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COSTA E MARQUES ADVOGADOS

Luciano Pereira da Costa OAB/GO 19.968


ASSESSORIA JURÍDICA

AO JUIZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PALMEIRAS DE


GOIÁS(GO)

PEDIDO URGENTE
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Processo nº 5292840-39.2021.8.09.0117

ARNALDO OLIVEIRA DOS SANTOS, brasileiro, casado, inscrito no CPF nº


008.585.474-30 e RG nº 4388976 SSP/PE, EDILMA DOS SANTOS GOMES, brasileira,
casada, inscrita no CPF nº 068.529.444-76 e RG nº 6256722 SSP/PE, neste ato
representados pela sua bastante procuradora ERCI PEREIRA LEAL, brasileira, divorciada,
aposentada, inscrita no CPF nº 463.387.301-63 e RG nº 1881284 2ª Via, SSP/GO residente e
domiciliado na Rua T-6, Qd. 3-E, Lote 8-A, Setor Oeste, Residencial Vital III, casa 1 ,
Palmeiras de Goiás, conforme instrumento público constante do livro nº 101, fls. 104-105,
primeiro translado do Cartório do 2º oficio de notas de Palmeiras de Goiás/GO ,neste ato
representado por seu advogado que ao final subscreve, com escritório profissional cujo
endereço encontra-se na nota de rodapé, onde recebe intimações, vem mui respeitosamente
a presença de Vossa Excelência, apresentar IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO oferecida
por BANCO DO BRASIL S/A, evento nº 24, conforme a seguir passa a expor:

Primeiramente, vem relatar o inconformismo com a peça apresentada pelo Requerido, vez
que, em seu bojo, nada tem de verdade, pois, através de extenso, mas inconsistentes
arrazoados, tenta inverter a realidade dos fatos e da devida aplicação do direito, como
cristalinamente se comprova nos autos.

DAS PRELIMINARES SUSCITADAS

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O contestante se limitou em apresentar somente o o Contrato de Abertura Credito Imobiliario


com Garantia Fiduciaria nº. 51508582,
51508582, com garantia real (alienação fiduciária), na data de
05/04/2016, no programa Minha Casa Minha Vida nº 051.508.582 objetivando a aquisição do
seguinte imóvel (doc.
(doc. 01):
01):

1 – Uma CASA RESIDENCIAL, situada à Rua T-6, Qd. 03-E, Lote 8-A, CASA 01,
CONDOMINIO RESIDENCIAL VITAL III, SETOR OESTE, zona urbana desta cidade,
cidade,
Título Aquisitivo: 14.961 livro 2, matriculado sob o nº 20741 R1-20.741 do CRI da
Comarca de Palmeiras de Goiás/GO .

As parcela eram descontadas na conta corrente nº 26.495-4 Agencia nº 0515-0 em nome do


mutuário ARNALDO OLIVEIRA DOS SANTOS,, regularmente e pontualmente, em 17 de
outubro de 2016, os requerente subrogaram os direitos e obrigações do imóvel a procuradora
ERCI PEREIRA LEAL, conforme documentos em anexo,

Com data vênia, é sabido em nossa Magna Carta, que toda pessoa tem direito e deveres,
assim de exigir qualquer documento ou coisa que esteja em poder de outrem, nos termos do
artigo 5º, incisos XIV, XXXIII e XXXIV b da Constituição da Republica.

Para tanto, a Ré dentro do prazo legal vigente no NCPC, teria 15 (quinze) dias para
apresentar os documentos determinados na decisão de evento nº 4, após intimação do juízo
para apresentar conforme, disposto no (art. 398), o mesmo quedou-se inerte, em total
afronta as decisões judiciais.

Com a nova mudança no NCPC/2015, replicando-se que o procedimento incidental de


exibição de documento estaria disposto nos arts. 396 a 404.

No que pese a exibição de documento ou coisa, disposto o NCPC, vejamos

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Art. 396: O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre
em seu poder"

Caso após intimado pelo Juízo, a parte requerida não apresentar ou se recusar os
documentos, o Douto Magistrado, poderá dentro das suas atribuições considerar como
verdadeiros os fatos narrados na exordial, tal fato exposto no art. 400 do NCPC.

Art. 400: AO decidir o pedido o juiz admitira como verdadeiro os fatos que, por meio
do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se"

I-O requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do artigo
398;

II-A recusa for ilegítima.

Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

Nos termos do CPC;

Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicara a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Não obstante, temos o Código de Defesa do Consumidor que assegura ao consumidor toda


e qualquer informação adequada, de forma clara e transparente na relação de consumo,
como assegura a lei, senão vejamos;

"Art . 6º. São Direitos Básicos do Consumidor:" (...)

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III - A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço,
bem como o sobre os riscos que apresentem.

Na lei que regula as normas consumerista, no seu art. 6º, incisos III e IV, deixa claro como
direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre os produtos, serviços e a
proteção contra métodos e quaisquer métodos comerciais coercitivos e formas desleais, bem
como todas as práticas e cláusulas abusivas que são praticadas na relação de consumo.

Exposto no Códex da relação consumerista no art. 31º, encontra-se determinado que a


oferta (proposta) de quaisquer serviços deve assegurar as informações corretas, de forma
clara, precisas, ostensivas, bem como entre outros dados.

Sendo de maior relevância no diploma legal na relação consumerista, está o art.  46 do CDC,
in verbis:

"Art. 46 Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigação os


consumidores, se não lhe for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de
seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar
a compreensão de seu sentido e alcance."

Lado outro, o CDC traz exposto em seu art. 72, que caso seja impedido ou sendo dificultado
o acesso do consumidor as informações inerentes ao seu nome e CPF nos cadastros,
bancos de dados, ficha cadastrais e registro, tal prática viola a norma que regula a relação
de consumo.

Inconteste o direito da parte autora em ter os contratos como prova nos presentes autos,
houve a devida determinação judicial para apresentação, o qual não foi atendida pelo
requerido, apesar de devidamente intimado.

Como se sabe, é perfeitamente possível o arbitramento de multa cominatória na hipótese

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dos autos, tendo em vista que o Código de Processo Civil expressamente autoriza a adoção
de medidas coercitivas nos casos de exibição de documentos.

Ante ao exposto, requer a parte autora;

Diante da comprovada inércia ou recusa justificada, a admissão dos fatos como verdadeiros
nos moldes do artigo 400 do CPC, declarando inexigível o contrato de credito bancário com
alienação fiduciária tendo como , ) A produção de provas, especialmente documental todos os
extratos do período 2019 até 2021 da conta corrente nº 26.495-4 Agencia nº 0515-0 em nome
do mutuário ARNALDO OLIVEIRA DOS SANTOS, mensalmente, onde eram debitados
mensalmente os valores correspondentes as parcelas,, testemunhal, pericial e depoimento
pessoal do representante legal dos requeridos, resguardando-se a Promovente seu direito à
inversão do ônus da prova dos fatos alegados, ex vi do disposto no art. 6°, VIII, do CDC

Caso necessário, imposição de multa diária em R$ 1.000,00 (hum mil reais) até o limite do
contrato objeto da presente ação, e medidas coercitivas para exibição dos documentos

solicitados, conforme parágrafo único do artigo 400 do CPC;

.DA AUSENCIA DOS DOCUMENTOS NECESSARIOS.

Em sede de preliminar, o Banco Requerido alega abuso de direito por parte do Autor
suscitando que este propôs a presente demanda sem ter tentado, previamente, uma solução
amigável do litígio, e ainda solicitado os documentos, dizendo haver uma preferência pela
judicialização, ao invés da busca pela solução amigável do conflito. Para tanto, pugna pela
“extinção da demanda nos termos do art. 485, VI, do CPC, ou, alternativamente, conforme
permite o art. 1906 e 313, II7 , do CPC, a suspensão da demanda a fim de possibilitar a
composição das partes por meio da ferramenta consumidor.gov.br, bem como pelos demais
canais oficiais , e evitando, portanto, o prosseguimento de litígio desnecessário.”
Excelência, vale salientar, que o Autor procurou por inúmeras vezes solucionar
administrativamente o problema, e não obteve nenhuma resposta satisfatória para o caso,

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sentindo-se obrigado ao ingresso no judiciário, como sua única forma de solução definitiva
para a perlenga.
Diante de uma verdadeira afronta aos direitos do cidadão e resguardado pela legislação pátria,
bem como às próprias provas acostadas aos autos, vislumbra-se o quanto inexiste segurança
na contratação de empréstimos, devido ao próprio descaso da instituição financeira em não se
atentar para as normas, regras e leis que regulam este tipo de operação. No tocante a
alegação de ausência de interesse processual em virtude da desnecessidade da demanda
também não se sustenta. Uma vez que, para a composição da lide, não se estabelece uma
condição sine qua non a exteriorização de uma pretensão resistida.

A apresentação de documento para lide pode ser compreendida a partir do momento em que
se depara com uma possível violação de direito, o que ocorre no presente caso, que é a
cobrança abusiva das taxas de juros, em percentual muito acima do limite permitido em lei.

Assim, não há nenhuma proibição legal que impeça o andamento do processo da forma como
foi proposta, devendo a preliminar em questão ser afastada, determinando-se o normal
prosseguimento do feito.

DA CONCESSÃO DE ASSISTENCIA JUDICIARIA

O requerido impugna os benefícios concedidos, dizendo que a parte autora


limitou em trazer aos autos somente declaração de hipossuficiência, mas não traz qualquer
documento para provar o contrario, impugnando por impugnar, juntado argumentos
genéricos sem qualquer prova.

A requerente é viúva e mantenedora da unidade familiar com dois filhos um


em fase acadêmica e outro menor recebe pensão do falecido esposo no valor mensal
conforme extrato de conta corrente, e declaração de Imposto de Renda, pois a requerente
não possuindo a requerente condições financeiras para arcar com as custas processuais e
honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família.

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Nesse sentido, juntou declaração de hipossuficiência demonstrando que o


pagamento de honorários e custas processuais poderão prejudicar seu sustento e de sua
família, onde demonstra seus rendimentos e a inexistência de rendimentos em nome da
requerente.

A requerente por ser momentaneamente pessoa hipossuficiente nos termos da


lei, na acepção da palavra e não poder dispor de condições financeiras para arcar com as
despesas processuais, para fins de pleiteou e foi deferido os BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE
DA JUSTIÇA, previsto no inciso LXXIV, do art. 5º da Constituição Federal, c/c o CPC em seu
art. 98., pois recebe o ajuda de custo do requerido de conforme documentos em anexo ao
evento nº 01.

Improcedente esta preliminar da Contestação, o requerido não comprovou com documentos


os motivos para ensejar uma revogação dos benefícios devidamente concedidos a autora.

DO MÉRITO

Juntou apenas 01 contrato e tiragem da assinatura da autora, a autora nunca questionou a


assinatura e contratação do contrato apresentado, desnecessárias essas manifestações de
livre contratação, portanto infundada e desnecessária manifestação.

Todavia, aduz o Requerido na peça de defesa, tendo como base a taxa de juros de 12% ao
ano e o Artigo 192, § 3º da CF/88, sendo que esses fundamentos nem mesmo foram
mencionados na exordial, já que o requerente pugna pela taxa média de mercado divulgada
pelo Banco Central do Brasil. Objetiva somente o retardamento da obrigação devida, conforme
dispositivos legais delineados na exordial e não resgatado corretamente junto ao cliente, ora
Requerente.

As AFIRMAÇÕES sustentadas pelo Requerido são totalmente improcedentes, pois,


compulsando os autos se verifica a nulidade das cláusulas contratuais de forma genérica, em
decorrência as abusivas taxas de juros, em percentual muito acima do limite permitido em lei,
conforme delineado na exordial.

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Sendo assim, o pedido formulado pelo Requerente, está em consonância com os dispositivos
legais e jurisprudenciais aplicáveis ao caso, tendo em vista que esta formula pretensão
admissível e juridicamente útil para sanar temida lesão a direito próprio. Importante destacar
ainda, que o incluso contrato, suas cláusulas são totalmente abusivas, em especial, as
cláusulas que estipulam, as taxas/índices de reajuste, multas (encargos contratuais), além de
tudo, não foi discutido e pactuado suas cláusulas.

Em relação a MATÉRIA DE MÉRITO, também é totalmente improcedente, pois, o Requerente,


visando a nulidade de todas as cláusulas contratuais, tendo em vista que não foi livremente
discutida as referidas cláusulas (contrato de adesão), motivo pelo qual, deverá ter sua
nulidade absoluta, ou seja, ser declarado sua inexigibilidade.

Outrossim, o direito do Requerente em buscar o que realmente é devido, conforme previsão


legal, pois, feitas as devidas atualizações e correções de acordo com os juros constitucionais
(INPC/100% -Índice Nacional de Preço ao Consumidor/IBGE e Juros Remuneratórios no valor
de mercado e/ou contrato, sobre o valor corrigido, capitalizado a cada doze meses) apurou-se
que o Requerente deve à aquela Financeira, apenas o valor apurado na já inclusa planilha de
cálculo, devidamente corrigido nos termos legais, e não aquele valor absurdo, exigido
ilegalmente pelo Requerido.

Consoante os demonstrativos acostados, cumpre observar que o débito apontado, atingiu


valor exorbitante, em virtude da alta taxa de juros, multas e encargos contratuais excessivos
impostos pelo Requerido.

É de praxe das instituições bancárias a cobrança de valores aviltantes de juros, multas e


encargos, onde tentam, abusivamente, auferir lucro fácil e excessivo, constrangendo, dessa
forma, o devedor, que por sua vez, deixa de efetuar o pagamento. Como corolário, têm seus
nomes, injustamente, negativados no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), bem como no
SERASA — Centralização de Serviços dos Bancos.

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Por esta razão, o Requerente bate à porta deste Douto Juízo, a fim de buscar a proteção
jurisdicional para resguardarem seus nomes e os prováveis danos morais. Vale ressaltar
ainda, que a cobrança utilizada pelo Requerido infunde o Requerente à constrangimentos e
vexames incalculáveis, haja vista que se estendem até mesmo à tranquilidade de seu lar e de
seu trabalho, visto que incomoda-o com cobranças indevidas através de correspondências e
outras atitudes que vêm a melindrar a sua paz e sossego, especialmente, os incansáveis
inconvenientes e insistentes telefonemas dirigidos, tanto à sua residência, como ao seu local
de trabalho; e por último, as absurdas visitas de cobradores; tudo para colocá-lo em
constrangedora situação perante sua família, colegas de trabalho e vizinhos, o que é por
demais intolerável.
O Requerente sempre manteve incólume seus créditos gozando de boa reputação junto às
instituições financeiras, honrando prestigiosamente o conceito adquirido ao longo de vários
anos. O crédito essencial para o fomento pessoal e profissional, jamais lhe faltou.

As possíveis restrições anotadas no Cadastro de Pessoa Física do Requerente (SPC,


SERASA e demais órgãos de proteção ao crédito), pode impossibilitá-lo de obter os créditos
essenciais para a manutenção de suas atividades profissionais; e por outro lado podem
outrossim, arruinar o bem-estar que proporciona a sua família.

O nosso ordenamento jurídico possui vários dispositivos, súmulas e jurisprudências que


condenam a prática de cobrança de juros abusivos capitalização de juros ou outro artifícios e
manobras que onerem ainda mais o devedor, dificultando a regularização do seu débito.

Importante ressaltar ainda, a CARACTERIZAÇÃO DA USURA E ANATOCISMO, apesar dos


vários anos de promulgação da Carta Magna de 1988, que instituiu o Estado Democrático de
Direito e dos quase cinco anos da regulamentação do CDC, (Decreto 861, de 09/07/93),
propositadamente as instituições financeiras ignoram tais dispositivos legais, agredindo
frontalmente os direitos ali assegurados a todos os cidadãos.

De forma arbitrária e ilegal, contrariando o Legislador Constituinte, as instituições financeiras


impõem suas regras no mercado, como se ainda imperasse o autoritarismo.

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DA APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS DE CRÉDIDO E SUA REVISÃO

Pacífico e o entendimento acerca da aplicabilidade do CDC aos contratos de crédito,


independente na figura da pessoa que adquire tal bem indispensável na sociedade de hoje,
tudo conforme entendimento recentíssimo do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

O produto do Banco é o dinheiro ou o crédito, que são bens juridicamente consumíveis, sendo
ele, portanto, fornecedor; desta forma, os mutuários ou creditados, não passam de
consumidores.
Assim, estamos diante de uma relação de consumo, podendo ser decretada até de ofício a
nulidade de cláusulas abusivas consoante dispõe o art. 51 do CDC.

Neste sentido, decisão do STJ:


REsp nº 57974 - 4.ª Turma, Relator o Ministro Ruy Rosado de
Aguiar Jr., publicado no DJ de 29.05.95: "CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. BANCOS. CLÁUSULA PENAL. LIMITAÇÃO EM 10%.
1. Os Bancos, como prestadores de serviços especialmente
contemplados no artigo 3.º, parágrafo segundo, estão submetidos
às disposições do Código de Defesa do Consumidor. A
circunstância de o usuário dispor do bem recebido através da
operação bancária, transferindo-o a terceiros, em pagamento de
outros bens ou serviços, não o descaracteriza como consumidor
final dos serviços prestados pelo Banco. 2. A limitação da cláusula
penal em 2% já era do nosso sistema (Dec. 22.926/33), e tem sido
usada pela jurisprudência quando da aplicação da regra do CC, o
que mostra o acerto da regra do artigo 52, parágrafo 1.º, do
CODECON, que se aplica aos casos de mora, nos contratos
bancários. RECURSO NÃO CONHECIDO."

Portanto, de aplicar-se às normas protetivas do código de defesa do consumidor ao contrato


em apreço, com a possibilidade de adequar-se a execução do mesmo aos seus ditames
legalmente permissivos, expurgando-o das cláusulas abusivas, eis que matéria de ordem
pública, por garantido pelo art. 170, V, da própria constituição Federal.

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DOS JUROS REMUNERATÓRIOS NO VALOR DE MERCADO E/OU CONTRATO

O percentual que a instituição financeira pretende, a título de remuneração do capital, é


abusivo e descaracterizador do sinalagma. Então, a nãoequivalência das prestações rende
ensejo à decretação de sua abusividade/nulidade. Em se tratando de disposições legais
cogentes, os incisos V do art. 6º; V do art. 39; IV mais § 1º, III do art. 51, da Lei nº 8.078/90
incide na espécie (conteúdo do ajuste), para invalidar a taxa de juros cobrada pelo
demandante na contratação procedida, que impende, na presente, ser revisada. A limitação da
acima da taxa de mercado, ao invés de causar grave desequilíbrio na relação estabelecida,
reintroduz no pacto, o equilíbrio, a eqüidade e simetria das prestações.

A alegação e o fato de os encargos serem prefixados não elide a fundamentação supra. Não é
essa a circunstância que transmuda a abusividade dos valores que o demandado agrega ao
principal emprestado.

Há evidente excesso decorrente do abuso do poder econômico na atividade financeira e


bancária e que remunera o consumidor investidor com taxas desprezíveis se consideradas
com as que lhe são cobradas.

O lucro cada vez maior das instituições financeiras, diuturnamente anunciado nos meios de
comunicação, é fato que não pode ser olvidado e que bem demonstra essa prática abusiva,
reiterada e prejudicial em manifesto detrimento do consumidor. Sobre isso, relevantes os
argumentos do Desembargador Carlos Alberto Etcheverry, integrante da 13ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no julgamento da Apelação nº 70011545183, em
22/07/2005, ao defender a limitação da taxa de juros remuneratórios pelo Poder Judiciário:

“Nenhuma atividade econômica e nenhum investimento honesto é


capaz de proporcionar essa lucratividade. Pagar uma taxa de juros
dessa ordem constitui um sacrifício ruinoso ou quase isto para
qualquer um que se dedique a uma atividade lícita e, o que é pior,
sem qualquer justificativa sob o aspecto econômico, salvo ajudar a
conferir aos bancos, por exemplo, a qualidade de maiores
beneficiários do Plano Real”.

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E prossegue, mediante dados estatísticos coletados de informações veiculadas na imprensa:


“Essa situação adquire relevo de particular gravidade no que diz
respeito à economia popular, já que as pessoas físicas pagam o
dobro das taxas de juros cobradas das empresas, rubrica que
constitui, em média, 29,83% dos orçamentos domésticos, segundo
dados de setembro de 2002. Esse número é ainda mais sinistro no
caso de população de baixa renda, chegando a atingir 35,43% no
caso dos consumidores com renda mensal entre 1 a 5 salários
mínimos. O exato significado de excessiva onerosidade poderia
ensejar alguma dúvida, mas não nesse caso, ao menos para quem
queira ver e seja dotado de um mínimo de sensibilidade”.

Fica claro que, se determinado setor obtém lucro estratosférico e desproporcional quando
comparado com o dos demais setores da economia, é porque há abuso em detrimento de
outrem - nesse caso, o consumidor - que é obrigado a contratar a taxas exorbitantes, já que
evidente a padronização de altos percentuais no mercado financeiro.

O direito, como um sistema de normas (princípios e regras), repele tal estado de coisas.
Considera-se, portanto, a cláusula que fixa os juros remuneratórios abusiva e, então, nula de
pleno direito, visto que acarreta onerosidade excessiva.

Veja-se que a abusividade vem instrumentalizada em contrato de adesão e fere os princípios


da boa-fé objetiva, equidade e função social dos contratos. Ante o alcance e objetivo das
normas disciplinadas no CODECON, fica patente a necessidade de limitação da taxa
remuneratória no valor Máximo de mercado e/ou contrato, expurgando o excesso, em
percentual que se coadune com a reduzida inflação durante o período da contratação. Ainda
assim a taxa deverá remunerar adequadamente a demandada pelo negócio desenvolvido.

Verificada a onerosidade excessiva e a abusividade de determinada cláusula, cabe ao julgador


a integração do contrato (art. 51, §2°). Isso se dá através dos princípios norteadores do
CODECON e do Código Civil, impondo a fixação de um limite sinalagmático.

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Assim requer, diante da ausência de previsão legal específica em relação à limitação de juros,
em conformidade com o estabelecido nos artigos 4º e 5º da LICC, que os juros remuneratórios
devem ficar limitados à variação da Taxa de Mercado ditados pelo Banco Central do Brasil, a
qual remunera a instituição financeira de maneira adequada e cumpre com a função social do
contrato. No caso em tela, cristalinamente comprova-se as alegações expendidas,
considerando a comprovação irretorquível dos valores abusivamente lançados e exigidos nos
respectivos extratos.

DA ILEGALIDADE DA CAPITALIZAÇÃO DE JUROS DIÁRIA/MENSAL

Consoante entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, a capitalização de


juros é admitida somente nos casos previstos em lei. Ausente previsão, sua incidência é
expressamente vedada, mesmo que pactuada, conforme o art. 4° do Decreto Lei nº 22.626/33.
Nesse sentido as Súmulas 93 do STJ e 121 do STF.

Veja-se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE


MÚTUO COM GARANTIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. COMISSÃO
DE PERMANÊNCIA. APLICAÇÃO DO CDC. SÚMULA N. 297-STJ.
CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS. VEDAÇÃO. SÚMULA N. 121-STF.
MP N. 1.963-17/2000 REEDITADA ATÉ A DE N. 2.170-36/2001.
COMPENSAÇÃO/RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. POSSIBILIDADE.
TEMAS PACIFICADOS. (...) III. Nos contratos de mútuo com
alienação fiduciária em garantia, ainda que expressamente
pactuada, é vedada a capitalização dos juros, somente admitida
nos casos previstos em lei. Incidência do art. 4º do Decreto n.
22.626/33 e da Súmula n. 121-STF. (...)(AgRg no REsp 760589 / RS ;
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2005/0101503-0,
Relator Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110), T4 - QUARTA
TURMA, julgado em 20/09/2005. DJ 17.10.2005 p. 314).

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Por sua vez, o art. 5° da Medida Provisória nº 2.170-36/01 autorizou a capitalização na forma
mensal em operações realizadas por instituições financeiras, enquanto o art. 591 do Código
Civil permitiu a capitalização na forma anual.

Todavia, o preceito incluído na referida Medida Provisória revela-se ineficaz, pois,


evidentemente, trata-se de matéria que não possui os pressupostos imprescindíveis que
caracterizam tal modalidade de ato normativo, quais sejam, a relevância e a urgência,
previstos na Constituição Federal (art. 62).

A inexistência de urgência e de relevância se reflete no fato de que a capitalização de juros


mencionada no dispositivo fica restrita às instituições financeiras. Significa concluir que tal
urgência só se verifica para os próprios beneficiários da norma, os quais já possuem
privilégios excessivos em comparação com os demais setores da sociedade.

Dessa feita, não há falar em capitalização mensal autorizada pelo ordenamento jurídico
brasileiro. Por outro lado, inexiste óbice na incidência de capitalização anual, uma vez que não
há vícios de ordem formal ou material que obstaculizem a incidência da norma prevista no art.
591 do NCC.

Vejamos o posicionamento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS.


EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO. (....) É vedada a capitalização de juros em periodicidade
inferior a anual no caso dos autos, conforme art. 4º do Decreto
22.626/33. (....) APELO PROVIDO EM PARTE. (Apelação Cível Nº
70023008634, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Cláudio Baldino Maciel, Julgado em 20/03/2008)
EMENTA: APELAÇÃO. REVISIONAL. CONTRATOS BANCÁRIOS.
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTACORRENTE, CDC
EMPRÉSTIMO ELETRÔNICO E CARTÃO DE CRÉDITO. LIMITAÇÃO
DOS ENCARGOS. Avenida Jamel Cecílio, Nº 2929, Ed. Brookfield
Towers, Sala 406/407, Jardim Goiás, Goiânia – Goiás, 62 -32143419.
www.constantinoadvogados.com.br 13 (...) 2.Capitalização anual,

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desde os termos do art.4º da Lei da Usura. Igual periodicidade


prevista no art.591 do novo Código Civil, que não estabelece
qualquer exceção e tem hierarquia superior à MP 2.170/36. (...).
(Apelação Cível Nº 70021872239, Décima Segunda Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Orlando Heemann Júnior,
Julgado em 27/03/2008) EMENTA: APELACÃO CIVEL. NEGOCIOS
JURIDICOS BANCARIOS. ACAO REVISIONAL. CONTRATO DE
CARTÃO DE CRÉDITO. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. (...) CAPITALIZAÇÃO. Ausente legislação
específica, a capitalização ocorre na periodicidade anual. Apelo
parcialmente provido. (Apelação Cível Nº 70020933263, Décima
Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dálvio
Leite Dias Teixeira, Julgado em 10/01/2008) Nesse contexto, requer
que se permita apenas a incidência de capitalização anual de juros
aos contratos. PROIBIDA A COBRANÇA DE COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA CUMULADA COM MULTA CONTRATUAL E JUROS
DE MORA Quanto à possibilidade de cobrança de comissão de
permanência em caso de atraso no pagamento, essa cláusula é
nula de pleno direito, pois não deixa opção ao cliente -
potestatividade - ficando ele submetido à vontade do credor;
ofensa ao art. 122 do Código Civil e art. 51, IV, do CODECON.
Observa-se que inexiste previsão legal que permita sua cobrança,
além de ser meio a onerar excessivamente o consumidor,
porquanto verba normalmente cumulada com outros encargos
moratórios ou juros remuneratórios, caracterizando espécie de (o)
“bis in idem”, situação repelida pelo Superior Tribunal de Justiça e
que se mostra absolutamente incompatível com a eqüidade
contratual: AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE MÚTUO COM
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. Avenida Jamel Cecílio, Nº 2929, Ed. Brookfield
Towers, Sala 406/407, Jardim Goiás, Goiânia – Goiás, 62 -32143419.
www.constantinoadvogados.com.br 14 INACUMULABILIDADE
COM QUAISQUER OUTROS ENCARGOS REMUNERATÓRIOS OU
MORATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS. VEDAÇÃO.
SÚMULA N. 121-STF. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. TEMAS
PACIFICADOS. RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE.

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MULTA, ART. 557, § 2º, DO CPC. I. Segundo o entendimento


pacificado na e. 2ª Seção (AgR-REsp n. 706.368/RS, relatora
Ministra Nancy Andrighi, unânime, DJU de 08.08.2005), a comissão
de permanência não pode ser cumulada com quaisquer outros
encargos remuneratórios ou moratórios, que acaso previstos para
a situação de inadimplência, criam incompatibilidade para o
deferimento desta parcela. (...). (AgRg no REsp 764617 / RS ;
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2005/0110225-0,
Relator Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110) T4 - QUARTA
TURMA, julgado em 20/09/2005, DJ 17.10.2005 p. 314.)

Ressalta-se, ainda, que mesmo quando não cumulada com correção monetária (Súmula nº 30
do STJ), tal encargo monetário acarreta onerosidade excessiva e desequilíbrio contratual,
situação que assume maior gravidade quando não há valor determinado no ajuste, ficando ao
livre arbítrio do fornecedor a modificação do contrato, em manifesto prejuízo ao consumidor, o
que não se coaduna com as disposições do CODECON (art. 51, X).

Tem-se por incompatível com o dever de transparência e de informação, indissociáveis das


relações consumeristas. Assim sendo, correto o afastamento da cobrança da comissão de
permanência, pois manifesta a abusividade da contratação. Afasta-se, desde já, eventual
alegação de ofensa aos artigos 4°, inc. IX, 9° e 10°, inc. IV e IX, da Lei nº 4.595/64.

Portanto, requer seja proibida a cobrança da comissão de permanência, determinando apenas


a cobrança dos juros de mora e multa contratual, com correção monetária. Destarte, diante
dos lançamentos indevidos dos valores exigidos pelo Requerido, que estão provados na
instrução processual, encontram-se evidenciados a verossimilhança das argumentações
levantadas e ainda a impossibilidade real de aquisição de bens a prazo ou mediante título de
crédito — cheque, já que qualquer empresa que consultar os bancos de dados referentes a
consumidores, verá que a Requerente neles se encontra “negativado”.

Desta forma, os arestos que o Requerido poderia embasar sua defesa, já caducaram, foram
totalmente fulminados pelas reiteradas e recentes jurisprudências supracitadas.

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DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Enfatiza o Réu em sua peça defensiva, ser indevida a inversão do ônus da prova, por não se
verificar hipossuficiência técnica a ensejar a inversão do ônus da prova pois, quanto à matéria
controvertida, tem a parte autora plena capacidade de produzir provas constitutivas de seu
direito.

Neste caso é de rigor que seja mantida a inversão do encargo probatório, com fulcro no inciso
VIII, do Artigo 6º, do Código de defesa do consumidor, uma vez que mediante a forma do
negócio, vemos que os requeridos estão bem mais preparados para suportar o dever de
provar, em vista que possuem estrutura comercial fazendo com mantenham arquivados,
registros de toda a negociação e demais provas, devendo ser afastada a pretensão do Réu.

MANUTENÇÃO DA POSSE DO IMOVEL LIMINARMENTE e NÃO INCLUSÃO NO ROL DE


DEVEDORES

Aduz o Requerido que “(...)que a parte Autora está em posse do bem e desfrutando deste,
contudo, sem a devida contraprestação, o que beira à má-fé e, portanto, justificando assim o
pedido para a conduta seja coibida em qualquer instância.”. Esclareça-se que, a autorização
da consignação em pagamento, afasta a mora e destarte garante a proteção ao nome e a
posse dos veículos.

Além disso, colimando resguardar-se de atos que possam atentar à sua justa posse dos
veículos financiados, é que o Autor se serve da Ação Consignatória, de modo a depositar os
valores incontroversos, evitando, deste modo, possível turbação a ser empreitada pela parte
Agravante. A jurisprudência pátria também discorre nesse sentido. Vejamos:

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. REVISÃO DO CONTRATO. BEM DADO


EM GARANTIA. MANUTENÇÃO DE POSSE. TUTELA ANTECIPADA.
- Tutela parcial antecipada. Manutenção de posse. Devedor
fiduciário Embora o banco Agravante seja o proprietário fiduciário
do bem alienado, seu domínio e resolúvel e não foi ajuizada, com
antecedência, a respectiva ação de busca e apreensão.

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Demonstrando o devedor fiduciário, com alegações verosímeis, as


irregularidades perpetradas no contrato de financiamento e os
abusos cometidos pelo banco, além da robusta possibilidade de
dano de difícil reparação, se desapossado do veículo financiado,
seu instrumento de trabalho, merece mantida a decisão concessiva
de liminar de manutenção de posse em seu favor, no preambulo de
ação ordinária de revisão contratual. [...] (TARS - AGI 195.184.825 -
2ª CCiv. - Rel. Juiz João Pedro Freire - J. 15.02.1996) – (grifo nosso

Inferem-se nítidas, neste contexto, a imprescindibilidade e viabilidade da concessão de liminar


de manutenção de posse em favor do Requerente, coibindo prováveis atos de cerceamento ao
uso do bem ao qual detém posse direta. Outrossim, é relevante observar o que dispõe a
jurisprudência:

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO ORDINÁRIA COM


PEDIDOLIMINAR - REVISÃO DE CONTRATO -
ABSTENÇÃO/EXCLUSÃO DO NOME DA PARTE AUTORA DOS
CADASTROS EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO -
MANUTENÇÃO NA POSSE DO BEM - AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DA APARÊNCIA DO BOM DIREITO -
INDEFERIMENTO - DEPÓSITO JUDICIAL - ALEGADO VALOR
INCONTROVERSO - ART. 285-B , DO CPC - IMPOSSIBILIDADE. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça exige,
concomitantemente, para o cancelamento ou suspensão de
anotações nos órgãos de proteção ao crédito, bem como
manutenção na posse do bem: a) que o direito esteja sendo
discutido judicialmente; b) demonstração de que a cobrança 17
indevida se funda na aparência do bom direito e em jurisprudência
consolidada do STF ou STJ (STJ, REsp 1.061.530/RS). Assim, se as
teses defendidas pelo recorrente, a princípio, não apresentam
aparência de bom direito, porque em confronto com entendimentos
do STJ e STF, impõese o indeferimento dessas medidas de
urgência. Nos termos do parágrafo único, do art. 285-B, do CPC, "o
valor incontroverso deverá continuar sendo pago no tempo e modo
contratados", o que significa dizer que o financiado deverá realizar

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tal pagamento diretamente à financeira, o que impõe o


indeferimento do pedido de depósito judicial do valor
incontroverso, valendo tal indeferimento também para o
pagamento das parcelas em seu valor integral. TJMG - Agravo de
Instrumento-Cv AI 10000151019973001 MG (TJ-MG) Data de
publicação: 10/03/2016 (grifo nosso)

Ora, o Autor não está eximindo-se de cumprir com a obrigação contratual, já que está
cumprindo seu compromisso do contrato com pagamento em juízo dos valores incontroversos,
de modo em que não poderá ser prejudicado com os efeitos do inadimplemento. Desta feita,
fica clarividente que há todos os requisitos da tutela de urgência pretendida e já concedida na
decisão liminar, nos moldes do art. 300 do Código de Processo Civil.

Nesta esteira, a probabilidade do direito está estampada nos pagamentos realizados em juízo
pelo Autor, todos nos valores incontroversos e dentro do prazo de vencimento.

No que diz respeito ao perigo do dano, resta configurado nas ameaças que vem sofrendo do
ajuizamento de ação de busca e apreensão, que caso haja o cumprimento do mandado da
apreensão dos veículos, corre-se o risco dos bens depreciarem em pátios de garagens que
não conservam os veículos, em razão da corrosão de chuva, sol e risco de furto, causando
enorme prejuízo no bem do Agravado.

O resultado útil do processo também será atingido, já que o Agravado pretende permanecer
com os veículos, que inclusive busca afastar as cláusulas abusivas do contrato para cumprir
com a liquidação total e justa do financiamento através da ação Consignatória, e caso haja o
indeferimento da tutela de urgência, de modo liminar, o mesmo pode ficar sem o seu bem.

É de sabença comum que a mora contratual é o descumprimento de pagamento pelo devedor,


conforme previsto do art. 394 do Código Civil1, que assim prescreve:

“Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e


o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei
ou a convenção estabelecer.”

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Neste sentido, não há que se falar em mora, já que o Agravado está realizando o pagamento
das parcelas mensais em juízo nos autos da ação Consignatória citada alhures.

Cabe consignar que, o Código de Processo Civil possui dispositivo que trata
especificadamente de ações cujo objeto é revisão de cláusulas contratuais prevendo que o
devedor deve realizar o pagamento dos valores incontroversos no tempo e modo contratado.

Assim vejamos o que dispõe o referido dispositivo processual:

“Art. 330 CPC (...) § 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão
de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar
na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do
débito. § 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá
continuar a ser pago no tempo e modo contratados”

Tal dispositivo legal exige que o requerente discrimine as obrigações contratuais que pretende
controverter, devendo ainda quantificar o valor incontroverso, O QUE FOI DEVIDAMENTE
OBSERVADO NA INICIAL, quais sejam:

1 – exclusão da capitalização diária/mensal para a anual nos termos da súmula 121 do STF.
2 - redução da taxa de juros para o valor de mercado, deixando claro que o autor não pretende
sua limitação a 12% a.m, mas apenas sua adequação para os valores estipulados pelo Banco
Central do Brasil.
3 – Utilização da Comissão de Permanência e exclusão dos demais encargos ou utilização
dos juros estipulados pelo Banco Central e correção Monetária pelo INPC, excluindo neste
caso, a comissão de permanência.
4 – Exclusão da Tabela Price e Utilização da Tabela Gauss.
Vale ressaltar que o Requerente, tenta de todas as formas satisfazer as exigências do novel
art. 330, § 2 do NCPC, demonstrando sua boa-fé em pagar o valor incontroverso, que é
exatamente o valor informado na exordial e deferido em decisão liminar, no tempo e modo

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contratado, desta forma é imprescindível que sejam deferidos os pedidos formulados em sede
de tutela de urgência.

Sobre a manutenção da posse do veículo, em razão dos pagamentos incontroversos, bem


como a não inclusão da parte no rol de devedores, já manifestou esta Casa de Justiça Goiana
sobre a sua possibilidade, desde que os depósitos sejam realizados, in verbis:

“Agravo de Instrumento. Ação declaratória de direitos c/c


indenização por danos materiais ou restituição de importâncias
pagas c/c consignação em pagamento e repetição de indébito”.
Contrato de compra e venda de imóvel. Sistema Financeiro
Imobiliário. I. Probabilidade do direito. Perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo. Reversibilidade do provimento
antecipado. Tutela de urgência deferida. Uma vez que presentes os
requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil/2015, quais
sejam: probabilidade do direito, perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo e reversibilidade do provimento
antecipado, deve ser deferido o pedido de tutela de urgência. II.
Depósito do valor incontroverso. Possibilidade. O depósito
incidental pode corresponder ao valor que a parte autora entende
por devido, desde que comprovada a probabilidade de abusividade
das cláusulas indicadas na peça inicial. III. Mora. Afastada. O
colendo Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso
Especial Representativo de Controvérsia nº. 1.061.530/RS, de
relatoria da Ministra Nancy Andrighi, posicionou-se no sentido de
que “a) O reconhecimento da abusividade nos Avenida Jamel
Cecílio, Nº 2929, Ed. Brookfield Towers, Sala 406/407, Jardim Goiás,
Goiânia – Goiás, 62 -32143419. www.constantinoadvogados.com.br
20 encargos exigidos no período da normalidade contratual (juros
remuneratórios e capitalização) descarateriza a mora; b) Não
descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional,
nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir
sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência
contratual”. IV. Abstenção da inscrição/manutenção do nome do
devedor no cadastro de inadimplentes. Manutenção dos devedores

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na posse do bem. Possibilidade. A abstenção da


inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, bem como a
manutenção do devedor na posse do bem, requeridas em
antecipação de tutela, somente serão deferidas se, questionado o
débito, for demonstrada a probabilidade do direito perseguido e
realizado o depósito do valor incontroverso, o que elidirá a mora,
situação presente no vertente caso. Agravo de instrumento
conhecido e provido. Decisão reformada. (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 236525- 15.2016.8.09.0000, Rel. DES. CARLOS
ALBERTO FRANCA, 2A CAMARA CIVEL, julgado em 20/09/2016,
DJe 2121 de 29/09/2016)

No caso em apreço, o Autor vem realizando os depósitos mensais dos valores contratados
nos autos da ação Consignatória, o que demonstra que o mesmo não está em mora,
cumprindo com suas obrigações contratuais. Cumpre informar ainda, Excelência, que o pedido
de abstenção/exclusão do nome do Requerente dos órgãos de proteção ao crédito, DE
FORMA ALGUMA ACARRETARÁ PREJUÍZO AO RÉU, visto que:

a) o mesmo possui diversas garantias, como o próprio imóvel objeto dos contratos e
b) será feito judicialmente e regularmente o depósito dos valores contratados, visando uma
saudável discussão da dívida.

Sendo assim, conclui-se que, estando a questão sub judice, existem elementos suficientes
para que se MANTENHA a medida cautelar para que:

NÃO SEJA O NOME DO AUTOR INCLUÍDO NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO


CRÉDITO, em razão das obrigações oriundas do contrato que ora se discute;

que seja MANTIDO NA POSSE DO BEM, com base nos DEPÓSITOS a serem deferidos e
consequentemente comprovada a fidelidade dos depósitos, a mora será desconfigurada.

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Outrossim, caso seja outro o entendimento de V. Excelência, que seja deferido o depósito
incidental das parcelas vincendas no valor integral, conforme pactuado no contrato, de modo a
afastar os efeitos da mora.

DOS PEDIDOS “EX POSITIS”,

COMO TUTELA DE URGÊNCIA

1) Com supedâneo na regra processual ora invocada, o Autor requer que


Vossa Excelência defira o DEPÓSITO, EM JUÍZO, das VINCENDAS
MENSAIS referentes NO VALOR CANTRATUAL DE R$ 452,68
(quatrocentos cinquenta e dois reais) sessenta e oito centavos nos
termos da ação de consignação em pagamento nas datas
respectivamente contratadas.
contratadas. Por outro ângulo, pleiteia que a
Promovida seja instada a acatar o PEDIDO DE APURAÇÃO da conta
corrente conta corrente nº 26.495-4 Agencia nº 0515-0 em nome do
mutuário ARNALDO OLIVEIRA DOS SANTOS,, acima mencionada, a
qual será paga junto a conta judicial vinculado a esta após apuração da
existência de suposto saldo devedor;

1-1 seja os mesmos manutenido na posse do IMOVEL em espécie,


expedindo-se, para tanto, o devido MANDADO DE MANUTENÇÃO
DE POSSE ATÉ SENTENÇA DA PRESENTE AÇÃO;
AÇÃO;
;
1-2 - determinar que a Ré exclua ou se abstenha de incluir, no prazo
de cinco(5) dias, o nome dos Promoventes e avalistas dos órgãos
de restrições, independentemente do pagamento de quaisquer
parcelas ora em debate ou, sucessivamente,
sucessivamente, diante da ausência de
mora, que seja o pedido em liça seja acolhido mediante o depósito
da(s) parcela(s) incontroversa(s) estipulada(s) no laudo pericial
particular acostado com esta inaugural;
2 ) NO MERITO pede, mais, que sejam JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS
FORMULADOS PELOS AUTORES, e, via de consequencia:

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3
4 (i) apurar os valores remanescentes do período de 11/03/2019 até 10/06/2021, após
apresentação de planilhas e extratos da conta corrente conta corrente nº 26.495-4
Agencia nº 0515-0 em nome do mutuário ARNALDO OLIVEIRA DOS SANTOS,
mensalmente, onde eram debitados mensalmente os valores correspondentes as
parcelas. excluir do encargo mensal os juros capitalizados, para cobrança durante
o período de normalidade contratual;
5
6 (ii) sejam afastados todo e qualquer encargo contratual moratório, visto que os
Autores não se encontra em mora, ou, como pedido sucessivo, a exclusão do
débito de juros moratórios, juros remuneratórios, correção monetária e multa
contratual, em face da ausência de inadimplência da cobrança de comissão de
permanência;
7
8 (iii) seja o mesmo manutenido na posse do IMOVEL 1 – Uma CASA RESIDENCIAL,
situada à Rua T-6, Qd. 03-E, Lote 8-A, CASA 01, CONDOMINIO RESIDENCIAL VITAL
III, SETOR OESTE, zona urbana desta cidade,
cidade, Título Aquisitivo: 14.961 livro 2,
matriculado sob o nº 20741 R1-20.741 do CRI da Comarca de Palmeiras de
Goiás/GO em espécie, expedindo-se, para tanto, o devido MANDADO DE
MANUTENÇÃO DE POSSE;
POSSE;
9
10 (IV) que a Ré seja condenada, por definitivo, a não inserir o nome do Autor e sua
Avalista junto aos órgãos de restrições, bem como a não promover informações à
Central de Risco do BACEN e seja o mesmo manutenido na posse do veículo em
destaque nesta querela, sob pena de pagamento da multa evidenciada em sede de
pedido de tutela antecipada;
11
12 (Iv) pede, caso seja encontrado valores cobrados a maior durante a relação
contratual, sejam o mesmo devolvidos ao Promovente em dobro(repetição de
indébito), na forma do art. 42 do CDC, ou sucessivamente, sejam compensados os
valores encontrados(devolução dobrada) com eventual valor ainda existe como
saldo devedor;

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13
14 3) protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida (CF, art. 5º, inciso
LV), nomeadamente pelo depoimento do representante legal da Ré, oitiva de
testemunhas a serem arroladas opportuno tempore,
tempore, juntada posterior de
documentos como contraprova, perícia contábil(com ônus invertido), exibição de
documentos, tudo de logo requerido.

Requer desta forma, se digne Vossa Excelência, em determinar que o requerido, com o
objetivo de apurar de forma mercantil, e por via de consequência para comprovar de forma
clara e efetiva o montante do DÉBITO, referente ao saldo devedor do referido contrato, objeto
da presente demanda, bem como as taxas de juros, encargos cobrados na evolução do
mesmo e pagamentos recebidos, com especificação de datas, taxas, valores e etc., no
período supramencionado, conforme pleiteados na exordial. Requer ao final, o julgamento
desta ação pela TOTAL PROCEDÊNCIA DE TODOS OS PEDIDOS DA EXORDIAL, tendo
em vista que o Contrato de Financiamento, seja declarado nulo e inexistente, além de ser
abusivo e não observar as formalidades legais (inexequível), devendo assim, Vossa
Excelência em acolher o pedido formulado no inicial.

Requer seja aplicada, no caso em exame, a Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990 –
Código de Defesa do Consumidor (artigo 6º, inciso V), especialmente para o fim de reconhecer
todas as cláusulas abusivas dos juros, exigidos ilegalmente pelo Requerido, além das taxas de
inadimplência cobradas acima do determinado por Lei, com a aplicação do disposto no artigo
71, do Código de Defesa do Consumidor contra o seu Representante Legal.

Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, notadamente
pelos documentos que instruem os autos, depoimento pessoal das partes, prova de perícia
contábil nas inclusas parcelas e saldo devedor.

Respeitosamente, pede deferimento.

Goiânia/GO, 11 de novembro de 2.022.

Rua 144, 302 Condominio Alfa e Beta, Bl. 03 Ap. 202, Setor Marista, Goiania/GO
luciano19968@hotmail.com Fone: (62) 98132-2868 WhatsApp
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COSTA E MARQUES ADVOGADOS
Luciano Pereira da Costa OAB/GO 19.968
ASSESSORIA JURÍDICA

LUCIANO PEREIRA DA COSTA


OAB/GO 19.968

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