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Autos n° …..
Processo n°
Agravante: ANTONIETA
COLENDO TRIBUNAL ,
EGRÉGIA CÂMARA CÍVEL,
I – DAS PRELIMINARES
1.1 – TEMPESTIVIDADE
1.5 – CABIMENTO
O art. 1015 do CPC, em seu inciso I dispõe que cabe a interposição de agravo de
instrumento para atacar decisões interlocutórias quando estas versarem sobre tutelas
provisórias, como no caso em tela.
No caso em questão, a agravante foi condenada a pagar alimentos provisórios no
valor de um salário mínimo. Neste caso, o agravo de instrumento é perfeitamente cabível.
Trata-se de ação de alimentos movida por VITOR, menor, representado por sua
mão MARIA, em face de sua avó paterna, na qual requer a condenação ao pagamento de
pensão alimentícia no valor de um salário mínimo mensal.
Recebida a petição inicial, o Juízo entendeu como procedentes as alegações feitas
pelo autor e fixou os alimentos provisórios a serem pagos pela avó paterna, no valor um
salário mínimo.
A decisão proferida necessita de reforma, pelos fatos a seguir expostos.
III – DO MÉRITO
O parágrafo primeiro do art. 1694 dispõe que “Os alimentos devem ser fixados na
proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.
No caso em tela, a agravante condenada a pagar um salário mínimo mensal é uma
idosa de 75 (setenta e cinco) anos de idade, que recebe seus proventos de aposentadoria
no valor de 3 (três) salários mínimos, o que demonstra a desproporcionalidade da pensão
fixada, visto que se trata de um terço do total recebido pela agravante.
A agravante, na qualidade de pessoa idosa, vulnerável, necessita de proteção e
atenção especiais por conta de sua fragilidade.
Além disso, o agravado possui outros avós vivos e em condições de colaborar nas
despesas do menor, visto que todos os outros recebem proventos da aposentadoria no
valor de um salário mínimo. Logo, o agravado deveria ter cobrado alimentos de todos em
proporção às suas possibilidades.
O entendimento do Superior Tribunal de Justiça ratifica que sendo mais de um o
número de avós, todos devem ser incluídos no polo passivo, em litisconsórcio passivo
necessário, afim de que o pensionamento seja fixado nas proporções e possibilidades
corretas.
Logo, se não entender pela reforma da decisão originária que fixou os alimentos
em um salários mínimo para que a mesma seja indeferida, pede subsidiariamente que
sejam reduzidos para apenas 30% do salário mínimo, tendo em vista que existem outros
coobrigados que não forma incluídos na demanda, respeitando a necessária
proporcionalidade do valor.
IV – PREQUESTIONAMENTO
O presente recurso traz a debate a demanda pelo fato do juízo de base ter fixado
alimentos sem antes ter a comprovação das tentativas de buscar alimentos em face dos
pais por parte do agravado, sendo que o mesmo se dirigiu diretamente a ascendente de
segundo grau, mesma na existência dos genitores.
V – DOS PEDIDOS