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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

RECURSO ORDINÁRIO TRABALHISTA


ROT 1000637-56.2021.5.02.0085
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Relator: VALDIR FLORINDO

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 27/09/2021


Valor da causa: R$ 80.888,18

Partes:
RECORRENTE: IVANEIDE CIRQUEIRA SILVA - CPF: 336.125.918-51
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO - OAB: SP0126946
ADVOGADO: PAMELA FRANCINE RIBEIRO - OAB: SP0326994
ADVOGADO: DANIELLE ERNESTINA SARTORI MOCARZEL - OAB: SP0305988
ADVOGADO: CAROLINA MARQUES DIAS - OAB: SP0273783
ADVOGADO: SILVANA MALAKI DE MORAES PINTO DO NASCIMENTO - OAB: SP0115014
ADVOGADO: MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES LIMA - OAB: SP0174351
ADVOGADO: ALVARO SHIRAISHI - OAB: SP0158451
ADVOGADO: TANIA GARISIO SARTORI MOCARZEL - OAB: BA0095031
ADVOGADO: OTAVIO CRISTIANO TADEU MOCARZEL - OAB: SP0074073
ADVOGADO: MICHELE BAPTISTINI - OAB: SP0295720
RECORRENTE: VINICIUS DE ARAUJO ROSSI - CPF: 466.471.338-01
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO - OAB: SP0126946
RECORRIDO: IVANEIDE CIRQUEIRA SILVA - CPF: 336.125.918-51
ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO - OAB: SP0126946
ADVOGADO: PAMELA FRANCINE RIBEIRO - OAB: SP0326994
ADVOGADO: DANIELLE ERNESTINA SARTORI MOCARZEL - OAB: SP0305988
ADVOGADO: CAROLINA MARQUES DIAS - OAB: SP0273783
ADVOGADO: SILVANA MALAKI DE MORAES PINTO DO NASCIMENTO - OAB: SP0115014
ADVOGADO: MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES LIMA - OAB: SP0174351
ADVOGADO: ALVARO SHIRAISHI - OAB: SP0158451
ADVOGADO: TANIA GARISIO SARTORI MOCARZEL - OAB: BA0095031
ADVOGADO: OTAVIO CRISTIANO TADEU MOCARZEL - OAB: SP0074073
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE_1000637-56.2021.5.02.0085

ADVOGADO: MICHELE BAPTISTINI - OAB: SP0295720


RECORRIDO: ANDERSON VALERIO DA SILVA EIRELI
- CNPJ: 06.895.415/0001-57
ADVOGADO: ANTONIO DA SILVA CARNEIRO - OAB: SP0126657
Documento assinado pelo Shodo

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO nº 1000637-56.2021.5.02.0085 (ROT)


RECORRENTE: IVANEIDE CIRQUEIRA SILVA, VINICIUS DE ARAUJO ROSSI
RECORRIDO: IVANEIDE CIRQUEIRA SILVA, ANDERSON VALERIO DA SILVA EIRELI
RELATOR: VALERIA PEDROSO DE MORAES
ORIGEM: 85ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

RELATÓRIO

DATA DA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO: 31/05/2021

DATA DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA: 09/08/2021

Inconformados com a r. sentença de ID. 7f42085, cujo relatório adoto e


que julgou IMPROCEDENTE a pretensão exordial, recorrem, ordinariamente, a reclamante, sob ID.
b22cb10, e sua testemunha, nas razões de ID. 3ee77b0.

A reclamante requer a reforma da r. sentença no tocante à justiça gratuita,


aos honorários periciais e advocatícios, à desconsideração do depoimento de sua testemunha, bem como o
incidente de falso testemunha, ao reconhecimento do vínculo empregatício, comissões pagas "por fora" e
horas extras, inclusive intervalares.

A testemunha Vinícius De Araujo Rossi, por sua vez, pede a modificação


da r. sentença de origem no que concerne à multa que lhe foi aplicada.

Contrarrazões apresentada pela reclamada (ID. e6e0980).

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

VOTO

Assinado eletronicamente por: VALERIA PEDROSO DE MORAES - 21/10/2021 14:15 - 82494b9


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ID. 82494b9 - Pág. 1
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Documento assinado pelo Shodo

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Deserção

Pretende a reclamante a reforma da sentença com o reconhecimento dos


benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que foi condenada no pagamento das custas processuais; sustenta
inclusive pela aplicação da legislação anterior a Lei 13467/17.

A Lei nº 13.467/17, que modificou a legislação processual trabalhista, foi


publicada no dia 14/7/2017, com vacatio legisde 120 dias. Entrou em vigor no dia 11/11/2017, conforme
regra contida no artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95/98.

As leis processuais geram efeitos imediatos, devendo a nova norma ser


aplicada nos processos em andamento e não somente naqueles que se iniciarem a partir da vigência da
nova lei (teoria do isolamento dos atos processuais). O NCPC disciplina a questão através dos artigos 14 e
1.046.

Assim, quanto às regras processuais, a aplicação da Reforma Trabalhista é


imediata, com exceção das disposições acerca de matéria de natureza híbrida, os atos processuais
praticados e as situações jurídicas consolidadas, tudo em observância da estabilidade processual e da
segurança jurídica.

Tendo em vista que a distribuição da ação se deu em 31/05/2021,


aplicam-se ao caso as disposições da lei nova.

O M.M. juízo a quo indeferiu os benefícios da justiça gratuita à parte


autora aduzindo que "considerando a consulta realizada neste ato pelo CAGED, no qual verifiquei a
existência de outro registro de contrato ainda em aberto após o término da relação mantida com a
reclamada, incumbia ao(a) reclamante o ônus de comprovar que estaria recebendo salário abaixo do
piso ou se acima, comprovar que, em conformidade com o disposto no §4º do art. 790 da CLT, seus
recursos seriam insuficientes para sua manutenção e o pagamento das custas do processo. No entanto,
nenhuma prova neste sentido foi produzida, razão pela qual, rejeito o pedido.".

Há nos autos a declaração de hipossuficiência. A mera alegação da autora


situação de hipossuficiência, através de declaração unilateral não basta, por si só, para comprovar seu
estado de hipossuficiência econômica, dada a nova regulação desse instituto, que acabou por revogar as
disposições em contrário.

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ID. 82494b9 - Pág. 2
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Documento assinado pelo Shodo

Entretanto, a consulta realizada pelo juízo a quo ao CAGED, como


certificado, indica eventual vínculo. O TRCT da autora comprova que seu último salário foi de R$
1.290,00, ou seja, inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
(R$ 6.433,57 - 2021), há a declaração de hipossuficência- ratificada em grau recursal, e, não há nenhuma
prova que a reclamante tivesse recebendo salário superior a 40% do RGPS, sendo que, no caso, diante
dos elementos existentes, a presunção milita em proveito da reclamante e não em seu prejuízo.

Dessa forma, ao contrário do que resta consignado na r. sentença, a


reclamante atende ao requisito estampado na nova redação do parágrafo 3º do artigo 790 da CLT .

Destarte, dá-se provimento ao apelo para conceder à reclamante os


benefícios da justiça gratuita, afastando-se a deserção sustentada em CCRO.

Conheço dos recursos ordinários interpostos, por presentes os


pressupostos de admissibilidade.

Não conheço, entretanto, do tópico da reclamante acerca dos honorários


periciais, por ausência de interesse recursal, pois sequer houve condenação a tanto.

MÉRITO

Falso testemunho. Multa por litigância de má-fé.

O MM. Juízo da origem considerou que a testemunha Vinícius de Araújo


Rossi faltou com a verdade, pois contrariou o depoimento da parte autora, e por isso a conduta configurou
falso testemunho. Assim, determinou o pagamento de multa por litigância de má-fé, contra o que se
insurge a parte autora e a própria testemunha.

O artigo 793-D da CLT estabelece que:

Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha
que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento
da causa.

Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.

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ID. 82494b9 - Pág. 3
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Documento assinado pelo Shodo

Como já destacado pela r. sentença, a testemunha "apresentou defesa


escrita sob o ID. 863acef,alegando, em síntese, que se confundiu em suas colocações, face o nervosismo
por estar em Juízo, bem como que não se lembrava com clareza de detalhes os fatos ocorridos, face o
decurso do tempo. Ainda, a testemunha argumenta em sua defesa que algumas informações teve
conhecimento através de terceiros, não tendo se expressado da maneira que deveria.".

Destaco que eventual declaração contraditória prestada pela testemunha


em cotejo ao depoimento pessoal ou demais depoimentos de testemunhas em relação à jornada praticada
pela autora, bem como tempo de intervalo usufruído pela reclamante, por si só, não caracteriza o tipo,
mormente como, no presente caso, a testemunha se justifica e se retrata.

Assim, não se extrai do depoimento da testemunha ouvida nos autos o


intuito deliberado de omitir fatos essenciais ao julgamento da causa ou mesmo de alterar intencionalmente
a verdade dos fatos, para justificar a aplicação da multa ou a expedição de ofício para apuração de crime
de falso testemunho.

Conquanto, não se vislumbra o dolo, a real intenção em alterar a verdade


dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.

Acolho o apelo neste particular, a fim de excluir da condenação a multa


por litigância de má-fé imputada à testemunha da autora, Sr Vinícius de Araújo Rossi.

Deixo de afastar o incidente de falso testemunho, tendo em vista que a r.


sentença já consignou que deixou "de oficiar ao Ministério Público Federal".

Apenas registro que o depoimento da testemunha será valorado conforme


demais elementos probatórios produzidos, o que será aferido no mérito das pretensões.

Reformo nesses termos.

Período sem registro em CTPS.

Insiste a reclamante que foi contratada pela reclamada em 01/05/2016,


devendo ser reconhecida a unicidade contratual.

À análise.

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Na petição inicial a autora alega que começou a trabalhar para reclamada


em 01/05/2016, na função de auxiliar administrativo, sendo registrada apenas em 01/10/2016 (ID.
ed32c04 - Pág. 2).

Em sede de contestação (ID. 5ebf72f - Pág. 2) a ré nega a prestação de


serviços em período anterior ao registro.

Negada a prestação de serviços, era da reclamante o ônus de comprovar


suas alegações (art. 818 da CLT e art. 373 do CPC/2015), do qual não se desincumbiu.

A testemunha da reclamante (ID. cdd44bb) esclareceu que começou a


trabalhar na reclamada em 01/06/2016, sendo que "a reclamante começou a trabalhar depois do depoente
cerca de 6 meses a 1 anos", o que corrobora a tese defensiva de que a autora foi contratada apenas em
01/10/2016, oportunidade na qual foi realizado seu registro em CTPS.

Mantenho.

Comissões "por fora".

A autora pretende a reforma da r. decisão de origem que julgou


improcedente o pedido de comissões recebidas "por fora".

Pois bem.

In casu, a reclamante requer o reconhecimento do pagamento de


comissões "por fora", na ordem de R$ 750,00 a R$ 1.200,00 mensais, durante todo o pacto laboral em
comento.

A ré nega o pagamento de comissões e de qualquer outro valor extra


recibo. Sendo assim, o ônus da prova competia à parte autora, nos termos dos artigos 818, I, da CLT e
373, I, do CPC/2015.

A reclamante juntou alguns comprovantes de transferência/depósitos de


valores feitos em seu benefício (ID. 1aad926; 5390fa6). Entretanto, são transferências bancárias sem
identificação do depositário ou qualquer outro dado que os vincule à reclamada.

A única testemunha ouvida prestou depoimento incerto, inseguro e depois


alterado com sua retratação, motivo pelo qual, não serve ao convencimento do juízo.

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Documento assinado pelo Shodo

Com efeito, a reclamante não se desincumbiu de seu ônus probatório,


devendo ser mantida a sentença proferido pelo juízo a quo, que afastou o alegado pagamento de
comissões por fora.

Mantenho.

Das horas extras. Do intervalo intrajornada

A reclamante argumenta que são devidas horas extras, inclusive pela


supressão parcial do intervalo intrajornada.

Pois bem.

Nos termos da Súmula 338, I do C. TST "É ônus do empregador que conta
com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A
não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da
jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.".

Já o artigo 74, § 2º da CLT, com a alteração promovida pela Lei


13.874/2019, estabelece a obrigação do registro de jornada para empresas com mais de 20 empregados.

Em depoimento pessoal a autora confirmou "que na loja em que


trabalhava havia 6 empregados" (ID. cdd44bb), razão pela qual a reclamada não era obrigada a manter o
registro de ponto.

Cabia, portanto, à reclamante, o onus probandi acerca da jornada alegada,


(artigos 818, I, da CLT, e 373, I, do CPC), do qual não se desincumbiu a contento. Sua testemunha atesta
horário, bem como irregularidade no intervalo intrajornada, superior àqueles descritos pela reclamante em
depoimento pessoal; logo, não deve ser considerado como fidedigno, até porque, depois de oscilações e
questionamentos, o depoimento testemunhal foi objeto de retratação.

Mantenho a r. sentença que indeferiu as horas extras pleiteadas.

Honorários advocatícios

A reclamante suscita a inconstitucionalidade do art. 791-A da CLT,


afirmando que a assistência jurídica garante a isenção do pagamento da verba honorária. Sucessivamente,
pede a aplicação da condição suspensiva prevista no § 4º do mencionado artigo.

Ao exame.

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ID. 82494b9 - Pág. 6
Número do documento: 21093011152504400000092521342
Documento assinado pelo Shodo

A presente demanda foi proposta em 31/05/2021, já na vigência da Lei


13.467/2017. Portanto, aplicável ao presente caso o art. 791-A da CLT.

Não se vislumbra a alegada inconstitucionalidade da Lei 13.467/2017,


tampouco ofensa ao inciso LXXIV, do artigo 5º, da Constituição Federal. Também inaplicável o disposto
no artigo 98, do CPC, uma vez que a CLT possui normas específicas tratando da matéria, não sendo o
caso de aplicação subsidiária do direito processual comum.

A Lei nº 13.467/2017, denominada Reforma Trabalhista, alterou a matéria


em destaque (arts. 790, § 3º e 4º e 791-A da CLT) e entrou em vigor em 11/11/2017, estabeleceu
limitadores a fim de reduzir o excesso abusivo de litigiosidade e permitir maior eficiência. O direito à
gratuidade pode ser regulamentado, como aliás, já era (artigo 14 da Lei 5584/70) sem que isso configure
óbice ao acesso à Justiça. Considerando que a presente reclamação trabalhista foi ajuizada em data
posterior à vigência dos dispositivos em referência, conclui-se pela possibilidade da condenação em
honorários. Nesse sentido, o art. 6º da Instrução Normativa nº 41/2018 do C. TST:

Art. 6º Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais,


prevista no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas
após 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas anteriormente,
subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970 e das Súmulas nºs 219 e 329 do
TST.

Por derradeiro, diante da justiça gratuita atribuída à autora, determino a


observância do § 4º do artigo 791-A da CLT, pelo que, diante da improcedência da ação, na ausência de
crédito para o pagamento dos honorários advocatícios em questão, deverá a obrigação de pagar ficar
suspensa por dois anos do trânsito em julgado do feito, prazo no qual deverá o credor demonstrar que
deixou de existir a situação de insuficiência, sob pena de extinção das obrigações do autor.

Reformo nesses termos.

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Documento assinado pelo Shodo

Acórdão

Tomaram parte no julgamento os(as) Exmos(as) Srs(as) VALÉRIA


PEDROSO DE MORAES, MAURO VIGNOTTO, SÔNIA APARECIDA COSTA MASCARO
NASCIMENTO.

Presidiu o julgamento a Exma. Sra. Desembargadora SIMONE


FRITSCHY LOURO.

Isto posto,

ACORDAM os Magistrados da 9ª Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da 2ª Região em: por votação unânime, CONHECER dos recursos ordinários interpostos e, no
mérito, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao apelo da testemunha Vinícius de Araújo Rossi para excluir
da condenação a multa por litigância de má-fé que lhe foi imputada; bem como, DAR PROVIMENTO
PARCIAL ao apelo da reclamante para lhe conceder os benefícios da Justiça Gratuita e determinar a
observância do § 4º do artigo 791-A da CLT para o pagamento dos honorários advocatícios. Tudo nos
termos da fundamentação do voto da Relatora, parte integrante desta. Fica mantido o valor da condenação
para a finalidade a que se destina.

VALÉRIA PEDROSO DE MORAES


RELATORA

dfs

VOTOS

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