo o exposto, JULGO PARCIALMENTE

PROCEDENTE o p edido in icial, p ara determ in ar que o Requerido p ague ao s
Agentes Comunitários de Saúde e aos Agentes de Combate às Endemias do
Mun icíp io de G o iân ia, s ub s tituído s p elo Sin dicato Requeren te, o p is o s alarial
profissional nacional previsto no §1° do artigo 9°-A da Lei n. 11.350/06, atualmente
w w w.tigoitis hr
fixado em R$1.014,00 (um mil e quatorze reais) mensais, deske que cumpram a
Rua 10 n° 150. Setor Oeste, Goiânia. Goiás — CEP 74120-020 —Telefone: (62)3216-y005 — ‘62)2.216-9t6 — EROA

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
do estado de gotas
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jornada de 40 (quarenta) horas semanais, estabelecida no §2" do artigo 9"-A da lei

retromenc ionada.
Condeno ainda o Requerido a pagar aos Agentes
Comunitários de Saúde e aos Agentes de Combate às Endemias do Município de
Goiânia, substituídos pelo Requerente a diferença verificada entre os valores
recebidos por estes e o piso nacional a partir de janeiro/2015, em consideração aõ
ciclo orçamentário do ente Requerido.
Por fim, condeno o Requerido ao pagamento das
despesas processuais e dos honorários advocatícios, que fixo em R$ 8.000,00 (oito
mil reais).
Desta decisão; recorro de ofício.
PRI.
Transcorrido o prazo de eventuais recursos voluntários,
remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça, em obediência ao disposto no art. 475,
I do CPC.
Goiânia -GO, 24 de ço de 201
José Proto de Oliqira

2° Juiz de Direito,- 3' Vara Fazen4Pública Municipal
Rua 10 n° 150. Setor Oeste, Goiânia. Goiás — CEP 74120-020 — Telefone: (62)3216-2605 — Fax: (62) 3216-2026 — EROA

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Arquivo 12 : doc5.1acordao.pdf

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PODER JUDICIÁRIO
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do estado de golas
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Municípios para auxiliar no pagamento dos agentes contratados pelos

entes municipais, não se tratando do piso salarial da categoria, que
passou a existir apenas a partir da promulgação da Lei Federal no
12.994/14.
Destarte, inexiste obrigação de pagamento de

remuneração com base nos valores indicados em aludida portaria.
Eis a jurisprudência correlata:
"(...) A Lei Federal no 12.994/14 acrescentou o art.

90-A à Lei Federal no 11.350/06, instituindo o piso
salarial nacional para os Agentes Comunitários de
Saúde, sendo de observância obrigatória nos demais
entes da federação. Comprovado pelo servidor que
seu vencimento era inferior ao piso, cabível a
condenação do ente público ao pagamento das
diferenças, a partir da data em que a Lei no
12.944/14 entrou em vigor. (...)" (TJMG, AC
10628140005297001 MG, Relator(a) Ana Paula
Caixeta, Julgamento: 21/04/0015, Órgão Julgador:
4a CÂMARA CÍVEL, Publicação: 30/04/2015).
"(...) Como o fundamento da ação, proposta em

março de 2014, é de que o Município de Coluna
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO No 320277-91.2014.8.09.0051 (201493202774) - 11

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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PODER JUDICIÁRIO
CoX0141114 0,4-
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tribunal ciefustiO
de justiça
do estado de geias
alo r7e,sezin/Largay-kr (553F(14/0 (590-2' eça4mk ; C-6-r')‘;/(f
estaria desrespeitando o piso dos agentes

comunitários de saúde supostamente fixados em
portarias editadas, anualmente, pelo Ministério da
Saúde, incorre em julgamento "ultra petita" a
sentença que reconhece o direito do autor de receber
o piso salarial profissional a partir de 18/06/2014,
em razão da entrada em vigor da lei 12.994, que
acrescentou o artigo 90-A à lei 11.350/06. (...) As
portarias 314/14, 260/13, 459/12, 1.599/11,
3.178/10, 2.008/09 e 1.234/08, do Ministério da
Saúde fixaram o valor do incentivo de custeio
referente à implantação de agentes comunitários de
saúde, ou seja, o valor que a União repassa ao
Município para custear o programa dos referidos
agentes, como um todo. Não se tratam, portanto, de
normas que asseguram aos servidores o direito de
receberem um piso salarial, mesmo porque tal
garantia somente pode ser criada por lei. (...) (TJMG,
AC 10628140005396001 MG, Relator: Moreira Diniz,
Julgamento: 11/06/2015, Órgão Julgador: 4a
CÂMARA CÍVEL, Publicação: 18/06/2015).
"(...) O piso salarial introduzido pela Lei n. 12.994/14

é de aplicação imediata e obedece o preconizado no
art. 198, § 5° da Constituição da República. (...).

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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do estado de goiás
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(TRT-12a Região, RO 00003070820155120021 SC

0000307-08.2015.5.12.0021, Des. Relator: ROBERTO
LUIZ GUGLIELMETTO, Órgão Julgador:SECRETARIA
DA 2A TURMA, Publicação: 09/09/2015)
"(...) Constatado que o vencimento básico do

trabalhador é inferior ao piso instituído pela Lei no
12.944/14, cabível a condenação do ente público ao
pagamento das diferenças, a partir da data em que
referida lei entrou em vigor. (...) (TRT- 15 a Região,
Processo No RO -0010452-79.2014.5.15.0020, Des.
Relator Luiz Antônio Lazarim, Publicação: 17/09/15)
"AGRAVO. O B J E Ç Ã O A MATÉRIA DELIBERADA NA

DECISÃO MONOCRÁTICA. AGENTE COMUNITÁRIO.
REP ASSE DE VERB A P EL O M INISTÉRIO DA SAÚ DE.
INCENTIVO ADICIONAL INEXISTENTE. I - O valor do
i n c en t i v o p o r c a d a agente comunitário d e s a ú d e
repassado pelo Ministério da Saúde aos municípios e
Distrito Federal, constitui incentivo à estratégia e não
um va lor a tinente a o piso sa la r ia l dos r espectivos
agentes. II - Não trazidos no agravo interno
argumentos suficientes a ensejar o revolvimento da
matéria já examinada na decisão que negou
seguimento ao apelo, há de permanecer inalterado o
D UPLO GRAU D E J URI SD I ÇÃO No 3 2 0 2 7 7 - 9 1 . 2 0 1 4 . 8 . 0 9 . 0 0 5 1 ( 2 0 1 4 9 3 2 0 2 7 7 4 ) - 1 1

-. • .ro :111:00..1111511";kia
de ito Substituto - - tundo Grau-

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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de justiça
do estado de goras
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ato decisório. Precedentes. II - Agravo improvido."

(TJGO, APELACAO CIVEL 285788-14.2013.8.09.0164,
Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3A
CAMARA CIVEL, julgado em 19/05/2015, DJe 1793
de 27/05/2015)
Assim, há de ser mantida a condenação ao

pagamento do piso salarial (R$ 1.014,00), estabelecido pela Lei
12.994/14, que acrescentou o art. 90-A à lei 11.350/06. Entretanto,
caberá ao Município realizar o pagamento da diferença verificada entre
os valores salariais efetivamente recebidos pelos ACSs e ACEs e o piso
nacional, desde a data de entrada em vigor da lei 12.994/14 (é dizer
18/06/2014) e não a partir de janeiro/2015, como restou consignado na
sentença.
1.1.2. Juros e Correção monetária nas

condenações contra a Fazenda Pública
A esse respeito, mister ressaltar, em proêmio, tratar-

se de matéria de ordem pública, podendo ser apreciada a qualquer
tempo e grau de jurisdição, inclusive de ofício por esta instância revisora.
Confira-se:
"(...) 8. Os juros de mora e a correção monetária são

matérias de ordem pública, podendo ser aplicados

bit • uenrit
Ce Direi

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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ou cor r igidos, de ofício, a qualquer tempo e em

qualquer grau de jurisdição, enquanto o processo
estiver pendente, o que não caracteriza reformatio
i n p e j u s . A p e l a ç õ e s p a r c i a l me n te p r o v i d a s ." (TJGO,
APELACAO CIVEL 130275-02.2007.8.09.0152, Rei.
DES. ZACARIAS NEVES COELHO, 2A CAMARA CIVEL,
julgado em 30/06/2015, DJe 1821 de 08/07/2015)
"(...) IV. A correção monetária e os juros de mora

são matérias de ordem pública, cabendo ao julgador
a sua análise em qualquer tempo e grau de
jurisdição. (...) 1a APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
PROVIDA. 2a APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
PARCIALMENTE PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA
DE OFÍCIO (Correção Monetária e Juros de Mora)."
(TJGO, APELACAO CIVEL 523158-
79.2007.8.09.0026, Rel. DES. FRANCISCO VILDON
JOSE VALENTE, 5A CAMARA CIVEL, julgado em
25/06/2015, DJe 1818 de 03/07/2015)
No tocante aos encargos de juros de mora e

correção monetária, nas condenações contra a Fazenda Pública,
importante esclarecer que tal matéria sofreu alteração com a Lei no
11.960/2009, que conferiu nova redação ao art. 10-F da Lei n. 9.494/97.

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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O artigo 10-F, da Lei no 9.494/97, com a

modificação imposta pela Lei no 11.960/2009, dispõe que:
"Art. 10-F. Nas condenações impostas à Fazenda

Pública, independentemente de sua natureza e para
fins de atualização monetária, remuneração do
capital e compensação da mora, haverá a incidência
uma única vez, até o efetivo pagamento, dos
índices oficiais de remuneração básica e j u r o s
aplicados à caderneta de poupança."
O Sup er ior Tr ib una l d e Justiça , no julg a m ento d e

recurso submetido à sistemática do art. 543-C do Código de Processo
Civil, d ecid iu q ue a nova r ed a çã o d o a r tig o 10-F d a L ei no 9. 494/97,
conferida pela Lei no 11.960/09, aplica-se imediatamente aos processos
em curso na data de sua publicação, embora respeitada a
irretroatividade quanto ao período anterior a sua vigência, que deve ser
regida pela regra antiga. Veja-se:
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO

ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
REMUNERA TÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E
JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA
PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO
10- F DA LEI 9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL.

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO N0 320277-91.2014.8.09.0051

(201493202774)
5a CÂMARA CÍVEL
COMARCA DE GOIÂNIA
AUTOR . S I N D I C A TO D O S TR A B A L H A D O R ES D O S I S TEM A
ÚNICO DE SAÚDE - SINDSAÚDE
RÉU : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
APELAÇÃO CÍVEL - FLS. 188

APELANTE : S IN DICA TO DOS TRA BA LH A DORES DO S IS TEM A
APELADO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATOR : Diác. Dr. Delintro Belo de Almeida Filho
Juiz de Direito Substituto em 2° Grau
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de duplo grau de jurisdição e apelação cível,

esta interposta por SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE - SINDSAÚDE (fls. 188/193) contra a sentença de
fls. 164/170, prolatada pelo 20 juiz de direito da 3 a Vara da Fazenda
P úb lica M unicip a l d a com a r ca d e G oiâ nia , José P r oto d e Oliveir a , nos
autos da "a çã o d e conheci mento sob o r i to or d i ná r i o com p ed i d o d e
antecipação de tutela", movida em desfavor de MUNICÍPIO DE
GOIÂNIA, ora apelado, ex vi da qual fora julgada parcialmente
procedente a pretensão inaugural, nos seguintes termos:

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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"(...) Por todo o exposto, JULGO PARCIALMENTE

PROCEDENTE o pedido inicial, para determinar que o
Requerido pague aos Agentes Comunitários de Saúde e
aos Agentes de Combate às Endemias do Município de
Goiânia, substituídos pelo Sindicato Requerente, o piso
salarial profissional nacional previsto no §10 do artigo
90-A da Lei 11.350/06, atualmente fixado em R$
1.014,00 (um mil e quatorze reais) mensais, desde
que cumpram a jornada de 40 (quarenta) horas
semanais, estabelecida no §20 do artigo 90-A da lei
retromencionada.
Condeno ainda o Requerido a pagar aos Agentes
Comunitários de Saúde e aos Agentes de Combate às
Endemias do Município de Goiânia, substituídos pelo
Requerente, a diferença verificada entre os valores
recebidos por estes e o piso nacional, a partir de
janeiro/2015, em consideração ao ciclo orçamentário
do ente querido.
Por fim, condeno o Requerido ao pagamento das
despesas processuais e dos honorários advocatícios,
que fixo em R$ 8.000,00 (oito mil reais).
Desta decisão, recorro de ofício. (...)" (fls. 170/171)".
Em sua exordial, o autor alega ser sindicato que

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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representa a categoria de trabalhadores do Sistema Único de Saúde

(SUS) do Estado de Goiás, que exerçam funções técnicas ou
administrativas nas unidades de saúde da rede estadual, municipal e
organizações de saúde, inclusive os agentes de combate a endemias
(ACEs) e os agentes comunitários de saúde (ACSs), conforme demonstra
seu estatuto.
Assevera que os substituídos - ACSs e ACEs - fazem

jus ao piso salarial de R$ 1.014,00 (hum mil e quatorze reais) previsto
na Lei Federal no 12.994/14, que alterou a Lei no 11.350/06.
Alterca que as verbas repassadas pela União,

pertinentes ao incentivo de custeio dos Agentes Comunitários de Saúde e
previstas na Portaria 314/2014 devem ser destinadas exclusivamente ao
pagamento do piso salarial.
Pede a antecipação de tutela para o imediato

pagamento do piso salarial nacional.
Pugna, por fim, pela procedência do pedido, a fim de

que seja obervado o quantum fixado na Lei 12.994/2014, condenando-se
o réu ao pagamento da diferença devida, desde a Portaria 314/2014
(fevereiro/2014) ou da vigência da Lei 12.944/14 (junho/2014). Roga,
ainda, pela condenação do requerido nos ônus sucumbenciais.
D UPLO GRAU D E JURI SD I ÇÃO No 3 2 0 2 7 7 -9 1 .2 0 1 4 .8 .0 9 .0 0 5 1 (2 0 1 4 9 3 2 0 2 7 7 4 ) - 1 1
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Substituto em S'eguj.c9,1e'çau - Tb.,0

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Colacionou documentos às fls. 12/79.
Às fls. 83/86, fora indeferida a tutela antecipada

pleiteada na petição inicial.
Interposto agravo de instrumento (fls. 98/112), este

teve seu seguimento negado, conforme decisão de fls. 113/128.
O Município de Goiânia, por sua vez, apresenta

contestação às fls. 134/145, aduzindo, em síntese, que o valor previsto
na Portaria 314/2014 não diz respeito à piso salarial da categoria, o qual
deve ser estipulado por meio de lei federal, sob pena de afronta à
Constituição.
Acrescenta que encontra-se impossibilitado de realizar

o pagamento das quantias previstas na Lei 12.994/14, em razão dc
disposto no art. 169, da Constituição Federal, haja vista a falta de
previsão na lei de diretrizes orçamentárias, bem assim pelo disposto no
art. 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diz ser necessária a definição de novo piso salarial

para a categoria, tomando-se por base os limites de despesa com
pessoal (art,. 22, § único, da Lei de Responsabilidade Fiscal).
Pugna pela total improcedência dos pedidos.

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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A parte autora apresentou impugnação à contestação

às fls. 149/155.
Instadas à especificação de provas, somente a parte

autora veio aos autos dizer que não havia mais provas a serem
produzidas (fl. 157).
O órgão ministerial reputou ausente interesse que

justificasse a necessidade de sua intervenção no feito (fls. 162/163).
O douto juiz de 10 grau prolatou sentença às fls.

164/170, julgando parcialmente procedente o pedido proemial.
Irresignado, o Sindicato dos Trabalhadores do

Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás - Sindsaúde interpôs
apelação (via fax e original às fls. 188/193), pretendendo, em síntese, a
reforma da sentença para a total procedência do pedido inicial, de modo
que o pagamento do piso salarial se dê também em relação ao período
de 2014 (e não somente a partir de 2015).
Sustenta que não se pode obstar o pagamento do piso

salarial, alegando que isso resultaria na extrapolação do limite prudencial
previsto na LRF, uma vez que os valores repassados pela União ao
apelado constituem "verba vinculada", ou seja, o repasse da União da

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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verba prevista na Lei 12.944/14 está atrelado ao pagamento do piso

nacional dos ACSs e ACEs.
Salienta que "a verba até então recebida - decorrente

da portaria no 314/2014 - deve necessariamente ser integralmente
utilizada para custeio da folha dos ACSs e ACEs, sob pena de
d e s v i r t u a m e n t e d e s u a p r e v i s ã o l e g a l . " ( f 1. 191) .
Acrescenta que os valores repassados pela União não

entram no orçamento municipal, pois estão condicionados ao pagamento
do piso, por isso não cabe falar-se em infringência à LRF.
Pontua que o recebimento de "incentivo funcional" sem

a devida destinação caracteriza verdadeira ilegalidade.
Advoga que cabia ao Município a adoção das medidas

cabíveis (legislativas e administrativas) para o imediato cumprimento da
le i.
Pontua, por fim, que a Lei tem aplicação direta,

imediata e incondicionada, a partir de sua publicação, porquanto cabível
seja conhecido e provido o recurso, julgando-se totalmente procedente o
pedido inicial.
Preparo visto à fl. 194.
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JUIZ Direito Subst.it

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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Contra a d e ci sã o q u e não recebeu o apelo (fl.

204/205) , fora interposto recurso de agravo de instrumento (fls.
2 1 9 / 2 2 6 ) , o q u a l f o r a c o n h e c i d o e p r o v i d o , c o n f o r me s e v ê à s f l s .
242/251.
Em corolário, o decisum de fl. 232 refluiu do

posicionamento anterior, e, em juízo de retratação, recebeu o recurso de
apelação, intimando o recorrido a apresentar resposta, esta, por sua vez,
encontradiça às fls. 257/261.
É o relatório. Passo ao voto.
1) DA REMESSA NECESSÁRIA.
Adequada a remessa necessária, porquanto

empreendida na forma da lei.
Compulsando os autos, verifico encontrar-se

plenamente caracterizados os pressupostos processuais, estando
presentes a legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade
jurídica do pedido.
Não se vi sl umbr a ai nda, qual quer mácul a ao devi do

processo legal, p o s t o q u e f o r a devi damente obser vado, p e l o ju í z o

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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singular, o procedimento adequado, bem como atendidos os princípios do

contraditório e da ampla defesa, razão pela qual se mostra necessário
adentrar-se ao mérito da lide, visando exercer o controle de higidez da
sentença prolatada.
1.1 MÉRITO
1.1.1 Direito do recebimento do piso salarial pela

categoria
A carreira dos agentes comunitários de saúde e

agentes de combate a epidemias passou a ter tratamento constitucional
a partir da edição da Emenda Constituicional no 51/2006, que
acrescentou os seguintes parágrafos ao art. 198 da CF/88:
"Art. 198 - omissis

(...)
§ 40 Os gestores locais do sistema único de saúde
poderão admitir agentes comunitários de saúde e
agentes de combate às endemias por meio de
processo seletivo público, de acordo com a natureza e
complexidade de suas atribuições e requisitos
específicos para sua atuação.
§ 5° Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a
regulamentação das atividades de agente comunitário

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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de saúde e agente de combate às endemias."
A regulamentação da profissão sobreveio com a Lei

Federal no 11.350/06, que, em sua redação original, nada mencionou a
respeito do piso salarial da categoria.
Referido piso somente passou a ser previsto a partir

da promulgação da Lei Federal no 12.994/14, que acrescentou o art. 90-
A à Lei no 11.350/06, com a seguinte redação:
"Art. 90-A. O piso salarial profissional nacional é o

valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios não poderão fixar o
vencimento inicial das Carreiras de Agente
Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às
Endemias para a jornada de 40 (quarenta) horas
semanais.
§ 10 O piso salarial profissional nacional dos Agentes

Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às
Endemias é fixado no valor de R$ 1.014,00 (mil e
quatorze reais) mensais.
§ 20 A jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas

exigida para garantia do piso salarial previsto nesta

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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Lei deverá ser integralmente dedicada a ações e

serviços de promoção da saúde, vigilância
epidemiológica e combate a endemias em prol das
famílias e comunidades assistidas, dentro dos
respectivos territórios de atuação, segundo as
atribuições previstas nesta Lei."
Desse modo, a obrigação de observância do piso

somente surgiu a partir da data em que a Lei no 12.994/14 entrou em
vigor, ou seja, 18/06/2014.
Impende consignar que o referido piso aplica-se a

todos os entes da federação, diante da competência da União para
legislar sobre as condições para o exercício de profissões, nos termos do
art. 22, XVI, da CF/88.
Afinal, aplica-se ao caso, raciocínio semelhante ao

expendido pelo excelso STF no julgamento da ADI no 4.167/DF, na qual
restou consignado que o piso salarial do magistério público da educação
básica, fixado pela lei federal no 11.738/08, se aplicaria em todas as
esferas da federação.
Importante registrar que a Portaria no 314/2014 do

Ministério da Saúde, mencionado pelo apelante em suas razões, se
destina a fixar o incentivo de custeio repassado pela União aos

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM CURSO
QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Cinge-se a controvérsia
acer ca da possibilidade de aplicação im ediata às
ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar
a r e d a ç ã o d o a r t ig o 1 0 - F d a L e i 9 . 4 9 4 / 9 7 , p a r a
disciplinar os critérios de correção monetária e de
juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza", quais sejam,
"os índices oficiais de remuneração básica e juros
a p l ic a d o s à c a d e r n e t a d e p o u p a n ç a " . 2 . A C o r t e
Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu
por bem alter ar entendim ento até então adotado,
firmando posição no sentido de que a Lei
11.960/2009, a qual traz novo regramento
concernente à atualização monetária e aos juros de
mora d e v id o s p e l a Fazenda Pública, deve ser
aplicada, de imediato, aos processos em
andamento, sem, contudo, r e t r o a g i r a período
anterior à sua vigência. 3. Nesse mesmo sentido já
s e m a n i f e s t o u o S u p r e m o Tribunal Federal, ao
d e c id ir qu e a L e i 9 . 4 9 4 / 9 7 , a lt e r a d a p e la M e d id a
Pr o visó r ia n . 2 .1 8 0 - 3 5 /2 0 0 1 , qu e ta m b é m tr a ta va

tcro ti Finr,
ubstautoe SegUrriniGraU - T.11,0
de

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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de consectá rio da condenação (juros de mora),

devia ser aplicada imediatamente aos feitos em
curso. 4. Assim, os valores resultantes de
condenações proferidas contra a Fazenda Pública
após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
observar os critérios de atualização (correção
monetária e juros) nela disciplinados, enquanto
vigorarem. Por outro lado, no período anterior, tais
acessórios deverão seguir os parâmetros definidos
pela legislação então vigente. 5. No caso concreto,
merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 50 da Lei n.
11.960/09 no período subsequente a 29/06/2009,
data da edição da referida lei, ante o princípio do
tempus regit actum. 6. Recurso afetado à Seção,
por ser representativo de controvérsia, submetido
ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução
8/S77. 7 Cessam os efeitos previstos no artigo 543-
C do CPC em relação ao Recurso Especial Repetitivo
n. 1.086.944/SP, que se referia tão somente às
modificações legislativas impostas pela MP 2.180-
35/01, que acrescentou o art. 10-F à Lei 9.494/97,
alterada pela Lei 11.960/09, aqui tratada. 8.
Recurso especial parcialmente provido para
determinar, ao presente feito, a imediata aplicação

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undo Grau - ri

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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;9
do art. 50 da Lei 11.960/09, a partir de sua

vigência, sem efeitos retroativos." (S717, REsp. no
1.205.946/SP, Rel. Ministro Benedito Gonçalves,
Corte Especial, julgado em 19/10/2011, DJe
02/02/2012).
Assim, a princípio, não haveria dúvida de que a

correção monetária e os juros deveriam observar o que prescreve o
artigo 10 -F da Lei no 9.494/97, com redação atribuída pela Lei no
11.960/09.
Não obstante, o Supremo Tribunal Federal, ao

examinar a ADIn 4.357/DF, R el. Min. Ayres Britto, declarou a
inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, do art. 50 da Lei no
11.960/09, que deu nova redação ao art. 10-F da Lei no 9.494/97.
Diz-se por arrastamento porque o objeto principal

da ADIn era a norma constante do artigo 100, § 12, da Constituição
Federal de 1988, que possui redação muito semelhante a adotada pelo
artigo 50 da Lei no 11.960/09.
Dessarte, reconhecida a inconstitucionalidade

parcial da regra do artigo 100, § 12, da CF/88, declarou-se a
inconstitucionalidade, na mesma medida, do artigo 10 -F da Lei no
9.494/97.

41Z, é Direito Substituto e

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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Transcrevo excerto do voto elaborado pelo Ministro

Ayres Britto:
"28. Prossigo neste voto para assentar, agora, a

inconstitucionalidade parcial do atual § 12 do art.
100 da Constituição da República. Dispositivo assim
vernacularmente posto pela Emenda Constitucional
no 62/2009: "§ 12. A partir da promulgação desta
Emenda Constitucional, a atualização de valores de
requisitórios, após sua expedição, até o efetivo
pagamento, independentemente de sua natureza,
será feita pelo índice oficial de remuneração básica
da caderneta de poupança, e, para fins de
compensação da mora, incidirão juros simples no
mesmo percentual de juros incidentes sobre a
caderneta de poupança, ficando excluída a
incidência de juros compensatórios." (Grifou-se)
Observa-se, então, que, em princípio, o novo § 12

do art. 100 da Constituição Federal retratou a
jurisprudência consolidada desta nossa Corte, ao
deixar mais clara: a) a exigência da "atualização de
valores de requisitórios, após sua expedição [e] até
o efetivo pagamento"; b) a incidência de juros

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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*alteinete do (g)e4e~lia/iyadclr (.:(5awçai)ecaa Wo.da
simples "para fins de compensação da mora"; c) a

não incidência de juros compensatórios (parte final
do § 12 do art. 100 da CF).
Mas o fato é que o dispositivo em exame foi além:
fixou, desde logo, como referência para correção
monetária, o índice oficial de remuneração básica
da caderneta de poupança, bem como, "para fins
de compensação de mora", o mesmo percentual de
juros incidentes sobre a caderneta de poupança.
E contra esse plus normativo é que se insurgem os
requerentes. Insurgência, a meu ver, que é de ser
acolhida quanto à utilização do "índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança"
para a atualização monetária dos débitos inscritos
em precatório.
É que a correção monetária, consoante já defendi
em artigo doutrinário, é instituto jurídico-
constitucional, porque tema específico ou a própria
matéria de algumas normas figurantes do nosso
Magno Texto, tracejadoras de um peculiar regime
jurídico para ela (...).
Convém insistir no raciocínio. Se há um direito
subjetivo à correção monetária de determinado
crédito, d i r e i t o q u e , c o m o v i s t o , n ã o d i f e r e d o
crédito originário, fica evidente que o reajuste há
DUPLO GRAU DE J URISDIÇÃO No 320277-91.2014.8.09.0051 (201493202774) - 11

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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de corresponder ao preciso índice de desvalorização

da moeda, ao cabo de um certo período; quer
dizer, conhecido que seja o índice de depreciação
do valor real da moeda - a cada período legalmente
estabelecido para a respectiva medição, é ele que
por inteiro vai recair sobre a expressão financeira
do instituto jurídico protegido com a cláusula de
permanente atualização monetária.
É o mesmo que dizer: medido que seja o tamanho
da inflação num dado período, tem-se,
naturalmente, o percentual de defasagem ou de
efetiva perda de poder aquisitivo da moeda que vai
servir de critério matemático para a necessária
preservação do valor real do bem ou direito
constitucionalmente protegido.
O que determinou, no entanto, a Emenda
Constitucional no 62/2009 Que a atualização
monetária dos valores inscritos em precatório, após
sua expedição e até o efetivo pagamento, se dará
pelo "índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança".
Índice que, segundo já assentou este Supremo
Tribunal Federal na ADI 493, não reflete a perda de
poder aquisitivo da moeda (...). O que se conclui,
portanto, é que o § 12 do art. 100 da Constituição

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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do.2e (-3 e)eff ,? (
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acabou por artificializar o conceito de atualização

monetária. Conceito que está ontologicamente
associado à manutenção do valor real da moeda.
Valor real que só se mantém pela aplicação de
índice que reflita a desvalorização dessa moeda em
determinado período. Ora, se a correção monetária
dos valores inscritos em precatório deixa de
corresponder à perda do poder aquisitivo da
moeda, o direito reconhecido por sentença judicial
transitada em julgado será satisfeito de forma
excessiva ou, de revés, deficitária.
Em ambas as hipóteses, com enriquecimento ilícito
de uma das partes da relação jurídica. E não é
difícil constatar que a parte prejudicada, no caso,
será, quase que invariavelmente, o credor da
Fazenda Pública.
Basta ver que, nos últimos quinze anos (1996 a
2010), enquanto a TR (taxa de remuneração da
poupança) foi de 55,77%, a inflação foi de 97,85%,
de acordo com o IPCA.
Não há como, portanto, deixar de reconhecer a
inconstitucionalidade da norma atacada, na medida
em que a fixação da remuneração básica da
caderneta de poupança como índice de correção
monetária dos valores inscritos em precatório

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de Dele Si.lutáLawerfnegundo Grau - TJGO

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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implica indevida e intolerável constrição à eficácia

da atividade jurisdicional. Uma afronta à garantia
da coisa julgada e, por reverberação, ao proto
princípio da separação dos Poderes (...).
Com estes fundamentos, tenho por inconstitucional
a expressão "índice oficial de remuneração básica
da caderneta de poupança", constante do § 12 do
art. 100 da Constituição Federal, do inciso II do §
1 0 e d o § 1 6 , a m b o s d o a r t . 9 7 do At o das
Disposições Constitucionais Transitórias (...).
Por todo o exposto, julgo procedente a ação para
declarar a inconstitucionalidade formal de toda a
Emenda Constitucional no 62, de 09 de dezembro
de 2009. Caso vencido quanto ao vício de
inconstitucionalidade formal, julgo parcialmente
procedente a ação para o fim de: a) declarar a
inconstitucionalidade da expressão "n a dat a de
expedição do precatório", contida no § 20 do art.
100 da Constituição Federal; b) declarar
inconstitucionais os §§ 90 e 10 do art. 100 da
Constituição da República; c) assentar a
inconstitucionalidade da expressão "índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança",
constante do § 12 do art. 100 da Constituição
Federal, do inciso II do § 10 e do § 16, ambos do

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art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias; d) declarar inconstitucional o fraseado
"independentemente de sua natureza", contido no
§ 12 do art. 100 da Constituição, para que aos
precatórios de natureza tributária se apliquem os
mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito
tributário; e) declarar a inconstitucionalidade, por
arrastamento (itens "c" e "d" acima), do art. 5° da
Lei n° 11.960/2009; f) assentar a
inconstitucionalidade do § 15 do art. 100 da
Constituição Federal e de todo o art. 97 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias
(especificamente o caput e os §§ 1°, 2°, 4°, 6°, 8°,
9°, 14 e 15, sendo os demais por arrastamento ou
reverberação normativa) (...).
Extrai-se, portanto, que a Suprema Corte declarou

inconstitucional a expressão "índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança", nos ter mos do § 12 do ar tigo 100 da C ar ta
Magna, pois a taxa básica de remuneração da poupança não mede a
inflação acumulada do período e, por conseguinte, não pode servir de
parâmetro para a correção monetária a ser aplicada aos débitos da
Fazenda Pública.
Logo, com amparo na declaração de

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inconstitucionalidade parcial do artigo 50 da Lei no 11.960/09, a correção

monetária das dívidas fazendárias deve observar índices que reflitam a
inflação acumulada do período, a ela não se aplicando os índices de
remuneração básica da caderneta de poupança.
Desse modo, no caso concreto, com fulcro na atual

orientação jurisprudencial e por melhor refletir a inflação acumulada do
período deve ser aplicado o IPCA (índice de Preços ao Consumidor
Amplo) como índice de correção.
A propósito:
"PROCESSUAL CIVIL. JUROS DE MORA E

CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA PENDENTE DE
TRÂNSITO EM JULGADO NO STF. ADI 4.357/DF E
ADI 4.425/DF. SOBRES TAMENTO DO FEITO.
DESCABIMENTO. ART. 1°-F DA LEI 9.494/1997. LEI
11.960/2009. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL
POR ARRASTAMENTO DECLARADA PELO STF.
PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO. CORREÇÃO
MONETÁRIA. OBSERVÂNCIA DA NATUREZA DA
DÍVIDA. JUROS DE MORA. CADERNETA DE
POUPANÇA. I. A partir da declaração de
inconstitucionalidade parcial do art. 50 da Lei
11.960/2009: a) aplicam-se às dívidas da Fazenda

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gr).e4e~iwyrzlie4, pl.(f;owilo ' eatved. -WoJià
27
Pública os índices de correção monetária que

reflitam a inflação acumulada no período,
observada a natureza do débito, afastando-se a
incidência dos índices de remuneração básica da
caderneta de poupança; b) os juros morató rios
corresponderão aos juros aplicáveis à caderneta de
poupança, exceto quando a dívida ostentar
natureza tributária, para a qual prevalecerão as
regras específicas. Nesse sentido: REsp
1.270.439/PR, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira
Seção, DJe 2.8.2013. 2. No caso dos autos, como a
condenação imposta é de natureza não tributária,
os juros morató rios devem ser calculados com
respaldo nos juros incidentes sobre a caderneta de
poupança, nos termos da regra do art. 10-F da Lei
9.494/1997, com redação dada pela Lei
11.960/2009. Por sua vez, a correção monetária
deverá ser calculada de acordo com a natureza da
obrigação, sendo o INPC para as dívidas
previdenciárias do Regime Geral de Previdência
Social (art. 41-A da Lei 8.213/1991) e o IPCA para
os demais débitos não tributários. Precedentes:
REsp 1.270.439/PR, Rel. Ministro Castro Meira,
Primeira Seção, a l e 2.8.2013; AgRg no REsp
1.427.958/SC, Rel. Ministro Benedito Gonçalves,

Ur. 51intro BeTciNte A! p okt5 F"h
- tI Zito Substituto em o Grau-

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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l(i.:}e4em6c-bygado4e (5129:w,cdrio r ~ A . L e a . Wo.da
Primeira Turma, DJe 2.6.2014; AgRg no R Es p

1.425.305/PR, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 19.5.2014; AgRg no AREsp 231.080/PE,
Rel. Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, DJe
3.6.2014; AgRg no R Es p 1.324.934/RS, Rel.
Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, ale
3.6.2014. 3. A pendência de julgamento no STF de
ação em que se discute a constitucionalidade de lei
não enseja o sobre stamento dos recursos que
tramitam no STJ, salvo determinação expressa da
Suprema Corte. A propósito: AgRg no R Es p
1.359.965/RJ, R el. Ministro Ricardo Vil/as Baas
Cueva, Terceira Turma, DJe 31.5.2013. 4. Agravo
regimental não provido." (ST3, AgRg no REsp. no
1.405.239/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, julgado em 18/09/2014,
DJe 24/09/2014).
"(...) 2- O Supremo Tribunal Federal declarou a

inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, do
artigo 50 da Lei no 11.960/09, que deu nova
redação ao artigo 10-F da Lei no 9.494/97.
Dessarte, a correção monetária das dívidas
fazendárias deve observar índices que reflitam a
inflação acumulada do período, a e la não se

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aplicando os índices de remuneração básica da

caderneta de poupança. Adota-se o IPCA como
índice de correção monetária, por melhor refletir a
inflação acumulada no período. RECURSO DE
APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO." (TJGO,
AC no 345705-78.2013.8.09.0029, Rel. Des. ALAN
S. DE SENA CONCEICAO, 5a Câmara Cível, DJ 1756
de 27/03/2015).
"(...) VI - Condenação da Fazenda Pública.

Juros e correção monetária. Art. 10-F da Lei
n. 9.494/97. Alterações introduzidas pela Lei
n. 11.960/09. Declaração parcial de
inconstitucionalidade do artigo 5° da Lei n.
11.960/09. Nas condenações impostas à
Fazenda Pública, os juros de mora incidem a
partir da citação, devendo ser calculados com
base nos índices oficiais de remuneração
básica aplicados à caderneta de poupança,
nos termos da Lei n. 11.960, publicada em
30/06/2009, que deu nova redação ao artigo
10-F da Lei n. 9.494/97. Já a correção
monetária, por força da declaração de
inconstitucionalidade parcial do artigo 5° da
Lei n. 11,960/09, deverá ser calculada com

perda F "
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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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base no IPCA, índice que melhor reflete a

inflação acumulada do período, incidindo a
contar da data de vencimento de cada
pensionamento. (...) Agravo Regimental
conhecido e desprovido." (TJGO, DUPLO GRAU DE
JURISDICAO 96942-66.2010.8.09.0051, Rel. DES.
CARLOS ALBERTO FRANCA, 2A CAMARA CIVEL,
julgado em 13/01/2015, DJe 1713 de
23/01/2015). Grifei.
"REMESSA OFICIAL. AÇÃO DECLARA TÓRIA C/C

ORDINÁRIA DE RESTABELECIMENTO DE
SUBSÍDIOS (...). CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS
MORA TÓRIOS (...). Com o julgamento da ADI n.o
4357/DF pelo Supremo Tribunal Federal, ocasião
em que declarada a inconstitucionalidade parcial
por arrastamento do art. 10-F da Lei federal n.o
9.494/1997, a despeito de ainda não modulados
seus efeitos, não mais aplicáveis às dívidas das
Fazendas Públicas a título de correção monetária os
índices oficiais das cadernetas de poupança, pelo
que adotar-se-á o IPCA por melhor refletir a
inflação acumulada no período, mantendo-se, com
relação aos juros de mora, a determinação legal
contida no citado dispositivo. Precedentes do STJ.

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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("):9"albái,ei,'e (r.1)e4e/ndovgacin-r *--ivfaido Taive.d. WO.J47,
6. R e m e s s a c o n h e c id a e p a r c ia l m e n t e p r o v id a . "
(TJGO, Duplo Grau de Jurisdição 417455-
02.2012.8.09.0151, Rel. Des(a). Beatriz Figueiredo
Franco, 3a Câ ma r a Cí ve l , ju l g a d o e m 2 6 / 0 8 / 2 0 1 4 ,
DJe no 1.619 de 02/09/2014).
Já quanto aos ju r o s d e mo r a , c o mo v i s t o n o s
julgados acima colacionados, são devidos a contar da citação válida, nos
termos da Súmula 204 do Superior Tribunal de Justiça, de acordo com os
índices oficiais de remuneração básica aplicados à caderneta de
poupança, conforme o di sposto no arti go 10-F da Lei no 9.494/97, com
alterações trazidas pela Lei no 11.960/2009.
1.1.3. Ônus sucumb enciais
C o n q u a n t o a F a z e n d a Pú b l i c a e s u a s Au t a r q u i a s
sejam i s e n t a s d o p a g a me n t o d e c u s t a s processuais, são, todavia,
o b r i g a d a s a r e e mb o l s a r a s d e s p e s a s ju d i c i a i s a d i a n t a d a s p e l a p a r t e
vencedora, consoante o disposto no art. 40, § único, da Lei no 9.289/96,
verbis:
"Art. 40. São isentos de pagamento de custas:

I- a União, os Estados, os Municípios, os Territórios
Federais, o Distrito Federal e as respectivas
autarquias e fundações;

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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(—).
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo
não alcança as entidades fiscalizadoras do
exercício profissional, nem exime as pessoas
jurídicas referidas no inciso I da obrigação de
reembolsar as despesas judiciais feitas pela parte
vencedora."
Sobre a questão, já se manifestou o

Superior Tribunal de Justiça:
"(...). Por derradeiro, acerca das custas processuais

devidas no âmbito da Justiça Federal, o acórdão
recorrido apreciou a questão em consonância com
o parágrafo único do artigo 40 da Lei 9.289/96,
verbis: "Art. 4 ° S ã o i s e n t o s d e p a g a m e n t o d e
custas: I - a União, os Estados, os Municípios, os
Territórios Federais, o Distrito Federal e as
respectivas autarquias e fundações; (...) Parágrafo
único. A isenção prevista neste artigo não alcança
as entidades fiscalizadoras do exercício
profissional, nem exime as pessoas jurídicas
referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
despesas judiciais feitas pela parte vencedora ."
Logo, como a parte recorrida sagrou-se

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Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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-2 -2
vencedora, constitui obrigação da Fazenda Pública

reembolsar as despesas judiciais feitas pela outra
parte no decorrer do processo. Nesse sentido é
a jurisprudência deste Sodalício: "TRIBUTÁRIO E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
EMBARGOS À EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE
EXCESSO. AÇÃO ORIGINÁRIA DECLARATORIA
CUMULADA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
VALORES RECOLHIDOS A TÍTULO DE
CONTRIBUIÇÃO AO FINSOCIAL NOS ANOS DE 1989
A 1991. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS.
APLICAÇÃO DA TAXA SELIC. REEMBOLSO
DAS CUSTAS COMPLEMENTARES DE
EXECUÇÃO E VERBA HONORÁRIA.
RESPONSAB IL IDADE DA FAZ ENDA. (...) 3. Ônus
sucumbenciais a serem suportados pela Fazenda. A
importância recolhida a título de complementação
de custas para o prosseguimento do feito executivo
deve ser ressarcida à embargada, já que vencedora
na demanda, em respeito ao preceituado pelo art.
20, caput, 1a parte, do CPC. 4. Recurso especial
conhecido e provido." (REsp 1037639/SP, Rel.
Min. JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, D_Je
23/6/2008). Diante do exposto, com fundamento
no artigo 557, caput, do CPC, nego seguimento ao
Tác. Dr. e IrLirr o de Almeid f Uh)

U
)uuçie Oireito SubStituto em Segundo u Ti c i 0

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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W4 d e4e~itcoya(42., pc_feya4/0 ivneal?)eá, a/a
recurso especial. (...)". (STJ, REsp no 882688

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,
01/10/2008)
Igualmente, filia-se o entendimento jurisprudencial

desta Corte Estadual de Justiça:
"(...) 3. À Fazenda Pública cabe, quando vencida,

efetuar o reembolso a parte vencedora, bem como
o pagamento de honorários advocatícios
sucumbenciais em conformidade com o artigo 20, §
40, do Código de Processo Civil. 4. REMESSA
NECESSÁRIA CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA E APELO CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO,
DUPLO GRAU DE JURISDICAO 503177-
65.2008.8.09.0079, Rel. DE S. G E R SO N SANTANA
CINTRA, 3A CAMARA CIVEL, julgado em
02/09/2014, DJe 1623 de 08/09/2014)
"VII- O Município sucumbente, apesar de isento de

custas, deve ressarcir a parte vitoriosa na lide das
despesas processuais, consoante o disposto no art.
40, § ú n i c o , d a L ei n o 9. 289/ 96. ( . . . ) R E M E SSA
OBRIGATÓRIA E APELAÇÕES CONHECIDAS. DUPLO
GRAU E PRIMEIRA APELAÇÃO PARCIALMENTE

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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PROVIDOS. SEGUNDA APELAÇÃO DESPROVIDA."

(T3GO, DUPLO GRAU DE 3URISDICAO 97751-
55.2011.8.09.0137, Rel. DES. L UIZ EDUARDO DE
SOUSA, 1A CAMARA CIVEL, julgado em
08/04/2014, D3e 1530 de 28/04/2014)
(...) 5. O Município sucumbente, apesar de isento

de custas, deve ressarcir a parte vitoriosa na lide
das despesas processuais, consoante o disposto no
a r t. 40, § úni co, d a L ei no 9. 289/96. 6 - Nos
termos da Súmula no 43, do Superior Tribunal de
Justiça, incide correção monetária sobre dívida
por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA E
PARCIALMENTE PROVIDA. 1a APELAÇÃO
CONHECIDA E PROVIDA. 2a APELAÇÃO
C ONH E C IDA E DE SP R OVIDA" (T3GO, 5 a Câmara
Cível, DG n° 426795-97.2005.8.09.0091, Rel. Des.
Alan S. De Sena Conceição, D3 1021 de
12/03/2012).
Dessarte, legítima a condenação ao pagamento das
despesas e honorários, tal qual lançado na sentença.
2) APELAÇÃO — INTERPOSTA PELO
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO NO 320277-91.2014.8.09,0051 (201493202774) - 11
Dr.
'AZ 05C/ir

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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SINDSAÚDE (FLS. 188/193)
O recorrente pretende a reforma da sentença para

a integral procedência dos pedidos iniciais, de modo que o pagamento
das diferenças relativas ao piso salarial, estabelecido pela Lei 12.994/14,
englobe também o ano de 2014.
Alega que a verba decorrente da portaria no

314/2014 deve necessariamente ser utilizada para custeio da folha dos
ACSs e ACEs.
2.1. Termo inicial para pagamento das

diferenças do efetivamente recebido e o piso salarial da Lei
12.994/14.
O piso salarial pretendido somente passou a ser

previsto a partir da promulgação da Lei Federal no 12.994/14, que
acrescentou o art. 90-A à Lei no 11.350/06, contendo a seguinte
redação:
"Art. 90-A. O piso salarial profissional nacional é o

valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios não poderão fixar o
vencimento inicial das Carreiras de Agente
Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
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E n d e m ia s p a r a a j o r n a d a d e 4 0 ( q u a r e n t a ) h o r a s
semanais.
§ 10 O piso salarial profissional nacional dos Agentes

Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às
E n d e m ia s é f ixa d o n o v a l o r d e R $ 1 . 0 1 4 , 0 0 ( m il e
quatorze reais) mensais.
§ 20 A jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas

exigida para garantia do piso salarial previsto nesta
L e i d e v e r á s e r in t e g r a l m e n t e d e d ic a d a a a ç õ e s e
serviços de promoção da saúde, vigilância
e p id e m io ló g ic a e c o m b a t e a e n d e m ia s e m p r o l d a s
famílias e comunidades assistidas, dentro dos
respectivos territórios de atuação, segundo as
atribuições previstas nesta Lei."
Assi m, a obri gação de observânci a do pi so somente

sur gi u a par ti r da data em que a Lei no 12.994/14 entr ou em vi gor , ou
seja, 18/06/2014.
Consequentemente, caber á ao Muni cípi o r eal i zar o

pagamento da diferença verificada entre os valores salariais
efetivamente recebidos pelos ACSs e ACEs e o piso nacional, desde a
data de entrada em vi gor da l ei 12.994/14 (é di zer 18/06/2014) e não a

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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partir de janeiro/2015, como restou consignado na sentença.
2.2. Portaria 314/2014
Conforme mencionado em linhas volvidas, a Portaria

no 314/2014 do Ministério da Saúde, mencionado pelo apelante em suas
razões, se destina a fixar o incentivo de custeio repassado pela União aos
Municípios para auxiliar no pagamento dos agentes contratados pelos
entes municipais, não se tratando do piso salarial da categoria, que
passou a existir apenas a partir da promulgação da Lei Federal no
12.994/14.
Por oportuno:
"(...) Como o fundamento da ação, proposta em

março de 2014, é de que o Município de Coluna
estaria desrespeitando o piso dos agentes
comunitários de saúde supostamente fixados em
portarias editadas, anualmente, pelo Ministério da
Saúde, incorre em julgamento "ultra petita" a
sentença que reconhece o direito do autor de
receber o piso salarial profissional a partir de
18/06/2014, em razão da entrada em vigor da lei
12.994, que acrescentou o artigo 90-A à lei
11.350/06. (...) As portarias 314/14, 260/13,
DUPLO GRAU DE J URISDIÇA0 No 320277-91.2014.8.09,0051 (201493202774) - 11

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

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459/12, 1.599/11, 3.178/10, 2.008/09 e 1.234/08,

do Ministério da Saúde fixaram o valor do incentivo
de custeio referente à implantação de agentes
comunitários de saúde, ou seja, o valor que a
União repassa ao Município para custear o
programa dos referidos agentes, como um todo.
Não se tratam, portanto, de normas que
asseguram aos servidores o direito de receberem
um piso salarial, mesmo porque tal garantia
s o m e n t e p o d e s e r c r i a d a p o r l e i . ( . . . ) (TJMG, AC
10628140005396001 MG, Relator: Moreira Diniz,
Julgamento: 11/06/2015, Órgão Julgador: 4a
CÂMARA CÍVEL, Publicação: 18/06/2015).
3) DIPOSITIVO.
Ante o exposto conheço da remessa

necessária e do apelo e dou-lhes parcial provimento para, em
reforma parcial da sentença, determinar que a condenação do
Município requerido a pagar a diferença entre os valores
recebidos pelos ACSs e ACEs e o piso nacional, se dê desde a
data de entrada em vigor da lei 12.994/14 (é dizer 18/06/2014)
e não a partir de janeiro! 2015.
DUPLOGRAUDEJURISDIÇÃONo320277-91.2014.8.09.0051(201493202774)-11 01)
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Determino, ainda, que sobre os valores

devidos pelo Município incida correção monetária pelo IPCA,
desde a data em que deveriam ter sido pagos, além de juros de
mora, a contar da citação válida, nos termos da Súmula 204 do
Superior Tribunal de Justiça, de acordo com os índices oficiais de
remuneração básica aplicados à caderneta de poupança,
conforme o disposto no artigo 10-F da Lei no 9.494/97, com
alterações trazidas pela Lei no 11.960/2009.
Quanto ao mais, mantenho inalterado o édito

sentenciai.
É como voto.
Goiânia, 22 de outubro de 2015.
0274
Diáé-fDT. DdiTritif?Sfrlo de
Juiz de Direito Sübstituto ém 2 0 Grau
Relator

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO N° 320277-91.2014.8.09.0051

(201493202774)
5a CÂMARA Cá/EL
COMARCA DE GOIÂNIA
AUTOR . S I N D I C A T O D O S T R A B A L H A D O R ES D O S I S T EM A
RÉU : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
APELAÇÃO CÍVEL - FLS. 188

APELANTE : SINDICATO DOS TRABALH ADORES DO SISTEM A
APELADO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATOR : Diác. Dr. Delintro Belo de Almeida Filho
Juiz de Direito Substituto em 2° Grau
EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONHECIMENTO.
A GEN TE C O M UN I TÁ R I O D E S A ÚD E E A GEN TE D E
COMBATE A EPIDEMIAS. PISO SALARIAL. LEI
FEDERAL N° 12.994/14. OBSERVÂNCIA
OBRIGATÓRIA. TERMO A QUO PARA PAGAMENTO
DAS DIFERENÇAS. VIGÊNCIA DA LEI.
CONDENA ÇÃ O À FA Z ENDA P ÚBLICA M UNICIP A L.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. DESPESAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. A L ei Fed er a l no
12.994/14 acrescentou o art. 90- A à L ei Fed er a l n o
11.350/06, instituindo o piso salarial nacional para os

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate

à Epidemias, sendo de observância obrigatória nos
demais entes da federação. 2. Comprovado pelo
servidor que seu vencimento era inferior ao piso, cabível
a condenação do ente público ao pagamento das
diferenças, a partir da data em que a Lei no 12.944/14
entrou em vigor. 3. Nas condenações impostas à
Fazenda Pública, os juros de mora incidem a partir da
citação, devendo ser calculados com base nos índices
oficiais de remuneração básica aplicados à caderneta de
poupança, nos termos da Lei n. 11.960, publicada em
30/06/2009, que deu nova redação ao artigo lo-F da Lei
n. 9.494/97. Já a correção monetária, por força da
declaração de inconstitucionalidade parcial do artigo 50
da Lei n. 11.960/09, deverá ser calculada com base no
IPCA, índice que melhor reflete a inflação acumulada do
período, incidindo a contar da data de inadimplemento
de cada pagamento. 4. O Município sucumbente deve
ressarcir o vencedor das despesas processuais que
adiantou, cabendo, ainda, condenação em honorários
advocatícios. 5. REMESSA NECESSÁRIA E APELO
CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL No 320277-
Dr. F,1
utreao Sulastituto em Segundo Grau-
. de

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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9 1 . 2 0 1 4 . 8 . 0 9 . 0 0 5 1 ( 2 0 1 4 9 3 2 0 2 7 7 4 ) , d a C o ma r c a d e G o i â n i a , e m q u e
SINDICATO DOS TRABALHADORES DO
f i g u r a c o mo a u t o r / a p e l a n t e
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SINDSAÚDE e réu/apelado o
MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.
Acorda o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela

Segunda Turma Jul gadora de sua Qui nta Câmara Cível , à unani mi dade
de votos, em prover em parte a remessa e o apel o, tudo nos termos do
voto do Relator.
P r e s i d i u a s e s s ã o d e j u l g a me n t o o E x c e l e n t í s s i mo
Senhor Desembargador Francisco Vildon José Valente.
Votaram acompanhando o Rel ator os Excel entíssi mos

S e n h o r e s D e s e mb a r g a d o r e s F r a n c i s c o V i l d o n J o s é V a l e n t e e O l a v o
Junqueira de Andrade.
R e p r e s e n t o u a Pr o c u r a d o r i a G e r a l d e J u s t i ç a a D r a .
Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias.
D i á c . D r. D e l i f i t r ~ Al m O d a F i l h o
Juiz de Direito Substituto en1/10 Grau
Relator

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
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de justiça OUINTA CÂMARA CÍVEL cie Justiç?'
do estado de goiás
RECEBI TO
Aos (9„C / ff/20

oL,C o
Marco WiliAon C. Machado
Sjécretário
RTIDÃ
Certifico que encaminhim-se ao "ME" a intimação referente ao v.

Acórdão de fls. Retro.
O referido é verdadeito e dou f
Goiânia, Ç1V/ 4(0 120'S.
Marco Wflson C. Machado

ecretário
ERTIDA0
Certifico que nela data /foi publicada no -DJE" n°

bu--j /2015, a intimação refereU ao v. Acórdão de fls. retro.
O referido é verdadeiro e dou fi
Goiânia, .2£ // 1,(i) /20 1 .
c r)
Marco Wilson C. Machado
Secretário
Av. Assis Chateaubriand N° 195 Setor Oeste CEP:74130-012 5' Câmara Cível Fone:(62) 32 i 6-2326
http:ikirwv,..tigo.ius.br ,

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
svesta dats junto a este íX:ishé;
e lavro este termo.
Gona,JP i j Á /20 k5
ezAcn
Marco tNe`.3).,t4P'i K 3 c h a d o
S;r:dretáriofida Quinta Cárnara Cív&

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 1 : Peticão Enviada
0320277.91.2014.8.09.0051
Arquivo 36 : doc6certidaodetransitoemjulgado.pdf
Usuário:
Procedimento Comum
Usuário: Cataryne Marques de Queiroz Silverio - Data: 29/04/2018 16:58:38
GOIÂNIA - 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL E REG PÚB- II
Procedimento Comum
Valor:ANDERSON
Superior Tribunal de Justiça
R$ 10.000,00
AREsp 1125022/GO
MENDES | Classificador:
CERTIDÃO DE TRÂNSITO E TERMO DE BAIXA
DO NASCIMENTO -Aguardando
Certifico que a r. decisão de fls. 462 transitou em julgado no dia 20
de novembro de 2017.
Registro a baixa destes autos à(o) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE GOIÁS .
Data: 04/03/2020
decurso
Brasília - DF, 20 de novembro de 2017
15:46:20
de prazo
COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por GIVANILDO BATISTA DA ROCHA

em 20 de novembro de 2017 às 14:49:49
1 Volume(s)
0 Apenso(s)
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006

Assinado por MARCOS HENRIQUE FLEURI BRAGA

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 2 : Processo Distribuído

Procedimento Comum
Processo Distribuído
1. A movimentação: ( Processo Distribuído - Goiânia - 3ª Vara
da Fazenda Pública Municipal e Reg Púb- II (Dependente) -
Distribuído para: José Proto de Oliveira ) do dia 10/08/2018
03:55:49 não possui "Arquivos".
Procedimento Comum
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DESPACHO ) do
dia 10/08/2018 17:31:52 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 3 : Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 4 : Despacho
Arquivo 1 : online.html

Procedimento Comum
Poder Judiciário
Comarca de GOIÂNIA
Goiânia - 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Reg Público
Execução contra a Fazenda Pública
DESPACHO
Vejo que este cumprimento de sentença foi protocolado em autos apartados para evitar uma
desordem processual, haja vista tratar-se de vários exequentes.
Uma vez que a inicial foi instruída com a documentação pertinente, intime-se o Executado para,
querendo, no prazo de 30 (trinta) dias, impugnar a execução nos próprios autos, nos termos do artigo 535 do
Novo Código de Processo Civil.
José Proto de Oliveira
Juiz de Direito

Assinado por JOSE PROTO DE OLIVEIRA
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 5 : Intimação Expedida

Procedimento Comum
Intimação Expedida
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para
Advgs. de Município De Goiânia - Polo Passivo (Referente à
Mov. Despacho - 03/10/2018 11:18:26) ) do dia 18/10/2018
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Intimação Lida

Procedimento Comum
Intimação Lida
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Automaticamente para
(Polo Passivo)Município De Goiânia (Referente à Mov.
Despacho (03/10/2018 11:18:26)) ) do dia 29/10/2018
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 7 : Certidão Expedida

Procedimento Comum
Processo n.: 5369565.78.2018.8.09.0051

Promovente: Luiz Carlos Pereira De Souza
Promovido: Município De Goiânia
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, até a presente data não houve manifestação do Executado acerca do
despacho de evento 4, razão pela qual faço os Autos conclusos.
Goiânia, 7 de fevereiro de 2019.
assinado eletronicamente
VICTORIA MARIA MARTINS FERREIRA CAMPOS
Servidor

Assinado por VICTORIA MARIA MARTINS FERREIRA CAMPOS
Procedimento Comum
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 1 : _online.html

Procedimento Comum
Poder Judiciário
Comarca de GOIÂNIA
Procedimento Comum
Requerente: Luiz Carlos Pereira De Souza
Requerido: Município De Goiânia
DESPACHO
Diante da inércia do Executado, intime-se o Exequente para requerer o que de direito, no prazo de
15 (quinze) dias.
Juiz de Direito

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 10 : Intimação Efetivada

Procedimento Comum
Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - Luiz
Carlos Pereira De Souza - Polo Ativo (Referente à Mov.
Despacho - 07/02/2019 16:20:32) ) do dia 14/02/2019
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 11 : Juntada de Petição
Arquivo 1 : peticaoemissaoderpv.pdf

Procedimento Comum
AO JUÍZO DA 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DA COMARCA
DE GOIÂNIA – GOIÁS.
A PARTE AUTORA, parte já devidamente qualificada nos autos do processo em

epígrafe, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho,
tendo em vista a inércia do Executado, requerer a EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO DE
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR AO PREFEITO MUNICIPAL – RPV, nos
termos da peça de execução já juntada aos autos, sendo:
Requer ainda a condenação do Município ao pagamento dos honorário

suncumbenciais (10% (dez por cento) sob o valor da condenação) nos termos das Súmula
345 e 517 ambas do STJ e do artigo 85, §§§1º 2º, 3º e 7º do Código de Processo Civl com
a EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR AO
PREFEITO MUNICIPAL – RPV.
Termos em que,
Pede deferimento
Goiânia/GO, 19 de fevereiro de 2019.
Monara Costa Soares Grazielle Nunes Ribeiro

OAB/GO 50.700 OAB/GO 51.003

Procedimento Comum
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Poder Judiciário
Comarca de GOIÂNIA
DESPACHO
Certifique-se a Escrivania quanto a existência de outras ações envolvendo as mesmas partes destes
autos.
Juiz de Direito

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE GOIÂNIA
Avenida Olinda, qd. G, lote 04, Park Lozandes. Goiânia - GO. Telefone: (62) 3018-6316/6317
Processo n.: 5369565.78.2018.8.09.0051

Promovente: ${oficialCertidao.processoPromoventeNome}
Promovido: ${oficialCertidao.processoPromovidoNome}
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, consultando o sistema Projudi, constatei não haver outras ações envolvendo
as mesmas partes.
Goiânia, 8 de março de 2019.
Elza Crístian Costa Amaral
Analista Judiciário

Assinado por ELZA CRÍSTIAN COSTA AMARAL
Procedimento Comum
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Poder Judiciário
Comarca de GOIÂNIA
Procedimento Comum
DESPACHO
Trata-se de Cumprimento de Sentença proposta por Luiz Carlos Pereira De Souza em face do
Município de Goiânia, ambos já qualificados nos autos.
Devidamente intimado, o Executado não apresentou Impugnação à Execução.
Ao evento 11, a Exequente pugna pela expedição da requisição de pequeno valor.
É o relatório. Decido.
Verifica-se que o cumprimento de sentença seguiu todos os trâmites legais.
Quanto ao pedido de separação dos honorários advocatícios do valor principal, vejo que é permitido,
haja vista que os honorários advocatícios são autônomos, ou seja, não têm a mesma natureza do pagamento
principal da ação e não precisam ser vinculados a ele.
Neste sentido:
EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. ALEGADO

FRACIONAMENTO DE EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA DE ESTADO-
MEMBRO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR,
A QUAL NÃO SE CONFUNDE COM O DÉBITO PRINCIPAL. AUSÊNCIA DE
CARÁTER ACESSÓRIO. TITULARES DIVERSOS. POSSIBILIDADE DE
PAGAMENTO AUTÔNOMO. REQUERIMENTO DESVINCULADO DA EXPEDIÇÃO
DO OFÍCIO REQUISITÓRIO PRINCIPAL. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL DE
REPARTIÇÃO DE EXECUÇÃO PARA FRAUDAR O PAGAMENTO POR
PRECATÓRIO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 100, § 8º (ORIGINARIAMENTE § 4º),
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO AO QUAL SE NEGA
SEGUIMENTO. (RE 564132, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/
Acórdão: Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 30/10/2014,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-027 DIVULG 09-02-2015 PUBLIC 10-02-
2015 EMENT VOL-02765-01 PP-00001).

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXPEDIÇÃO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO
VALOR (RPV). (PRECEDENTES). 1. É possível ao advogado da causa, antes de
expedir-se o alvará de levantamento ou precatório, separar o quantitativo dos
honorários contratuais, protegendo esse direito autônomo do patrono. Assim,
deve ser autorizada a expedição de Requisição de Pequeno Valor (RPV) para o
pagamento de honorários advocatícios contratuais, o que não viola o artigo 100,
§ 4º, da CF. 3. Somente merecem acolhimento os embargos declaratórios
quando verificada alguma das hipóteses do art. 1.022 do CPC, sendo o caso de
rejeitá-los quando inexistir qualquer dos defeitos elencados. 4. Nos termos do
artigo 1.025 do CPC, a mera interposição de embargos de declaração é o
suficiente para reconhecer o atendimento ao requisito do prequestionamento da
matéria. EMBARGOS REJEITADOS. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5015468-63.2018.8.09.0000, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível,
julgado em 16/07/2018, DJe de 16/07/2018).
Do exposto, oficie-se junto ao Executado, requisitando os valores de R$ 7.118,39 (sete mil cento e
dezoito reais e trinta e nove centavos) referente a obrigação principal, R$ 535,79 (quinhentos e trinta e
cinco reais e setenta e nove centavos) referente aos honorários contratuais e R$ 795,41 (setecentos e
noventa e cinco reais e quarenta e um centavos) referente aos honorários advocatícios sob condenação de
10% do valor da causa.
As quantias requisitadas deverão ser depositadas em conta judicial junto ao Banco do Brasil S/A,
agência 3657-9 (Tribunal de Justiça), no prazo de 02 (dois) meses.
Cumpra-se.
Juiz de Direito

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 17 : Ofício(s) Expedido(s)
Arquivo 1 : oficio_requisicao_de_valores.html

Procedimento Comum
Estado de Goiás
Poder Judiciário
GOIÂNIA
Av. Olinda, esq. C/ Rua PL3, Qd. G, Park Lozandes, Goiânia-GO. Tel: 62.3018-6316
OFÍCIO Nº 106 /2019 - PROCESSO DIGITAL
Processo nº: 5369565.78.2018.8.09.0051

Ação: Procedimento Comum
Promovente(s): Luiz Carlos Pereira De Souza
Ilmoº(ª) Sr.(ª).
Através do presente requisito a Vossa Senhoria o valor correspondente a R$ 7.118,39

(sete mil cento e dezoito reais e trinta e nove centavos) referente a obrigação principal, R$ 535,79
(quinhentos e trinta e cinco reais e setenta e nove centavos) referente aos honorários contratuais e R$
795,41 (setecentos e noventa e cinco reais e quarenta e um centavos), devendo ser depositada em
conta judicial junto ao Banco do Brasil/SA, AGÊNCIA 3657-9/TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no prazo
máximo de 02 (dois) meses, na forma do art. 100, parágrafo 3º da CF, combinado com art. 535, §
3º, inciso II do CPC, sob pena de bloqueio do numerário suficiente para o cumprimento da
decisão.
Atenciosamente.
Juiz de Direito
Ilmoº(ª) Sr.(ª).
REPRESENTANTE LEGAL DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Avenida do Cerrado, 999, Park Lozandes.
NESTA

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Processo n.: 5369565.78.2018.8.09.0051

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que o número do SCP - SISTEMA DE CONTROLE DE POSTAGEM É 2777722
Elza Crístian Costa Amaral
Analista Judiciário

Assinado por ELZA CRÍSTIAN COSTA AMARAL
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 19 : Juntada de Documento
Arquivo 1 : aroficio.1062019.pdf

Procedimento Comum

Assinado por PEDRO FELLIPE PATRÍCIO COSTA
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 19 : Juntada de Documento
Arquivo 1 : aroficio.1062019.pdf

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
COMARCA DE GOIÂNIA
Processo n.: 5369565.78.2018.8.09.0051

CERTIDÃO
Certifico que, embora devidamente intimado o Município de Goiânia (evento 19), o prazo para o
cumprimento da ordem de requisição de pequeno valor determinada no despacho de evento 16 chegou ao fim.
Goiânia, 28 de maio de 2019.
Pedro Fellipe Patrício Costa

Procedimento Comum
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Poder Judiciário
Comarca de GOIÂNIA
Procedimento Comum
DESPACHO
Diante da inércia do Executado, intime-se o Exequente para requerer o que de direito, no prazo de
15 (quinze) dias.
Goiânia, 28 de maio de 2019.
Juiz de Direito

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Despacho - 28/05/2019 13:20:29) ) do dia 29/05/2019
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 1 : requerbloqueionumerario.pdf

Procedimento Comum
RIBEIRO E COSTA ADVOCACIA E CONSULTORIA

A PARTE AUTORA, já devidamente qualificada nos autos do

processo em epígrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, em
atenção ao r. despacho, REQUERER o bloqueio do numerário suficiente para
cumprimento da decisão, diante da inércia do Município de Goiânia.
Requer ainda a condenação do Município ao pagamento dos

honorários sucumbenciais (10% (dez por cento) sob o valor da condenação) nos
termos das Súmula 345 e 517 ambas do STJ e do artigo 85, §§§1º 2º, 3º e 7º do
Código de Processo Civil com a EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO DE REQUISIÇÃO DE
PEQUENO VALOR AO PREFEITO MUNICIPAL – RPV.
Nesses termos, solicita-se deferimento.
Goiânia/GO, 01 de agosto de 2019.
Josefa Aparecida T. Chaves Grazielle Nunes Ribeiro Monara Costa Soares

OAB/GO 53.662 OAB/GO 51.003 OAB/GO 50.700
Avenida T-9, Quadra 91, Lote 10, Sala 2, Jardim Europa, CEP.: 74.330-160,
Goiânia/GO.
Fone: (62) 98568 1868 /9161-6867 / 3922 4161 e-mail:
ribeiroecosta.advogadas@gmail.com.

Assinado por JOSEFA APARECIDA TOLENTINO CHAVES:97160660153
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 2 : substjosefaassinado.pdf

Procedimento Comum
Scanned by CamScanner

Procedimento Comum
Autos Conclusos
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
PODER JUDICIÁRIO
Goiânia - 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Reg Púb
Processo nº 5369565.78.2018.8.09.0051
Natureza: Procedimento Comum
DESPACHO
Trata-se de Cumprimento de Sentença proposto por Luiz Carlos Pereira de Souza em face do
Município de Goiânia.
Devidamente intimado para impugnar o presente cumprimento, o Executado quedou-se inerte

(evento 7).
No evento 11, a Exequente pugna a expedição da requisição de pequeno valor.
No evento 24, o Exequente pugna pela execução de Mandado de Penhora.
É o essencial. Decido.
Aflora-se que inerte manteve-se o Executado, ante a tentativa de requisição, objeto da condenação,
que insere-se em RPV.
Tal conduta demonstra seu esquivamento no cumprimento da sentença, de modo que determino a
expedição do mandado de penhora das quantias exequendas, a saber, R$ 7.118,39 (sete mil cento e dezoito
reais e trinta e nove centavos) referente a obrigação principal e R$ 1.331,20 (mil, trezentos e trinta e um
reais e vinte centavos) referente aos honorários advocatícios, a ser cumprido junto a qualquer das contas
bancárias do Réu, perante a agência 2510, conta: 60-1, operação 006, da Caixa Econômica Federal,
situada na Rua 11, nº250, Centro, Goiânia-GO.
Cumprido o mandado, e encontrado os valores determinados, intime-se o Executado para se

manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias.
Intime-se. Cumpra-se.
Goiânia-GO, 6 de agosto de 2019.
Dr. José Proto de Oliveira
Juiz de Direito da 4a. Vara da Fazenda Pública Municipal

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
Despacho - 12/09/2019 14:22:56) ) do dia 12/09/2019
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 1 : peticaocienciadodespachoexpedirmandadodepenhora.pdf

Procedimento Comum

A PARTE AUTORA, já devidamente qualificada nos autos do processo

em epígrafe, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, dar ciência do
despacho e REQUERER a expedição do mandado de penhora.
Goiânia/GO, 20 de setembro de 2019.

Goiânia/GO.
Fone: (62) 98568 1868 /9161-6867 / 3922 4161 e-mail:

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Troca de Responsável

Procedimento Comum
Troca de Responsável
1. A movimentação: ( Troca de Responsável - Procurador
Responsável Anterior: JACOBSON SANT'ANA TROVÃO
<br> Procurador Responsável Atual: Samuel Ferreira Ribeiro
Silva ) do dia 29/10/2019 15:35:42 não possui "Arquivos".
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 30 : Mandado Expedido

Procedimento Comum
COMARCA DE GOIÂNIA
Mandado nº: 190989529

Guia nº: Isento
MANDADO DE PENHORA
Protocolo nº: 5369565.78.2018.8.09.0051

Natureza : Procedimento Comum
BANCO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, AGÊNCIA GOVERNO, AG. 2510

Endereço: RUA 11, N. 250, CENTRO, GOIÂNIA-GO - CEP 74015170
O Doutor José Proto de Oliveira, Juiz de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal da Comarca
GOIÂNIA, Estado de Goiás.
Determina ao Senhor Oficial de Justiça que em cumprimento ao respectivo mandado, proceda conforme
determinação abaixo, nos termos do referido despacho abaixo transcrito.
DETERMINAÇÃO: Proceder a PENHORA do valor correspondente a R$ 7.118,39 (sete mil cento e dezoito
reais e trinta e nove centavos) referente a obrigação principal e R$ 1.331,20 (mil, trezentos e trinta e um
reais e vinte centavos) referente aos honorários advocatícios, junto a conta de n. 60-1, operação 006, ou,
em caso de inexistência de saldo suficiente para penhora, em uma das contas de titularidade do Município de
Goiânia, perante a agência 2510 da Caixa Econômica Fedral, localizada à Rua 11, n. 250, Centro, nesta
Capital.
Decisão: "Aflora-se que inerte manteve-se o Executado, ante a tentativa de requisição, objeto da condenação,
que insere-se em RPV. Tal conduta demonstra seu esquivamento no cumprimento da sentença, de modo que
determino a expedição do mandado de penhora das quantias exequendas, a saber, R$ 7.118,39 (sete mil
cento e dezoito reais e trinta e nove centavos) referente a obrigação principal e R$ 1.331,20 (mil, trezentos
e trinta e um reais e vinte centavos) referente aos honorários advocatícios, a ser cumprido junto a qualquer
das contas bancárias do Réu, perante a agência 2510, conta: 60-1, operação 006, da Caixa Econômica
Federal, situada na Rua 11, nº250, Centro, Goiânia-GO. Cumprido o mandado, e encontrado os valores
determinados, intime-se o Executado para se manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias. Intime-se. Cumpra-se".
Goiânia, 20 de setembro de 2019.
Juiz de Direito
Obs: Este processo tramita através do sistema computacional Projudi, cujo endereço na web é: http://www.tjgo.jus.br/projudi/ . Para se cadastrar neste

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 30 : Mandado Expedido

Procedimento Comum
sistema o advogado deverá comparecer na sede do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, na sala da OAB no Ed. do Forum local, no térreo, munido dos
seguintes documentos: cópia da carteira de identidade, CPF, OAB e comprovante de endereço.
ATENÇÃO: Para ter acesso aos autos do processo eletronico, a parte deverá acessar o site do Tribunal de Justiça, usando o Mozilla Firefox como
navegador, clicar na opção SISTEMA PROJUDI, clicar no icone consulta processo por código e alimentar o Sistema com o numero do processo e
o Codigo de acesso em anexo.

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 31 : Mandado Cumprido
Arquivo 1 : mandadodepenhoraprocn.5369565.78.pdf

Procedimento Comum

Assinado por MARCOS PAULO CARVALHO CARDOSO
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051

Procedimento Comum
COMARCA DE GOIÂNIA
Processo n.: 5369565.78.2018.8.09.0051

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que intimo os Executado para se manifestar acerca do Mandado de Penhora
juntado na movimentação de n° 31, no prazo de 05 (cinco) dias.
Goiânia, 11 de dezembro de 2019.
MARCOS PAULO CARVALHO CARDOSO

Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 33 : Intimação Expedida

Procedimento Comum
Intimação Expedida
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para
Advgs. de Município De Goiânia - Polo Passivo (Referente à
Mov. Certidão Expedida - ) ) do dia 11/12/2019 13:27:24 não
possui "Arquivos".
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Movimentacao 34 : Intimação Lida

Procedimento Comum
Intimação Lida
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Automaticamente para
(Polo Passivo)Município De Goiânia (Referente à Mov.
Certidão Expedida (11/12/2019 13:27:23)) ) do dia
21/01/2020 03:04:05 não possui "Arquivos".
Processo: 5369565.78.2018.8.09.0051
Arquivo 1 : transcursoprazomunicipioexpediralvara.pdf

Procedimento Comum

LUIZ CARLOS PEREIRA DE SOUZA, já devidamente qualificado

nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente perante Vossa
Excelência, expor o que se segue:
1. INFORMAR o transcurso do prazo pelo Município, para

manifestar quanto ao mandado de penhora cumprido, prazo de 05 (cinco) dias.
2. REQUERER o andamento do feito, com a consequente

EXPEDIÇÃO do ALVARÁ JUDICIAL, da quantia depositada em juízo, no valor
de R$ 7.118,39 (sete mil cento e dezoito reais e trinta e nove centavos) em
nome do exequente e R$ 1.331,20 (um mil trezentos e trinta e um reais e
vinte centavos) em nome da advogada: JOSEFA APARECIDA TOLENTINO
CHAVES, OAB/GO: 53662, RG: 6745361, CPF: 971.606.601-53.
Nesses termos, solicita-se deferimento.
Goiânia/GO, 29 de janeiro de 2020.

Goiânia/GO.
Fone: (62) 98568 1868 /9161-6867 / 3922 4161 e-mail:


Cumprimento Individual de Sentença - Ação Coletiva

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Cumprimento Individual de Sentença - Ação Coletiva

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Processo Nº: 5369565.78.2018.8.09.

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Por dependência: 0320277-91.2014.8.09.005

LUIZ CARLOS PEREIRA DE SOUZA, brasileiro, casado, agente de combate a endemias,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE JUSTIÇA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

O Egrégio Tribunal de Justiça, após apelação interposta pelo SINDSAUDE, reformou

“Ante o exposto conheço da remessa necessária e do apelo e dou-lhes parcial

Quanto ao mais, mantenho inalterado o édito sentencial. ”

A decisão transitou em julgado em 20 de novembro de 2017, conforme certidão de trânsito

III- DA HABILITAÇÃO PARA A LIQUIDAÇÃO/EXECUÇÃO INDIVIDUAL:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

São legitimados ordinários independentes os sucessores, a título inter

De início, verifica-se que a ação hora intentada preenche o requisito de Tempestividade,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

V- DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL DA SENTENÇA COLETIVA E DA NECESSIDADE DE

O artigo 509, §2 do Código de Processo Civil, estabelece os casos em se faz necessário

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Este é o entendimento do STJ:

AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

VI– DO CRÉDITO EXEQUENDO E DA APRESENTAÇÃO DOS MEMORIAIS DOS

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Dessa forma, Excelência, a liquidação obedeceu a todas as formalidades de praxe, uma

VII- DO PAGAMENTO DE PEQUENO VALOR:

Como regra, a execução em face da Fazenda Pública se procede mediante a expedição

Na apuração do montante devido ( Doc. 3.1), efetuado em conformidade com a sentença

VIII– DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:

O STJ, em entendimento sumulado, súmula 345, estabelece que o ajuizamento de ação

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

O STF conferiu natureza alimentar aos honorários de sucumbência, o que permite,

“Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do

Ademais, considerando que são devidos honorários advocatícios no cumprimento de

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

IX- DOS PEDIDOS:

a) A concessão à GRATUIDADE DA JUSTIÇA, conforme o disposto na Lei nº 1.060/50, devido à

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Dá à presente o valor R$ 7.954,18 (sete mil , novecentos e cinquenta e quatro reais e

Monara Costa Soares Grazielle Nunes Ribeiro

ROL DOS DOCUMENTOS:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ANDERSON MENDES DO NASCIMENTO - Data: 04/03/2020 15:46:15

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás