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OAB/MG 123.456
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A)
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ANTECIPADA RECURSAL
I. DO PREPARO
Inicialmente, a agravante esclarece que deixa de recolher o preparo recursal, pois requer
a concessão do benefício da gratuidade da justiça, por ser pobre na forma da lei, não
dispondo de recursos financeiros para custear os atos processuais sem prejuízo do
sustento próprio, na forma da Lei nº. 1.060/1950 e consoante o art. 98, caput, do CPC/15.
Suscitou o juiz singular, ainda, inexistir “possibilidade” por parte do réu de pagar os
alimentos provisórios requeridos na tutela antecipada, pelo fato de que, à época, não
exercia emprego formal.
Todavia, renovado o respeito ao magistrado prolator da decisão acima, razão não lhe
assiste no seu juízo de cognição sumária. É que, diferentemente do levantado, a
verossimilhança da paternidade é perfeitamente comprovável pelo laudo de exame de
DNA juntado, o qual, embora colhido extrajudicialmente, foi confeccionado por instituição
séria e estampa a assinatura do próprio agravado, demostrando sua aquiescência com a
conclusão do experto.
Não bastasse, é salutar reiterar que a agravante nasceu no dia 15/01/2008, menos de
trezentos dias subsequentes à dissolução do casamento, por separação judicial, entre a
sua genitora, ora representante legal, e o agravado, que ocorreu no dia 21/12/2007,
conforme cópia da certidão de casamento averbada, em anexo.
Desse modo, consoante expressa disposição legal, presume-se haver sido a agravante
concebida na constância do casamento entre sua genitora e o agravado, circunstância
que, somada ao exame de DNA em anexo, encerra qualquer incerteza que pairava acerca
da paternidade do agravado, o que, sobretudo nessa fase, admite o reconhecimento da
verossimilhança, conforme já decidiu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
Isso porque, registre-se, é cediço nas cortes brasileiras o entendimento de que, por mais
desprovido de recursos que seja e ainda que desempregado, qualquer indivíduo aufere,
por mês, ao menos um salário mínimo, pois consubstancia quantum essencial à
sobrevivência de qualquer pessoa e sobre o qual, então, deve ser calculada a
porcentagem da pensão alimentícia pretendida, como segue: