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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ.

Processo de 1ª Instância nº 0847814-75.2023.8.14.0301


AGRAVANTE: EDUARDO FORTE NASCIMENTO
AGRAVADO: FABRÍCIO DA SILVA NASCIMENTO

JUÍZO DA VARA de Família de Belém

EDUARDO FORTE NASCIMENTO, já devidamente qualificada nos autos do


processo em epígrafe, vem respeitosamente, por intermédio de sua procuradora adiante
assinada, não se conformando, permissa maxima venia, com a r. Decisão
Interlocutória que concedeu liminarmente, diminuição dos alimentos provisórios no
percentual de % sobre seus rendimentos brutos, proferida nos autos da Ação de
ALIMENTOS – Autos n (...), originária do Juízo da XX Vara de Família da Comarca
de (Cidade)/UF, razão pela qual vem, amparado pelo art. 1.015 e seguintes do CPC,
com o devido respeito à Vossa Excelência, interpor a retificação ao o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO

A teor do que dispõe o art. 995, parágrafo único e art. 1.015, inciso I, ambos do
Código de Processo Civil, para efeito de obter a reforma da referida decisão e
concedeu a antecipação parcial dos efeitos da tutela, para reduzir o valor dos alimentos
de 20% (vinte por cento) dos vencimentos e vantagens excluídos os descontos
obrigatório, fixados na ação de nº 0019332-93.2005.814.0301 para minorar para o
valor de 15% (quinze por cento) dos vencimentos e vantagens.

pelas razões anexas, requerendo a Vossa Excelência se digne em recebê-lo e processá-


lo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal.
Para a instrumentalização do presente agravo e em cumprimento ao disposto no art.
1.016, inciso IV, do Código de Processo Civil, informa o nome e o endereço das
advogadas, constantes do processo, a saber:

Procuradora da parte Agravante: CAMILA VANZELER TAVARES, OAB-PA


29.866, Passagem Eunice Weaver, nº 50, 66083-290, Belém-PA.

Procurador da parte Agravada: SANDRA MARA KALINOWSKI - OAB PR83456 -


CPF: 651.467.949-87 (ADVOGADO)

MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ - CNPJ: 05.054.960/0001-58


(FISCAL DA LEI)

DO PROCESSO ELETRÔNICO
É pertinente a exceção à regra que os autos tramitam em processo eletrônico .
Em outras palavras, nã o há necessidade de juntada de documentos, sendo
facultado ao Agravante anexar outros documentos que entenda ú teis à soluçã o do
caso. Veja:
Art. 1.017.

[…]

§ 5º Sendo eletrô nicos os autos do processo, dispensam-se as peças


referidas nos incisos I e II do caput , facultando-se ao agravante
anexar outros documentos que entender ú teis para a compreensã o da
contrové rsia.

Outrossim, por mera de liberalidade e de acordo com o que dispõe o art. 1.017 do
CPC, para instrumentalização do presente agravo, segue anexa CÓPIA INTEGRAL
dos autos do processo de número 0847814-75.2023.8.14.0301, da Ação de Alimentos,
em trâmite perante o Juízo da XXª Vara de Família da Comarca de Belém-Pa,
contendo os documentos abaixo relacionados, para a devida formação do instrumento:

Decisão agravada ID Nª 101770629


Certidão da respectiva intimação Id. 108787972
Procuração outorgada ao advogado do Agravante Id. 105241431
Petição Inicial;
Contestação.

Requer, finalmente, que eventuais intimações sejam feitas na forma da lei, fazendo-se
constar o nome e endereço da procuradora do Agravante:

CAMILA VANZELER TAVARES, OAB-PA 29.866, Passagem Eunice Weaver, nº


50, 66083-290, Belém-PA.
Nestes Termos,

Pede-se Deferimento.

Belém, 29 de fevereiro de 2024

CAMILA VANZELER TAVAREs


OAB/PA nº 29.866

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE (...).

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo de 1ª Instância nº 0847814-75.2023.8.14.0301


AGRAVANTE: EDUARDO FORTE NASCIMENTO
AGRAVADO: FABRÍCIO DA SILVA NASCIMENTO

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA CÂMARA CÍVEL

RAZÕES DO AGRAVO

Eminentes Desembargadores,

Insurge o Agravante contra a r. decisão de Ids. Número 101770629 do douto julgador


a quo, proferida nos autos de Ação de Alimentos – em trâmite perante o Juízo da 7ª
Vara de Família de Belém -PA.
DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO

O Agravante foi intimado da decisão interlocutória de Id 101770629,em data


de 06/02/2024, conforme certidão de Id. 101770629, ao passo que a certidão foi
juntada aos autos no dia 08/02/2024 ID nº 108787972.
Diante dos feriados de carnaval dos dias 12, 13, 14, conforme portaria juntada
aos autos, houve a suspensão dos referidos prazos processuais.
Sendo assim a contagem do prazo se iniciou na data da juntada aos autos do
mandado cumprido, nos termos do Art. 231, II, do NCPC, qual seja dia 08/02/24,
sendo assim o prazo fatal para o agravo é dia 05/03/2024.
Logo, consoante ao disposto no art. 1.017, inciso I do Código de Processo Civil
o presente recurso é tempestivo.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Antes de adentrar ao mérito do presente recurso, o Agravante requer liminarmente nos


termos do art. 1.019, I do CPC, os benefícios da assistência judiciária gratuita nos
termos dos artigos 98 e 99 do CPC e da Lei nº 1.060/50, em virtude de sua situação
econômica não lhe permitir pagar as custas dos atos processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do sustento próprio.

O espírito da lei da gratuidade judiciária não é outro senão possibilitar o acesso à


Justiça àqueles que não possuem recursos suficientes, por isso, a simples afirmação de
falta de condições de pagar as despesas do processo em prejuízo do sustento próprio
ou da família contém veracidade presumida, tanto que basta, para a concessão do
benefício, a declaração de insuficiência declarada por pessoa natural (art. 99, § 3º
CPC).

Mister frisar ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 1º, do CPC, o pedido de
gratuidade da justiça pode ser formulado por petição simples e durante o curso do
processo inclusive em fase recursal, tendo em vista a possibilidade de se requerer em
qualquer tempo e grau de jurisdição os benefícios da justiça gratuita, ante a situação
do status econômico.
Ressalta-se que o agravante é estudante e não possui nenhuma renda atualmente,
sendo impossibilitado de arcar com as referidas despesas de custas do referido recurso.

DOS FUNDAMENTOS DA AÇÃO E DAS RAZÕES DO PEDIDO DA REFORMA

O Douto Juízo monocrático proferiu decisão interlocutória no âmbito dos presentes


autos, sedimentando sua decisão em síntese, no seguinte:

É o relatório.
DECIDO.
1. A ação é de revisão de pensão alimentícia e rege-se pelo
rito especial da Lei n° 5.478/68, em razão do disposto em seu
art. 13, com a peculiaridade, embora, de não-fixação de
alimentos provisórios, visto que já há valor anteriormente
estabelecido, que vigorará durante o correr deste processo, até
que nele seja eventualmente alterado.
Acerca do pedido de Tutela Antecipada, o artigo 303 do CPC,
cujo deferimento depende, de forma indispensável, da
presença dos requisitos da prova inequívoca com a qual seja
possível aferir a verossimilhança das alegações.
A concessão da medida, é bom que se ressalte, não constitui
faculdade nem discricionariedade do Juiz, mas seu dever
concedê-la se presentes seus pressupostos legais, desde que se
convença da verossimilhança da alegação, ainda que não
requerida pela parte.
CANDIDO RANGEL DINAMARCO, afirma que:
“Convencer-se da verossimilhança, ao contrário, não poderia
significar mais do que imbuir-se do sentimento de que a
realidade fática pode ser como descreve o autor” (A reforma
do código de processo civil, 3ª Ed., Malheiros, SP, 1996,
p.145).
É imperioso, portanto, que o Juiz se convença, senão
definitivamente, ao menos para tranquilizá-lo, para a
expedição de uma ordem que atinge a parte adversa, da
existência de um direito violado e da irreparabilidade dos
interesses atingidos pelo possível dano.
Compulsando os autos e analisando os documentos que
acompanham a inicial, verifica-se que o demandante requereu
que a verba alimentar fosse reduzida, em razão de ter outras
duas filhas menores.
Verifico que as alegações da parte autora são suficientes para
o deferimento parcial do pedido revisional nesse momento,
que comprova que o mesmo foi de fato diagnosticado com
Neuromielite Óptica (NMO), laudo médico conforme exames
presentes no ID 100225602.
Desta forma, HOUVE demonstração de alteração no binômio
possibilidade/necessidade capaz de ensejar, por ora, a revisão
parcial dos alimentos, eis que restou demonstrado que o
mesmo está acometido de problemas de saúde.
Portanto, DEFIRO a antecipação parcial dos efeitos da tutela,
para reduzir o valor dos alimentos de 20% (vinte por cento)
dos vencimentos e vantagens excluídos os descontos
obrigatório, fixados na ação de nº 0019332-93.2005.814.0301
para minorar para o valor de 15% (quinze por cento) dos
vencimentos e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios,
devendo os valores ser depositados em conta bancária
previamente informada pela parte requerida, ou a ser indicada
no prazo de 10 (dez) dias contados da intimação das partes.
2. Diante do artigo 139 do CPC e das especificidades da causa
e de modo a adequar o rito processual às necessidades do
conflito, ante a ação ser de exoneração de alimentos, CITE-SE
a parte requerida, para contestar o feito no prazo de 15
(quinze) dias úteis.
A ausência de contestação implicará revelia e presunção de
veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial,
nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.
3. Ante o disposto no inciso I do art. 247 c/c §3º do art., 695
do CPC, a citação da parte requerida deve ser feita
pessoalmente, através de Oficial de Justiça.
Expeça-se ofício à fonte pagadora do requerente, para que
proceda ao novo desconto da pensão alimentícia em favor da
parte requerida, com prazo de cumprimento pela fonte
pagadora de 10 (dez) dias.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais
diligências, caso sejam necessários. Em caso de expedição de
Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30
(trinta) dias.
Intimem-se. Cumpra-se.
Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.
ALINE CORRÊA SOARESJUÍZA DE DIREITO DA 1a
VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL SUBSTITUTA
AUTOMÁTICA DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

A obrigação alimentar decorre tanto dos laços de parentesco como do poder


familiar, não podendo sofrer modificação com a mudança do estado civil ou
mudanças orçamentárias que não refletem gastos abusivos, como tenta pleitear o
agravado.

Ação revisional de alimentos. (...) 1. A fixação da obrigação


alimentar deve ser realizada com observância de seu trinio
formador: necessidade, possibilidade e
proporcionalidade.2. O princípio da proporcionalidade,
norteador da obrigação alimentar, consubstancia-se em
ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência,
moderação, guardando relação com a capacidade
econômica do alimentante e necessidade do alimentando.
(TJPR, AI XXXXX, 12.º V. Cív., Rel. Des. Ivanise Maria
Tratz Martins, j. 17/09/2014).
Ainda, no mesmo raciocínio:
Eis, pois, a decisão guerreada , a qual sem sombra de dúvidas deve ser reformada.

DA SÍNTESE DOS FATOS

Cuida-se de ação de revisional de alimentos que pretende revisionar a pensão


alimentícia do valor percentual de 20% (vinte por cento) dos vencimentos e vantagens
excluídos os descontos obrigatório, fixados na ação de nº 00193329320058140301
para que seja revisionada para 10% dos vencimentos e vantagens, excluídos os
descontos obrigatórios.

Alega que apesar de sua situação financeira ter passado por profundas
transformações, fito ao ano de 2012, quando esteve paraplégico em decorrência de
doença congênita, a Neuromielite óptica (NMO), nunca solicitou a revisão da pensão.

Afirma que hoje a doença está controlada contudo trouxe abalos financeiros ao
requerido que até hoje possui reflexos em seu orçamento.

Vem ao ao judiciário, requerer ajuda pois alega está trabalhando no negativo,


ainda com as dívidas adquiridas para o seu tratamento da Neuromielite Óptica (NMO),
que possui gastos com fisioterapia (3 G SERVICOS DE REABILITACAO LTDA),
medicamento de alto valor monetário de FARMAUSA DAY and NIGHT - Quant.1,
medicamento de cannabis, utilizado no tratamento e compensação dos danos neurais
desta síndrome, o medicamento custa R$ 1.690,00, deve ser adquirido de 3 em três
meses, por ser concentrado.

Alega ainda que Hoje o requerido é casado com a senhora LUANDA SANTOS
ROCHA VIANNA NASCIMENTO conforme certidão de casamento anexo. Desta
união advieram dois filhos LIZ FERNANDA VIANNA NASCIMENTO, nascida em
23.07.2009 e RAVI PAULO VIANNA NASCIMENTO, nascido em 20.01.2011. O
requerente possui despesas fixas e obrigatórias mensais que tornam, mês a após mês
suas contas insustentáveis.
São esses os termos da inicial a qual não demonstram a realidade dos fatos conforme
será demonstrado a seguir:

DA REALIDADE DOS FATOS:

Com a máxima vênia e o devido respeito, equivocou-se o douto magistrado a


quo em sua r. decisão interlocutória, uma vez que sequer teve o Agravante
oportunidade de demonstrar a real e verdadeira situação, qual seja, que não esta o
agravado em situação econômica desfavorável como tentou alegar.

O Agravado alega que tem gastos mensais altos e justificou em sua inicial
informando que fazia uso dos respectivos medicamentos e que possuia gastos com
isioterapia (3 G SERVICOS DE REABILITACAO LTDA), e uso do medicamento da
FARMAUSA, DAY and NIGHT - Quant.1, medicamento de cannabis, utilizado no
Logo, o agravado embora tenha passado sim por problemas de saúde,
atualmente encontra-se em plena recuperação, levando uma vida normal, com a
referida doença estabilizada sem a necessidade de remédio que comprometam suas
despesas mensais.

O agravado vive sem qualquer restrições, como é de conhecimento de todos,


não podendo dessa forma, nesse momento usar tal doença com intuito de revisar o
valor da pensão, diante da vida que leva com o controle de sua doença, tanto prova que
o mesmo é músico nas noites de belém e não possui uma vida regrada, fazendo
inclusive uso de bebidas alcoílicas.

Portanto, merece reforma a decisão que concedeu a redução para 15% o valor
da pensão haja vista que tal redução não se mostra razoável, haja vista que o agravado
atualmente não possui mudanças ou despesas mensais que comprometam o valor da
porcentagem que atualmente é em uma porcentagem razoável de 20%, valor que
ainda não é suficiente para as despesas que o agravante possui.

O que se questiona é o percentual requerido, que deve ser revisto para um


percentual mais proporcional ou ser mantido o de 20% , tendo em vista que o agravado
é servidor público e tem estabilidade.

Ao passo que o agravante atualmente, não possui nenhuma renda e embora


resida com sua genitora, a mesma possui outro filho de sua atual relação e o agravante
precisa manter os gastos que possui de faculdade, plano de saúde, inglês, tramentos
médicos severos inclusive pois desde pequeno devido a relação conturbada dos pais,
Somando os valores temos o valor de R$ 3.240,00 ( Três mil duzentos e
quarenta reais, anota-se que atualmente o valor pago é de R$ 1.883,06,( Mil
oitocentos e oitenta e três reais e seis centavos) conforme se pode atestar no extrato da
genitora do agravante que segue aos autos, e o agravado não junta as despesas
básicas, com transporte, alimentação, vestimenta que é resposabilidade da sua
genitora.
Logo, a estipulação do percentual de 15% sobre os rendimentos vigente não se
mostra razoável e possível para que o Agravante cumpra seu compromisso no auxílio
da sua subsistência , tendo em vista que o mesmo possui outros irmãos e outros gastos
com alimentação, com transporte que não foram aqui mencionados, não sendo digno
que o agravado, por exemplo, junte aos autos do processo despesas de clube dos
bombeiros, despesa de lazer, para dizer que é uma despesa que justifique a redução
da pensão, o que acontece com agravado é que quer levar um padrão de vida acima do
que deveria, ao passo que os gastos do agravante é apenas para sobreviver e não com
seu lazer, e pelo princípio da dignidade não é aceitável a redução da pensão com tais
argumentos, trazidos, devendo ser reformada a decisão, para manutenção do
percentual atual ou percentual razoável e proporcional.

DA DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

O Agravante declara que os documentos em cópia apresentados no presente


Agravo de Instrumento, são cópias autênticas, em conformidade com o art. 425, IV e
VI do Código de Processo Civil, sob a integral responsabilidade da procuradora que
subscreveu o presente recurso.

Diante de todo o exposto, e visando manter a dignidade do Agravante, visto


que o mesmo não possui condições de arcar com sua subsistência, por serem valores
desproporcionais a referida revisão, tendo em vista sua obrigação nem se compara
com a do agravante que precisa para sobreviver o referido valor.

DA NECESSIDADE DE PROVER-SE EFEITO SUSPENSIVO AO RE- CURSO


PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DE QUE TRATA O ART. 1.019 9, inc.
I, do CPC.

As questões destacadas no presente recurso de Agravo de Instrumento são de


gravidade extrema e reclama, sem sombra de dúvidas, a concessão da tutela recursal
(CPC, art. 1.019, inc. I).

Demonstrado, pois, o preenchimento do requisito do “risco de lesão grave e de


difícil reparação” e da “fundamentação relevante”, há de ser concedido efeito ao
recurso em liça.

Nesse compasso, a parte Agravante demonstrou o requisito da "fundamentação


relevante". É irrefutável que ficou comprovado a situação de desequilíbrio da
possibilidade necessidade quanto ao pagamento da verba alimentar.
Ademais, além da “fundamentação relevante”, devidamente fixada anterior-
mente, a peça recursal preenche o requisito do “risco de lesão grave e difícil
reparação”. Desse modo, para o Agravante, como para qualquer outro, é me- dida
drástica que tem afetado significativamente na sua ordem social e psico- lógica. De
outro passo, não se pode permitir que o valor pago ao alimentado seja bruscamente
diminuído de para R$ 176,00 (cento e setenta reais) durante o ano letivo, no qual a
sua vida já estava por completo organizada e planejada para tal período. É permitir por
demais, o afetar a sua dignidade e estado psicológico, no qual se vê obrigado a
paralisar sua vida educacional e social de maneira tão repentina.

Como consequência, pede-se, tutela de maneira a suspender os efeitos da


decisão interlocutória guerreada (CPC, art. 1.019, inc. I), conferindo-se efeito
suspensivo presente recurso, determinando-se:

a) alicerçado no art. 8°, do Código de Processo Civil, seja suspenso, provisoriamente,


o valor arbitrado em sede de tutela pelo juízo a quo no montante de 15% sobre os
rendimentos doa autor, no qual a parte agravada continuara a pagar o valor o
percentual de 20% ao agravante

b) subsidiariamente (CPC, 326), solicita a redução do mesmo para o importe de


proporcional ou razoável de 18% sobre os rendimentos do agravado a serem pagos nos
mesmos modos e datas anteriormente definidas, até ulterior determinação desta
relatoria

e) ainda subsidiariamente, pleiteia-se a suspensão dos efeitos da decisão guerreada até


a análise do pleito de revisão alimentar em decisão transitada em julgado.

DOS REQUERIMENTOS

Por tais fundamentos, é inescusável que a decisão deva ser reformada, posto que:

a) há elementos probatórios suficientes a comprovar a desnecessidade de re- dução dos


alimentos arbitrados ao agravante

b) a decisão hostilizada fere o trinômio: proporcionalidade - possibilidade necessidade


Por todas as considerações relevadas, pede-se, como questão de fundo, a nulidade do
ato decisório atacado, o qual atrelado ao processo por este combatido, objetivando em
consequência, seja confirmado o efeito suspensivo dado ao Agravo de Instrumento, e,
mais, acolhendo-se este recurso para:

1) anular o ato decisório que concedeu liminarmente por meio de tutela a di- minuição
do valor recebido a título de alimentos de 20% para 15 % tendo em vista o que rege o
Código Civil com relação ao binômio necessidade possibilidade ou proporcionalidade
- possibilidade - necessidade casa seja o vosso entendimento

2) pleiteia, igualmente, a intimação da Agravada, por seu patrono regular- mente


constituído nos autos, para, querendo, responder em 15 (quinze) dias (CPC, art. 1.019,
inc. II).
3) A concessão dos benefícios da justiça gratuita nos termos aludidos em inicial de
agravo

Nesses termo em que;

Pede Deferimento,

Belém-PA, 29 de Fevereiro de 2024.

CAMILA VANZELER TAVARES

OAB-PA 29.866

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